domingo, 22 de outubro de 2023

.: Crítica: "Os Cinco Diabos" faz viagens no tempo para contar a história de Vicky

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em outubro de 2023


A produção francesa "Os Cinco Diabos", disponível na plataforma digital do MUBI, com direção de Léa Mysius ("Ava"), apresenta a história da pequena Vicky (Sally Dramé), de oito anos. Filha de mãe branca e pai afrodescendente, por tanto uma mestiça, agraciada com o olfato aguçado, é alvo de abusos na escola. Contudo, é tal habilidade que permite, tal qual um toque de mágica, ela viaje ao passado da própria árvore genealógica para entender como nasceu. 

Sabendo identificar qualquer tipo de cheiro, inclusive misturas, Vicky é ainda mais provocada com a história da família e de como veio a existir quando uma tia surge para passar uns dias em casa após cumprir determinada pena. No entanto, por meio das viagens ao passado, a garota descobre que a irmã do pai de Vicky, Julia (Swala Emati) é muito mais do que a desiquilibrada que tanto ingere álcool. Assim, toda a trama envolvendo os pais, Joanne (Adèle Exarchopoulos) e Jimmy (Moustapha Mbengue), a tia e a amiga da mãe, Nadine (Dapnne Patakia) tem muitas nuances a serem desmembradas.


Mesclando fantasia, "Os Cinco Diabos" retrata a conturbada adolescência reprimida de seus personagens, sendo costurada pela pequena Vicky. Todavia, nessas viagens, a única adolescente a sentir a presença de uma menina, é Julia que toma uma medida drástica, colocando-a na prisão e facilitando a chegada de Vicky. 

"Os Cinco Diabos" é um filme poético que rompe barreiras ao entregar uma trama bastante rica em diversidade e as dificuldades a serem superadas ou escanteadas. É um longa indispensável para todo amantes de cinema!


* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm 

"Os Cinco Diabos" ("Les Cinq Diables"). Gênero: comédia dramática, fantasia, drama, comédia. Classificação: 12 anos. Duração: 1h37. Ano: 2022. Idioma: francês. Distribuidora: Le Pacte. Direção: Léa Mysius. Roteiro: Léa Mysius, Paul Guilhaume. Elenco: Adèle Exarchopoulos, Sally Dramé, Swala Emati. Sinopse: Vicky, uma garota solitária, possui um dom mágico e vive com seus pais na província francesa. Quando a irmã de seu pai entra na vida deles após ser libertada da prisão, sua presença traz de volta o passado de forma violenta.


Trailer "Os Cinco Diabos"


.: Animação investiga sumiço de pianista brasileiro que influenciou a MPB


Caetano Veloso, Chico Buarque, Gilberto Gil e Milton Nascimento participam de “Atiraram no Pianista”, filme que estreia nos cinemas em 26 de outubro. Divulgação: Sony Pictures


A Música Popular Brasileira, gênero musical que surgiu no Brasil na década de 1960, durante a Ditadura Militar, teve grande influência da bossa nova. Um de seus principais expoentes foi um jovem pianista pouco conhecido pelo público: Tenório Júnior. O filme “Atiraram no Pianista”, dirigido pelo vencedor do Oscar® Fernando Trueba e pelo indicado Javier Mariscal, estreia em 26 de outubro nos cinemas e traz depoimentos de grandes nomes da música brasileira, que comentam sobre suas relações com o artista.

O longa acompanha Jeff Harris, um jornalista de Nova York apaixonado por música que está escrevendo um livro sobre a Bossa Nova. Em suas pesquisas no Rio de Janeiro, ajudado por seu grande amigo João (voz de Tony Ramos), ele se depara com a história de Tenório Jr., pianista que tocava com Vinícius de Moraes e desapareceu na ditadura militar da Argentina na década de 1970. O trágico acontecimento não sai da cabeça de Jeff, que parte em uma jornada para entender o que aconteceu com o músico.

Os diretores se aprofundaram em mais de 150 horas de entrevistas com pessoas ligadas diretamente ao pianista. O público vai poder ver os depoimentos de nomes como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Milton Nascimento e Chico Buarque, transportados para as telonas em formato de animação. As ex-esposas de Vinícius de Moraes e Tenório também contam seus relatos, que ajudam a compreender a brutal ditadura argentina e sua ligação com o sumiço do artista que nunca teve o corpo encontrado.

“Durante vários anos, viajei por diversos lugares do Brasil, Argentina, Estados Unidos, França... buscando pessoas que pudessem me contar sobre o Tenório, quem ele era, como ele era, me contar coisas sobre sua vida, sua música, seu trágico desaparecimento”, comenta o diretor Fernando Trueba. “Então comecei a escrever o roteiro de ‘Atiraram no Pianista’ Escolhi a animação por ser a linguagem mais adequada para recriar sua vida, sua música e sua época”. O filme estreou na sessão de gala do Festival do Rio de 2023 e chega aos cinemas em 26 de outubro.


Sinopse de “Atiraram no Pianista”
Um jornalista musical de Nova York embarca em uma missão para desvendar a verdade por trás do desaparecimento do jovem pianista prodígio Tenório Jr. Uma história comemorativa sobre a origem do icônico movimento musical da Bossa Nova, Atiraram no Pianista captura um tempo fugaz repleto de liberdade criativa em um ponto de virada da história latino-americana nas décadas de 60 e 70, pouco antes do continente ser engolido por regimes totalitários.


Assista no Cineflix
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Cineflix Cinemas desde 2021. Para acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN.

.: Depois de ser lançado, "Assassinos da Lua das Flores" ganha trailer inédito


Estrelado por Leonardo DiCaprio, Lily Gladstone e Robert De Niro, o novo longa de Martin Scorsese já está em cartaz nos cinemas

A Paramount Pictures acaba de divulgar um trailer do lançamento de “Assassinos da Lua das Flores”, novo filme de Martin Scorsese que estreou no último dia 19 nos cinemas brasileiros. Com Leonardo DiCaprio, Robert De Niro, Lily Gladstone, Jesse Plemons e Brendan Fraser no elenco, o longa é uma produção da Apple Studios e faz sua estreia em parceria com a Paramount Pictures.

Dirigido pelo diretor vencedor do Oscar Martin Scorsese, o filme conta a história real de uma série de crimes brutais cometidos contra os Osage. O roteiro, baseado no livro bestseller homônimo de David Grann, “Assassinos da Lua das Flores” retrata como o petróleo trouxe uma fortuna para a nação Osage, na Oklahoma dos anos 1920, e como essa riqueza imediatamente atraiu intrusos brancos, que manipularam, extorquiram, roubaram e assassinaram essa população. Narrado através do improvável romance entre Ernest Burkhart (Leonardo DiCaprio) e Mollie Kyle (Lily Gladstone), o longa é uma saga épica de faroeste, onde o amor verdadeiro se cruza com uma traição indescritível.

A trama conta como, na virada do século 20, o petróleo trouxe uma fortuna para a nação Osage (Oklahoma - EUA), que se tornou um dos grupos mais ricos do mundo da noite para o dia. A riqueza desses nativos norte-americanos, imediatamente, atraiu intrusos brancos, que manipularam, extorquiram e roubaram tanto dinheiro quanto podiam antes de recorrer ao assassinato. Contado por meio do improvável romance de , "Assassinos da Lua das Flores" é uma saga épica de faroeste, onde o amor verdadeiro se cruza com uma traição indescritível.

Produzido pela Apple em conjunto com Imperative Entertainment, Sikelia Productions e Appian Way, o filme conta com roteiro adaptado pelo próprio Scorsese em parceria com Eric Roth, com base no bestseller homônimo de David Grann. DiCaprio, além de protagonizar o longa, participa como produtor executivo ao lado de Rick Yorn, Adam Somner, Marianne Bower, Lisa Frechette, John Atwood, Shea Kammer e Niels Juul. A distribuição do filme nos cinemas é da Paramount Pictures. “Assassino da Lua das Flores” já está em cartaz nos cinemas.


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Novo trailer de "Assassinos da Lua das Flores"

.: Leeitura de novo filme de André Ristum na 47ª Mostra de Cinema em SP


Pôster da 47ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo

No dia 24 de outubro, a 47ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo e a Gullane organizam uma leitura de “Tecnicamente Doce”, roteiro exclusivo de Michelangelo Antonioni que será transformado em filme por André Ristum

Os personagens serão lidos pelos atores Arlindo Lopes, Augusto Madeira, Aury Porto, Brunna Martins, Christian Malheiros, Fernanda Marques, Gabrielle Lopes e Lee Taylor. Parte dos nomes selecionados pertencem ao elenco do filme “Ninguém Sai Vivo Daqui”, também dirigido por Ristum. A leitura acontecerá às 19h30, no Sesc Vila Mariana.

O filme será produzido por Caio Gullane, Fabiano Gullane e André Novis, em parceria com a empresa italiana Vivo Film, com produção associada de Enrica Antonioni, esposa de Michelangelo. Antonioni é um dos maiores diretores da história do cinema com títulos consagrados como “Blow Up - Depois Daquele Beijo” e “Passenger: Profissão Repórter”. 

“Tecnicamente Doce” foi escrito em meados da década de 60, e se passa entre Sardenha, na Itália, e Amazônia, no Brasil. Na época, o diretor italiano não conseguiu realizá-lo por conta de problemas técnicos intransponíveis.

.: "As Marvels": heroínas, ação e o futuro da MCU em seis motivos para assistir

O novo filme da Marvel Studios estreia em 09 de novembro e traz ainda mais emoção à Fase 5 do MCU


Com um trio de super-heroínas poderoso, "As Marvels" chega aos cinemas brasileiros em 09 de novembro. Com direção de Nia DaCosta, o filme apresenta Carol Denvers, Monica Rambeau e Kamala Khan trabalhando juntas pela primeira vez.

Mas vale a pena assistir à nova produção da Marvel Studios nos cinemas? A resposta é sim e nós te explicamos o porquê. Confira abaixo!


O trio que não sabíamos que precisávamos

Quando as obrigações de Carol Denvers a enviam para um buraco de minhoca anômalo conectado a um revolucionário Kree, seus poderem ficam entrelaçados com os da sua superfã de Jersey City, Kamala Khan, também conhecida como Ms. Marvel, e com os de sua distante sobrinha, agora astronauta da S.A.B.E.R., Capitã Monica Rambeau. Juntas, elas formam um trio improvável que deve se unir e aprender a trabalhar em equipe para salvar o universo.

Nova vilã na área

Como um bom filme de herói, é preciso de um bom vilão! Fazendo sua estreia em grande estilo no MCU, a atriz Zawe Ashton interpreta a vilã Dar-Benn, líder dos Acusadores no Império Kree, que busca vingança contra Capitã Marvel.

Zawe Ashton como a vilã Dar-Benn


Um grande elenco para um grande filme

Já conhecido pelos fãs, o elenco de As Marvels é estrelado por nomes como Samuel L. Jackson (Invasão Secreta), Brie Larson (Capitã Marvel), Iman Vellani (Ms. Marvel) e Teyonah Parris (WandaVision), que entregam seu talento para dar vida à personagens queridos pelo público.


De mulher para mulher

Apesar de haver um estereótipo de que histórias de quadrinhos e heróis são para meninos e homens, cada vez mais vemos meninas e mulheres envolvidas nesse universo. Não à toa, a representatividade se faz presente e heroínas tem ganhado espaço entre os fãs. As Marvels chega para reforçar ainda mais o protagonismo feminino ao trazer não uma, mas três mulheres estrelando e segurando um filme só para elas.

Capitã Marvel (Brie Larson) e Ms. Marvel (Iman Vellani)


Let’s go, girls!

Além de As Marvels ser protagonizado por mulheres poderosas, o filme também é dirigido por uma - abrindo ainda mais espeço para mulheres em produções do MCU. Nia DaCosta consagra sua estreia na Marvel Studios sendo a primeira mulher negra, e a mais jovem, a dirigir um longa do estúdio.


Cenas pós créditos

Como de costume em filmes da Marvel, "As Marvels" também conta com cenas pós créditos. Ao final do filme temos duas cenas, que deixarão o público sem folego para criar teorias sobre o futuro do MCU.

Teyonah Parris como a Capitã Monica Rambeau


"As Marvels" estreia em 9 de novembro somente nos cinemas.


Trailer oficial


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sábado, 21 de outubro de 2023

.: Crítica: "Assassinos da Lua das Flores" transborda na telona e vai levar Oscar

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em outubro de 2023


Tudo em nome do poder. "Assassinos da Lua das Flores" entrega um jogo de interesses regado de ambição, traição, racismo, manipulação e a finalidade de extermínio com a direção da mente brilhante de Martin Scorsese -que faz uma participação plausível no longa. O filme com total de 3h26 de duração coloca Lily Gladstone ("Certas Mulheres") para brilhar do início ao fim, ao lado dos vencedores da estatueta do Oscar, Leonardo Di Caprio ("O Resgate", "O Lobo de Wall Street"), Robert De Niro ("Touro Indomável", "Taxi Driver") e Brendan Fraser ("A Baleia", "A Múmia"), assim como o já indicado Jesse Plemons ("Ataque de Cães"). O resultado é um filmaço espetacular como uma história narrada de modo que vai crescendo, crescendo até transbordar na telona. Magnífico!

Com a chegada de Ernest Burkhart (Leonardo Di Caprio) a Oklahoma, o bem quisto pelo povo indígena Osage, William Hale (Robert De Niro), vê a grande chance de colocar em prática um plano infalível. Usando a boa pinta do sobrinho, Hale mira na fortuna proveniente do petróleo de terras que não lhe pertencem, uma vez que as dele servem somente para a criação de gado -o que um dia irá se findar. 

Querendo sempre mais e, principalmente o que é dos índios, o tio de Ernest manipula acontecimentos diversos, desde o envolvimento do sobrinho com a herdeira Osage Mollie (Lily Gladstone) a até alertas amigos sobre invasões a comércios o quais foram orquestrados pelo próprio senhor que veste a capa de cordeiro sendo um verdadeiro lobo voraz. 

Não há como deixar de embarcar na trama que vai acontecendo, sem pressa, mas de modo envolvente, enquanto mantém a estética cinematográfica de Martin Scorsese, assim como a sonoplastia arrepiante em que o vilão bola e encontra meios de pôr em prática planos mortais. Com total silêncio ao fundo até que o som dos tambores que vão aumentando aos poucos tendo a maldade destilada por completo, garantindo batuques mais ritmados.

"Assassinos da Lua das Flores" é filme para Oscar, indubtavelmente. Não somente pela coragem de retratar o extermínio de um povo nativo, mas pela qualidade absoluta da obra estampada na telona. O roteiro da adaptação, assinado por Eric Roth (Forrest Gump: O Contador de Histórias) é um primor, embora Di Caprio tenha improvisado nas cenas, irritando tanto De Niro quanto o próprio Scorsese. Contudo, o encontro dos astros de longas de sucessos de Scorsese rendeu uma dobradinha para nenhum amantes de cinema colocar defeito. "Assassinos da Lua das Flores" é filmaço imperdível que depois dos cinemas estará disponível na Apple TV!

Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link. Compre seus ingressos no Cineflix Cinemas Santos aqui: vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm 



"Assassinos da Lua das Flores" ("Killers of the Flower Moon") Ingressos on-line neste linkGênero: drama, crime. Classificação: 14 anos. Duração: 1h51. Ano: 2023. Idioma: inglês. Distribuidora: Paramount Filmes. Direção: Martin ScorseseRoteiro: Martin Scorsese, Eric Roth. Adaptação de: Killers of the Flower Moon: The Osage Murders and the Birth of the FBI. Elenco: Leonardo DiCaprio, Robert De Niro, Lily Gladstone, Jesse Plemons, Brendan Fraser, John Lithgow. Sinopse: Os assassinatos dados a partir de circunstâncias misteriosas na década de 1920, assolando os membros da tribo Osage, acaba desencadeando uma grande investigação envolvendo o poderoso J. Edgar Hoover, considerado o primeiro diretor do FBI.


Trailer "Assassinos da Lua das Flores"


.: Coletânea reúne os textos mais relevantes do crítico Roberto Schwarz


A Penguin-Companhia lança a coletânea "Essencial Roberto Schwarz", com os melhores textos de Roberto Schwarz, em 1° de novembro de 2023. Esta coletânea reúne os textos mais relevantes do crítico, considerado um nome fundamental para pensar a literatura brasileira e a cultura de modo geral a partir de uma perspectiva à margem dos grandes centros.

Nas análises precisas de Roberto Schwarz, a literatura brasileira parece se renovar indefinidamente. Este crítico se dedicou com afinco a subverter interpretações, mudando para sempre a maneira de ler a obra de Machado Assis, centro de muitos de seus ensaios.

Esta compilação contempla o escopo dos interesses de Schwarz - de Caetano Veloso a Fellini - e a importância de seu pensamento, que conjuga cultura e política, ética e estética, sem jamais ignorar questões de forma e desviando da armadilha de uma análise sociológica rasa. Não à toa, Schwarz ganhou o epíteto de "maior crítico marxista de nosso tempo" pelo teórico italiano Franco Moretti, que assina a introdução ao volume. Compre o livro "Essencial Roberto Schwarz"  neste link.

Sobre o autor
Roberto Schwarz nasceu em Viena, Áustria, em 1938. Graduado em ciências sociais pela USP, realizou mestrado na Universidade Yale e doutorado na Universidade de Paris III, Sorbonne. Ensinou teoria literária na USP e na Unicamp. Dele, a Companhia das Letras publicou, entre outros, "Duas Meninas" (1990), "Sequências Brasileiras" (1999) e "Martinha Versus Lucrécia" (2012), além da coletânea "Um Crítico na Periferia do Capitalismo" (2007), com textos de autores brasileiros e estrangeiros sobre sua trajetória. É um dos críticos brasileiros mais estudados no exterior. Garanta o seu exemplar de "Essencial Roberto Schwarz" neste link.


Serviço
"Essencial Roberto Schwarz", Roberto Schwarz. Número de páginas: 376. Lançamento: 1° de novembro de 2023. Selo: Penguin-Companhia.

.: "Amiga Conselheira": livro conversa com jovens sobre saúde mental


Com perspectiva psicanalítica e narrativa leve, autora discute depressão, ansiedade, assédio sexual e suporte familiar por meio das experiências compartilhadas entre duas amigas de infância.


Juliana Dutra, escritora, jornalista, atriz e estudante de psicanálise, aborda, no livro de ficção "Amiga Conselheira", a relação entre duas amigas de infância que aparentemente compartilham todas as experiências juntas. Mas, quando Giulia tenta suicídio, Maria Vitória vai ao hospital visitá-la e busca entender os pensamentos da menina, que sempre estava disposta a ajudar, mas nunca havia falado sobre os próprios sentimentos.

A partir disso, o enredo se desenvolve entre passado e presente, com um olhar reflexivo para investigar as dinâmicas das relações das protagonistas. A escritora utiliza esta perspectiva analítica para tratar sobre as histórias pessoais das personagens, bem como os traumas, as experiências de vida e os problemas delas.

Com um ritmo lento, tato para dialogar sobre temas delicados e leveza na narrativa, o livro destrincha situações dolorosas às quais Giulia foi submetida. Bullying, abuso sexual, difícil convivência com uma família disfuncional composta por um pai alcoólatra e uma mãe conservadora, além da aceitação da própria sexualidade, são algumas das questões abordadas.

Juliana Dutra
 transita por todas as suas expertises profissionais para conversar com o público jovem-adulto de forma fluída e dinâmica. Os personagens foram inspirados na dramaticidade teatral, as reflexões são embasadas na psicanálise, e o texto conciso é reflexo da escrita jornalística. “Escrevi o livro que eu gostaria de ter lido aos 17 anos, para acolher pessoas que se sentem sozinhas no mundo”, afirma a escritora. Compre o livro "Amiga Conselheira", de Juliana Dutra, neste link.


Trecho do livro
"Giu nunca me contou sobre nenhum desses comentários, mas eles eram apenas uma fração da violência que ela sofria desde que colocou os pés em um ambiente escolar. Eu era boba, e achava que ela era muito forte por aguentar todos de cabeça erguida, só que, talvez, ela fosse mais machucada por eles do que eu imaginava." ("Amiga Conselheira", pág. 68)


Sobre a autora
Juliana Dutra é jornalista, atriz e psicanalista em formação. Publicou seu primeiro livro, "Amiga Conselheira", em 2023. A autora encontrou na escrita um fator em comum entre todas as áreas de sua formação. Ao trabalhar oito anos em um grande veículo de comunicação, adquiriu intimidade com as palavras. No teatro, entrou em contato com outras maneiras de expressar as emoções. Na psicanálise, descobriu o poder da escuta. A autora também é responsável pelo portal “Debaixo da Cerejeira”, um dos maiores sites de resenhas de séries asiáticas do Brasil, com média de 70 mil visualizações mensais. Garanta o seu exemplar de "Amiga Conselheira", escrito por Juliana Dutra, neste link.

.: #Provoca: "A guitarra salvou a minha vida", diz Andreas Kisser do Sepultura


Sobre reunir os ex-integrantes para celebrar os 40 anos do Sepultura no ano que vem, Kisser fala: “Para que? Por quê? Só porque aconteceu uma vez?”, comenta. Foto Beatriz Oliveira


Nesta terça-feira, dia 24 de outubro, Marcelo Tas conversa com Andreas Kisser, guitarrista do Sepultura, icônica banda brasileira amada e respeitada mundo afora há quase 40 anos. Ele fala no "Provoca" sobre música, heavy metal, sua entrada no Sepultura, morte e muito mais. Vai ao ar na TV Cultura, a partir das 22h.

Tas pergunta para Kisser como um menino de São Bernardo, na Grande São Paulo, foi tocar em uma banda de mineiros de Belo Horizonte. “O heavy metal une (...) tinha uma loja chamada HeadTrashers ABC, na frente do colégio Singular, onde eu estudava (...) a única loja de thrash metal era na frente da escola, então eu saía da escola e ficava lá a tarde inteira, numa dessas tardes estava o Max e o Igor, vinham de Belo Horizonte, com uma banda chamada Mutilator, que ia tocar no Choc Bar, lá em Santo André (...) e lá eu conheci um pessoal do Sepultura e fui passar férias lá em janeiro de 87, para curtir com os amigos, pegar mulher (...) nessa eu fui no ensaio, toquei algumas coisas com o Igor, a gente teve uma química imediata com os instrumentos na mão (...) e um mês depois o guitarrista saiu e eu entrei na banda (...) a guitarra salvou a minha vida”, conta.

Sobre reunir os ex-integrantes para celebrar os 40 anos do Sepultura no ano que vem, Kisser fala: “Para que? Por quê? Só porque aconteceu uma vez? É como um casal que foi casado, aí o cara casou com outra, mas foi casado, uma hora tem que voltar, heim? (...) não faz sentindo nenhum, passou”, comenta.

Em outro momento do programa, Andreas fala sobre a morte de sua esposa, Patrícia Kisser, no ano passado. “Eu estava no hospital, Patrícia nos seus últimos dias, e eu comecei a questionar um monte de coisa (...) eu sei que a eutanásia é ilegal no Brasil, mas porque ninguém fala nisso? O caso da Patrícia é um caso clássico de eutanásia, porque ela estava consciente (...) sabia, não aguentava mais de dor, mais aquilo, não tinha vida (...) têm vizinhos aqui, Colômbia, Peru, Argentina, que já têm eutanásia lá, têm processos no Congresso etc. A opção da eutanásia tem que existir, ela tem que estar ali para casos específicos”, diz.

O guitarrista comenta sobre a importância de conversar sobre a morte. “Experiência própria (...) falar da morte, estar mais preparado para esse momento, você vai passar por um momento difícil, mas de uma outra forma, mais consciente do que está acontecendo”, afirma.

.: "Atiraram no Pianista" ganha trailer nos 110 anos de Vinícius de Moraes


Animação sobre a bossa nova estreia nos cinemas brasileiros em 26 de outubro. Divulgação: Sony Pictures

No dia 19 de outubro, comemorou-se os 110 anos de nascimento de Vinícius de Moraes. E para celebrar seu aniversário, a animação “Atiraram no Pianista” ganhou um novo trailer. O filme, dirigido pelo vencedor do Oscar® Fernando Trueba e pelo indicado Javier Mariscal, estreia nos cinemas brasileiros em 26 de outubro e trava uma investigação sobre Tenório Júnior, pianista que tocou com Vinícius e desapareceu na Argentina em plena ditadura militar.

O longa acompanha Jeff Harris, um jornalista de Nova York apaixonado por música que está escrevendo um livro sobre a Bossa Nova. Em suas pesquisas no Rio de Janeiro, ajudado por seu grande amigo João (voz de Tony Ramos), ele se depara com a história de Tenório Jr., pianista que tocava com Vinícius de Moraes e desapareceu na ditadura militar da Argentina na década de 70. O trágico acontecimento não sai da cabeça de Jeff, que parte em uma jornada para entender o que aconteceu com o músico.

“Atiraram no Pianista” traz depoimentos reais de grandes nomes da música brasileira, como Caetano Veloso, Chico Buarque, Milton Nascimento, Gilberto Gil e Paulo Donato. As ex-esposas de Vinícius de Moraes e Tenório Júnior contam seus relatos, que ajudam a compreender a brutal ditadura argentina e sua ligação com o sumiço do pianista que nunca teve o corpo encontrado.


Sinopse de “Atiraram no Pianista”
Um jornalista musical de Nova York embarca em uma missão para desvendar a verdade por trás do desaparecimento do jovem pianista prodígio Tenório Jr. Uma história comemorativa sobre a origem do icônico movimento musical da Bossa Nova, Atiraram no Pianista captura um tempo fugaz repleto de liberdade criativa em um ponto de virada da história latino-americana nas décadas de 60 e 70, pouco antes do continente ser engolido por regimes totalitários.


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Trailer de "Atiraram no Pianista"

.: "Luiz Rei" conta a história ilustrada do Rei do Baião e sua música contagiante


Jacqueline Meire celebra a história de Luiz Gonzaga em seu primeiro livro, que inaugura o selo Trajetórias. "Luiz Rei" é um livro poético, colorido e interativo. Ele celebra a história de um brasileiro que foi capaz de seguir seu coração, como enfatiza a autora e ilustradora, que apresenta uma história ilustrada, com caráter biográfico, que envolve o ritmo contagiante do baião, feito sob medida para o público infantojuvenil.

O Rei do Baião, Luiz Gonzaga (1912-1989), é apresentado com tons biográficos, mostra os instrumentos que usava, e sua paixão pela música, que o transformou em verdadeiro rei desse ritmo nordestino e orgulho do país: “Esta é uma história bem brasileira, de um menino que, como muitos, nasce com uma estrela. É a história de um nordestino cantador, orgulho da nação inteira”.

Interativo, quando lido em voz alta, traz os sons de sanfona, "fon foron fon fon", do triângulo, da zabumba... Em um texto primoroso e rico, com rimas, é indicado para desenvolver a percepção sensorial da criança. Um livro para pais e filhos aprenderem sobre Luiz Gonzaga – um menino que nasceu sem coroa e se tornou rei – e essencial para ser trabalhado por professores, em escolas de todo país!

Sobre a autora
Jacqueline Meire, natural de Itabuna, Bahia, é pedagoga, educadora popular – uma missão de vida –, mestra em Educação e Contemporaneidade, consultora, pesquisadora, professora, escritora e poeta. Siga a autora nas redes sociais: Instagram: @jacquelinemeireinline.


Sobre o selo Trajetórias
O selo Trajetórias, braço da Editora O Artífice, surge com o propósito de registrar toda história que merece ser contada, voltado a biografias e histórias, de pessoas, famílias, empresas ou até grupo de amigos! Colegas de profissões e amigas há mais de três décadas, os fortes vínculos afetivos de Patricia Moura e Solange Sólon Borges ultrapassam distância e tempo.

Juntas, traçaram percursos de amor pela literatura e pelo texto bem escrito, lapidado como joia única. Solange é paulista de nascimento e alma, jornalista, escritora, editora e docente. Patricia é paulistana de nascimento e baiana de coração, igualmente jornalista, escritora, biógrafa e editora. Trajetórias: toda história merece ser contada.

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