Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em outubro de 2023
* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm
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Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em outubro de 2023
* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm
Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em outubro de 2023
O quarto episódio de "American Horror Story: Delicate", da 12ª temporada, intitulado de "Vanishing Twin", vai para a Inglaterra de 1555, na Corte de Hampton, quando a rainha Mary dá a luz a um monstro sozinha, sem permitir que os empregados adentrem o quarto. Contudo, a Duquesa, a irmã Elizabeth, toma a decisão de acudi-la. Contudo, criaturas tomam o bebê de Mary e tornam Elizabeth estéril.
Nos tempos atuais, a feridinha no queixo da famosa atriz Anna Victoria Alcott (Emma Roberts) continua, enquanto que a barriga de grávida aparece num tamanho considerável. Por outro lado, as atitudes da loira seguem um tanto que confusas mesmo com Dex Harding (Matt Czuchry), o marido tão amoroso ao redor. O guaxinim morto no jardim que o diga!
Em meio a aparições surpreendentes da governanta Nicolette (Angelica Ross) e vozes com batidas ritmadas como nos rituais de magia, Anna tenta fingir certa normalidade quando figuras surgem e somem diante dela. No entanto, é a quem ela confia a carreira, Siobhan Corbyn (Kim Kardashian), figura que a coloca diante da dupla de especialistas em crises, Ashley e Ashleigh, interpretadas recpetivamente por Billie Lourd e Leslie Grossman.
Para piorar ainda mais o estado mental de Anna, a mãe de Dex surge no ninho de amor do casal, sem qualquer convite ou aviso aos interessados. E permanece tempo suficiente para promover um estrago. Enquanto que ao visitar o médico Anna e Dex são informados de que, provavelmente, a gravidez de Anna tenha sido gemelar, o que fez o corpo expelir um deles.
O episódio tem um momento de descontração com a campanha da atriz para as redes sociais, "It´s My Body". Há criticidade, mas também faz rir. Bom demais! Por outro lado, é a cena final que irá revirar o estomâgo dos mais sensíveis. Afinal, essa é a essência de AHS. Excelente!
Referência obrigatória na literatura mundial do século XX, o escritor Franz Kafka (1883-1924) teria vivido, já no fim da vida, uma história curiosa. Ao caminhar por uma praça perto de sua casa, encontrou uma menina que chorava por ter perdido sua boneca. Sensibilizado pelo sofrimento da criança, ele passou a escrever cartas à menina como se fossem enviadas pela boneca, em que descrevia suas incríveis aventuras pelo mundo.
A bela e intrigante história já foi contada em livros, contos e peças, mas até hoje não há provas de que realmente tenha acontecido – as cartas jamais foram encontradas, tampouco a dona da boneca. Com dramaturgia de Rafael Primot, direção de João Fonseca e direção musical de Tony Lucchesi, o espetáculo "Kafka e a Boneca Viajante" é inspirado em uma dessas versões – o livro homônimo do escritor catalão Jordi Sierra i Fabra. O espetáculo chega no Teatro Villa Lobos, onde fica em cartaz de 20 de outubro até 10 de dezembro.
Idealizada pelo empreendedor cultural Felipe Heráclito Lima e produzida por Maria Angela Menezes e Amanda Menezes, a montagem inédita tem patrocínio da BB Seguros e realização do Centro Cultural Banco do Brasil. Depois do sucesso da temporada carioca e passar pelas cidades: Brasília, Belo Horizonte e São Luís, o musical chega na cidade de São Paulo no Teatro Villa Lobos.
“Quando Felipe me procurou com a ideia de adaptar o livro do Jordi, eu já conhecia a história das cartas. O livro é curto, voltado ao público infanto-juvenil e conta essa história de uma maneira simples. O desafio foi fazer um espetáculo um pouco mais profundo, levando para o universo adulto. E aí resolvi trazer elementos da vida de Kafka para a história da própria garota, coisas que o escritor passou na infância dele, como a relação conturbada com o pai. E também referências a seus livros”, explica Rafael Primot.
A narrativa não linear reforça o ritmo ágil da montagem, alternando passado, presente e futuro, assim como a realidade vivida pelo Sr. K (André Dias), sua esposa Dora (Lilian Valeska) e a menina Rita (Carol Garcia) é atravessada pelo mundo ficcional das cartas, onde Brígida, a boneca interpretada por Alessandra Maestrini, ganha vida. A metalinguagem é outro recurso utilizado, como explica João Fonseca: “O jogo cênico proposto pela dramaturgia do Rafael tem uma agilidade e eu entendi que tinha que fazer uma brincadeira teatral, com os atores se arrumando em cena, se maquiando, lembrando que é um jogo, uma brincadeira. É um combinado, um faz de conta que todos, inclusive a criança, sabe que não é real”. Na construção da mise en scène, destaca-se também o trabalho de direção de movimento de Márcia Rubin, em especial da personagem de Maestrini.
A trilha é um caso à parte e se impõe como elemento dramatúrgico. No repertório, interpretado pelo elenco, estão músicas de artistas como Caetano Veloso, Candeia, Cartola, Chico Buarque, Djavan, Lenine, Raul Seixas e Rita Lee e até uma composição inédita assinada por João Fonseca e o diretor musical Tony Lucchesi, que também assina os arranjos: “Eu e o João tivemos liberdade para escolher canções que pudessem contribuir com a dramaturgia, ficassem orgânicas dentro do que a cena pede. E durante o trabalho com os atores nos ensaios, outras ideias foram aparecendo. Há ainda uma canção original que eu e João compusemos, cantada pela menina, num momento muito emocionante”, adianta Tony. “Quando vi que tinha essas quatro vozes especialíssimas à disposição, defini que os arranjos vocais seriam a tônica desse projeto, na construção do fio condutor da música. Como os quatro estão em cena praticamente o tempo todo, o arranjo vocal vem como forma de contribuir com a cena e unificar a linguagem de um repertório tão diverso”, detalha. Tony estará em cena tocando piano e também contará com uma base gravada por uma banda, que será usada em alguns momentos do espetáculo.
A cenografia de Nello Marrese reforça o simbolismo da passagem do tempo, seja do fim da vida do escritor, da transformação da menina em mulher e da viagem da boneca pelo mundo. Cubos, alguns móveis, um móbile, selos, carimbos, além de um fundo neutro para valorizar o desenho de luz criado por Paulo César Medeiros, compõem a cena. João Pimenta criou figurinos que remetem à época em que Kafka viveu seus últimos anos, na década de 1920.
“Estamos sempre no fio da navalha de não infantilizar, mas também preservar essa singeleza da história. É um grande escritor à beira da morte, sem forças para escrever e de repente encontra uma menina, a dor daquela menina, que era um pouco como ele, faz com que ele retome a escrita. Como a arte transforma tudo, como a arte conseguiu curar a menina, como ele adquiriu esse último prazer na vida, achando energia para escrever”, analisa João Fonseca.
Rafael Primot concorda e completa: “Tem uma coisa inocente da menina se desvinculando da boneca, o amadurecimento e crescimento de uma menina se transformando em mulher, e ao mesmo tempo a despedida da vida desse autor. Achei que esses dois temas poderiam conversar. Como que um escritor como ele, no fim da vida, poderia transmitir esperança. É uma história de esperança e sobre a transformação do amor”. Compre o livro "Kafka e a Boneca Viajante", de Jordi Sierra i Fabra, neste link.
Ficha técnica
Espetáculo musical “Kafka e a Boneca Viajante”. Adaptação do romance de Jordi Serra i Fabra. Elenco: Alessandra Maestrini (Brígida, a boneca), Carol Garcia (Rita, a menina), André Dias (Sr. Kafka, soldadinho de chumbo), Lilian Valeska (Dora, a gaivota). Idealização: Felipe Heráclito Lima. Dramaturgia: Rafael Primot. Direção: João Fonseca. Direção musical: Tony Lucchesi. Direção de movimento: Marcia Rubin. Programação visual: Carlos Nunes. Cenário: Nello Marrese. Iluminação: Paulo Cesar Medeiros. Figurino: João Pimenta. Visagismo: Everton Soares. Fotos: Ale Catan. Diretor de palco: Ney Silveira. Técnico de som: Bernardo Aragão. Técnico de luz: Renato Lima. Camareira: Eliana Ruth. Produção executiva: Isabela Reis. Direção de produção: Amanda Menezes. Produção local: Juliana Domingos. Planejamento de marketing e comunicação: Morente Forte. Coordenação de produção: Maria Angela Menezes. Administração: Sevenx Produções Artísticas. Garanta o seu exemplar de "Kafka e a Boneca Viajante", escrito por Jordi Sierra i Fabra, neste link.
Serviço
Espetáculo musical “Kafka e a Boneca Viajante”. Espetáculo musical “Kafka e a Boneca Viajante”. Teatro Villa Lobos (720 lugares). Shopping Villa Lobos - 4º andar. Av. Dra. Ruth Cardoso, 4777 - Pinheiros. Classificação: livre. Duração: 80 minutos. De 20 de outubro até 10 de dezembro. Sextas-feiras, às 21h. Sábados, às 20h. Domingos, às 18h. Plateia central: R$ 150,00. Plateia lateral: R$ 130,00. Plateia: R$ 110,00. Plateia alta: R$ 100,00. Balcão: R$ 40,00. Vendas on-line: https://site.bileto.sympla.com.br/teatrovillalobos. Presencial: totem de vendas no primeiro andar, próximo ao restaurante América, no Shopping Villa Lobos. Bilheteria do Teatro Villa Lobos: nos dias dos espetáculos, três horas antes do horário até o início da apresentação.
Partindo do protagonista da tragédia shakespeareana, a peça é uma potente reflexão poética sobre a identidade do sujeito negro em diáspora. "Otelo, o Outro" é, pois, uma viagem interna, um mergulho em si mesmo em que o personagem vai se estranhando. Delírio, sonho ou pesadelo, essa viagem ou esse mergulho faz a personagem de Shakespeare encarar outros dois “Otelos” que o habitam e que o guiam num caminho tão intrincado quanto doloroso, que passa necessariamente por Desdêmona, mas percorre outras sendas, explorando ambiguidades e aporias da memória e da identidade afrodiaspóricas, marcadas pelo deslocamento social e cultural.
Ao Otelo shakespeariano não resta outra saída a não ser o suicídio, depois que ele toma ciência do ardil que o levou ao assassinato de Desdêmona, insuflado pela cizânia que Iago plantara com “evidências” que, aos olhos do protagonista, tornaram-se inegáveis. Esse núcleo do enredo da célebre tragédia é o ponto de partida para a sua releitura em "Otelo, o Outro", entendendo que a razão de todo o conflito do protagonista nasce de sua condição de estrangeiro – isto é, de alguém socialmente sempre estranho.
Hábil na arte da guerra, o Otelo de Shakespeare é facilmente enredado em intrigas típicas da sociedade de corte europeia que o levam ao feminicídio e ao suicídio, ciente de que nela não há lugar para ele. Na releitura brasileira, tal deslocamento não é a mera inadequação do indivíduo moralmente fraco e emocionalmente suscetível, inepto na percepção das armadilhas da inveja e da ambição, mas o confronto desigual entre duas culturas inconciliáveis, ainda que interdependentes. A encenação pensa a personagem em nossa sociedade pela perspectiva da subjetividade negra, pela consciência dos sintomas e pelas experiências sociais que determinam sua existência: o olhar do outro.
"Otelo, o Outro" representa um homem inventado como “negro” pelo olhar ocidental, um sujeito que se submete a esse olhar, tentando se integrar por inteiro – “de corpo e alma”, como se diz. O casamento com Desdêmona – uma mulher branca da elite – é a metáfora dessa entrega incondicional a um sistema de valores e a comportamentos que o estigmatizam como “o mouro”, ao mesmo tempo que se serve dele. A cegueira do ciúme é uma alegoria dessa apaixonada adesão.
Sua corporeidade, portanto, é o índice e o limite que o separa irrevogável e irreversivelmente desse “Ocidente” que ele deseja literalmente incorporar. A releitura, porém, fala de uma consciência dividida que, aos poucos, mas não sem muita dor, vai percebendo a origem do conflito que a fustiga. Ela reflete também sobre os mecanismos que recalcam a ancestralidade inscrita no corpo, repugnada pela sociedade à qual o “mouro” aspira, caminhando para o desfecho trágico da morte – mas não da morte do corpo.
Nessa releitura, Otelo encontra seus outros “eus”, cujas falas foram extraídas de histórias reais de homens pretos brasileiros contemporâneos ou dos discursos do racismo difuso, às vezes mais, às vezes menos sutil, mas de qualquer forma típica de nossa sociedade. Assim, sem filtros e sem superego, um alter ego de Otelo diz verdades incômodas, eventualmente cínicas, quase sempre terríveis, dramatizando a perversidade da adesão inconsciente do homem negro ao jogo que o inventa como “negro”.
Menos contundente, o outro alterego é ponderado: ele chama à razão e sugere uma resiliência tática, uma estratégia de sobrevivência diante de algo mais forte, talvez insuperável, perpassada pela solidão. “Eles são projeções da sua própria mente para refletir sobre as ações e atitudes, sobre seu espaço no mundo”, afirma Miguel Rocha. A estética da encenação passa pela composição de imagens, das ações e movimentos do corpo no espaço buscando ampliar o discurso pela dramaturgia da cena, traços recorrentes nos trabalhos assinados pelo encenador.
“O enredo traça uma ponte entre o drama da personagem original com a experiência de negros e negras herdeiros de uma África desbotada no tecido fino da memória, que percorrem um longo caminho interno na busca por se lembrar daquilo que a história e a cultura insistem em apagar, numa busca por ‘tornarem-se negros’”, comenta o ator e idealizador do projeto, Kenan Bernardes. Para tanto, a dramaturgia explora os conflitos psicossociais e propõe reflexões acerca da constituição afrodiaspórica contemporânea.
Nessa montagem – orientada sobretudo pelo pensamento de Frantz Fanon –, Otelo se expõe à ruptura com o discurso que o inventa exatamente como “homem negro”, ao mesmo tempo que ele recusa qualquer forma de tutela de sua consciência, inclusive aquela que lhe nega até o direito de odiar. Sem dar respostas, já que esse espetáculo procura mais provocar do que solucionar, Otelo, o Outro explora as contradições da própria consciência negra numa sociedade como a brasileira contemporânea. Sociedade hegemonizada pelo capitalismo neoliberal e pela indústria cultural pós-moderna, que sempre aspira ao “novo” sem enfrentar e superar o legado do escravismo colonial e de seu autoritarismo estruturante. Compre o livro "Otelo, o Mouro de Veneza", de William Shakespeare, neste link.
Ficha técnica
Espetáculo "Otelo, o Outro". Concepção e produção geral: Kenan Bernardes. Dramaturgia: Israel Neto, Joaci Pereira Furtado e Kenan Bernardes. Encenação: Miguel Rocha. Elenco: Carlos de Niggro, Jefferson Matias e Kenan Bernardes. Designer de som e difusão sonora: João Paulo Nascimento. Consultoria idiomática: Hamza Abdul Karim. Direção e pesquisa de movimento e atuação: Erika Moura. Desenho de luz: Wagner Pinto. Produção de luz: Carina Tavares. Assistência de iluminação: Gabriel Greghi e Gabriela Cezário. Operação de luz: André Rodrigues. Cenografia: Julio Dojcsar. Cenotécnica: Helen Lucinda. Serralheiro: Fernado Lemos “Zito”. Figurinista: Silvana Marcondes. Adereços: Bru Fiamini. Costura: Atelier Judite de Lima. Voz off feminina: Ina. Orientação teórica da pesquisa: Deivison Nkosi. Fotografia: Julieta Bacchin. Arte gráfica: Murilo Thaveira. Vídeo: João Maria. Registro para as redes sociais: Talitha Senna. Assessoria de imprensa: Verbena Comunicação. Produção executiva e contabilidade: Jussara Mendes.
Serviço
Espetáculo "Otelo, o Outro". Temporada: 2 a 17 de novembro de 2023. Horários: quintas e sextas, às 21h00. Não haverá sessão no dia 9 de novembro (quinta-feira, às 21h). Sessões vespertinas: 9, 10, 16 e 17, às 15h. Ingressos gratuitos. Duração: 80 minutos. Classificação: 16 anos. Local: Teatro Cacilda Becker. Rua Tito, 295 - Lapa/São Paulo. Telefone: (11) 3864-4513. 198 lugares. Reserva de ingressos para grupos: solicitar pelo e-mail okaproducaoo@gmail.com. Colocar no assunto: “Otelo, o Outro - Reserva de ingressos”. Informar no o e-mail: nome da instituição solicitante, data e horário pretendidos, quantidade de ingressos, nome do responsável pelo grupo, e-mail e telefone de contato.
A Caixa Cultural São Paulo apresenta, a partir desta quinta-feira, dia 19 de outubro, o espetáculo teatral "O Vira-lata". Com empatia, delicadeza e uma visão bastante positiva, o espetáculo cria uma reflexão sobre temas pouco discutidos nos trabalhos voltados ao público infantojuvenil. A peça tem apresentações na Caixa Cultural São Paulo, entre 19 e 29 de outubro, de quinta a domingo, às 15h. Os ingressos são gratuitos e podem ser retirados uma hora antes do início da peça na bilheteria do teatro, com limitação de um par por pessoa.
A coprodução da premiada companhia curitibana Trupe Ava Lola de Teatro e da dinamarquesa Teatergruppen Batida tem direção da brasileira Ana Rosa Genari Tezza e dramaturgia do dinamarquês Søren Valente. Já o elenco é composto por Cesar Matheus, Eduardo Giacomini e Helena Tezza, além dos músicos Arthur Jaime e Breno Monte Serrat, que tocam a trilha sonora ao vivo.
"O Vira-lata" é uma história que toca com delicadeza e adequação em temas como as desigualdades social e de gênero, a violência contra a mulher, a fome e a dignidade humana na contemporaneidade, apresentando uma visão otimista a partir do fortalecimento dos afetos, da esperança e da capacidade de transformação.
Capaz de envolver pessoas de todas as idades, a peça conta a história de uma jovem que acredita só poder ser feliz se encontrar um grande amor e de um homem maltratado pela fome que acredita ser um cachorro vira-lata. Os personagens se conhecem e viram grandes amigos até que, certo dia, um homem desconhecido bate à porta da moça e se apresenta com palavras bonitas, flores e agrados. Ela se encanta e se entrega ao romance, mas seu fiel amigo-cachorro não gosta nada desse romance.
Além das apresentações, a Trupe Ave Lola traz para a programação da Caixa Cultural SP duas ações formativas gratuitas: a palestra "Oportunidades e Desafios no Século XXI para uma Sociedade mais Sustentável no Brasil: Explorando Novas Perspectivas," que será ministrada por João Tezza Neto no 28 de outubro de 2023, às 16h, e a oficina teatral "Compartilhamento de Processo de Criação," que será ministrada por Breno Monte Serrat e Helena Tezza nos dias 28 e 29 de outubro de 2023, das 10h às 13h. As inscrições para ambas as ações podem ser realizadas pelo link: https://forms.gle/tXinCmuKg1Ks32ah6.
Sobre a Trupe Ave Lola de Teatro
Ave Lola, além de ser um espaço de criação, é também uma trupe que trabalha coletivamente por uma fazer artístico, poético e humano. Fundada em 2010 por Ana Rosa Genari Tezza, que desenvolveu um espaço de empoderamento onde todos os cargos de liderança são ocupados por mulheres de diferentes idades.
Os processos da Trupe prezam pela insubordinação, pela liberdade, pelo inusitado. Ao longo dos últimos anos, a Ave Lola montou os espetáculos “O Malefício da Mariposa” (2012), “Tchekhov” (2013), “Nuon” (2016), “Manaós - Uma Saga de Luz e Sombra” (2019) e “Cão Vadio” (2021), premiados e indicadas a importantes prêmios do Paraná e do Brasil, tais como Gralha Azul, Shell, Cesgranrio. Os trabalhos já circularam por todo Brasil, incluindo cidades fronteiriças do extremo norte e também já estiveram em países como Chile e Dinamarca.
Sobre o Teatergruppen Batida
O grupo BATIDA, que já veio várias vezes ao Brasil e cujo nome é uma referência à batida da música brasileira, é um tradicional coletivo dinamarquês de atores e músicos. Ao longo de 30 anos, criou uma série de espetáculos para todas as faixas etárias e percorreu mais de 45 países diferentes. Desde o início, BATIDA vem mantendo seu princípio de atribuir à música ao vivo e ao movimento a mesma importância do texto e do visual. O grupo ocupa um antigo edifício de fábricas em Copenhague.
Ficha técnica
Espetáculo "O Vira-lata". Elenco: Cesar Matheus, como o Vira-lata, Eduardo Giacomini, como o Homem, Helena Tezza, como a mulher. Autor: Søren Valente. Direção: Ana Rosa Genari Tezza. Composição e execução musical: Arthur Jaime e Breno Monte Serrat. Preparadora corporal e coreógrafa: Ane Adade. Iluminação: Beto Bruel. Figurino: Eduardo Giacomini. Assistente de figurino: Daniela Carvalho. Costureiras: Dora Peron (cortina), Marino Ferrara e Naty Lopes. Cenografia: A Trupe. Adereços de cena: Eduardo Santos, Helena Tezza e Gabriel Rischbieter. Confecção de cases: Stronghold Custom Cases. Trupe Parceira: Grupo Batida. Colaboração artística: Regina Bastos. Montagem e operação de luz: Alexandre Leonardo Luft. Direção executiva: Entre Mundos Produções Artísticas. Direção de produção: Dara van Doorn e Laura Tezza. Produção: Carlos Becker e Renata Bruel. Direção de comunicação: Larissa de Lima. Assessoria de imprensa: Pombo Correio. Gestão de mídias: D Meios Organizações de Eventos. Ilustrações e projeto gráfico: Gabriel Rischbieter
Serviços:
[Teatro] O Vira-lata. Local: Caixa Cultural São Paulo - Praça da Sé, 111 – Centro/São Paulo. Próxima à estação Sé do Metrô. De 19 a 29 de outubro de 2023, de quinta a domingo, às 15h. Apresentação com libras:26 de outubro de 2023 às 15h Apresentações seguidas de bate-papo: 20 e 27 de outubro de 2023 às 16h Entrada Franca: os ingressos serão distribuídos uma hora antes do espetáculo, limitados a um par por pessoa. Duração: 45 minutos. Classificação indicativa: Livre para todos os públicos. Capacidade: 120 lugares. Acesso a pessoas com deficiência. Informações: (11) 3321-4400. Patrocínio: Caixa e Governo Federal
[Palestra] "Oportunidades e Desafios no Século XXI para uma Sociedade mais Sustentável no Brasil: Explorando Novas Perspectivas". Ministrante: João Tezza Neto. Dia 28 de outubro de 2023, às 16h. Inscrições gratuitas: https://forms.gle/tXinCmuKg1Ks32ah6. Quantidade de vagas: 60. Local: Auditório da CAIXA Cultural São Paulo (Praça da Sé, 111) | Telefone: (11) 3321-4400
[Oficina] Compartilhamento de Processo de Criação. Ministrantes: Breno Monte Serrat e Helena Tezza. Dias 28 e 29 de outubro de 2023, das 10h às 13h. Inscrições gratuitas: https://forms.gle/tXinCmuKg1Ks32ah6. Quantidade de vagas: 30. Local: Sala de oficina (6º andar) da Caixa Cultural São Paulo (Praça da Sé, 111) | Telefone: (11) 3321-4400.
Onze protagonistas divididos em sete cenas, que de tão absurdas se confundem com a realidade, que satirizam e criticam a sociedade contemporânea as crises existenciais que rondam essa geração. Esse é o universo da tragicomédia “Dois Palitos”, espetáculo escrito e dirigido por Luccas Papp, que reestreia dia 24 de outubro, no Teatro das Artes. A temporada vai até 21 de novembro com sessões sempre terça-feira, às 20h. Produção da LPB Produções, espetáculo estreou em 2017 com elenco na faixa dos 20 anos, mas agora ganha uma versão nova com referências aos tão famigerados “30 anos”.
A peça traz as seguintes cenas: um humorista iniciante perde o controle em um show de stand-up; na fila do Detran, um casal se encanta por uma jovem mais nova, desencadeando “DR” que escancara as mentiras da relação; dois amigos nerds fazem uma aposta que revela desejos ocultos dos dois; duas atrizes buscando a vaga em uma novela fazem de tudo para que a outra desista do teste; duas irmãs se reencontram no velório do pai, anos após uma delas ser expulsa de casa por ser transexual; o participante de um programa de perguntas e respostas tem a sua vida exposta sem sua permissão em rede nacional; uma festa reúne os amigos da época de escola e termina com consequências irreversíveis.
Luccas Papp contou mais sobre os ingredientes que levaram a criação do espetáculo. "A depressão coletiva, o preconceito, a pressão pelo sucesso instantâneo e os reflexos da não tão longínqua adolescência são algumas das temáticas abordadas pelo texto que se vale do humor ácido, da naturalidade dos diálogos e das mais inesperadas reviravoltas para surpreender e fazer o espectador se perguntar: ‘A vida é assim tão insensata?’”, completa Papp. O autor ressalta que um dos objetivos da peça é aproximar o público das situações que são colocadas em cena, fazendo-o questionar se ele também não faz parte daquele mundo representado no palco. Os ingressos estão à venda pelo link: https://bileto.sympla.com.br/event/87713/d/220322/s/1483789?utm_source=pwa-symplabiletoios-production&utm_medium=webapp_share&utm_campaign=webapp_share_event_87713.
Ficha técnica
Espetáculo "Dois Palitos". Texto e direção: Luccas Papp. Elenco: Fernando Maia, Gabriela Gama, Giovana Stinglin, Júlia Blaz, Lauanda Varone, Leo Rocha, Lucas Rocha, Luccas Papp, Soll Paixão, Thais Boneville e Zé Gui Bueno. Cenografia: Hugo Ferreira. Figurino: Coletivo. Designer de luz: Gabriele Souza, Luccas Papp e Gustavo Gonçalo. Trilha sonora: Luccas Papp. Assistência de produção e Técnica: Guilherme Bernardino, Richard Lake e Daniel Freire. Assessoria de imprensa: MercadoCom (Ribamar Filho). Realização: LPB Produções.
Serviço
Espetáculo "Dois Palitos". Teatro das Artes. Shopping Eldorado. Av. Rebouças, 3970 – Pinheiros/São Paulo. 3º Piso. Temporada: de 24 de outubro a 21 de novembro. Terças-feiras, às 20h. Ingressos: R$ 70,00 (inteira) e R$ 35,00 (meia). Duração: 95 minutos. Gênero: tragicomédia. Classificação indicativa: 14 anos.
A unidade Cineflix Santos, localizada no Gonzaga, estreia na quinta-feira, dia 18 de outubro dois filmes: "Assassinos da Lua das Flores" e "O Livro dos Sonhos". No drama "Assassinos da Lua das Flores", dirigido por Scorsese, os assassinatos dados a partir de circunstâncias misteriosas na década de 1920, assolando os membros da tribo Osage, acaba desencadeando uma grande investigação envolvendo o poderoso J. Edgar Hoover, considerado o primeiro diretor do FBI.
"O Livro dos Sonhos", drama francês, Louis entra em coma após ser vítima de um atropelamento. Contudo, sua mãe Thelma encontra o diário do garoto e, nele, uma lista com dez coisas para fazer antes do fim do mundo. Ela decide sair em uma jornada para realizar os desejos do menino.
Seguem em cartaz "O Exorcista - O Devoto", "Trolls 3 - Juntos Novamente", "Meu Nome É Gal", "Som da Liberdade" e "Patrulha Canina: Um Filme Superpoderoso". No fime de terror "O Exorcista - O Devoto", Victor Fielding decide confrontar o mal quando repara que sua filha, Angela, e a amiga dela, Katherine, mostram sinais de possessão demoníaca. A animação "Trolls 3 - Juntos Novamente" traz Branch e Poppy embarcando em uma jornada angustiante e emocionante para salvar um irmão que foi sequestrado por um par de vilões pop-star.
Já a cinebiografia nacional "Meu Nome É Gal", trata a trajetória de Gal Costa, uma menina tímida que desde muito cedo soube que a música guiaria seus caminhos. Ela foi criada sozinha pela mãe Mariah, que foi uma de suas maiores incentivadoras. Aos 20 anos, ela decide viajar rumo ao Rio de Janeiro para se tornar cantora. Lá, a jovem encontra seus amigos da Bahia: Caetano Veloso, Maria Bethânia, Gilberto Gil e Dedé Gadelha, que acompanham os primeiros passos de Gal na música profissional no final da década de 1960.
A nova animação "Patrulha Canina: Um Filme Superpoderoso", traz o grupo de cães que ganha super poderes, após um meteoro mágico cair na cidade. O drama "Som da Liberdade" apresenta a história de um ex-agente federal que embarca em uma perigosa missão para salvar uma menina de traficantes de crianças.
Estreias da semana no Cineflix Santos
Seguem em cartaz no Cineflix Santos