terça-feira, 17 de outubro de 2023

.: Espetáculo "Agnes de Deus" estreia no Teatro Aliança Francesa dia 20


Um thriller psicológico que aborda a investigação de um crime é a trama que envolve o espetáculo "Agnes de Deus", que estreia no Teatro Aliança Francesa, dia 20 de outubro, sexta-feira, às 20h. Com direção de Murillo Basso e codireção de Yara de Novaes, a peça foi escrita pelo dramaturgo americano John Pielmeier em 1979. A história tem início quando um bebê é encontrado morto em um cesto de lixo no quarto de um convento. A peça, baseada em fatos reais, nos conta os desdobramentos desta investigação. O elenco é formado por Clara Carvalho, Gabriela Westphal e Mariana Muniz. Foto: Ronaldo Gutierrez

Tocando em temas como o embate entre religião e ciência, fé e ateísmo, a violência e o controle sobre o corpo feminino e a institucionalização do poder, "Agnes de Deus" estreia na sexta-feira, 20 de outubro, às 20h no Teatro Aliança Francesa. A peça foi escrita pelo dramaturgo americano John Pielmeier em 1979 e conta com a direção de Murillo Basso e codireção de Yara de Novaes. O elenco é formado por Clara Carvalho, Gabriela Westphal e Mariana Muniz.  A temporada vai até 3 de dezembro com sessões de sexta e sábado, às 20h, e domingo, às 18h. A idealização do projeto é de Ariell Cannal e Gabriela Westphal, pela Cannal Produções.

A trama é um thriller psicológico que aborda a investigação de um crime: O assassinato de um bebê recém-nascido, supostamente cometido pela própria mãe da criança, uma jovem freira. A peça, baseada em fatos reais, nos conta os desdobramentos desta investigação. A história tem início quando um bebê é encontrado morto em um cesto de lixo no quarto de um convento. O texto apresenta a Dra. Martha (Clara Carvalho), uma psiquiatra; a Irmã Miriam Ruth (Mariana Muniz), coordenadora de um convento; e Agnes (Gabriela Westphal), a jovem freira.

Supõe-se que Agnes, a mãe da criança, teria dado à luz e, em seguida, matado seu bebê. Madre Miriam acredita que a jovem foi tocada por Deus, defendendo a ideia de que a criança poderia ser o resultado de uma concepção miraculosa, sem intercurso sexual. Já a Dra. Martha transita do ceticismo e do pragmatismo científico ao envolvimento cada vez mais obsessivo e pessoal com o caso de Agnes.

A idealização do projeto se deu durante a montagem de Escola de Mulheres, de Molière, também da Cannal Produções, quando Ariell Cannal e Gabriela Westphal interpretaram, respectivamente, Horário e Inês sob a direção de Clara Carvalho. Durante o processo criativo, ambos tiveram acesso ao texto de John Pielmeier e pensaram em uma futura peça.

“Agnes é uma incógnita, ela é diferente, mas não conhece o mundo. É como se tivesse uma ligação com o divino, incorpora a fé na vida do dia a dia. A personagem sofreu muitos abusos quando era pequena, cheia de traumas”, fala Gabriela. Clara Carvalho ressaltou a importância das camadas que permeiam a dramaturgia. “O Brasil e o mundo têm passado pela questão do fundamentalismo religioso, é importante visitar esse texto levando em consideração os momentos sociopolíticos dos últimos anos. A grandeza deste trabalho é que ele discute com uma série de questões femininas sem se fechar em si. Lida com o erótico, o espiritual e o místico para trazer uma boa história”.

A paisagem sonora em cena, assinada por Morris, permeia o canto da personagem, habilidade que é praticada por Gabriela. A cenografia de Mira Andrade reforça que a peça se passa em um universo plano mental e as unidades de espaço não são bem determinadas, as cenas podem se passar ora em um consultório, ora em um convento. O desenho de luz, de Aline Santini, e o figurino, de Marichilene Artisevskis, dialogam com essa espécie de fluxo de pensamento e memória que guiam a trama.

De acordo com Murillo Basso, “A violência brutal sofrida por Agnes é um eco da nossa realidade, mas a direção encontra no mistério e nas perguntas sem resposta a possibilidade de expandir essa narrativa e tocar o desconhecido. A encenação parte de um lugar mais realista e vai se desdobrando poeticamente através do corpo em movimento, das sonoridades a iluminação e as transformações do espaço”.

Agnes é um agente transformador que impacta a vida e o modo de agir da psiquiatra Martha e da Madre Miriam Ruth. Apesar de serem dois pólos distintos, a ciência e a religião, as duas não são antagonistas, pois elas desejam proteger a freira mais nova. Clara enfatiza que a sua personagem até torce para que a jovem seja inocente e sua pureza seja preservada. A Madre de Mariana Muniz também mira no lado imaculado de sua protegida. “Ela era uma mulher que nem tinha certeza da existência de Deus, mesmo sendo freira. Porém ao ouvir o canto de Agnes, a Madre Miriam foi atingida pela inocência e a divindade”.

A equipe de profissionais tem uma extensa carreira que já rendeu dezenas prêmios somados como APCA e Shell, além de outras tantas indicações. As três atrizes estiveram juntas no elenco de O Jardim das Cerejeiras do russo Anton Tchekhov, também produzido por Ariell Cannal. Inclusive, Clara e Mariana são parceiras cênicas e trabalharam em vários projetos como em As Criadas, Jean Genet; Sete Histórias, uma adaptação da obra Das Tripas Coração, de Ezter Liu.

"Agnes de Deus" já marcou presença nos palcos brasileiros. Teve uma montagem com Clarisse Abujamra, Cleyde Yáconis e Walderez de Barros em 1982. No Rio de Janeiro, a história de John Pielmeier ganhou uma produção com Lucélia Santos, Nicette Bruno e Yara Amaral.


Ficha técnica
Espetáculo "Agnes de Deus". Idealização: Ariell Cannal e Gabriela Westphal. Texto: John Pielmeier. Direção: Murillo Basso. Codireção: Yara de Novaes. Elenco: Clara Carvalho, Gabriela Westphal e Mariana Muniz. Assistência de Direção: Marcella Vicentini. Desenho de luz: Aline Santini. Cenógrafa: Mira Andrade. Figurinista: Marichilene Artisevskis. Direção Musical E Trilha Sonora: Morris. Design Gráfico: Nando Medeiros. Fotos: Ronaldo Gutierrez. Assessoria De Imprensa: Adriana Balsanelli e Renato Fernandes. Assistente de Produção: Paula Stricker. Produção Executiva: Rafaelly Vianna. Direção de Produção: Ariell Cannal / Cannal Produções.


Serviço
Espetáculo "Agnes de Deus". Teatro Aliança Francesa. Rua General Jardim 182 – Vila Buarque. Ar-condicionado. Informações: (11) 3572-2379. Temporada: De 20 de outubro a 3 de dezembro (Sexta e sábado às 20h | Domingo às 18h). Preço: R$60 (Inteira) e R$30 (Meia). Compra Online Sympla: https://bit.ly/agnesDeDeus. Classificação: 14 Anos. Duração: 100 minutos. www.teatroaliancafrancesa.com.br.

.: Peça "Babilônia Tropical - A Nostalgia do Açúcar" estreia no CCBB São Paulo


Criação do diretor Marcos Damigo, drama histórico real mistura passado e presente para falar sobre o período da invasão holandesa em Pernambuco no século XVII; em cena, a personagem Anna Paes é vivida pela atriz Carol Duarte, que divide o palco com Jamile Cazumbá, Ermi Panzo e Leonardo Ventura. Montagem tem recursos audiovisuais e música ao vivo executada pelo diretor musical Adriano Salhab. Cena de Babilônia Tropical - Crédito da Foto: Rodrigo Menezes

Segue em cartaz em São Paulo a peça "Babilônia Tropical - A Nostalgia do Açúcar", criação do diretor Marcos Damigo, com Carol Duarte, Jamile Cazumbá, Ermi Panzo e Leonardo Ventura no elenco. A temporada acontece no CCBB São Paulo, até dia 19 de novembro, às quintas e sextas-feiras, às 19h; sábados, domingos e feriado de 2 de novembro, às 17h. Os ingressos custam R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia-entrada).

O drama histórico real mistura passado e presente para falar sobre o período da invasão holandesa em Pernambuco no século XVII (quando a região era a maior produtora de açúcar do mundo). A peça mostra um grupo de quatro atores ensaiando um espetáculo a partir da tentativa de reproduzir o momento em que Anna Paes, dona de engenho da época, escreve um bilhete para o aristocrata neerlandês Maurício de Nassau, presenteando-o com seis caixas de açúcar em sua chegada ao Brasil. A peça explora a reconstrução desse período para revelar a existência do racismo como herança da escravidão, e suas implicações nos modos de nos relacionarmos com a própria ideia do trabalho. 

No palco estão: Carol Duarte, no papel de Anna Paes; Jamile Cazumbá, artista baiana que transita pelo audiovisual e performance; Ermi Panzo, artista angolano radicado há quase dez anos no Brasil, que também assina a dramaturgia da obra; e Leonardo Ventura, ator consagrado em obras dirigidas por Antunes Filho no Centro de Pesquisa Teatral; além de Adriano Salhab, que assina a direção musical do espetáculo e executa a trilha sonora ao vivo em cena, com músicas originais.  

Uma experiência rica e instigante
O grupo de quatro atores, inspirados no episódio da invasão holandesa em Pernambuco - quando a região era a maior produtora de açúcar do mundo - ensaia o espetáculo que mescla passado e presente e se desenrola a partir da tentativa de reproduzir o momento em que Anna Paes, dona de engenho da época, escreve um bilhete para o aristocrata neerlandês Maurício de Nassau, presenteando-o com seis caixas de açúcar em sua chegada ao Brasil. O bilhete está guardado até hoje no Arquivo  Nacional dos Países Baixos, em Haia.

Anna Paes, uma mulher considerada à frente de seu tempo, já que sabia ler e escrever (algo raro para a época), assumiu também a administração de um dos maiores engenhos de Pernambuco com a morte do marido. Valores positivos para esse início de modernidade, como liberdade e  emancipação, vão sendo desmontados, revelando a grande farsa do projeto que deu início a esse empreendimento açucareiro, que só existiu graças à escravidão.

O idealizador, dramaturgo e diretor da obra, Marcos Damigo, enfatiza: "É uma responsabilidade imensa dar vida às pessoas que vieram antes de nós, para que possamos transformar a forma como nos enxergamos e, assim, talvez, ativar nossa sensibilidade para uma melhor compreensão de nós mesmos."  

O produtor do espetáculo, Gabriel Bortolini, adianta que a peça provoca reflexões profundas. "A representação histórica, exemplificada pela personagem Anna Paes, reflete nossas escolhas sobre como perpetuar a história, a imagem e seus pares. A história brasileira foi feita de brancos para brancos. Aqui, questionamos não apenas os reconhecimentos em si, mas também seus privilégios e as barreiras que precisam ser superadas para alcançar um lugar diferente", afirma Bortolini.  

Com sucesso de público e crítica em sua estreia em Belo Horizonte/MG, o espetáculo tem "cenas que revelam lugares mais oblíquos do racismo, justamente por parte daquelas personagens que se veem como artistas 'antirracistas'", afirma a crítica Júlia Guimarães no site Horizonte da Cena. 

"Tem sido interessante ver como o espetáculo toca as pessoas de maneiras tão diferentes, dependendo de onde você se situa em relação às questões que emergem em cena", conta o diretor Marcos Damigo. Para a temporada paulista, as expectativas são positivas: "A peça traz uma diversidade de olhares, provocando o espectador o tempo inteiro, com a busca de um teatro mais contemporâneo e desconstruído", complementa. 

A atriz Carol Duarte, que interpreta o papel de Anna Paes, destaca a importância de abordar a barbárie histórica do país. E ressalta: "como podemos olhar para o passado sem reparar que os pilares desse país foram sustentados pela escravidão? Os vilões da nossa história devem ser nomeados para que, no presente, possamos erradicar qualquer indício dessa herança escravocrata, restaurando o lugar devido para aqueles que foram capturados e para aqueles que ainda são oprimidos", afirma a atriz.  

O elenco tem os atores Ermi Panzo, artista angolano radicado há quase dez anos no Brasil, que também assina a dramaturgia da obra; Jamile Cazumbá, artista baiana que transita pelo audiovisual e a performance; e Leonardo Ventura, ator consagrado em obras dirigidas por Antunes Filho no Centro de Pesquisa Teatral; além de Adriano Salhab, músico pernambucano que assina a direção musical do espetáculo e executa a trilha sonora ao vivo em cena, com músicas originais.  

Destacando-se tanto na atuação quanto na dramaturgia, o ator e poeta Ermi Panzo explora a reconstrução desse período para revelar a existência do racismo como herança da escravidão, e suas implicações nos modos de nos relacionarmos com a própria ideia do trabalho. "A obra traz uma representação vívida do cenário dinâmico do trabalho da época, que resulta em um conjunto de elementos que caracterizam a precariedade das condições de vida do trabalhador, atentando contra sua dignidade, especialmente para a maioria negra", explica Panzo.  

A permanência do racismo em todas as relações também é um dos destaques que a peça traz para a atriz Jamile Cazumbá. Ela destaca que sua personagem experimenta "cotidianamente os danos, a violência e as perversidades do racismo, e de todas e diversas categorias de subalternidades estabelecidas socialmente e politicamente para que meu corpo habite", e que a peça "é uma tentativa de abrirmos mão da suposta ingenuidade que o romantismo colonial insiste em coreografar".

"Babilônia Tropical" oferece ao público uma experiência rica e instigante, com música ao vivo e recursos audiovisuais, utilizando desde imagens de arquivos históricos até filmagens realizadas em estúdio por uma equipe audiovisual, com imagens de grande impacto e beleza. "Enfrentamos, aqui, a questão central diante do teatro contemporâneo: a chegada de temáticas antes ocultas ou apagadas que demandam novos engendramentos, tanto de relações formais, quanto de relações profissionais e pessoais; e a despeito de qualquer resposta, encontramos no caminho da escuta, da contracena e do acolhimento, nosso modo de relacionarmo-nos com tudo isso e uns com os outros; que o teatro seja canal para toda essa elaboração e que a cena possa cumprir o seu papel primordial, que é o da síntese poética", adianta Leonardo Ventura, ator.

O projeto recebeu apoio da Embaixada dos Países Baixos para o desenvolvimento da dramaturgia, o que possibilitou uma viagem do autor Marcos Damigo a Pernambuco, bem como a participação do historiador Daniel Breda no processo de pesquisa, além de uma primeira imersão com o elenco da peça em 2022. A peça estreou no CCBB Belo Horizonte, depois teve temporadas pelo CCBB Brasília e pelo CCBB Rio de Janeiro.  


Ficha técnica
Espetáculo "Babilônia Tropical - A Nostalgia do Açúcar". Idealização, concepção e direção geral: Marcos Damigo. Concepção e direção de produção: Gabriel Bortolini. Dramaturgia: Ermi Panzo e Marcos Damigo. Elenco:  Carol Duarte, Jamile Cazumbá, Ermi Panzo, Leonardo Ventura e Adriano Salhab.  Interlocução artística:  Lúcia Bronstein e Sol Miranda. Direção musical e canções originais: Adriano Salhab. Direção de arte:  Simone Mina. Iluminação:  Wagner Pinto. Preparação vocal e consultoria artística e dramatúrgica: Glaucia Verena. Preparação corporal: Pat Bergantin. Consultoria histórica:  Daniel Breda. Programação visual:  Rafa Saraiva e Mila Cavalcanti. Direção de fotografia: Coletivo Corpo Sobre Tela/Ricardo Aleixo e Julia Zakia.   Montagem e finalização de cor:  Coletivo Corpo Sobre Tela. Vídeo engenho em chamas:  Rafael Tenório. Coordenação de redes sociais:  Luiz Schiavinato Valente. Design para redes sociais:  Mayara Santana e Rafael Tenório. Assistência de direção:  Jackeline Stefanski Bernardes e Ví Silva. Assistência de produção:  Luiz Schiavinato Valente e Ví Silva. Assistência de direção de arte:  Rick Nagash. Assistência de cenografia:  Vinicius Cardoso. Assistência de figurino e adereços:  Amanda Pilla B e Hellige Sant'Anna. Assistência de iluminação: Carina Tavares. Cenotécnica cenário:  Wanderley Wagner e Fernando Zimolo. Cenotécnica filmagem:  Mauro José da Silva e Matheus Kaue Justino da Silva. Cabeleireira elenco:  Vivona. Making off:  Julia Zakia. Câmera adicional making off:  Luiza Zakia Leblanc.

Serviço
Espetáculo "Babilônia Tropical - A Nostalgia do Açúcar". Temporada: de 06 de outubro a 19 de novembro de 2023, sempre de quinta a domingo. Horário: quinta e sexta às 19 horas, sábado, domingo e feriado do cia 2 de novembro, às 17h. Local: Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo - CCBB SP. Endereço: Rua Álvares Penteado, 112 – Centro Histórico / São Paulo. Próximo à estação São Bento do Metrô . Entrada acessível: Pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida e outras pessoas que necessitem da rampa de acesso podem utilizar a porta lateral localizada à esquerda da entrada principal. Duração: 80 minutos. Recomendação: 14 anos. Ingressos: R$ 30,00 (inteira) / R$15,00 (meia-entrada). Vendas: bilheteria do CCBB SP ou pelo site bb.com.br/cultura.  Informações: (11) 4297-0600 | Redes Sociais: instagram.com/Ccbbsp | facebook.com/ccbbsp | twitter.com/ccbb_sp |  @oficcinamultimedia

CCBB SP
Funcionamento: aberto todos os dias, das 9h às 20h, exceto às terças. Estacionamento: O CCBB possui estacionamento conveniado na Rua da Consolação, 228 (R$ 14 pelo período de 6 horas - necessário validar o ticket na bilheteria do CCBB). O traslado é gratuito para o trajeto de ida e volta ao estacionamento e funciona das 12h às 21h. Van: ida e volta gratuita, saindo da Rua da Consolação, 228. No trajeto de volta, há também uma parada no metrô República. Das 12h às 21h. Transporte público: O Centro Cultural Banco do Brasil fica a 5 minutos da estação São Bento do Metrô. Pesquise linhas de ônibus com embarque e desembarque nas Ruas Líbero Badaró e Boa Vista. Táxi ou Aplicativo: Desembarque na Praça do Patriarca e siga a pé pela Rua da Quitanda até o CCBB (200 m).

.: "Amor em Roma": Sarah Adams atualiza clássico "A Princesa e o Plebeu"

Novo livro da autora de Táticas do amor traz romance inspirado por "A Princesa e o Plebeu"


Após namoro de mentira entre Bree e Nathan em "Táticas do amor", os leitores de Sarah Adams conhecerão o casal improvável formado por Amelia e Noah em "Amor em Roma", novo livro da autora publicado pela Intrínseca. Na comédia romântica, uma cantora em crise se inspira em um dos filmes clássicos de Audrey Hepburn para buscar um recomeço.

Depois de anos alimentando sua imagem de “princesa do pop”, Amelia Rose, conhecida por sua legião de fãs como Rae Rose, está completamente esgotada. No auge do desespero, ela decide se inspirar na única pessoa que nunca a decepcionou: Audrey Hepburn. Seguindo os passos de A Princesa e o Plebeu, um de seus filmes favoritos protagonizados pela atriz, Amelia foge no meio da noite a caminho de Roma… no caso, a opção mais próxima — uma cidadezinha chamada Roma no estado estadunidense do Kentucky.

Quando seu carro quebra na frente da casa de Noah Walker, o sujeito ranzinza e musculoso deixa claro que não tem tempo nem paciência para lidar com celebridades. Afinal, Noah tem que cuidar da loja de tortas que a avó deixou para ele, e ainda precisa ficar lembrando a seus vizinhos intrometidos, embora adoráveis, que cuidem da própria vida. Sem muita escolha, porém, ele acaba deixando que a cantora fique em seu quarto de hóspedes — mas apenas até que consertem o carro dela, nem um dia a mais.

Só que, aos poucos, Noah começa a ver um lado doce, divertido e vulnerável de Amelia que não costuma estampar as manchetes, e vai cedendo ao instinto de compartilhar cada vez mais do seu mundo com ela. Enquanto ele e os outros moradores mostram à estrela do pop todo o charme que uma cidade pequena tem a oferecer, fica cada vez mais difícil para ela controlar seus sentimentos por aquele lugar aconchegante e seu anfitrião mal-humorado. O problema é que, no fim, até Audrey teve que ir embora de Roma em algum momento, e Amelia precisa enfrentar um dilema: seria possível escapar do próprio destino?

"Amor em Roma" é uma história leve e envolvente perfeita para os fãs dos livros de Beth O’Leary e de filmes como Bonequinha de Luxo e Casa Comigo. Em meio a situações inusitadas e um romance inesperado, o livro constrói uma história sobre a importância de se estar aberto às segundas chances e de seguir os próprios sonhos.


Compre "Amor em Roma", de Sarah Adams aqui: amzn.to/3S1UtL6


“Adams nos conquista com esse adorável romance que nasce da combinação improvável entre uma estrela do pop obcecada pela Audrey Hepburn e um cozinheiro mal-humorado de uma cidadezinha. Leve e contagiante como uma música pop, este romance fofo será um sucesso.”

Publishers Weekly


Autora: Sarah Adams nasceu e cresceu em Nashville, Tennessee. É uma introvertida indecisa viciada em café, sabe tudo sobre história britânica, ama a família e dias quentes, tem duas filhas e é casada com o melhor amigo. Queria ser escritora desde criança, mas só finalmente começou a trabalhar no seu primeiro romance quando suas filhas estavam tirando um cochilo e ela ficou sem desculpas para adiar o plano. O sonho dela é passar a vida inteira escrevendo histórias que fazem rir, e talvez até chorar, mas que sem dúvidas deixam a gente mais feliz ao finalizar a leitura.


"Amor em Roma", de Sarah Adams

Tradução: Luara França 

Páginas: 336 

Editora: Intrínseca 


Compre "Amor em Roma", de Sarah Adams aqui: amzn.to/3S1UtL6

segunda-feira, 16 de outubro de 2023

.: Entrevista: André Souto fala sobre a construção da real condição do homem


André Souto
 é servidor do TJDFT (Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios) e conhece bem as estruturas de segurança pública. “Sob a Luz Negra”, publicado pela editora Penalux, romance de estreia do autor, ambientado em Brasília, onde o escritor mineiro reside, apresenta um panorama do cárcere e violência urbana no país, provocando discussões sociais, políticas e existenciais. A obra está concorrendo ao Prêmio Literário da Fundação Biblioteca Nacional na categoria Romance - Prêmio Machado de Assis.

O assunto complexo é conduzido através da escrita descritiva de André em um livro que cerca um mundo negligenciado pela população – mas diretamente relacionado ao bem-estar comum. A leitura apresenta as "regras do jogo" entre policiais e bandidos, investigando a maldade humana, sem deixar a desejar no suspense e estabelecendo uma trama envolvente. Uma adaptação para o teatro está sendo preparada pela companhia “Fábrica Grupo de Teatro”, sob produção e direção de Wellington Dias, e será anunciada em breve. Confira a entrevista completa com o autor. Compre o livro "Sob a Luz Negra", de André Souto, neste link.


Se você pudesse resumir, quais são os principais temas da obra?
André Souto - Um casal vivendo em uma casa repleta de dispositivos de proteção e regras de comportamento angustiantes, mergulhados em relacionamento conturbado, no qual, apesar da obsessão para resguardá-los, ambos acabam obrigados a enfrentarem seus temores enquanto encaixam as peças de uma realidade assombrosa em uma mente perturbada. Em paralelo, seguindo o tema da condição humana que limita os indivíduos pelo medo das punições, a obra retrata o cotidiano dos agentes penitenciários (na época que se passa o livro; hoje são chamados de policiais penais) e dos mais temidos presos do Brasil, chefes de facções e outros, alocados nas unidades federais de segurança máxima brasileiras.


Por que escolher esses temas?
André Souto - Uma forma de retratar a partir do cotidiano de pessoas comuns os medos e anseios dos indivíduos dentro da organização do Estado e da sociedade conduzidos por punições que condicionam o comportamento em busca da pacificação e convivência necessária como uma forma de afastar os seres humanos de seus instintos selvagens que culminariam em conflitos constantes, chamado de estado de natureza pelo filósofo Thomas Hobbes, desencadeando a “guerra de todos contra todos”.

O que motivou a escrita de “Sob a Luz Negra”?
André Souto - Já tinha uma ideia sobre uma história na qual a selvageria humana e a sociedade fossem trabalhadas de forma ficcional aos moldes do pensamento de Thomas Hobbes a partir da citação: “O homem é o lobo do próprio homem” e todo o contexto de enfrentamentos disposto em "Leviatã". Desta motivação, tracei um drama psicológico (Thriller) em um enredo que permeia a tensão interna e externa de um casal, tentando se adaptar a um insólito protocolo de segurança, partilhando seus dias com os outros personagens que vivem sob as sombras claustrofóbicas da recém-inaugurada Penitenciária de Segurança Máxima de Brasília, enquanto encaixam as peças de uma realidade angustiante. A história, narrada por Oscar, um policial penal federal paranoico, que enxerga o mundo de uma maneira obscurecida que se estende para todos os lugares, é centrada no conturbado relacionamento entre o protagonista e Nina, uma jovem que luta contra um transtorno de saúde relacionado ao controle dos impulsos (tricotilomania que evolui para tricofagia). “Sob a Luz Negra” é, portanto, uma metáfora sobre verdades e evidências fora do espectro visível, onde nada é o que parece, descortinando até que ponto um ser humano é capaz de ir quando se torna uma ameaça à própria espécie, denunciando a atual tragédia da segurança pública brasileira e a saúde mental das pessoas.


Como foi o processo de escrita?
André Souto - O processo de escrita se deu acompanhado da preparação do original feita por Alba Milena e Mari dal Chico, ambas da Agência Increasy (onde o autor foi agenciado até 2020), as quais, após oferecerem um contrato de agenciamento literário ao autor em 2017, o auxiliaram a adequar o texto ao nível desejado pelas casas editoriais.


Que livros influenciaram diretamente a obra?
André Souto - "Leviatã", de Thomas Hobbes; "O Estrangeiro", de Albert Camus; "O Senhor das Moscas", de William Golding e "Ilha do Medo", de Dennis Lehane

Como você definiria seu estilo de escrita?
André Souto - Uma escrita realista em um ritmo envolvente, numa tentativa de alcançar uma eficiência narrativa cirúrgica, a qual surge somente após muita pesquisa sobre a temática e os cenários.


Como é o seu processo de escrita?
André Souto - Eu não tenho uma fórmula, mantenho uma rotina de escrita e pesquisa.


Você tem algum ritual de preparação para a escrita?
André Souto - Como ritual é manter um lema: se estou escrevendo sobre uma temática, as leituras são sempre correlacionadas ao texto em produção. Por outro lado, não tenho metas diárias, mas procuro escrever sempre.


Quais são as suas principais influências literárias num geral?
André Souto - Machado de Assis; Augusto dos Anjos; Alvares de Azevedo; Milton Hatoum; Patrícia Melo e Ana Paula Maia.


Você escreve desde quando? 
André Souto - Desde a adolescência.


Como começou a escrever?
André Souto - Seriamente, a partir de 2017.


Quais são os seus projetos atuais de escrita? O que vem por aí?
André Souto - Lançar o e-book "Anjos do Haiti" para concorrer ao Prêmio Kindle de Literatura de 2023. Além disso, estou produzindo um outro romance também se passa em Brasília e um livro de contos que retrata os conflitos do interior do Centro-Oeste. Quanto ao livro “Sob a Luz Negra”, temos programado um evento de lançamento em Goiânia, em outubro, junto do anúncio da adaptação da obra para o teatro por uma companhia daquela cidade. Garanta o seu exemplar de "Sob a Luz Negra", escrito por André Souto, neste link.

.: "Como Chegamos a Paris e Outras Narrativas": a guerra de Hemingway


"Como Chegamos a Paris e Outras Narrativas" é um vislumbre pessoal da vida do escritor, jornalista, correspondente de guerra e aventureiro Ernest Hemingway, desde as experiências na Guerra Civil Espanhola e na Segunda Guerra Mundial até sua paixão pelas touradas e o primeiro safári na África. Traduzido para 14 idiomas, o livro tem texto de orelha de Edney Silvestre. A Bertrand Brasil também lança edição especial de "O Velho e o Mar" e o inédito "Morte ao Entardecer". Vencedor do Pulitzer e do Nobel de Literatura, Hemingway já vendeu mais de 500 mil exemplares de seus livros no país. A tradução é de Roberto Muggiati.

Vencedor do Pulitzer e do Nobel de Literatura, Ernest Hemingway adorava boxe, caça, pesca, safári e touradas. Participou das duas Grandes Guerras, das quais retornou como herói. Sua busca incessante por aventuras e sua conexão profunda com a natureza sempre estiveram presentes em suas histórias. Como chegamos a Paris e outras narrativas é uma imersão na mente do jornalista e correspondente de guerra por meio de 77 artigos que foram publicados em jornais e revistas entre 1920 e 1956, selecionados e organizados pelo jornalista e escritor William White.

Ao longo as páginas, há todo tipo de vivências de Hemingway, que começou sua carreira aos 17 anos como repórter do Kansas City Star e possui uma produção jornalística estimada em mais de um milhão de palavras ao longo de quatro décadas. Os relatos tinham sido publicados no Brasil em dois volumes pouco depois da morte de Hemingway. Além de abordar a extensa experiência do gênio literário durante a Guerra Civil Espanhola e a Segunda Guerra Mundial, o livro relata aventuras e viagens para Suíça, Alemanha, Itália, França, Cuba e para a África. Descreve encontros com diversas culturas e paisagens, sem deixar de criticar o american way of life e contextualizar o cenário cultural, social e político da época.

Ainda este ano, a Bertrand Brasil lança "Morte ao Entardecer", livro inédito que reflete a crença de Ernest Hemingway de que as touradas eram mais do que um mero esporte. O escritor aprofunda temas como covardia, bravura, esporte e tragédia e traz comentários pungentes sobre a vida e a literatura. Compre o livro "Como Chegamos a Paris e Outras Narrativas", de Ernest Hemingway, neste link.


O que disseram sobre o livro
“Este generoso volume, que reimprime setenta e sete de seus artigos jornalísticos, é uma adição bem-vinda à estante de livros póstumos de Hemingway.” – Carlos Baker, The New York Times

“O amplo espectro surpreende, mesmo para quem acredita conhecer esse lado do ganhador do Nobel de Literatura de 1954. A seleção abrange desde o que publicou no início dos anos 1920, até uma espécie de balanço da própria existência, datado de 1956, cinco anos antes de seu suicídio.” – Edney Silvestre

Sobre o autor
Ernest Hemingway
é um dos pilares da literatura contemporânea mundial. Nascido em 1899, começou a escrever aos 17 anos para um jornal. Quando os Estados Unidos entraram na Primeira Guerra Mundial, alistou-se como voluntário tornando-se motorista de ambulância voluntário no Exército da Itália. Após ser ferido, recebeu uma condecoração do governo italiano.

Ao voltar para os Estados Unidos, trabalhou como repórter para jornais americanos e canadenses, e voltou para a Europa, cobrindo eventos históricos como a Revolução Grega. Durante os anos 1920, tornou-se membro do grupo de expatriados americanos em Paris, que ele descreveu em seu primeiro livro, "O Sol Também se Levanta" (1926). Hemingway recebeu o Prêmio Pulitzer em 1953 e foi agraciado com o Nobel de Literatura em 1954. Faleceu em 1961. Garanta o exemplar de "Como Chegamos a Paris e Outras Narrativas", escrito por Ernest Hemingway, neste link.

Conheça também
O último romance de Ernest Hemingway publicado em vida, "O Velho e o Mar" ganha edição em capa dura, com textos exclusivos de Daniel Puglia, Ferdinando de Oliveira e Roberto Taddei sobre vida e obra do autor. Uma das mais belas obras da literatura contemporânea, apresenta um homem que convive com a solidão e tem uma inabalável confiança na vida. "O Velho e o Mar" levou o Prêmio Pulitzer de Ficção e foi decisivo para o Nobel de Literatura de Hemingway em 1954.

.: Personagem autista e indicações em Libras compõem "O Riso de Luiza"


A obra traz glossário de Libras, versão em audiobook e QR Code que direciona leitor a um vídeo de interpretação em Libras, garantindo acesso mais amplo à obra. Foto: Giba Freitas

Especialista em acessibilidade cultural, atriz e presidente do Ria Instituto, a escritora Bruna Burkert lança o livro infantil "O Riso de Luiza". Com sensibilidade e delicadeza, o livro aborda a inclusão de crianças autistas na escola e a importância de respeitar as diferenças de cada um. A história é contada do ponto de vista da protagonista, o que permite que os pequenos leitores se identifiquem com ela e compreendam a importância da empatia e do respeito às diferenças. A obra inaugura o selo Baderninha, da editora Baderna, e é ilustrada pelos artistas Alice Procter e Diego Clementino. O projeto gráfico foi pensado para garantir acessibilidade a todos os públicos, com glossário de Libras, versão em audiobook e QR Code que direciona o leitor a um vídeo de interpretação em Libras. 

O enredo traz a história de Kailani, uma menina muito esperta que é colega de classe de Luiza, criança autista que apresenta algumas particularidades que deixam a protagonista intrigada. No decorrer do livro, a menina percebe que Luiza não ri e não expressa suas emoções como as outras crianças, o que deixa Kailani confusa, preocupada e muito curiosa. Ao longo da narrativa, a protagonista começa a se aproximar de Luiza e descobre que, mesmo com suas diferenças, a colega também é uma criança feliz e cheia de talentos.

"O Riso de Luiza" é uma obra que reforça o trabalho de Bruna Burkert na promoção do respeito às diferenças, acessibilidade e inclusão. A autora conta que a personagem-título da obra foi inspirada pelo seu trabalho em ONGs e no Ria Instituto, espaço presidido por ela que promove ações artísticas que beneficiam e incluem pessoas com deficiência, considerando todo o meio do qual elas fazem parte. 

A obra também foi criada com o objetivo de ser levada às salas de aula, estimulando debates saudáveis entre alunos. "No convívio com muitas crianças autistas ou subdiagnosticadas, é possível perceber como as desigualdades sociais representam um agravante no transtorno. Por isso, é muito importante espaços em que essas crianças se relacionem de forma orgânica e inclusiva", conta Bruna.

A preocupação em tornar o livro acessível a todos os públicos está presente em toda sua formulação, que conta com ilustrações de Libras criadas por Alice Procter, acessibilidade em Libras criada pela empresa Libralize-se, versão em Audiobook produzida por Giba Freitas e narrada por Priscila Ribeiro e roteiro de audiodescrição criada por Bruna Burkert. "A ideia é que as crianças tenham a oportunidade de desfrutar da história sem nenhum impedimento", conta a autora, reforçando que muitas obras disponíveis em bibliotecas com indicações em Libras ou outros recursos de acessibilidade não são obras infantis, o que faz de "O Riso de Luiza" uma opção de destaque para esse público. 

Bruna reforça que a acessibilidade cultural, assunto do qual é formada e que permeia todo seu trabalho, também está presente na sua trajetória teatral. Sua primeira obra literária, "A Princesa que Não Sabia as Palavras", foi um espetáculo de teatro antes de se tornar livro. Na trajetória anterior à "O Riso de Luiza", Bruna ofereceu uma série de oficinas artísticas para crianças com deficiência, além de ter feito circulações de espetáculos e contação de histórias. "Eu me relaciono muito bem com histórias vivas, o que me faz pensar em algum momento também adaptar' O Riso de Luiza' para os palcos", adianta. 

A autora conta ainda que, para além da temática da obra, há também aspectos importantes como o estímulo a uma relação saudável e de confiança entre pais e filhos e o estímulo para que crianças compreendam as características únicas de seus colegas e possam assim lidar com elas com empatia e sem pré-julgamentos. Compre o livro "O Riso de Luiza", de Bruna Burkert, neste link.


Sobre a autora
Bruna Burkert é escritora, atriz e especialista em Acessibilidade Cultural, formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. É presidente do Instituto RIA (Respeito - Inclusão - Acesso), Fundado em 2019 visando a inclusão de pessoas com deficiência na sociedade através de atividades artísticas. Desenvolve há quase uma década projetos de teatro com crianças com deficiência nas periferias, como oficinas e montagens teatrais e contações de história bilíngues. É autora dos livros infantis "A Princesa que Não Sabia as Palavras" e "O Riso de Luiza", ambos projetos financiados pelo PROAC Editais. Garanta o seu exemplar de "O Riso de Luiza", escrito por Bruna Burkert, neste link.

.: Podcast “A Coach”, de Chico Felitti, investiga o caso de Kat Torres


A Wondery, estúdio de podcasts da Amazon, lança o novo podcast original “A Coach”, apresentado pelo jornalista, escritor e roteirista Chico Felitti, conhecido pelos sucessos de “A Mulher da Casa Abandonada” e “O Ateliê”. Os dois primeiros episódios do programa estão disponíveis em todos os serviços de streaming de áudio, mas quem quiser também já pode ouvir o terceiro e quarto episódios de forma gratuita e exclusiva no Amazon Music, que trará os episódios sempre em primeira mão.

“A Coach” narra a ascensão e a queda de Kat Torres, modelo, influenciadora e atriz que atualmente aguarda julgamento no presídio de Bangu, no Rio de Janeiro, após ser acusada de tráfico humano. Ao longo de nove episódios, Felitti traz detalhes das várias vidas de Kat, desde sua infância pobre no Brasil, até seu suposto relacionamento com Leonardo DiCaprio e sua ascensão como guru espiritual nos Estados Unidos. O podcast investiga a fundo as escolhas que levaram Kat a se tornar um dos assuntos mais comentados em novembro de 2022, quando ela foi presa.

Em 2022, a internet brasileira presenciou um fenômeno. Milhares de pessoas tentaram investigar por conta própria um mistério. E os trending topics tinham todos uma personagem central: Kat Torres, também conhecida pela alcunha Kat A Luz. “A Coach” é um podcast narrativo da Wondery que documenta a inacreditável vida dessa brasileira que saiu da pobreza e conquistou a fama com sete carreiras diferentes, para depois ser acusada de um crime.

Em uma investigação inédita que percorre o Brasil e os EUA em busca de contar uma história surreal, mas 100% real. A trajetória de Kat Torres é um conto sobre busca por fama e sucesso, a qualquer custo. “A Coach” é apresentado por Chico Felitti, criador de “A Mulher da Casa Abandonada” e “O Ateliê”. “A Coach” é um podcast Wondery produzido pela Pachorra Felitti Áudios, Livros e Filmes. Compre os livros de Chico Felitti neste link.


Sobre Chico Felitti
Chico Felitti
é repórter, ganhador dos prêmios Petrobrás e Comunique-se de jornalismo. Escreveu os livros "Rainhas da Noite", "Elke: Mulher Maravilha" e "Ricardo & Vânia", finalista do prêmio Jabuti 2020. Criou os podcasts "Além do Meme", "O Ateliê" e "A Mulher da Casa Abandonada", que foi um dos mais ouvidos da história do país. Garanta os livros escritos por Chico Felitti neste link.


Sobre Pachorra Felitti Áudios, Livros e Filmes
Produtora focada em contar histórias únicas, como no podcast “O Ateliê”, em livros como “Rainhas da Noite” e em programas de TV como “Angélica - 50 e Tanto”, que estreia ainda neste ano. Batizada em homenagem a Pachorra Felitti, cadela vira-lata que cedeu seu teto para Chico Felitti.

.: Novelas "Pátria Minha" e "Escrava Isaura" chegam ao streaming


Cláudia Abreu e Lucélia Santos brilharam nas novelas, ambas escritas por Gilberto Braga, que voltam no Globoplay.  Foto de Cláudia Abreu: TV Globo / Jorge Baumann. Foto de Lucélia Santos: Globo/Divulgação

Outubro será marcado por homenagens a Gilberto Braga no Globoplay. No mês em que se completam dois anos de sua partida, o streaming da Globo resgata duas grandes obras de seu vasto histórico de sucessos na teledramaturgia, com a chegada de "Pátria Minha" e "Escrava Isaura".   

De 1994, "Pátria Minha" foi a primeira a estrear. Com nomes como Tarcísio Meira, Renata Sorrah, Cláudia Abreu, Rodrigo Santoro, Fábio Assunção, José Mayer, Patrícia Pillar e Vera Fischer no elenco, a trama aborda o confronto entre Alice (Cláudia Abreu), uma estudante idealista, e Raul Pelegrini (Tarcísio Meira), o dono de um conglomerado de empresas, comprometido com negócios inescrupulosos. A rixa entre os dois começa quando Alice vê Raul demitir brutalmente seu motorista e, ao sair em disparada com o carro, causar um atropelamento sem assumir a responsabilidade. A novela trata de questões éticas e morais a partir do tema da corrupção, marca registrada nas tramas de Gilberto Braga.   

Outro título de peso assinado por Braga que chega ao Globoplay é a novela "Escrava Isaura". Inspirada na obra homônima de Bernardo Guimarães, a novela de 1976 retrata a luta abolicionista no Brasil, tendo como fio condutor a paixão doentia de um senhor por sua escrava. Com estreia marcada para o dia 23, o sucesso tem a atriz Lucélia Santos interpretando Isaura, uma órfã que desconhece quem é seu pai e sabe, apenas, que sua mãe era escravizada pelos donos da fazenda onde vive. Isaura foi educada como uma moça de corte por Ester (Beatriz Lyra), sua senhora. Após a morte de Ester, seu filho Leôncio (Rubens de Falco) se torna o administrador dos bens da família. Apaixonado por Isaura sem ser correspondido, ele se apodera da carta de alforria da jovem e aplica castigos cruéis contra ela.

domingo, 15 de outubro de 2023

.: Crítica: musical "Uma Linda Mulher" é a surpresa do ano ao focar no carisma


Por 
Helder Moraes Miranda, editor do portal Resenhando.com. 

A história de Cinderela é recontada várias vezes, de diversas maneiras e, na maioria das vezes, faz muito sucesso. O clássico contemporâneo "Uma Linda Mulher", em cartaz como musical no Teatro Santander, repete a trajetória bem-sucedida do filme filme-fenômeno-pop de 1990, ao fazer uma releitura feminista do clássico dos irmãos Grimm. Tudo nesse espetáculo é grande, desde os cenários que reproduzem as cenas do longa-metragem, até o talento dos protagonistas.

Nome forte do teatro musical e dos realities voltados a caçar talentos na música, Thais Piza é mais do que carisma e coração ao interpretar Vivian Ward, personagem que alçou Julia Roberts ao estrelato. Para ter credibilidade, papel só poderia ser defendido por uma atriz eloquente. O risco era alto: as comparações com a interpretação clássica do cinema e outro ainda maior, o de ser devorada por uma personagem tão grande. Com experiência de sobra e a entrega de uma atriz em busca do papel de sua vida, Thais Piza brilha com uma personagem capaz de demonstrar ao público toda expressividade, potência vocal e até a vulnerabilidade de uma atriz imensa. 

Par romântico da atriz no espetáculo, Jarbas Homem de Mello consegue ser mais carismático que Richard Gere no papel de Edward Lewis, executivo que contrata uma acompanhante para passar uma semana com ele. Não é novidade que Jarbas entregaria excelência em um papel como esse, mas a voz límpida do artista, que interpreta um personagem um pouco mais romântico que no filme, faz com que a química entre o empresário com a personagem título do musical se torne arrebatadora.

Livre, leve e solta, Andrezza Massei, de "Sunset Boulevard" e "Sweeney Todd", deita e rola com a prostituta engraçada Kit De Luca, uma personagem divertida e "gente como a gente", diferente das últimas personagens que tem feito no teatro e no cinema, quando interpretou a bruxa do mar no live-action de "A Pequena Sereia". É bom ver essa faceta da atriz, que sempre se entrega de corpo e alma às personagens que defende. 

Há outros destaques no espetáculo, como César Mello, na pele do Homem Feliz, narrador do espetáculo que fala sobre sonhos e é também o gerente do hotel que ajuda os protagonistas a escreverem a história de amor. A versatilidade do ator é mostrada no palco, porque ambos os personagens são muito diferentes no gestual e na empostação. Um entrega alegria, o outro, dignidade. Arthur Berges, protagonista do musical "Escola do Rock", finalmente retorna aos grandes musicais com um papel que poderia ser considerado pequeno, mas que é transformado pelo carisma de um artista que pode sempre fazer a diferença em qualquer espetáculo.

Com músicas originais e algumas cenas acrescentadas para contar a história, "Uma Linda Mulher - O Musical" é a grande surpresa do ano. Desde a qualidade dos cenários até a afinação do elenco formada por grandes artistas. Tudo é perfeito neste espetáculo derivado de um filme que fez muito sucesso. Só faltou um pouco mais da música "Oh Pretty Woman", de Roy Orbison, e "It Must Have Been Love", canção da dupla Roxette que marca o rompimento dos protagonistas, mas isso é papo de saudosista. "Uma Linda Mulher - O Musical" é uma injeção de otimismo e, ao mesmo tempo, algo que incentiva as pessoas a acreditarem nos próprios sonhos assim que saem do teatro. Não há um herói ou heroína definidos, ambos salvam um ao outro das vidas que poderiam ter.


Serviço
"Uma Linda Mulher - O Musical". 
Até dia 17 de dezembro (conferir no site todas as datas disponíveis). Horários: Quintas-feiras, às 20h. Sextas-feiras, às 20h. Sábados, às 16h e 20h. Domingos, às 16h e 20h. Local: Teatro Santander. Endereço: Shopping JK Iguatemi - Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 2041. Classificação etária: livre, menores de 12 anos acompanhados dos pais ou responsáveis legais.

Quintas, às 20h | Domingos, às 20h:
Frisa Balcão: R$ 19,80 meia entrada e R$ 39,60 inteira
Balcão B: R$ 19,80 meia entrada e R$ 39,60 inteira
Balcão A: R$ 75,00 meia entrada e R$ 150,00 inteira
Plateia superior: R$ 130,00 meia entrada e R$ 260,00 inteira
Frisa Plateia Superior: R$ 130,00 meia entrada e R$ 260,00 inteira
VIP: R$ 180,00 meia entrada e R$ 360,00 inteira

Sextas, às 20h | Sábados, às 16h e às 20h |Domingo, às 16h:
Frisa Balcão: R$ 19,80 meia entrada e R$ 39,60 inteira
Balcão B: R$ 19,80 meia entrada e R$ 39,60 inteira
Balcão A: R$ 85,00 meia entrada e R$ 170,00 inteira
Plateia superior: R$ 140,00 meia entrada e R$ 280,00 inteira
Frisa Plateia Superior:: R$ 140,00 meia entrada e R$ 280,00 inteira
VIP: R$ 190,00 meia entrada e R$ 380,00 inteira
*Clientes Santander têm 30% de desconto nos ingressos inteiros, limitados a 2 por CPF.

Ingressos
Internet (com taxa de conveniência):
https://www.sympla.com.br/
Bilheteria física (sem taxa de conveniência):

Teatro Santander
Horário de funcionamento: Todos os dias das 12h00 às 18h00. Em dias de espetáculos, a bilheteria permanece aberta até o início da apresentação. A bilheteria do Teatro Santander possui um totem de autoatendimento para compras de ingressos sem taxa de conveniência 24h por dia. Endereço: Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 2041. 

Descontos
50% de desconto | Meia-entrada: obrigatória a apresentação do documento previsto em lei que comprove a condição de beneficiário.

30% de desconto | Cliente Santander - Na compra de ingressos realizada por clientes Santander, limitado a 20% da lotação do teatro. Não cumulativo com meia­-entrada. Limitados a 02 (dois) ingressos por CPF. Esta compra deverá ser realizada com cartões do Banco Santander, para compras on-line somente o cartão de crédito Santander, compras na bilheteria e totem, o pagamento com o desconto poderá ser realizado em débito ou crédito. Verifique em qual setor o desconto está disponível. De acordo com o art. 38, inciso I, da Instrução Normativa nº 1, de 20/03/2017 e com base na Lei Federal nº 8.313 (Lei Rouanet) e Decreto nº 5.761, é proibido comercializar o produto cultural (ingressos) em condições diferentes para clientes Santander, das praticadas ao público em geral.

Venda a grupos: envie um e-mail para grupos-entretenimento@immbr.com 

.: Entrevista: Fábio BeGi afirma que jovens podem aprender com a literatura


Depois de ter um sonho mágico e digno de um enredo fantástico literário, o autor Fábio BeGi recorreu à escrita para dialogar com os jovens sobre princípios. Para ele, a literatura precisa ser um refúgio seguro para que jovens possam aprender em um cenário repleto de desinformação. Na entrevista abaixo, o autor conta como construiu os personagens para levar ao público juvenil noções de amizade, respeito, empatia e bondade. Além disso, ele compartilha mais detalhes sobre o processo criativo da obra.

No livro de estreia, Fábio BeGi embarca em uma fantasia para lembrar o público juvenil que a literatura é um refúgio seguro para aprender. Foi o mundo onírico que inspirou o autor a escrever "Os Números de Ághora: Seven". Ele foi rememorando o que surgiu no inconsciente, sem pressa, com carinho e atenção aos detalhes, e assim deu vida aos personagens baseados na literatura fantástica e em pessoas da sua vida, para dialogar com os jovens.

Na história, a protagonista vai precisar contar com as características de cada um de seus amigos, como apoio, motivação e companheirismo, para vencer suas batalhas. Segundo o escritor, “é apenas na cooperação entre esses três que a aventura se torna uma jornada fantástica”. Nesse sentido, o enredo reforça os valores que Fábio deseja transmitir: amizade, empatia, respeito e bondade, em uma realidade cercada pelo mundo virtual, repleto de informação, mas também desinformação. O seu intuito com a obra é lembrar que a literatura é um lugar seguro para aprender sobre princípios. Confira a entrevista com o autor e compre o livro "Os Números de Ághora: Seven" neste link.


“Os Números de Ághora: Seven” conta a história de uma menina comum, que inicia uma aventura em um mundo fantástico. Como foi o processo de criação deste novo universo?
Fábio BeGi
 - Por vezes a criação de uma história surge das próprias experiências humanas, porém quando lidamos com a fantasia o caminho é quase sempre mágico. A inspiração surgiu de um sonho e, passo a passo, relembrando tudo o que me foi mostrado, as peças foram se encaixando e nascia Ághora. Para moldar os personagens me inspirei na literatura fantástica e suas personalidades emprestei de pessoas que fazem parte da minha vida. Nada foi feito às pressas, e cada pedacinho do todo foi tratado com muito amor e cuidado.

Você trata sobre valores humanos universais, como amor, amizade, empatia, bondade, respeito... Por que você decidiu abordar estes temas em uma obra voltada para o público jovem?
Fábio BeGi - 
A tecnologia nos fornece avanços fundamentais em muitas áreas, porém também pode ser um desastre se apenas utilizada para futilidades. Os mais novos têm acesso a um mundo tão amplo na internet hoje que muito dos aprendizados que guiam suas condutas de vida acabam vindo, em grande parte, de pessoas que só fazem “bobagens” no meio virtual. A leitura ainda é um refúgio seguro e inspirador para levar a todos os valores que realmente nunca mudam e são tão importantes. Se uma história puder atingir o maior número de pessoas possíveis, ela tem muito a repassar sobre todos esses valores fundamentais para a vida em sociedade.


Para salvar um reino fantástico de seus problemas, a protagonista conta com a ajuda de Chien, um pequeno guerreiro, e Sheeva, uma gata alada. Qual o papel desses personagens para a trajetória da personagem principal e também para o desenrolar da história?
Fábio BeGi - 
Costumo dizer que não vivemos isolados, mesmo que possamos nos sentir assim no dia a dia. A convivência é que nos molda e também nos transforma no que podemos ser, mas por outro lado pode nos afastar daquilo que poderíamos ter sido. Elaine é corajosa e inteligente, mas há em seus amigos peças fundamentais além de características próprias de cada um que são: confiança, companheirismo, apoio, motivação e o amor que os une. É apenas na cooperação entre esses três que a aventura se torna uma jornada fantástica e cheia de significado.


Esta obra é uma fantasia, mas que mensagens os leitores podem levar para seus cotidianos após a leitura?
Fábio BeGi - 
Que não estamos sozinhos e que podemos aprender muito com as diferenças que temos entre nós. Muitas pessoas não carregam uma mesma visão de mundo por diversas razões, porém mesmo as mais diferentes entre si podem ter muito em comum quando se permitem conviver com respeito e cooperação. A também jamais desistir mesmo quando tudo parece querer que você desista, quando a pressão parece insuportável e isso pode ser o final, mas com as pessoas certas ao seu lado o que parece ser um final é apenas uma pequena parte de uma longa história à frente.


No livro, uma mãe conta as histórias de Seven para os filhos antes de eles dormirem. Por que você optou por esta voz narrativa?
Fábio BeGi - 
A narrativa se dá em terceira pessoa e escolher alguém que viveu a aventura para contá-la é essencial para passar ao leitor o fato de que não é algo que fora inventado meramente para distrair as crianças. Mas a principal razão para a mãe passar aos seus filhos toda essa aventura só pode ser compreendida no final e não queremos dar nenhum spoiler antes da hora! Garanta o seu exemplar de "Os Números de Ághora: Seven", escrito por Fábio BeGi, neste link.

.: "Parabéns, Senhor Presidente" reúne Vannessa Gerbelli e Juliana Knust


Vannessa Gerbelli e Juliana Knust interpretam, respectivamente, a cantora lírica Maria Callas e a atriz como Marilyn Monroe em um espetáculo sensível e emocionante. Foto: Edu Rodrigues


O Teatro Sérgio Cardoso recebe o espetáculo musical "Parabéns Senhor Presidente - In Concert" em curta temporada, até dia 29 de outubro, às sextas, sábados e domingos, às 19h. No elenco, estão Vannessa Gerbelli, interpretando a cantora lírica Maria Callas, e Juliana Knust, como Marilyn Monroe

Com uma emocionante trilha sonora que transita por diferentes estilos e canções inéditas interpretadas pelas atrizes em duetos, solos e duas famosas árias de ópera, o espetáculo consegue unir as duas figuras tão distintas através da maior paixão em comum: a arte. As icônicas personagens partem de suas próprias histórias para, durante uma hora e 15 minutos, mergulhar em diferentes temas dos tempos modernos que envolvem muitas mulheres nos dias atuais.

Em 19 de maio de 1962, um sábado à noite, aconteceu na Madison Square Garden, famosa casa de shows de Nova York, a comemoração dos 45 anos do então presidente John F. Kennedy. Quinze mil pessoas lotaram o local e o evento foi transmitido ao vivo pela TV. A festa contou com a participação dos maiores artistas da época, entre eles, Marilyn Monroe e Maria Callas.

A única lembrança que ficou na mitologia dos anos 1960 é a imagem da atriz Marilyn Monroe usando o icônico vestido de sereia brilhante e cantando, aos sussurros, "Happy Birthday Mister President".

Ficha técnica
Espetáculo "Parabéns Senhor Presidente - In Concert". Idealização: Fernando Duarte. Dramaturgia: Fernando Duarte e Rita Emôr. Direção: Fernando Philbert. Elenco: Vannessa Gerbelli e Ju Knust. Letras, arranjos e direção musical: Maíra Freitas. Direção vocal: Breno Pizzorno Cenografia: Emerson Teixeira. Figurinos: Fernando Duarte. Designer de luz: Vilmar Olos. Direção de imagens / projeções: Aníbal Diniz. Visagismo: Anderson Bueno. Programação visual: Mau Resende. Fotografia: Edu Rodrigues. Assessoria de imprensa: Flavia Fusco. Financeiro: Karime Kawaja. Assistente de produção: Maria Clara Souza. Direção de produção: Fernando Duarte. Realização: Vissi D’arte Produções Artísticas e Ferreira Eventos Culturais.

Serviço
Espetáculo "Parabéns Senhor Presidente - In Concert". Vissi Darte Produções Artísticas. Local: Teatro Sérgio Cardoso - Sala Paschoal Carlos Magno. Temporada até dia 29 de outubro. Sextas, sábados e domingos, às 19h. Datas das sessões acessíveis: até dia 20 de  outubro. Ingressos: R$ 80,00 (inteira) e R$ 40,00 (meia) | Sympla. Classificação etária: 14 anos. Duração: 75 minutos. Capacidade da sala: 143 lugares + 6 espaços de cadeirantes.

.: Mito tupinambá recriado por Alberto Mussa inspira Carnaval da Grande Rio


Em "Meu Destino É Ser Onça", publicado pela editora Civilização Brasileira, o consagrado romancista Alberto Mussa dá vazão ao seu lado acadêmico e nos coloca em contato com uma cultura determinante para a formação do povo brasileiro. A nova edição atualizada pelo autor inclui um caderno de imagens e um passo a passo do ritual antropofágico dos tupinambá. O livro inspirou o enredo da tradicional escola de samba Grande Rio, de Duque de Caxias, “Nosso Destino É Ser Onça”.

“Há 15 mil anos somos brasileiros”, escreve Alberto Mussa. Em "Meu Destino É Ser Onça", ele nos transporta para um dos momentos mais decisivos da formação do Brasil, uma cultura que sofreu reveses incalculáveis, mas, mesmo martirizada, foi capaz de moldar a brasilidade de maneira incontornável. Como brasileiros, somos, inevitavelmente, descendentes desse povo guerreiro que lutou por liberdade e sobreviveu, contra todas as probabilidades, para seguir contando sua história e honrando seu legado.

Após estudar os fragmentos de registros sobre a cultura indígena da Baía de Guanabara, feitos pelo frade André Thevet, em 1550, e cotejá-los com as demais fontes dos séculos 16 e 17, Alberto Mussa reconstitui o que teria sido o texto original de uma narrativa tupinambá. Esses escritos decifram o mundo construído pelas divindades Maíra e Sumé, além de informar sobre o surgimento desse povo nativo que se estabeleceu no litoral.

Vindos da Amazônia, onde viviam há pelo menos 11 mil anos, os tupinambá se constituíam em grupos diversos e autônomos, falantes do tupi-guarani, que se espalharam pelo país. Eles acumularam um conhecimento tão precioso sobre o território que  se tornou base para o estabelecimento de nossos primeiros centros coloniais do século 16. Influenciaram, assim, a língua falada, as trocas comerciais, o nomes topográficos, as disputas territoriais, a administração de aldeamentos e feitorias, a alimentação, e demais costumes dos brasileiros, entre eles, o banho e a depilação.

Aqui, conhecemos como esses indígenas influentes conceberam a criação do mundo e quais foram os acontecimentos míticos decisivos que fundamentaram sua cosmovisão. Principalmente, entendemos por que os tupinambá eram antropófagos e quais deidades os orientavam sobre o consumo da carne humana dos vencidos na guerra, cumprindo seu destino de ser onça. Compre o livro "Meu Destino É Ser Onça", de Alberto Mussa, neste link.


Sobre o autor
Alberto Mussa nasceu no Rio de Janeiro, em 1961. Além de contos, romances, ensaios e traduções, é autor do Compêndio mítico do Rio de Janeiro, série de cinco novelas policiais, uma para cada século da história carioca. Entre outras distinções, ganhou os prêmios Casa de Las Américas, Academia Brasileira de Letras, Oceanos, Machado de Assis e APCA. Estudada na Europa, nos Estados Unidos e no mundo árabe, sua obra está publicada em dezenove países e dezesseis idiomas. Garanta o seu exemplar de "Meu Destino É Ser Onça", escrito por Alberto Mussa, neste link.



Conheça também

O "Compêndio Mítico do Rio de Janeiro" reúne em um box a história do Rio de Janeiro em cinco romances policiais de Alberto Mussa, um para cada século desde a fundação da cidade, trazendo um recorte que expõe as entranhas e a poderosa mistura de culturas e povos da capital fluminense. Com texto de livreto de Hermano Vianna. Compre o box do "Compêndio Mítico do Rio de Janeiro", escrito por Alberto Mussa, neste link.

← Postagens mais recentes Postagens mais antigas → Página inicial
Tecnologia do Blogger.