terça-feira, 3 de outubro de 2023

.: Historiadores examinam os efeitos do preconceito em construção histórica


Leandro Karnal
 e Luiz Estevam de Oliveira Fernandes lançam "Preconceito: uma História", lançamento da Companhia das Letras. Buscando as raízes profundas do preconceito, este livro, com prefácio de Djamila Ribeiro, é um convite para a desconstrução de aprendizados culturais que perpetuam o sofrimento de toda pessoa entendida como diferente.

O que nos impende de viver respeitando as diferenças? Viagem implacável, este livro examina os efeitos deletérios do preconceito a partir de sua construção histórica. Ao apresentar o fenômeno como uma categoria cultural e demonstrar que não é sustentável frente ao pensamento objetivo, Leandro Karnal Luiz Estevam de Oliveira Fernandes investigam os mecanismos que permitem a subsistência de misoginia, LGBTfobia, xenofobia, racismo e capacitismo, analisando criticamente exemplos de sua manifestação em diferentes momentos.

Resta uma esperança: se o preconceito é aprendido socialmente, ele pode ser desconstruído — um movimento essencial para que conquistemos uma vida mais harmônica e justa. Com prefácio de Djamila Ribeiro e depoimentos de Amara Moira, Daniel Munduruku, Daniela Mercury, Fernanda de Araujo Machado, Giovanna Heliodoro, Ivan Baron, Leonardo Morjan Britto Peçanha, Luanda Vieira, Malu Jimenez, Nadir Olga Cruz, Rita Von Hunty, Rodrigo Hübner Mendes, Samuel Gomes e Vera Magalhães. Compre o livro "Preconceito: uma História", de Leandro Karnal e Luiz Estevam de Oliveira Fernandes, neste link.


Sobre os autores
Leandro Karnal é doutor em História Cultural pela USP. Historiador, professor, escritor e palestrante, foi apresentador do programa "CNN Tonight" (Brasil) e é colunista no jornal O Estado de S. Paulo. Publicou, entre outros livros, "Crer ou Não Crer" (em coautoria com padre Fábio de Melo, 2017), "O Dilema do Porco-espinho" (2018), "O Inferno Somos Nós" (em coautoria com Monja Coen, 2018), "Viver, a que se Destina?" (em coautoria com Mario Sergio Cortella, 2020) e "A Coragem da Esperança" (2021). Em 2021, foi eleito para a Academia Paulista de Letras.

Luiz Estevam de Oliveira Fernandes é doutor em história cultural e tem estágio de pós-doutorado pela Universidade do Texas. É professor da Unicamp e publicou, entre outros livros, "História dos Estados Unidos" (em coautoria com Leandro Karnal, Marcus Vinícius de Morais e Sean Purdy, 2007), "Patria Mestiza" (2012) e "Santos Fortes" (em coautoria com Leandro Karnal, 2017). Garanta o seu exemplar de"Preconceito: uma História", escrito por Leandro Karnal Luiz Estevam de Oliveira Fernandes, neste link.

.: Carrascoza promove encontro entre a arte literária e o universo publicitário


Atualmente, há um crescente corpo de conhecimento que explora as interações entre os discursos midiáticos e as formas híbridas que surgem quando esses discursos se entrelaçam no cenário de comunicação contemporâneo. Além disso, as técnicas linguísticas da publicidade que incorporam elementos da literatura são bem documentadas e estudadas.  Como forma de estabelecer pontes sólidas entre a arte literária e o universo publicitário, João Anzanello Carrascoza nos brinda com "De Macondo à Terra de Marlboro: Ficção Literária e Narrativas do Consumo", lançamento da editora Unesp. Confira a entrevista com João Anzanello Carrascoza: "Escrever é alternar luzes e sombras" neste link.

“De nossa aventura pelos bosques da ficção (literária), onde nos valemos de suas ricas paisagens para pensar a comunicação (publicitária em especial) e o consumo (discursivo, midiático), nasceu a presente obra, de certa forma a continuação dos passos que demos em 'A Lírica do Consumo - Literatura e Publicidade', escreve Carrascoza. Instados a caminhar por trilhas que pediam os pés do devaneio e as asas da razão, escrevemos estes textos, publicados em revistas acadêmicas ou em obras coletivas como artigos autônomos. Reuni-los aqui, acrescidos de um capítulo inédito, "Uma Lata de Balas de Menta", lhes assegura o estatuto de conjunto ao qual sempre aspiraram. Que a união destes artigos possa sensibilizar o leitor e ecoar em seu pensamento, como um chamado para encontros férteis entre a arte literária e o universo publicitário.”

Nos estudos compilados por  João Anzanello Carrascoza, os leitores descobrirão como obras literárias não apenas proporcionam uma experiência de leitura envolvente, mas também podem ser valiosas para o ensino da publicidade. Carrascoza examina poemas, contos e romances de escritores tanto brasileiros (como Lygia Fagundes Telles, Carlos Drummond de Andrade e João Cabral de Melo Neto) quanto estrangeiros, clássicos (como Kafka, Tolstói e Borges) e contemporâneos (como Rosa Montero, Lydia Davis e Afonso Cruz). Ao abordar uma variedade de tópicos que atuam como elos em uma corrente, destaca a centralidade do consumo e as estratégias da publicidade de maneira única. 

Os temas explorados incluem técnicas de guerrilha publicitária, a integração de produtos em contextos culturais (product placement), argumentos persuasivos frequentemente encontrados em embalagens, adaptações de elementos publicitários no âmbito artístico e as ações dos "prossumidores."

Em resumo, "De Macondo à Terra de Marlboro" é uma obra que revela como o país fictício criado para promover uma marca de cigarros compartilha raízes fabulosas com a aldeia de Gabriel García Márquez. É uma leitura essencial para estudantes e pesquisadores nas áreas de comunicação e literatura, especialmente para aqueles interessados na interseção entre esses dois campos. Compre o livro "De Macondo à Terra de Marlboro: Ficção Literária e Narrativas do Consumo", de João Anzanello Carrascoza, neste link.  


Sobre o autor
João Anzanello Carrascoza é docente da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) e da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo (USP), instituição na qual realizou mestrado e doutorado. Desenvolveu sua pesquisa de pós-doutorado na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Atuou em grandes agências de publicidade, como JWT e Young & Rubicam, e publicou os livros Razão e sensibilidade no texto publicitário e Estratégias criativas da publicidade, entre outros trabalhos de não ficção. É autor também de diversas obras literárias, que lhe valeram vários prêmios nacionais e internacionais. Garanta o seu exemplar de "De Macondo à Terra de Marlboro: Ficção Literária e Narrativas do Consumo", escrito por João Anzanello Carrascoza, neste link.  


.: Universal Pictures anuncia pré-estreias de "O Exorcista - O Devoto"


Um dos longas de terror mais esperados do ano, "O Exorcista - O Devoto", próximo lançamento da Universal Pictures, terá pré-estreias pagas na quarta-feira, dia 11 de outubro, nos cinemas de todo o país. E para deixar os espectadores ainda mais animados para a estreia, o estúdio divulgou nesta segunda-feira, dia 2 de outubro, um novo featurette com cenas inéditas do filme que promete amedrontar o público nas salas de cinema a partir da semana que vem.

 Com retorno de Ellen Burstyn como Chris MacNeil, a mãe de Regan (Linda Blair) no original de 1973, "O Exorcista - O Devoto" conta a história de Victor Fielding (Leslie Odom Jr.), pai que criou sozinha sua filha Angela (Lidya Jewett, série Good Girls). A vida da família é alterada para sempre quando Angela e sua amiga Katherine (Olivia O'Neill) desaparecem na floresta e retornam três dias depois, sem memória do que aconteceu com elas, e logo uma série de eventos aterrorizantes são desencadeados.

O elenco também conta com a participação de Ann Dowd como Ann, vizinha de Victor e Angela, e Jennifer Nettles e Norbert Leo Butz nos papéis de Miranda e Tony, os pais de Katherine. Além de assinar a direção de "O Exorcista - O Devoto", David Gordon Green é coautor do roteiro ao lado de Peter Sattler em parceria com Scott Teems e Danny McBride. Produção da Universal Pictures em parceria com a Blumhouse, "O Exorcista - O Devoto" estreia em 12 de outubro com sessões acessíveis.


Assista no Cineflix
O Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021. Para acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN.

Sobre o filme
Há exatamente 50 anos neste outono, o filme de terror mais aterrorizante da história chegou às telas, chocando audiências ao redor do mundo. Em outubro, um novo capítulo começa. De Blumhouse e do diretor David Gordon Green, que quebraram o status quo com a ressurreição da franquia "Halloween", chega "O Exorcista - O Devoto".

Desde a morte de sua esposa grávida em um terremoto no Haiti, há 12 anos, Victor Fielding tem criado sua filha Angela sozinho. Mas quando Angela e sua amiga Katherine (a estreante Olivia Marcum) desaparecem na floresta e retornam três dias depois sem memória do que aconteceu com elas, isso desencadeia uma série de eventos que obrigará Victor a confrontar o nadir do mal e, em seu terror e desespero, buscar a única pessoa viva que testemunhou algo parecido antes: Chris MacNeil.

Pela primeira vez desde o filme de 1973, a vencedora do Oscar®, Ellen Burstyn, reprisa seu papel icônico como Chris MacNeil, uma atriz que foi para sempre alterada pelo que aconteceu com sua filha Regan cinco décadas antes. O filme também conta com a vencedora do Emmy, Ann Dowd, como a vizinha de Victor e Angela, e a vencedora do Grammy, Jennifer Nettles e o vencedor de dois Tony Awards, Norbert Leo Butz, como os pais de Katherine, a amiga de Angela.

Quando "The Exorcist", baseado no best-seller de William Peter Blatty, foi lançado, ele mudou a cultura para sempre, obliterando recordes de bilheteria e recebendo 10 indicações ao Oscar®, tornando-se o primeiro filme de terror a ser indicado ao prêmio de Melhor Filme.

"O Exorcista - O Devoto" é dirigido por David Gordon Green, a partir de um roteiro de Peter Sattler e David Gordon Green, baseado em uma história de Scott Teems, Danny McBride e David Gordon Green, com base nos personagens criados por William Peter Blatty. O filme é produzido por Jason Blum para a Blumhouse e por David Robinson e James G. Robinson para a Morgan Creek Entertainment.

Os produtores executivos são Danny McBride, David Gordon Green, Stephanie Allain, Ryan Turek e Atilla Yücer. A Universal Pictures apresenta uma produção Blumhouse/Morgan Creek Entertainment em associação com Rough House Pictures.

.: “Encontros com Autores” do Prêmio Jabuti conversa com Pedro Bandeira


Conversa com o autor faz parte de série de eventos que acontece até o início de dezembro, e que contará com participações de Aline Bei, Itamar Vieira Jr, Jeferson Tenório e Conceição Evaristo. Foto: Ayumi Yamamoto


Na próxima quinta-feira, dia 5 de outubro será promovido, pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) e pelo Theatro Municipal de São Paulo, mais uma conversa da série “Encontros com Autores 2023”, que integra a celebração dos 65 anos do Prêmio Jabuti. Desta vez, o papo será com o autor Pedro Bandeira, Personalidade Literária da 65ª edição do Prêmio Jabuti. A mediação será da jornalista Maria Fernanda Rodrigues.

Bandeira é um dos mais influentes autores da literatura infantojuvenil brasileira, e é o homenageado do ano por sua contribuição para o mundo literário e seu compromisso em enriquecer a imaginação de leitores de todas as idades. Ao longo de sua carreira, Bandeira escreveu mais de 130 livros, com a venda de mais de 28 milhões de exemplares. Sua dedicação à literatura e a qualidade de suas narrativas renderam-lhe uma série de prêmios além do Prêmio Jabuti, com a obra "O Fantástico Mistério de Feiurinha" (1986); Troféu APCA; Adolfo Aizen; o da Academia Brasileira de Letras; e da União Brasileira de Escritores, além do reconhecimento pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil.

Nascido em Santos, São Paulo, em 1942, Pedro trilhou um percurso diversificado antes de se destacar como renomado escritor. Com experiências no teatro, atuando como ator, diretor e cenógrafo, e também na produção de comerciais de televisão, Bandeira iniciou sua incursão na literatura em 1972 com a publicação de suas primeiras histórias infantis. A partir de 1983, dedicou-se integralmente à escrita, marcando o início de uma prolífica jornada literária com "O Dinossauro que Fazia Au-Au". O ápice de sua carreira ocorreu em 1984, com o lançamento de "A Droga da Obediência", que deu origem à famosa série "Os Karas". Sua versatilidade literária abrange contos, poemas e narrativas de diversos tons, e sua habilidade de envolver leitores de todas as idades, aliada à excelência de suas criações, o consagra como um verdadeiro pioneiro na literatura infantojuvenil.

A mediadora, Maria Fernanda Rodrigues é jornalista, repórter de literatura e colunista do jornal O Estado de S. Paulo. É responsável pelas colunas "Babel" e "Um Livro Por Semana". Foi editora do PublishNews e fez assessoria de imprensa para editoras e eventos literários e culturais. É formada pela Universidade Católica de Santos e fez pós-graduação em Semiótica e Psicanálise na Puc-SP.

Os encontros seguirão até o mês de dezembro, com a participação de renomados autores finalistas e ganhadores do Prêmio Jabuti, como Aline Bei, Itamar Vieira Junior, Jeferson Tenório e Conceição Evaristo. Os escritores abordarão temas ligados à Literatura, à criação e à formação do autor e abordarão como produzir obras nos diversos gêneros de ficção e não ficção. O mês de dezembro contará ainda com um encontro especial, com o autor contemplado com o Livro do Ano de 2023.


Programação da série de “Encontros com Autores 2023”, no Theatro Municipal de São Paulo:

5 de outubro, quinta-feira, 19h – Encontro com Pedro Bandeira – Mediação Maria Fernanda Rodrigues
Pedro Bandeira, a Personalidade Literária do Prêmio Jabuti 2023, nasceu em Santos, São Paulo, em 1942, e trilhou um caminho multifacetado antes de se estabelecer como um escritor notável. Sua trajetória inclui trabalhos no teatro profissional, tanto como ator quanto como diretor e cenógrafo. Ele também desempenhou funções de redator, editor e ator em comerciais de televisão. Em 1972, teve suas primeiras histórias infantis publicadas em revistas da Editora Abril. A partir de 1983, dedicou-se exclusivamente à escrita, marcando o início de uma jornada literária com a publicação do livro "O Dinossauro que Fazia Au-Au".


18 de outubro, quarta-feira, 19h. Encontro com Aline Bei - Mediação de Cláudio Leal
Aline Bei nasceu em São Paulo, em 9 outubro 1987. É formada em Letras pela PUC-SP, em Artes Cênicas pelo Teatro Escola Célia-Helena e pós-graduada em Escritas Performáticas pela PUC-RIO. “O Peso do Pássaro Morto”, finalista do prêmio Rio de Literatura e vencedor do prêmio São Paulo de Literatura e do prêmio Toca, é o seu primeiro livro. Em 2021, lançou seu segundo livro, “Pequena Coreografia do Adeus”, pela Companhia das Letras. O romance foi finalista do Prêmio Jabuti e do Prêmio São Paulo de Literatura e já vendeu mais de 100 mil cópias. Está sendo adaptado para o teatro por Tarcila Tanhã e foi adaptado para uma videodança por Georgia Palomino e Suzane Rossan. Foi publicado em Portugal pela Particular Editora. Responsável pela mediação, Cláudio Leal é jornalista, colaborador da Folha de S.Paulo e doutorando em Teoria, História e Crítica de Cinema pela ECA-USP.


27 de outubro, sexta-feira, 19h. Encontro com Itamar Vieira Junior
Itamar Vieira Junior é aclamado por seu notável romance "Torto Arado", que conquistou o Prêmio LeYa de 2018, o Prêmio Jabuti de 2020 e o Prêmio Oceanos de 2020. Nascido em Salvador, Bahia, em 1979, Itamar é geógrafo e doutor em Estudos Étnicos e Africanos pela UFBA. Seu romance "Torto Arado" é considerado um dos maiores sucessos da literatura brasileira das últimas décadas, cativando público e crítica. A obra foi traduzida em mais de vinte países e está prestes a ser adaptada para o audiovisual. Além disso, pela Editora Todavia, Itamar publicou também "Doramar ou a Odisseia: Histórias" e "Salvar o Fogo".


16 de novembro, quinta-feira, 19h. Encontro com Jeferson Tenório
Jeferson Tenório, autor nascido no Rio de Janeiro, em 1977, e atualmente radicado em Porto Alegre, é doutor em Teoria Literária pela PUC-RS e teve uma carreira literária rica e diversificada. Jeferson Tenório foi colunista dos jornais Zero Hora e Uol/Folha de S. Paulo, até abril de 2023. Além disso, ele foi professor visitante de Literatura na renomada Brown University, nos Estados Unidos. Sua obra literária inclui textos adaptados para o teatro e histórias traduzidas para inglês e espanhol. Ele é autor de obras como "Estela sem Deus" (2018) e "O Avesso da Pele" (2020), que não apenas ganhou o Prêmio Jabuti em Romance Literário de 2021, mas também teve seus direitos vendidos para países como Portugal, Itália, Inglaterra, Canadá, França, México, Eslováquia, Suécia, China, Bélgica e EUA.


23 de novembro, quinta-feira, 19h. Encontro com Conceição Evaristo
Maria da Conceição Evaristo de Brito
nasceu em Belo Horizonte, em 1946, e migrou para o Rio de Janeiro, na década de 1970. Graduada em Letras pela UFRJ, trabalhou como professora da rede pública de ensino na capital fluminense. É Mestre em Literatura Brasileira pela PUC do Rio de Janeiro, com a dissertação “Literatura Negra: uma poética de nossa afro-brasilidade” (1996). Doutora em Literatura Comparada pela Universidade Federal Fluminense, com a tese “Poemas malungos, cânticos irmãos” (2011), na qual estuda as obras poéticas dos afro-brasileiros Nei Lopes e Edimilson de Almeida Pereira, em confronto com a do angolano Agostinho Neto. Participante ativa dos movimentos de valorização da cultura negra em nosso país, estreou na literatura em 1990, quando passou a publicar seus contos e poemas na série Cadernos Negros. Escritora versátil, cultiva a poesia, a ficção e o ensaio. Desde então, seus textos vêm angariando cada vez mais leitores. A escritora participa de publicações na Alemanha, Inglaterra e Estados Unidos. Seus contos vêm sendo estudados em universidades brasileiras e do exterior, tendo, inclusive, sido objeto da tese de doutorado de Maria Aparecida Andrade Salgueiro, publicada em livro em 2004, que faz um estudo comparativo da autora com a americana Alice Walker. Em 2003, publicou o romance “Ponciá Vicêncio”, pela Editora Mazza, de Belo Horizonte.


7 de dezembro, quinta-feira, 19h. Encontro especial, com o autor contemplado com o Livro do Ano de 2023. Mediação – Hubert Alquéres
O último encontro terá realização especial. Contará com a presença do autor contemplado com a premiação de Livro do Ano de 2023. A conversa será mediada pelo Hubert Alquéres, que foi presidente da Imprensa Oficial de São Paulo, de 2003 a 2011. Atuante nas áreas de cultura e educação há mais de 40 anos, tem uma história antiga com o mais importante prêmio do livro brasileiro: durante seis anos, coordenou a Comissão do Prêmio Jabuti na Câmara Brasileira do Livro (CBL). Iniciou sua carreira na área acadêmica como professor na Escola Politécnica da USP e no Colégio Bandeirantes. Foi secretário estadual e secretário executivo na Secretaria de Educação, além de ter presidido por quatro vezes o Conselho Estadual de Educação de São Paulo, do qual é membro desde 1998.​ Atua como vice-presidente da Câmara Brasileira do Livro há 12 anos. Preside a Academia Paulista de Educação e o Conselho de Administração do Museu AfroBrasil, e é membro da Associação Amigos da Biblioteca Mário de Andrade.

.: MUBI anuncia a data de lançamento do aclamado filme de Pedro Almodóvar


A MUBI, distribuidora global, serviço de streaming e produtora, anuncia que o aclamado média-metragem "Estranha Forma de Vida", de Pedro Almodóvar, em cartaz nos cinemas, chega com exclusividade à plataforma no dia 20 de outubro. Dirigido por Pedro Almodóvar, apresentado por Saint Laurent e Anthony Vacarello e produzido por El Deseo, o média-metragem é protagonizado por Ethan Hawke e Pedro Pascal. Confira as críticas sobre o filme publicadas no Resenhando.com -

A história de dois pistoleiros que se reencontram após 25 anos foi filmada no deserto de Tabernas, província de Almeria, na Espanha. A produção tem trilha sonora de Alberto Iglesias e figurinos da Saint Laurent por Anthony Vaccarello, também produtor associado do projeto. O elenco inclui os jovens talentos Jason Fernández, José Condessa, George Steane, além de Pedro Casablanc e Sara Sálamo.

"Estranha Forma de Vida" teve sua estreia mundial no Festival de Cannes 2023. Essa é a segunda produção em formato curto em língua inglesa de Pedro Almodóvar, depois de The Human Voice de 2020, estrelado por Tilda Swinton.

Depois de 25 anos separados, o rancheiro Silva (Pascal) cavalga pelo deserto para visitar seu velho amigo Jake (Hawke), o xerife de Bitter Creek. O que vem a seguir é uma tarde de intimidade compartilhada, reconciliação e lembranças. No entanto, no dia seguinte, a revelação da conexão dos dois homens com um crime local sugere que há mais no encontro deles do que apenas uma viagem pela estrada da memória.

O Resenhando.com é parceiro da MUBI desde abril de 2023. A MUBI é um serviço global de streaming, produtora e distribuidora de filmes dedicada a celebrar o melhor do cinema. A MUBI produz, adquire, exibe e promove filmes visionários, levando-os a diferentes públicos em todo o mundo. Assine a MUBI e fique por dentro das novidades do cinema neste link.

 
Serviço
"Estranha Forma de Vida"
Disponível a partir de 20 de outubro
Um lançamento MUBI


O que disseram sobre o filme
"Pedro Pascal e Ethan Hawke brilham na história de cowboys queer de Almodóvar" – The Guardian

"Um faroeste gloriosamente romântico e destemido" – Rolling Stone

 
Sobre a MUBI
A MUBI é um serviço global de streaming, produtora e distribuidora de filmes dedicada a celebrar o melhor do cinema. A MUBI produz, adquire, exibe e promove filmes visionários, levando-os a diferentes públicos em todo o mundo.

A MUBI é um lugar para descobrir filmes ambiciosos de cineastas visionários. De icônicos diretores a novos autores. Todos cuidadosamente escolhidos pelos curadores da MUBI. Com MUBI GO, membros em países selecionados ganham um ingresso grátis toda semana para ver os melhores filmes em exibição nos cinemas. E a Notebook explora todos os lados da cultura cinematográfica — nas versões impressa e on-line.

Alguns lançamentos recentes e futuros da MUBI incluem Passagens, de Ira Sachs, Estranha Forma de Vida, de Pedro Almodóvar, How to Have Sex, de Molly Manning Walker, Fallen Leaves, de Aki Kaurismäki, High & Low - John Galliano, documentário de Kevin Macdonald, The Delinquents, de Rodrigo Moreno, The Settlers, de Felipe Gálvez, Aftersun, de Charlotte Wells, e Close, de Lukas Dhont.

As produções MUBI incluem Rosebushpruning, de Karim Aïnouz, estrelando Kristen Stewart, Josh O’Connor e Elle Fanning; Bring Them Down, de Christopher Andrew, estrelando Christopher Abbott e Barry Keoghan; e My First Film, de Zia Anger, estrelando Odessa Young e Devon Ross. As coproduções da MUBI incluem o próximo filme de Michel Franco, Memory, estrelando Jessica Chastain e Peter Sarsgaard; One Fine Morning, de Mia Hansen-Løve, com Léa Seydoux; Farewell Amor, de Ekwa Msangi, vencedor do prêmio Sundance; e Meu Legionário, de Rachel Lang.

A MUBI é a maior comunidade de amantes do cinema do mundo. Disponível em 190 países, com mais de 15 milhões de membros em todo o mundo. A MUBI adquiriu a renomada representante comercial e produtora The Match Factory e Match Factory Productions, em janeiro de 2022.

Os planos de assinatura custam R$ 34,90 por mês ou R$ 298,80 a anuidade. A MUBI está disponível no navegador web, nas plataformas Roku, Amazon Fire TV e Apple TV, em aparelhos Smart TVs LG e Samsung, assim como em dispositivos móveis incluindo iPad, iPhone e Android, e também no Prime Video Channels.

segunda-feira, 2 de outubro de 2023

.: Revolucionário e debochado, "King Kong Fran" estreia em São Paulo


Espetáculo promove uma irreverente e debochada reflexão sobre machismo, assédio, abuso, consentimento e violência de gênero. Foto: Nanda Carnevalli


Sucesso de público com casas lotadas, espetáculo-show-performance da atriz e palhaça Rafaela Azevedo, "King Kong Fran" estreia no Teatro MorumbiShopping, em São Paulo. Com direção e dramaturgia de Rafaela Azevedo e Pedro Brício, o espetáculo usa a personagem Fran para promover uma irreverente e debochada reflexão sobre machismo, assédio, abuso, consentimento e violência de gênero. 

O espetáculo ganha temporada no Teatro MorumbiShopping de 3 de outubro a 16 de novembro, com sessões terças, quartas e quintas, às 21h. Os ingressos estão disponíveis na plataforma Sympla. Num misto de cabaré com circo e show de mulher-gorila, Fran diverte o público virando ao avesso os estereótipos do feminino: com humor e ironia, inverte a lógica machista e brinca com a plateia fazendo com que os homens "provem do seu próprio veneno"

Numa fusão das linguagens de circo e teatro, o solo "King Kong Fran", protagonizado pela personagem-título Fran, criação da atriz e palhaça Rafaela Azevedo, convida o público a conhecer o avesso dos estereótipos do feminino disseminados na sociedade. Partindo de referências como a atração circense "Monga, A Mulher Gorila", e "King Kong", o gorila gigante do cinema, Rafaela questiona a sexualidade e a distinção de gênero na construção social.

Entre brincadeiras (consentidas), relatos e músicas, a atriz interage com os espectadores propondo que experimentem inversões dos estereótipos de gênero. Fazendo o papel secularmente atribuído aos homens, Fran os aborda fazendo convites e propostas. A plateia reage bem, e embarca na brincadeira. A direção musical, pop e bem-humorada, é da cantora e compositora Letrux.

Pedro Brício, coautor e codiretor, é quem conta: “Conheci o trabalho da Rafa num outro espetáculo, em que ela dublava a música 'Toxic', da Britney Spears. Terminou e eu falei, quero fazer um espetáculo com você. Fiz este projeto por ter visto uma artista extraordinária. Ela não é só uma comediante, ela é também palhaça, e o 'King Kong Fran' tem também essa especificidade, da palhaçaria, da performance, junto com o teatro. Tem um lugar híbrido que eu adoro. A base do jogo do palhaço é com o público. Então, é um espetáculo de franca comunicação, muito engraçado e também provocador, de muita empatia. O sucesso dele vem daí. Estamos falando de machismo, patriarcado, inversão de papéis, gênero. Quando ela fala da história do King Kong e da história da mulher-gorila, fica muito evidente essa objetificação da mulher, tanto no circo quanto na vida cotidiana. As interações com a plateia são reveladoras, além de muito engraçadas. Na comunicação com o público, sobretudo o feminino, a Rafa expõe de uma maneira muito crítica os papéis sociais do homem e da mulher. E como ela inverte jogo e faz também o papel dos homens, acho que tudo fica muito divertido para eles também”. Compre o livro "King Kong Fran" neste link.


Sobre Pedro Brício - coautor e codiretor
Estudou Cinema na Universidade Federal Fluminense e fez Mestrado em Teatro na Uni-Rio. Cursou a Desmond Jones School of Mime (Londres), a Scuola Internazionalle Dell’atore Comico (Italia) e a École Philippe Gaulier (Londres). Escreveu e dirigiu as peças "Sonhos de Uma Noite com o Galpão", "O Condomínio", "A Outra Cidade", "Me Salve, Musical!", "Trabalhos de Amores Quase Perdidos", "Cine-Teatro Limite", "A Incrível Confeitaria do Sr. Pellica", entre outras. Recebeu alguns dos principais prêmios do país pelo seu trabalho, como Shell, Questão de Crítica, Contigo e APCA.

Tem textos traduzidos para o inglês, espanhol e alemão. Participou da Feira Internacional do Livro de Frankfurt, da Semana de Dramaturgia Contemporânea, em Guadalajara, e da mostra Una Mirada al Mundo, no Centro Dramatico Nacional, em Madri. Como diretor, encenou textos de Samuel Beckett, Edward Albee, Rafael Spregelburd, Patricia Melo e Hilda Hilst. Recentemente escreveu e dirigiu os espetáculos King Kong Fran (em parceria com Rafaela Azevedo) e o musical Ícaro and the black stars.


Sobre Rafaela Azevedo - coautora, codiretora e atriz
Formada pela Casa das Artes de Laranjeiras em 2011, Rafaela iniciou sua carreira em 2012 como integrante do Grupo Teatral Moitará, referência no Brasil sobre pesquisa de linguagem da máscara teatral. Participou do Polo Carioca de Circo, coordenado pelo Grupo Off-Sina, no estudo da palhaçaria sob a perspectiva de diferentes profissionais renomados na área, como Ricardo Puccetti, Lily Curcio, Ésio Magalhães. 

Estudou e trabalhou com Enrico Bonavera (Piccolo Teatro de Milão, Itália) mestre e expoente da Commedia Dell'Arte; Donato Sartori e Paola Piizzi (Centro Máscara e Estrutura Gestual, Itália) referência na pesquisa e confecção da máscara teatral; Lina Della Rocca (Teatro Ridotto, Itália) atriz, diretora e pedagoga integrante do grupo internacional de pesquisa Ponte dos Ventos, dirigido por Iben Nagel Rasmussen, e que integra outro importante grupo de teatro, o Odin Teatret, de Eugenio Barba.

Idealizadora, intérprete, codiretora e codramaturga do espetáculo "King Kong Fran". Indicada ao Prêmio do Humor como Melhor Performance, Melhor Espetáculo e Melhor Direção. A artista também é idealizadora e intérprete do espetáculo de palhaçaria Fran World Tour - eu só preciso ser amada.  Estreou no Brasil em 2018 e em 2019 circulou em âmbito nacional e internacional - esteve na Itália e na Alemanha. 

Participou dos principais festivais de palhaçaria feminina do Brasil: "Esse Monte de Mulher Palhaça" em 2018, Encontro Internacional de Mulheres Palhaças de São Paulo em 2019.  Integrou a programação do Festival Internacional de Mulheres nas Artes Cênicas / Rede Internacional de Mulheres – The Magdalena Project em 2015 e 2018.

Assina a direção, ao lado de Pedroca Monteiro, do espetáculo musical cômico "Canções para Matrimônio", de Ingrid Gaigher e direção do show "Kitch Completo", da artista Natascha Falcão. É idealizadora e diretora do Laboratório Estado de Palhaça e Palhaço, escola online que difunde a técnica da palhaçaria.


Sobre o Teatro MorumbiShopping
O Teatro MorumbiShopping tem como principal característica a diversidade da sua programação e de seu público. Com isso demarca o seu lugar de destaque na cena cultural da cidade tanto pela curadoria quanto pela infraestrutura para realização espetáculos, shows e os mais variados tipos de eventos corporativos.

Sempre com uma excelente qualidade artística nas áreas de música, humor, teatro adulto e infantil, o Teatro está instalado no piso G1 do MorumbiShopping e acomoda até 250 pessoas, atendendo todas as normas de acessibilidade.


Ficha técnica
Espetáculo "King Kong Fran". Direção e dramaturgia: Rafaela Azevedo e Pedro Brício. Atuação e Idealização: Rafaela Azevedo. Direção Musical: Letrux. Cenografia: Carola Leal, Gabriela Prestes e Álvaro Antônio Ferreira. Figurino: Natascha Falcão. luminação: Ana Luzia de Simoni. Direção de Arte: Gabriela Prestes e Carola Leal. Assistência de Direção de Arte: Álvaro Antônio Ferreira. Identidade Visual: Gabriela Prestes. Assistência de Direção: Tamie Panet. Operadora de Som: Joana Guimarães. Operadora de Luz: Cris Ferreira. Produção: Rafaela Azevedo


Serviço:
Espetáculo "King Kong Fran".  De 3 de outubro a 16 de novembro de 2023 - terças, quartas e quintas, às 21h. Duração: 70 minutos. Classificação: 18 anos. Ingressos: R$ 80,00 e R$ 40,00. Link vendas: https://bileto.sympla.com.br/event/86969. Capacidade: 250 lugares. Teatro MorumbiShopping. Endereço: Av. Roque Petroni Júnior, 1089, Jardim das Acacias, São Paulo - SP.

.: "Amor por Anexins" reestreia nesta segunda para curta temporada em SP


Com os atores Marcel Octavio e Mari Gallindo dirigidos por Elias Andreato, a comédia ganha ares ainda mais farsescos e musicado com repertório da música popular brasileira. Foto: Erika Almeida.


Com um sucesso garantido por onde passa "Amor por Anexins" reestreia em São Paulo para mais uma temporada. A peça estreou na capital em 2022 e fez uma turnê pelo interior de São Paulo e algumas capitais brasileiras. O retorno encerra a temporada nacional do projeto. O espetáculo é uma farsa escrita pelo dramaturgo e poeta Artur Azevedo, por volta dos anos 1870 e 1907, em São Luís do Maranhão. 

Nessa montagem de Elias Andreato, a comédia ganha ares ainda mais farsescos e musicado com repertório da música popular brasileira. Na história, o personagem Isaías, interpretado por Marcel Octavio, o “Velho Solteirão” é obcecado por anexins (ditados populares) e quer se casar com Inês, Mari Gallindo, uma jovem e pobre viúva que não se conforma em ser escolhida para ser a esposa desse solteirão. Cabe apenas a Inês aceitar a proposta de Isaías.

O espetáculo é construído por meio de jogo de palavras e ditados populares, promovendo uma reflexão bem-humorada sobre o amor, o dinheiro e o casamento por conveniência. Os atores cantam o repertório popular brasileiro dos anos 1950 acompanhados pelo piano de Jonatan Harold, que assina a direção musical e sopros de Bia Pacheco. Para o diretor Elias Andreato, o autor tinha sincera vocação para a alegria e via na comédia de costumes o melhor caminho para a dramaturgia nacional. "Ele gostava de escrever algo que reproduzisse a verdade e a vida, que possuísse exposição, catástrofe e desenlace, que divertisse e ao mesmo tempo sensibilizasse. O texto trata com humor questões de interesses no amor, trazendo um inusitado jogo de linguagem e saberes coletivos dos anexins que são evocados a 'toda prova' na construção da história”, explica.

A Morente Forte faz história desde 1985 em São Paulo fundada pelas produtoras Selma Morente e Célia Forte. “Há muito tempo queríamos montar um clássico da dramaturgia brasileira. "Pensamos em várias possibilidades. EliasAndreato, nosso parceiro de ideias e conquistas, nos sugeriu 'Amor por Anexins', uma pérola de Artur Azevedo. Não pensamos duas vezes", diz Célia Forte.

Artur Azevedo
Artur Nabantino Gonçalves de Azevedo
, (São Luís, 7 de julho de 1855 - Rio de Janeiro, 22 de outubro de 1908.) Foi um dramaturgo, poeta, contista e jornalista brasileiro. Ao lado de seu irmão, o escritor Aluísio Azevedo, foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras. Tendo escrito milhares de artigos sobre eventos artísticos e encenado mais de cem peças no Brasil e em Portugal, Azevedo foi um dos maiores defensores da criação do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, cuja inauguração ocorreu meses depois de sua morte. Suas peças mais conhecidas são "A Joia", "A Capital Federal", "A Almanjarra", "O Mambembe", entre outras.


Elias Andreato
Ator de teatro, cinema e televisão, diretor e muitas vezes roteirista dos seus próprios trabalhos. Sua busca é pela humanidade dos personagens que interpreta e seus espetáculos frequentemente questionam o papel do artista na sociedade e a relação com seu tempo. Construiu uma carreira sólida feita, acima de tudo, pela escolha por personagem/personalidades que pudessem traduzir esse pensamento – Van Gogh, Oscar Wilde, Artaud, são exemplos dessa escolha e resultaram em interpretações marcantes que garantiram a ele um lugar especial no teatro brasileiro.


Morente Forte
Selma Morente e Célia Forte, sócias da Morente Forte Comunicações, empresa especializada em assessoria de imprensa e produção na área cultural desde 1985, direcionam exclusivamente suas atividades às artes cênicas. Participação em mais de 1500 espetáculos teatrais, com ampla experiência de relações públicas em assessoria de imprensa e planejamento para realização de grandes espetáculos, protagonizados pelos maiores artistas nacionais.

Ficha técnica
Espetáculo "Amor por Anexins. Texto: Artur Azevedo. Direção: Elias Andreato. Direção musical e arranjos Jonatan Harold. Elenco: Mari Gallindo e Marcel Octavio. Músicos: Jonatan Harold (piano) e Beatriz Pacheco (sopros). Cenário: Elias Andreato. Figurino: Fábio Namatame. Coreografia: Mari Gallindo e Claudio Lins. Iluminação: Wagner Freire. Desenho de som: João Baracho. Assistente de direção: Junior Docini. Confeção de Painéis: Augusto Vieira. Visagista: Dhiego Durso. Operador de som: Leandro Lima. Operador de luz e contraregra: Alex Saldanha. Camareira: Cristiane Ferreira. Coordenação de comunicação: Beth Gallo. Programação visual: Laerte Kessimos. Fotos e filmagem: Erik Almeida. Redes sociais: Egberto Simões. Coordenação administrativa: Dani Angelotti. Assistência administrativa: Alcení Braz. Produção local: Egberto Simões. Produção executiva e administradora da temporada: Martha Lozano. Produtoras: Selma Morente e Célia Forte.


Serviço
Espetáculo "Amor por Anexins". Giostri Teatro. Rua Rui Barbosa 201 – Bela Vista/São Paulo. Temporada de 2 a 31 de outubro. Segundas e terças às 20h. Ingressos: R$ 60,00. Classificação: 12 anos. Duração: 70 minutos. Vendas: Sympla.

.: "Voltando a Ler Mafalda": a série documental apresenta origem


A produção da National Geographic traz o processo criativo do cartunista Quino, criador de Mafalda, de uma forma nunca vista antes. 

Conhecida em mais de 40 países, a Mafalda é uma das mais clássicas personagens dos quadrinhos mundiais. Porém, dessa vez, a história vai ser contada de um ponto de vista diferente. A série documental "Voltando a Ler Mafalda" chega exclusivamente ao Disney+ e Star+, simultaneamente, trazendo a origem dos famosos quadrinhos de Quino, criador da personagem, e todo o processo criativo em torno dessa garotinha que não passa despercebida por ninguém. 

A produção revela quais foram as fontes de inspiração do autor, como esse olhar revolucionário expressado através de uma menina começou e as tiras mais memoráveis que contam a história dessa personagem forte, inconformista e disposta a lutar contra as injustiças cotidianas do mundo. Toda essa análise é realizada pelo olhar de nomes como Maitena, Liniers, Montt, Tute, Rep, Kemchs e Raquel Riba Rossi, cartunistas renomados e admiradores da obra de Quino. 

Criada em 1962, Mafalda era inicialmente uma personagem de um comercial de eletrodomésticos, e nem mesmo seu criador imaginava que um mundo de gerações aguardava por ela, que se tornou uma personagem marcante na memória afetiva de muitas pessoas. A série documental é uma obra da diretora argentina Lorena Muñoz e do produtor Fernando Semenzato. Além de participações mais do que especiais, a produção também conta com depoimentos de fãs da Mafalda, celebridades, editores, historiadores, amigos e familiares de Quino — que faleceu no final de 2020. 

Trailer oficial de"Voltando a Ler Mafalda" 

.: "O Livro Branco", de Han Kang, é uma meditação íntima e delicada


"O Livro Branco"
, o novo livro de Han Kang, autora do sucesso "A Vegetariana" e um dos grandes nomes da literatura coreana, é uma meditação íntima e delicada sobre o luto e a vida. Lançado pela editora Todavia, é uma narrativa sobre o luto e a resiliência dos seres humanos — além de ser o livro mais pessoal da autora até agora. A capa é de Marcelo Delamanha e a tradução, de Natália T. M. Okabayashi.

Durante a estada em uma cidade europeia coberta pela densa neve invernal, a narradora é repentinamente tomada pela lembrança de sua irmã, que morreu recém-nascida nos braços da mãe. Ela luta com essa tragédia que definiu a vida da família, um evento que reaparece repetidamente em imagens tomadas por esta cor que evoca o luto em algumas culturas orientais: o branco do leite materno e da fralda, o branco do sal e da neve, o branco da magnólia, a pele branca da bebê como um bolinho de arroz em formato de lua. Só mesmo uma autora como Han Kang que criou a intrincada e poética narrativa de "A Vegetariana", seria capaz de urdir uma grande narrativa literária a partir de uma memória tão profundamente pessoal.

É por meio desse léxico que a narradora avança na releitura de sua própria história. Assim, os capítulos recebem o nome dessas coisas brancas. E rememoram, por meio de uma prosa habilmente arquitetada, aquilo que Camões definiu como “a grande dor das coisas que passaram”. Mas sem arroubos sentimentais. Pois é com a mesma suavidade da neve que ela empreende uma viagem em direção aos sentimentos mais íntimos de uma mulher sobre si mesma.

“A cada palavra que escrevia, estranhamente, meu coração se agitava. Eu queria mesmo escrever este livro e senti que o processo traria alguma mudança. Era algo de que eu precisava, como uma pomada branca para passar num machucado, como uma gaze branca para enfaixá-lo”, escreve. A beleza desse processo, ainda que frequentemente penoso para a narradora, promete tomar de assalto o leitor do início ao fim deste pequeno livro magistral. Compre "O Livro Branco", de Han Kang, neste link.


O que disseram sobre o livro
“Formalmente ousado, emocionalmente devastador e profundamente político.”  The New York Times


Trecho do livro
Minha mãe me contou que seu primeiro bebê morreu duas horas depois de ter nascido. Era uma menina com o rosto branco como um bolinho de arroz em forma de lua. Por ser uma bebê prematura de sete meses, seu corpo era pequenino, mas os olhos, o nariz e a boca eram definidos e bonitos. Ela disse que nunca conseguiria esquecer o momento em que a bebê abriu os olhos negros e olhou para seu rosto. Naquela época, minha mãe morava no interior, numa casa isolada, junto com meu pai, que havia sido designado professor de uma escola de ensino fundamental I. Faltava bastante tempo até a data prevista para o parto, por isso minha mãe não estava preparada quando, certa manhã, a bolsa se rompeu de repente. Não havia ninguém por perto. O único telefone da vila era o da lojinha na frente do ponto de ônibus, que ficava a vinte minutos de caminhada. Ainda faltavam mais de seis horas para o fim do expediente do meu pai.

Era o início do inverno, e a primeira geada caía. Minha mãe, com seus vinte e dois anos, rastejou até a cozinha e ferveu água para desinfetar a tesoura, conforme tinha ouvido falar em algum lugar. Procurou dentro da caixa de costura e encontrou um tecido branco que serviria como roupinha para o recém-nascido. Sentindo as contrações e o medo, ela costurava enquanto as lágrimas escorriam. Terminou a peça, pegou um lençol para usar como cueiro, e a dor voltava a intervalos, mais intensa e mais rápido.

Por fim, deu à luz. Sozinha, cortou o cordão umbilical. Vestiu a roupa que acabara de fazer naquele corpo pequenino manchado de sangue. Por favor, não morra. Com uma voz fina, ela murmurava sem parar. Ao mesmo tempo, abraçava a bebê do tamanho de um palmo que chorava. Depois de uma hora, as pálpebras da bebê, que a princípio estavam bem fechadas, abriram-se como se fosse mentira. Seus olhos encararam aqueles olhos pretos e ela murmurou outra vez. Por favor, não morra. Cerca de uma hora depois, a bebê morreu. Deitadas lado a lado, ela acalentou no peito a bebê morta, sentindo aquele corpo esfriar aos poucos. Não derramou mais nenhuma lágrima.

Sobre a autora
Uma das grandes escritoras contemporâneas, Han Kang nasceu na Coreia do Sul em 1970. Traduzida para dezenas de idiomas, é autora de "A Vegetariana" e "Atos Humanos", ambos publicados pela editora Todavia, entre outras obras. Garanta o seu exemplar de "O Livro Branco", escrito por Han Kang, neste link.

.: Quatro motivos para assistir a série brasileira "Compro Likes"


"Compro Likes", nova série de comédia nacional que chegou ao Star+, coloca em evidência temas que vão muito além da busca pela fama e reconhecimento virtual, mostrando também os perigos que a exposição da vida pessoal, perfis falsos e mentiras podem ter no mundo digital – tudo em uma narrativa leve e divertida.

Na trama, o maior sonho do personagem Wagner Sampayo (Fábio Lago) é se tornar um ator renomado, mesmo após diversas tentativas frustradas em testes de elenco. Para isso acontecer, o personagem se envolve em um mundo de mentiras e cria um perfil falso nas redes sociais, em que mente sobre sua carreira, inventa um romance com uma celebridade e finge estar participando de um grande filme de ação. Mas até que ponto o público e as mídias digitais toleram mentiras? Confira, abaixo, mais sobre os principais temas abordados em "Compro Likes".


Cancelamento digital
Atualmente, é muito comum ver “cancelamentos” ocorrendo diariamente nas redes sociais, ou seja, a prática de boicotar alguma figura pública devido suas atitudes, tendo como base o julgamento público que consome redes sociais. Em "Compro Likes", Wagner Sampayo é cancelado no auge da sua popularidade, contando com uma onda de haters, ao publicar um nude da sua namorada Catarina (Mariana Vaz) sem sua permissão — fato que o leva, inclusive, a lançar uma biografia para contar sua versão dos fatos. A série, por outro lado, mostra como essa prática de cancelamento digital pode ser cruel com a pessoa colocada em holofote, mas também a dimensão instável que as redes sociais proporcionam, podendo mudar de cenário a todo instante. 


Imediatismo
A busca por resultados rápidos na era das redes sociais se tornou o foco da geração atual. Em "Compro Likes", é possível acompanhar a busca incessante de Wagner e seus amigos por visibilidade e sucesso imediato no mundo virtual. A rapidez com que o personagem consegue atingir a marca de 3 milhões de seguidores nas redes sociais — através de muitas mentiras — é uma sátira da atual realidade, já que muitas pessoas hoje estão em busca de muitos seguidores para ontem.


Contas falsas nas redes sociais
Os números de perfis falsos presentes nas redes sociais crescem todo ano e muitas vezes não sabemos com quem estamos lidando do outro lado do computador ou smartphone. "Compro Likes" elucida muito bem a facilidade que é criar uma vida falsa e transformá-la em realidade diante das redes sociais. 

Sarah, melhor amiga de Wagner, investe cinco minutos do seu tempo para criar o perfil falso do amigo, o que dá início a toda trama de mentiras que o personagem se envolve no decorrer da série. Com isso, o cenário do ponto de vista crítico dos perfis fakes fica cada vez mais palpável para o telespectador, já que esse passo a passo da mentira por trás das telas é mostrado no decorrer dos cinco episódios da produção.

A busca pelo sucesso e todas suas emoções
A graça de "Compro Likes" está justamente em toda a trama girar em torno do sonho do personagem principal, que é se tornar um ator de sucesso e ter reconhecimento, principalmente, nas redes sociais e custe o que custar - o que faz o público vivenciar muitas emoções e aventuras para que ele consiga, de fato, isso. Em alguns momentos, o telespectador torcerá para que Wagner se dê bem, mas também concordará com o cancelamento digital do personagem, ao mesmo tempo em que ficará preocupado para saber o que aconteceu com ele no fatídico voo desaparecido no último episódio. "Compro Likes" está disponível exclusivamente no Star+.

domingo, 1 de outubro de 2023

.: Crítica: "Ruim Pra Cachorro'" promove picadinho de macho escroto no cinema


Por 
Helder Moraes Miranda, editor do portal Resenhando.com. 

Em cartaz no Cineflix Cinemas, a comédia "Ruim Pra Cachorro" ("Strays") é um filme anárquico, infame, ultrajante, escatológico, politicamente incorreto e extremamente corajoso. Alguns pais desavisados, que não se deram ao trabalho de assistir ao trailer ou ver a classificação indicativa de 16 anos do filme, e assistiram acompanhados de crianças, saíram reclamando. Não é apenas um "filme de cachorrinhos", tendo em vista que é do mesmo estúdio de "O Urso do Pó Branco" e "Ted".

De fato, protagonizado por cães sacaninhas, o longa-metragem dirigido por Josh Greenbaum, tem muito palavrão e insinuações sexuais. Para aproveitar melhor o filme, o espectador deve esquecer produções que retratam o lado doce dos bichos - como "Marley e Eu" e "Sempre ao Seu Lado" - e mirar em produções mais arrojadas como o filme "Ted", de Seth MacFarlane, e o livro "A Revolução dos Bichos", de George Orwell.

Com animais desbocados, libertários e sanguinários, em que se destacam as vozes inconfundíveis e os talentos de Fábio Rabin e Bruna Louise, a produção fala sobre tanta coisa que torna o filme maior do que aquilo que pode ser considerado defeito. Trata-se de uma narrativa esperta e sensível à sua maneira.

É de uma ousadia sem tamanho utilizar pets indefesos para falar sobre relacionações abusivas e abandono. Também faz uma autocrítica de como os seres humanos tratam os animais. A narrativa trata da vingança de um cãozinho abandonado pelo cuidador babaca.

Os homens vão sentir dor só de ver o que os cães justiceiros fazem: uma autêntica carnificina, um picadinho nojento de macho escroto. E ainda tem o mérito de rir de si próprio ao ironizar o próprio nome. Na verdade, "Ruim pra Cachorro" é "Bom pra Caralho" e promove uma catarse no cinema.


Assista no Cineflix
O Resenhando.com é parceiro da rede 
Cineflix Cinemas desde 2021. Para acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN.

Trailer de "Ruim pra Cachorro"

"Ruim Pra Cachorro" ("Strays") Ingressos on-line neste link
Gênero: animação, aventura, comédia. Classificação: 14 anos. Duração: 1h33. Ano: 2023. Idioma: inglês. Distribuidora: Universal. Direção: Josh Greenbaum. Roteiro: Dan Perrault. Elenco: Isla Fisher (Maggie), Will Forte (Doug), Jamie Foxx (Bug), Will Ferrell (Reggie), Randall Park (Hunter), Tinashe Kajese (Cathy), Dennis Quaid (bird), Josh Gad (actor). Sinopse: Quando Reggie (voz de Will Ferrell), um ingénuo e otimista Border Terrier, é abandonado por Doug, o seu insensível e rude dono, ele continua convencido de que o seu melhor amigo nunca o abandonaria intencionalmente. Mas assim que Reggie conhece um fala-barato chamado Bug (voz de Jamie Foxx, vencedor de um Oscar®), um vadio que adora a sua liberdade e acredita que os donos não prestam para nada, Reggie finalmente percebe que estava numa ‘relação tóxica' e começa a ver Doug como o verdadeiro imbecil sem coração que é.

Sala 2 (dublado) 
1°/10/2023 - Domingo: 16h30
02/10/2023 - Segunda-feira: 16h30
03/10/2023 - Terça-feira: 16h40
04/10/2023 - Quarta-feira: 16h30

Sala 2 (legendado) 
1°/10/2023 - Domingo: 20h50
02/10/2023 - Segunda-feira: 20h50
03/10/2023 - Terça-feira: 20h50
04/10/2023 - Quarta-feira: 20h50

.: Crítica: "A Filha do Rei do Pântano" é uma chata, mas o filme é interessante


Por 
Helder Moraes Miranda, editor do portal Resenhando.com. 

"A Filha do Rei do Pântano" ("The Marsh King's"), em cartaz no Cineflix Cinemas, parte de uma premissa interessante: uma garota que nasce e cresce em um cativeiro sem saber disso. Ela se sente livre e cresce enxergando o pai como um herói até descobrir que ele sequestrou a mãe e a levou para uma cabana no meio da floresta, onde foi gerada.

Depois de descobrir a verdade, a garota cresce longe do pai, torna-se uma mulher estranha, e muda de identidade várias vezes para não ser descoberta. Aos poucos, também vai percebendo a relação abusiva que mantinha com o genitor. Baseado no livro de Karen Dionne, o 
enredo é bem diferente de tudo o que já foi feito  e a história é interessante até certo ponto.

O problema todo é a que a personagem interpretada por Daisy Ridley não tem um pingo de carisma. Ela é apática o tempo todo, até quando o segredo dela é revelado ao marido e à filha. Falta drama e um pouco de "rock" à personagem para o público se identifique e torça pelo menos um pouquinho por ela, que parece não ter ânimo nem para lutar pela família. Ela parece ter sangue de barata.

O único personagem realmente carismático dessa história, por incrível que pareça, é o rei do gado, ops, do pântano, interpretado por Ben Mendelsohn. Outro personagem que chama atenção é o padrasto, interpretado por Gil Birmingham, conhecido pela massa por interpretar o pai de Jacob na saga "Crepúsculo".

E a paisagem deslumbrante, boa para ver no cinema, é uma personagem à parte. Ainda bem, porque "A Filha do Rei do Pântano" é uma chata, mas o filme é bem interessante. Fosse a personagem mais intensa, ela própria poderia ser "a Rainha do Pântano".


Assista no Cineflix
O Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021. Para acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN.


Sala 1 (legendado) 
01/10/2023 - Domingo: 18h20 - 20h40
02/10/2023 - Segunda-feira: 18h20 - 20h40
03/10/2023 - Terça-feira: 18h20 - 20h40
04/10/2023 - Quarta-feira: 18h20 - 20h40

Trailer de "A Filha do Rei do Pântano"

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