domingo, 20 de novembro de 2022

.: "O Negro Visto por Ele Mesmo", de Beatriz Nascimento, combate o racismo


Racismo, história, movimento negro, quilombo, Brasil. Esses foram os principais assuntos debatidos por Beatriz Nascimento, pensadora e ativista negra que marcou o universo artístico-cultural da diáspora africana e a história do movimento negro no cenário nacional. A editora Ubu publica o livro "O Negro Visto por Ele Mesmo - Ensaios, Entrevistas e Prosa" com os principais ensaios dela organizados pelo antropólogo e professor da UFG Alex Ratts, que também assina o prefácio.

O livro também conta com posfácio de Muniz Sodré, texto de orelha de Renata Martins, texto complementar de Bethania Nascimento Freitas Gomes, e imagem da capa feita por Abdias do Nascimento. "Beatriz não se encaixava em nenhum enquadramento político, era apenas radicalmente 'contemporânea', isto é, intelectual da fratura", afirmou Muniz Sodré sobre a autora.

Nesta coletânea cuidadosamente organizada, o leitor encontrará textos críticos, entrevistas e a prosa poética de Beatriz Nascimento. Neles, a autora tece sérias reflexões que oferecem uma imagem prismática não só da experiência íntima das pessoas negras na universidade e na cena cultural brasileira como também das representações midiáticas e historiográficas que lhes são devolvidas dia após dia por uma sociedade racista e em negação quanto ao próprio racismo.

"O quilombo é um avanço, é produzir ou reproduzir um momento de paz. Quilombo é um guerreiro quando precisa ser um guerreiro. E também é o recuo se a luta não é necessária. É uma sapiência, uma sabedoria. A continuidade de vida, o ato de criar um momento feliz mesmo quando o inimigo é poderoso, e mesmo quando ele quer matar você. A resistência. Uma possibilidade nos dias da destruição", afirmou Beatriz Nascimento.

Como existir em um contexto em que a própria existência - passada, presente e futura - é cotidianamente negada? Em que consiste o esforço para estabelecer a própria imagem, reivindicar o próprio imaginário? São essas algumas das perguntas implícitas em "O Negro Visto por Ele Mesmo", registro precioso sobre o que é ser negro, e se perceber negro, no Brasil. Você pode comprar o livro "O Negro Visto por Ele Mesmo", de Beatriz Nascimento, neste link.



Sobre Beatriz Nascimento
Nasceu em 12 de julho de 1942, em Aracaju, migrando com a família para o Rio de Janeiro quando tinha sete anos. Graduada em história pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), consagrou-se como intelectual e militante do movimento negro, atuando em cursos, encontros, conferências, congressos e simpósios voltados sobretudo a discutir relações étnico-raciais no Brasil e na diáspora africana.

Em 1989, participou como personagem, narradora e autora de textos do documentário "Orí", dirigido por Rachel Gerber. Em 1995, aos 52 anos, foi morta pelo companheiro de uma amiga que sofria violência conjugal. Em 2021, foi homenageada com o título de doutora honoris causa pela UFRJ e, em 2022, tornou-se a primeira mulher negra a receber o mesmo título pela UFF.

.: Documentário "Madre Teresa - Amor Maior Não Há" estreia na rede Cineflix


O documentário "Madre Teresa - Amor Maior Não Há" ("Mother Tereza: No Greater Love") será exibido na rede Cineflix Cinemas nesta segunda-feira, dia 21 de novembro, e terça, dia 22. Dirigido por David Naglieri, o filme gira em torno da trajetória emocionante da santa que transformou o mundo em algo melhor por onde passou.

Vinte e cinco anos se passaram desde a morte de Madre Teresa de Calcutá, despertando um interesse renovado por este gigante espiritual do século XX. Filmado em cinco continentes e com acesso sem precedentes aos arquivos institucionais e aos apostolados das Missionárias da Caridade, este filme revela não apenas quem foi Madre Teresa, mas como sua visão singular de servir a Cristo nos pobres continua a ser realizada através das Missionárias da Caridade hoje.

Distribuído pela Kolbe Arte e Produções, o longa-metragem é muito mais do que um documentário. É ao mesmo tempo um tributo sublime a um ícone espiritual, um testemunho poderoso da autêntica caridade cristã e um guia para todos os que buscam esperança em nossos tempos turbulento. A equipe do Resenhando.com assiste a todas as estreias de cinema no Cineflix Santos, que fica no Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, Gonzaga, em Santos, no litoral de São Paulo. Confira a programação completa neste link.

Serviço:

"Madre Teresa: Amor Maior Não Há" ("Mother Teresa: No Greater Love")
Classificação: 12 anos (drogas, temas sensíveis, violência). Ano de produção: 2022. Idioma: inglês. Diretor: David Naglieri. Duração: 1h55. Com Madre Teresa, Missionárias da Caridade. Sinopse: vinte e cinco anos se passaram desde a morte de Madre Teresa de Calcutá, despertando um interesse renovado por este gigante espiritual do século XX.

Cineflix Santos - Sala 4 (dublado)
21/11/2022 - Segunda-feira: 16h30 - 19h
22/11/2022 - Terça-feira: 16h30 - 19h

Cineflix Santos fica
 Miramar Shopping: rua Euclides da Cunha, 21, Gonzaga, em Santos, no litoral de São Paulo. Programação do Cineflix em outras localidades neste link.

Trailer de "Madre Teresa: Amor Maior Não Há"

.: "Fisgados pelo amor" do fenômeno do TikTok, "Aconteceu naquele verão"

Novo romance provocante da autora conhecida como a “Michelangelo da safadeza” conta a história de paixão entre dois melhores amigos

 

Fenômeno do TikTok, "Aconteceu naquele verão" foi o primeiro livro de Tessa Bailey publicado no Brasil. A história — que em breve ganhará uma adaptação cinematográfica — conquistou os fãs de comédias românticas apimentadas ao narrar o encontro entre uma it girl e um capitão rabugento. Agora, o romance ganha uma sequência sobre a irmã da protagonista e suas aventuras amorosas. Best-seller instantâneo do The New York Times, "Fisgados pelo amor", o segundo livro que completa a série das irmãs Bellinger, chega às lojas em novembro e promete repetir o sucesso do primeiro. 

A personagem principal dessa nova história picante, Hannah Bellinger, voltou para Los Angeles após deixar a irmã, Piper, vivendo seu grande amor em Westport. Naquela cidadezinha, ela conheceu mais sobre suas origens e fez novas amizades, como Fox Thornton, um pescador mulherengo. Sexy e despreocupado, todo mundo sabe que com ele a diversão é garantida — seja na cama, ou fora dela. Mas com Hannah é diferente: os dois são apenas bons amigos. 

Agora, a caçula está de volta à cidade litorânea a trabalho, hospedada na casa de Fox. Hannah conhece sua fama de Don Juan de Westport, mas é imune aos seus encantos; afinal, ela nutre uma paixão secreta pelo chefe e precisará do amigo para ajudá-la a dar um empurrãozinho na sua vida amorosa sem graça. No entanto, quanto mais tempo passa com Fox, mais seus sentimentos se embaralham e o clima entre eles esquenta para valer. 

A jovem não consegue negar que ama tudo a respeito do amigo, mas se recusa a ser só mais uma em sua cama. Já para o pescador, ter a melhor amiga andando de toalha pela casa e dormindo no quarto ao lado é um grande desafio. A verdade é que Fox está completamente fisgado, e incentivá-la a flertar com outra pessoa é pura tortura. Será que o pescador vai conseguir passar por cima das próprias angústias e provar para Hannah que está pronto para um relacionamento sério? 

Com uma trama intensa e divertida, "Fisgados pelo amor" traz o clássico “friends to lovers” das comédias românticas, capaz de fisgar o leitor desde a primeira página.

Você pode comprar "Fisgados pelo amor", de Tessa Bailey  aqui: amzn.to/3FTjCkT


“A trama de Tessa Bailey tem um ritmo rápido e é cheia de humor. Fox e Hannah são personagens simpáticos, bem construídos e com profundidade emocional. Eles precisam superar muitos obstáculos, e os leitores vão torcer pelo casal.” — Library Journal


“Essa comédia romântica efervescente vai manter os leitores fisgados.” — Publishers Weekly

 

Tessa Bailey tem três objetivos na vida: escrever romances com personagens bonitos e inesquecíveis, ser uma boa mãe e, em algum momento, sentar de fininho na bancada dos jurados em um reality show de culinária. Ela mora em Long Island, Nova York, com o marido e a filha.


Livro: Fisgados pelo amor

Autora: Tessa Bailey

Tradução: Isadora Prospero  

Editora Intrínseca    

336 páginas

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sábado, 19 de novembro de 2022

.: Crítica: "Desencantada" não é um novo "Encantada" e usa a magia da memória

Por: Mary Ellen Farias dos Santos 

Em novembro de 2022


"Desencantada" (Disenchanted), volta com o conto de fadas real de Gisele (Amy Adams) e Robert (Patrick Dempsey), após quinze anos de quando o público se maravilhou com o longa "Encantada". Para, a sequência, a nova produção retrata o depois do "felizes para sempre" usando técnica similar do filme de 2007, mas com um toque moderno, sem o livro em pop-up. Em Andalasia, logo em desenho, Pippin resume a primeira história da princesa Gisele para o filhos esquilos -e para o público. Até que guarda o livro e pega um outro, a segunda parte do conto de fadas.

Em Nova Iorque, após a passagem de tempo, a antiga moradora de Andalassia é mãe de uma linda bebezinha, continua amando a filhinha de Robert, Morgan (Gabriella Baldacchino), mesmo tendo se tornado uma adolescente cheia de sarcasmo, enquanto que Edward (James Marsden) e Nancy (Idina Menzel) são rei e rainha de Andalasia -com tempo para visitas no mundo real. E, por incrível que pareça, o personagem de Robert não tem tanto peso na trama.



De fato, "Desencantada" é uma história sobre o poder da memória, mas as construídas entre Gisele e Morgan, tanto é que a menina vê e chama a madrasta como mãe dela. Ao trabalhar a relação de mãe e filha, há ainda a bebê que esbanja talento, seja pelo lindo sorriso ou até em cena, quando, na nova casa, Gisele abraça Morgan e a pequena coloca uma das mãozinhas no braço, como que acolhendo a jovem.

"Desencantada" não é um novo "Encantada", mas tem a mesma magia. Talvez tenha sofrido pela estreia  ter sido direto no Disney Plus, e não nos cinemas. Solar e colorido, desperta, por inúmeras vezes, o desejo de assistir nas telas enormes de cinemas. E como trata de memórias, "Desencantada" ainda esbarra no fato de o filme ter sido exibido nas telonas. Reduzí-lo, logo na estreia, a uma tela de TV, de computador ou de celular, acaba sendo frustrante. 

Em 118 minutos, ainda há espaço para trechos em animação que não estampam a mesma magia nos traços dos personagens de 2007, mas agrada. Há diversas referências aos clássicos Disney, como a vila de "A Bela e a Fera" ou quando Morgan canta e sobe numa carroça, ao se apoiar nos produtos, alguém atrás joga água como em "A Pequena Sereia", no mar, cantando na pedra. "A Princesa e o Sapo" aparece por um vagalume que voa por várias cenas e ainda, numa performance de Gisele, o críquete de "Alice no País das Maravilhas" é contemplado.

Ainda que mostre a adolescência como uma fase complicada de se lidar, "Desencantada" é sobre preservar memórias. Não espere um filme brilhante, toda a pompa segue com a primeira produção. A jovialidade perdida dos personagens que retornam a seus papeis, às vezes, salta aos olhos. Contudo, Amy Adams, que assina a produção, ainda segura  muito bem o protagonismo enquanto um personagem encantado, ainda que dê destaque para a antes criança e, agora, jovem, Morgan, que vive descaradamente o papel de Cinderella, sendo, inclusive, presa "na torre". São muitas as referências aos clássicos que amamos assistir desde a infância.


A cantoria mesmo sendo de Alan Menken, compositor de "A Bela e a Fera", "Aladdin", "A Pequena Sereia", não imprime o mesmo vigor. Não são músicas poderosamente chicletes, mas muito bonitas. Com quem fica a vilania em "Desencantada"?! Não há uma nova Narissa, personagem fabuloso, que chega a virar o dragão de "A Bela Adormecida", interpretado por Susan Sarandon. Contudo, aqui há duas vilãs. Uma com o perfil e trejeitos típicos, enquanto que outra surpreende com seu toque de dupla personalidade, que, por vezes, remete ao conturbado "Gollum/Smeagol" de "O Senhor dos Aneis"

Entretanto, o filme é lindo e resgata a magia do primeiro, sendo também uma linda homenagem aos clássicos Disney que, merecidamente, deveria estrear nos cinemas. Um erro da Disney? Sem dúvida. Aliás, mais um. Assim como "Red: Crescer é Uma Fera", "Desencantada" tem o poder de encantar nos cinemas, mas, infelizmente, esse gostinho foi tirado ao estrear diretamente no streaming. Imperdível!


* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm


Filme: Desencantada (Disenchanted)

Direção: Adam Shankman 

Roteiro J. David Stem, David N. Weiss 

Canções: Alan Menken

Estreia: 18 de novembro de 2022

Elenco: Amy Adams, Patrick Dempsey, James Marsden, Idina Menzel 


.: Crítica: "Red: Crescer é Uma Fera" é sobre não fingir ser o que não se é

Trailer






.: 1x2: "Monster: The Jeffrey Dahmer Story" agita em "Please Don´t Go"

Por: Mary Ellen Farias dos Santos 

Em novembro de 2022


O segundo episódio da "Dahmer: Um Canibal Americano" (Monster: The Jeffrey Dahmer Story) começa com total agitação por parte da imprensa e vizinhos de Jeffrey Lionel Dahmer, o assassino serial de Wisconsin. Assim, em "Please Don´t Go", os restos de corpos chegam ao conhecimento de todos e Dahmer vai para a cadeia -garantindo um nude de  Evan Peters ("American Horror Story"). Para tanto, a produção dirigida por Ian Brennan e Ryan Murphy volta no passado, por meio de falas do próprio Dahmer enquanto preso.

O ano é 1966 quando o solitário presencia um garoto negro sofrer bullying no ônibus escolar. Em casa, a situação não é das melhores. Enquanto um bebê berra dentro de um cercadinho, na cama, a mãe está praticamente desfalecida. Quem chama socorro?! O menino que acaba se vendo sem pai, uma vez que por estar em pé de guerra com a esposa, sai de casa.  

É um presente inusitado para a professora que leva o pequeno Dahmer a praticar algo de grande estranhamento, principalmente por estar na beirinha de um rio. No entanto, ele o o pai começam a fazer junto algo que se assemelha a um ritual em dupla. Num pulo no tempo, na vida adulta, Dhamer tem uma crise, a ponto de chorar ao telefone, o que o leva a morar com a avó. E lá será o cenário do processo inicial do assassino serial -mas não ainda no segundo episódio. 

No trabalho, o chefe chama a atenção de Jeffrey para que use camisa, não camiseta. Por quê esse fato surge na trama? É que essa chamada leva Dahmer a uma loja, caindo de amores por um manequim. O esquema para colocar um plano bizarro em prática é simples e prático. Como entender a mente de maníaco?! Nada facilita. Nem mesmo ao som de "Please Don´t Go" na voz de KC & The Sunshine Band.

Na porta de um estabelecimento, Jeffrey Dahmer se faz de "amigo" de uma futura vítima, de aparência asiática, estando somente com 14 anos de idade. E consegue fisgá-lo, ainda que tenha nos postes anúncios de um garoto negro desaparecido. Na verdade, Dahmer já tem fama de mal, mas o menino frisa que a família precisa dos cem dólares combinados. Mesmo estando ciente do perigo, uma vez que o próprio irmão esteve nas mãos de Dahmer, o jovem drogado vira um zumbi do canibal. 

Ainda que retrate a infância e adolescência difícil de um Dahmer incrivelmente interpretado por Evan Peters, "Please Don´t Go" não desperta qualquer mínimo sentimento de pena em relação ao assassino. Acompanhar, mesmo que de modo poético ou florido, todo o esquema de ataque usado para cada vítima gera agonia, uma vez que quando surge a chance de fuga, acaba-se torcendo para que a pessoa consiga escapar daquele ambiente doentio, mesmo tendo consciência da quantidade de mortos pelo assassino serial. "Dahmer: Um Canibal Americano" (Monster: The Jeffrey Dahmer Story) é uma série estupenda!


* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm

Seriado: Dahmer: Um Canibal Americano ("Monster: The Jeffrey Dahmer Story")
1ª temporada
Episódio: Please Don´t Go"

Gênero: thriller, crime, drama
Direção: Ian Brennan, Ryan Murphy
Elenco: Evan Peters (Jeffrey Dahmer), Niecy Nash (Glenda Cleveland), Molly Ringwald Shari Dahmer  Richard Jenkins Lionel Dahmer  Penelope Ann Miller Joyce Dahmer  Michael Learned Catherine Dahmer  Shaun Brown Tracy Edwards

.: "O Livro dos Mortos": a autobiografia hipnagógica de Lourenço Mutarelli

Novo romance do autor de "O Cheiro do Ralo", este misto de autobiografia e ficção traz um dos maiores autores brasileiros em sua melhor forma.

Misto de autoficção e narrativa insólita, "O Livro dos Mortos", de Lourenço Mutarelli, retoma o estilo que o consagrou em "O Cheiro do Ralo". O livro, lançado pela Companhia das Letras, conta a história de Pompeu Porfírio Júnior, que ganha a vida contando histórias: as pessoas pagam a ele para que se sente ao lado delas e conte o que viveu. 

Como um intermediário-inventor, Pompeu arquiteta mundos para que elas os habitem. Ali, se apaixonam, se decepcionam, gozam e sofrem. Contudo, Pompeu tem seus demônios particulares e, ao ser denunciado ao tribunal da inquisição, passa a responder por crimes que não conhecia. Sem saber quem o acusara, o contador de histórias relembra sua vida e dela monta um caleidoscópio, revisitando, na companhia do leitor, desde a infância até a maioridade e ao infarto que quase o matou. 

Além de retomar o estilo que o consagrou, Lourenço Mutarelli aprofunda uma das questões mais importantes de sua obra: quais os limites da narrativa (seja ficcional seja histórica) e até onde ela nos constrói. Você pode comprar "O Livro dos Mortos", de Lourenço Mutarelli, neste link.


Sobre o autor
Lourenço Mutarelli
nasceu em 1964, em São Paulo. Publicou diversos álbuns de quadrinhos, entre eles "Transubstanciação" (1991) e a trilogia do detetive Diomedes: "O Dobro de Cinco", "O Rei do Ponto" e "A Soma de Tudo" I e II. Escreveu peças de teatro - reunidas em "O Teatro de Sombras" (2007) - e os livros de ficção "O Cheiro do Ralo" (2002, adaptado para o cinema em 2007); "O Natimorto" (2004, adaptado para o cinema em 2008); "A Arte de Produzir Efeito Sem Causa" (2008, adaptado para o cinema em 2014); "Miguel e os Demônios" (2009); "Nada me Faltará" (2010); "O Grifo de Abdera" (2015) e "O Filho mais Velho de Deus e/ou Livro IV" (2018).

.: "Só Prosa": Armando Freitas Filho publica pela primeira vez prosa reunida


Após décadas de dedicação à poesia, Armando Freitas Filho publica pela primeira vez sua prosa reunida em um volume que celebra a força da memória. Os textos recolhidos em "Só Prosa", lançamento da Companhia das Letras - alguns inéditos e outros publicados na imprensa ou em plaquetes - perfazem a formação literária de um dos principais poetas brasileiros em atividade.

A obra reúne lembranças do primeiro contato com os livros, entremeadas por relances da Copa de 50, reflexões sobre o ofício da escrita e anotações sobre a implacável passagem do tempo, tendo sempre como pano de fundo a paisagem do Rio de Janeiro.

Os escritores Ana Cristina Cesar, Carlos Drummond de Andrade, João Cabral de Melo Neto, Ferreira Gullar e Carlos Sussekind são alguns dos nomes que recebem o olhar atento e singular do autor. Dividido em duas partes - “Eu” e “Eles” -, "Só Prosa" é um mergulho na própria trajetória afetiva e intelectual. Você pode comprar o livro "Só Prosa", de Armando Freitas Filho, neste link.


Sobre o autor
Armando Freitas Filho
 nasceu no Rio de Janeiro, em 1940. Foi pesquisador da Fundação Casa de Rui Barbosa, secretário da Câmara de Artes no Conselho Federal de Cultura, assessor do Instituto Nacional do Livro no Rio de Janeiro, pesquisador da Biblioteca Nacional e assessor no Gabinete da presidência da Funarte. 

É autor de "Palavra" (1963), "À Mão Livre" (1979), "3x4" (1985, vencedor do prêmio Jabuti), "Rol" (Companhia das Letras, 2016, vencedor do prêmio Rio de Literatura e APCA de 2016), e "Arremate" (Companhia das Letras, 2020), entre outros. Sua obra poética foi reunida em "Máquina de Escrever" (Nova Fronteira, 2003).


.: Grátis: show de Gabriel Braga Nunes a partir de sonetos de Shakespeare


O ator e músico Gabriel Braga Nunes será destaque na programação de domingo, dia 20 de novembro, do Music in The Park, evento gratuito que começa neste sábado, dia 19, no Parque do Povo, em São Paulo (SP). Um dos protagonistas na novela "Verdades Secretas II", que terminou na última sexta-feira, dia 18, na Rede Globo, Gabriel preparou o show “Logo a Escuridão Vem nos Fazer Descansar”, marcado para 12h30, com músicas que compôs a partir de sonetos de William Shakespeare.

Para montar a sua apresentação deste domingo no Festival de Jazz, teve como referência artistas como Nick Cave, Leonard Cohen e Lou Reed. E o projeto conta com Luiza Lapa (vozes), Eduardo Barretto (baixo), Rafael Stanguini (teclados) e Bruno Galhardi (bateria), além do próprio Gabriel Braga Nunes (vozes e guitarra).

O Music in The Park une música, arte e natureza, com shows de jazz ao longo dos dois dias. O Festival terá, também, uma exposição de arte com esculturas que representam globos terrestres com os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável definidos pela ONU para um mundo melhor, além de intervenção de grafite em murais do local por três artistas. 

A expectativa é de receber milhares de pessoas em uma ativação voltada para familiares e grupos de amigos de todas as idades. O evento ocorre durante a Virada Sustentável na cidade de São Paulo e reunirá oito bandas de jazz ao longo do final de semana.

O Music in The Park tem a parceria de importantes marcas e empresas como os patrocinadores - Omint Saúde e Seguros, JK Iguatemi, Tegra Incorporador e Azul Linhas Aéreas -, os co-patrocinadores - Astra, Intermezzo Escola de Música, Brentwood e Nescafé Gold -, com a produção musical da Whiplash, o apoio da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente – SVMA e o apoio ESG da Greener. A realização é da Out Of Office.

Programação do Music in The Park


Sábado - 19 de novembro
10h30 -
Diego Pereira
12h30 - MusicMan Jazz Quartet (Tributo a John Coltrane - A Love Supreme)
14h30 - Nova Nota
16h30 - Lilian Estela Quarteto


Domingo - 20 de novembro
10h30 -
Tetel Di Babuya
12h30 - Gabriel Braga Nunes
14h30 - Nico
16h30 - Barbara Kush


Music in the Park. Datas: sábado e domingo, dias 19 e 20 de novembro. Horário: 10h30 às 18h. Local: Parque do Povo - Avenida Henrique Chamma, 420, Pinheiros. Entrada gratuita.

sexta-feira, 18 de novembro de 2022

.: Alto da Maravilha, parceria de Antonio Carlos e Jocafi com Russo Passapusso

Antonio Carlos e Jocafi com Russo Passapusso. Foto: divulgação


Por Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural.


Conhecido pelo trabalho no grupo BaianaSystem, Russo Passapusso concretizou um sonho ao lançar um trabalho solo em parceria com seus ídolos: a dupla Antonio Carlos e Jocafi, que fez muito sucesso na década de 70 e que permanece ativa na música. Alto da Maravilha é o nome do disco que celebra a união entre os músicos baianos, com produção de Curumin, Zé Nigro e Lucas Martins.

O trabalho conta ainda com as participações de Djalma Corrêa e Karina Buhr na faixa  “Olhar Pidão” e de Gilberto Gil em “Mirê Mirê”, música lançada como single em outubro.

A parceria musical entre Russo Passapusso e Antonio Carlos e Jocafi começou a gerar frutos a partir de 2019, quando a dupla participou do álbum “O futuro não demora”, do BaianaSystem, como co-autores e intérpretes de “Água” e “Salve”. Depois veio o single “Miçanga“, em 2020.

A influência de ritmos africanos presente nas canções de Antonio Carlos e Jocafi sempre fizeram a cabeça do vocalista e compositor do BaianaSystem, que tem nos artistas uma de suas maiores influências musicais. 

Faixas animadas como Pitanga e Veneno, contam com ótimos arranjos de metais adornando as melodias. A faixa Vapor de Cachoeira segue a receita suingada da dupla Antonio Carlos e Jocafi, que aliás Russo Passapusso aprendeu com maestria a interpretar e compor. Mirê Mirê, com vocal de Gilberto Gil, é outro momento bem interessante, assim como a ótima Catendê, que encerra o disco de forma brilhante.

Alto da Maravilha é um título que define com precisão essa parceria musical. Se por um lado a dupla Antonio Carlos e Jocafi se renova ao produzir junto com Russo Passapusso, esse por sua vez também consegue mostrar que pode trazer em carreira solo uma produção musical cada vez mais consistente para o público. E que venham mais parcerias deles no futuro.



Mirê Mirê


Vapor de Cachoeira


Catendê




.: “Poliana Moça”, do SBT: Resumos dos capítulos 176 ao 180

“Poliana Moça”

Resumos dos capítulos 176 ao 180 (21.11 a 25.11)

João e Poliana (Foto: Lourival Ribeiro/SBT)


Capítulo 176, segunda-feira, 21 de novembro

Éric (Foto: Divulgação/SBT)


Renato e Ruth se beijam na sala da diretoria; sem ser vista, Helô pega o casal no flagra. João visita Poliana, ela fica animada. João pergunta para a amiga como ela está depois do término. Poliana pede para Kessya e João não se afastarem de Éric. Mario fica incomodado por dividir o sótão com ‘Yupechlo’. João e Kessya ficam para o jantar, na casa de Poliana, o trio grava um vídeo se divertindo e publica nas redes sociais. No dia seguinte, Éric vê o vídeo e pergunta à Poliana se ela terminou com ele para poder ficar com João. Jefferson aceita o trabalho na ‘Luc4Tech’, mas com uma condição: trabalhar exclusivamente com o projeto ‘LUC1’. Bandidos devolvem ao CLL as sacolas de roupas furtadas da instituição. Éric começa a provocar Poliana com indiretas. Em um momento, Éric afirma que Poliana é hipócrita e uma pessoa horrível, e que as ações de término dela foram para ficar com o João.


Capítulo 177, terça-feira, 22 de novembro

Evento do encontro dos fãs com o LUC1 (Foto: Lourival Ribeiro/SBT)


Chegou o dia do Pinóquio encontrar os fãs. Jefferson começa com seu trabalho na ‘Luc4Tech’. Nanci vai ao evento da empresa de Luca para ver se encontra Waldisney no local. Passos de Poliana são monitorados por um homem misterioso. Poliana chora nos braços de Luísa e Otto ao falar da relação conturbada com Éric.  Nanci tenta abordar o homem que se parece com Waldisney. Luísa pendura quadro favorito de Marcelo e causa prejuízo na casa. ‘Yupechlo’ pergunta a LUC1 (Pinóquio) se ele não gostaria de estudar na Escola Ruth Goulart. 


Capítulo 178, quarta-feira, 23 de novembro

Nanci vence o concurso para passar um dia com LUC1 (Foto: Lourival Ribeiro/SBT)


LUC1 (Pinóquio) canta “Evidências” de Chitãozinho & Xororó e dedica a Lorena; Mario fica triste. Jefferson tenta invadir o computador de Luca; Celeste o pega no flagra. Luca realiza sorteio, o prêmio: um dia inteiro com o ‘LUC1’ com direito a um acompanhante. Nanci ganha o sorteio. Violeta fala para Luca que Nanci reconheceu Waldisney e que ela não pode passar um dia com o androide. Éric tenta inventar outra mentira sobre Poliana para Song e Helena. Jefferson encontra com Otto e Sérgio; Otto declara que Jefferson não pode ser descoberto e que eles precisam desmascarar primeiramente a Violeta. Silenciosamente, Dona Branca segue Antônio pela rua.


 


Capítulo 179, quinta-feira, 24 de novembro

Kessya (Foto: Lourival Ribeiro/SBT)


Ruth admite a Helô que está namorando Renato; a amiga diz que já sabia. Disfarçada, Violeta tenta ir ao encontro do pai, Antônio. Ruth e Helô armam pegadinha para Renato. Violeta fica chateada por não conseguir se aproximar do pai. Poliana chama Éric para participar de atividade em grupo; ele alega que prefere fazer sozinho. Em reunião online, Jefferson começa a fazer perguntas para Violeta, em busca de alguma pista. Vinícius vai viajar para o Nordeste e passar um tempo fora. Antônio conta a verdade para Dona Branca sobre contato com Violeta. Brenda expõe à Celeste que todos sabem que André gosta da Raquel. Bento conta a João que tem expectativa de que o  relacionamento amoroso entre ele e Kessya dê certo.


Capítulo 180, sexta-feira, 25 de novembro

LUC1 (Pinóquio) procura Ruth para se matricular no colégio (Foto: Lourival Ribeiro/SBT)


Vinícius se despede de Formiga e Jefferson, os amigos se emocionam. O capanga de Cobra entrega para ela os horários da rotina de Poliana. Tânia tem um plano perigoso em mente. Poliana manda um bilhete carinhoso para Éric, ele rasga o papel na frente dela. Éric pergunta à Poliana o motivo dela estar sendo tão legal com ele depois de tudo que aprontou. Antônio cruza com Violeta na rua, ele pede um abraço e ela recusa. LUC1 (Pinóquio) vai falar com Ruth e defende que quer se matricular na escola. Jefferson tenta apurar com Brenda, Raquel e Celeste mais informações sobre a Violeta.


Sábado, 26 de novembro

LUC1 discursa para os fãs (Foto: Lourival Ribeiro/SBT)

Resumo dos capítulos da semana


A novela “Poliana Moça” vai ao ar de segunda a sábado, às 20h30, no SBT


.: Michelle Obama traz "Nossa luz interior: Superação em tempos incertos"

Em sua aclamada autobiografia "Minha história", que alia reflexões profundas a histórias contadas de maneira encantadora, Michelle Obama rememorou sua trajetória de vida desde a infância na zona sul de Chicago, passando pelos anos como uma executiva equilibrando as demandas da maternidade e do trabalho, até chegar ao momento em que foi a primeira mulher negra a ser primeira-dama dos Estados Unidos. Escrevendo com sagacidade e honestidade irretocável, ela convida os leitores a adentrarem seu mundo, compartilhando com eles seus triunfos e decepções, tanto públicos como privados, e inspirando milhões de pessoas no mundo todo a reconhecerem e refletirem sobre o poder de suas próprias histórias e o valor da sua própria voz.

Em "Nossa luz interior: Superação em tempos incertos", Michelle Obama traz histórias estimulantes e inspiradoras de sua vida, além de reflexões e insights sobre mudança, desafios e poder. Isso inclui acreditar que quando ficamos felizes pelos outros, podemos iluminar a riqueza e o potencial do mundo ao nosso redor, descobrindo verdades profundas e novos caminhos para o progresso. Partindo de suas experiências como mãe, filha, esposa, amiga, primeira-dama e defensora do direito ao voto, da educação de meninas e da saúde das crianças, Michelle compartilha os hábitos e práticas que desenvolveu ao longo de sua trajetória pessoal e profissional e que a ajudaram a superar obstáculos, continuar equilibrada e confiante, e se adaptar às mudanças — essa sabedoria que lhe permitiu tornar-se quem ela é, continuamente. Com franqueza e compaixão, ela também explora questões ligadas a gênero, raça e visibilidade, encorajando os leitores a enfrentarem o medo, encontrarem a força dentro de si mesmos e em suas comunidades e viverem com ousadia.

Em um evento editorial global, "Nossa luz interior" foi traduzido para 22 línguas em 36 países do mundo.

Ao abordar o longo período de tristezas, perdas e incertezas que chegaram a cada canto do mundo à medida que a pandemia global se espalhava, uma onda de intolerância e preconceito avançava, e autocratas sedentos por poder fecharam o cerco em diferentes países, Michelle Obama admite que houve momentos nos últimos anos em que se sentiu abalada, raivosa e até sem esperança, e que essa conjuntura deixou muitos de nós inseguros e confusos. "Mas quando o equilíbrio não é possível", ela escreve na introdução do livro, "somos desafiados a evoluir... À medida que continuamos a navegar pelos desafios da pandemia, lidar com problemas de injustiça e instabilidade e nos preocuparmos com um futuro incerto, eu me pergunto se não seria a hora de pararmos de perguntar 'quando isso vai acabar?' e, em vez disso, começarmos a considerar um conjunto de perguntas diferentes e mais práticas que nos coloquem bem no meio do desafio e da mudança: como podemos nos adaptar? Como podemos ficar mais confortáveis, menos paralisados, em meio à incerteza? Que ferramentas temos para nos sustentar? Onde encontramos mais apoio? Como podemos criar segurança e estabilidade para os outros? Se trabalharmos todos juntos, o que conseguiremos superar?"

Nossa luz interior" é a resposta de Michelle Obama, pensada muito a fundo, para todas essas questões. "Não acredito que haja soluções certas ou respostas firmes para os grandes problemas da vida", ela escreve. "Por natureza, a experiência humana vai contra isso. Nossos corações são muito complicados, e as nossas histórias, muito confusas." Em vez de trazer uma "fórmula mágica" para dar conta dos desafios da vida, ela permite aos leitores uma olhadinha para dentro de sua caixa de ferramentas pessoal, abordando temas como:

O poder das pequenezas: naqueles dias mais confusos do começo da pandemia, Michelle aprendeu a acalmar sua mente ansiosa e lidar com a sensação de sobrecarga a partir de um novo hobby: tricotar. O simples ato de se dedicar a "algo que era menor que meu medo, menor que minhas preocupações e minha raiva, menor que a sensação esmagadora de desamparo que eu estava sentindo... isso levou meu cérebro para outro caminho", ela explica. "Isso me colocou em uma estrada que saía da cidade em ruínas e ia para uma calma colina, um lugar onde eu podia ver com mais clareza." Quando ela descreve a sensação de solidão que teve às vésperas de seu discurso virtual na Convenção Nacional Democrata em 2020, ela comenta que a perseverança e serenidade conquistadas pela prática do tricô a ajudaram a chegar ao "tipo de clareza vulcânica que vem quando você fala do âmago do seu ser". "Eu tinha que chegar no pequeno para conseguir pensar grande de novo", escreve.  "Abalada pela enormidade de tudo que estava acontecendo, eu precisava que minhas mãos me levassem de volta para o que é bom, simples e realizável. No fim, isso foi muita coisa."

Decifrando o medo: o medo é uma emoção legítima em um mundo em que muitas pessoas têm preocupações reais a respeito de sua segurança e estabilidade, sobreviveram a abusos ou traumas de guerra, ou estão expostas aos julgamentos e críticas cruéis de outros. Mas em algumas circunstâncias, medos abstratos — de vergonha ou rejeição, de experiências pouco familiares, de começar algo novo — podem nos travar, limitando nossas possibilidades e diminuindo o horizonte da vida. "É por isso que eu acho que precisamos prestar muita atenção a como avaliamos nossas preocupações e aprendemos a processar o medo", escreve Michelle. "As escolhas que fazemos quando estamos com medo, acredito, muitas vezes determinam os resultados mais amplos na vida." Ao comparar o medo que sentiu quando Barack Obama contou a ela que queria concorrer à presidência e o legado dos dois avôs dela, homens negros orgulhosos e capazes cujas vidas foram, ainda assim, limitadas por um senso de medo e falta de confiança devido à experiência do racismo, Michelle convida os leitores a se perguntarem: "'estou com medo porque estou realmente em perigo, ou apenas porque estou encarando algo novo de frente?'. Decifrar o medo envolve parar para pensar em nossos próprios instintos, examinando o que nos faz dar um passo para trás, quais são as coisas pelas quais poderíamos avançar com mais agilidade, e, talvez ainda mais importante, por que recuamos ou avançamos".

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Começar pela gentileza: "Muitos de nós passamos uma vida inteira reparando na presença de olhares críticos ao nosso redor, nos sentindo bombardeados por julgamentos, perguntando o que estamos fazendo errado, e internalizando as respostas de maneiras danosas que nos acompanham pelo resto da vida", escreve Michelle. "Com frequência, viramos esse olhar crítico para nós mesmos. Nós nos punimos com o que está errado antes mesmo de parar pra cogitar o que está certo.” Ao admitir que ela também passa por muitas manhãs em que se olha no espelho do banheiro e impulsivamente começa a catalogar seus próprios defeitos, Michelle reivindica a importância de começar cada dia com um ato de gentileza por si mesmo, deixando de lado a autocomiseração e, em vez disso, saudando a si mesmo com uma mensagem simples de compaixão e aprovação. Da mesma forma, nos contatos com o outro — e especialmente com crianças —, é crucial deixarmos para trás nosso impulso de julgar e criticar e, em vez disso, partir de um lugar caloroso e que expresse alegria pela existência da outra pessoa como um todo.

Estão me vendo de verdade?: quase todo mundo passa, em algum momento, pela sensação de não pertencer, de ser visto como um intruso no espaço que estão ocupando. "Mas para nós que somos percebidos como diferentes — seja por nossa cor e raça, etnicidade, tamanho corporal, gênero, sexualidade, deficiência, neurodivergência, ou de outras formas, incluindo as combinações disso tudo —, essa sensação não é uma coisa que simplesmente vai embora, e sim algo que pode ser muito forte e insistente", comenta Michelle. "Viver com isso exige muito trabalho." Ela relembra como ser uma criança alta a levou a desenvolver uma autoconsciência desconfortável de ser diferente, com uma sensação de pouco valor, e descreve como essa sensação assustadora de ser percebida como "o outro" ou "nada mais do que isso" a acompanhou até seu período em Princeton, onde ela fazia parte de uma minoria dupla enquanto estudante mulher e negra. Ela levou muitos anos até conseguir internalizar a máxima que orientava a vida de seu pai: "ninguém vai conseguir fazer você se sentir mal se você se sentir bem consigo mesmo". Aos poucos, aprendeu a incorporar tudo o que tinha de diferente com orgulho, a reconhecer essas diferenças como parte dela, e deixar que suas ações falassem por ela, não os preconceitos alheios. "Quando você começa a reescrever a história que diz que você não tem valor, você encontra um novo lugar", ela escreve. "Isso é, eu acredito, a raiz de nossa verdadeira confiança. E esse se torna o lugar a partir do qual você poderá se mover com maior visibilidade, mais agência e mais habilidade para criar mudanças mais amplas."

Tudo sobre nós: ao mesmo tempo que pode ser desconfortável compartilhar quem somos por inteiro e de maneiras autênticas, especialmente quando lidamos com o fardo de sermos diferentes, Michelle destaca que "é importante que busquemos oportunidades para ficar mais confortáveis com nós mesmos e com nossas histórias. E tão importante quanto é criar espaço e aceitação para as histórias dos outros". Abraçar o risco calculado de colocar no mundo algo que estava em seu espaço mais protegido não só pode causar uma sensação de alívio como também alargar a concepção que você tem sobre seu próprio valor. "É uma forma de encontrar sua própria luz, o que muitas vezes ajuda os outros a vê-la também", explica Michelle. E ainda que possamos nos sentir mais seguros guardando nossas vulnerabilidades a sete chaves, contar a própria história como um todo, com orgulho e graça, pode também ajudar os outros a erguerem junto a própria cabeça, criando um espaço mais amplo em que eles se sintam visíveis e saibam que também têm seu próprio lugar. Como ela escreve: "quando alguém decide afastar os véus que escondem uma pequena imperfeição de sua história, em uma circunstância ou condição que tradicionalmente poderia ser percebida como uma fraqueza, muitas vezes o que essa pessoa revela é o código-fonte de sua força e perseverança".

Nossa luz interior" é uma combinação gratificante de histórias poderosas e conselhos profundos que vai gerar conversa e encorajar reflexões positivas. Além disso, o livro inclui dicas de Michelle Obama sobre a importância da "roda de amigos", um círculo íntimo de pessoas em quem você confia, com quem conta e se diverte, e também sobre a importância de escolher um parceiro de vida que apoie e encoraje você e esteja ao seu lado nos momentos bons e ruins. Também inclui conselhos práticos de Michelle sobre maternidade, a partir de lições que ela aprendeu com a própria mãe, Marian Robinson, e de sua experiência ao criar duas meninas na Casa Branca. E em um momento em que tantas pessoas — incluindo jovens ativistas lutando por igualdade e justiça — sofrem para manter um senso de esperança e construir uma mudança social significativa em um mundo que deixou tantos de nós raivosos e desapontados, o livro traz a resposta esclarecedora de Michelle para uma pergunta que ela recebe com frequência: "qual o verdadeiro significado de 'subir na vida'?". Ela nos lembra que a liberdade e o progresso exigem que a gente se comprometa, e se comprometa novamente, com todo o trabalho envolvido nisso, com integridade moral e uma persistência incansável.  

"Aprendi que está tudo bem em reconhecer que nossa noção de valor próprio vem emaranhada com vulnerabilidade, e que o que compartilhamos como humanos nesta Terra é o impulso de lutar pelo melhor, sempre, não importa em que condições", escreve Michelle Obama. “Somos mais fortes na luz. Se você conhece sua luz, você se conhece. Você conhece sua história de maneira honesta. Em minha experiência, este tipo de autoconhecimento ajuda a gerar autoconfiança, que por sua vez cria serenidade e uma capacidade de manter a perspectiva; isso, por fim, leva a finalmente sermos capazes de nos conectarmos uns com os outros de maneira significativa — o que, pra mim, é a base de tudo. Uma luz alimenta a outra. Uma família forte empresta sua força às demais. Uma comunidade engajada pode acender todo mundo ao seu redor. Esse é o poder da luz que temos dentro de nós."

Michelle Obama foi primeira-dama dos Estados Unidos de 2009 a 2017. Egressa da Universidade de Princeton e da Harvard Law School, ela começou sua carreira como advogada no escritório Sidley & Austin em Chicago, onde conheceu seu futuro esposo, Barack Obama. Posteriormente, ela trabalhou no gabinete do prefeito de Chicago, na Universidade de Chicago, e no Centro Médico da Universidade de Chicago. Michelle Obama também foi uma das fundadoras da seção de Chicago da Public Allies, organização que prepara jovens para carreiras no serviço público. Ela é a autora do best-seller global Minha história, que já foi traduzido para 50 línguas e vendeu mais de 17 milhões de cópias no mundo todo, e de American Grown, um best-seller nos Estados Unidos. A família Obama vive em Washington, D.C., com suas filhas Malia e Sasha.


Nossa luz interior: Superação em tempos incertos

Autora: Michelle Obama

Editora: Objetiva/Companhia das Letras

Tradução: Débora Landsberg, Denise Bottmann e Fernanda Abreu

256 páginas

.: Bienal de Arte Digital apresenta mostra de curtas-metragens

Imagem do curta-metragem “Sans Gravité”, integrante da mostra MuMia,  na Bienal de Arte Digital (créditos: Divulgação / Bienal de Arte Digital)


A Bienal de Arte Digital está de volta no Oi Futuro, no Flamengo, com obras de mais de 60 artistas nacionais e estrangeiros unidas pela temática “Condições de Existência”. Entre as atrações do evento, está a Mostra MuMia, de curtas-metragens de animação. O patrocínio é da Oi, com incentivo da Secretaria de Cultura e Economia Criativa e do Governo do Estado do Rio de Janeiro e apoio cultural da Aliança Francesa no Rio de Janeiro. A correalização é do Oi Futuro. A entrada é gratuita.

A mostra MuMia recebe seis produções: A Double Life, de Job, Jors e Marieke, é uma deliciosa comédia dark sobre marido e mulher cujas ideias diferentes de conformidade de gênero levam a um confronto inesperado. Riot, de, Frank Ternier, fala de um jovem negro que é morto em uma briga com um vizinho vigilante e a polícia.  Sans Gravité, de Charline Parisot, Jérémy Cissé, Fioretta Caterina Cosmidis, Flore Allier-Estrada, Maud Lemaître-Blanchart e Ludovic Abraham traz a história de um astronauta que volta à Terra e tenta se ajustar a ela novamente. The Kite, de Martin Smatana, trata da questão da morte, mas o faz de forma simples, metafórica e simbólica na relação entre o menino e seu avô. Sangro, de Tiago Minamisawa, Bruno H Castro e Guto BR, é a confissão íntima de uma pessoa que vive com HIV. Carne, de Camila Kater, conta histórias íntimas de cinco mulheres e de suas experiências em relação aos seus próprios corpos.

Realizada desde 2003 em Belo Horizonte, a Mostra Udigrudi Mundial de Animação (MuMoa) é um evento consolidado entre os festivais brasileiros de cinema e que integra o calendário de Belo Horizonte. É o segundo maior evento dedicado ao cinema de animação do Brasil.

Até 22 de janeiro de 2023, a Bienal de Arte Digital recebe instalações, obras de arte visuais digitais, narrativas em audiovisual e uma diversidade de trabalhos de diferentes linguagens que analisam, tecem críticas e lançam novas perspectivas relacionadas ao tema desta edição. Até o final do evento, outras atividades como simpósios, performances, oficinas e exibição de filmes integram a programação.


Confira as sinopses dos curtas-metragens da Mostra MuMia:


A Double Life

Job, Jors e Marieke / 3' / Holanda / 2018

Uma deliciosa comédia dark sobre marido e mulher cujas ideias diferentes de conformidade de gênero levam a um confronto inesperado.


Riot

Frank Ternier /13´' / França / 2017

Um jovem negro é morto em uma briga com um vizinho vigilante e a polícia. Uma multidão indignada se reuniu. O sentimento de injustiça é alto. Um grupo se isola. Emoção gera revolta. Na ausência de palavras, o corpo pode se vingar?


Sans Gravité

Charline Parisot, Jérémy Cissé, Fioretta Caterina Cosmidis, Flore Allier-Estrada, Maud Lemaître-Blanchart, Ludovic Abraham / 7´56˝ / França / 2018

Um astronauta volta à terra e tenta se ajustar a ela novamente.


The Kite

Martin Smatana / 13' / Eslovaquia / 2019

O filme trata da questão da morte, mas o faz de forma simples, metafórica e simbólica na relação entre o menino e seu avô. Isso explica que nenhum de nós está aqui para sempre e que todas as criaturas vivas devem morrer, mas também para mostrar que a morte não significa o fim de nossa jornada.


Sangro

Tiago Minamisawa, Bruno H Castro e Guto BR / 7´/ Brasil / 2019

Inspirado em uma história real, “Sangro” é a confissão íntima de uma pessoa que vive com HIV. Turbilhão de sentimentos. As primeiras sensações. Um filme em animação que busca desmistificar questões que sobrevivem até hoje no imaginário social em relação ao vírus.


Carne

Camila Kater / 12' 12"/ Brasil/ Espanha / 2019

Raro, médio raro, médio, médio bem e bem passado. Por meio de histórias íntimas e pessoais, cinco mulheres compartilham suas experiências em relação ao corpo, desde a infância até a velhice.


O tema da Bienal de Arte Digital, Condições de Existência

Em seu texto de apresentação da Bienal de Arte Digital, Tadeus Mucelli, curador artístico e criador do Festival de Arte Digital, explica: “uma bienal é como um livro que, através de capítulos, tentamos dar voz a narrativas e visões, formas de 'ser' e 'ver' no mundo com as coisas sencientes. E quando dizemos "coisas" estamos incluindo uma ontologia digital (da vida) em interseção ou sobreposição a ontologia humana (de estar no mundo). Onde formas, processos e modos de existir convivem quase que onipresente com o que entendemos por 'sersientes', numa aproximação além de biorgânica e biotecnológica. Um olhar mais holístico que considera as terceiras partes (algoritmos, computação inteligente, formas digitais de 'vida') muito presentes em nosso cotidiano. 


Bienal de Arte Digital: Realizada em 2018 no Rio e em Belo Horizonte com um público de mais de 70 mil pessoas, a Bienal de Arte Digital foi promovida pelo FAD, com patrocínio da Oi e apoio cultural do Oi Futuro. A programação contou com artistas do Brasil, Chile, China, Espanha, Estados Unidos, Itália, México e Reino Unido, apresentando exposições, performances e simpósios com o tema “Linguagens Híbridas”. A proposta da Bienal é se tornar uma agenda nacional de arte digital e mostrar a cada dois anos obras e exposições que reflitam temas sociais importantes, evidenciando que a arte possibilita à tecnologia exibir suas experiências sociais.

O Oi Futuro, instituto de inovação e criatividade da Oi, atua como um laboratório para cocriação de projetos transformadores nas áreas de Educação e Cultura. Por meio de iniciativas e parcerias em todo o Brasil, estimulamos o potencial dos indivíduos e das redes para a construção de um presente com mais inclusão e diversidade. Há 17 anos, o Oi Futuro mantém um centro cultural no Rio de Janeiro, com uma programação que valoriza a convergência entre arte contemporânea e tecnologia. O espaço também abriga o Musehum – Museu das Comunicações e Humanidades, com acervo de mais 130 mil peças. Há 18 anos o Oi Futuro gerencia o Programa Oi de Patrocínios Culturais Incentivados, que seleciona projetos em todas as regiões do país por meio de edital público. Desde 2003, foram mais de 2.500 projetos culturais apoiados pelo Oi Futuro, que beneficiaram milhões de espectadores.


Site: bienalartedigital.com | festivaldeartedigital.com.br 

Redes Sociais: 

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Serviço

2ª Bienal de Arte Digital do Festival de Artes Digital

De 12 de novembro de 2022 e 22 de janeiro de 2023


Centro Cultural Oi Futuro

Rua Dois de Dezembro, 63 – Flamengo - Telefone: (21) 3131-3060

Dias e horários de funcionamento: Quarta a domingo das 11h às 20h


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