domingo, 8 de outubro de 2023

.: “Sinto uma responsabilidade imensa em interpretar Mollie Burkhart”, diz atriz


Baseado numa história real, filme chega aos cinemas em 19 de outubro e também traz no elenco Leonardo DiCaprio, Robert De Niro e Brendan Fraser. Na imagem, JaNae Collins, Lily Gladstone, Cara Jade Myers e Jillian Dion em “Assassinos da Lua das Flores”.


“Eu sinto uma responsabilidade imensa em interpretar Mollie Burkhart”
, conta a atriz Lily Gladstone em novo vídeo de “Assassinos da Lua das Flores”. No filme, sua personagem é parte da nação Osage, povo que sofre com uma série de homicídios após a descoberta de petróleo no seu território. “Quando os assassinatos começam a acontecer, Mollie desafia o sistema de justiça”, afirma Gladstone. “Eu estou honrada em apoiar a nação Osage e os descendentes dos que sobreviveram”, completa a atriz.

A trajetória da sua personagem se cruza com a de Ernest Burkhart, interpretado por Leonardo DiCaprio, seu motorista, de quem ela acaba se aproximando. Para DiCaprio, “Mollie representa a dor dos Osage”. “Mollie é realmente a heroína, de diferentes formas”, diz o ator. Contracenando com o casal, estão também Robert De Niro no papel de Bill Hale, Jesse Plemons, como Tom White, e Brendan Fraser como W.S. Hamilton.

Dirigido pelo diretor vencedor do Oscar Martin Scorsese, o filme conta a história real de uma série de crimes brutais cometidos contra os Osage. O roteiro, baseado no livro bestseller homônimo de David Grann, “Assassinos da Lua das Flores” retrata como o petróleo trouxe uma fortuna para a nação Osage, na Oklahoma dos anos 1920, e como essa riqueza imediatamente atraiu intrusos brancos, que manipularam, extorquiram, roubaram e assassinaram essa população. Narrado através do improvável romance entre Ernest e Mollie, o longa é uma saga épica de faroeste, onde o amor verdadeiro se cruza com uma traição indescritível.

Produzido pela Apple Studios em parceria com Imperative Entertainment, Sikelia Productions e Appian Way, a produção é distribuída nos cinemas pela Paramount Pictures. Além de protagonizar o filme, Leonardo DiCaprio assina como produtor executivo ao lado de Rick Yorn, Adam Somner, Marianne Bower, Lisa Frechette, John Atwood, Shea Kammer e Niels Juul. “Assassinos da Lua das Flores” estreia nos cinemas brasileiros em 19 de outubro.


Assista no Cineflix
O Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021. Para acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN.

.: “A Loja de Lámen”, quarto livro de Lucas Grosso, será lançado NaMiúda


“A Loja de Lámen”, novo livro de poesia do escritor Lucas Grosso, aborda o efeito das crises do capitalismo tardio na psiquê de toda uma geração. Publicado pela editora Penalux, a coletânea de poemas conta com a orelha assinada pela poeta, contista e dramaturga Gabriele Rosa. O primeiro evento de lançamento acontece em São Paulo na terça-feira, dia 10 de outubro, às 19h, na NaMiúda Café - Av. Prof. Alfonso Bovero, 522, Sumaré, em São Paulo. 

O poeta trabalha as angústias, planos e ideais frustrados dos millennials, transformando a precarização do trabalho, o sentimento de inadequação e as decepções amorosas em corpo poético. Sobre isso, Gabriele Rosa afirma: “Lucas Grosso sutura poemas do cotidiano alargado – e restrito, paradoxalmente – pela pandemia de Covid-19, em travessia com outras formas baldias emocionais e performativas do pós-pandêmico. o autor elabora um narrador-espelho, se coloca em jogo poético.”

Em “A Loja de Lámen”, a cidade de São Paulo aparece e, a partir dela, o autor faz do isolamento, do não-pertencimento, das crises e da busca por algum tipo de alívio algo coletivo. E isso, nas palavras de Gabriele Rosa, se manifesta nas andanças, nos diálogos com outros escritores, nas canções, nas plantas e na paternagem como uma resposta às ruínas inevitáveis de um corpo que é vivo, e pulsa em direção ao outro.

Lucas considera que esse livro é uma continuidade de suas obras anteriores. Nele, acontece um esvaziamento de ideologias, padrões de vida, crenças pessoais, nacionalismo e demais formadores tradicionais do que se considera identidade. “A sociedade nos traiu ou não nos aceita como somos. Isso causa aflição, angústia, indecisão, e os choque geracionais são pesados”, evidencia. “A ideia que quero começar a defender: minha obra é uma tentativa de criar uma Comédia Humana do século 21. Se estou longe de escrever como Balzac, estou começando a parecer (fisicamente) com ele”, brinca.


A poética de Lucas Grosso como análise da existência individual e coletiva
Nascido em São Paulo, em 1990, Lucas Grosso se formou em Letras pela PUC-SP e tem Mestrado em Literatura pela mesma instituição. Concursado pela Prefeitura de São Paulo, já participou de revistas como Mallarmargens, Zunái, Subversa, 7faces e Toró. Atualmente, colabora para os portais Fazia Poesia e Revista Úrsula. Lucas também é autor de “Nada” (Patuá, 2019), “Hinário Ateu” (Urutau, 2020) e coautor de “Terra dos papagaios” (Penalux, 2021). 

Suas principais referências literárias são muitas e vão desde Tchekhov, Beckett e Milton Nascimento até Angélica Freitas, Lubi Prates, Aline Rocha, Julia Dantas e Ana Martins Marques. Na construção desse livro, o autor destaca como influência “As Helenas de Troia, NY” da Bernadette Meyer, “Uma Estranha na Cidade” de Carol Bensimon, “A Teus Pés” da  Ana Cristina Cesar, “Não-lugares” de Marc Augé, os livros de Roberto Freire, o disco “Alucinação” de Belchior e Caetano Veloso como um todo. As oficinas ministradas por Gabriele Rosa também foram muito importantes para o processo criativo de “A Loja de Lámen”.

Sobre projetos futuros, Lucas tem uma coletânea de poesias a ser publicada em breve e alguns projetos em andamento, um deles envolve seguir essa escrita analítica, que lhe é cara, em uma obra que busca explorar o que significa romper com a tradição social e cultural anterior, reorganizando parâmetros e paradigmas, ressignificando valores e instituições. Também sonha em sistematizar sua escrita voltada para a literatura infantil, feita com e para sua filha de sete anos. Adquira “A Loja de Lámen”, via site da editora Penalux: https://www.editorapenalux.com.br/loja/a-loja-de-lamen.

sábado, 7 de outubro de 2023

.: Entrevista com Jurema Otaviano: vozes de Minas que cantam e encantam


Por Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural.

Fundado há mais de 20 anos em Guaxupé, no Sul de Minas, o grupo vocal A Quatro Vozes segue realizando um trabalho íntegro resgatando composições do nosso cancioneiro e produzindo material autoral. Um dos mais recentes é o show com repertório que celebra os 50 anos do LP "Clube da Esquina", que vem sendo apresentado na série Sotaques do Brasil.

Atualmente o grupo atua como trio formado pelas irmãs Dora Otaviano, Jurema Otaviano e Jussara Otaviano, que cantam acompanhadas pelos violões de Brau Mendonça e Marquinho Mendonça. Em entrevista para o Resenhando, Jurema Otaviano conta como se deu a formação do grupo e revela suas principais influências musicais. “Cantar em harmonia é uma experiência incrível que te renova como interprete”.


Resenhando – Como foi o seu início na música?
Jurema Otaviano –
Minhas primeiras lembranças remontam lá no Sul de Minas, ouvindo a Radio Clube de Guaxupé. Tinha uma programação com música instrumental durante o dia. E ouvíamos muitos discos de cantores e grupos vocais. Desde Trio Irakitan até o Boca Livre. Notei que o Brasil tinha uma tradição forte com grupos vocais na MPB. Isso serviu como estímulo para fundar o A Quatro Vozes.


Resenhando – Como foi a formação do grupo?
Jurema Otaviano –
A origem dele começa na família. Nossa mãe gostava muito de cantar, o que fez com que a gente também pegasse o gosto pela coisa. O fato é que houve uma identificação com nossas ideias sobre música. Começamos em 1994 e desde então continuamos juntas.


Resenhando – Mas nos últimos tempos a formação, que originalmente era quarteto, se tornou um trio. Como foi essa transição?
Jurema Otaviano –
Foi um desafio e tanto. As harmonizações com quatro vozes têm um tipo de nuance diferente do trio. Por outro lado, estamos descobrindo outras ideias de arranjos. Tudo tem sido um aprendizado diário extremamente proveitoso.


Resenhando – Como foi resgatar canções do Clube da Esquina?
Jurema Otaviano –
Essa era uma ideia antiga nossa. Somos todas fãs de Milton Nascimento e de toda a turma do Clube da Esquina. São canções atemporais que ainda nos emocionam. Foi uma honra poder cantá-las, porque o álbum completou 50 anos e o Milton chegou aos 80 anos.


Resenhando – Vocês produzem material autoral?
Jurema Otaviano –
Nós também temos composições próprias. Nossa produção tem sambas, baladas e outros estilos mais próximos do folclore. Tudo fruto de nossa formação musical.


Resenhando – Como estão programando novas apresentações?
Jurema Otaviano –
Nesta sexta, dia 6 de outubro, nós nos apresentamos em Guararema na Estação Literária. Vamos continuar nos apresentando dentro da caravana Sotaques do Brasil. E continuamos levando nossa música para todos. Porque como diz aquela canção do Milton Nascimento: Todo artista tem que ir onde o povo está.


"Pantanal"

"Bola de Meia Bola de Gude"

"Conto de Areia"

.: Nova temporada de "Loki" estreia e o deus da trapaça invade o Brasil

Tudo o que você precisa saber de 'Loki'. Primeiro episódio da série já está disponível exclusivamente no Disney+


O Deus da trapaça está de volta! A segunda temporada da série original da Marvel Studios para o Disney+ acaba de chegar à plataforma, e já é o maior sucesso. Para celebrar e promover a chegada dos tão esperados novos episódios de Loki, a Disney realizou diversas ações e iniciativas para com o público. Entre os destaques está a personalização dos trens da CPTM (São Paulo) e VLT (Rio de Janeiro), que foram envelopados e tematizados com a comunicação e elementos da série, além da distribuição de chifres inspirados no personagem nas estações cariocas Praça XV, Colombo e São Bento, nas estações paulistas Pinheiros, Hebraica Rebouças e Santo Amaro, além dos Shoppings Eldorado e Center 3.

Também como forma de dar visibilidade para essa grande estreia do serviço de streaming, a apresentadora Adriane Galisteu apareceu vestida de Loki na primeira prova de fogo do programa A Fazenda, da Record TV. A dinâmica era um jogo de trapaça e contou com um cenário temático da série.



Adriane Galisteu com look inspirado em Loki

Aproveitando o sucesso da novela Fuzuê, da rede Globo, a nova temporada de Loki ganhou um destaque especial no capítulo do dia 03 de outubro, em que a loja Fuzuê estava tematizada com coisas da série e a personagem Soraya imaginava Francisco fantasiado como o personagem. Ainda no mesmo dia aconteceu em São Paulo uma première especial para jornalistas, influenciadores e convidados, onde foram exibidos os dois episódios da série.

Já no dia da estreia de Loki no Disney+, em 05 de outubro, Loki deu o que falar na Semi final da Libertadores. No jogo Palmeiras x Boca Junior, a sombra dos chifres do personagem foi projetada no meio do campo do Allianz Parque e, após a partida, os comentaristas da ESPN puderam falar um pouco mais sobre a nova temporada da produção para os fãs de esporte.

A Limited Edition Collectibles Store, loja  de colecionáveis, dioramas e itens exclusivos na Rua da Consolação (São Paulo/SP) também recebeu o icônico par de chifres na sua fachada, que ficará decorada dessa maneiro por 1 mês. Completando as ações da campanha de lançamento da série, 4 vídeos de fake out of home, mostrarão a sombra dos chifres de Loki no Pelourinho em Salvador, no WTC em São Paulo, no Jardim Botânico de Curitiba e na orla do Rio de Janeiro.

Além disso tudo, a Disney disponibilizou no TikTok um áudio com a música e um diálogo do trailer oficial da série. O conteúdo disponível para o público foi utilizado em uma trend de transition feita por influenciadores pagos.

A segunda temporada de Loki já está disponível no Disney+.


Trailer:


VIDEO CASE:





.: Provoca: Marco Luque diz que “criar filho não é sobreviver ao filho"

Marco Luque e Marcelo Tas. Foto: Beatriz Oliveira


Marco Luque é o convidado do Provoca desta terça-feira (10/10). Em entrevista a Marcelo Tas, o ator e comediante fala sobre família, relacionamento com as filhas, inteligência artificial, futebol na Espanha e outros assuntos. Edição inédita vai ao ar às 22h, na TV Cultura e Cultura Play.

Quanto ao relacionamento que tem com suas filhas, ele afirma: “Elas ensinam tudo. Elas me ensinam a ser um cara atual”. Luque também diz: “Eu percebo até hoje que eu tenho um registro de criação de um pai bravo. (...) Minha mãe falava: ‘quer chinelo ou cinta?’” e conta que, hoje, age de forma diferente com Isadora e Mel, numa relação pautada no diálogo. “Criar filho não é sobreviver ao filho. Criar filho não é fácil, só que é incrível”, finaliza.

O humorista defende que a Inteligência Artificial é um risco para o futuro, ao mesmo passo em que é um facilitador no presente. E ao ser provocado por Tas, que pergunta se ele tem medo de ser substituído por um robô, responde de forma descontraída e em meio a risadas: “Não, porque a Inteligência Artificial é lógica. E eu nem sempre”.

O ator também conta sobre o período em que morou na Espanha, na cidade de Badajós, para jogar num time da segunda divisão do país. “Foi um momento muito importante. Uma experiência de vida muito louca.” Em tom bem-humorado, Luque conta sobre a “pancadaria” dentro de campo: “Você recebia a bola. Você conta até quatro, ou três, porque vão te levantar. Então você já tinha que se livrar da bola rápido”.

A volta para o Brasil se deu depois que uma senhora espirrou no metrô. E, de forma divertida, Luque conta: “Eu fecho o olho eu sinto o própolis, aquele cheiro de própolis que veio em mim. (...) Acho que eu peguei a gripe espanhola que estava nela”. De volta para o Brasil para se cuidar, no período de janela de contratação, o humorista decidiu que não iria para a Espanha de novo.

Sobre o sonho de ser jogador profissional, Luque revela que, com o tempo, percebeu que esse era muito mais um desejo de seu pai: “Ele nunca acreditou na arte, pra mim. Sempre teve um medinho”. Então, encontrou no futebol uma possível garantia.

.: Cozinheiros irão reproduzir pratos de Jacquin no “MasterChef Profissionais”

Na prova de eliminação, os participantes são desafiados a elaborar receitas com miúdos de boi, pato e porco

Jacquin comanda prova de serviço no próximo episódio do MasterChef Profissionais. Crédito: Melissa Haidar/Band


A Band apresenta na próxima terça-feira (10) o quarto episódio do MasterChef Profissionais. Logo no início do programa, os competidores vão encarar uma nova prova de serviço. Dessa vez, eles terão de reproduzir oito receitas de autoria de Erick Jacquin que são resultado de um resgate de comidas que foram importantes durante a trajetória pessoal e profissional do chef francês. Para a entrada, as opções são remoulade de pupunha com king crab e molho cocktail; ovo mexido com caviar mujol; e lagostim grelhado com emulsão de sauternes e gengibre e pontas de aspargos. Como prato principal, os participantes precisam preparar peixe tamboril com molho americano e endívia salteada com ervas frescas; frango à la bresse com velouté de galinha, champignons torneados e crepe vonnassiennes; e rosbife de coração de alcatra com molho rôti, tutano e cenoura vichy. Entre as sobremesas selecionadas estarão crème brûlée com frutas vermelhas e sorbet de pera com favas de baunilha; e poire williams com madeleine de frutas confitadas.

A ideia é que os concorrentes formem uma grande equipe de restaurante e se organizem para fazer a mise en place e toda a entrega sob o comando do jurado. O menu, que demanda muita técnica e precisão, terá de contar com diversos processos até chegar ao empratamento perfeito para ser servido a pessoas que trabalham com Jacquin, ou seja, todas conhecem muito bem o repertório e não aceitarão nada que esteja mal feito. Os profissionais que apresentarem os melhores desempenhos garantem mais uma semana no jogo.

No desafio eliminatório, quem não conseguiu se salvar será obrigado a elaborar um trio de miúdos com fígado, timo, pulmão, passarinha, coração ou cérebro de boi; rins, fígado e língua de porco; e fígado de pato. É necessário mostrar toda a bagagem e conhecimento nesta missão, transformando os ingredientes em deliciosas entradas. O autor do pior trabalho deixa a competição.

sexta-feira, 6 de outubro de 2023

.: Aos 87 anos, vencedor do Jabuti por duas vezes lança livro "Vida ao Vivo"


Escrito com maestria por Ivan Angelo, o livro "Vida ao Vivo", lançado pela Companhia das Letras, é a mistura perfeita de humor e suspense, um romance repleto de alusões a personagens e eventos verdadeiros, por mais absurdos que sejam — cada uma de suas reviravoltas guarda questões mal resolvidas da história do Brasil. Como sabemos, cedo ou tarde elas cobram seu preço.

Numa noite de novembro, os espectadores do maior canal de televisão do país esperam o primeiro capítulo da novela das nove. Mas no lugar da estreia de "Frutos Proibidos" surge apenas a imagem de um homem mais velho, corpulento, de roupão e camisa, sentado numa poltrona: Fernando Bandeira de Mello Aranha, o dono da emissora.

Visivelmente debilitado, o empresário usa seu poder midiático para fazer uma denúncia e um apelo em rede nacional. Pouco tempo antes, passou muito perto da morte, ao ser infectado pelo vírus da covid-19. Ele acredita que a contaminação tenha sido uma tentativa deliberada de assassinato, já que há quase 20 anos reduziu seu círculo social a poucas pessoas e nunca sai de seu tríplex gigantesco no centro de São Paulo. Além da acusação, apresenta ao público uma fotografia antiga em que aparece ao lado de uma mulher desconhecida, por quem ficou obcecado — para reencontrá-la, está disposto a pagar uma enorme recompensa em dinheiro.

Assim começa a trama rocambolesca de "Vida ao Vivo". Enquanto mobiliza a discussão pública em torno da misteriosa personagem da foto e de tudo o que há de podre no reino dos Mello Aranha, o “dr. Fernando” tece comentários mordazes que abarcam desde a especulação imobiliária até os meios escusos pelos quais grandes negócios enriqueciam durante a ditadura militar. Compre o livro "Viva ao Vivo", de Ivan Angelo, neste link.

O que disseram sobre o livro 
“Romance ágil, vigoroso, desconcertante, irresistível e demolidor, Vida ao Vivo é também uma invenção formal inigualável. É arte. É ficção. É verdade. Tudo a ler.” — Eugênio Bucci


Sobre  o autor
Ivan Angelo nasceu em 1936 em Barbacena, Minas Gerais. É autor do romance "A Festa" (1976) e da novela "Amor?" (1995), ambos vencedores do prêmio Jabuti. Também foi premiado pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) pelo livro de contos "A Face Horrível" (1986) e pelo romance "Pode me Beijar se Quiser" (1997). Sua obra, que já foi traduzida para o inglês, o francês e o alemão, inclui ainda crônicas, ensaios e livros infantis. Garanta o seu exemplar de "Viva ao Vivo", escrito por Ivan Angelo, neste link.

.: Os livros do escritor norueguês Jon Fosse, vencedor do Prêmio Nobel


Companhia das Letras e Fósforo celebram juntas o prêmio Nobel de 2023 concedido ao escritor norueguês Jon Fosse por "suas peças de teatro e prosa inovadoras que dão voz ao indizível", segundo a academia sueca. Fosse é dono de uma vasta obra que se debruça sobre questões existenciais como a morte, o amor, a fé e o desespero. 

Sua escrita é construída de modo a replicar o ritmo e a repetição de uma oração, e a precisão obsessiva de seu trabalho fez com que ele ultrapassasse os limites do estilo para forjar algo próximo de uma nova forma literária, na qual a relação com a metafísica vai além do conteúdo, inscrevendo-se também na composição formal. 

"É a Ales" (2003) acaba de ser lançado no dia 25 de setembro pela Companhia das Letras e "Brancura" (2023) já se encontra em pré-venda no site da Fósforo e chegará às livrarias no dia 19 de outubro. Para 2024, a Fósforo prepara uma antologia de poemas e outra de peças do escritor norueguês, conhecido por transitar entre diversos gêneros. 

Já a Companhia das Letras pretende lançar no mesmo ano "Trilogia", premiado volume com três novelas sobre a história de amor entre um jovem casal. Em 2025, sai pela Fósforo Septologia, romance de mil páginas considerado por muitos sua grande obra. As duas editoras comemoram juntas o prêmio e a chegada aos leitores brasileiros de uma das principais vozes da literatura europeia em traduções direto do original e deseja a todos ótimas leituras. Compre os livros de Jon Fosse neste link.

quinta-feira, 5 de outubro de 2023

.: 12x3: AHS Delicate faz Anna sentir chutes em "When The Bough Breaks"

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em outubro de 2023


O terceiro episódio da 12ª temporada de "American Horror Story: Delicate", intitulado de "When The Bough Breaks" garante sustos, muito terror, suspense e torna ainda mais interessante o mistério da gravidez da famosa atriz Anna Victoria Alcott (Emma Roberts). Inicialmente, no meio do campo, Anna brinca com seu bebê até que ele some e o vestido branco que usa é tomado por sangue. Um pesadelo?! Sim. Porém a realidade da moça não se mostra tão melhor assim, mesmo com a chegada de uma governanta (Angelica Ross).

Enquanto o marido, Dex Harding (Matt Czuchry) parece ser a calmaria em pessoa, além de compreensivo, a atriz segue agitada tal uma uma neurótica, uma vezes diante as perseguições são contínuas. Contudo, após uma discussão com o parceiro, Anna adentra a floresta -tal qual nos contos de fadas clássicos. Sem perceber o tempo passar, Anna reencontra Dex e conta sobre a aparição da misteriosa senhora Preecher.

De fato, como anuncia o título do episódio, "quando um galho quebra", na gravidez de Anna tudo pode mudar de figura a todo momento. Informada de ter perdido o bebê implantado em clínica, Anna segue com a sensação de estar grávida, tanto é que sente o filho chutar  no ventre, além de ser alimentada pela ideia de que realmente continua gestante -inicialmente via mensagens misteriosas de celular. 

Em meio a floresta (de "A Branca de Neve" e "A Bela e a Fera"), uma porta pequena na parede (o que remete ao clássico "Alice no País das Maravilhas"), uma oferta de maçã ("Branca de Neve e os Sete Anões"), canções de ninar, o aborto espontâneo pauta a trama que entrega várias referências aos clássicos. Enquanto a maternidade de Anna é mostrada como perturbante e perturbadora, uma boneca vudu passa a surpreende-la.

O terceiro episódio entrega uma Anna que sonha e deseja ardentemente ser mãe -na base do custe o que custar-, mesmo diante das provocativas aparições que mais parecem vultos. E como se trata de uma temporada de AHS, a destruição de um sonho acontece. Que venha o próximo episódio, por favor!


Exibição: 4 de outubro de 2023
Elenco: Emma Roberts (Anna Victoria Alcott), Matt Czuchry (Dexter Harding), Kim Kardashian (Siobhan Corbyn), Annabelle Dexter-Jones (Sonia Shawcross), Michaela Jaé Rodriguez (Nicolette), Denis O'Hare (Dr. Andrew Hill), Cara Delevingne (Ivy), Julie White (Io Preecher), Maaz Ali (Kamal)

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm 


  

.: Escritor e filósofo lança o sarcástico “O Manual do Cretino”


Se você já furou uma fila do caixa de supermercado ou casa lotérica esperando o menor sinal de distração de quem estava à sua frente, você é um cretino. Se aproveita de alguém em situação desfavorecida atrás de um “bom negócio”? Cretinice. Finge “dar a outra face” para pagar de moralmente superior quando por trás dos óculos escuros está, na verdade, se roendo de ódio do mesmo jeito que um desenho animado? Gosta de compartilhar uma fofoquinha todos os dias como quem toma o café acompanhado de pão com manteiga? Não se importa de sentar em um assento reservado? Bingo! Cretinice é uma constante. Está por toda parte. E ninguém está imune. 

É o que frisa o escritor e filósofo paulista André Luiz Leite da Silva , natural de Itararé, cidade localizada na divisa do estado de São Paulo com o Paraná. Escrivão de Polícia Civil há mais de 20 anos, o autor deságua numa investigação acerca das “idiotices” que foram naturalizadas pelas pessoas, o que resultou no primeiro volume do “Manual do Cretino”, lançamento da editora Grupo Atlântico, sua 24ª publicação, entre 43 livros escritos. Além da publicação em português — com circulação no Brasil, Portugal, Angola e Cabo Verde —, a obra está sendo traduzida para outras duas línguas: inglês e espanhol. Há também planos para que ganhe versões em italiano, francês, alemão e chinês. 

O livro é composto por 106 artigos, como um código penal. Para cada artigo, um mal e uma sentença. Sentenças aplicadas de acordo com cada significado da palavra “cretino” presente no dicionário — afinal, não é porque todos são cretinos, que são os mesmos. Seu manual, também é escrito em primeira pessoa, com pontuais intervenções sobre algumas das situações retratadas (e condenadas) — acontecimentos incômodos que ocorrem no dia a dia e que sequer são percebidos. Eventos e aspas testemunhados pelo autor aparecem ao longo dos artigos, onde não são poupados os sujeitos ou próprio leitor, que por repetidas vezes, se encontrará tomando um touché entre as acusações feitas a cada artigo.

“Manual do Cretino” pode, à priori, soar agressivo, ou até mesmo bem humorado. É uma questão de perspectiva, mas é de fato melhor aproveitado quando se encontra o meio termo. Como o autor cita em sua carta ao leitor, às vezes as pessoas não entendem um texto literário – que ao invés de ser tomado como uma ‘verdade’, pode levar a reflexões sobre comportamentos, relações e até mesmo pensamentos indevidos. Compre o livro “Manual do Cretino”, de André Luiz Leite da Silva, neste link.



Obra é resultado da escuta de mais de 30 mil pessoas em delegacias
Como policial, André Luiz trabalhou em importantes delegacias da capital paulista, como nos Jardins (78 DP), Mooca (57 DP e 8 DP), Santa Cecília (77 DP) — sendo esta que abrange a área da Cracolândia, atuando no local de 2013 a 2019. Além disso, ainda trabalhou no Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc) e no Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic). 

“Posso dizer que aprendi muito em todos estes lugares, uma vez que sempre fui policial de frente, secretariando inquéritos e em plantões. Então, quando escrevo o que escrevo, pode ter certeza que tenho autoridade, pois vivi, pois trabalhei, pois me dediquei e fiquei muito próximo a marginais e outras pessoas que mais precisavam de atenção do que corretivos”, frisa o autor. “Era olho no olho. Dava para sentir a respiração. Essa experiência toda se tornou material de estudo e, em consequência, textos, muitos textos”, frisa, calculando que tenha ouvido mais de 30 mil pessoas em seu ofício.

Como é formado em filosofia, André Luiz faz uso da ciência do pensamento para investigar gestos, ações e crenças. Platão, Sócrates, Aristóteles, Santo Agostinho, Descartes e Nietzsche são suas principais referências literárias, embora confesse que para esse “Manual”, não tenha inspiração de uma obra específica, mas de sua rotina na Delegacia de Polícia. 

O autor passou a escrever em 2014 – publicando em redes sociais sob incentivo de sua esposa, Joana Marcela. Desde então, ele não parou mais e mantém o ritmo: escreve uma média entre 5 e 6 livros todos os anos. Seu próximo livro, “Pescador de Ilusão’’, será lançado pela mesma editora. Garanta o seu exemplar de “Manual do Cretino”, escrito por André Luiz Leite da Silva, neste link.


.: Box "A Literatura no Brasil" oferece o mais completo estudo sobre o assunto


Segundo Afrânio Coutinho, a literatura é uma arte. "A arte da palavra, isto é, produto da imaginação criadora”, enfatizou. Com um conhecimento profundo sobre o ofício, ele se tornou um dos maiores contribuidores para a historiografia da literatura brasileira e durante sua trajetória fez um estudo minucioso sobre o assunto, resultado que pode ser visto na coletânea "A Literatura no Brasil", dividida em seis volumes que chega na Global Editora com edições repaginadas e atualizadas.

Do romantismo ao realismo brasileiro, Afrânio Coutinho organizou a coletânea de forma que ela ressalte a importância e as características da literatura do nosso país, entendendo como a mesma explora assuntos históricos, dos costumes e das tradições populares, se tornando uma arte madura nos anos 1950 do século XX. Os seis volumes são vendidos separadamente, mas também podem ser adquiridos no formato de box. Juntos, os livros apresentam os ensaios fundamentais para o mais completo estudo da literatura brasileira, sempre com direção de Afrânio Coutinho e codireção de Eduardo Coutinho, e com uma diversidade de abordagens sobre a nossa literatura dos mais eminentes estudiosos brasileiros. Compre o box "A Literatura no Brasil" neste link.


Ficha técnica
Box "A Literatura no Brasil"  seis volumesEditora: Global. Edição: 1ª edição. Formato: 16 x 23 cm. 2840 páginas. 4 X 1 Cores. Peso: 780 gramas. ISBN: 9786556123806. Código de Barras: 9786556123806. Temas: Literatura brasileira; estilos de época; ensaios literários; autores brasileiros; estilística; estética. Garanta a coleção "A Literatura no Brasil" neste link.

.: "O Pai", estrelado por Fulvio Stefanini, tem duas novas apresentações

Montada em mais de 30 países, peça escrita pelo francês Florian Zeller rendeu ao brasileiro o Prêmio Shell de melhor ator. Foto: João Caldas Fº.


Sucesso de público e de crítica, a premiada peça "O Pai", escrita pelo francês Florian Zeller, já foi vista por 100 mil pessoas em suas 250 apresentações desde a estreia em 2016. A montagem brasileira, que é dirigida por Léo Stefanini, tem duas novas apresentações em São Paulo, desta vez no Teatro OPUS Frei Caneca, nos dias 7 e 8 de outubro, às 17h, com tradução em Libras e audiodescrição.

A circulação do espetáculo comemora os 68 anos de carreira de Fulvio Stefanini, que ganhou o prêmio Shell de melhor ator por este trabalho. A montagem ainda levou os prêmios de melhor cenografia e espetáculo do ano. Ao lado do ator veterano, estão em cena Carol Gonzalez, Paulo Emílio, Wilson Gomes, Lara Córdula e Carol Mariottini.

Encenado em mais de 30 países, o texto foi adaptado pelo próprio autor para o cinema em um filme de 2020, estrelado por Anthony Hopkins, que levou o Oscar nas categorias de melhor ator e roteiro adaptado. Recentemente, Florian Zeller estreou outro drama nas telonas, “O Filho” (2022), lançado neste ano no Brasil.

A peça ainda ganhou em 2014, na França, o famoso Prêmio Molière, nas categorias de melhor espetáculo, ator e atriz. E, na Inglaterra, foi eleita a peça do ano pelo jornal The Guardian. "O Pai" conta a história de André, um idoso de 80 anos, rabugento, porém muito simpático e divertido. Quando a memória dele começa a falhar, a sua única filha vive um dilema: deve levá-lo para morar com ela e contratar uma enfermeira para ajudá-la a cuidar dele ou deve interná-lo em um asilo – para poder curtir a vida ao lado de seu novo namorado? 

Com tom poético e um leve humor requintado, a peça trata desse tema comovente com leveza e sensibilidade, e nos convida a pensar sobre questões como a convivência familiar, o envelhecimento e as nossas escolhas na vida. "O Pai" é apresentado pelo Ministério da Cultura, por meio da Lei de Incentivo à Cultura.


Ficha técnica
Espetáculo "O Pai". Texto: Florian Zeller. Tradução: Carol Gonzalez e Lenita Aghetoni. Direção: Léo Stefanini. Elenco: Fulvio Stefanini, Carol Gonzalez, Wilson Gomes, Lara Córdula, Carol Mariottini e Paulo Emilio Lisboa. Luz: Diego Cortez. Som: Raul Teixeira e Renato Navarro. Figurinos: Lelê Barbieri. Técnicos: Diego Cortez e Ronaldo Silva. Design: Giovani Tozi. Assessoria de Imprensa: Pombo Correio. Planejamento cultural: Opus Entretenimento. Realização: Ampla Eventos e Ministério da Cultura, Governo Federal - Brasil, União e Reconstrução.

Serviço
Espetáculo "O Pai". Sábado e domingo, dias 7 e 8 de outubro, às 17h. Teatro OPUS Frei Caneca – Rua Frei Caneca, 569, Consolação. Ingressos: Plateia Baixa - R$150 (inteira) e R$75 (meia-entrada) | Plateia – R$100 (inteira), R$50 (meia-entrada), R$39 (inteira popular) e R$19,50 (meia-popular) | Plateia Alta - R$39 (inteira popular) e R$19,50 (meia-popular). Venda on-line em https://uhuu.com/evento/sp/sao-paulo/o-pai-12159. Classificação: 12 anos. Duração: 70 minutos. Acessibilidade: O teatro é acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida. Apresentações são acessíveis em Libras e audiodescrição.

← Postagens mais recentes Postagens mais antigas → Página inicial
Tecnologia do Blogger.