segunda-feira, 9 de outubro de 2023

.: "Paraíso Tropical" volta pela primeira vez no "Vale a Pena Ver de Novo"


Olavo (Wagner Moura) e Bebel (Camila Pitanga) são um dos destaques da novela que volta à TV aberta em dezembro. Foto: divulgação

Clássico de Gilberto Braga e Ricardo Linhares, com direção de núcleo de Dennis Carvalho, "Paraíso Tropical" está de volta! Exibida originalmente em 2007, a história de amor entre Paula (Alessandra Negrini) e Daniel (Fábio Assunção) estreia nas tardes da TV Globo, no "Vale a Pena Ver de Novo", em dezembro.

Ambientada em Copacabana, com toda beleza e contradições que o tornam um bairro-símbolo do Rio de Janeiro, esse novelão que também fala sobre cobiça e ética, reúne personagens que ficaram marcados em nossa teledramaturgia, como as gêmeas Paula e Taís (Alessandra Negrini), o ambicioso e mau-caráter Olavo (Wagner Moura), a divertida Bebel (Camila Pitanga), a decadente Marion (Vera Holtz) e o poderoso Antenor (Tony Ramos). 

Além do Rio de Janeiro, a história se passa, inicialmente, na cidade fictícia de Marapuã, na Bahia. É lá onde vive Amélia (Susana Vieira), dona do bordel mais famoso da região, e mãe da doce e honesta Paula (Alessandra Negrini), a gerente de uma pousada em Pedra Bonita, cidade próxima a Marapuã. Os problemas de saúde de Amélia levam Paula à cidade onde também, coincidentemente, está Daniel (Fábio Assunção), o diretor-executivo do Grupo Cavalcanti, um dos mais fortes do país, fundado e presidido pelo empresário Antenor Cavalcanti (Tony Ramos). A empresa tem interesse em construir um resort na região, mas o prostíbulo de Amélia fica exatamente no terreno onde seria erguido o empreendimento, o que gera um embate entre Daniel e a mãe de Paula.

Um acidente em alto-mar coloca Paula e Daniel frente a frente. Uma tempestade deixa Daniel em apuros enquanto pratica windsurf e Paula, que volta para casa de lancha, consegue socorrê-lo. Sem condições de voltar, os dois se abrigam na cabana de uma ilha desabitada, e desse encontro surge uma arrebatadora história de amor, recheada de intrigas, mistérios e emoções.

"Paraíso Tropical" tem autoria de Gilberto Braga e Ricardo Linhares, com colaboração de Ângela Carneiro, João Ximenes Braga, Maria Helena Nascimento, Nelson Nadotti, Sérgio Marques, Rosa Maria e Marília Garcia. A novela tem direção de núcleo de Dennis Carvalho, direção-geral de Dennis Carvalho e José Luiz Villamarim e direção de Amora Mautner, Maria de Médicis e Cristiano Marques. ‘Paraíso Tropical’ tem previsão de estreia em dezembro no ‘Vale a Pena Ver de Novo’.





domingo, 8 de outubro de 2023

.: Livro póstumo da jornalista Cristiana Lôbo revela bastidores dos presidentes


Cristiana Lôbo, Lôba ou Cris, como era carinhosamente conhecida entre os amigos, sempre foi uma fiel observadora daquilo que move as pessoas. Pioneira na forma de comentar e noticiar os acontecimentos e uma das primeiras mulheres a cobrir política, tornou-se referência na imprensa como uma das maiores analistas do cenário político nacional. No livro "O que Vi dos Presidentes - Fatos e Versões", livro escrito por Cristiana Lôbo e finalizado por Diana Fernandes, publicado pela editora Planeta, a analista política brinda os leitores com um relato minucioso e perspicaz de quem teve acesso direto a Chefes de Estado em exercício.

Reverenciada pela maneira elegante com que interagia com figurões da política e dona de histórias singulares, suas ricas memórias estão agora eternizadas no livro. A obra apresenta os perfis de todos os presidentes eleitos, direta ou indiretamente, após o fim da ditadura militar no Brasil. Por entre detalhes curiosíssimos de cada período presidencial – dos pães de queijo para conquistar a atenção de Itamar Franco e receitas trocadas com Dilma Rousseff ao tratamento frio e impessoal destinado à imprensa por Michel Temer e Jair Bolsonaro –, Cristiana convida os leitores a desvendar como o temperamento e a personalidade de 8 presidentes moldaram seus governos em 37 anos de democracia no país.

Enquanto apresenta detalhes fundamentais de cada governo para acompanhar os desdobramentos do Brasil ao longo desses anos, a autora traz informações sobre o perfil de cada político. Falecida em novembro de 2021, Cristiana Lôbo não teve oportunidade de finalizar o livro, que foi concluído com a colaboração de Diana Fernandes, jornalista e amiga pessoal que a acompanhou por mais de três décadas ao longo de seus 43 anos de carreira. Compre o livro "O que Vi dos Presidentes - Fatos e Versões", escrito por Cristiana Lôbo e finalizado por Diana Fernandes, neste link. 


Trechos do livro

“A campanha de Collor era a mais organizada, totalmente estruturada de acordo com as normas do marketing político, que só se tornaria popular no Brasil nas eleições seguintes. O candidato tinha assessores específicos para cuidar da agenda, do relacionamento com a imprensa, da informática, da segurança, das finanças. Um ghost-writer (redator) para seus discursos. E até uma equipe própria para organizar os palanques, evitando presenças indesejáveis – os papagaios de pirata, que ele abominava.”


“O clima de animosidade não prejudicou a confecção e o sucesso do Plano Real. Anos depois, contudo, ainda causava rebuliço no grupo político de Itamar uma discussão sobre quem era, de fato, o pai do Plano Real: ele, o presidente da ocasião; ou Fernando Henrique, o ministro que coordenou a equipe. O próprio Itamar manifestou vez por outra sua mágoa por FHC ser considerado o autor do plano. Fernando Henrique sempre evitou essa polêmica e, por ocasião da morte de Itamar em 2011, disse: ‘Sem o apoio dele [Itamar] não teria Plano Real’.”


“Carlos Bolsonaro, ou Carluxo, assim chamado pelo pai e depois pelos políticos, assumiu o comando das redes sociais, abusando das fake news, que alimentariam, já no governo, o que passou a ser conhecido em Brasília como o ‘gabinete do ódio’ do Palácio do Planalto – produzindo vítimas até mesmo no grupo de apoiadores. As mídias sociais se tornaram a principal ferramenta de comunicação do governo Bolsonaro, que ignorou e desestruturou o sistema institucional em funcionamento.”

Sobre as autoras
Cristiana Lôbo começou sua carreira como estagiária em 1978 na Folha de Goiás em Goiânia, cobrindo Política até se tornar repórter da sucursal de Brasília, em 1979, onde permaneceu por 13 anos. De 1992 a 1998, foi colunista do jornal O Estado de S. Paulo. Em março de 1997, estreou na GloboNews integrando o time de comentaristas políticos do canal onde, seis anos depois, inaugurou o programa Fatos e Versões, que ficou no ar até 2020.

Na internet, foi pioneira no jornalismo em tempo real, no Portal IG. Além de seu blog no site G1, sua conta no Twitter chegou a ter mais de 1,5 milhão de seguidores. Como jornalista em Brasília, acompanhou de perto os bastidores do poder desde o fim da ditadura militar, em 1985, passando por todos os governos civis até 2021. Entre os diversos prêmios que recebeu estão Mulher Imprensa na categoria comentarista política, medalha de ouro no Prêmio Comunique-se, melhor programa de TV (Fatos e Versões) no Prêmio Engenho de Comunicação, +100 Admirados Jornalistas Brasileiros e melhor do Brasil em Política pelo TOP3 IBest 2021.


Diana Fernandes trabalhou como jornalista em Brasília por mais de três décadas, tendo passado a maior parte desse período, 27 anos, entre as redações dos jornais O Estado de S. Paulo e O Globo. Cobrindo Política Nacional, atuou como repórter, colunista e coordenadora de equipe nos dois veículos. Na segunda metade dos anos 1990, foi assistente e interina de Cristiana Lôbo na Coluna do Estadão. Em 2014, saiu do jornalismo diário para se dedicar a outros estudos e projetos. Garanta o seu exemplar de "O que Vi dos Presidentes - Fatos e Versões", escrito por Cristiana Lôbo e finalizado por Diana Fernandes, neste link.

.: Best-seller “A Ciência Tem Todas as Respostas?” será lançado no Brasil


A editora Contexto lançará no Brasil, na próxima terça-feira, dia 10 de outubro, o best-seller “A Ciência Tem Todas as Respostas?”, da física alemã Sabine Hossenfelder, criadora do canal do YouTube Science without the Gobbledygook, com quase um milhão de inscritos. Nos Estados Unidos, o livro foi um dos mais vendidos, de acordo com o jornal The New York Times. A tradução é de Peter Schulz.

Na obra, a escritora esclarece assuntos intrigantes que desafiam a compreensão de cientistas de outras áreas, filósofos, jornalistas, professores, estudantes, formadores de opinião e “todos os que não se esqueceram de perguntar sobre as grandes questões e não têm medo das respostas”, como ela define.

Ainda segundo a autora, ciência e religião têm as mesmas raízes e, ainda hoje, enfrentam dúvidas semelhantes: “De onde viemos?”; “Para onde vamos?”; “O quanto podemos conhecer?”. Respondendo a esses questionamentos, o livro também mostra que algumas ideias espirituais são perfeitamente compatíveis com a física moderna e às vezes até amparadas por ela. Compre o livro "A Ciência Tem Todas as Respostas?", de Sabine Hossenfelder, neste link.


.: Quatro contos infantis de Oscar Wilde para começar a ler com as crianças


Incentivar a leitura na infância pode trazer inúmeros benefícios para as crianças. Além disso, segundo um relatório feito pelo IPL (Instituto Pró-Livro), o público infantil entre cinco e dez anos é o que mais consome livros no Brasil, lendo diariamente ou quase todos os dias por vontade própria. Dentro desse contexto, introduzir a leitura de clássicos no dia a dia da criança pode trazer benefícios como o aumento do conhecimento em vocabulário e senso crítico. No entanto, é preciso saber como colocar essas obras no dia a dia do público infantil de forma que seja prazeroso e compreensível para eles. 

“A literatura também é porta de entrada para o aprendizado e amadurecimento dos pequenos, assim como forma de passar tempo de qualidade com os pais ou responsáveis”, comenta Fábio Pedro-Cyrino, diretor editorial da Editora Landmark - especializada em livros clássicos e bilíngues. Nesse cenário, Oscar Wilde (1854-1900) foi um autor inglês que publicou com foco no público infantil nos seus dois livros de contos: “A Casa das Romãs” e “O Príncipe Feliz e Outros Contos”. O autor aborda principalmente um dos seus temas preferidos: os seres humanos, suas duplicidades e a ideia de que nem tudo é o que parece ser. 

Essas duas obras de Wilde foram lançadas pela Landmark em capa dura e edições bilíngues, trazendo aos leitores os contos e as ilustrações originais publicados em 1891, com análises e parábolas morais para todas as idades. Quando o escritor publicou seus contos, alguns críticos julgaram que “A Casa das Romãs” era muito complexo para as crianças, mas Wilde discordava. Veja quatro dos contos clássicos que podem ser interessantes para ler com as crianças. Compre o livro “O Príncipe Feliz e Outros Contos”, de  Oscar Wilde, neste link.


"O Pescador e a Sua Alma"
Neste conto, um jovem pescador encontra uma sereia e deseja casar-se com ela, mas não pode, pois para viver debaixo d'água não pode ter alma. Explorando o universo fantástico, Wilde versa sobre o amor e as suas relações antagônicas com a propriedade, o conhecimento e até mesmo as sensações. É um dos contos mais instigantes do autor e que trabalha com um simbolismo que envolve o leitor do começo ao fim.

"O Príncipe Feliz"
A obra trata da estátua do Príncipe Feliz, a qual é deslumbrante, laminada a ouro, com olhos de safira, rubis na espada, erguida pela cidade, no ponto mais alto. Quando vivo, ele era alheio ao mundo exterior e à miséria que este continha. E, agora, contempla a pobreza do povo. Um Andorinho chega como um hóspede ocasional e, comovido pelas lágrimas do Príncipe, cede aos seus pedidos: distribuir aos mais necessitados tudo o que ainda tinha de valor. 


"O Gigante Egoísta"
No conto, quando um Gigante se recusa a liberar o acesso ao seu jardim às crianças, um terrível inverno se abate sobre o local: a geada se recusa a ir embora e a primavera se nega a escalar as paredes do jardim. No entanto, o Gigante acaba por ser transformado pelo sentimento de um menino especial. Wilde apresenta lições morais e de cortesia, com um surpreendente final..


"O Foguete Extraordinário"
A história mostra a discussão entre fogos de artifício durante a comemoração do casamento dos jovens príncipes. O debate entre as personagens serve de pano de fundo para evidenciar os efeitos do individualismo e da competitividade. Dessa forma, o conto, de modo sutil, demonstra aos leitores, de maneira didática, a necessidade de convivência e coletividade. Garanta o seu exemplar de “O Príncipe Feliz e Outros Contos”, escrito por Oscar Wilde, neste link.

.: “Sinto uma responsabilidade imensa em interpretar Mollie Burkhart”, diz atriz


Baseado numa história real, filme chega aos cinemas em 19 de outubro e também traz no elenco Leonardo DiCaprio, Robert De Niro e Brendan Fraser. Na imagem, JaNae Collins, Lily Gladstone, Cara Jade Myers e Jillian Dion em “Assassinos da Lua das Flores”.


“Eu sinto uma responsabilidade imensa em interpretar Mollie Burkhart”
, conta a atriz Lily Gladstone em novo vídeo de “Assassinos da Lua das Flores”. No filme, sua personagem é parte da nação Osage, povo que sofre com uma série de homicídios após a descoberta de petróleo no seu território. “Quando os assassinatos começam a acontecer, Mollie desafia o sistema de justiça”, afirma Gladstone. “Eu estou honrada em apoiar a nação Osage e os descendentes dos que sobreviveram”, completa a atriz.

A trajetória da sua personagem se cruza com a de Ernest Burkhart, interpretado por Leonardo DiCaprio, seu motorista, de quem ela acaba se aproximando. Para DiCaprio, “Mollie representa a dor dos Osage”. “Mollie é realmente a heroína, de diferentes formas”, diz o ator. Contracenando com o casal, estão também Robert De Niro no papel de Bill Hale, Jesse Plemons, como Tom White, e Brendan Fraser como W.S. Hamilton.

Dirigido pelo diretor vencedor do Oscar Martin Scorsese, o filme conta a história real de uma série de crimes brutais cometidos contra os Osage. O roteiro, baseado no livro bestseller homônimo de David Grann, “Assassinos da Lua das Flores” retrata como o petróleo trouxe uma fortuna para a nação Osage, na Oklahoma dos anos 1920, e como essa riqueza imediatamente atraiu intrusos brancos, que manipularam, extorquiram, roubaram e assassinaram essa população. Narrado através do improvável romance entre Ernest e Mollie, o longa é uma saga épica de faroeste, onde o amor verdadeiro se cruza com uma traição indescritível.

Produzido pela Apple Studios em parceria com Imperative Entertainment, Sikelia Productions e Appian Way, a produção é distribuída nos cinemas pela Paramount Pictures. Além de protagonizar o filme, Leonardo DiCaprio assina como produtor executivo ao lado de Rick Yorn, Adam Somner, Marianne Bower, Lisa Frechette, John Atwood, Shea Kammer e Niels Juul. “Assassinos da Lua das Flores” estreia nos cinemas brasileiros em 19 de outubro.


Assista no Cineflix
O Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021. Para acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN.

.: “A Loja de Lámen”, quarto livro de Lucas Grosso, será lançado NaMiúda


“A Loja de Lámen”, novo livro de poesia do escritor Lucas Grosso, aborda o efeito das crises do capitalismo tardio na psiquê de toda uma geração. Publicado pela editora Penalux, a coletânea de poemas conta com a orelha assinada pela poeta, contista e dramaturga Gabriele Rosa. O primeiro evento de lançamento acontece em São Paulo na terça-feira, dia 10 de outubro, às 19h, na NaMiúda Café - Av. Prof. Alfonso Bovero, 522, Sumaré, em São Paulo. 

O poeta trabalha as angústias, planos e ideais frustrados dos millennials, transformando a precarização do trabalho, o sentimento de inadequação e as decepções amorosas em corpo poético. Sobre isso, Gabriele Rosa afirma: “Lucas Grosso sutura poemas do cotidiano alargado – e restrito, paradoxalmente – pela pandemia de Covid-19, em travessia com outras formas baldias emocionais e performativas do pós-pandêmico. o autor elabora um narrador-espelho, se coloca em jogo poético.”

Em “A Loja de Lámen”, a cidade de São Paulo aparece e, a partir dela, o autor faz do isolamento, do não-pertencimento, das crises e da busca por algum tipo de alívio algo coletivo. E isso, nas palavras de Gabriele Rosa, se manifesta nas andanças, nos diálogos com outros escritores, nas canções, nas plantas e na paternagem como uma resposta às ruínas inevitáveis de um corpo que é vivo, e pulsa em direção ao outro.

Lucas considera que esse livro é uma continuidade de suas obras anteriores. Nele, acontece um esvaziamento de ideologias, padrões de vida, crenças pessoais, nacionalismo e demais formadores tradicionais do que se considera identidade. “A sociedade nos traiu ou não nos aceita como somos. Isso causa aflição, angústia, indecisão, e os choque geracionais são pesados”, evidencia. “A ideia que quero começar a defender: minha obra é uma tentativa de criar uma Comédia Humana do século 21. Se estou longe de escrever como Balzac, estou começando a parecer (fisicamente) com ele”, brinca.


A poética de Lucas Grosso como análise da existência individual e coletiva
Nascido em São Paulo, em 1990, Lucas Grosso se formou em Letras pela PUC-SP e tem Mestrado em Literatura pela mesma instituição. Concursado pela Prefeitura de São Paulo, já participou de revistas como Mallarmargens, Zunái, Subversa, 7faces e Toró. Atualmente, colabora para os portais Fazia Poesia e Revista Úrsula. Lucas também é autor de “Nada” (Patuá, 2019), “Hinário Ateu” (Urutau, 2020) e coautor de “Terra dos papagaios” (Penalux, 2021). 

Suas principais referências literárias são muitas e vão desde Tchekhov, Beckett e Milton Nascimento até Angélica Freitas, Lubi Prates, Aline Rocha, Julia Dantas e Ana Martins Marques. Na construção desse livro, o autor destaca como influência “As Helenas de Troia, NY” da Bernadette Meyer, “Uma Estranha na Cidade” de Carol Bensimon, “A Teus Pés” da  Ana Cristina Cesar, “Não-lugares” de Marc Augé, os livros de Roberto Freire, o disco “Alucinação” de Belchior e Caetano Veloso como um todo. As oficinas ministradas por Gabriele Rosa também foram muito importantes para o processo criativo de “A Loja de Lámen”.

Sobre projetos futuros, Lucas tem uma coletânea de poesias a ser publicada em breve e alguns projetos em andamento, um deles envolve seguir essa escrita analítica, que lhe é cara, em uma obra que busca explorar o que significa romper com a tradição social e cultural anterior, reorganizando parâmetros e paradigmas, ressignificando valores e instituições. Também sonha em sistematizar sua escrita voltada para a literatura infantil, feita com e para sua filha de sete anos. Adquira “A Loja de Lámen”, via site da editora Penalux: https://www.editorapenalux.com.br/loja/a-loja-de-lamen.

sábado, 7 de outubro de 2023

.: Entrevista com Jurema Otaviano: vozes de Minas que cantam e encantam


Por Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural.

Fundado há mais de 20 anos em Guaxupé, no Sul de Minas, o grupo vocal A Quatro Vozes segue realizando um trabalho íntegro resgatando composições do nosso cancioneiro e produzindo material autoral. Um dos mais recentes é o show com repertório que celebra os 50 anos do LP "Clube da Esquina", que vem sendo apresentado na série Sotaques do Brasil.

Atualmente o grupo atua como trio formado pelas irmãs Dora Otaviano, Jurema Otaviano e Jussara Otaviano, que cantam acompanhadas pelos violões de Brau Mendonça e Marquinho Mendonça. Em entrevista para o Resenhando, Jurema Otaviano conta como se deu a formação do grupo e revela suas principais influências musicais. “Cantar em harmonia é uma experiência incrível que te renova como interprete”.


Resenhando – Como foi o seu início na música?
Jurema Otaviano –
Minhas primeiras lembranças remontam lá no Sul de Minas, ouvindo a Radio Clube de Guaxupé. Tinha uma programação com música instrumental durante o dia. E ouvíamos muitos discos de cantores e grupos vocais. Desde Trio Irakitan até o Boca Livre. Notei que o Brasil tinha uma tradição forte com grupos vocais na MPB. Isso serviu como estímulo para fundar o A Quatro Vozes.


Resenhando – Como foi a formação do grupo?
Jurema Otaviano –
A origem dele começa na família. Nossa mãe gostava muito de cantar, o que fez com que a gente também pegasse o gosto pela coisa. O fato é que houve uma identificação com nossas ideias sobre música. Começamos em 1994 e desde então continuamos juntas.


Resenhando – Mas nos últimos tempos a formação, que originalmente era quarteto, se tornou um trio. Como foi essa transição?
Jurema Otaviano –
Foi um desafio e tanto. As harmonizações com quatro vozes têm um tipo de nuance diferente do trio. Por outro lado, estamos descobrindo outras ideias de arranjos. Tudo tem sido um aprendizado diário extremamente proveitoso.


Resenhando – Como foi resgatar canções do Clube da Esquina?
Jurema Otaviano –
Essa era uma ideia antiga nossa. Somos todas fãs de Milton Nascimento e de toda a turma do Clube da Esquina. São canções atemporais que ainda nos emocionam. Foi uma honra poder cantá-las, porque o álbum completou 50 anos e o Milton chegou aos 80 anos.


Resenhando – Vocês produzem material autoral?
Jurema Otaviano –
Nós também temos composições próprias. Nossa produção tem sambas, baladas e outros estilos mais próximos do folclore. Tudo fruto de nossa formação musical.


Resenhando – Como estão programando novas apresentações?
Jurema Otaviano –
Nesta sexta, dia 6 de outubro, nós nos apresentamos em Guararema na Estação Literária. Vamos continuar nos apresentando dentro da caravana Sotaques do Brasil. E continuamos levando nossa música para todos. Porque como diz aquela canção do Milton Nascimento: Todo artista tem que ir onde o povo está.


"Pantanal"

"Bola de Meia Bola de Gude"

"Conto de Areia"

.: Nova temporada de "Loki" estreia e o deus da trapaça invade o Brasil

Tudo o que você precisa saber de 'Loki'. Primeiro episódio da série já está disponível exclusivamente no Disney+


O Deus da trapaça está de volta! A segunda temporada da série original da Marvel Studios para o Disney+ acaba de chegar à plataforma, e já é o maior sucesso. Para celebrar e promover a chegada dos tão esperados novos episódios de Loki, a Disney realizou diversas ações e iniciativas para com o público. Entre os destaques está a personalização dos trens da CPTM (São Paulo) e VLT (Rio de Janeiro), que foram envelopados e tematizados com a comunicação e elementos da série, além da distribuição de chifres inspirados no personagem nas estações cariocas Praça XV, Colombo e São Bento, nas estações paulistas Pinheiros, Hebraica Rebouças e Santo Amaro, além dos Shoppings Eldorado e Center 3.

Também como forma de dar visibilidade para essa grande estreia do serviço de streaming, a apresentadora Adriane Galisteu apareceu vestida de Loki na primeira prova de fogo do programa A Fazenda, da Record TV. A dinâmica era um jogo de trapaça e contou com um cenário temático da série.



Adriane Galisteu com look inspirado em Loki

Aproveitando o sucesso da novela Fuzuê, da rede Globo, a nova temporada de Loki ganhou um destaque especial no capítulo do dia 03 de outubro, em que a loja Fuzuê estava tematizada com coisas da série e a personagem Soraya imaginava Francisco fantasiado como o personagem. Ainda no mesmo dia aconteceu em São Paulo uma première especial para jornalistas, influenciadores e convidados, onde foram exibidos os dois episódios da série.

Já no dia da estreia de Loki no Disney+, em 05 de outubro, Loki deu o que falar na Semi final da Libertadores. No jogo Palmeiras x Boca Junior, a sombra dos chifres do personagem foi projetada no meio do campo do Allianz Parque e, após a partida, os comentaristas da ESPN puderam falar um pouco mais sobre a nova temporada da produção para os fãs de esporte.

A Limited Edition Collectibles Store, loja  de colecionáveis, dioramas e itens exclusivos na Rua da Consolação (São Paulo/SP) também recebeu o icônico par de chifres na sua fachada, que ficará decorada dessa maneiro por 1 mês. Completando as ações da campanha de lançamento da série, 4 vídeos de fake out of home, mostrarão a sombra dos chifres de Loki no Pelourinho em Salvador, no WTC em São Paulo, no Jardim Botânico de Curitiba e na orla do Rio de Janeiro.

Além disso tudo, a Disney disponibilizou no TikTok um áudio com a música e um diálogo do trailer oficial da série. O conteúdo disponível para o público foi utilizado em uma trend de transition feita por influenciadores pagos.

A segunda temporada de Loki já está disponível no Disney+.


Trailer:


VIDEO CASE:





.: Provoca: Marco Luque diz que “criar filho não é sobreviver ao filho"

Marco Luque e Marcelo Tas. Foto: Beatriz Oliveira


Marco Luque é o convidado do Provoca desta terça-feira (10/10). Em entrevista a Marcelo Tas, o ator e comediante fala sobre família, relacionamento com as filhas, inteligência artificial, futebol na Espanha e outros assuntos. Edição inédita vai ao ar às 22h, na TV Cultura e Cultura Play.

Quanto ao relacionamento que tem com suas filhas, ele afirma: “Elas ensinam tudo. Elas me ensinam a ser um cara atual”. Luque também diz: “Eu percebo até hoje que eu tenho um registro de criação de um pai bravo. (...) Minha mãe falava: ‘quer chinelo ou cinta?’” e conta que, hoje, age de forma diferente com Isadora e Mel, numa relação pautada no diálogo. “Criar filho não é sobreviver ao filho. Criar filho não é fácil, só que é incrível”, finaliza.

O humorista defende que a Inteligência Artificial é um risco para o futuro, ao mesmo passo em que é um facilitador no presente. E ao ser provocado por Tas, que pergunta se ele tem medo de ser substituído por um robô, responde de forma descontraída e em meio a risadas: “Não, porque a Inteligência Artificial é lógica. E eu nem sempre”.

O ator também conta sobre o período em que morou na Espanha, na cidade de Badajós, para jogar num time da segunda divisão do país. “Foi um momento muito importante. Uma experiência de vida muito louca.” Em tom bem-humorado, Luque conta sobre a “pancadaria” dentro de campo: “Você recebia a bola. Você conta até quatro, ou três, porque vão te levantar. Então você já tinha que se livrar da bola rápido”.

A volta para o Brasil se deu depois que uma senhora espirrou no metrô. E, de forma divertida, Luque conta: “Eu fecho o olho eu sinto o própolis, aquele cheiro de própolis que veio em mim. (...) Acho que eu peguei a gripe espanhola que estava nela”. De volta para o Brasil para se cuidar, no período de janela de contratação, o humorista decidiu que não iria para a Espanha de novo.

Sobre o sonho de ser jogador profissional, Luque revela que, com o tempo, percebeu que esse era muito mais um desejo de seu pai: “Ele nunca acreditou na arte, pra mim. Sempre teve um medinho”. Então, encontrou no futebol uma possível garantia.

.: Cozinheiros irão reproduzir pratos de Jacquin no “MasterChef Profissionais”

Na prova de eliminação, os participantes são desafiados a elaborar receitas com miúdos de boi, pato e porco

Jacquin comanda prova de serviço no próximo episódio do MasterChef Profissionais. Crédito: Melissa Haidar/Band


A Band apresenta na próxima terça-feira (10) o quarto episódio do MasterChef Profissionais. Logo no início do programa, os competidores vão encarar uma nova prova de serviço. Dessa vez, eles terão de reproduzir oito receitas de autoria de Erick Jacquin que são resultado de um resgate de comidas que foram importantes durante a trajetória pessoal e profissional do chef francês. Para a entrada, as opções são remoulade de pupunha com king crab e molho cocktail; ovo mexido com caviar mujol; e lagostim grelhado com emulsão de sauternes e gengibre e pontas de aspargos. Como prato principal, os participantes precisam preparar peixe tamboril com molho americano e endívia salteada com ervas frescas; frango à la bresse com velouté de galinha, champignons torneados e crepe vonnassiennes; e rosbife de coração de alcatra com molho rôti, tutano e cenoura vichy. Entre as sobremesas selecionadas estarão crème brûlée com frutas vermelhas e sorbet de pera com favas de baunilha; e poire williams com madeleine de frutas confitadas.

A ideia é que os concorrentes formem uma grande equipe de restaurante e se organizem para fazer a mise en place e toda a entrega sob o comando do jurado. O menu, que demanda muita técnica e precisão, terá de contar com diversos processos até chegar ao empratamento perfeito para ser servido a pessoas que trabalham com Jacquin, ou seja, todas conhecem muito bem o repertório e não aceitarão nada que esteja mal feito. Os profissionais que apresentarem os melhores desempenhos garantem mais uma semana no jogo.

No desafio eliminatório, quem não conseguiu se salvar será obrigado a elaborar um trio de miúdos com fígado, timo, pulmão, passarinha, coração ou cérebro de boi; rins, fígado e língua de porco; e fígado de pato. É necessário mostrar toda a bagagem e conhecimento nesta missão, transformando os ingredientes em deliciosas entradas. O autor do pior trabalho deixa a competição.

sexta-feira, 6 de outubro de 2023

.: Aos 87 anos, vencedor do Jabuti por duas vezes lança livro "Vida ao Vivo"


Escrito com maestria por Ivan Angelo, o livro "Vida ao Vivo", lançado pela Companhia das Letras, é a mistura perfeita de humor e suspense, um romance repleto de alusões a personagens e eventos verdadeiros, por mais absurdos que sejam — cada uma de suas reviravoltas guarda questões mal resolvidas da história do Brasil. Como sabemos, cedo ou tarde elas cobram seu preço.

Numa noite de novembro, os espectadores do maior canal de televisão do país esperam o primeiro capítulo da novela das nove. Mas no lugar da estreia de "Frutos Proibidos" surge apenas a imagem de um homem mais velho, corpulento, de roupão e camisa, sentado numa poltrona: Fernando Bandeira de Mello Aranha, o dono da emissora.

Visivelmente debilitado, o empresário usa seu poder midiático para fazer uma denúncia e um apelo em rede nacional. Pouco tempo antes, passou muito perto da morte, ao ser infectado pelo vírus da covid-19. Ele acredita que a contaminação tenha sido uma tentativa deliberada de assassinato, já que há quase 20 anos reduziu seu círculo social a poucas pessoas e nunca sai de seu tríplex gigantesco no centro de São Paulo. Além da acusação, apresenta ao público uma fotografia antiga em que aparece ao lado de uma mulher desconhecida, por quem ficou obcecado — para reencontrá-la, está disposto a pagar uma enorme recompensa em dinheiro.

Assim começa a trama rocambolesca de "Vida ao Vivo". Enquanto mobiliza a discussão pública em torno da misteriosa personagem da foto e de tudo o que há de podre no reino dos Mello Aranha, o “dr. Fernando” tece comentários mordazes que abarcam desde a especulação imobiliária até os meios escusos pelos quais grandes negócios enriqueciam durante a ditadura militar. Compre o livro "Viva ao Vivo", de Ivan Angelo, neste link.

O que disseram sobre o livro 
“Romance ágil, vigoroso, desconcertante, irresistível e demolidor, Vida ao Vivo é também uma invenção formal inigualável. É arte. É ficção. É verdade. Tudo a ler.” — Eugênio Bucci


Sobre  o autor
Ivan Angelo nasceu em 1936 em Barbacena, Minas Gerais. É autor do romance "A Festa" (1976) e da novela "Amor?" (1995), ambos vencedores do prêmio Jabuti. Também foi premiado pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) pelo livro de contos "A Face Horrível" (1986) e pelo romance "Pode me Beijar se Quiser" (1997). Sua obra, que já foi traduzida para o inglês, o francês e o alemão, inclui ainda crônicas, ensaios e livros infantis. Garanta o seu exemplar de "Viva ao Vivo", escrito por Ivan Angelo, neste link.

.: Os livros do escritor norueguês Jon Fosse, vencedor do Prêmio Nobel


Companhia das Letras e Fósforo celebram juntas o prêmio Nobel de 2023 concedido ao escritor norueguês Jon Fosse por "suas peças de teatro e prosa inovadoras que dão voz ao indizível", segundo a academia sueca. Fosse é dono de uma vasta obra que se debruça sobre questões existenciais como a morte, o amor, a fé e o desespero. 

Sua escrita é construída de modo a replicar o ritmo e a repetição de uma oração, e a precisão obsessiva de seu trabalho fez com que ele ultrapassasse os limites do estilo para forjar algo próximo de uma nova forma literária, na qual a relação com a metafísica vai além do conteúdo, inscrevendo-se também na composição formal. 

"É a Ales" (2003) acaba de ser lançado no dia 25 de setembro pela Companhia das Letras e "Brancura" (2023) já se encontra em pré-venda no site da Fósforo e chegará às livrarias no dia 19 de outubro. Para 2024, a Fósforo prepara uma antologia de poemas e outra de peças do escritor norueguês, conhecido por transitar entre diversos gêneros. 

Já a Companhia das Letras pretende lançar no mesmo ano "Trilogia", premiado volume com três novelas sobre a história de amor entre um jovem casal. Em 2025, sai pela Fósforo Septologia, romance de mil páginas considerado por muitos sua grande obra. As duas editoras comemoram juntas o prêmio e a chegada aos leitores brasileiros de uma das principais vozes da literatura europeia em traduções direto do original e deseja a todos ótimas leituras. Compre os livros de Jon Fosse neste link.

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