sexta-feira, 13 de outubro de 2023

.: Entrevista: Rafael Martins fala sobre o segredo do thriller "Além das Lantanas"


Natural do interior de São Paulo, Rafael Martins lançou recentemente pela editora Patuá o romance “O Segredo das Lantanas”, que acompanha Humberto, um personagem que, por uma série de motivos, não consegue dormir. Partindo dessa premissa aparentemente banal, o autor, com uma linguagem crua e direta, busca chocar o leitor com acontecimentos inesperados e, ao mesmo tempo, provocá-lo a participar da construção da história, através de um mergulho em suas diversas camadas. O resultado: uma curiosa experiência de retrogosto na pós-leitura.

Rafael nasceu em Campinas, em 1982, no interior do estado, onde desde menino escrevia diários e contos em folhas de fichário. Hábito que permaneceu de alguma forma adormecido até a vida adulta. Já formado em direito e atuando como Procurador na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), resolveu se desafiar e entrar no mundo literário. O autor revela que em 2018 escreveu o romance “Água Turva”, porém não o submeteu a análise de nenhuma editora, pois reconheceu que sua escrita precisaria passar por um processo de maturação.

A partir daí, na busca de refinamento da própria escrita, estudou as obras de Assis Brasil, James Wood e Prose e incorporou à sua rotina de leitura um olhar mais atento às técnicas e construções narrativas. Amparado em um certo repertório, em poucos meses concluiu “O Segredo das Lantanas”, fruto de um progresso técnico e de um meticuloso planejamento prévio. Este processo deu ao autor um novo senso de si como escritor, que já planeja outras obras para um futuro próximo. Leia a entrevista completa com o autor Rafael Martins.


Se você pudesse resumir os temas centrais do livro, quais seriam? 
Rafael Martins - É um livro com muitas camadas de interpretação. Não há só um tema: ele passa por ressentimento, trauma, repetição de comportamento, recalque, abuso sexual. Em suma, diria que toca na complexidade humana. Imaginei que fossem temas que tivessem potencial de chocar, causar desconforto. Era o que eu queria.

O que motivou a escrita do livro?
Rafael Martins - 
Quis, em alguma medida, surpreender e chocar o leitor. Chocar com os temas abordados em suas diversas camadas e surpreender com um final, que exige uma certa perspicácia do leitor. É um livro que foi concebido para desafiar. Já assistiram "Clube da Luta" e "O Sexto Sentido"? O final desses filmes, geralmente, surpreende as pessoas. Fiquei tão boquiaberto que reassisti e tudo fez mais sentido. Quis fazer algo assim: tentei passar a perna no leitor. Alguns relatam que “ruminaram” o livro por dias, outros dizem que fizeram releitura… Enfim, é um livro que deixa um “retrogosto”. Ele fica na cabeça porque eu não entrega tudo. Creio que, até por uma questão neurológica, sei lá, ele persiste porque o leitor fica tentando buscar sentido, ligar as coisas… 

Como foi o processo de escrita?
Rafael Martins - 
Este livro foi todo planejado. Não tem nada por acaso, não é fruto de escrita espontânea, muito pelo contrário: é todo deliberado. Exemplo: quando digo que uma determinada personagem se cortava, usava roupa comprida, parou de jogar vôlei, etc, não é por acaso, tem motivo. O leitor pode perceber ou não, pois não se trata de um livro didático. O livro tem uma linguagem simples e fluida, e foi constituído para que o leitor compreenda, com facilidade, o que foi dito, mas, também, para que ele perceba um certo “não dito”. Ou seja, para que se leia o que não está escrito. As respostas não são dadas, mas sugestionadas.


Quais são as suas principais influências literárias?
Rafael Martins - 
Um pouco de tudo. Gabriel Garcia Márquez, Franz Kafka, Dostoiévski. E de brasileiros, Milton Hatoum, Sérgio Sant’Anna, Machado de Assis, entre muitos outros. Machado que particularmente foi algo que estudei para a escrita de O segredo das Lantanas.

Que livros influenciaram diretamente a obra?
Rafael Martins - 
Nenhum diretamente. Trata-se de uma narrativa ficcional, com arrimo na crueza da vida e nas observações do cotidiano. Mas, na construção do narrador, pensei no Machado de Assis. Tanto é que, com o avançar da leitura, o leitor passa a desconfiar do narrador.

Escreve desde quando? Como começou a escrever?
Rafael Martins - Nem sei precisar desde quando. Fui um menino muito tímido, então a escrita foi uma forma de expressão. Fazia diário, escrevia contos em folhas de fichário, essas coisas… Porém, tinha o péssimo hábito de começar um texto e não terminar. Já deixei muita coisa inacabada. No âmbito profissional, a escrita se tornou minha ferramenta de trabalho. Contudo, a elaboração de peças jurídicas, ao meu ver, se distancia do trabalho com literatura, seja na linguagem, nos mecanismos, nos objetivos… Isso, inclusive, foi uma questão que precisei me atentar. Por volta de 2018/2019 fui perseguido por uma ideia. Comecei a escrever, sem técnica, sem planejamento, sem muito compromisso. Fui até o fim, pela primeira vez, e concluí um romance intitulado Água Turva. Não conhecia nada sobre o mundo literário/editorial, aí recomendaram-me submeter o livro a uma leitura crítica. Foi o que fiz. O leitor fez tantas críticas negativas - e com razão - que abandonei o projeto. Depois desta experiência, senti necessidade de estudar escrita. Não fiz oficina, pois, na época, não encontrei nenhuma em minha cidade, mas li muita coisa, dentre elas, cito Assis Brasil, James Wood, Prose. Assim, o Água Turva foi um livro de transição, diria: transição de um leitor para um escritor e de uma escrita amadora para uma mais técnica. A partir dos apontamentos do leitor crítico, do estudo sobre escrita e da mudança da minha própria leitura (agora mais atenta à construção), consegui desenvolver um trabalho mais técnico, com preocupação com linguagem, enredo e personagens. Assim, em poucos meses, nasceu O Segredo das Lantanas.


Como você definiria seu estilo de escrita?
Rafael Martins - 
Difícil dizer. Mas tento trabalhar com uma linguagem simples, seca, sem excessos e sem censura. É meio paradoxal, mas escrever fácil é muito difícil. Em minha primeira experiência com escrita literária (Água Turva) esse foi um ponto destacado pelo meu leitor crítico. Em alguns momentos o texto ficou rebuscado, complexo, fruto do meu contato diário com o “juridiquês”. Trabalhei bastante isso: desde a escolha semântica até a construção da frase. O resultado foi um livro (O Segredo das Lantanas) complexo, mas com linguagem fácil e corrente. Leitores relatam que leem com muita facilidade, avançam no enredo até com certo prazer, espero que proceda (risos).

Como é o seu processo de escrita?
Rafael Martins - 
Este processo ainda está em desenvolvimento, claro. Mas, após formular a ideia inicial, procuro estabelecer qual será o objetivo do livro: chocar, emocionar, fazer rir? No caso de O Segredo das Lantanas, foi chocar (tenho um original guardado que o objetivo é emocionar, causar reflexão, por exemplo). Tendo o objetivo definido, a construção deverá manter coerência com a finalidade. Passo a desenvolver a ideia ainda numa fase mental, até ter noção do desfecho. Atualmente, nem começo a escrever se não souber aonde quero chegar. Pois, tendo ideia do final, o caminho para se chegar ao resultado fica mais fácil e coerente. Este processo de maturação da ideia não tem prazo determinado. Só quando a ideia está madura, dou início ao processo de escrita. Diria que perco mais tempo no planejamento do que na execução propriamente. Claro que, neste interregno, faço muitas anotações e áudios no celular, para não esquecer. É até uma forma de deixar a ideia sempre viva. Terminada a primeira versão, guardo o arquivo e inicio outro projeto de escrita. Isso gera um distanciamento, quase um “detox”. Após meses sem contato com o texto inicial, faço uma releitura (que não estará mais viciada), realizo correções, ajustes, cortes de excessos… Após a revisão, submeto o texto a uma leitura crítica e a leitores próximos. Se fosse para fazer uma metáfora, diria que parece com o processo de fermentação de pão. Às vezes precisamos ter paciência e deixar a massa crescer, para conseguirmos um resultado satisfatório.

Você tem algum ritual de preparação para a escrita? Tem alguma meta diária de escrita?
Rafael Martins - Sem ritual e sem meta. O que faço é manter a constância. Escrevo todas as manhãs. Acordo muito cedo, às 4h50, vou para a academia e corro. Durante a corrida já vou pensando sobre o que escreverei. Faço, praticamente, uma construção mental. Quando chego em casa, não é raro sentar em frente ao computador (todo suado) com um parágrafo já pronto na cabeça. Aí é só questão de digitar. Meu tempo é curto, algo em torno de 45 minutos, pois logo na sequência vou para o trabalho. À noite não consigo escrever e por uma série de motivos: chego com a cabeça cansada, preciso dar conta das demandas domésticas e familiares: banho nas crianças, jantar, colocar para dormir, são três filhos, a coisa aqui funciona na “força-tarefa” (risos). Então, só tenho a manhã. Tem dia que sai uma página, em outros saem um parágrafo, mas pode ocorrer de não sair nada, no máximo a revisão de parágrafo do dia anterior. E assim vou construindo, aos poucos, mas com constância. Consigno que, em geral, não tenho problema de inspiração: o problema é a falta de tempo mesmo. Porém, acredito que é justamente esta correria que me inspira, que me serve de matéria prima. Talvez se eu tivesse muito tempo disponível a página em branco poderia me assustar.

Quais são os seus projetos atuais de escrita?
Rafael Martins - Tenho um romance engavetado (em processo de descanso e fermentação, aguardando releitura e ajustes), que tratará da relação complexa entre pai e filho. Atualmente, escrevo um livro de contos.

Adquira “O Segredo das Lantanas” através do site da Editora Patuá: https://www.editorapatua.com.br/o-segredo-das-lantanas-de-rafael-martins/p

.: Editora Todavia lança a coleção Todos os Livros de Machado de Assis


A coleção Todos os Livros de Machado de Assis, fruto da parceria entre a editora Todavia e o Itaú Cultural está em pré-venda (neste link). O projeto inédito, idealizado pelo professor Hélio de Seixas Guimarães, reúne em 26 volumes - entre poesia, teatro, conto e romance - tudo o que foi publicado em livro durante o período de vida do grande escritor.

Foram quatro anos de pesquisa e edição com o envolvimento de uma equipe de mais de 20 pessoas, entre leitores críticos, preparadores, consultores, revisores técnicos, editores e designers. A caixa tem tiragem limitada, mas os livros da coleção serão vendidos de forma avulsa a partir do primeiro semestre de 2024.


Um trabalho que amplia as leituras possíveis de uma obra que continua a nos desafiar
Da estreia, em 1861, com a peça "Desencantos", ao último romance, "Memorial de Aires", de 1908, a coleção reúne 25 volumes, em ordem cronológica,  que permitem observar o percurso de Machado até se tornar o autor de alguns dos maiores clássicos brasileiros. 

Há também um volume extra, "Terras", testemunho de seu trabalho como servidor público, função que exerceu por mais de 40 anos, tratando de questões cruciais para o país. Com texto estabelecido a partir de edições revistas pelo autor, apresentações inéditas para cada livro, o leitor poderá acompanhar como aspectos importantes em sua obra (as relações e questões de gênero, classe e raça, por exemplo) se apresentam e se transformam ao longo do tempo e se fazem presentes nos vários gêneros que praticou. Em toda a coleção, as anotações sobre a presença da questão racial nos escritos de Machado de Assis ficaram a cargo de Paulo Dutra, professor na Universidade do Novo México (EUA) e consultor da coleção. Compre a coleção Todos os Livros de Machado de Assis neste link.   


Um resgate da dicção de Machado de Assis
Todos os 26 volumes têm a ortografia atualizada, com indicação, nos aparatos críticos, das variantes ainda admitidas na língua e registradas no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (exemplos: cousas, prescrutador, tacto, subtil). Além disso, a pontuação do escritor foi respeitada, mesmo quando soa estranha para o leitor de hoje. Isso porque ela responde muitas vezes a critérios expressivos (hesitações, ênfases, ironia etc.) e não apenas a critérios lógico-sintáticos, em grande medida estabelecidos depois que o escritor produziu e publicou seus livros. Garanta a a coleção Todos os Livros de Machado de Assis neste link.   


O projeto gráfico e tipográfico
O projeto gráfico, assinado por Daniel Trench, parte da pesquisa e do estudo tipográfico dos originais de Machado de Assis. As letras reproduzidas nas capas de cada livro foram extraídas das páginas de rosto de cada uma das 26 edições que deram origem aos volumes desta coleção. Foi também por meio de investigação e análise da tipografia dessas edições de base que uma nova família tipográfica foi desenvolvida pelo designer de tipo Marconi Lima, e batizada de Machado Serifada. A cor das capas e os símbolos usados em cada uma delas variam de acordo com o gênero de cada livro.


Sobre o autor
Joaquim Maria Machado de Assis
nasceu no Rio de Janeiro em 1839. Filho de mãe açoriana e de pai afrodescendente, publicou poesia, crítica, teatro, tradução, crônica, conto e romance. Ao todo, foram 26 títulos entre 1861 e 1908, ano de sua morte. Há mais de cem anos Machado de Assis está no centro dos debates sobre a literatura, a cultura e a formação social brasileira, envolvendo questões de classe, gênero e raça, bem como os modos de inserção da experiência brasileira nos grandes temas globais e humanos.

A equipe
Aline Valli, Audrey Ludmilla do Nascimento Miasso, Carlos Mesquita, Daniel Trench, Djalma Espedito de Lima, Erika Nogueira Vieira, Félix Abramo Guimarães, Fernando Borsato do Santos, Gabrielly Alice da Silva, Hannah Uesugi, Hélio de Seixas Guimarães, Huendel Viana, Ieda Lebensztayn, Jane Pessoa, Karina Okamoto, Luciana Antonini Schoeps, Manoel Mourivaldo Santiago-Almeida, Marcelo Diego, Marconi Lima, Mario Santin Frugiuele, Nino Andrés, Paulo Dutra, Pedro Botton.

.: "Salazar e os Fascismos": livro oferece três décadas de pesquisa sobre ditador


A editora Tinta-da-China Brasil apresenta o livro "Salazar e os Fascismos - Ensaio Breve de História Comparada", do historiador português Fernando Rosas. O livro concentra três décadas de pesquisa sobre o ditador luso que estabeleceu a mais duradoura - e também a mais discreta - das ditaduras europeias, o Estado Novo português (1926-74). Salazar ainda é uma figura popular na memória portuguesa e permanece inspirando líderes autocráticos pelo mundo. Mapa do império português presente no livro “Salazar e os Fascismos” Foto: Divulgação


Todo ano chegam às prateleiras das livrarias brasileiras dezenas de obras sobre os regimes autoritários que mudaram a história do século 20. Afinal, é preciso lembrar para que o horror não se repita, e por isso pesquisadores e jornalistas se debruçam sobre o nazismo de Hitler, o fascismo de Mussolini e o franquismo. No entanto, a despeito da forte relação histórica e cultural entre o Brasil e seu antigo colonizador, ainda são poucos os livros publicados no país sobre a mais duradoura – e também a mais discreta – das ditaduras europeias, o Estado Novo português (1926-74).

Essa lacuna começa a ser preenchida com a primeira publicação no país de um dos principais especialistas no autocrata luso, o historiador Fernando Rosas, que escancarou para a população portuguesa os horrores da ditadura e do colonialismo no livro "Salazar e os Fascismos - Ensaio Breve de História Comparada", lançada pela editora Tinta-da-China Brasil. Aguardado por estudantes, jornalistas e historiadores do fascismo, o livro concentra três décadas de estudos do professor da Universidade NOVA de Lisboa. Com seus livros, artigos na imprensa e intervenções na televisão, Rosas firmou-se como uma das principais vozes no debate público português sobre o pesado legado do salazarismo para o país. Em abril, Portugal começou a contagem regressiva de um ano para as comemorações dos 50 anos da Revolução dos Cravos, em 25 de abril de 2024.

Morto em 1970, em decorrência da queda de uma cadeira que o tornou inválido em 1968, Salazar ainda é uma figura popular na memória portuguesa e inspira líderes autocráticos nos dias de hoje. Ao receber o coração de d. Pedro I por ocasião da celebração dos 200 anos de Independência, em 2022, o então presidente Jair Bolsonaro evocou o lema cunhado pelo ditador português: “Deus, pátria e família”.

Mas de onde vêm os fascismos, e quais regimes podem ser corretamente qualificados como fascistas? Estas são as respostas que Rosas pretende responder, com clareza e rigor, em "Salazar e os Fascismos", de Fernando Rosas, lançado pela Tinta-da-China Brasil. Premiado pela Academia Portuguesa da História/prêmio Fundação Calouste Gulbenkian, Salazar e os fascismos consolida anos de pesquisa de Rosas, debruçando-se sobre a emergência e o estabelecimento dos governos de Adolf Hitler, Francisco Franco e Benito Mussolini durante o entreguerras.

Da comparação entre as diversas experiências europeias, Rosas extrai os elementos que permitem caracterizar um regime como fascista. Alguns exemplos desses traços são o mito de um “renascimento das cinzas”, associado a uma ideia mítica de raça ou ser nacional; a propaganda sustentada por ações no campo econômico e social, respondendo a crises do liberalismo. Violência, imperialismo e carisma por parte da autoridade são alguns dos elementos que podem caracterizar governos como fascistas.

Rosas demonstra que Salazar, ainda que discreto, foi o maior exemplo de um “fascismo conservador”. A arte suprema de Salazar a partir de 1928, diz o historiador, foi “saber durar”. Este é o tema de um outro ensaio de Rosas sobre o salazarismo, Salazar o poder: a arte de saber durar, a ser publicado em breve pela Tinta-da-China Brasil, no qual o historiador examina como o ditador viabilizou um governo tão longo.

António de Oliveira Salazar conduziu uma ditadura nacionalista e corporativista, antidemocrática, de partido único, apoiada em forças do sistema econômico, na fidelidade do Exército e da elite burocrática e na ação repressiva das polícias, com a bênção da Igreja Católica. Rosas sublinha a importância dos processos imperialistas e colonialistas. Ele demonstra que não é possível explicar o fenômeno da violência fascista no século 20 fora do contexto da violência ilimitada utilizada pelos colonizadores europeus contra os povos colonizados da África e da Ásia.

As guerras coloniais movidas pelo ditador em Angola, Moçambique e outros territórios colonizados por Portugal ajudaram a selar o fim do salazarismo e do Império de Portugal, que o ditador afirmava “não ser um país pequeno”. Uma das imagens reproduzidas no livro mostra a propaganda que o regime produzia: selos postais com mapas da Europa e dos Estados Unidos sobrepostos aos de Portugal, Angola, Moçambique e outras colônias, com os dizeres “Portugal is not a small country”.

Quem assina o texto da orelha do livro é Lira Neto, autor da celebrada trilogia sobre Getúlio Vargas e de biografias de outras importantes figuras da cultura nacional. “'Fascista' virou palavrão ideológico, para enxovalhar aquele com quem não concordamos? Faz sentido dizer que assistimos ao ressurgimento de novo tipo de fascismo? [...] Fernando Rosas, um dos principais historiadores portugueses contemporâneos, ajuda-nos a avançar na direção de possíveis respostas", escreve Lira Neto. A publicação de Salazar e os fascismos tem apoio do DGLab – Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas do Governo de Portugal.

António de Oliveira Salazar. Reprodução de acervo do Arquivo Nacional


Antifascismo e História
"Salazar e os Fascismos" vem se somar a outros títulos de diferentes gêneros literários da Tinta-da-China Brasil que mantêm aceso o debate sobre o fascismo, uma das questões políticas mais importantes da atualidade. A editora publicou uma coletânea de textos políticos de Fernando Pessoa, reunidos por José Barreto em "Sobre o Fascismo, a Ditadura Portuguesa" e "Salazar, os Diários da Prisão do Rapper Angolano Luaty Beirão (Sou mais eu aqui então)", as reportagens de "Racismo em Português", de Joana Gorjão Henriques, sobre o colonialismo luso na África, e a reunião de colunas "Diante do Fascismo", do jornalista Paulo Roberto Pires, sobre a ascensão da extrema direita no Brasil.


Em "O Caminho da Autocracia: Estratégias Atuais de Erosão Democrática", os pesquisadores do Centro de Análise do Autoritarismo e da LIberdade - LAUT Adriane Sanctis, Conrado Hübner Mendes, Fernando Romani Sales, Mariana Celano de Souza Amaral e Marina Slhessarenko Barreto fazem um estudo comparativo sobre os regimes autocráticos no Brasil, na Turquia, na Índia, na Polônia e na Hungria.

Com o objetivo de atualizar a bibliografia brasileira sobre história de Portugal, a editora ainda vai publicar nos próximos meses outros ensaios e estudos de uma geração de autores ainda pouco publicados no Brasil: Morte e ficção do rei dom Sebastião, de André Belo, Assim nasceu uma língua, de Fernando Venâncio, e Agora, agora e mais agora, de Rui Tavares. Compre o livro "Salazar e os Fascismos - Ensaio Breve de História Comparada", de Fernando Rosas, neste link.

Capa do livro "Salazar e os Fascismos", de Fernando Rosas. Imagem: divulgação.


Sobre Fernando Rosas
Um dos principais historiadores portugueses da atualidade, Fernando Rosas (Lisboa, 1946) não conheceu o salazarismo apenas na teoria. No volume Ensaios de abril, que acaba de sair em Portugal pela Tinta-da-china lisboeta, o historiador narra sua militância política a partir de fins dos anos 1960, às vésperas da Revolução dos Cravos, o 25 de Abril, que no ano que vem completa 50 anos.

“As cadeias políticas foram para mim uma experiência decisiva”, escreve ele. “Para um estudante oriundo da classe média lisboeta, movendo‑se basicamente na sua bolha social que o cortava das realidades que fora dela marcavam o Portugal do salazarismo, a prisão funcionou como um mergulho fecundo no país real”. Ele passou a conviver com operários de todas as regiões do país, com militantes de movimentos de libertação de Angola e Moçambique, perseguidos pela PIDE, a polícia política do regime.

Rosas é professor emérito da Universidade Nova de Lisboa. Fez seu doutorado em História Econômica e Social Contemporânea pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da mesma universidade e lá é professor catedrático aposentado, do Departamento de História da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas. 

Foi membro do conselho de redação da revista Penélope - Fazer e Desfazer a História, e diretor da revista História. Entre as obras que publicou, estão: "Salazar e o Poder - A arte de Saber Durar" (Prémio PEN Ensaio 2012, será publicado no Brasil pela Tinta-da-China); "História a História - África; Lisboa Revolucionária"; "História e Memória"; "Estado Novo nos Anos Trinta"; coordenação de "Portugal e o Estado Novo (1930‑1960), vol. XII"; "Nova História de Portugal" (dir. Joel Serrão e A. H. de Oliveira Marques); "Estado Novo (1926‑1974), vol. VII"; "História de Portugal" (dir. José Mattoso); "Portugal Século XX: 1890‑1976"; e "Pensamento e Acção Política". Tem livros e artigos publicados em Espanha, França, Alemanha, Inglaterra, Estados Unidos da América e Brasil. Em 2006, foi condecorado pelo presidente de Portugal com a Ordem da Liberdade. Garanta o seu exemplar de "Salazar e os Fascismos - Ensaio Breve de História Comparada", escrito por Fernando Rosas, neste link.


Sobre a Tinta-da-China Brasil
A Tinta-da-China Brasil é uma editora de livros independente, que publica o melhor da literatura clássica e contemporânea, além de livros de história, jornalismo, humor, literatura de viagem, ensaios, fotografia, poesia, a edição em língua portuguesa da mais importante revista literária da era moderna — a britânica Granta — e a mais bonita coleção de Fernando Pessoa em qualquer língua.Fundada em 2005 em Portugal, a editora aportou no Brasil em 2012 e desde 2022 é controlada pela Associação Quatro Cinco Um, organização sem fins lucrativos dedicada à difusão da cultura do livro.

.: Murilo Benício participa da edição n.º 200 do "Provoca", com Marcelo Tas


Na próxima terça-feira, dia 17 de outubro, Marcelo Tas conversa, no "Provoca", com o ator e diretor Murilo Benício. O artista conta no bate-papo sobre a relação com os filhos, sobre mulheres e machismo, como é ser diretor e muitos mais. Vai ao ar na TV Cultura, inédito, a partir das 22h. Tas comenta que Benício contracenou com mulheres incríveis que também foram suas parceiras na vida amorosa. “Poderiam ser créditos de final de novela, é um elenco (...), brinca Tas. E Murilo responde: “É um curta (risos), eu sou um cara muito caseiro, então onde eu encontro as pessoas? No trabalho. Eu não vou em uma boate, barzinho, eu não vou a lugar nenhum. Então é mais do que normal quando você está infeliz, está terminando o casamento, você conhece uma pessoa trabalhando, a gente trabalha em um universo fascinante, onde você conhece pessoas fascinantes, então você tem que estar muito bem em casa para não se encantar e ir para um outro lugar”, explica.

Sobre sua relação com os filhos, o ator diz: “eu converso muito com os meus filhos. Eu tenho um momento lá em casa que é meio sagrado, que a gente vai pra varanda e fica conversando (...) sobre a vida, homem, esse momento, se eles quiserem falar de qualquer coisa comigo, eles podem, mas eu nunca vou perguntar para eles, eu falo de mim (...) às vezes eu quero falar deles, aí eu falo de uma coisa que aconteceu comigo, pra ver se eles entram na conversa (...) jogo a isca, às vezes eles vão, ai a gente começa a falar como se tivesse falando de uma terceira pessoa (...) é muito bom essa troca com filhos”, conta.

Em outro momento da entrevista, Murilo fala sobre sua experiência como diretor. “O barato de dirigir é o diálogo com o ator, porque eu exerço isso há muito tempo (...) às vezes o ator tá preso em uma coisa que não está funcionando e você dá um toque, você se vê naquela situação, mas você vê uma saída, porque tá calmo, tá longe, tá como espectador (...) e uma palavra, faz por aqui, desenrola (..) você cria uma sintonia com todo mundo (...) a dificuldade é gerenciar todos os problemas e tudo o que acontece é perguntado a você”, afirma.

No dia 17 de outubro, o "Provoca" completa 200 edições. Em comemoração à data, a emissora preparou uma vinheta especial ressaltando a diversidade da atração, que recebe sempre pessoas provocadoras, conhecidas ou não do grande público. Já passaram pela atração convidados de mais de 20 áreas de atuação diferentes, como médicos, psiquiatras, cientistas, antropólogos, escritores, cantores, atores, músicos, humoristas, esportistas, cineastas, religiosos, ambientalistas, chefs de cozinha, advogados, influenciadores digitais, jornalistas, professores, historiadores, pesquisadores, políticos, estilistas etc.

quinta-feira, 12 de outubro de 2023

 .: Clube do Balanço se apresenta neste sábado no Sesc Santos 


Grupo precursor do samba-rock brasileiro, com 24 anos de estrada, promete aos santistas um baile com grandes sucessos. Foto: Peppers Photo Studios.


O que era para durar apenas uma festa, se transformou, virou trabalho sério, fincou raízes, percorreu muita estrada - até no exterior - e se tornou uma referência no samba-rock, ditando tendência e levando alegria e boa música por duas décadas. Em 2023, a banda Clube do Balanço completa 24 anos de palco e segue firme fazendo o Baile com muito balanço e a mesma alegria de sempre, honrando o legado deixado por seu fundador "Marco Mattoli". O grupo se apresenta neste sábado, dia 14 de outubro, das 20h às 21h30, no Teatro do Sesc Santos.  

O Clube do Balanço é o precursor do novo samba-rock, sendo responsável pela propagação do gênero a partir da virada do século, o que levou ao surgimento de diversas casas especializadas, de novos grupos musicais e a redescoberta da dança desde 1999 quando se apresentou pela primeira vez na Cohab de Arthur Alvim. 


Ficha técnica 

Voz -Tereza Gama 

Baixista - Gringo Pirrongelli  

Trompetista - Reginaldo 16  

Trombonista - Maestro Tiquinho 

Percussionista - Fred Prince  

Baterista - Eduardo "Peixe" Salmaso  

Tecladista - Marcelo Maita. 


Serviço Sábado, dia 14 de outubro, das 20h às 21h30. Teatro do Sesc Santos. Ingressos: R$ 30,00 / R$ 15,00 / R$ 10,00. Disponíveis on-line no portal e nas bilheterias do Sesc. A partir de 10 anos. As atividades da semana da criança acontecem até domingo, dia 15 de outubro. Diversas vivências, oficinas e espetáculos para crianças e responsáveis.

.: Livraria da Vila recebe Fábio de Melo em São Paulo para lançamento de livro



O evento acontece no dia 16 de outubro, às 18h, na unidade da Fradique, em Pinheiros. Para participar, é preciso retirar senha a partir das 9h do dia 13, na própria loja.
 
A Livraria da Vila da Fradique Coutinho recebe na próxima segunda-feira, 16, às 18h, o padre Fábio de Melo para o lançamento de seu novo livro: “A Vida É Cruel, Ana Maria: Diálogos com Minha Mãe”, da editora Record. 

A participação no evento acontecerá por meio de senhas, que serão distribuídas a partir das 9h do dia 13 de outubro, na própria unidade da Fradique. Serão distribuídas 200 senhas e cada pessoa poderá autografar até dois livros. Para retirá-las, basta comprar ou apresentar o livro no caixa da livraria.

Nas páginas de “A Vida É Cruel, Ana Maria: Diálogos com Minha Mãe”, o autor faz um emocionante relato sobre a relação com sua mãe, Ana Maria, em que revela seus sentimentos mais profundos sobre espiritualidade, religião, permanência, fé e amor, e também sobre a vida e seu legado.

Escrito com profunda sensibilidade e lirismo, o livro reconstitui, por meio de um diálogo imaginário, a trajetória de humildade e privações de sua mãe, e reflete sobre como isso moldou não só a visão de mundo dela, mas também sua própria visão. Fábio de Melo escancara com crueza dos sentimentos, mais como filho do que como sacerdote, suas impressões sobre a fé e o amor, o ressentimento e as dores, as alegrias e crueldades de uma vida. Compre o livro "A Vida É Cruel, Ana Maria: Diálogos com Minha Mãe", escrito pelo padre Fábio de Melo, neste link.


Serviço 
Lançamento do livro "A Vida É Cruel, Ana Maria: Diálogos com Minha Mãe". Autor: Fábio de Melo. Editora: Record. Data e hora: 16 de outubro, 18h. Local: Livraria da Vila Fradique - Rua Fradique Coutinho, 915 - Pinheiros. Observação: necessária retirada prévia de senha para autógrafo. As senhas serão disponibilizadas a partir das 9h de 13 de outubro, na unidade da Fradique, mediante compra ou apresentação do livro. Garanta o seu exemplar de "A Vida É Cruel, Ana Maria: Diálogos com Minha Mãe", do padre Fábio de Melo, neste link.

.: Cineflix Cinemas traz "O Exorcista: O Devoto", "Trolls 3" e "Meu Nome é Gal"

A unidade Cineflix Santos, localizada no Gonzaga, estreia na quinta-feira, dia 12 de outubro, "O Exorcista - O Devoto""Trolls 3 - Juntos Novamente"  "Meu Nome É Gal". Os três filmes chegam às telonas Cineflix Cinemas junto ao "Som da Liberdade""O Protetor - Capítulo Final""Uma Família Extraordinária", "Patrulha Canina", que seguem em cartaz.

Na estreia de terror "O Exorcista - O Devoto", Victor Fielding decide confrontar o mal quando repara que sua filha, Angela, e a amiga dela, Katherine, mostram sinais de possessão demoníaca. A animação "Trolls 3 - Juntos Novamente"  traz Branch e Poppy embarcando em uma jornada angustiante e emocionante para salvar um irmão que foi sequestrado por um par de vilões pop-star.

Já no filme nacional "Meu Nome É Gal", trata a trajetória de Gal Costa, uma menina tímida que desde muito cedo soube que a música guiaria seus caminhos. Ela foi criada sozinha pela mãe Mariah, que foi uma de suas maiores incentivadoras. Aos 20 anos, ela decide viajar rumo ao Rio de Janeiro para se tornar cantora. Lá, a jovem encontra seus amigos da Bahia: Caetano Veloso, Maria Bethânia, Gilberto Gil e Dedé Gadelha, que acompanham os primeiros passos de Gal na música profissional no final da década de 1960.

Seguem em cartaz O ex-agente Robert McCall logo descobre que seus novos amigos estão sob o controle dos chefes do crime local, em "O Protetor - Capítulo Final".  "Uma Família Extraordinária", baseada em uma história real, explora o amadurecimento de Bea Johnson, enquanto navega na vida com dois pais neurodivergentes e uma família extensa. 

A nova animação "Patrulha Canina: Um Filme Superpoderoso", traz o grupo de cães que ganha super poderes, após um meteoro mágico cair na cidade. O drama "Som da Liberdade" apresenta a história de um ex-agente federal que embarca em uma perigosa missão para salvar uma menina de traficantes de crianças. 

O Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021. Para acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica no Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN.

Estreias da semana no Cineflix Santos

"O Exorcista: O Devoto" ("The Exorcist: Deceiver") Ingressos on-line neste linkGênero: terror, sobrenatural. Classificação: 16 anos. Duração: 1h51. Ano: 2023. Idioma: inglês. Distribuidora: Universal Studios. Direção: David Gordon GreenRoteiro: David Gordon Green, Peter Sattler. Elenco: Leslie Odom Jr. (Victor Fielding), Ellen Burstyn (Chris MacNeil), Ann Dowd (Ann), Jennifer Nettles (atriz). Sinopse: Victor Fielding decide confrontar o mal quando repara que sua filha, Angela, e a amiga dela, Katherine, mostram sinais de possessão demoníaca.

Sala 1 (dublado) 

12/10/2023 - Quinta-feira: 15h40
13/10/2023 - Sexta-feira: 15h40
14/10/2023 - Sábado: 15h40
15/10/2023 - Domingo: 15h40
16/10/2023 - Segunda-feira: 15h40
17/10/2023 - Terça-feira: 15h40
18/10/2023 - Quarta-feira: 15h40

Sala 1 (legendado) 

12/10/2023 - Quinta-feira: 18h10 - 20h40
13/10/2023 - Sexta-feira: 18h10 - 20h40
14/10/2023 - Sábado: 18h10 - 20h40
15/10/2023 - Domingo: 18h10 - 20h40
16/10/2023 - Segunda-feira: 18h10 - 20h40
17/10/2023 - Terça-feira: 18h10 - 20h40
18/10/2023 - Quarta-feira: 18h10 - 20h40

Trailer "O Exorcista: O Devoto"

"Trolls 3 - Juntos Novamente" ("Trolls 3") Ingressos on-line neste linkGênero: animação, musical. Classificação: livre. Duração: 1h32. Ano: 2023. Idioma: inglês. Distribuidora: Universal Studios. Direção: Walt DohrnRoteiro: Elizabeth Tippet. Elenco: Anna Kendrick, Justin Timberlake. Na versão dublada: Larissa Manoela, Hugo Bonemer e Jullie. Sinopse: Branch e Poppy embarcam em uma jornada angustiante e emocionante para salvar um irmão que foi sequestrado por um par de vilões pop-star.

Sala 2 (dublado) 

12/10/2023 - Quinta-feira: 14h50
13/10/2023 - Sexta-feira: 14h50
14/10/2023 - Sábado: 14h50
15/10/2023 - Domingo: 14h50
16/10/2023 - Segunda-feira: 14h50
17/10/2023 - Terça-feira: 14h50
18/10/2023 - Quarta-feira: 14h50

Trailer "Trolls 3 - Juntos Novamente"


"Meu Nome é Gal" ("nacional") Ingressos on-line neste linkGênero: drama. Classificação: 16 anos. Duração: 1h49. Ano: 2023. Idioma: inglês. Distribuidora: Paris Filmes. Direção: Dandara Ferreira, Lô PolitiRoteiro: Maíra Bühler, Lô Politi. Elenco: Sophie Charlotte (Gal Costa), Rodrigo Lélis(Caetano Veloso), Dan Ferreira (Gilberto Gil), Camila Márdila (Dedé Gadelha), Gal Costa, Fábio Assunção (Diretor de TV), Luis Lobianco (Guilherme Araújo), George Sauma (Waly Salomão)Sinopse: A trajetória de Gal Costa, uma menina tímida que desde muito cedo soube que a música guiaria seus caminhos. Ela foi criada sozinha pela mãe Mariah, que foi uma de suas maiores incentivadoras. Aos 20 anos, ela decide viajar rumo ao Rio de Janeiro para se tornar cantora. Lá, a jovem encontra seus amigos da Bahia: Caetano Veloso, Maria Bethânia, Gilberto Gil e Dedé Gadelha, que acompanham os primeiros passos de Gal na música profissional no final da década de 1960.

Sala 2 (nacional) 

12/10/2023 - Quinta-feira: 16h50 - 18h50
13/10/2023 - Sexta-feira: 16h50 - 18h50
14/10/2023 - Sábado: 16h50 - 18h50
15/10/2023 - Domingo: 16h50 - 18h50
16/10/2023 - Segunda-feira: 16h50 - 18h50
17/10/2023 - Terça-feira: 16h50 - 18h50
18/10/2023 - Quarta-feira: 16h50 - 18h50

Trailer "Meu Nome é Gal"

Seguem em cartaz no Cineflix Santos


"O Protetor 3: Capítulo Final" ("The Equilizer 3") Ingressos on-line neste linkGênero: ação. Classificação: 16 anos. Duração: 1h49. Ano: 2023. Idioma: inglês. Distribuidora: Sony Pictures Motion Picture Group. Direção: Antoine FuquaRoteiro: Richard Wenk. Elenco: Denzel Washington (Robert McCall), Dakota Fanning (Emma Collins), David Denman (Frank Conroy). Sinopse: Sentindo-se em casa no sul da Itália, o ex-agente Robert McCall logo descobre que seus novos amigos estão sob o controle dos chefes do crime local.

Sala 2 (legendado) 

12/10/2023 - Quinta-feira: 21h00
13/10/2023 - Sexta-feira: 21h00
14/10/2023 - Sábado: 21h00
15/10/2023 - Domingo: 21h00
16/10/2023 - Segunda-feira: 21h00
17/10/2023 - Terça-feira: 21h00
18/10/2023 - Quarta-feira: 21h00
Trailer "O Protetor"


"Uma Família Extraordinária" ("Wildflower") Ingressos on-line neste linkGênero: comédia. Classificação: livre. Duração: 1h45. Ano: 2023. Idioma: inglês. Distribuidora: Diamonds Films. Direção: Matt SmuklerRoteiro: Matt Smukler, Jana Savage. Elenco: Kiernan Shipka, Brad Garrett, Jean Smart, Alexandra Daddario. Sinopse: Baseada em uma história real, a trama explora o amadurecimento de Bea Johnson, desde o nascimento até a formatura, enquanto ela navega na vida com dois pais neurodivergentes e uma família extensa que não consegue chegar a um acordo sobre a melhor maneira de ajudar.

Sala 2 (legendado) 

12/10/2023 - Quinta-feira: 20h50
13/10/2023 - Sexta-feira: 20h50
14/10/2023 - Sábado: 20h50
15/10/2023 - Domingo: 20h50
16/10/2023 - Segunda-feira: 20h50
17/10/2023 - Terça-feira: 20h50
18/10/2023 - Quarta-feira: 20h50

Trailer "Uma Família Extraordinária"


"Patrulha Canina: Um Filme Superpoderoso" ("Paw Patrol: The Mighty Movie") Ingressos on-line neste linkGênero: animação, infantil. Classificação: livre. Duração: 1h35. Ano: 2023. Idioma: inglês. Distribuidora: Paramount Pictures. Elevation Pictures. Direção: Cal BrunkerRoteiro: Cal Brunker, Bob Barlen. Elenco: Mckenna Grace (Skye), Taraji P. Henson (Victoria Vance), James Marsden (Hank), Marsai Martin (Liberty). Sinopse: Os filhotes da Patrulha Canina ganham poderes após um meteoro mágico cair na cidade. Para um deles, é um grande sonho que se tornou realidade, mas a felicidade dos patrulheiros pode estar ameaçada quando o maior inimigo dos filhotes foge da prisão.

Sala 3 (dublado) 

12/10/2023 - Quinta-feira: 15h00 - 17h00 - 19h00
13/10/2023 - Sexta-feira: 15h00 - 17h00 - 19h00
14/10/2023 - Sábado: 15h00 - 17h00 - 19h00
15/10/2023 - Domingo: 15h00 - 17h00 - 19h00
16/10/2023 - Segunda-feira: 15h00 - 17h00 - 19h00
17/10/2023 - Terça-feira: 15h00 - 17h00 - 19h00
18/10/2023 - Quarta-feira: 15h00 - 17h00 - 19h00

Trailer


"Som da Liberdade" ("Sound of Freedom") Ingressos on-line neste link
Gênero: drama, ação. Classificação: 12 anos. Duração: 2h15. Ano: 2023. Idioma: inglês. 
Distribuidora: Paris Filmes. Direção: Alejandro Gómez MonteverdeRoteiro: Alejandro Monteverde, Rod Barr. Elenco: Jim Caviezel (Tim Ballard), Bill Camp (Vampiro), Mira Sorvino (Katherine Ballard), Kurt Fuller (John). Sinopse: Um ex-agente federal embarca em uma perigosa missão para salvar uma menina dos cruéis traficantes de crianças. Com o tempo se esgotando, ele viaja pelas profundezas da selva colombiana, colocando sua vida em risco para libertá-la.

Sala 4 (dublado) 
12/10/2023 - Quinta-feira: 15h15
13/10/2023 - Sexta-feira: 15h15
14/10/2023 - Sábado: 15h15
15/10/2023 - Domingo: 15h15
16/10/2023 - Segunda-feira: 15h15
17/10/2023 - Terça-feira: 15h15
18/10/2023 - Quarta-feira: 15h15

Sala 4 (legendado) 
12/10/2023 - Quinta-feira: 18h00 - 20h45
13/10/2023 - Sexta-feira: 18h00 - 20h45
14/10/2023 - Sábado: 18h00 - 20h45
15/10/2023 - Domingo: 18h00 - 20h45
16/10/2023 - Segunda-feira: 18h00 - 20h45
17/10/2023 - Terça-feira: 18h00 - 20h45
18/10/2023 - Quarta-feira: 18h00 - 20h45

.: "Branca de Neve e os Sete Anões" chega ao Disney+ remasterizado



O longa-metragem que deu início ao grande legado da The Walt Disney Company, "Branca de Neve e Os Sete Anões", chega ao Disney+ em 16 de outubro em uma belíssima remasterização em 4K. Além de ser uma ótima opção para assistir em família no Mês das Crianças, a estreia do filme na plataforma faz parte das comemorações do centenário da empresa fundada por Walt Disney nesta mesma data, em 1923.

A versão remasterizada do clássico de 1937 é resultado dos esforços em conjunto da equipe de Restauração e Preservação do The Walt Disney Studios e dos principais artistas do Walt Disney Animation Studios, a mesma equipe que, recentemente, trabalhou em colaboração na remasterização de outra clássica animação original de Walt Disney, "Cinderela" (1950), já disponível também no Disney+.

Os artistas da Disney Animation, Michael Giaimo - designer de produção de "Wish: O Poder dos Desejos", "Frozen – Uma Aventura Congelante" e "Frozen"  - e o animador e diretor Eric Goldberg - head de animação desenhada à mão do mais novo curta da Disney Animation "Era Uma Vez Um Estúdio"; diretor de "Pocahontas" e "Fantasia 2000" - tiveram a honra de voltar a trabalhar com seus colegas do Walt Disney Studios no projeto.

“Foi uma honra e um desafio ter a oportunidade de ajudar a restaurar Branca de Neve e Os Sete Anões”, diz Goldberg. “Sendo o primeiro filme de Walt Disney, Mike Giaimo e eu sentimos que tínhamos um desafio em manter o legado do filme, e deixá-lo tão belo e tão fiel às cores originais. A paleta suave e os delicados fundos em aquarela evocam os contos de fadas ilustrados que Walt tanto amava, e a história e os personagens continuam relevantes até hoje. Espero que nosso trabalho inspire as futuras gerações de artistas de animação a apreciarem plenamente o talento magistral e o cuidado que foram dedicados a esse filme histórico”.

Kevin Schaeffer, diretor de Restauração da Walt Disney Studios, complementa “Estamos extremamente entusiasmados em voltar ao negativo original de Walt e usar a tecnologia de primeira para restaurar este deslumbrante clássico à sua beleza original”.

"Branca de Neve e Os Sete Anões" foi o primeiro longa-metragem de animação em celuloide produzido e disponibilizado no cinema, tornando-se um importante percussor para a produção de novas animações no mesmo formato e estabelecendo o alto padrão de qualidade das futuras produções em termos narrativos, visuais e musicais.

Além disso, o filme foi reconhecido pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas com um Oscar® honorário especial pela inovação e pioneirismo dentro do campo cinematográfico. Também é o longa-metragem de animação com melhor classificação na lista “100 Anos...100 Filmes”, do American Film Institute, e foi incluído no National Film Registry (seleção de filmes escolhidos pela National Film Preservation Board para preservação na Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos), no ano inaugural do conselho, em 1989.

Assim como "Cinderela" e "A Bela e a Fera", "Branca de Neve e Os Sete Anões" também ganhará um live-action previsto para ser lançando em 2024.


quarta-feira, 11 de outubro de 2023

.: Inédito, “Letrux: Viver É Um Frenesi” estreia no Canal Brasil

Com direção de Marcio Debellian, o filme será exibido na segunda, dia 16, às 19h50. Foto: divulgação


"Letrux: Viver é um Frenesi", documentário inédito de média-metragem sobre a cantora carioca dirigido por Marcio Debellian, estreia no Canal Brasil na segunda, dia 16, às 19h50. O filme abre as portas para as lembranças de Letrux e o diretor costura uma narrativa entre passado e presente, com recordações de infância em família e momentos marcantes com amigos, fãs e ídolos, como a cantora Marina Lima, em sua trajetória pessoal e profissional. 

O documentário tem cenas em São Pedro da Aldeia, lugar onde a artista passou todas as férias de verão na infância e, mais tarde, foi seu refúgio durante a pandemia. Lá, ela mergulha em uma nostalgia e revisita sua história por meio de recordações, paisagens e antigos vídeos feitos durante a juventude. "Letrux: Viver É Um Frenesi" também apresenta imagens do arquivo pessoal da cantora e seus familiares, além de recortes de momentos marcantes em shows antigos, no início dos anos 2000, até o retorno aos palcos em 2022.

“Estar na cidade das férias, um lugar que sempre me proporcionou prazer, em plena pandemia, um momento de dor e dúvidas, sem dúvida, deixou o horror mais brando e me deu a certeza que assim como a infância passa, as dores também passariam, a pandemia também passaria, o horror passaria. Esse filme é uma poesia. Tem música, tem filmagem, mas é sobre poesia mesmo, creio”, conta Letrux sobre o documentário.

O filme foi selecionado para o 25º Festival do Cinema Brasileiro de Paris, além de ter sido lançado comercialmente também em Portugal. No Brasil, foi exibido em três sessões especiais abertas ao público. A primeira, em São Paulo, no CineSesc, e duas outras no Rio de Janeiro, no Estação Net Botafogo.


"Letrux: Viver É Um Frenesi" (2022) (36’)
Inédito. Horário: segunda-feira, dia 16 de outubro, às 19h50. Classificação: 16 anos. Direção: Marcio Debellian. Sinopse: ​Letrux é uma das artistas mais inventivas da nova cena musical brasileira. O filme acompanha a artista em São Pedro da Aldeia (RJ/BR), uma pequena cidade litorânea onde se isolou durante a pandemia de Covid-19.  Em meio ao refúgio idílico de uma cidade bela e vazia, o filme percorre caminhos de descobertas a partir do resgate de diários da adolescência e vídeos de família feitos no início dos anos 1990 na mesma região. Do isolamento à volta aos palcos no Circo Voador (RJ), em 2022, o documentário traz uma reconstrução criativa de memórias e um encontro íntimo com o imaginário poético e bem-humorado de Letrux.

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