quarta-feira, 22 de novembro de 2023

.: Série "Brigitte Bardot" disponível no site do Festival Varilux a partir de quarta


Cena de “Brigitte Bardot”, codirigida por Danièle e Chistopher Thompson. Série ‘Brigitte Bardot’ estará disponível no site do Festiva Varilux de Cinema Francês a partir desta quarta-feira, 22. Foto: divulgação Varilux


“Brigitte Bardot”, série biográfica de grande sucesso na TV e Netflix francesa sobre o ícone do cinema dos anos 50, poderá ser vista em todo o Brasil pelo site do Festival Varilux de Cinema Francês. Inédita, a produção com seis episódios de 52 minutos ficará disponível gratuitamente pelo período de um mês: entre 22 de novembro e 22 de dezembro. Basta entrar no site e a partir da home page clicar na imagem em destaque ou na lista de filmes: variluxcinefrances.com/2023.

Brigitte Bardot, uma das mais aclamadas atrizes do cinema francês, inspirou a 14ª edição do Festival Varilux de Cinema Francês programado em mais de 50 cidades em todo Brasil desde 9 de novembro. A série narra a ascensão da atriz na França do pós-guerra, entre 1949 e 1959 – dos seus 15 até os 25, desde a sua educação rigorosa até quando se transforma numa femme fatale, rumo ao estrelato internacional. Codirigida por Danièle e Chistopher Thompson, um dos destaques da produção é caracterização de Julia de Nunez por sua semelhança com Bardot - a jovem atriz de 23 anos integrou a delegação artística do festival no início do mês para debater sobre a obra e sua personagem com o público das cidades de São Paulo e Rio de Janeiro.

Sinopses dos episódios Brigitte Bardot
Episódio 1: "Uma Boa Moça"
Paris, 1949. Brigitte Bardot, 15 anos, encontra com o jovem Roger Vadim, assistente do diretor Marc Allégret. A jovem obtém permissão de sua família, burgueses ricos do bairro chique de Passy, ​​para fazer testes para um projeto de filme. Os pais de Brigitte, que não a acham nem bonita nem talentosa, não acreditam em seu futuro como atriz. Porém, graças a Vadim, ela ganha autoconfiança. O filme não é feito, mas Brigitte e Roger se apaixonam. Brigitte rebela-se contra sua educação rigorosa, floresce, descobre a sua feminidade e a sua personalidade.

Episódio 2: "BB"
Saint-Tropez, 1956. Dois anos depois de seu casamento com Brigitte Bardot, Roger Vadim começa a filmar seu primeiro longa-metragem, “E Deus… Criou a Mulher”. Ele se inspira em sua esposa para escrever a personagem de sua bela e sensual heroína, Juliette, que enlouquece os homens. Para lhe dar a resposta, escolhe Jean-Louis Trintignant, um jovem ator austero e introvertido. Brigitte não está entusiasmada com este parceiro gelado. No entanto, à medida que a filmagem avança, uma atração insidiosa se desenvolve entre os dois atores que logo se tornam amantes.

Episódio 3: "La Madrague"
1957. Brigitte continua filmando. Ela consegue trazer Jean-Louis, que estava servindo na Alemanha, de volta para Paris para terminar o serviço militar perto ela. Uma ligação de seu ídolo, o cantor Gilbert Bécaud, a encanta. Depois de um programa de televisão, as duas estrelas se apaixonam. Sentindo-se traído, Jean-Louis deixa Brigitte. A atriz então começa um caso com Bécaud enquanto filma ao lado de Jean Gabin em “En cas de malheur”, de Claude Autant-Lara. A comitiva de Brigitte tem medo de escândalo porque o cantor é casado.

Episódio 4: "A Borboleta"
1959. No set de “Babette s’en va-en guerre”, Brigitte inicia um caso com o jovem ator Jacques Charrier. Loucamente apaixonado, esse filho de coronel apresenta sua companheira aos pais. Ao contrário dele, Brigitte não deseja constituir família e ter filhos. Ao saber que está grávida, ela liga para Vadim pedindo ajuda para abortar. Mas ninguém ousa tocar na mulher que se tornou Brigitte Bardot. Prisioneira da gravidez, ela resolve anunciar a Jacques que está grávida.

Episódio 5: "Bebê"
Brigitte consegue convencer Jacques de desistir da filmagem de “Plein Soleil” que está começando, para se juntar a ela em Nice. Enquanto a atriz aceita relutantemente a gravidez, surge uma discussão entre ela e o marido, porque Olga ofereceu a Brigitte um novo contrato. Mas o marido está preocupado com a saúde da futura jovem mãe. Sob tensão, o primeiro encontro cara a cara entre a atriz e o diretor Henri-Georges Clouzot se mostra promissor. Mas em breve, enquanto Jacques é convocado para o serviço militar, Brigitte terá de enfrentar novas indiscrições na imprensa sensacionalista.

Episódio 6: "A Verdade"
Brigitte e Jacques não param de brigar. Impaciente para se sentir novamente livre, a jovem ainda não consegue assumir suas novas responsabilidades como mãe. Por sua vez, o jovem ator não consegue digerir ter sido afastado do elenco de “La Vérité” de Clouzot. Uma vez selecionados os atores, começa uma filmagem de alta tensão: para tirar o melhor proveito de sua atriz estrela, o diretor não hesita em maltratá-la no set.


Assista no Cineflix
O Festival Varilux de Cinema Francês chega a sua 14ª edição em ritmo de samba! A vinheta que apresenta os filmes traz a música “Brigitte Bardot”, interpretada pela cantora Salomé de Bahia. Em português, a canção, de 2005, exalta a atriz conhecida internacionalmente e questiona o motivo pelo qual a diva francesa era sempre o centro das atenções.

Inspirada em "BB", como é chamada, a identidade visual e o cartaz do evento estampam a jovem atriz Julia de Nunez, caracterizada como Brigitte Bardot para a minissérie de mesmo nome, que será apresentada no festival em algumas sessões gratuitas. O Festival Varilux ocorre em todo o Brasil, entre 9 e 22 de novembro, e apresenta 19 filmes recentes da cinematografia francesa, dois clássicos e uma série. Em Santos, o Festival Varilux de Cinema Francês será apresentado no Cineflix Cinemas, localizado no Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN.

Sobre a Bonfilm
Além de distribuidora de filmes, a Bonfilm é realizadora do Festival Varilux de Cinema Francês que, nos últimos 13 anos, promoveu mais de 35 mil sessões nos cinemas e somou um público de mais de um 1,1 mil espectadores. Desde 2015, a Bonfilm organiza também o festival Ópera na Tela, evento que exibe filmes de récitas líricas em uma tenda montada ao ar livre no Rio de Janeiro, e que já teve uma edição em São Paulo, além de cinemas de todo Brasil.

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.: Carrascoza e Juliana Monteiro lançam "Fronteiras Visíveis"


O escritor João Anzanello Carrascoza e a artista visual Juliana Monteiro lançam o livro "Fronteiras Visíveis". A obra desafia as divisas convencionais da literatura e da fotografia, proporcionando uma experiência de leitura que é, em si, uma jornada. 

Com suas imagens e narrativas, a obra explora a complexidade do mundo contemporâneo e suas forças contrárias, além de ser também um convite para refletir sobre as fronteiras que moldam nossa existência. Com sete pares de contos, livro entrelaça literatura com fotografia e conecta o leitor com o começo e o fim da vida.

Com uma estrutura instigante, o lançamento da Maralto Edições apresenta sete pares de contos inéditos prenunciados por um par de cenas fotográficas e costurados pelo movimento de uma onda. Forças ambivalentes, como o sim e o não, a luz e a sombra, o contentamento e o desencanto, são exploradas tanto nas imagens quanto nos contos. Uma das cenas retrata uma senhora, de costas, retornando ao mar, simbolizando o fim de uma vida, de um ciclo e de uma geração. A outra cena representa o nascimento da vida, a renovação, com uma criança saindo do mar e caminhando em direção ao leitor.

“As duas personagens visuais se movimentam nas páginas”, explica a artista Juliana Monteiro. “A criança com mais agilidade, e a idosa vagarosamente. O leitor pode ler a narrativa visual com o movimento das páginas como flipbook ou manusear página a página e estar de frente, pouco a pouco, com esse ciclo entre o inaugurar e o se despedir. Num ritmo que é próximo ao da vida. Dia a dia, página a página, como quem quer represar o tempo com as mãos”.

O projeto nasceu de um novo encontro entre o escritor e a artista visual, fundindo ficção literária e imagem fotográfica. Desta vez, enquanto Carrascoza elaborava os contos para formar um par temático, Juliana foi construindo as duas situações por meio das fotos a fim de que resultassem em cenas com movimento, conforme o leitor as manuseasse. 'Fronteiras Visíveis' tem uma aproximação, na forma, com o Catálogo de perdas, que eu e Juliana publicamos anos atrás, unindo minha ficção às fotos que ela produziu para as histórias de perdas”, comenta o escritor.

No conteúdo, os contos carregam o olhar detalhado de Carrascoza para as relações afetivas e as forças ambivalentes que as regem, exploradas em outras de suas obras, com a diferença de que aqui as histórias vão aparecendo em dupla, possibilitando ao leitor uma leitura que contemple de duas maneiras distintas a mesma temática.

"Fronteiras Visíveis" abre com “Dança”, um conto narrado em primeira pessoa por um pai que vislumbra os primeiros passos da filha de apenas um ano e meio. Na narrativa a criança explora um mundo de maravilhas, brincando e dançando com seus brinquedos, irradiando alegria e curiosidade, sem se conectar com a perda da mãe. A história sugere que, embora a infância seja repleta de descobertas e êxtase, um dia a criança entenderá o significado da "dor", marcando a transição da inocência para a compreensão da complexidade da vida.

A obra desafia as divisas convencionais da literatura e da fotografia, proporcionando uma experiência de leitura que é, em si, uma jornada. Com suas imagens e narrativas, "Fronteiras Visíveis" explora a complexidade do mundo contemporâneo e suas forças contrárias, além de ser também um convite para refletir sobre as fronteiras que moldam nossa existência. A obra fará parte do Programa de Formação Leitora Maralto, uma iniciativa direcionada para escolas de todo o país. Compre o livro "Fronteiras Visíveis", de João Anzanello Carrascoza e Juliana Monteiro, neste link.

Sobre o autor
João Anzanello Carrascoza
é redator publicitário e professor na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP). É considerado uma das grandes revelações da ficção brasileira e um dos maiores contistas contemporâneos. Recebeu três vezes o prêmio Jabuti, quatro vezes o prêmio da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ), três vezes o prêmio da Fundação Biblioteca Nacional, o prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), o Prêmio Candango de Literatura e o Cátedra Unesco, além dos internacionais Radio France (Paris) e White Ravens (International Youth Library, Munique, Alemanha).


Sobre a fotógrafa
Juliana Monteiro é artista visual. Participou de diversas exposições coletivas em galerias e em museus, além de residências artísticas nacionais e internacionais. Recebeu o prêmio Mobile Photo Festival (MIS-SP) pela série "Onde Eu Possa Morar" (2018). Publicou os livros de artista "Pandora" (2020), "Aprendiz" (2021), "Queira Receber como Recordação" (2022), entre outros. É coautora, com o escritor João Anzanello Carrascoza, do "Catálogo de Perdas" (2017), obra finalista do Prêmio Jabuti e vencedora do FNLIJ. Garanta o seu exemplar de "Fronteiras Visíveis", de João Anzanello Carrascoza e Juliana Monteiro, neste link.

.: "O Ninho", de Bethânia Pires Amaro, descortinam a casa como segurança


Vencedor do Prêmio Sesc de Literatura 2023 na categoria Conto, o livro "O Ninho", estreia de Bethânia Pires Amaro, mergulha em um mosaico de imperfeições e doenças familiares para desvelar esse ninho estranho, disforme, inseguro, destruindo as idealizações que pairam sobre as relações familiares, sobretudo quando se trata de maternidade. Seus quinze contos acompanham personagens femininas que habitam e produzem lares repletos de complexidade. O livro tem orelha assinada por Sérgio Rodrigues, para quem a autora se revela “uma das melhores contistas da literatura brasileira”.

O livro de estreia de Bethânia Pires Amaro é composto por quinze contos, quinze pequenas obras-primas, que se aprofundam nas complexidades das relações familiares, explorando os recantos mais frágeis e perturbadores que podem habitar um lar. A autora nos convida a acompanhar personagens femininas que enfrentam mazelas diversas e, através de suas histórias, somos lembrados de que a casa, esse estranho ninho, não é tão sacra assim, nem tão segura.

A miséria socioeconômica e a fragilidade das conexões íntimas são exploradas com maestria pela autora. Esses lares dessacralizados passam por vícios, suicídios, maternidades disfuncionais, abusos e violências devastadoramente reais. E, no entanto, a sensibilidade narrativa de Bethânia Pires Amaro nos ampara com as belezas imperfeitas, que decorrem da tragédia cotidiana, e com a compaixão, que corteja o desespero de vivermos, sempre, uns com os outros. Compre o livro "O Ninho", de Bethânia Pires Amaro, neste link.


O que disseram sobre o livro
“Os riscos de uma literatura programática e engajada não chegam sequer a se insinuar. Trata-se de literatura, só. E ainda falta dizer muito. Por exemplo, que é notável a sensibilidade da autora para captar o que há de profundamente brasileiro em ambientes sociais situados entre a classe média e o lumpesinato. Que suas frases e cenas, moduladas com engenho, nunca soam uma nota falsa ou deixam cair a tensão narrativa. Que aqui a energia transbordante das obras de estreia convive de alguma forma com a segurança de uma veterana que tivesse decantado a sabedoria de milênios.” - Sérgio Rodrigues.


“No primeiro conto deste livro, Bethânia Pires Amaro esgarça o limite das histórias de maternidade ao incluir um elemento devastador. A partir daí, o leitor não conseguirá mais largar as páginas. Terminamos cada conto pensando que o próximo não pode ser melhor, mas somos surpreendidos de novo. [..] Bethânia abraça seus personagens. Tenho vontade de também abraçá-la: que emoção ver nascer uma autora brilhante.”
- Giovana Madalosso.


Sobre a autora
Bethânia Pires Amaro é graduada e pós-graduada em Direito pela Universidade Federal da Bahia e mestre em Direito do Estado pela Universidade de São Paulo. Pernambucana de nascimento e baiana de criação, mora atualmente em São Paulo. Apaixonada por literatura, tem diversos contos premiados em concursos nacionais. Seu conto “O Adeus da Eletricidade”, premiado no Concurso de Contos Maximiano Campos, foi traduzido para o alemão pela editora Arara Verlag. O ninho, vencedor do Prêmio Sesc de Literatura 2023, é seu primeiro livro. Garanta o seu exemplar de "O Ninho", escrito por Bethânia Pires Amaro, neste link.

terça-feira, 21 de novembro de 2023

.: Crítica: "Disfarce Divino" é polêmico e lança questionamentos sobre a igreja

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em novembro de 2023


"Disfarce Divino", em cartaz no Cineflix Cinemas, no Festival Varilux de Cinema Francês, é o tipo de filme inusitado e cheio de reviravoltas empolgantes. A produção dirigida por Virginie Sauveur lança a trama provocante de uma mulher padre sem o conhecimento do Vaticano. Assim, representantes da igreja católica passam a investigar o curioso caso e seu desenrolar, uma vez que tal descoberta se deu após o falecimento "do padre", já idoso, em questão.

Ao investigar o passado dessa mulher que conseguiu realizar o desejo de praticar a vocação de ser padre por anos, a chanceler encarregada da diocese, Charlotte (Karin Viard), esbarra numa parte do passado que esconde de seu filho: quem é o desconhecido pai de Thomas (Maxime Bergeron). 

O longa distribuído pela Bonfilm, por vezes, chega a remeter ao clássico adaptado aos cinemas, em 1986, do romance assinado por Umberto Eco, "O Nome da Rosa", uma vez que pauta a trama que acontece em 1h38, nos segredos da igreja. Polêmico e ousado, o longa vai além do que promete provocando reflexões no público. Vale a pena conferir!

Confira a programação da semana e divirta-se: resenhando.com/2023/11/festival-varilux-de-cinema-frances_01344388285.html


Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link. Compre seus ingressos no Cineflix Cinemas Santos aqui: vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm 

Filme: "Disfarce Divino" (Magnificat)
Diretor: Virginie Sauveur
Gênero: drama
Classificação: 14 anos
Ano de Produção: 2023
Idioma: Francês
Duração: 1h38
Distribuidora: Bonfilm
Elenco: Karin Viard, François Berléand, Nicolas Cazalé
Resumo: Quando um padre idoso falece, a chanceler encarregada da diocese, Charlotte, descobre que ele era uma mulher. Sem que ninguém suspeitasse, o padre estava praticando sua vocação por anos. Consternada, Charlotte decide iniciar uma investigação em meio a comunidade.



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.: Elizandra Souza lança o livro "Filha do Fogo" pela Global Editora


Elizandra Souza lança o livro de contos "Filha do Fogo - 12 Contos de Amor e Cura", pela Global Editora. A autora e ativista cultural apresenta ao leitor suas principais bandeiras: a cultura periférica e a Literatura Negra Feminina por meio de breves e sensíveis histórias ficcionais. O livro apresenta uma incursão em episódios incomuns protagonizados em sua maioria por vozes femininas negras, como a sua. 

Mulheres que manifestam os desafios, as decepções e as conquistas que permeiam o percurso daquelas que afrontam os códigos consolidados na sociedade atual. Uma sociedade ainda tão hierarquizada que permanece se recusando a enxergar a viabilidade de modos de viver mais libertários, igualitários e humanos nas relações cotidianas.

Não é à toa, portanto, que no prefácio a este livro a escritora Dinha ("De Passagem Mas Não a Passeio") registra que a autora “areja a literatura brasileira trazendo vestígios de memórias afetivas de uma população que só recentemente passou a figurar nas obras literárias como sujeitos completos”.

Afinal, narrar é um fenômeno transformador. Seja para aquele que toma para si o desafio de conceber suas histórias, como para aquele que as recebe, o universo de vivências que compõe uma narrativa deixa marcas que ficam para sempre. Pode-se dizer, sem sombra de dúvidas, que os contos integrantes deste livro de Elizandra Souza possuem este traço singular das narrativas construídas com intensidade. É possível intuir os significados delas para o processo de autoconhecimento da autora como indiciar os impactos que elas terão nas vidas de quem se dedicar a nelas mergulhar.

O livro traz ainda um texto de quarta capa assinado por Sérgio Vaz. O poeta assim apresenta Elizandra: “Tive a oportunidade de conhecer a Elizandra Souza, menina pretinha, como se intitulava, distribuindo suas poesias nos fanzines, lá pelos idos dos anos 2000 no Sarau da Cooperifa. Já era nítido que seria essa escritora dos contos de Filha do fogo entre outros que já escreveu e que com certeza escreverá. Faz da sua escrita uma flor que ora nos presenteia com seu aroma, ora perfura com espinhos que afetam nossas almas convocando para a primavera”. Compre o livro "Filha do Fogo - 12 Contos de Amor e Cura", de Elizandra Souza, neste link. 

Sobre a autora
Elizandra Souza é escritora, poeta, editora, jornalista e técnica em comunicação visual. Nasceu em São Paulo e passou a infância em Nova Soure (BA). Há 22 anos é ativista cultural, com ênfase na difusão do jornalismo cultural da periferia e da Literatura Negra Feminina. Integrante do Sarau das Pretas desde 2016. É autora dos livros: "Quem Pode Acalmar Esse Redemoinho de Ser Mulher Preta" (2021), "Águas da Cabaça" (2012) e "Punga", de coautoria de Akins Kintê (2007). Editora dos livros do "Coletivo Mjiba: Pretextos de Mulheres Negras" (2013), "Terra Fértil" (2014) e "Literatura Negra Feminina – Poemas de Sobre" (Vivência) (2021). Coorganizadora de "Narrativas Pretas - Antologia Poética do Sarau das Pretas" (2020), "Publica, Preta! - Manual de Publicação Independente" (2022) e "Orikis - Sarau das Pretas" (2023). Foto: Larissa Rocha. Garanta o seu exemplar de "Filha do Fogo - 12 Contos de Amor e Cura", escrito por Elizandra Souza, neste link.

.: "A Visita", primeiro solo interpretado por Carol Duarte, estreia nesta sexta


Espetáculo faz curta temporada na Sala de Espetáculos I do Sesc Belenzinho e traz time de criação composto por Murillo Basso na direção e Aline Klein estreando na dramaturgia. Foto: Murillo Basso


Um conto de Aline Klein que apresenta uma mulher solitária em seu apartamento e nos faz refletir sobre o adoecimento psíquico coletivo e o avanço de movimentos ultra-conservadores de direita foi adaptado para sua  dramaturgia de estreia no espetáculo "A Visita", peça com direção de Murillo Basso - diretor de "Agnes de Deus", em cartaz atualmente - e interpretação de Carol Duarte, que está em fase de divulgação do filme italiano "La Chimera", drama protagonizado por Carol escrito e dirigido por Alice Rohrwacher e selecionado para concorrer à Palma de Ouro no 76º Festival de Cinema de Cannes. O espetáculo faz temporada no Sesc Belenzinho a partir de sexta-feira, dia 24 de novembro.

O conto que inspirou a peça foi escrito durante a pandemia e condensa de maneira crítica e bem-humorada aspectos pessoais e coletivos da experiência que a população atravessa ao longo dos últimos anos, como o ódio às diferenças que deu o tom da esfera pública e do cenário político, invadidos pela avalanche de retóricas intolerantes, até então restritas aos círculos radicalizados, encerrados em seu reacionarismo retraído. Os meios digitais, com sua disseminação e ausência de filtros, deram voz e poder de coesão aos execradores da pluralidade.

Dialogando criticamente com esse quadro, o espetáculo metaforiza o processo de “saída do armário” de personagens ultraconservadores caracterizados pela bizarrice e o faz situando seu enredo em um pequeno e caótico apartamento cuja conexão com o mundo se dá, sobretudo, por meio do aparelho celular, com as  bolhas e os vieses de confirmação gerados pelas mídias sociais e correntes de mensagens – produtoras de visões ensimesmadas e conspiratórias da realidade.

A Visita também marca a primeira participação de Carol Duarte em um solo. "A peça traz para a cena uma figura que embarca num processo de radicalização e fanatismo, levando sua narrativa ao limite entre ficção e realidade, porém propõe um recorte em que a protagonista vai pouco a pouco vomitando um ressentimento típico da elite decadente paulista, que sonha, pateticamente, ser algo que não é", diz a atriz sobre a personagem que interpreta.

No espetáculo, a mulher confinada recebe uma visita inesperada do trabalho. Ao tentar justificar sua situação, e atormentada por uma estranha presença, começa a falar ininterruptamente e se deixa levar por uma torrente de pensamentos até romper com a realidade e mergulhar num discurso ressentido, persecutório e delirante de superioridade. O público se depara a princípio com uma figura complexa, multifacetada, carismática e abjeta, difícil de capturar, difícil de definir, mas que pouco a pouco descortina um pensamento radical e conservador.

"O projeto conservador que se instalou no país segue entranhado no poder e não sairá sem um esforço coletivo de oposição permanente. É muito complexo elaborar os fatos históricos que estamos vivenciando, e parece que caímos todos num estado de consternação e incredulidade diante do absurdo", comenta Aline Klein sobre o contexto que inspirou a criação da peça.

A direção de Murillo Basso aposta numa imagem-síntese, enraíza a figura no palco, limita suas possibilidades de movimento e desloca a atenção para o trabalho minucioso da atriz Carol Duarte, que mobiliza seus recursos para navegar o sofisticado labirinto dramatúrgico criado pela autora. O espetáculo aposta no humor como chave para lidar com a aridez e a violência do discurso da figura central, deixando o público o tempo todo em estado de atenção.

"Sabemos da complexidade e da densidade dos temas que estamos abordando neste espetáculo, mas acreditamos plenamente no potencial da arte e do teatro como plataforma para se discutir a realidade e propor novos futuros. Depois destes últimos anos sob ameaça constante, celebremos a liberdade democrática de fazer arte e sigamos em frente com olhos e ouvidos bem abertos", diz Murillo, diretor da montagem.


Sinopse
Uma mulher confinada em seu pequeno apartamento, em estado de abandono, recebe inesperadamente uma visita do trabalho. Ao tentar justificar sua situação, e atormentada por uma estranha presença, entrega-se à torrente de seus pensamentos e rompe com a realidade, mergulhando em um transe delirante. 


Ficha técnica
Espetáculo "A Visita". Atuação: Carol Duarte. Direção: Murillo Basso. Dramaturgia:  Aline Klein. Assistência de direção: João Victor Toledo. Direção de produção: Canafístula. Assistente de produção: Gabs Ambròzia. Iluminação: Dimitri Luppi. Assistente de iluminação: Felipe Fly. Cenografia: Stéphanie Fretin. Composição/Trilha sonora: Muep Etmo. Técnicas de áudio: Viviane Barbosa e Carol Andrade. Figurino: Vive Almeida. Assistência de figurino/Acervo: Cay Minutti. Designer/Identidade Visual: Fernanda Zotovici. Assessoria de imprensa: Pevi (Angelina Colicchio e Diogo Locci).


Serviço
Espetáculo "A Visita". Data: 24 de novembro a 17 de dezembro. Sextas e sábados, 21h30. Domingos, 18h30. Local: Sala de Espetáculos I do Sesc Belenzinho (Rua Padre Adelino, 1.000, Belenzinho, São Paulo). Capacidade: 100 pessoas. Ingressos: R$ 40,00 (inteira), R$ 20,00 (meia) e R$ 12,00 (credencial plena). Duração: 50 minutos. Classificação indicativa: 14 anos. Estacionamento. De terça a sábado, das 9h às 21h. Domingos e feriados, das 9h às 18h. Valores: Credenciados plenos do Sesc: R$ 5,50 a primeira hora e R$ 2,00 por hora adicional. Não credenciados no Sesc: R$ 12,00 a primeira hora e R$ 3,00 por hora adicional. Transporte público. Metro Belém (550m) | Estação Tatuapé (1400m).

.: "A Viagem de Ernesto e Celestine", destaque no Festival Varilux de Cinema


Cena de “A Viagem de Ernesto e Celestine”, de Julien Chheng e Jean-Christophe Roger (divulgação Festival Varilux)


Codirigida por Julien Chheng e Jean-Christophe Roger, “A Viagem de Ernesto e Celestine” é a atração destinada a toda família dentro da programação do Festival Varilux de Cinema Francês. Integra a bem-sucedida sequência cinematográfica que traz as aventuras do ratinho e do urso músicos; desta vez num mundo onde todas as formas de música – e com ela a felicidade - foram proibidas há muitos anos. Com distribuição da Bonfilm, a animação é dublada por Lambert Wilson, Michel Lerousseau, Lévanah Solomon e Pauline Brunner. 

No filme, Ernesto e Celestine estão viajando de volta ao país de Ernesto para consertar seu violino quebrado. Esta terra exótica é o lar dos melhores músicos do planeta e a música enche constantemente o ar de alegria. Porém, ao chegarem, os dois heróis descobrem que todas as formas de música foram proibidas há muitos anos.

A 14ª edição do Festival Varilux de Cinema Francês acontece em todo país até 22 de novembro, em mais de 50 cidades, do norte ao sul do país. São 19 filmes da recente cinematografia francesa, premiados ou participantes de festivais internacionais, além de dois clássicos exibidos em algumas cidades e uma série sobre Brigitte Bardot, ícone do cinema francês, que será disponibilizada gratuitamente entre 22 de novembro a 22 de dezembro no site do festival. Para ter acesso à programação completa da edição, com informações sobre as cidades participantes, salas de cinemas e horários de todas as sessões, basta acessar o site do festival.


Assista no Cineflix
O Festival Varilux de Cinema Francês chega a sua 14ª edição em ritmo de samba! A vinheta que apresenta os filmes traz a música “Brigitte Bardot”, interpretada pela cantora Salomé de Bahia. Em português, a canção, de 2005, exalta a atriz conhecida internacionalmente e questiona o motivo pelo qual a diva francesa era sempre o centro das atenções.

Inspirada em "BB", como é chamada, a identidade visual e o cartaz do evento estampam a jovem atriz Julia de Nunez, caracterizada como Brigitte Bardot para a minissérie de mesmo nome, que será apresentada no festival em algumas sessões gratuitas. O Festival Varilux ocorre em todo o Brasil, entre 9 e 22 de novembro, e apresenta 19 filmes recentes da cinematografia francesa, dois clássicos e uma série. Em Santos, o Festival Varilux de Cinema Francês será apresentado no Cineflix Cinemas, localizado no Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN.


Sobre a Bonfilm
Além de distribuidora de filmes, a Bonfilm é realizadora do Festival Varilux de Cinema Francês que, nos últimos 13 anos, promoveu mais de 35 mil sessões nos cinemas e somou um público de mais de um 1,1 mil espectadores. Desde 2015, a Bonfilm organiza também o festival Ópera na Tela, evento que exibe filmes de récitas líricas em uma tenda montada ao ar livre no Rio de Janeiro, e que já teve uma edição em São Paulo, além de cinemas de todo Brasil.


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.: Cinema: "A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes", o livro que inspirou o filme


Escrito por Suzanne Collins, o livro "Jogos Vorazes - A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes", que inspirou o filme em cartaz na rede Cineflix Cinemas, é uma história da série "Jogos Vorazes". O romance começa com a manhã do dia da colheita que iniciará a décima edição dos Jogos Vorazes.

Na capital, o jovem de 18 anos Coriolanus Snow se prepara para sua oportunidade de glória como um mentor dos Jogos. A outrora importante casa Snow passa por tempos difíceis e o destino dela depende da pequena chance de Coriolanus ser capaz de encantar, enganar e manipular seus colegas estudantes para conseguir mentorar o tributo vencedor.

A sorte não está a favor dele. A ele foi dada a tarefa humilhante de mentorar a garota tributo do Distrito 12, o pior dos piores. Os destinos dos dois estão agora interligados – toda escolha que Coriolanus fizer pode significar sucesso ou fracasso, triunfo ou ruína. Na arena, a batalha será mortal. Fora da arena, Coriolanus começa a se apegar a já condenada garota tributo... e deverá pesar a necessidade de seguir as regras e o desejo de sobreviver custe o que custar. Garanta o seu exemplar de "Jogos Vorazes - A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes", escrito por Suzanne Collins, neste link.


Um dos filmes mais aguardados do ano, "Jogos Vorazes - A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes" está em cartaz no Cineflix Cinemas. A prequel da franquia de sucesso conta a história Coriolanus Snow, de 18 anos, anos antes de se tornar o presidente tirânico de Panem. Ele vê uma chance de mudar sua sorte quando se torna o mentor de Lucy Gray Baird, o tributo feminino do Distrito 12.

O longa-metragem,  dirigido por Francis Lawrence e baseado em mais um livro de Suzanne Collins, tem, no elenco, Rachel Zegler, Hunter Schafer, Tom Blyth, Peter Dinklage, Viola Davis, Kjell Brutscheidt, Jason Schwartzman e Irene Böhm. Compre o livro "Jogos Vorazes - A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes", de Suzanne Collins, neste link.

Assista no Cineflix
"Jogos Vorazes - A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes"  está em cartaz no Cineflix Cinemas. O Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021. Para acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN.

segunda-feira, 20 de novembro de 2023

.: Conceição Evaristo participa da série "Encontros com Autores"


Evento acontecerá no dia 23 de novembro no Theatro Municipal de São Paulo; último encontro será com o autor vencedor do Livro do Ano do Jabuti 2023. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil


A escritora Conceição Evaristo, uma das vozes mais expressivas da literatura afro-brasileira contemporânea, participará do próximo “Encontros com Autores” do Prêmio Jabuti, uma série de diálogos promovida pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) e pelo Theatro Municipal de São Paulo. Este penúltimo encontro será realizado no dia 23 de novembro, no Salão Nobre do Theatro Municipal de São Paulo, às 19h, e terá a mediação de Catita.

Conceição Evaristo, nascida em Belo Horizonte e radicada no Rio de Janeiro desde a década de 1970, traz em sua trajetória um profundo compromisso com a valorização das raízes afro-brasileiras, tanto em sua atuação como educadora como em sua produção literária. Com uma sólida formação acadêmica, que inclui mestrado em Literatura Brasileira pela PUC-Rio e doutorado em Literatura Comparada pela UFF, Evaristo utiliza sua escrita como uma ferramenta de luta e expressão, contribuindo significativamente para o debate sobre raça, gênero e classe social no Brasil.

Seus textos, que transitam entre a poesia, a ficção e o ensaio, têm ganhado cada vez mais destaque no cenário nacional e internacional, com participações em publicações na Alemanha, Inglaterra e Estados Unidos. Além disso, seus contos são objeto de estudos em universidades brasileiras e estrangeiras, reafirmando a importância e a urgência de suas narrativas. Catita fará a mediação deste encontro. Ela é “escrivinhadora”, professora e pesquisadora e atuante no cenário literário brasileiro, cofundadora do Coletivo de Escritoras Negras Flores de Baobá e sócia na Editora Feminas.

Este evento se insere na programação da série "Encontros com Autores", iniciada em setembro de 2023, que já reuniu grandes nomes da literatura brasileira, como Pedro Bandeira, Aline Bei, Itamar Vieira Jr.Jeferson Tenório e Luiza Romão. E para encerrar o ciclo de encontros, a próxima conversa será feita com o autor vencedor do Livro do Ano de 2023, que será anunciado na 65ª edição do Prêmio Jabuti no dia 5 de dezembro. A conversa será mediada pelo curador do prêmio, Hubert Alquéres, e pela presidente da CBL, Sevani Matos.

 

Confira abaixo a programação completa
Programação da série de “Encontros com Autores 2023”, no Theatro Municipal de São Paulo:

23 de novembro, quinta-feira, 19h. Encontro com Conceição Evaristo - Mediação de Catita, “escrivinhadora” e professora
Maria da Conceição Evaristo de Brito nasceu em Belo Horizonte, em 1946, e migrou para o Rio de Janeiro, na década de 1970. Graduada em Letras pela UFRJ, trabalhou como professora da rede pública de ensino na capital fluminense. É Mestre em Literatura Brasileira pela PUC do Rio de Janeiro, com a dissertação “Literatura Negra: uma poética de nossa afro-brasilidade” (1996). Doutora em Literatura Comparada pela Universidade Federal Fluminense, com a tese “Poemas malungos, cânticos irmãos” (2011), na qual estuda as obras poéticas dos afro-brasileiros Nei Lopes e Edimilson de Almeida Pereira, em confronto com a do angolano Agostinho Neto. Participante ativa dos movimentos de valorização da cultura negra em nosso país, estreou na literatura em 1990, quando passou a publicar seus contos e poemas na série Cadernos Negros. Escritora versátil, cultiva a poesia, a ficção e o ensaio. Desde então, seus textos vêm angariando cada vez mais leitores. A escritora participa de publicações na Alemanha, Inglaterra e Estados Unidos. Seus contos vêm sendo estudados em universidades brasileiras e do exterior, tendo, inclusive, sido objeto da tese de doutorado de Maria Aparecida Andrade Salgueiro, publicada em livro em 2004, que faz um estudo comparativo da autora com a americana Alice Walker. Em 2003, publicou o romance “Ponciá Vicêncio”, pela Editora Mazza, de Belo Horizonte. Catita, a “escrivinhadora” e professora, fará a mediação desse encontro. Ela também é pesquisadora, editora, e co-fundadora do Coletivo de Escritoras Negras Flores de Baobá, além de sócia na Editora Feminas (desde 2022). Compõe suas obras, os livros Morada (Ed Feminas, 2019 - poemas), Notícias da Incerteza (Ed. Desconcertos, 2021 - crônicas) e Das Raízes à Colheita, em co-autoria com o coletivo Flores de Baobá (Ed Feminas, 2022). Compre os livros de Conceição Evaristo neste link.


7 de dezembro, quinta-feira, 19h. Encontro especial com o autor(a) vencedor (a) do Livro do Ano de 2023. Mediação - Hubert Alquéres e Sevani Matos
O último encontro terá realização especial. Contará com a presença do autor contemplado com a premiação de Livro do Ano de 2023. A conversa será mediada pelo Hubert Alquéres, que foi presidente da Imprensa Oficial de São Paulo, de 2003 a 2011. Atuante nas áreas de cultura e educação há mais de 40 anos, tem uma história antiga com o mais importante prêmio do livro brasileiro: durante seis anos, coordenou a Comissão do Prêmio Jabuti na Câmara Brasileira do Livro (CBL). Iniciou sua carreira na área acadêmica como professor na Escola Politécnica da USP e no Colégio Bandeirantes. Foi secretário estadual e secretário executivo na Secretaria de Educação, além de ter presidido por quatro vezes o Conselho Estadual de Educação de São Paulo, do qual é membro desde 1998.​ Atua como vice-presidente da Câmara Brasileira do Livro há 12 anos. Preside a Academia Paulista de Educação e o Conselho de Administração do Museu AfroBrasil, e é membro da Associação Amigos da Biblioteca Mário de Andrade. A presidente da CBL, Sevani Matos, também participa deste bate papo que compõem a série de Encontros com Autores. Com mais de 20 anos de carreira nas áreas administrativa e comercial, com passagens por empresas nacionais e multinacionais, ela também atuou no setor gráfico de livros. Formada em Comunicação Social, Sevani possui MBA em Administração e Gestão de Negócios, além de especialização em Marketing Digital. Já trabalhou na Artmed Editora e, há mais de 16 anos, atua como diretora-geral na VR Editora. Foi eleita em 28 de fevereiro de 2023 para a presidência da CBL integrando a chapa “O livro nos une”, para o biênio 2023-2025. Sevani já ocupava o cargo de diretora na CBL.

.: Fundadora e ex-presidente Think Olga lança livro de poesia na Flip, no dia 23


No ano de 2020, marcado pela desesperança tanto de uma pandemia global quanto do governo violento de Jair Bolsonaro, a jornalista, escritora e fundadora do Think Olga (uma das ONG de direito das mulheres de maior relevância do cenário nacional) Jules de Faria, se viu profundamente abalada por uma perda gestacional avançada. Nesse momento de dor, ela passou a refletir e questionar sua própria jornada, suas prioridades e as escolhas que havia feito até então, tendo inclusive abandonado sua posição como presidente da organização.

Diante dessas e de outras perdas, Jules conta que a escrita aparece como uma forma de retomar a fluxo contínuo e a fluidez de sua vida, instigando os primeiros movimentos do que viria a se tornar "Talvez Este Não Seja o Meu Ano", novo livro de poesia com publicação pela Paraquedas, selo de publicação assistida da Editora Claraboia.

A obra terá dois eventos de lançamento na Feira Internacional Literária de Paraty (FLIP),  na Casa Pagã, localizada na Matriz Cultural da festa. Uma sessão de autógrafos está marcada para dia 23 de novembro, às 20h. E no sábado, dia 25, a autora integra uma mesa de debate com o tema "Poesia e invenção: cartografias imaginárias", às 18h, com participação das escritoras Mar Sneider, Joana Herkenhoff e Carolina Rolim. A mediação é de Rodrigo Caldeira.

A força criativa dessa produção se tornou tão intensa que a autora comenta que no início do semestre passado, foi tomada por um momento de criatividade intensa, escrevendo poesias nas madrugadas. “Não conseguia entender exatamente de onde essa inspiração vinha, mas meus dedos dançavam furiosamente sobre o teclado, trazendo à vida as palavras que estavam dentro de mim. As lembranças dessas noites são como uma névoa, mas elas são o alicerce de tudo o que este livro representa”, frisa.

Em "Talvez Este Não Seja o Meu Ano", a autora busca conciliar duas realidades: a do mundo concreto, em que somos engolidos por expectativas e máscaras sociais que nem sempre nos representam; e a do mundo dos sonhos e da sensibilidade, onde podemos resgatar a nossa essência e sermos atravessados por transformações. Segundo ela, trata-se de um processo curativo, em que pôde também elaborar muitos fins, como a perda gestacional, o falecimento de sua avó e, claro, a saída do Think Olga. "Abandonar um espaço de muita clareza e contorno nos dá a sensação de falha, insucesso. E abrir mão dessa necessidade de sucesso e admitir que ‘este não é meu ano’ foi muito, muito poderoso para minha jornada de liberdade”, conta.

Os poemas do livro se destacam pelo tom fluido, leve, que relembra o mantra, mas que trazem uma escrita visceral. "Talvez Este Não Seja o Meu Ano" coloca o leitor de frente com o coração aberto de Jules acerca de suas questões, bem como por colagens que evocam elementos corpóreos e figuras femininas, ressaltando a intimidade que a obra convoca. Compre o livro "Talvez Este Não Seja o Meu Ano", escrito por Jules de Faria, neste link.

.: 100% nacional, Claudia Raia volta aos palcos em musical "Tarsila, a Brasileira"

Espetáculo 100% nacional irá abordar vida, obra e influência de Tarsila do Amaral na cultura, e fica em cartaz de 25/01/2024 a 26/05/2024 em São Paulo, no Teatro Santander, localizado dentro do Complexo JK Iguatemi. Com texto e letras de Anna Toledo e José Possi Neto, que também assina a encenação e direção de arte, montagem tem Claudia Raia como protagonista e produtora ao lado de Jarbas Homem de Mello, que interpreta Oswald de Andrade. Os ingressos já estão à venda na internet (www.sympla.com.br) e na bilheteria oficial do Teatro Santander. Foto: Paschoal Rodrigues


Foram dois anos intensos na vida pessoal de Claudia Raia com o nascimento de seu filho Luca, mas a vida profissional começa a dar grandes sinais de retomada em ritmo aceleradíssimo. Isso porque ela finalmente volta aos palcos a partir de 25 de janeiro de 2024 para a estreia de um dos projetos mais importantes da carreira. A atriz protagoniza e produz "Tarsila, a Brasileira", musical 100% nacional que retrata a vida de Tarsila do Amaral, que com sua paleta de cores e inovação, mostrou a verdadeira face do Brasil, traduzindo a complexidade e a riqueza da cultura nacional para o mundo todo.  A montagem, com texto e letras de Anna Toledo e José Possi Neto, que também assina a encenação e direção de arte, e direção musical de Guilherme Terra, traz ainda Jarbas Homem de Mello, dando vida a Oswald de Andrade. O espetáculo fica em cartaz no Teatro Santander, localizado no Complexo JK Iguatemi, em São Paulo, somente até 26 de maio de 2024. 

Os ingressos já estão à venda na internet (www.sympla.com.br) e pela bilheteria oficial do próprio Teatro Santander (sem taxa de conveniência - Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 2041). As apresentações ocorrem todas as quintas e sextas-feiras, às 20h; sábados e domingos às 16h e 20h. “Tarsila, a Brasileira” é apresentado pelo Ministério da Cultura e Zurich Santander, patrocínio EMS e Santander Brasil, co-patrocínio Cristália, e apoio Banco Hyundai, Cacau Show e Comgás. A produçao é da Rega Início Produções Artísticas, a idealização da Raia Produções e realização é da Oito Graus Produções.

“Arte e cultura são fundamentais porque carregam nossa história, contam mais sobre nós, sobre nossa identidade coletiva”, diz Claudia Raia. “Tarsila do Amaral é a cara do Brasil. Com sua obra, ela mostra nosso potencial de criação, renovação e como é importante olhar o que veio antes, nem que seja para se alimentar daquilo e mostrar algo novo”.

Num verdadeiro passeio pelo início dos anos 1900, o público terá contato com ícones, como Anita Malfatti (Keila Bueno), Mário de Andrade (Dennis Pinheiro) e Menotti del Picchia (Ivan Parente), que, com Tarsila do Amaral e Oswald de Andrade, formaram o quinteto de modernistas que mudaram a história da arte brasileira.

Além deles, completam o elenco de 23 atores cantores: Carol Costa (Dulce/ Pagu), Liane Maia (Dona Olívia Guedes Penteado), Reiner Tenente (Luís Martins /Blaise Cendras), Estela Ribeiro (ensemble/ Tarsila do Amaral alternante), e também André Luiz Odin (ensemble), John Seabra (ensemble/ Mário de Andrade cover), Fernanda Godoy (ensemble/ swing), Fernanda Salla (ensemble), Guilherme Terra (Ígor Stravinsky/ Maestro condutor), Marcos Lanza (ensemble), Marilice Cosenza (ensemble/ Anita Malfatti cover), Matheus Paiva (ensemble), Mirella Guida (ensemble), Carol Botelho (ensemble / Dulce/Pagu cover), Rafael Leal (ensemble), Renato Bellini (ensemble), Vanessa Costa (ensemble / Dona Olívia Guedes Penteado cover), Guilherme Pereira (ensemble / dance captain).

Na equipe criativa de "Tarsila - A Brasileira" também estão Tony Lucchesi e Guilherme Terra (Músicas), Alonso Barros (Coreografia e Direção de Movimento), Renato Theobaldo (Cenário), Fabio Namatame (Figurino) e Dicko Lorenzo (Visagismo). 


Sinopse
A história começa com a chegada de Tarsila do Amaral a São Paulo, em 1922, vinda da Escola de Artes de Paris, e seu encontro com os modernistas, que daria origem ao famoso Grupo dos Cinco (Tarsila, Anita Malfatti, Oswald de Andrade, Mário de Andrade e Menotti del Picchia) e seria o início de um tórrido romance entre ela e Oswald. A ação então passa pela efervescência e excessos dos modernistas, a vida entre São Paulo e Paris, o atribulado e concorrido atelier de Tarsila em Paris, frequentado pela nata artística da época (Pablo Picasso, Igor Stravinsky, Eric Satie, Jean Cocteau, entre outros), o “redescobrimento do Brasil” e as revoluções estéticas que culminaram no movimento Antropofágico e na criação do Abaporu, ponto máximo da colaboração artística entre Tarsila e Oswald.

A segunda parte da história começa justamente com a Crise de 1929, quando Tarsila perde toda a sua fortuna e descobre a traição de Oswald com Pagu, jovem protegida do casal. Separada de Oswald e destituída de suas fazendas, Tarsila viaja para Moscou e dá início a sua fase de pinturas “sociais”, retratando os trabalhadores brasileiros. Tarsila é presa pela polícia de Getúlio Vargas, suspeita por atividades “revolucionárias” pelo simples fato de ter ido à Rússia. Acolhida e amparada pelos amigos, Tarsila então conhece seu último amor, o jornalista carioca Luis Martins, 24 anos mais jovem do que ela, com quem viveria por dezoito anos.

Após a morte da sua filha e sua neta, da separação de Luís, e da morte de Mário, Anita e Oswald, Tarsila reflete sobre suas perdas e encontra consolo na espiritualidade – mais especificamente, na doutrina espírita de Chico Xavier. Numa epifania, Tarsila revela sua visão e renova sua convicção na Arte como possibilidade de transcendência e de encontro com as pessoas que amou e as pessoas que compartilharam do mesmo sonho, que se funde com a Retrospectiva da Semana de Arte Moderna, cem anos depois, numa grande consagração da Cultura brasileira.


Equipe criativa completa
Musical "Tarsila, a Brasileira". Texto e letras: Anna Toledo e José Possi Neto. Músicas: Guilherme Terra e Tony Lucchesi. Encenação e direção de arte: José Possi Neto. Coreografia e direção de movimento: Alonso Barros. Direção musical: Guilherme Terra. Cenário: Renato Theobaldo. Figurino: Fábio Namatame. Visagismo: Dicko Lorenzo. Produção: Rega Início Produções Artísticas. Idealização: Raia Produções. Realização: Oito Graus Produções. 


Serviço
Musical "Tarsila, a Brasileira". A partir de 25 de janeiro até 26 de maio (conferir no site todas as datas disponíveis). Quintas-feiras, às 20h; sextas-feiras, às 20h; sábados, às 16h e 20h; domingos, às 16h e 20h. Duração: 2h30min, com intervalo. Local: Teatro Santander. Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 2041, Itaim Bibi, São Paulo - Complexo JK Iguatemi. Classificação etária: livre, menores de 12 anos acompanhados dos pais ou responsáveis legais. Iingressos: Internet (com taxa de conveniência): https://www.sympla.com.br/. Bilheteria física (sem taxa de conveniência): Teatro Santander. Horário de funcionamento: Todos os dias das 12h00 às 18h00. Em dias de espetáculos, a bilheteria permanece aberta até o início da apresentação. A bilheteria do Teatro Santander possui um totem de autoatendimento para compras de ingressos sem taxa de conveniência 24h por dia.

.: Cineflix Cinemas começa a pré-venda de "Napoleão", com Joaquin Phoenix


A rede Cineflix Cinemas abriu a pré-venda de ingressos para as sessões de “Napoleão”, que chega aos cinemas dia 23. A cinebiografia estrelada por Joaquin Phoenix, é dirigida por Ridley Scott e traz a história da ascensão e queda do líder militar francês.

O longa-metragem teve as cenas de guerra rodadas de uma vez só, com a presença de 300 atores em cena, contando elenco principal e figuração, mais de 100 cavalos e 11 câmeras que buscaram os ângulos perfeitos para retratar da forma mais realista as batalhas travadas por Napoleão Bonaparte

O protagonista Joaquin Phoenix, que interpreta o líder político, já recebeu um Grammy, dois Globos de Ouro e foi indicado quatro vezes ao Oscar, vencendo como melhor ator em 2020 pelo filme “Coringa”. Vanessa Kirby, que dá vida à primeira mulher de Napoleão, já foi vista nas telonas esse ano em “Missão Impossível - Acerto de Contas Parte 1”.

Assista no Cineflix
"Mussum, o Filmis" está em cartaz no Cineflix Cinemas. O Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021. Para acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN.

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