sábado, 28 de outubro de 2023

.: Crítica: "Five Nights at Freddy's - O Pesadelo Sem Fim" é terror colorido

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em outubro de 2023


A história de uma série de jogos de sucesso que ganhou as telonas do Cineflix Cinemas em versão adaptada. Eis "Five Nights at Freddy's - O Pesadelo Sem Fim", ótimo filme feito para fãs, com referências ao videogame de mesmo nome e com uma pegada de fazer terror dos anos 80. Muito colorido e sem cenas mortais pesadas no estilo da franquia "Jogos Mortais", o longa dirigido por Emma Tammi ("Terra Assombrada"), com classificação indicativa para maiores de 14 anos, pode ser rotulado como um terror para se assistir em família. Afinal, entrega terror sem escatologias e consegue dar uns sustinhos.

"Five Nights at Freddy's - O Pesadelo Sem Fim" peca ao não deixar clara a motivação do grande vilão da trama, escanteando por vezes os robôs animatrônicos (que, para quem não é fã do jogo e está por volta dos 40 anos, tendo vivido a fase do parque de diversão, de São Paulo, Playcenter, facilmente pode fazer uma conexão com a atração "Show dos Ursos"), ao focar no drama de Mike Schmidt (Josh Hutcheron, o Peeta da franquia "Jogos Vorazes") e sua irmãzinha Abby (Piper Rubio). Em meio às negativas da pequena, Mike faz lembrar a relação de Nani e Lilo, da animação Disney, "Lilo & Stich".

No elenco de "Five Nights at Freddy's - O Pesadelo Sem Fim" ainda está um ator conhecido dos fãs de filmes de terror, Matthew Lillard ("Pânico", "13 Fantasmas") que, inicialmente, entra no enredo como o empregador de Mike, mas ganha tremenda importância perto do desfecho do longa sobre robôs assassinos. De toda forma, para o início da franquia, está excelente "Five Nights at Freddy's - O Pesadelo Sem Fim" e, claro, imperdível!




Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link. Compre seus ingressos no Cineflix Cinemas Santos aqui: vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm 




"Five Nights at Freddy's - O Pesadelo Sem Fim" ("Five Nights at Freddy's) Ingressos on-line neste linkGênero: terror, adaptaçãoClassificação: 14 anos. Duração: 1h49. Ano: 2023. Idioma: inglês. Distribuidora: Universal Studios. Direção: Emma TammiRoteiro: Scott Cawthon, Emma Tammi, Seth Cuddeback Elenco: Josh Hutcherson (Mike Schmidt), Ryan Reinike. (Freddy's Security Guard), Elizabeth Lail (Vanessa). Sinopse: No Freddy Fazbear's Pizza, robôs animados fazem a festa das crianças durante o dia. Mas, quando chega a noite, eles se transformam em assassinos psicopatas.

Trailer "Five Nights at Freddy's - O Pesadelo Sem Fim"

.: Entrevista: Claudia Raia fala sobre a Emengarda de "Terra e Paixão"


Atriz comenta a participação especial na trama em que interpreta a mãe de Luigi (Rainer Cadete). Foto: Globo/Paulo Belote

Em cenas de "Terra e Paixão", após ficar atrás de Luigi (Rainer Cadete) para informar o desejo de viajar para Nova Primavera, Emengarda (Claudia Raia) chegou para causar na cidade e deixa o filho desesperado, pois a presença dela pode acabar com os seus planos referentes à sucessão das terra de Antônio (Tony Ramos). Com isso, ao encontrá-la na fazenda, o italiano é obrigado a apresentar sua verdadeira mãe como uma parente brasileira a Irene (Gloria Pires) e Antônio, afinal, ela não pensa em ir embora tão cedo.  

Durante o papo com Emmy, como Emengarda gosta de ser chamada, Antônio a convida para se hospedar na fazenda e Irene fica desconfiada da história sobre o parentesco com o genro. Logo, coloca Luigi contra a parede e o obriga a revelar a identidade dela. Enquanto isso, Emmy fica de olho em Antônio e no comportamento de Irene com Vinícius (Paulo Rocha), e aproveita o tempo ocioso na casa dos La Selva para surrupiar alguns itens de valor, prática que está habituada a ter em sua vida pessoal. 

Ainda na temporada pela cidade, Emmy revela conhecer Agatha (Eliane Giardini) do passado e alerta Luigi sobre o risco de ficar próximo da ex-detenta. Ela afirma que a primeira mulher de Antônio matou colegas de cela envenenadas e vai usar tudo o que sabe para ganhar mais dinheiro. Abaixo confira a entrevista com a atriz Claudia Raia.


Como você define a sua personagem?
Claudia Raia -
Se tem uma coisa que eu soube de cara é que ela é uma mulher que vai causar. E o público vai entender que os trambiques de Luigi são coisa de família (risos). Minha personagem é uma mulher bem cara de pau, divertidíssima e de caráter muito duvidoso. Podemos esperar barbaridades dela.

 
Em quem se inspirou para fazê-la? 
Claudia Raia - 
A inspiração veio mesmo do texto e da conversa com Walcyr Carrasco. Ele já sabia muito bem como queria essa personagem e qual seria a função dela naquele lugar da trama. Quando ele me ligou para contar e fazer o convite, eu não pensei duas vezes. Estou muito animada em voltar a fazer novela, em encontrar esse elenco tão talentoso, rever amigos queridos, como Tony e Gloria. Estou me divertindo muito. Dá saudade deixar o Luca em casa? Dá. Mas o trabalho também é uma parte importantíssima da minha vida. Agora vou emendar numa frente de trabalhos e estou muito animada com isso. Depois que terminar minha participação em "Terra e Paixão", começo a preparação para o musical “Tarsila, A Brasileira”, que estreia em janeiro de 2024. É muito bom ver tantos projetos ganharem vida.


Com tantos anos de carreira novos trabalhos ainda são desafiadores? 
Claudia Raia - 
Claro que sim! Eu sou um eterna curiosa, tanto para a vida quanto para meus personagens. Por mais que pareça, um personagem nunca é igual ao outro.E meu desafio é justamente buscar o que os torna diferentes entre si, qual é a característica que os torna únicos e como posso explorar isso. Entrar em uma novela que já está no ar há um tempo, consolidada e fazendo muito sucesso, também é um desafio. Você é um peixinho meio fora do aquário. Pensar nessas coisas, estudar o personagem, me dá esse frio na barriga gostoso da novidade.

Quais são as principais questões que ela vai enfrentar na trama?
Claudia Raia - 
Acho que ela vai criar muitas questões para as pessoas ao redor (risos). O que dá para adiantar é que ela é muito pior do que o Luigi (Rainer Cadete). Então, com certeza vai aprontar bastante com os outros personagens. 


E como estão sendo as gravações, o convívio com o elenco?
Claudia Raia - 
As gravações estão sendo ótimas. É ótimo trabalhar e estar perto de amigos tão queridos, como Tony Ramos e Gloria Pires. Trabalhar com Rainer e Tata também está sendo ótimo. Nos divertimos muito em cena juntos. E o reencontro com o Luiz Henrique Rios, o diretor, está sendo maravilhoso. Sou uma atriz que gosta de ser dirigida, que gosta dessa troca. E ele é muito atento e sensível a isso. Não posso deixar de dizer que também é muito bom voltar em uma novela do Walcyr, que se comunica de uma maneira muito próxima do público, que é tão popular. Temos isso em comum: eu adoro projetos populares. Gosto de trabalhar para o público se divertir.

Como você espera que o público vai receber sua personagem?
Claudia Raia - 
Eu espero que bem e que se divirta com as falcatruas dela.

Comente sobre a relação dela com Luigi.
Claudia Raia - 
Ela não é aquela mãe zelosa, cuidadosa, que só pensa no bem-estar do filho. Ela é uma grande trambiqueira, e os dois têm isso em comum. Na verdade, ela é bem pior do que o Luigi, ou seja, podem esperar tudo dela. Tudo bem que isso acaba os aproximando também. É uma relação em que os dois querem se dar bem sempre. 


Quais foram seus últimos trabalhos?
Claudia Raia - 
Meu último trabalho na TV foi "Verão 90". Depois veio a pandemia, voltei da minha turnê com o espetáculo “Conserto para Dois” na Europa antes, porque tudo estava fechando. Depois, voltei com o espetáculo em 2021 e 2022. A turnê nacional estava agendada para 2020, mas precisou ser adiada. Ano passado, eu estive à frente do “Decora” ao lado da Stephanie Ribeiro em uma edição dedicada às novelas. Foi um trabalho muito divertido e que eu fiz já grávida do Luca. Foi muito especial ter esse registro. Depois ele nasceu e agora, depois da licença, estou voltando à ativa em "Terra e Paixão" e emendo na preparação para o musical “Tarsila, A Brasileira”, como citei acima.

Como foi o convite para a participação na novela?
Claudia Raia - 
O convite veio do próprio Walcyr Carrasco. Fiquei muito feliz quando recebi a ligação dele e mais ainda quando ele fez o convite. Ele me disse o que estava pensando para a personagem, qual era o caminho que gostaria para ela, e topei na hora. 

Como está sendo trabalhar o texto do Walcyr Carrasco e como tem sido a direção do Luiz Henrique Rios?
Claudia Raia - 
Está sendo maravilhoso, um reencontro muito feliz! Já trabalhei com Luiz Henrique e sempre foi muito bom. Desde o começo, tanto ele quanto toda a equipe fizeram de tudo para que as gravações acontecessem da melhor forma, pensando que eu moro em São Paulo e estou com um bebê pequeno em casa. O texto do Walcyr é ótimo, tem um apelo popular muito grande. Isso me deixa muito feliz.
 

É o seu primeiro trabalho após a gravidez. Apesar de você já ter passado por isso com seus dois outros filhos, como tem sido viver essa experiência agora?
Claudia Raia - 
É bem diferente, especialmente porque agora estou passando isso fora de casa. Eu moro em São Paulo e estou no Rio para gravar a novela. Mas é algo que eu sabia que aconteceria em algum momento. Também é importante para eu me entender como mulher depois do nascimento do Luca. Nos primeiros meses, estive completamente dedicada a ele. Voltar a sair de casa para trabalhar me coloca em um outro lugar. Dá muita saudade, parece que está faltando um pedaço de mim, mas ao mesmo tempo me sinto muito realizada por estar fazendo o que eu amo fazer. Busco sempre olhar o lado mais cheio do copo, e neste caso não é diferente. Afinal, além de mãe, sou mulher, atriz, produtora... E agora vou começando a reencontrar esses outros lados meus, que estavam mais adormecidos. Está sendo um reencontro gostoso comigo mesma também a volta ao trabalho.

"Terra e Paixão" é uma novela criada por Walcyr Carrasco, escrita por Walcyr Carrasco e Thelma Guedes. A obra é escrita com Márcio Haiduck, Vinícius Vianna, Nelson Nadotti, Cleissa Regina e Dora Castellar. A direção artística é de Luiz Henrique Rios com direção geral de João Paulo Jabur e direção de Tande Bressane, Jeferson De, Joana Clark, Felipe Herzog e Juliana Vicente. A direção de gênero é de José Luiz Villamarim e a produção é de Raphael Cavaco e Mauricio Quaresma.

.: Entrevista: Andreza Luisa, a vencedora da sexta temporada do "The Taste Brasil"


Decisão ocorreu nesta quinta-feira, dia 26, no Globoplay e GNT. Os dez episódios estão disponíveis no streaming da Globo. Foto: Adalberto de Melo “Pygmeu”

"Uma chef pronta, com trabalho sólido". É desta forma que o mentor e chef Felipe Bronze descreve Andreza Luisa, a grande vencedora da sexta temporada do reality gastronômico "The Taste Brasil", que também trouxe Claude Troisgros e as estreantes Manu Buffara e Manu Ferraz no time de jurados. Com a participação do chef convidado Rafa Costa e Silva, o episódio final foi ao ar na última quinta-feira, dia 26 de outubro, no Globoplay e GNT.   

Andreza enfrentou a decisão ao lado de Barbara Hioki e Matheus Cunha. A ousadia de sua culinária e as suas determinação e habilidade na cozinha foram alguns dos diferenciais que a consagraram campeã da sexta edição do programa. “Ao longo da competição, o trabalho com ela foi mais no sentido de se desafiar mais, acreditar em si mesma e sair da zona de conforto”, avalia Felipe Bronze. 

Todos os dez episódios do "The Taste Brasil" estão disponíveis no Globoplay. Com produção da Moonshot Pictures, o programa está entre as variadas opções de realities do Globoplay, que possui títulos como "Big Brother Brasil", "Túnel do Amor" e, em breve, "Let Love", além dos realities gastronômicos "Que Marravilha!" e "Que Seja Doce" já consagrados no GNT, e disponíveis para assinantes Globoplay +Canais. Todos os tutoriais e detalhes dos pratos dos programas gastronômicos, incluindo tudo o que rolou nesta edição, também estão disponíveis no site e no app do Receitas. 

"The Taste Brasil" é inspirado no formato do "The Taste", programa desenvolvido por Kinetic Content LLC e distribuído por Red Arrow Studios International. Na entrevista abaixo, Andreza Luisa fala sobre a experiência de vencer o programa e revela seus planos para o futuro.


Qual é o significado que a gastronomia tem na sua vida? Como essa relação começou?
Andreza Luisa - 
A gastronomia é tudo na minha vida. Já são 12 anos de profissão e cada dia que passa eu me sinto mais pertencente a esse universo. Cresci vendo a minha avó cozinhar, fazendo biscoitos para vender. Eu participava de alguma forma, mas nunca enxergava a gastronomia como uma profissão. Certo dia, a caminho do cursinho pré-vestibular, quando estudava para Arquitetura, vi uma propaganda atrás do ônibus que me chamou muita atenção e algo dentro de mim despertou. Foi aí que eu decidi que a gastronomia era o meu destino.   


Como foi a experiência de participar do "The Taste Brasil"?
Andreza Luisa - 
Foi a experiência mais louca que já vivi na minha vida. Foi no programa que me descobri como profissional, que realmente defini quem é a "Andreza" e qual o caminho desejo seguir. Tive a certeza de que a culinária mineira é a minha raiz, o que eu amo fazer. Sempre que eu penso em surpreender com alguma coisa, é para esse viés que eu corro. Não tenho dúvidas de que o The Taste Brasil foi determinante na minha vida.


E de vencer a competição, sendo orientada pelo Felipe Bronze, um dos grandes nomes da gastronomia brasileira?
Andreza Luisa - 
Desde que entrei no programa, o meu desejo era integrar o time do Felipe Bronze. Eu admiro todos os quatro mentores na mesma proporção, mas me identifico bastante com o estilo da cozinha e a forma de trabalhar dele. Em um curto espaço de tempo, aprendi muito com o Felipe e foi sensacional a experiência. Eu não poderia ter escolhido melhor o meu mentor, aliás, ele que me escolheu, né?   


Você imaginava chegar tão longe?
Andreza Luisa - 
Entrei desacreditada de que eu era capaz. Não imaginava nem ter passado na seletiva, pois quando você se depara com 30 profissionais extremamente competentes e é natural que haja uma comparação. As coisas foram acontecendo, eu fui ganhando mais confiança, acreditando mais em mim, tanto que as minhas melhores colheres foram mais para o final do programa.   

Qual impacto que o programa teve na sua vida e quais são os seus planos daqui pra frente?
Andreza Luisa -
 O programa mudou a minha vida em tudo. Ganhei confiança, vi que estou pronta e sou capaz. Em dezembro abro o meu primeiro restaurante em São Paulo. As pessoas passaram a me admirar de uma forma diferente, já que no "The Taste Brasil" eu tive a oportunidade de mostrar não só o meu lado profissional, como também como mulher e como pessoa.

.: Solo "A Mulher do Buraco" em curta temporada no Teatro Itália Bandeirantes


Solo com Lidiane Rosa, o espetáculo será apresentado de 1° de novembro a 6 de dezembro no Teatro Itália Bandeirantes. Foto: Danilo Ferrara

A “Cia eu + 1” apresenta “A Mulher do Buraco”, criado a partir do texto da autora Nanna de Castro. Solo com Lidiane Rosa, o espetáculo será apresentado de 1° de novembro a 6 de dezembro no Teatro Itália Bandeirantes. Esta é a história de uma mulher chamada Alice, uma mulher comum dos nossos tempos. Alice é madura, batalhadora, determinada, e vive correndo feito louca e respondendo a demandas e pressões do cotidiano de microempresária. Alice não é feliz. Administra, entre milhares de outras coisas, sua carreira profissional, a relação com a filha, com o ex-marido e a atual namorada.

Um dia, essa correria é subitamente interrompida por um acidente. Distraída de si mesma, falando ao celular, a caminho de uma reunião de trabalho, Alice cai no buraco de uma obra. O que começa como um simples incidente urbano vai desencadeando uma série de eventos, à medida que Alice se perde da realidade dentro do buraco, percebe outra presença dentro do buraco.

A outra mulher é Alma, que cuidadosamente vai conduzi-la a uma viagem intensa de autoconhecimento e transformação. Enquanto isso, fora do buraco, um homem surge com a promessa de salvá-la: o Capitão Nascimento do corpo de bombeiros. Porém, quanto mais Alice mergulha em si mesma dentro do buraco, mais ela questiona a necessidade de ser salva.

Através de recursos audiovisuais Alice irá interagir com o mundo exterior, enquanto dentro do buraco a atriz Lidiane Rosa irá interpretar as duas personagens, Alice e Alma, seu subconsciente. O buraco existe na peça como espaço do real: a obra pública que nunca fica pronta. Este é o buraco feito no corpo do planeta. Ele simboliza para nós o buraco social da desconexão com os valores humanos e com a natureza. Nele a protagonista encontra personagens atropelados pelo sistema, desumanizados, exaustos, atuando como engrenagens e lidando com o ecossistema como se fosse um objeto.

Mas o buraco existe, sobretudo, como espaço imaginário dentro da protagonista. É o lugar da eterna busca de si. Lugar da sombra, do que não pode ser assumido e dos demônios de cada um. Mas também lugar da iluminação, das descobertas que nos libertam da angústia e das enormes revoluções que somos capazes de fazer em nossas odisseias pessoais. Ao final, talvez o público perceba que todos os personagens são Alice e o buraco é uma grande ilusão. Talvez não. A peça está sendo realizada por meio do Proac 01/2022 - Teatro/ Produção de Espetáculo Inédito.


Sinopse do espetáculo
O espetáculo apresenta Alice, roteirista de cinema, workaholic, mulher contemporânea. Após uma longa espera, finalmente uma grande produtora de cinema demonstra interesse por seu roteiro. Alice então é chamada para a reunião que pode mudar sua vida. Apressada como sempre, ao se encaminhar para o seu grande momento, distraída falando ao celular, Alice cai em um buraco de obra, dentro do buraco Alice tem um inesperado encontro. O que inicialmente era um infeliz incidente pode desencadear uma série de novos encontros que podem mudar a vida de Alice, ali, sem ter para onde correr, com o que se distrair, pela primeira vez terá que enfrentar o que nunca quis.

Ficha técnica
Espetáculo "A Mulher do Buraco". Texto: Nanna de Castro. Direção: Jairo Rodrigues. Elenco: Lidiane Rosa. Vozes off: André Garolli, Isadora Castro, Livia La Gatto, Valdir Rivaben. Cenário e figurino: Cia Eu + 1. Trilha sonora: João Rocha. Caracterizador: Beto França. Preparação vocal: Gilberto Chaves. Preparação corporal: Bruna Longo. Fotografia e material gráfico: Danilo Ferrara. Iluminação: Luciana Silva. Produção: Jéssica Rezende.

Serviço
Espetáculo "A Mulher do Buraco". Teatro Itália Bandeirantes. Av. Ipiranga, nº 344 - República/São Paulo. De 1° de novembro a 6 de dezembro. Quartas-feiras, às 20h. Gênero: comédia dramática. Duração: 50 minutos. Ingressos: R$ 30,00 / R$ 15,00. Classificação: 12 anos.

.: "Hackney Diamonds": os Rolling Stones desafiam o tempo


Por
 Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural.

Ninguém poderia imaginar que estaríamos em pleno 2023 ouvindo uma canção nova dos Rolling Stones. Mas foi justamente o que aconteceu com o lançamento mundial do álbum "Hackney Diamonds", recheado de participações especiais e uma vitalidade musical de dar inveja a qualquer fã ou um simples admirador do grupo.

A banda se resume hoje a três integrantes: Mick Jagger, Keith Richards e Ron Wood. O falecido baterista Charlie Watts chegou a gravar quatro faixas do disco, sendo que nas demais as baquetas são tocadas por Steve Jordan.

Entre as participações especiais estão Elton John que toca teclados nas faixas "Get Close" e "Live By The Sword", sendo que nesta segunda há também a presença de Bill Wyman, ex-baixista da formação original dos Stones. Destaque também para Stevie Wonder (no piano) e Lady Gaga (vocal)  na canção gospel "Sweet Sound Of Heaven".

Mas a colaboração que chamou mais a atenção foi a de Paul McCartney, ex-Beatle, que toca baixo na divertida faixa "Bite My Head Off", um rock´n roll bem ao estilo dos anos 60. Isso meio que fecha um ciclo. Beatles e Stones efetivamente juntos em uma faixa era algo que poucos poderiam apostar que aconteceria, apesar de não ser bem uma novidade.

Nos anos 60, Jagger participou do coro de "All You Need Is Love" dos Beatles, enquanto que John LennonPaul McCartney fazem vocais na canção "We Love You" dos Rolling Stones, gravada  também naquela época. E um os primeiros hits dos Stones foi composto por Lennon e McCartney ("I Wanna Be Your Man").

Na audição de Angry, o primeiro single do álbum, você percebe que eles tentaram buscar aquela sonoridade de discos clássicos, como "Tatoo You" e "Exile From Main Street".  É fato que eles não conseguiriam repetir o mesmo efeito. Mas só por fazer algo novo podemos considerar relevante a iniciativa. O núcleo criativo segue na mão da dupla Jagger-Richards, mas claro que sem o brilho de outrora. E é preciso entender que lançar material inédito exige esperar para ver se o mesmo passa no teste do tempo.

Se você deixar de lado as inevitáveis comparações e ouvir o disco despretensiosamente, pode até curtir, pois Jagger segue cantando como se tivesse 20 anos. E Keith Richards continua sendo um mestre indiscutível dos riffs. Há até momentos de clímax na faixa "Sweet Sound Of Heaven", no dueto de Jagger com Lady Gaga. E essa faixa lembra um pouco "Fool to Cry", do disco "Black And Blue", mas longe de ser repetitiva. Também gostei das faixas "Get Close" e "Driving Me Too Hard", ambas com ecos do passado nos arranjos e na produção. No geral, o disco soa um pouco saudosista, sem dúvida. Mas quem se importa com isso? É somente rock´´n roll e eu gosto. Vale muito a audição. Compre o álbum "Hackney Diamonds" neste link.

"Angry"

"Sweet Sound Of Heaven"

"Bite My Head Off"

.: Heroínas, ação e o futuro da MCU: seis motivos para assistir "As Marvels"


O novo filme da Marvel Studios estreia em 9 de novembro e traz ainda mais emoção à Fase 5 do MCU


Com um trio de super-heroínas poderoso, "As Marvels" chega aos cinemas brasileiros em 9 de novembro. Com direção de Nia DaCosta, o filme apresenta Carol Denvers, Monica Rambeau e Kamala Khan trabalhando juntas pela primeira vez. Mas vale a pena assistir à nova produção da Marvel Studios nos cinemas? A resposta é sim e nós te explicamos o porquê. Confira abaixo!

O trio que não sabíamos que precisávamos
Quando as obrigações de Carol Denvers a enviam para um buraco de minhoca anômalo conectado a um revolucionário Kree, seus poderem ficam entrelaçados com os da sua superfã de Jersey City, Kamala Khan, também conhecida como "Ms. Marvel", e com os de sua distante sobrinha, agora astronauta da S.A.B.E.R., Capitã Monica Rambeau. Juntas, elas formam um trio improvável que deve se unir e aprender a trabalhar em equipe para salvar o universo.


Nova vilã na área
Como um bom filme de herói, é preciso de um bom vilão! Fazendo sua estreia em grande estilo no MCU, a atriz Zawe Ashton interpreta a vilã Dar-Benn, líder dos Acusadores no Império Kree, que busca vingança contra Capitã Marvel.

Zawe Ashton como a vilã Dar-Benn

Um grande elenco para um grande filme
Já conhecido pelos fãs, o elenco de "As Marvels" é estrelado por nomes como Samuel L. Jackson (Invasão Secreta), Brie Larson (Capitã Marvel), Iman Vellani (Ms. Marvel) e Teyonah Parris (WandaVision), que entregam seu talento para dar vida à personagens queridos pelo público.

De mulher para mulher
Apesar de haver um estereótipo de que histórias de quadrinhos e heróis são para meninos e homens, cada vez mais vemos meninas e mulheres envolvidas nesse universo. Não à toa, a representatividade se faz presente e heroínas tem ganhado espaço entre os fãs. "As Marvels" chega para reforçar ainda mais o protagonismo feminino ao trazer não uma, mas três mulheres estrelando e segurando um filme só para elas.


Capitã Marvel (Brie Larson) e Ms. Marvel (Iman Vellani)

Let’s go, girls!
Além de "As Marvels" ser protagonizado por mulheres poderosas, o filme também é dirigido por uma - abrindo ainda mais espeço para mulheres em produções do MCU. Nia DaCosta consagra sua estreia na Marvel Studios sendo a primeira mulher negra, e a mais jovem, a dirigir um longa do estúdio.

Cenas pós créditos
Como de costume em filmes da Marvel, "As Marvels" também conta com cenas pós créditos. Ao final do filme temos duas cenas, que deixarão o público sem folego para criar teorias sobre o futuro do MCU.


Teyonah Parris como a Capitã Monica Rambeau


Trailer de "As Marvels"

sexta-feira, 27 de outubro de 2023

.: Caldeirão: Marcos Mion recebe Djavan para especial

Marcos Mion recebe Djavan para especial no "Caldeirão". Foto: Globo/Trouva


Logo após comemorar dois anos no ar, Marcos Mion traz mais novidades para o ‘Caldeirão’. Desta vez, o programa, que já recebeu diversas personalidades da música brasileira no 'Sobe o Som' e no 'Caldeirola', vira palco de um único artista com toda sua arte celebrada e reverenciada. Com quase 50 anos de carreira e mais de 20 discos lançados, Djavan é o homenageado que estreia a novidade no dia 28 de outubro. O cantor será visto apresentando seus maiores hits, com direito a uma plateia ilustre. Nomes como Lília Cabral, Claudia Ohana, Diogo Almeida, Xande de Pilares, Alexandre Borges, Lucy Alves, Dira Paes, Martnália, Paulo Lessa, Marvvila, Juliana Alves, Banda Melim, entre outros talentos e fãs participam desta homenagem ao cantor, assistindo e revivendo memórias com o ídolo. “É um prazer imenso que vocês tenham vindo fazer parte dessa festa”, disse Djavan aos convidados.

Lúcio Mauro Filho, integrante da banda do Caldeirão, foi quem escolheu as músicas que entraram no setlist de Djavan e também foi o responsável por contar algumas curiosidades sobre cada uma delas. Clássicos como “Eu Te Devoro”, “Lilás” e “Se”, além de uma música do álbum “D”, que concorre ao Grammy Latino (Categoria Melhor Álbum de Música Popular Brasileira) foram interpretadas pelo artista alagoano entre uma homenagem e outra. Os convidados presentes fizeram declarações emocionadas ao cantor, e amigos como Caetano Veloso e Maria Bethânia, enviaram mensagens exibidas no programa. Um dos depoimentos que mais emocionou Djavan foi o de Tatiana Tiburcio, a Jussara de ‘Terra e Paixão’.

“Essa foi uma das tardes mais brilhantes que eu vivi em toda a minha vida”, resumiu o cantor em lágrimas. “Nunca tinha vindo ao Caldeirão e foi um presente incomensurável. Eu estava apreensivíssimo. Toda vez que vou fazer televisão, eu fico, mas dessa vez eu fiquei dez vezes mais, pelo teor do programa. Eu fiquei muito feliz, acho que eles fizeram um negócio maravilhoso. Me senti honradíssimo de ter participado de uma tarde tão especial". Questionado sobre o que foi mais inesperado, ele respondeu: “Tudo para mim foi surpreendente. Mesmo de vez em quando eu tendo coisas desse tipo – não nesse nível aqui, mas manifestações de amor, de carinho das pessoas – sempre é algo que me enche a alma”, avaliou o cantor sobre o especial.

Também emocionado com o que viveu no estúdio do programa, Marcos Mion destacou a importância de prestar reverências como essas: “Homenagear é reconhecer a vida de alguém, é validar, é presentear. E esse presente a gente entrega em vida”, disse o apresentador.

O "Caldeirão com Mion" vai ao ar aos sábados e tem apresentação de Marcos Mion e direção geral de Geninho Simonetti. A produção é de Beatriz Correa e a direção de gênero é de Monica Almeida.

quinta-feira, 26 de outubro de 2023

.: "O Mistério de Irma Vap": Marcus Majella e Rodrigo Sant'anna no elenco

Um dos maiores sucessos do teatro brasileiro, que  já teve montagens históricas com Ney Latorraca e Marco Nanini, Mateus Solano e Luis Miranda, ganhará um novo conceito com produção de Priscila Prade (BricaBraque Produções) e Marco Griesi (Palco 7 Produções)

Rodrigo Sant'anna, Jorge Farjalla e Marcus Majella (foto: Priscila Prade)


Em 2024, uma nova versão 100% reformulada e com um conceito totalmente diferente  do imenso sucesso “O Mistério de Irma Vap” chegará aos palcos. Com direção do premiado Jorge Farjalla, o espetáculo contará com Marcus Majella e Rodrigo Sant'anna como atores principais. A montagem, produzida por BricaBraque Produções (Priscila Prade) e Palco 7 Produções (Marco Griesi), terá inspiração no cinema de terror japonês, trazendo um ar mais moderno que se inspira em obras como “O Grito” e “O Chamado”.

No novo espetáculo, a emblemática mansão de Mandapicos agora será um grande sanatório. Assim como em um museu, o local terá bustos dos atores das outras montagens (Marco Nanini, Ney Latorraca, Luis Miranda e Mateus Solano), que serão relembrados pelos novos atores como os antepassados da família de Lord Edgard, trazendo o tom de humor e besteirol que já são identidade da peça.

Os produtores Priscila Prade e Marco Griesi e o diretor Jorge Farjalla estão entusiasmados em anunciar a continuidade do projeto teatral "O Mistério de Irma Vap". Agora, estão determinados a dar longevidade a esse clássico do teatro, renovando tanto o elenco quanto as encenações a cada montagem. Desde os anos 80, "O Mistério de Irma Vap" tem proporcionado diversão de alta qualidade ao público, mantendo-se como um clássico do besteirol que encanta pessoas de todas as idades. A fórmula do sucesso reside na combinação de talentosos atores ,  direção ousada e contemporânea, equipe criativa de primeira linha e  produção de alta qualidade.

Eles estão comprometidos em manter viva a chama desse clássico teatral, reimaginando-o continuamente com novos artistas e abordagens. Eles acreditam que essa é a receita para garantir a longevidade de uma peça que se mantém há décadas. "'O Mistério de Irma Vap' tem sido uma jornada emocionante, e estamos animados em continuar a explorar novas possibilidades e manter viva a tradição do teatro de qualidade", afirmam.

A parceria entre Priscila Prade e Marco Griesi com Jorge Farjalla  tem sido fundamental para o sucesso da produção, e eles esperam surpreender o público com cada nova encenação do espetáculo. O compromisso de ambos com a excelência artística é evidente em cada detalhe, proporcionando ao público uma experiência teatral memorável. A nova encenação de "O Mistério de Irma Vap" promete continuar a encantar o público com seu humor inteligente, performances cativantes e uma abordagem fresca a um clássico que jamais perde o seu brilho.

O texto original do espetáculo foi montado pela primeira vez em 1984 em um pequeno teatro em Greenwich Village, em Nova York, nos Estados Unidos, pela companhia Ridiculous Theatrical Company, do próprio Charles Ludlam. Ele fez uma paródia dos clássicos e inspirou-se em um gênero da Inglaterra Vitoriana chamado “penny dreadful” (que pode ser traduzido como terror a tostão) para criar um novo tipo de comédia, o melodrama vitoriano.

No Brasil, a primeira e icônica montagem do texto, com direção de Marília Pêra e atuação de Ney Latorraca e Marco Nanini, estreou em 1986 e ficou em cartaz durante 11 anos consecutivos, o que garantiu ao texto o registro no livro Guinness World Records. A peça ficou marcada na história do teatro por uma espécie de gincana de troca de figurinos por Nanini e Latorraca. A mais recente montagem, com Luis Miranda e Mateus, foi um dos maiores sucessos recentes do teatro nacional, com um público de 160.000 espectadores. 

Sobre Marcus Majella: Ator e comediante. Nascido em Cabo Frio (RJ), mudou-se para o Rio de Janeiro aos 23 anos para seguir carreira artística. Formado em teatro, começou a fazer sucesso em espetáculos e programas de humor no Multishow ao lado do amigo Paulo Gustavo (1975-2021). Na TV, o papel de maior destaque veio na pele do concierge Ferdinando de “Vai que Cola” (2013), no Multishow. A sitcom rendeu várias temporadas, filmes e exibição na Globo. De tanto sucesso, o personagem ganhou um talk show, o “Ferdinando Show”, exibido no Multishow entre 2015 e 2018. 

Também integrou, entre 2012 e 2014, a produtora Porta dos Fundos, que se tornou o canal de maior visualização do Brasil no YouTube. Seguiu ainda com diversos projetos no cinema, no teatro e na web. No Teatro seu último trabalho foi “Despreparados” ao lado de Pedroca e Pablo Sanábio.

Sobre Rodrigo Sant'anna: Ator, humorista, dublador e roteirista brasileiro, mais conhecido por seus papéis em Zorra Total, como Valéria e outros personagens.  Nasceu e foi criado no Rio de Janeiro, no Morro dos Macacos e frequentou a Casa de Arte das Laranjeiras, onde se formou como ator. Aos 24 anos, atuou ao lado de Thalita Carauta na peça de teatro “Os Suburbanos”, onde escreveu e dirigiu, além de atuar. A peça foi um sucesso de bilheteria e crítica, ficando por cinco anos em cartaz. 

Neste período fez algumas aparições em produções da Rede Globo. Foi então que chamou a atenção de Renato Aragão, após vê-lo em uma das produções e enfim o convidou para integrar o elenco de “A Turma do Didi”. Em 2009, também chamou a atenção de Maurício Sherman, que também o convidou para integrar o elenco de Zorra Total, interpretando vários personagens. Foi em “Zorra Total” que seu nome ficou nacionalmente famoso. Interpretando Valéria no metrô, criou o bordão "Ai como eu tô bandida".  Após anos em Zorra Total, o ator levou sua peça  “Os Suburbanos” para o Multishow.  A carreira de Sant'Anna explodiu, rendendo vários trabalhos para o ator como:  “Escolinha do Professor Raimundo”, ”Treme Treme”, ”Mister Brau”, ”Tô de Graça”, “A Sogra Que Te Periu” entre outros.

Sobre Jorge Farjalla: Diretor, encenador e cineasta, tem formação acadêmica pela Universidade Federal de Uberlândia em teatro. Em seu currículo traz vários prêmios e indicações, sendo considerado um dos grandes nomes no cenário teatral brasileiro. Seu trabalho prima pela desconstrução do trabalho do ator e seus vícios, por uma linguagem única na direção e no fazer teatral. Possuidor de um método específico e um olhar singular para a cena usa da criatividade e estética como assinatura. 

Entre seus principais trabalhos estão a criação dos shows de Ana Carolina cantando Cássia Eller e de Vanessa da Mata; a direção do musical "Dom Quixote de Lugar Nenhum", do cineasta Ruy Guerra; a adaptação e direção do longa "Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças" para o teatro com Reynaldo Gianecchini, Tainá Müller e grande elenco; a direção e adaptação do clássico "O Mistério de Irma Vap", com Luis Miranda e Mateus Solano; entre outros grandes projetos.

Sobre Priscila Prade (BricaBraque Produções): Catarinense de Florianópolis, a fotógrafa e produtora cultural ocupa posição de destaque no cenário cultural nacional, tanto na produção de teatro e cinema como no trabalho desenvolvido como fotógrafa.

À frente da Bricabraque Produções Culturais, desenvolve, gerencia e produz conteúdos culturais – peças de teatros, shows, projetos de exposições e edições de livros nas áreas de patrimônio cultural brasileiro, temas sociais e artes visuais. Prêmios Melhor Fotografia/ O Espantalho (1998, Anima Mundi), Abril de Fotografia (2006, 2008 e 2010) e Theobaldo de Nigris (2015), entre outros. Priscila também mantém desde fevereiro de 2021 o espaço cultural Brica Braque, localizado na Vila Madalena, onde apresenta programação cultural.

Entre seus  pricipais trabalhos de PRODUÇÃO para TEATRO, destacam-se os espetáculos Romance II e Romance III, direção de Natália Barros, com Marisa Orth; Emoções Baratas, direção de José Possi Neto; Rain Man, com Marcelo Serrado e direção de José Wilker; O Livro de Tatiana, de Bruno Garcia; O Grande Sucesso, de Diego Fortes; Mequetrefe Sorrateiro, de Marcelo Airoldi; O Mistério de Irma Vap, com Luis Miranda e Mateus Solano, direção de Jorge Farjalla e Gasligth, com direção de Jô Soares.

Sobre Marco Griesi (Palco 7 Produções): Marco Griesi, produtor Cultural formado em marketing e design com mais de 15 anos no mercado, proprietário da Palco 7 Produções com foco no ramo cultural em gestão, patrocínios, produções e desenvolvimento de equipamentos culturais. Foi responsável pela área de patrocínios culturais para a Porto Seguro por trezes anos. 

Além disso, foi responsável pela concepção, construção, gestão e curadoria artística do Teatro Porto Seguro e Espaço Cultural Porto Seguro. Atuou como curador artístico do Teatro Cetip, no Instituto Tomie Ohtake, sob gestão da T4F e do Teatro Procópio Ferreira.

Como diretor de produção: “O Açougue ou de Como Frank Sinatra Me Emociona” de Marcelo Soler com Gabriel Godoy, “Breu”, sob direção de Maria Silvia Campos, com Kelzy Ecard e Natalia Gonsales, “Myrna Sou Eu” de Nelson Rodrigues, com adaptação e direção de Elias Andreato, com Nilton Bicudo, ”Grande Elenco”, com Tata Werneck e Paulinho Serra, “33 Dedos Bem Aquecidos” de Rafael Primot, com Caio Paduan, Clarissa Kiste, Dani Moreno e Rafael Primot, “Mães Iradas” com direção de “Mães Iradas” com direção de Alexandre Reinecke, “Deus é um DJ” com direção de Marcelo Rubens Paiva, com Marcos Damigo e Guta Ruiz, “Chuva Não, Tempestade” de Franz Keppler, “De Volta a Oz – Wicked In Concert” com Fabi Bang e Myra Ruiz” e “O Mistério de Irma Vap”, sob direção de Jorge Farjalla com Luis Miranda e Mateus Solano, “Bárbara!”, inspirado no livro “A Saideira” de Bárbara Gancia com Marisa Orth, sob a direção de Bruno Guida, "7x Pecado - Broadway In Concert", de André Dias, com Alessandra Verney, Leo Wagner, André Dias, "Quase Normal", com Monique Alfradique, direção Rafael Primot, “Brilho Eterno”, sob a direção de Jorge Farjalla com Reynaldo Gianecchini, Tainá Muller,   “Once, Musical”, sob a direção de José Henrique de Paula, com Lucas Lima e Bruna Guerin e "Kiss Me Kate - O Beijo da Megera" com Miguel Falabella e Alessandra Verney.

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.: A ponte, memórias de lírios d’água, de Margareth Diniz, luta de mãe solo

No livro "A ponte, memórias de lírios d'água", Margareth Diniz narra a história de uma mulher que luta para sustentar os filhos sozinha e encontra força na união feminina


Ela, a protagonista do livro "A ponte, memórias de lírios d’água", de Margareth Diniz, é uma mulher de origem ribeirinha, nascida nas margens dos rios amazônicos, que está sobrecarregada com as demandas diárias. Assim como milhares de brasileiras, acorda cedo para pegar o transporte público e chegar ao emprego informal, que aceitou para sustentar os três filhos sozinha.

Perto de completar 30 anos, a personagem é um retrato de experiências, sofrimentos e lutas comuns a várias pessoas no país. Quando era adolescente, mudou-se de cidade para trabalhar na casa de uma professora e ter um quarto para dormir. Engravidou jovem, de um homem gentil que desapareceu sem deixar rastros, e passou a morar em uma área de ressaca do Macapá. Em busca de garantir uma melhor qualidade de vida à família, trabalhou com tudo que podia para complementar a renda.

Dividida em 13 capítulos, a narrativa une o passado ao presente como uma forma de inserir os leitores nos pensamentos íntimos da protagonista. A partir disso, Margareth Diniz, que nasceu em um pequeno povoado do Maranhão, morou em Belém e reside no Amapá, transita por questões como relacionamentos abusivos, racismo, machismo, migração nordestina e desigualdades socioeconômicas.

Lembrar-se do tempo da escola a fez decidir voltar a estudar. Amanhã mesmo iria procurar saber se ainda havia vaga no turno da noite. Não seria fácil sabia, mas nada em sua vida havia sido. Teria que sair do trabalho direto para a escola e pedir a Rosa que ficasse mais tempo ainda com sua filha. (A ponte, memórias de lírios d’água, pg. 125).


Você pode comprar "A ponte, memórias de lírios d’água", de Margareth Diniz aqui: https://amzn.to/3QyPEI4


Além de explicitar estas situações, o livro também mostra como a sororidade pode impactar positivamente a trajetória feminina. A personagem principal sonha em prover uma vida tranquila para os filhos e se tornar contadora de histórias. Quando reencontra amigas da juventude, estes objetivos se tornam possíveis depois que elas criam uma rede de apoio para as mulheres da região compartilharem vivências, impulsionarem o empreendedorismo umas das outras e incentivarem a independência.

Sobre a autora: Professora da rede pública de ensino, Margareth Diniz tem licenciatura e bacharelado em Geografia, além de ser pós-graduada em Educação e Gestão Ambiental. Nasceu em Naru, pequeno povoado do Maranhão, mas mudou-se ainda criança para Imperatriz. Também morou em Belém, no Pará, e vive há mais de uma década no Amapá. As experiências de vida no Norte e no Nordeste do país serviram de inspiração para o lançamento do livro “A ponte, memórias de lírios d’água”.


Ficha Técnica

Título: A ponte, memórias de lírios d’água

Autora: Margareth Diniz

ISBN: 978-65-254-3481-0

202 páginas

Preço: R$ 60,30 (físico) | R$ 34,90 (e-book)

Compre "A ponte, memórias de lírios d’água", de Margareth Diniz aqui: https://amzn.to/3QyPEI4


.: "Consentimento": novas apresentações gratuitas no Teatro Cacilda Becker

Com direção de Camila Turim e Hugo Possolo, tragicomédia propõe reflexão sobre a violência contra a mulher e sobre como o sistema de justiça tende a culpabilizar vítimas de crimes sexuais. Foto: Priscila Prade 


Em resposta ao aumento de casos de violência contra a mulher em todo o mundo – sobretudo no Brasil – nos últimos anos, o espetáculo Consentimento, da premiada autora inglesa Nina Raine, propõe uma discussão afiada e universal sobre o sistema judicial, que acaba culpabilizando as vítimas dos crimes sexuais.

A peça ganhou uma versão brasileira dirigida e idealizada por Camila Turim, com co-direção de Hugo Possolo, que estreou no Sesc Belenzinho em 2022. E agora, o trabalho ganha novas apresentações gratuitas no Teatro Cacilda Becker, de 4 a 19 de novembro; na Oficina Cultural Oswald de Andrade, de 11 a 16 de dezembro; e no Theatro Municipal, entre 26 e 27 de janeiro de 2024.

A montagem brasileira, que tem tradução de Clara Carvalho, traz no elenco Anna Cecília Junqueira, Camila Turim, Erica Montanheiro, Fernando Nitsch (substituído por Flavio Tolezani apenas no dia 5/11), Guilherme Calzavara, Lisi Andrade e Sidney Santiago.

O texto, uma tragicomédia de humor ácido que dialoga com temas urgentes e universais, estreou no National Theatre de Londres, na Inglaterra, e, desde então, ganhou várias encenações ao redor do mundo. A versão dirigida por Camila Turim foi a primeira montagem brasileira da obra.

“É um dos textos contemporâneos mais brilhantes que já li, uma peça que consegue ser impactante, contundente, dolorosa, afiada e divertida. É como se pudéssemos vivenciar as contradições de uma geração que hoje chega aos 40 anos refletindo sobre o espírito do nosso tempo. É, também, pessoalmente uma peça em legítima defesa. Minha terceira produção sobre uma das últimas instâncias das violências que o corpo da mulher atravessa: o estupro”, comenta a diretora Camila Turim. 

A trama do espetáculo acompanha casais de amigos que compartilham entre si opiniões sobre um caso de estupro, no qual o agressor alega ter tido o consentimento da vítima para a relação sexual. Essas opiniões são confrontadas com as atitudes de cada um dos personagens em suas vidas privadas. As relações entre os casais da peça se aprofundam a ponto de revelar um cotidiano que ultrapassa as pequenas agressões. Entre festas, encontros e audiências jurídicas, o limite entre o pessoal e o profissional das personagens começa a ser borrado e as certezas vão perdendo contorno. 

Sobre esses personagens complexos e contraditórios, Turim pontua: “Elas e eles são protagonistas que se debatem entre suas escolhas nas suas vidas públicas e privadas. Entre seus discursos e seus desejos. O universo da justiça é o palco para um jogo desumano de estabelecer a força da narrativa que vence, numa construção de retóricas muitas vezes tão cruel que nos leva ao riso. Na berlinda estão as mulheres vítimas de violência sexual, revitimizadas por um sistema que não as acolhe”.

"Consentimento" aprofunda a discussão sobre como o sistema judiciário muitas vezes é incapaz de reconhecer os limites entre o estupro e a relação sexual consentida, culpabilizando a vítima dos crimes sexuais e deixando o agressor impune. A peça traça um retrato provocativo sobre a falta de empatia e é também um cruel panorama de uma classe social privilegiada, diplomada e bem-sucedida que se considera acima do universo de crimes e violência. 


Sobre a encenação

A encenação é pensada para colocar o espectador dentro da cena, convidando-o a se sentir tanto no papel de voyer como um juri popular dentro de um tribunal. 

“A encenação, por meio da arquitetura cênica que dispõe o público ao redor da cena, da iluminação que inclui a plateia no acontecimento teatral e da sonoridade que delimita os espaços, busca estabelecer uma relação de reconhecimento e proximidade com os ambientes privados das casas de classe média. E, em contraposição, de testemunho no ambiente público do julgamento. A ideia é permitir o teatro na sua vocação arquetípica de fórum para que tenha sua potência aumentada pelo encontro do elenco com a dramaturgia de Raine, que nos lembra sempre que a verdade, assim como o olhar, tem pontos de vista diversos”, comenta a encenadora.

Já o co-diretor Hugo Possolo, conta sobre os desafios de discutir um tema tão importante. “Coloquei-me diante de meu próprio machismo. Minha trajetória como artista, com tantas outras vertentes de linguagem, foi convocada a se redimensionar para artisticamente expor e viver minhas próprias contradições. Nessa montagem tenho como principal tarefa me voltar à atuação, construindo os caminhos das atrizes e atores para suas personagens, respondendo às opções estéticas concebidas pela Camila. Retirado de uma condição de poder à qual me habituei, à frente de muitas direções, combinamos que minha experiência estaria a serviço de esmiuçar as diversas possibilidades de cada atuação, para chegarmos juntos ao deslocamento que a dramaturgia de Nina Raine nos oferece”, afirma.

A equipe de criação do espetáculo ainda conta com o cenário de Bruno Anselmo, trilha sonora original composta por Daniel Maia, os figurinos de Anne Cerutti, e a iluminação de Miló Martins.


Sobre Nina Raine - dramaturga

Por seu primeiro texto teatral, Rabbit (2006), Nina venceu o prêmio de Most Promiseng Playwrite (Mais Promissora Dramaturga) pela Evening Standard Theatre Awards (prêmio teatral mais tradicional e longevo do Reino Unido). O texto Tribos (2012) recebeu o prêmio Drama Desk Award de melhor peça teatral pela New York Drama Critics Circle (Associação dos críticos teatrais de Nova Iorque). No Brasil, a produção dessa comédia perversa pelo ator Antonio Fagundes estreou em 2013 e ficou em cartaz durante dois anos. Entres seus outros textos, estão Tiger Country (2011) e Stories (2018). 

Consent (Consentimento) estreou no National Theater de Londres em 2017. Suas peças já foram montadas em Nova Iorque, Los Angeles, São Paulo, por toda Europa e no Japão. Uma autora jovem que tem uma dramaturgia que capta questões universais tendo suas obras traduzidas para mais de dez idiomas, entre eles, português, espanhol, italiano, hebreu, croata, húngaro e coreano.

Sinopse: "Consentimento" é uma tragicomédia que conta a história de casais amigos, em sua maioria advogados e promotores. Entre festas, encontros e audiências, as relações de amizade, casamento, traição e maternidade evidenciam que não há separação entre suas vidas públicas e privadas. A peça traz o conflito de pessoas privilegiadas, que se consideram isentas e acima do universo dos crimes e violências com as quais trabalham, até verem os contornos de suas verdades borrados quando, diante de crimes de estupro, se deparam com o conceito do que é o ato de consentir.


Ficha Técnica

Texto: Nina Raine

Tradução: Clara Carvalho

Direção: Hugo Possolo e Camila Turim

Elenco (em ordem alfabética): Anna Cecília Junqueira, Camila Turim, Erica Montanheiro, Fernando Nitsch*, Guilherme Calzavara, Lisi Andrade e Sidney Santiago.

*Flavio Tolezani faz o personagem Ed, no lugar de Fernando Nistch, no dia 5 de novembro.

Assistência de Direção e Stand In – Tadeu Pinheiro

Trilha Sonora: Daniel Maia 

Figurinos: Anne Cerrutti 

Desenho de Luz: Miló Martins 

Cenário: Bruno Anselmo 

Fotos – Priscila Prade

Contrarregra – Marun Reis

Operador de Luz – Binho Govith

Operador de Som – Deivson Nunes

Produtoras Assistentes – Isadora Bellini e Giovanna Ueda

Assessoria de Imprensa: Pombo Correio

Coordenação de Projeto: Elen Londero

Administração: Cirandar

Coordenação Produção e Idealizaçāo: A Outra Produções


Serviço

Consentimento, de Nina Raine

Ingressos: gratuitos, distribuídos com uma hora de antecedência

Classificação: 16 anos

Duração: 120 minutos, com 4 minutos de intervalo


Teatro Cacilda Becker

Rua Tito, 295, Lapa, São Paulo

Datas: 4 a 19 de novembro, aos sábados, às 21h, e aos domingos, às 19h

Capacidade: 220 lugares

Acessibilidade: Local acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida


Oficina Cultural Oswald de Andrade

Rua Três Rios, 363, Bom Retiro, São Paulo

Datas: 11 a 16 de dezembro, de segunda a sábado, às 18h

Capacidade: 70 lugares

Acessibilidade: Local acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida


Cúpula do Theatro Municipal

Praça Ramos de Azevedo, s/n - República

Datas: 26, 27 e 28 de janeiro de 2024, de sexta a domingo, às 19h

Capacidade: 120 lugares

Acessibilidade: Local acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida

.: “O Auto da Compadecida”, clássico em primeira montagem não-musical

Primeira montagem não-musical da escola estreia dia 08 de novembro, no Teatro Clara Nunes. Foto: Marcelo Martins


Encerrando seu calendário de estreias de 2023, a In Cena Casa de Artes e Produções apresenta, no dia 08 de novembro, no Teatro Clara Nunes, “O Auto da Compadecida”, famoso texto de Ariano Suassuna (1927-2014), que já ganhou diversas montagens no teatro, no cinema e na TV.  Com direção da dupla Claudia Ventura e Alexandre Dantas, esta é a primeira peça não-musical do curso “Prática de Montagem” da escola, que vai levar para os palcos uma versão atualizada e contemporânea deste clássico da dramaturgia brasileira, escrito em 1955, com sessões às quartas, quintas e sextas (20h), até 24 de novembro.

Em “O Auto da Compadecida” somos transportados para o sertão nordestino através de uma trupe de circo que recria um retrato abstrato da região. Através das incríveis aventuras e confusões dos conhecidos e amados personagens João Grilo, o típico anti-herói brasileiro, e Chicó, seu fiel escudeiro, a peça aborda temas como a religiosidade popular, corrupção e desigualdade social, sempre com um tom de humor, ironia e irreverência característicos da obra de Suassuna.

Apesar de fiel ao texto, esta não será uma montagem com elementos caricaturais do Nordeste, onde a história se passa. Para narrar as trapaças e artimanhas dos protagonistas, os diretores optaram por uma encenação focada no ator e na palavra, isto é, criada a partir da relação do elenco com a obra. “Acho que o grande diferencial nesta montagem é trazer as origens do circo-teatro, onde o elenco é uma trupe, um grupo de contadores, que chega ali para se divertir e contar essa história, sem cair no óbvio. Quisemos trazer uma encenação diferente que toque e fique nas pessoas”, diz Claudia.

A ausência do sotaque foi uma das escolhas da direção, assim como o cenário e o figurino, trabalhados sem muitos elementos que remetem diretamente e/ou sublinham as características regionais. “O Ariano é tão genial que a estrutura das frases já evoca esse espaço físico nordestino. Por isso, não precisa ter o sotaque, o padre com a batina. Apenas insinuamos esses elementos”, explica Claudia. Segundo ela, a ideia é induzir que cada pessoa na plateia imagine o seu próprio cenário através da palavra, da manipulação dos objetos e do jogo de cena corporal. “A imagem que está sendo construída em cena só termina na cabeça de quem está assistindo”, conclui.

Outra preocupação dos diretores foi tentar manter a originalidade do texto de Suassuna, mas suprimindo aspectos datados, que não cabem mais ser replicados. “Estamos falando de um texto de 1955 e isso nos fez deparar com falas machistas, de um discurso patriarcal que está desatualizado. Nesses casos, optamos por suprimir algumas falas, mas sem perder a piada, claro”, explica Alexandre. O mesmo foi pensado para as cenas de violência, mas, dessa vez, o artifício foi se apoiar no humor. “Outro ponto que nos deparamos foi com a quantidade de mortes. Resolvemos, então, ir na direção do humor, pra palhaçaria e teatralidade, buscando suavizar essa violência presente na trama”, diz.

A montagem conta com 21 atores, entre profissionais e iniciantes, que fazem parte do curso de “Prática de Montagem” da In Cena. Nele, os alunos aprendem todas as etapas de produção de um espetáculo até sua estreia oficial no teatro. Divididos em comissões, cada grupo se responsabiliza por uma área (figurino, cenário, divulgação, produção, entre outros), o que faz com que saiam da formação com uma visão geral do que é fazer teatro para além da atuação.

Esta é a sexta Prática de Montagem que a In Cena apresenta em menos de três anos de funcionamento. Além de “O Auto da Compadecida”, a escola está em cartaz com “Fame”, também no Teatro Clara Nunes, até 25 de novembro. Recentemente, apresentou “Annie – o musical”, que ficou em cartaz no Teatro dos 4, até 8 de outubro. Além disso, a escola já montou “Legalmente Loira”, “Escola do Rock” e “Nas Alturas”, além da produção original, “Poema”, a primeira profissional da escola, vencedora na categoria “Roteiro Original”, do prêmio Musical.Rio. Já “Escola do Rock” recebeu seis indicações ao prêmio, levando três deles: Melhor Ator com Pedro Balu; Melhor Atriz Revelação com Malu Coimbra; e Melhor Prática de Montagem.


SOBRE A IN CENA CASA DE ARTES E PRODUÇÕES:

Um espaço para aprender, trocar experiências, se aperfeiçoar, sem deixar de se sentir em casa. Essa é a proposta da In Cena Casa de Artes e Produções – www.incena.art.br – que funciona em Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Com direção artística de Cella Bártholo e coordenação pedagógica de Gabi Levask, a In Cena oferece oficinas, práticas de montagens e mentoria, que abraçam múltiplas vertentes das artes: teatro, teatro musical, dança e música. Em uma espaçosa casa de mais de 400 metros quadrados, a In Cena conta com quatro salas (Bibi Ferreira, Fernanda Montenegro, Ruth de Souza e Amazonas), um estúdio (batizado de Gonzaguinha), camarim, vestiários e um amplo terraço – um local de convivência a céu aberto.


FICHA TÉCNICA:

Direção Geral: Claudia Ventura e Alexandre Dantas

Direção artística: Cella Bártholo

Direção executiva: Pedro Campêlo

Direção de produção: Glauce Carvalho


Serviço 

O Auto da Compadecida

Temporada: 08 de novembro a 24 de novembro de 2023

Local: Teatro Clara Nunes – Shopping da Gávea (R. Marquês de São Vicente, 52 - Gávea, Rio de Janeiro - RJ, 22451-040)

Informações: (21) 967193154

Datas/Horários: Quarta, Quinta e sexta às 20h

Classificação Etária: 12A

Duração: 120 minutos

Ingresso: R$ 100,00 (inteira) e R$ 50,00 (meia)- Vendas: Sympla e Bilheteria do Teatro

Direção: Claudia Ventura e Alexandre Dantas

.: "Uma Maldição de Família", da DreamWorks, estreia no Apple TV+

Nova série infantil de aventuras assustadoras "Uma Maldição de Família" ("CURSES!"), da DreamWorks Animation, estreia nesta sexta-feira, 27 de outubro, no Apple TV+


Na semana do Dia das Bruxas, estreia "Uma Maldição de Família" ("CURSES!") nesta sexta-feira, 27 de outubro, no Apple TV+. Da DreamWorks Animation, a série de animação traz aventura e comédia para crianças. Quando uma maldição familiar que dura várias gerações transforma Alex Vanderhouven em pedra, cabe aos seus dois filhos, Pandora e Russ, e à sua mulher Sky, devolver objetos roubados pelos seus antepassados aos locais de origem para acabar de vez com a maldição. 

A série foi criada e tem produção executiva de Jim Cooper ("Dragões: Pilotos de Berk") e Jeff Dixon ("No Olho Do Furacão"). O argumentista e realizador John Krasinski ("Um Lugar Silencioso" Partes I e II) é também produtor executivo e Allyson Seeger ("Um Lugar Silencioso" Partes I e II) é coprodutora executiva. Leo Riley ("Guardiões da Galáxia", "Tron: A Resistência") é o produtor supervisor, com Chris Copeland ("Kipo e os Animonstros") e Justin Copeland ("Mulher Maravilha: Linhagem de Sangue") como consultores criativos. Leo Riley ("Guardiões da Galáxia", "Tron: A Resistência") dirige com trabalhos de animação fornecidos por CGCG e House of Cool. 

"Uma Maldição de Família" conta, na versão original, com as vozes de Gabrielle Nevaeh ("Monster High: O Filme"), indicada ao Emmy, como "Pandora", Andre Robinson ("The Loud House") como "Russ", Lyric Lewis ("Waffles + Mochi"), indicada ao Emmy, como "Sky", Reid Scott ("Vice"), vencedor do SAG, como "Alex", Rhys Darby ("Nossa Bandeira É a Morte") como "Stanley", James Marsters ("Buffy: A Caça-Vampiros") como "Larry", Rhea Perlman ("Barbie") como "Margie", a vencedora de um prêmio Emmy Phylicia Rashad ("O Sol Tornará a Brilhar") como "Georgia Snitker" e Robert Englund ("A Hora do Pesadelo") como "Cornelius". 

O Apple TV+ oferece séries de drama e comédia de qualidade, longas-metragens, documentários inéditos, entretenimento infantil e familiar, e está disponível para assistir em todas as suas telas favoritas.  Após seu lançamento em 1º de novembro de 2019, o Apple TV+ tornou-se o primeiro serviço de streaming totalmente original a ser lançado em todo o mundo, e estreou mais sucessos originais e recebeu mais reconhecimentos de prêmios mais rapidamente do que qualquer outro serviço de streaming em sua estreia.  Até hoje, os filmes, documentários e séries originais Apple foram premiados com mais de 392 vitórias e 1. 579 indicações, incluindo a série várias vezes vencedora do Emmy, "Ted Lasso" e o histórico vencedor do Oscar de Melhor Filme "No Ritmo do Coração".


Trailer original:

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