terça-feira, 10 de outubro de 2023

.: Com Rodrigo França, solo "Capiroto" busca “desdemonizar” divindades


Espetáculo estrelado por Leandro Melo, que também interpreta Lennie Dale em “Elis, A musical”, faz temporada no Teatro Sérgio Cardoso. Foto: Ernani Pinheiro

Incentivando o respeito às diferenças, o monólogo "Capiroto" faz sua primeira temporada em São Paulo. Escrito e dirigido por Rodrigo França, o trabalho busca “desdemonizar”, de maneira bem-humorada, várias entidades não cristãs. A peça fica em cartaz entre 10 de outubro e 8 de novembro de 2023, às terças e quartas, às 19h, na Sala Paschoal Carlos Magno, do Teatro Sérgio Cardoso, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, e gerido pela Associação Paulista dos Amigos da Arte. Os ingressos custam R$ 40,00 (inteira) e R$ 20,00 (meia-entrada).  

“Os seres humanos terceirizam a sua própria maldade para uma figura que não está aqui para se defender. Na verdade, as pessoas não se respeitam e não se responsabilizam pelas suas ações. Ao mesmo tempo, historicamente, deuses e divindades pagãs vem sendo ‘demonizadas’ por algumas religiões, como uma questão política. Capiroto quer discutir esses comportamentos”, comenta Rodrigo França. 

De acordo com o diretor e dramaturgo, a religião é apenas um plano de fundo no espetáculo. “Na verdade, evoquei essa figura tão simbólica para refletir sobre o poder e o patriarcado - ideia que é a base da nossa sociedade. O personagem-título mostra como esse conceito é uma construção cultural, econômica e social europeia que não é observada nas Américas pré-colonização ou nas nações africanas”, completa.  

A tarefa de interpretar essa figura coube ao ator, cantor, dançarino e produtor Leandro Melo, conhecido pelos espetáculos “Los Hermanos – Musical Pré Fabricado” (Michel Melamed), “ABBA – People Need Love” (Carlos Alberto Serpa), “Bibi, Uma Vida em Musical” (Tadeu Aguiar), “Elis, A Musical” (Dennis Carvalho) e “Dzi Croquettes” (Ciro Barcelos). 

“Meu desejo é que as pessoas saiam do teatro pensando a respeito da maldade que existe nelas mesmas. Afinal, somos feitos de sentimentos positivos e negativos e precisamos lutar para sermos sempre melhores”, comenta o artista.  

O espetáculo esteve em cartaz no Rio de Janeiro, em 2021, no Teatro Prudential e no Teatro Firjan Sesi Centro, com sessões movimentadas e elogios da crítica e do público. No entanto, como era uma fase de restrições por conta da pandemia de Covid-19, esta temporada em São Paulo é a primeira em um teatro funcionando com sua capacidade máxima de espectadores.   

“Mais do que ELE, Eu tenho um grande fã clube de seguidores! Pessoas que são tão cruéis, que acabam fazendo o meu serviço! É por isso que eu não preciso estimular o ódio ou incorporar em ninguém para que vocês sejam cruéis. Vocês são cruéis! E como nós somos imagem e semelhança... nós somos cruéis!  That is a fact!! Nós somos sádicos, ordinários, perversos, narcisistas, racistas, misóginos, classistas, individualistas, ególatras, xenófobos, ambiciosos, homofóbicos, transfóbicos... fascistas!” (Trecho extraído da dramaturgia “Capiroto”, de Rodrigo França)


Sobre a encenação
Durante a montagem, Melo conversa com a plateia, passeando pela história de várias entidades, até chegar em Exu.  Enquanto isso, o palco recebe diversas projeções mapeadas, desde um vitral gótico de igreja até as divindades mencionadas na narrativa. A arte digital é assinada pelo soteropolitano Akueran. As músicas que aparecem em cena foram compostas exclusivamente para o espetáculo por João Vinicius Barbosa. 

Embora o texto seja bastante provocativo, França não quer causar discórdia ou mal-estar no público. “Meu objetivo é aproximar as pessoas. Um relato legal é que, em uma das apresentações, uma espectadora evangélica me disse que só foi assistir porque gostava muito do meu trabalho e sabia que eu tinha muito respeito pelos religiosos e que, no fim das contas, saiu da peça sentido pena do diabo”, relata o diretor. 

“Agora se eu viesse uma travesti, vocês me matariam queimada, a pedrada, a paulada, e me empurrariam por aí em um carrinho de obra... ou abririam meu peito, arrancariam meu coração e no lugar colocariam uma imagem de um santo! Só por discordar da maneira que simplesmente eu sou.  Vocês são medíocres… e seletivos!” (Trecho extraído da dramaturgia “Capiroto”, de Rodrigo França)

Sinopse
Em cena, uma conversa franca com o Capiroto, aquele a quem o ser humano delega a maldade existente em si próprio. Cansado do injusto fardo e das demandas perversas, o “coisa ruim” coloca a humanidade em xeque-mate. Na história da civilização humana ocidental é recorrente a apropriação cultural e a demonização de divindades, sempre permeadas por perseguições e intolerância, tudo para que os detentores do poder o mantenham e o acumulem cada vez mais.

Ficha técnica
Espetáculo "Capiroto". Autor e diretor: Rodrigo França. Elenco: Leandro Melo. Direção de movimento: Kennedy Lima. Diretor assistente: Júlio Ângelo. Iluminação: Pedro Carneiro. Figurino: Marah Silva/Ateliê Cretismo. Cenário: Clebson Prates. Trilha sonora original: João Vinicius Barbosa. Técnica de luz: Dara Duarte. Técnico de som: Kleber Marques. Arte digital: Akueran. Designer: Andreas Sartori. Pesquisa historiográfica: Rodrigo França e Jonathan Raymundo. Consultoria de representações raciais e de gênero: Deborah Medeiros. Fonoaudióloga: Luísa Catoira. Visagismo: Vitor Martinez e Diego Nardes. Costureira: Terezinha Silva. Direção de produção: Gabrielle Araújo. Assistente de produção: Isaac Belfort. Assessoria de imprensa: Canal Aberto - Márcia Marques. Fotografia: Ernani Pinho. Produtores associados: Gabrielle Araújo, Rodrigo França e Leandro Melo. Realização: Caboclas Produções, Diverso Cultura e Desenvolvimento e LET’S Produções. 

Serviço
Espetáculo "Capiroto". Temporada: 10 de outubro a 8 de novembro, às terças e quartas, às 19h. Local: Teatro Sérgio Cardoso - Sala Paschoal Carlos Magno (149 lugares). Endereço: R. Rui Barbosa, 153 - Bela Vista/São Paulo. Ingresso: R$ 40,00 (inteira) e R$ 20,00 (meia-entrada). Duração: 60 minutos. Classificação: 16 anos. Acessibilidade: teatro acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida. Apresentações em LIBRAS e audiodescrição.

.: Bem-humorado, "O Mitômano" conta a história de um mentiroso inveterado


Com introdução do ator Nelson Freitas, orelhas de Leandro Hassum, Fabiana Karla, Marcélli Oliveira, Nicole Puzzi, do roteirista Juca Filho, e prefácio de Fernando Ceylão,  a segunda edição do livro "O Mitômano", escrito por Mario Abbade e Celso Rodrigues Ferreira Júnior, ganha nova edição com nova capa e mais imagens. Lançamento da editora Abbade Entretenimento, o livro conta a história bem humorada de um mentiroso inveterado. 

Mario Abbade e Celso Rodrigues Ferreira Júnior estrearam na ficção com “O Mitômano” (2019), livro de história bem humorada que conta a história de um mentiroso inveterado. Quem há de negar que a falácia é inerente à condição humana? Machado de Assis já afirmava: “A mentira é muita vez tão involuntária como a transpiração.”

O nobre leitor há de concordar que a vida sem suor seria olfativamente mais agradável, contudo, como diria Umberto Eco, sem uma mentirinha aqui e outra acolá o mundo seria impossível. Ok, talvez ele não tenha falado exatamente assim, mas foi mais ou menos isso aí. Pode acreditar! Praticamente um imortal da Academia Brasileira de Letras na arte do embuste, Frank sempre viu a mentira com bons olhos, mascarando a verdade com o brilhantismo de um "Lord Byron da malandragem".

Do colégio à faculdade, da vida social à amorosa, das obrigações do cotidiano às profissionais, nunca houve situação que ele não pudesse contornar com a sua criatividade e os seus dotes teatrais. Até aquela fatídica noite em que sua cabeça se chocou contra um dos pilotis da faculdade — um espetáculo ridículo e grotesco que o mandou para o hospital. Festas regadas a uísque batizado com urina, invasões a shows de rock e avant-premières, pescarias naturistas em plena mureta da Urca, consultórios médicos…

Enquanto luta pela própria vida, o mitômano é obrigado a repensar seus atos e a encarar o sofrimento que causou a Aline, seu grande amor, prestes a se casar com outro homem. Acostumado desde jovem a inventar as histórias mais mirabolantes para escapar de uma enrascada, Frank agora está na berlinda e não será nada fácil se safar. Para isso ele precisará da ajuda do melhor amigo, de um arquiteto tarado e metido a intelectual, de quatro travestis e de uma… bem, é difícil explicar, você não acreditaria. Parece mentira, mas é (quase) tudo verdade em “O Mitômano”. Compre o livro "O Mitômano", de Mario Abbade e Celso Rodrigues, neste link.

.: Infantil: "Paxuá e Paramim", musical de Carlinhos Brown, no dia 12 em SP


Animação infantil criada por Carlinhos Brown faz parte da programação do SVO Secreto para o Dia das Crianças. Na imagem, Braúna, Paxuá e Paramim. Foto: Marcos Mesquita


Um espetáculo cênico-musical repleto de fantasia e diversão, em um ambiente temático especialmente dedicado ao público infantil. É neste clima que será realizado o espetáculo "Paxuá e Paramim - Protetores da Natureza", na próxima quinta-feira, dia 12 de outubro. A apresentação será gratuita, às 18h30, no Shopping Vila Olímpia, durante o SVO Secreto, em São Paulo.

Braúna, personagem inspirado em Carlinhos Brown, recebe os personagens Paxuá e Paramim em uma nova aventura em defesa da natureza, proporcionando ao público infantojuvenil a oportunidade de aprender, de maneira lúdica e descontraída, sobre a importância da preservação do meio ambiente. O espetáculo tem direção de André Gress, coreografia de Mariana Barros e roteiro de Eurípedes Fraga.

Durante o show, eles dançam, brincam, interagem com a plateia e cantam canções como “Mãe Natureza”, “Criança Dourada” e “Planeta Azulzinho”. A presença dos personagens mirins, além de entreter o público, tem como objetivo sensibilizar crianças e adultos, estimulando-os à mudança de hábitos para a preservação do meio ambiente e promoção do exercício da cidadania. “A criançada será envolvida nas tradições da contação de história somadas à música, com diversão garantida para toda a família!”, garante Gress.

A animação infantil, criada por Carlinhos Brown em parceria com a empresária Andrea Mota, apresenta para a criançada os personagens da cultura e do folclore brasileiro, promovendo um resgate da identidade cultural de uma terra originalmente indígena. A realização é da Produtora Pappou e da Candyall Entertainment.


Serviço
Musical "Paxuá e Paramim - Protetores da Natureza". Atrações: Paxuá e Paramim, Braúna e Milla Franco. Shopping Vila Olímpia - SP - Rua Olimpíadas, 360. Vila Olímpia/São Paulo. Terraço 3.º Piso Lado B. Quinta-feira, dia 12 de outubro, às 18h30. Abertura dos portões: 17h00. Gratuito.

segunda-feira, 9 de outubro de 2023

.: Crítica: "O Cisne", curta de Wes Anderson retrata traumas aos 13

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em outubro de 2023


"O Cisne", curta dramático e poético do diretor Wes Anderson, adaptado do conto do escritor Roald Dahl ("A Fantástica Fábrica de Chocolate" e "Matilda"), entrega o visual característico do fazer cinema de Anderson em produção da Netflix (projeto de 1 bilhão de dólares que inclui outros três curtas, "A Incrível História de Henry Sugar", "O Caçador de Ratos" e "Veneno"). Em quase 16 minutos de duração, imprime na tela os tons e combinações de cores habituais como a maneira de evidenciar os bastidores das gravações, características presentes nos longas recentes "Asteroid City" e "A Crônica Francesa".


Contudo, há novidade em "O Cisne", uma vez que o diretor tem como base um conto voltado para jovens adultos e leva o público a imaginar muito mais do que vê. Com um enredo sobre traumas que perduram, o protagonista Peter Watson (Rupert Friend), elogiado pelo narrador (Roald Dahl, interpretado por Ralph Fiennes, "O Paciente Inglês""Harry Potter"), como um garoto brilhante que adorava música, talentoso para tocar piano, quieto e educado, embora não fosse bom em esportes, se faz presente na idade adulta.

Voltando aos 13 anos para contar um episódio de bullying sofrido por dois valentões, Peter Watson (sendo também um retrato de Road Dahl) fica nas mãos dos estúpidos em poder de um rifle e algumas balas até que os trilhos de trem são um cenário para uma grave ameaça. No entanto, a mudança de planos coloca em cena, num ninho de juncos, um cisne de pescoço elegante.


O pequeno oprimido reflete a posição indefesa diante da selvageria que é a vida repleta de abusos a serem ultrapassados. Quando vencidos, ficam como ensinamentos que nos transformam -positiva ou negativamente. Ainda mais que as marcas ficam e em qualquer fase da vida, podem vir à tona em novos testes diante de ignorantes. "O Cisne" é um curta imperdível!

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm 

"O Cisne" ("The Swan")
Gênero: comédia. Classificação: 16 anos. Duração: 17. Ano: 2023. Idioma: inglês. 
Distribuidora: Netflix. Direção: Wes Anderson. Roteiro: Wes Anderson, Jeremy Dawson, Steven Rales (baseado em obra de Roald Dahl). Elenco: Rupert Friend, Ralph Fiennes, Asa Jennings, Eliel Ford, Truman Hanks. Sinopse: Um menino brilhante é perseguido por valentões estúpidos em uma história emocionante e fantasiosa.

.: Livro de memórias de RuPaul chega ao Brasil em 2024 pela Intrínseca


“Eu queria mostrar como você pode não apenas navegar pela vida neste planeta, mas também criar algo que não seja apenas para você – algo que seja aventureiro, altruísta e explore as possibilidades.”
- RuPaul em entrevista para a Vogue norte-americana


Ícone da cultura pop e criador de uma das maiores franquias de reality shows do mundo, o multiartista RuPaul Charles acaba de anunciar seu livro mais revelador. Em "The House of Hidden Meanings" (ainda sem título em português), que chega ao Brasil em 2024 pela Intrínseca, a drag fenômeno revisita momentos desafiadores de sua infância, reconhecendo como esse período turbulento foi crucial para a formação do artista, produtor e potência do entretenimento que é hoje.

De seus primeiros anos como um garoto negro queer em San Diego, seus relacionamentos complexos com o pai ausente e a mãe temperamental, a construção de uma identidade nas cenas punk e drag de Atlanta e Nova York, até encontrar um amor duradouro com seu marido Georges LeBar e autoaceitação na sobriedade, RuPaul escava sua própria história de vida, descobrindo novas verdades e insights. 

De ícone drag à megaprodutor de um dos maiores programas televisivos da atualidade, RuPaul foi o primeiro artista negro a ganhar 12 prêmios Emmy e transformou seu programa "RuPaul’s Drag Race" em uma extremamente bem-sucedida franquia mundial, já presente em mais de 15 países e cuja edição brasileira acaba de estrear na Paramount+.

O artista reconhece que a capacidade de se adaptar foi central para seu sucesso, porém sua natureza camaleônica acabou por transformá-lo em uma figura enigmática. Em seu livro de memórias mais íntimo e detalhado, RuPaul se revela pela primeira vez sem artifícios. Um manual para a vida, uma filosofia pessoal que atesta o valor da família que escolhemos para nós mesmos, a importância de celebrar o que nos torna únicos e o poder transformador de enfrentar a si mesmo sem medo. 


 



.: Aclamada trilogia autobiográfica de Tove Ditlevsen enfim chega ao Brasil


Clássico moderno dinamarquês que conquistou leitores em todo o mundo, "Trilogia de Copenhagen" é a obra-prima de Tove Ditlevsen (1917-1976), uma das principais vozes da literatura dinamarquesa do século XX, e reúne três volumes autobiográficos. A Companhia das Letras lança a obra no dia 31 de outubro. A tradução é de Heloisa Jahn e Kristin Lie Garrubo.

Em "Infância", acompanhamos a história dos primeiros anos da escritora, que cresceu em um bairro operário e sonha em se tornar poeta. "Juventude" descreve suas primeiras experiências sexuais e profissionais e a conquista de sua independência. No terceiro volume, "Dependência", Tove já é conhecida nos círculos literários - mas sua vida pessoal entra em colapso com casamentos conturbados e o vício em opioides.

Ao longo de todo o livro, está presente o embate entre a vocação literária de Tove e as expectativas reservadas a uma mulher de classe trabalhadora. Sucesso internacional de público e crítica, a Trilogia pode ser considerada uma antecessora intelectual e temática da obra de Annie Ernaux e Elena Ferrante, destacando-se por sua honestidade brutal e pela representação das amizades femininas. Compre a "Trilogia de Copenhagen", escrita por Tove Ditlevsen, neste link.


Sobre a autora
Tove Ditlevsen
nasceu em 1917 e cresceu em um bairro operário em Copenhagen. Começou a escrever poesia desde criança e jovem, aos 22 anos, consegue ser publicada. Desde então, passa a ter uma carreira literária bem rica: publicou mais de 30 livros, incluindo poemas, contos, romances e memórias. Lutou contra o alcoolismo e a dependência em drogas, temas com forte presença em sua obra. Morre aos 58 anos por suicídio.

Ditlevsen foi uma das autoras mais populares da Dinamarca, mas as suas obras permaneceram sem igual reconhecimento em outros países por muito tempo. Em 2021, é publicada uma tradução para o inglês do seu livro de memórias, “The Copenhagen Trilogy”, logo aclamada como um clássico literário esquecido. Desde então, suas memórias já foram traduzidas para pelo menos 30 idiomas.


O que disseram sobre a trilogia

"Uma escritora monumental."  - Patti Smith

"A Trilogia é fruto de um talento assombroso." - New York Times

"Um tour de force absoluto. [A escrita de Ditlevsen] é límpida e vívida, dolorosamente crua." - The Paris Review


Sobre a trilogia
Nunca publicada no Brasil, a Companhia das Letras lança agora sua obra mais conhecida, os volumes autobiográficos que compõem a "Trilogia de Copenhagen". No primeiro volume, "Infância", a autora narra seus anos iniciais de vida em um bairro operário, onde nutre o sonho de se tornar poeta. O segundo volume, "Juventude", retrata suas primeiras experiências sexuais e profissionais. No último volume, "Dependência", Tove já é reconhecida nos círculos literários, porém sua vida pessoal sofre com casamentos tumultuados e o vício em opioides.

Além do retrato da dependência química e de questões relacionadas à saúde mental, Ditlevsen aborda temas como as expectativas e imposições para mulheres, as aspirações literárias, o desejo (e as dificuldades) de ser escritora e de viver da escrita, o confronto entre a realidade da classe trabalhadora e os círculos intelectualizados – um tema que se vê em autoras como Elena Ferrante e Annie Ernaux: "A Trilogia de Copenhagen e os romances napolitanos de Elena Ferrante retratam, com realismo e luminosa subjetividade, garotas estudiosas crescendo em bairros da classe trabalhadora" (Times Literary Supplement). Na Dinamarca, Ditlevsen contina a ter muitos leitores, mas também está finalmente recebendo o reconhecimento da crítica que lhe faltou durante a vida. Garanta a "Trilogia de Copenhagen", escrita por Tove Ditlevsen, neste link.

.: Adriana Birolli reflete sobre dificuldade de dizer "não" em comédia


Espetáculo conta a história de mulher que pensa que aprendeu a dizer "não", mas no dia da comemoração de seu aniversário se depara com um conflito familiar. Foto: Nando Machado


O Teatro Sérgio Cardoso, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, e gerido pela Associação Paulista dos Amigos da Arte, recebe a atriz Adriana Birolli com o solo "NÃO!", uma comédia para quem tem dificuldade de dizer não, nos dias  16, 23 e 30 de outubro,  segundas-feiras, às 19h00. 

O enredo acompanha uma personagem que, depois de 18 anos de terapia, acha que finalmente aprendeu a dizer "não", mas no dia da comemoração de seu aniversário se depara com um conflito familiar. “Dizer não a alguém ou a algo pode despertar tantos questionamentos e temores que é uma espécie de tabu para muita gente", opina Diogo Camargos, que assina texto e direção do espetáculo.

Ficha técnica
Solo "NÃO!". Atuação: Adriana Birolli Texto e direção: Diogo Camargos. Iluminação: Leandro Mariz. Cenário e adereços: A Dupla Dinâmica. Figurino: Letícia Birolli. Direção musical: Carlito Birolli. Produção Musical: Eugênio Fim. Fotos: Nando Machado.


Serviço
Solo "NÃO!". Local: Teatro Sérgio Cardoso | Sala Paschoal Carlos Magno. Endereço: R. Rui Barbosa, 153 - Bela Vista. Temporada: 16, 23 e 30 de outubro,  segundas-feiras, às 19h00. Ingressos: R$ 60,00 (inteira) R$30,00 (meia-entrada) | Sympla. Classificação Etária: 12 anos. Duração: 65 minutos. Capacidade da Sala:  143 lugares + 6 espaços de cadeirantes.

.: Marília Malavolta mergulha no processo criativo de Clarice Lispector


Obra reúne e destaca múltiplos exemplos de um aspecto recorrente da poética clariciana – a imagem de aderência –, apontando sua consonância com o clássico chinês I Ching


Colocar Clarice Lispector ao lado de outros gigantes da literatura, como Jorge Luis Borges e Octavio Paz, que também exploraram esteticamente o clássico chinês I Ching, e com isso desmistificar interpretações que, por vezes, limitam sua relação com o livro chinês apenas a uma dimensão oracular. É este o principal objetivo da pesquisadora Marília Malavolta em "Clarice Lispector e o Clássico Chinês I Ching: símbolos em Convergência". Neste lançamento da Editora Unesp, abrem-se novas portas para compreender a riqueza e a complexidade da poética clariciana, explorando as fascinantes convergências entre a escritora e as artes poéticas orientais.

“É quase impossível esclarecer a pluralidade sempre renovada, em movimento contínuo, segundo Marília Malavolta descreve, da literatura de Clarice Lispector”, pontua a pesquisadora argentina e professora de literatura latino-americana na University of Richmond Mariela Méndez, nas orelhas do livro. A artista plástica Maria Bonomi registra, no prefácio, que “convivi e garimpei a vida, por quase duas décadas, com Clarice para não hesitar em garantir que este livro constitui um divisor de águas para a percepção de sua existência criativa sem limites. Falo assim porque a considero a artista inspiradora máxima em qualquer tempo de escrita existencial”.

A autora nos guia por uma jornada do modo de fazer de Clarice Lispector. No primeiro capítulo, apresenta e explora a Aderência clariciana. No segundo, faz uma comparação com o conceito de Aderir chinês. No seguinte, mostra a relação específica de Clarice com o I Ching e, no quarto capítulo, revela os termos de seu valor oriental.

“Surpreendente. Atordoante. Até morrer, Clarice Lispector foi autora ‘esquisita’, indecifrável, enigmática, difícil, com poucos leitores. Chegou a ser demitida do Jornal do Brasil por “não saber escrever crônicas”, segundo o editor. Morta, em poucos anos tornou-se mito, lenda, sucesso de vendas”, pontua, na quarta capa, o imortal da Academia Brasileira de Letras Ignácio de Loyola Brandão. “O que existe de estudos em torno dela é incomparável. Agora chega o trabalho de Marília Malavolta. Excitante. Clarice vista pelo I Ching. Dos primeiros esboços da pesquisa até a publicação deste livro, se foram quatorze anos. Tudo é demorado com Clarice. Sua literatura e o I Ching. Surpreendente, fascinante. O clássico das mutações é dos mais antigos livros de filosofia chinesa. Inusitado, muitas vezes espantoso, assim devorei o livro de Marília, uma descoberta, um encanto de cada vez. Clarice, cada vez mais perene.”  


Sobre a autora
Marília Malavolta
é doutora (2016) em Estudos Literários pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), câmpus de Araraquara, e mestre (2006) em Teoria e História Literária pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), onde cursou bacharelado e licenciatura (2001) em Letras. Também na Unicamp, no Departamento de Teoria Literária do Instituto de Estudos da Linguagem, atuou como pesquisadora colaboradora de pós-doutorado, com pesquisa sobre a materialidade da escrita de Clarice Lispector  em intersecção com as artes plásticas e com a escrita ideogrâmica (2019-2021).

.: "Paraíso Tropical" volta pela primeira vez no "Vale a Pena Ver de Novo"


Olavo (Wagner Moura) e Bebel (Camila Pitanga) são um dos destaques da novela que volta à TV aberta em dezembro. Foto: divulgação

Clássico de Gilberto Braga e Ricardo Linhares, com direção de núcleo de Dennis Carvalho, "Paraíso Tropical" está de volta! Exibida originalmente em 2007, a história de amor entre Paula (Alessandra Negrini) e Daniel (Fábio Assunção) estreia nas tardes da TV Globo, no "Vale a Pena Ver de Novo", em dezembro.

Ambientada em Copacabana, com toda beleza e contradições que o tornam um bairro-símbolo do Rio de Janeiro, esse novelão que também fala sobre cobiça e ética, reúne personagens que ficaram marcados em nossa teledramaturgia, como as gêmeas Paula e Taís (Alessandra Negrini), o ambicioso e mau-caráter Olavo (Wagner Moura), a divertida Bebel (Camila Pitanga), a decadente Marion (Vera Holtz) e o poderoso Antenor (Tony Ramos). 

Além do Rio de Janeiro, a história se passa, inicialmente, na cidade fictícia de Marapuã, na Bahia. É lá onde vive Amélia (Susana Vieira), dona do bordel mais famoso da região, e mãe da doce e honesta Paula (Alessandra Negrini), a gerente de uma pousada em Pedra Bonita, cidade próxima a Marapuã. Os problemas de saúde de Amélia levam Paula à cidade onde também, coincidentemente, está Daniel (Fábio Assunção), o diretor-executivo do Grupo Cavalcanti, um dos mais fortes do país, fundado e presidido pelo empresário Antenor Cavalcanti (Tony Ramos). A empresa tem interesse em construir um resort na região, mas o prostíbulo de Amélia fica exatamente no terreno onde seria erguido o empreendimento, o que gera um embate entre Daniel e a mãe de Paula.

Um acidente em alto-mar coloca Paula e Daniel frente a frente. Uma tempestade deixa Daniel em apuros enquanto pratica windsurf e Paula, que volta para casa de lancha, consegue socorrê-lo. Sem condições de voltar, os dois se abrigam na cabana de uma ilha desabitada, e desse encontro surge uma arrebatadora história de amor, recheada de intrigas, mistérios e emoções.

"Paraíso Tropical" tem autoria de Gilberto Braga e Ricardo Linhares, com colaboração de Ângela Carneiro, João Ximenes Braga, Maria Helena Nascimento, Nelson Nadotti, Sérgio Marques, Rosa Maria e Marília Garcia. A novela tem direção de núcleo de Dennis Carvalho, direção-geral de Dennis Carvalho e José Luiz Villamarim e direção de Amora Mautner, Maria de Médicis e Cristiano Marques. ‘Paraíso Tropical’ tem previsão de estreia em dezembro no ‘Vale a Pena Ver de Novo’.





domingo, 8 de outubro de 2023

.: Livro póstumo da jornalista Cristiana Lôbo revela bastidores dos presidentes


Cristiana Lôbo, Lôba ou Cris, como era carinhosamente conhecida entre os amigos, sempre foi uma fiel observadora daquilo que move as pessoas. Pioneira na forma de comentar e noticiar os acontecimentos e uma das primeiras mulheres a cobrir política, tornou-se referência na imprensa como uma das maiores analistas do cenário político nacional. No livro "O que Vi dos Presidentes - Fatos e Versões", livro escrito por Cristiana Lôbo e finalizado por Diana Fernandes, publicado pela editora Planeta, a analista política brinda os leitores com um relato minucioso e perspicaz de quem teve acesso direto a Chefes de Estado em exercício.

Reverenciada pela maneira elegante com que interagia com figurões da política e dona de histórias singulares, suas ricas memórias estão agora eternizadas no livro. A obra apresenta os perfis de todos os presidentes eleitos, direta ou indiretamente, após o fim da ditadura militar no Brasil. Por entre detalhes curiosíssimos de cada período presidencial – dos pães de queijo para conquistar a atenção de Itamar Franco e receitas trocadas com Dilma Rousseff ao tratamento frio e impessoal destinado à imprensa por Michel Temer e Jair Bolsonaro –, Cristiana convida os leitores a desvendar como o temperamento e a personalidade de 8 presidentes moldaram seus governos em 37 anos de democracia no país.

Enquanto apresenta detalhes fundamentais de cada governo para acompanhar os desdobramentos do Brasil ao longo desses anos, a autora traz informações sobre o perfil de cada político. Falecida em novembro de 2021, Cristiana Lôbo não teve oportunidade de finalizar o livro, que foi concluído com a colaboração de Diana Fernandes, jornalista e amiga pessoal que a acompanhou por mais de três décadas ao longo de seus 43 anos de carreira. Compre o livro "O que Vi dos Presidentes - Fatos e Versões", escrito por Cristiana Lôbo e finalizado por Diana Fernandes, neste link. 


Trechos do livro

“A campanha de Collor era a mais organizada, totalmente estruturada de acordo com as normas do marketing político, que só se tornaria popular no Brasil nas eleições seguintes. O candidato tinha assessores específicos para cuidar da agenda, do relacionamento com a imprensa, da informática, da segurança, das finanças. Um ghost-writer (redator) para seus discursos. E até uma equipe própria para organizar os palanques, evitando presenças indesejáveis – os papagaios de pirata, que ele abominava.”


“O clima de animosidade não prejudicou a confecção e o sucesso do Plano Real. Anos depois, contudo, ainda causava rebuliço no grupo político de Itamar uma discussão sobre quem era, de fato, o pai do Plano Real: ele, o presidente da ocasião; ou Fernando Henrique, o ministro que coordenou a equipe. O próprio Itamar manifestou vez por outra sua mágoa por FHC ser considerado o autor do plano. Fernando Henrique sempre evitou essa polêmica e, por ocasião da morte de Itamar em 2011, disse: ‘Sem o apoio dele [Itamar] não teria Plano Real’.”


“Carlos Bolsonaro, ou Carluxo, assim chamado pelo pai e depois pelos políticos, assumiu o comando das redes sociais, abusando das fake news, que alimentariam, já no governo, o que passou a ser conhecido em Brasília como o ‘gabinete do ódio’ do Palácio do Planalto – produzindo vítimas até mesmo no grupo de apoiadores. As mídias sociais se tornaram a principal ferramenta de comunicação do governo Bolsonaro, que ignorou e desestruturou o sistema institucional em funcionamento.”

Sobre as autoras
Cristiana Lôbo começou sua carreira como estagiária em 1978 na Folha de Goiás em Goiânia, cobrindo Política até se tornar repórter da sucursal de Brasília, em 1979, onde permaneceu por 13 anos. De 1992 a 1998, foi colunista do jornal O Estado de S. Paulo. Em março de 1997, estreou na GloboNews integrando o time de comentaristas políticos do canal onde, seis anos depois, inaugurou o programa Fatos e Versões, que ficou no ar até 2020.

Na internet, foi pioneira no jornalismo em tempo real, no Portal IG. Além de seu blog no site G1, sua conta no Twitter chegou a ter mais de 1,5 milhão de seguidores. Como jornalista em Brasília, acompanhou de perto os bastidores do poder desde o fim da ditadura militar, em 1985, passando por todos os governos civis até 2021. Entre os diversos prêmios que recebeu estão Mulher Imprensa na categoria comentarista política, medalha de ouro no Prêmio Comunique-se, melhor programa de TV (Fatos e Versões) no Prêmio Engenho de Comunicação, +100 Admirados Jornalistas Brasileiros e melhor do Brasil em Política pelo TOP3 IBest 2021.


Diana Fernandes trabalhou como jornalista em Brasília por mais de três décadas, tendo passado a maior parte desse período, 27 anos, entre as redações dos jornais O Estado de S. Paulo e O Globo. Cobrindo Política Nacional, atuou como repórter, colunista e coordenadora de equipe nos dois veículos. Na segunda metade dos anos 1990, foi assistente e interina de Cristiana Lôbo na Coluna do Estadão. Em 2014, saiu do jornalismo diário para se dedicar a outros estudos e projetos. Garanta o seu exemplar de "O que Vi dos Presidentes - Fatos e Versões", escrito por Cristiana Lôbo e finalizado por Diana Fernandes, neste link.

.: Best-seller “A Ciência Tem Todas as Respostas?” será lançado no Brasil


A editora Contexto lançará no Brasil, na próxima terça-feira, dia 10 de outubro, o best-seller “A Ciência Tem Todas as Respostas?”, da física alemã Sabine Hossenfelder, criadora do canal do YouTube Science without the Gobbledygook, com quase um milhão de inscritos. Nos Estados Unidos, o livro foi um dos mais vendidos, de acordo com o jornal The New York Times. A tradução é de Peter Schulz.

Na obra, a escritora esclarece assuntos intrigantes que desafiam a compreensão de cientistas de outras áreas, filósofos, jornalistas, professores, estudantes, formadores de opinião e “todos os que não se esqueceram de perguntar sobre as grandes questões e não têm medo das respostas”, como ela define.

Ainda segundo a autora, ciência e religião têm as mesmas raízes e, ainda hoje, enfrentam dúvidas semelhantes: “De onde viemos?”; “Para onde vamos?”; “O quanto podemos conhecer?”. Respondendo a esses questionamentos, o livro também mostra que algumas ideias espirituais são perfeitamente compatíveis com a física moderna e às vezes até amparadas por ela. Compre o livro "A Ciência Tem Todas as Respostas?", de Sabine Hossenfelder, neste link.


.: Quatro contos infantis de Oscar Wilde para começar a ler com as crianças


Incentivar a leitura na infância pode trazer inúmeros benefícios para as crianças. Além disso, segundo um relatório feito pelo IPL (Instituto Pró-Livro), o público infantil entre cinco e dez anos é o que mais consome livros no Brasil, lendo diariamente ou quase todos os dias por vontade própria. Dentro desse contexto, introduzir a leitura de clássicos no dia a dia da criança pode trazer benefícios como o aumento do conhecimento em vocabulário e senso crítico. No entanto, é preciso saber como colocar essas obras no dia a dia do público infantil de forma que seja prazeroso e compreensível para eles. 

“A literatura também é porta de entrada para o aprendizado e amadurecimento dos pequenos, assim como forma de passar tempo de qualidade com os pais ou responsáveis”, comenta Fábio Pedro-Cyrino, diretor editorial da Editora Landmark - especializada em livros clássicos e bilíngues. Nesse cenário, Oscar Wilde (1854-1900) foi um autor inglês que publicou com foco no público infantil nos seus dois livros de contos: “A Casa das Romãs” e “O Príncipe Feliz e Outros Contos”. O autor aborda principalmente um dos seus temas preferidos: os seres humanos, suas duplicidades e a ideia de que nem tudo é o que parece ser. 

Essas duas obras de Wilde foram lançadas pela Landmark em capa dura e edições bilíngues, trazendo aos leitores os contos e as ilustrações originais publicados em 1891, com análises e parábolas morais para todas as idades. Quando o escritor publicou seus contos, alguns críticos julgaram que “A Casa das Romãs” era muito complexo para as crianças, mas Wilde discordava. Veja quatro dos contos clássicos que podem ser interessantes para ler com as crianças. Compre o livro “O Príncipe Feliz e Outros Contos”, de  Oscar Wilde, neste link.


"O Pescador e a Sua Alma"
Neste conto, um jovem pescador encontra uma sereia e deseja casar-se com ela, mas não pode, pois para viver debaixo d'água não pode ter alma. Explorando o universo fantástico, Wilde versa sobre o amor e as suas relações antagônicas com a propriedade, o conhecimento e até mesmo as sensações. É um dos contos mais instigantes do autor e que trabalha com um simbolismo que envolve o leitor do começo ao fim.

"O Príncipe Feliz"
A obra trata da estátua do Príncipe Feliz, a qual é deslumbrante, laminada a ouro, com olhos de safira, rubis na espada, erguida pela cidade, no ponto mais alto. Quando vivo, ele era alheio ao mundo exterior e à miséria que este continha. E, agora, contempla a pobreza do povo. Um Andorinho chega como um hóspede ocasional e, comovido pelas lágrimas do Príncipe, cede aos seus pedidos: distribuir aos mais necessitados tudo o que ainda tinha de valor. 


"O Gigante Egoísta"
No conto, quando um Gigante se recusa a liberar o acesso ao seu jardim às crianças, um terrível inverno se abate sobre o local: a geada se recusa a ir embora e a primavera se nega a escalar as paredes do jardim. No entanto, o Gigante acaba por ser transformado pelo sentimento de um menino especial. Wilde apresenta lições morais e de cortesia, com um surpreendente final..


"O Foguete Extraordinário"
A história mostra a discussão entre fogos de artifício durante a comemoração do casamento dos jovens príncipes. O debate entre as personagens serve de pano de fundo para evidenciar os efeitos do individualismo e da competitividade. Dessa forma, o conto, de modo sutil, demonstra aos leitores, de maneira didática, a necessidade de convivência e coletividade. Garanta o seu exemplar de “O Príncipe Feliz e Outros Contos”, escrito por Oscar Wilde, neste link.

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