sábado, 5 de novembro de 2022

.: Crítica: "A Luz do Demônio" é excelente filme sobre exorcismo

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em novembro de 2022 


Nos dias atuais, Annie (Virginia Madsen) é uma jovem freira que se dedica aos 
estudos e domínio do ritual de exorcismo. Contudo, não há registro na história da Igreja Católica Apostólica Romana de outras mulheres aptas para tal prática, além de Santa Catarina de Sena, nascida em 1347, que, com apenas um sinal da Cruz, libertou uma alma de ataques diabólicos. Todavia, a moça não perde o interesse pelo ato de expulsar ou expelir demônios ou espíritos malignos.

No filme "A Luz do Demônio", em cartaz no Cineflix Cinemas, Annie é apresentada a pequena Natalie, uma garota em que a mãe identificou o distúrbio da possesão e está sob os devidos cuidados. Surpreendentemente, a conexão entre as duas é praticamente instantânea e logo revela detalhes sobrenaturais. Enquanto Annie consegue o consentimento de ser aluna ouvinte no curso de padres exorcistas, a situação da menininha caminha para ser irreversível, a ponto de esbarrar na morte dela.


A produção de 1h33, dirigida por Daniel Stamm de "O Último Exorcismo" convence e prega bons sustos. O filme agrada não somente pela narrativa bem construída, mas também pela atuação impecável do elenco, sobrando destaque para a pequena Posy Taylor, que interpreta a pequena garota endemoninhada, Natalie. Sim! A garota dá um show de intepretação. Em nenhum momento a simulação de Posy fica caricata. 

Há espaço ainda para ser referência, seja pela cama arrumada como que de uma princesa, que em muito lembra a de Reagan, do clássico "O Exorcista" ou ainda uma repesentação demoníaca de "O Labirinto do Fauno", uma vez que o ser em questão representa um protetor dos rebanhos e pastores. Interessante, não é mesmo?


Não há como negar, "A Luz do Demônio" é uma excelente produção moderna sobre possessão. Considerando os fracos e recentes lançamentos do gênero terror como "Noites Brutais" e "Convite Maldito", "A Luz do Demônio" tem seu destaque pelo brilhantismo na execução, seja pela edição que prende, assim como a trama bem amarrada. Definitivamente, não decepciona. Imperdível! 


Mary Ellen Farias dos Santos, editora do portal cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm

Em parceria com a rede Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - uma oportunidade para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link.

"A Luz do Demônio" (The Devil's Light)
Classificação: 14 anos (Drogas Lícitas, Violência)
Lançamento: 2022
Diretor: Daniel Stamm
Duração: 1h33
Elenco: Virginia Madsen, Colin Salmon, Nicholas Ralph


Trailer de "A Luz do Demônio"



.: "A Bala que Errou o Alvo": novo livro de Richard Osman adiciona celebridades

Nos primeiros três dias após seu lançamento no Reino Unido, o terceiro livro da série vendeu mais de 200 mil exemplares.


O romance "A Bala que Errou o Alvo", terceiro livro da série "O Clube do Crime das Quintas-Feiras", escrita por Richard Osman, chega ao Brasil pela editora Intrínseca. Aclamado pela crítica e escolhido como autor do ano pelo British Book Awards 2021, Osman já alcançou a marca de 3 milhões de exemplares vendidos no mundo todo. Referências de cozy mysteries - subgênero literário que substitui cenas violentas por histórias com doses reconfortantes de empatia e otimismo -, os livros do autor têm como protagonistas quatro idosos que se reúnem todas as quintas em um retiro para aposentados no sudeste da Inglaterra.

"O Clube do Crime das Quintas-Feiras", primeiro livro da série, vai virar filme produzido pela Amblin Entertainment, empresa de Steven Spielberg. A obra será dirigida por Ol Parker ("O Exótico Hotel Marigold" e "Mamma Mia! Lá Vamos Nós de Novo"), produzida por Jennifer Todd ("Alice no País das Maravilhas") e trará o autor Richard Osman como produtor executivo. 


O terceiro livro da série
Depois de desafiar a máfia e participar de um roubo de diamantes no segundo livro, os adoráveis detetives septuagenários do Clube do Crime das Quintas-Feiras se debruçam sobre um crime cometido uma década antes: o assassinato de uma jornalista local, cuja investigação gera muito mais perguntas do que respostas. 

Com doses certeiras de humor, "A Bala que Errou o Alvo" chega às livrarias em novembro pela Intrínseca e reúne personagens irresistíveis para criar uma narrativa inteligente e divertidíssima. Dessa vez, os detetives amadores enfrentam um inimigo misterioso, que impõe a Elizabeth uma tarefa ingrata: matar um velho conhecido - ou se recusar e acabar morta. Assim, enquanto ela luta com sua consciência, Joyce, Ron e Ibrahim seguem as pistas do homicídio, auxiliados por um círculo de comparsas bem eclético. 

Entre saídas com celebridades e espiões, visitas à prisão, encontros românticos e novos amigos, o Clube do Crime das Quintas-Feiras se lança em uma aventura repleta de intrigas e comportamentos que facilmente ultrapassam os limites da legalidade. Desta vez, porém, os riscos parecem ainda maiores, assim como os segredos dentro e fora da investigação. As 320 páginas do livro são traduzidas por Jaime Biaggio. Você pode comprar o livro "A Bala que Errou o Alvo", de Richard Osman, neste link.


O que disseram sobre o livro
“'O Clube do Crime das Quintas-Feiras' se mete em mais uma confusão, desta vez envolvendo celebridades, um ex-espião e um esquema internacional de lavagem de dinheiro. Uma série maravilhosa, com mistérios complexos, personagens brilhantes e um senso de humor delicioso. Todo mundo precisa ler estes livros.” — Kirkus Reviews

“Um livro divertido e que garante boas risadas, além de uma trama muito bem construída. Entretenimento certo.” — Publishers Weekly

 


Sobre o autor
Apelidado de “rei da ficção comercial” pelo jornal britânico The Guardian, Richard Osman se despediu recentemente do Pointless, da BBC, programa que ele comandava havia 13 anos, para se dedicar à literatura. O escritor, produtor e apresentador segue com alguns outros projetos na TV e já anunciou mais dois livros para o universo de "O Clube do Crime das Quintas-Feiras" e uma nova série. Os dois primeiros livros da série se tornaram best-sellers internacionais. Ele mora em Londres. Foto: Conor O'Leary


.: Musical "Bosque dos Sonâmbulos" é inspirado por filmes de terror e fantasia

Um musical gótico inspirado por filmes de terror é o enredo para o espetáculo "Bosque dos Sonâmbulos", que estreia dia 10 de novembro, quinta-feira, às 21h, no Teatro Pequeno Ato. Com texto e direção de Matheus Marchetti e composições originais de Vitor Mascarenhas, a peça embarca numa fantasia gótica queer contada em canções.


Um musical inspirado pelos filmes de horror gótico das décadas de 1960 e 1070 é o enredo do espetáculo Bosque dos Sonâmbulos, que estreia temporada de 10 a 24 de novembro, no Teatro Pequeno Ato. As sessões acontecem às terças e quintas, às 21h, os ingressos estão disponíveis em Sympla.

Com texto e direção de Matheus Marchetti e composições originais de Vitor Mascarenhas (mescladas à árias em domínio público do repertório de Jacques Offenbach e Antonín Dvorak), traz no elenco Bruno Germano, Lucas Bocalon, Mikael Marmorato, Aurora Dias, Henrique Natalio, Tony Germano, Adriano DiSidney, Anna Preto, Nicole Tacques, Giovanna Melo, Luci Oliveira e Gustavo Brait. O texto é baseado no curta-metragem homônimo, também dirigido por Marchetti em 2017. A peça expande a narrativa do filme numa fantasia gótica queer contada em canções.

Na trama, uma misteriosa companhia de teatro vai se apresentar em um antigo hotel nas montanhas, despertando desejos ocultos de alguns hóspedes. Os irmãos Thomas e Oliver, cultivam um amor pelo macabro. Um sonha em ser vampiro, o outro, um caçador de vampiros. Oliver acredita que os atores são vampiros, como nas histórias que seu irmão mais velho conta. Mas quando o próprio Thomas cai sob o feitiço de um belo violinista da trupe, Oliver mergulha numa estranha jornada bosque adentro, para resgatar seu irmão antes que seja tarde demais. 

“'O Bosque dos Sonâmbulos' surgiu de um diário de sonhos que eu tive na minha adolescência, e especificamente para um sonho recorrente sempre envolvendo um hotel isolado e um menino misterioso que eu encontrava lá. Queria escrever um romance gay adolescente que se casasse com minha linguagem narrativa de preferência o horror. Assim, busquei inspiração nos filmes de horror gótico dos anos 1960 e 1970, principalmente os que tratam de vampiras lésbicas - como as obras de Jean Rollin - mas subvertendo o olhar talvez mais heteronormativo dessas narrativas, trocando o gênero dos personagens centrais”, conta Matheus Marchetti.

Com uma encenação minimalista, apenas alguns objetos de cena e figurinos coloridos ocupam a função de cenário. As canções são cantadas ao vivo pelo elenco, com o acompanhamento musical previamente gravado, a música é cheia de contrastes - indo do lírico ao metal em instantes - buscando recriar o sentimento de sair de um sonho e cair em um pesadelo, e vice-versa.

A encenação pretende criar uma performance intimista, colocando o público no mesmo saguão do hotel onde a história acontece. Sentados no mesmo ambiente que os protagonistas, num formato de arena, os espectadores se acomodam no que aparenta ser o lobby de um hotel abandonado com os poucos objetos de cena cobertos por pesados panos que pairam como fantasmas.

Os elaborados figurinos (parcialmente reutilizados do curta, por Ana Teixeira) funcionam como cenário - cada peça de roupa torna-se essencialmente um objeto cênico chave. Todos os figurinos carregam algum elemento de cor de forma muito intensa, que mesclada com uma iluminação igualmente colorida e exagerada, enfatizam essa viagem ao fantástico, à um mundo de conto de fadas às avessas - igualmente sensual, assustador e fascinante.

O diretor buscou referências em filmes como "A Dança dos Vampiros" (Roman Polanski), "Os Contos de Hoffmann" (Michael Powell & Emeric Pressburger), "Teorema" (Pier Paolo Pasolini), "Escravas do Desejo" (Harry Kümel), entre ouros. “Por ser uma história que trata de sonhos, bebi muito em cineastas que abraçam o onírico, que privilegiam essa sensação de mergulho profundo no subconsciente - Federico Fellini, principalmente seu 'Julieta dos Espíritos', é uma referência fortíssima no seu desfile de personagens excêntricos que navegam paisagens de sonho; e também o 'Fellini britânico' Ken Russell, que como ninguém brinca muito com esse contraste de gêneros - da comédia ao horror ao romance ao musical”, completa.


Ficha técnica:
Direção geral e dramaturgia:
Matheus Marchetti. Música: Vitor Mascarenhas. Elenco: Bruno Germano (Thomas), Lucas Bocalon (Oliver), Mikael Marmorato (Roman), Aurora Dias (Mariana), Henrique Natalio (O Narrador), Tony Germano (Tonino) Adriano DiSidney (O Barão / O General), Anna Preto (Irene), Nicole Tacques (Antonia), Giovanna Melo (Eva), Luci Oliveira (Swing) e Gustavo Brait (Swing). Direção musical: Fernanda Cascardo. Arranjos: Henrique de Paula. Material adicional: Nicolas Stenzel. Coreografia: Gabriela Gonzalez. Produção: Isabella Melo. Assessoria de imprensa: Adriana Balsanelli. Iluminação: Ariel Rodrigues.


Serviço:
Espetáculo musical "Bosque dos Sonâmbulos"
Temporada:
de 10 a 24 de novembro de 2022. Sessões terças e quintas, às 21h.
Duração: 90 minutos.
Classificação etária: 16 anos.
Ingressos: R$ 80 e R$ 40
Vendas: https://bit.ly/3U0y52u
Pequeno Ato -
Rua Doutor Teodoro Baima, 78 - Vila Buarque. Telefone: 11 99642-8350.
Bilheteria aberta com uma hora de antecedência. Aceita cartões. Não tem acessibilidade. Estacionamento vizinho.

.: Exposição com obras imersivas na Vila Itororó questiona o lugar da memória

“Obscura” transformará três salas em câmeras escuras para aumentar o contraste com o espaço histórico, criando um paralelo entre o universo digital e a vida cotidiana

Ambiente destinado ao café do Centro Cultural vai receber mostra itinerante com quatro artistas contemporâneas brasileiras.

Já imaginou entrar em uma casa da década de 1920, localizada em um cenário que lembra ruínas urbanas, e encontrar dentro dela um mundo virtual? Essa é a proposta da exposição "Obscura", em cartaz no Centro Cultural Vila Itororó entre 8 e 20 de novembro. Elaborada com a curadoria de Luiza Testa e a produção da Amalgama, a mostra gratuita chama atenção dos visitantes do complexo histórico para a presença excessiva da tecnologia no cotidiano atual e para o incessante rastreamento de dados.

A exposição traz à tona os bastidores do mundo digital a partir de quatro obras contemporâneas imersivas capazes de revelar que, por detrás de tanta beleza visual e atraentes serviços automatizados, há um complexo sistema de vigilância que visa transformar a memória humana em meros dados a serem compartilhados. “O objetivo da exposição é fazer com que o público saia da Vila Itororó diferente de como entrou, criando um momento de reflexão sobre como nos relacionamos com os dados e a memória”, explica a curadora.

Por ser uma residência histórica tombada pelo Estado de São Paulo, não podem ser feitas alterações permanentes na estrutura do espaço destinado à exposição. A curadora se valeu dessas particularidades do ambiente para transformar três cômodos em câmeras escuras, dispositivo que inaugura a fotografia no século XIX, e, dentro delas, apresentar as instalações artísticas imersivas de Vitória Cribb, ganhadora do Prêmio Pipa de 2022, Anelena Toku e Camila Crivelenti. A área externa da casa contará ainda com uma obra de Giselle Beiguelman.

Como resultado, "Obscura" apresenta ao público o lado obscuro dos bastidores do universo digital – fazendo alusão ao “metaverso” tão citado na cultura pop atual. “Mas, aqui, vamos falar dos bastidores desse metaverso, refletindo a apresentação do universo digital como uma realidade paralela que, muitas vezes, entendemos como parte do mundo real. Se, por um lado, vemos nossos dados rastreados e extraídos no universo digital, lembramos que, fora dele, muitas vezes somos despojados de memórias e bens materiais por outras autoridades”, explica a curadora.

Percurso
A mostra se inicia na área externa da casa, com a obra “Perguntas às pedras, série 2” (2022) criada por Giselle Beiguelman. Trata-se de um letreiro luminoso em neon que remete a um passado não muito distante, questionando os motivos que nos levam a conservar algumas lembranças em detrimentos de fatos esquecidos ou apagados. A ideia é que a peça faça uma interseção entre o mundo virtual e o mundo real-histórico, para que desde já o visitante sinta estar entrando num universo digital completamente artístico.

Na primeira sala, o público sentirá o choque proposto pela exposição com a inédita instalação “Casa/Rio” (2022), de Anelena Toku: dentro de um espaço escuro, poderão ser escutados barulhos comuns à área externa – provocando um paralelo sonoro entre ambiente interno e externo, por mais opostos que pareçam visualmente. Para este trabalho, a artista gravou sons dentro do próprio complexo e em outros locais históricos da capital paulista nas semanas anteriores, que serão transmitidos constantemente dentro da sala. “Este ambiente nos refletir sobre o sentido da nossa memória e sobre como nossos dados, quase que involuntariamente dispersos, provocam ecos da mesma forma que os sons de um curso d’água, uma pedra ao ser percutida ou o vácuo”, explica a curadora.

“Oráculo do desconhecido” de Camila Crivelenti, um tarô virtual que convida o visitante a questionar a existência da aleatoriedade. Foto: Cortesia da artista

A partir dessa sala, o visitante terá a opção de seguir para dois cômodos localizados em lados opostos. À direita, encontra-se uma cartomante do século XXI completamente virtual. Trata-se da obra “Oráculo do Desconhecido” (2022), de Camila Crivelenti, que convida o público a participar de um jogo parecido com tarot por meio de um tablet. A peça é inspirada na tecnomancia, termo atribuído à tecnologia criada para fins de adivinhação e deixa no ar o seguinte questionamento: “afinal, a aleatoriedade realmente existe?”.

À esquerda, estará a instalação “_Enxerga” (2021), de Vitória Cribb. Dentro de uma sala escura uma projeção no teto dá vida a um ser com muitos olhos e uma enorme orelha. A figura, estranha e irreal, parece acompanhar os movimentos de quem se encontra no ambiente, “observando” a todos. “A atitude deste ser, que vive no back-end rastreando e codificando nossos dados, faz uma analogia à sensação de navegar pelas redes sociais, em que sofremos o impacto por anúncios que parecem sugeridos por alguém que nos ouve e nos observa enquanto estamos distraídos”, afirma Luiza Testa.


Participantes
Luiza Testa
, curadora com bacharelado em Letras pela Universidade de São Paulo e Mestre em Teoria Crítica (Critical Theory and the Arts) pela School of Visual Arts – New York. Em 2020, sua exposição Oh, I Love Brazilian Women foi uma das quatro selecionadas entre mais de 400 propostas e foi exposta na Apexart, em Nova York, em janeiro de 2022.

Giselle Beiguelman pesquisa preservação de arte digital, arte e ativismo na cidade em rede e as estéticas da memória no século 21. Desenvolve projetos de intervenções artísticas no espaço público e com mídias digitais. É professora Livre-docente da FAUUSP e foi coordenadora do seu curso de Design de 2013 a 2015.

Anelena Toku realiza uma pesquisa multissensorial e procura criar uma presença atenta que desperte sensações a partir da colaboração e convivência entre o ser humano e tudo o que alimenta este ser. Em 2022, ganhou o prêmio Palma Ars Acustica 2022 e comissionada pelo CTM Festival e pela rádio Deustchlandfunk Kultur com a instalação sonora e peça para rádio “What Is Not / O Que Não Está”.

Camila Crivelenti é artista multimídia, vive e trabalha em São Paulo. Formada em Design de Produto e Direção de Arte, sempre transitou entre produções manuais e digitais. Sua pesquisa artística é alinhada com suas indagações espirituais e no desenvolvimento de uma simbologia própria para acessar o inconsciente além da linha do tempo e da existência. Seus projetos já fizeram parte de exposições em São Paulo, Rio de Janeiro, Nova Iorque, Miami, Los Angeles, Madri e Turim.

Vitória Cribb é formada pela Escola Superior de Desenho Industrial da UERJ. Filha de pai haitiano e mãe brasileira, a artista cria e experimenta através de narrativas digitais e visuais que permeiam técnicas como: Animações e desenvolvimento de imagens CGI, Realidade Aumentada e Ambientes Imersivos para web. Em 2022, Vitória Cribb foi nomeada e premiada pelo Prêmio Pipa. No mesmo ano, Cribb foi nomeada para o Prêmio CIFO-Ars Electronica, um prêmio com foco em artistas Latino Americanos, organizado pela Fundação Cisneros Fontanals (CIFO) e a Instituição Ars Electronica.

Amalgama é uma produtora de arte e projetos culturais formada pelas produtoras executivas Lorena Vilela e Paula Marujo e pela designer e pesquisadora Maria Cau Levy, que juntas somam múltiplos projetos nacionais e internacionais na área da cultura, dentre eles a coordenação geral da implantação e exposição permanente do MuNA (Museu da Natureza), a coordenação geral da Trienal de Artes FRESTAS, e a produção executiva, projeto gráfico e design editorial do livro “Arquiteturas Contemporâneas no Paraguai”, vencedor do prêmio Jabuti.

Espaço
O Centro Cultural Vila Itororó, instituição da Secretaria Municipal de Cultura, foi inaugurado no dia 10 de setembro de 2021, após obras de restauração realizadas desde 2013. Desde então, abriga diversas intervenções artísticas e serve de espaço para diferentes eventos culturais, como cinema ao ar livre e peças de teatro.

O espaço, composto por mais de dez edificações construídas no início do século XX entre os bairros da Liberdade e da Bela Vista, passou por um processo de reforma para que pudesse ser plenamente utilizado, com segurança, para as mais diversas atividades artísticas e de lazer. No total, o conjunto ocupa uma área de cerca de 6.000 metros quadrados e foi tombado pelo Conpresp em 2002 e pelo Condephaat em 2005.

Serviço
Exposição “Obscura”
Abertura:
8 de novembro, a partir das 19h
Data: de 9 a 20 de novembro
Funcionamento: de terça a domingo, das 10h às 19h
Entrada: gratuita
Local: Centro Cultural Vila do Itororó (Rua Maestro Cardim, 60 - Bela Vista / São Paulo)
Informações: (11) 3253-0187/ (11) 98397-4800

sexta-feira, 4 de novembro de 2022

.: "The Watcher": "Götterdämmerung" traz o crepúsculo dos deuses

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em novembro de 2022


Em "Götterdämmerung" que em tradução seria "Crepúsculo dos Deuses", o terceiro episódio da série "Bem-vindos à Vizinhança" (The Watcher), da dupla Ryan Murphy e Ian Brennan, disponível na Netflix, começa com um tira-teima, no estilo seriado policial, entre Dean Brannock (Bobby Cannavale) e Theodora Birch (Noma Dumezweni) a respeito dos possíveis escritores das cartas ameaçadoras.

Longe, Nora (Naomi Watts) e a amiga de tempos atrás, Karen Calhou (Jennifer Coolidge) disputam uma partida de tênis, até que na pausa, no mesmo lugar em que a corretora de imóveis insistiu para que a novata vendesse o casarão no subúrbio, despeja sua frustração por perder várias partidas e chega a dizer que, quando se chega num lugar é preciso saber perder. De quebra, incentiva a amiga a transar com o marido todo dia.

Se Karen é suspeita de ser o tal "observador" das cartas?! Sem dúvida. Contudo, na trama surge um novo personagem para embaralhar ainda mais esse jogo. Flagrado mexendo na geladeira da família, um homem se identifica como o inspertor da obra, John Graff (Joe Mantello). Enquanto prepara um sanduíche, planta questionamentos a respeito da filha de Dean e Nora, Ellie (Isabel Gravitt) e ainda lança um papo conspiracionista sobre a quarta virada provocada na história por grandes homens.

Enquanto descobre que John, na verdade, não é o verdadeiro inspetor da obra na casa na rua Boulevard, nº 657, Dean acaba caindo na paranóia de buscar por outra empresa de segurança e acionar o alarme, já que estão todos em casa. Contudo, Nora esperava outra devolutiva do marido. Para alívio de Dean, Theodora traz uma nova informação sobre uma família de antigos moradores da casa. Assim, o novo personagem ganha mais peso no quesito suspeita de ser o verdadeiro "observador".

Enquanto a história assustadora dos Graff acrescenta informações sobre a casa vigiada, todo o suspense em torno de o "observador" aumenta ainda mais. Para tanto, a mensagem de "dar para casa o que ela pede", ou seja, "dar sangue para a casa" ganha forma sendo concretizada de modo pavoroso, mas que remete a alucinação gerada no homem retratado no filme "Horror em Amityville", por exemplo. 

Todavia, antes do término do episódio sobre o crepúsculo dos deuses, parece que a família Brannock reencontra a paz, mesmo optando por permanecer na Boulevard, nº 657, até que uma nova carta, identificando as câmeras, reforça que há alguém ainda no posto de vigia. Suspense?! Sim. E dos bons. Bora assistir "Someone to Watch Over Me"!

The Watcher / Bem-vindos à Vizinhança
Temporada: 1
Episódio: 3, "Götterdämmerung"
Exibição: 13 de outubro de 2022
Criadores: Ryan Murphy, Ian Brennan
Elenco: 
Naomi Watts (Nora Brannock), Bobby Cannavale (Dean Brannock), Mia Farrow (Pearl), Margo Martindale (Mo), Jennifer Coolidge (Karen Calhoun), Isabel Gravitt (Ellie Brannock), Terry Kinney (Jasper), Luke David Blumm (Carter Brannock).

*Editora do site cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm

.: "Ateu Psicodélico": Zé Ramalho, a volta do menestrel lisérgico


Por Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural.

Zé Ramalho
está de volta com um disco autoral, intitulado "Ateu Psicodélico". São 12 canções inéditas que reconectam o músico com seu início de carreira no cenário underground de Recife nos anos 70, quando explorava sons psicodélicos e letras elaboradas que assimilavam o estilo viajante nas mensagens.

O disco tem produção de Robertinho do Recife, seu amigo de longa data. Todas as canções foram produzidas durante o período de isolamento proporcionado pela pandemia. Ele explica que as canções funcionam como uma espécie de “turbilhão de imagens que saltam das letras viajantes”.

No início de carreira, Zé Ramalho lançou um álbum com Lula Cortês que até hoje é cultuado pelos críticos como um dos momentos mais criativos de sua carreira. De uma certa forma, esse trabalho abriu portas para que ele conseguisse produzir uma discografia onde a força da poesia se equilibra e até se sobrepõe à melodia. Seu canto quase falado em alguns momentos é uma marca registrada que até hoje segue firme em seu trabalho.

Tudo em Zé Ramalho gira em torno da mensagem. Nas melodias quase faladas, que expressam suas verdades e sua visão sobre o mundo que o cerca. E nesse "Ateu Psicodélico" a coisa segue nessa mesma linha, como se observa nos versos de Sextilhas Filosóficas. “A vida tem a partida / E o passo que não derrapa / O sonho tem compromissos / E nenhum deles escapa / Do lsimbolismo existentes / Em cada linha do mapa”

Na faixa "Repentista Marvel", Zé Ramalho dá pistas de sua trajetória ao longo dos versos. “Eu já cantei com Raul Seixas / Já cantei com Gonzagão / Cantei com o Sepultura / E muito mais vou cantar / Eu vou viajar”. Na faixa “O Que O Mundo Não Sabe Explicar” ele descreve o momento atual. “Continua no olho espelhado/ A vontade de ter a sapiência / Imprimindo a grande consciência /Na imagem que veio do passado / Se transporta no tempo expirado / Com vontade de ver o que vai dar”.

Essa vertente lisérgica estava fazendo falta na obra mais recente do menestrel nordestino da MPB. Com esse novo disco, Zé Ramalho não só se renova como compositor como ainda comprova a força de seus versos em pleno 2022. 

"As Onze Palavras"

"Repentista Marvel"

"O Que o Mundo Não Sabe Explicar"

.: Thriller psicológico, "O Paciente", estreia em 21 de dezembro


 Trailer e pôster da série, que estreia com exclusividade na plataforma em 21 de dezembro, já estão disponíveis


O Star+ apresenta "O Paciente", a fascinante nova série dramática de 10 episódios estrelada por Steve Carell ("The Office", série disponível no Star+) e Domhnall Gleeson ("O Regresso", disponível no Star+), que chegará com todos seus episódios em 21 de dezembro, exclusivamente ao serviço de streaming.  

"O Paciente" é um thriller psicológico escrito por Joel Fields e Joe Weisberg ("The Americans") sobre um terapeuta, Alan Strauss (Steve Carell), que é feito prisioneiro por um paciente, Sam Fortner (Domhnall Gleeson). Fortner se revela um serial killer e tem um pedido terapêutico incomum para Alan: ajudá-lo a conter seus impulsos homicidas.

Para sobreviver, Alan deve desvendar a mente de Sam e impedi-lo de cometer outro assassinato, mas Sam evita discutir assuntos cruciais para o tratamento, como falar sobre sua mãe, Candace (Linda Emond). Sozinho e em cativeiro, Alan examina seu próprio passado através de memórias de seu ex-terapeuta, Charlie (David Alan Grier), e enfrenta ondas de seus próprios problemas reprimidos, como a recente morte de sua esposa, Beth (Laura Niemi), e o doloroso afastamento de seu filho, Ezra (Andrew Leeds), um homem muito religioso.  

Ao longo de sua reclusão, Alan descobre não apenas o quão profunda é a compulsão de Sam, mas também o quanto ele mesmo tem que trabalhar para consertar a ruptura criada em sua própria família. Com o tempo se esgotando, Alan luta desesperadamente para deter Sam antes de se tornar cúmplice de seus assassinatos, ou pior, uma vítima. 

Joel Fields e Joe Weisberg são os criadores, produtores executivos e roteiristas. Steve Carell também é produtor executivo ao lado de Caroline Moore, Victor Hsu e Chris Long. A minissérie é uma Produção da FX Productions.

“O Paciente” estreia exclusivamente no Star+ em 21 de dezembro.


Trailer



quinta-feira, 3 de novembro de 2022

.: 1x1: "Monster: The Jeffrey Dahmer Story" começa arrastado em "Bad Meat"

Por: Mary Ellen Farias dos Santos 

Em novembro de 2022


"Dahmer: Um Canibal Americano" (Monster: The Jeffrey Dahmer Story) é um excelente seriado da Netflix que retrata, dando uma florida caprichada, a história do assassino serial de Wisconsin, Jeffrey Lionel Dahmer. A produção dirigida por Ian Brennan e Ryan Murphy, começa com o episódio intitulado "Bad Meat", em que Dahmer (Evan Peters, "American Horror Story") é apresentado sem pressa, colocando o público no posto de observador e investigador, ao lado da vizinha Niecy Nash (Glenda Cleveland). É ela quem reclama sobre o forte cheiro de podre que vinha do apartamento dele. 

Assim, o homem solitário e matador, de poucas falas, é mostrado no dia em que fez a última caçada, a qual não teve o mesmo desfecho das outras 17 vítimas. Aliás, é justamente por conta desse sobrevivente conseguir não entrar para o museu de restos mortais de vítimas do Dahmer, que o homem soturno é descoberto. Assim, a polícia da cidade de Milwaukee traça o perfil dos mortos: maioria de pessoas à margem da sociedade, LGBTQIA+, homens negros, asiáticos ou indígenas e de baixo poder aquisitivo, entre 14 e 32 anos.

Na série, o portador de transtornos psiquiátricos, como transtorno de borderline, transtorno de personalidade esquizotípico e psicose, imprime um toque poético para a seleção da próxima vítima. Num espaço de diversão gay -numa época em que tudo era feito por debaixo dos panos-, Dahmer dança com jeito sedutor -oposto ao comportamento do assassino, na vida real, uma vez que era bastante tímido e retraído-, para ganhar a atenção de seu "modelo" para fotos.

Sim! O papo que usava para convencer a vítima a ir com ele para casa era de que o pagaria para posar para umas fotos. É justamente na história do último escolhido que as mortes provocadas por Dhamer que leva a polícia para dentro do apartamento e o coloca atrás das grades. O cenário é pavoroso, com cabeça dentro da geladeira, além de partes de corpos, também conservados em um barril, além de outras "lembranças" que Jeffrey mantinha num acervo assombroso.

O primeiro episódio é bastante arrastado devido a cenas em que faltam diálogos e sobra trilha sonora -uma característica das séries de Ryan Murphy-, mas, ainda assim, ajudam a construir a personalidade de Dahmer. Fica a sensação de que o público tem a oportunidade de entrar um pouco na mente perversa do matador quando chega a ser desvendado. Tudo é plantado dentro da trama, seja a desconfiança da vizinha ou o comportamento esquisito e sem amigos de Dahmer

O ponto alto da série é a atuação espetacular de Evan Peters. Não somente pelo visual tão bem aproximado, mas nota-se nitidamente o quão bem ele encorpora um homem aparentemente normal, que guarda no comportamento pacato segredos escabrossos. Vale a pena assistir "Monster: The Jeffrey Dahmer Story", que começa pelo episódio "Bad Meat"!

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm

Seriado: Dahmer: Um Canibal Americano ("Monster: The Jeffrey Dahmer Story")
1ª temporada
Episódio: Bad Meat

Gênero: thriller, crime, drama
Direção: Ian Brennan, Ryan Murphy
Elenco: Evan Peters (Jeffrey Dahmer), Niecy Nash (Glenda Cleveland), Molly Ringwald Shari Dahmer  Richard Jenkins Lionel Dahmer  Penelope Ann Miller Joyce Dahmer  Michael Learned Catherine Dahmer  Shaun Brown Tracy Edwards

.: Cineflix Santos estreia "One Piece", "Lilo, Lilo" e "A Luz do Demônio"


No Cineflix Cinemas, em Santos, são três estreias que agradam a vários gostos do público. Começa com o filme musical em que o protagonista é um crocodilo cantor que adora tomar banho, na voz do cantor Shawn Mendes, "Lilo, Lilo, Crocodilo", o tão aguardo "One Piece Film: Red" em que Luffy e sua equipe assistem a um show onde a cantora Uta não é outra senão a filha de Shanks e também a produção de terror "A Luz do Demônio" em que uma irmã tenta ser a primeira freira a estudar e dominar o ritual de exorcismo. 

Seguem em cartaz o filme de terror "Convite Maldito", em que após perder a mãe, jovem descobre segredos obscuros da família.
"Adão Negro" (Black Adam), personagem da DC Comics, com Dwayne JohnsonAldis Hodge e Noah Centineo no elenco, além do longa que integrou o Festival Varilux de Cinema Francês, a comédia dramática "Peter Von Kant".

Confira os dias, horários e sinopses para você ficar por dentro de tudo o que acontece no mundo do cinema. O Cineflix Santos fica no Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, Gonzaga, em Santos, no litoral de São Paulo. Divirta-se!


Estreia no Cineflix Santos

"A Luz do Demônio" (The Devil's Light)
Classificação: 14 anos (Drogas Lícitas, Violência). Ano: 2022. Idioma: Inglês. Diretor: Daniel Stamm. Duração: 01h34. Elenco: Virginia Madsen, Colin Salmon, Nicholas Ralph
Sinopse: A Irmã Ann tenta ser a primeira freira a estudar e dominar o ritual de exorcismo mesmo que isso possa custar a sua alma. 


Sala 3 (dublado)

03/11/2022 - Quinta-feira: 16h30 - 18h40
04/11/2022 - Sexta-feira: 16h30 - 18h40
05/11/2022 - Sábado: 16h30 - 18h40
06/11/2022 - Domingo: 16h30 - 18h40
07/11/2022 - Segunda-feira: 16h30 - 18h40
08/11/2022 - Terça-feira: 16h30 - 18h40
09/11/2022 - Quarta-feira: 16h30 - 18h40

Sala 3 (legendado)

03/11/2022 - Quinta-feira: 20h50
04/11/2022 - Sexta-feira: 20h50
05/11/2022 - Sábado: 20h50
06/11/2022 - Domingo: 20h50
07/11/2022 - Segunda-feira: 20h50
08/11/2022 - Terça-feira: 20h50
09/11/2022 - Quarta-feira: 20h50

Trailer



"Lilo, Lilo, Crocodilo" (Lyle, Lyle, Crocodile)
Classificação:
Livre. Ano: 2022. Idioma: Inglês. Diretor: Josh Gordon, Will Speck. Duração: 01h47  Elenco: Shawn Mendes (Lyle), Winslow Fegley (Josh Primm), Constance Wu, Javier Bardem (Hector P. Valenti), Brett Gelman (Mr. Grumps), Scoot McNairy (Mr. Primm), Lyric Hurd (Trudy)
Sinopse: Lilo é um crocodilo cantor que adora tomar banho, caviar e boa música.


Sala 2 (dublado)

03/11/2022 - Quinta-feira: 15h00 - 17h20
04/11/2022 - Sexta-feira: 15h00 - 17h20
05/11/2022 - Sábado: 15h00 - 17h20
06/11/2022 - Domingo: 15h00 - 17h20
07/11/2022 - Segunda-feira: 15h00 - 17h20
08/11/2022 - Terça-feira: 15h00 - 17h20
09/11/2022 - Quarta-feira: 15h00 - 17h20

Trailer


"One Piece Film: Red" (One Piece Film: Red)
Classificação: 12 anos. Ano: 2022. Idioma: Japonês. Diretor: Goro Taniguchi. Duração: 01h47
Sinopse: A história começa com a chocante revelação de que uma cantora famosa é a enigmática filha de Shanks. 


Sala 1 (dublado)

03/11/2022 - Quinta-feira: 15h30 - 18h05
04/11/2022 - Sexta-feira: 15h30 - 18h05
05/11/2022 - Sábado: 15h30 - 18h05
06/11/2022 - Domingo: 15h30 - 18h05
07/11/2022 - Segunda-feira: 15h30 - 18h05
08/11/2022 - Terça-feira: 15h30 - 18h05
09/11/2022 - Quarta-feira: 15h30 - 18h05

Sala 1 (legendado)

03/11/2022 - Quinta-feira: 20h30
04/11/2022 - Sexta-feira: 20h30
05/11/2022 - Sábado: 20h30
06/11/2022 - Domingo: 20h30
07/11/2022 - Segunda-feira: 20h30
08/11/2022 - Terça-feira: 20h30
09/11/2022 - Quarta-feira: 20h30

Trailer



Seguem em cartaz no Cineflix Santos

"Convite Maldito" (The Invitation) 
.: Crítica: "Convite Maldito" é vampirismo moderno para Halloween
Classificação:
 14 anos (Conteúdo Sexual, Drogas Lícitas, Violência). Ano de produção: 2022. Idioma: inglês. Diretor: Jessica M. Thompson. Duração: 1h45. Com Nathalie Emmanuel, Thomas Doherty, Hugh SkinnerSinopse: 
Após a morte de sua mãe, uma jovem descobre segredos obscuros da sua família.

Sala 2 (legendado)

03/11/2022 - Quinta-feira: 19h40
04/11/2022 - Sexta-feira: 19h40
05/11/2022 - Sábado: 19h40
06/11/2022 - Domingo: 19h40
07/11/2022 - Segunda-feira: 19h40
08/11/2022 - Terça-feira: 19h40
09/11/2022 - Quarta-feira: 19h40

"Convite Maldito"



"Adão Negro" (Black Adam)
.: Crítica: "Adão Negro", no ponto, longa tem narrativa muito bem conduzida 
Classificação:
 14 anos. Ano de produção: 2022. Idioma: inglês. Diretor: Jaume Collet-Serra. Duração: 2h05. Com Dwayne Johnson, Aldis Hodge e Noah CentineoSinopse: O poderoso Adão Negro é libertado de sua tumba para lançar sua justiça cruel sob a Terra.

Sala 4 (dublado)
03/11/2022 - Quinta-feira: 15h30 - 18h20
04/11/2022 - Sexta-feira: 15h30 - 18h20
05/11/2022 - Sábado: 15h30 - 18h20
06/11/2022 - Domingo: 15h30 - 18h20
07/11/2022 - Segunda-feira: 15h30 - 18h20
08/11/2022 - Terça-feira: 15h30 - 18h20
09/11/2022 - Quarta-feira: 15h30 - 18h20

Sala 4 (legendado)
03/11/2022 - Quinta-feira: 21h00
04/11/2022 - Sexta-feira: 21h00
05/11/2022 - Sábado: 21h00
06/11/2022 - Domingo: 21h00
07/11/2022 - Segunda-feira: 21h00
08/11/2022 - Terça-feira: 21h00
09/11/2022 - Quarta-feira: 21h00

"Adão Negro" - Trailer dublado


"Peter Von Kant" ("Peter Von Kant")
.: Crítica: "Peter Von Kant" é sobre o descarte das relações

Ano de produção: 2021. Idioma: francês. Diretor: François Ozon. Duração: 1h25. Sinopse: Uma trama amorosa entre dois homens na Alemanha do Ocidente do início dos anos 1970.

Sala 2 (legendado)
27/10/2022 - Quinta-feira: 18h40
28/10/2022 - Sexta-feira: 18h40
29/10/2022 - Sábado: 18h40
30/10/2022 - Domingo: 18h40
31/10/2022 - Segunda-feira: 18h40
01/11/2022 - Terça-feira: 18h40
02/11/2022 - Quarta-feira: 18h40

"Peter Von Kant" - Trailer legendado

.: Livro "A vida e as mortes de Severino Olho de Dendê", uma ópera espacial

Ian Fraser leva o Nordeste para as estrelas em seu primeiro livro publicado pela Intrínseca


A Intrínseca vai explorar os confins do universo com o lançamento do livro "A vida e as mortes de Severino Olho de Dendê", de Ian Fraser. Nesta ópera espacial, o autor combina elementos culturais do Nordeste a viagens intergalácticas, grandes conspirações e espécies de diferentes planetas em uma narrativa irreverente e inesquecível.

Na trama, o ano é 2577 e o espaço foi explorado pelos humanos graças à invenção da propulsão Guineensis, mecanismo que usa o óleo de dendê como combustível. A relação entre as variadas formas de vida é mediada pela Federação Setentrional, uma organização militar cujo objetivo é proteger, regulamentar e explorar o espaço exterior.

É nesse contexto, no planeta Cabula XI, que vive um humano chamado Severino. Após um acidente na Terra que quase provocou sua morte e lhe tirou tudo que mais amava, Severino passou a trabalhar como investigador profissional ao lado do melhor amigo, Bonfim, um alienígena cheio de estilo e de boca afiada. Só que Severino não é um investigador comum: no lugar do olho esquerdo, ele traz o Olho de Dendê, uma invenção que lhe permite ver as circunstâncias da morte de pessoas recém-falecidas.

Durante a investigação de um assassinato suspeito, Severino e Bonfim descobrem que a Federação pode estar envolvida em um plano com fins escusos e muito perigosos. Mas a dupla de investigadores não é a única buscando respostas, e seu caminho se cruza com o da inspetora Antonieta Capitolina Macabéa, uma capivara geneticamente modificada que serve à Federação sob a patente de Carcará Carmesim, e com a de Filomena, integrante do grupo revolucionário Paladinas do Sertão e antigo amor de Severino. 

Para desvendar o caso, Severino terá que se juntar a Antonieta, Filó e outras figuras do seu passado, enfrentar seus traumas e lutar por um futuro possível para todos. O livro é repleto de referências à cultura pop e traz capa e projeto gráfico inspirados em clássicos da ficção científica e na estética do Movimento Armorial, idealizado pelo escritor e dramaturgo Ariano Suassuna. Em A vida e as mortes de Severino Olho de Dendê, Ian Fraser constrói uma trama divertida e original que celebra o poder da amizade, do amor, da música, da literatura e do Nordeste.

 

“A space opera brasileira que estávamos esperando: divertida, original e cheia de dendê.” 

Cláudia Fusco, escritora e pesquisadora de literatura fantástica


Ian Fraser é autor dos premiados romances "O sangue é agreste" e "Noir carnavalesco", além da saga Araruama, que fez uma campanha de sucesso no financiamento coletivo. Também escreveu as peças A máquina que dobra o nada e Ensaio para uma redenção, agraciadas com o Prêmio Braskem de Teatro. Nascido e criado em Salvador, Ian vive escrevendo e cuidando de Gouda, sua gatinha paraplégica, e nunca se cansa de rever seu filme preferido, A múmia. "A vida e as mortes de Severino Olho de Dendê" é seu primeiro livro publicado pela Intrínseca.


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Livro: A vida e as mortes de Severino Olho de Dendê

Autor: Ian Fraser

Editora Intrínseca

304 páginas


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.: "Tu não te moves de ti", de Hilda Hilst: livro reúne três novelas de prosa

Com prosa experimental e provocativa, esta reunião de três novelas se consagrou como uma das obras mais fascinantes da autora


[…] eu penso que é preciso cuidar das coisas, que tudo aqui é delicado”, escreve Hilda Hilst na novela inaugural deste volume, publicado pela primeira vez em 1980. Embora possam ser lidas como histórias avulsas, as três narrativas de "Tu não te moves de ti" — “Tadeu (da razão)”, “Matamoros (da fantasia)” e “Axelrod (da proporção)” — se conectam de modo surpreendente e criam uma engenhosa trama subliminar.

Envelhecimento, sexualidade, vínculos afetivos, incomunicabilidade e moralidade são alguns dos temas que perpassam toda a produção de Hilda Hilst. Altamente existencialistas, estas obras — contaminadas pela poesia, pela filosofia e pela psicanálise — são marcadas pela ironia corrosiva e pelo estilo singular.


“A prosa de Hilda Hilst não é um espaço ameno ou de confortável entretenimento. Talvez seja por isso que, quando a leio, me sinto convocada a um esforço: a estar bem atenta ao que acontece nas sensações e nos humores, a tentar pelo menos reconhecer o que os enigmas do texto convocam a experimentar.” — Júlia de Carvalho Hansen


Nascida em Jaú (SP) em 1930, Hilda Hilst formou-se em Direito pela USP e, aos 35 anos de idade, mudou-se para a chácara Casa do Sol, próxima a Campinas. Lá, na companhia de dezenas de cachorros, dedicou-se integralmente à criação literária, entre livros de poesia, ficção e peças de teatro. Nos anos 1990, irritada com o parco alcance de sua escrita, anunciou o “adeus à literatura séria” e inaugurou a fase pornográfica, com os títulos que integrariam a polêmica “tetralogia obscena”. Hilda morreu em 2004, em Campinas.

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Livro: Tu não te moves de ti
Autora: Hilda Hilst

144 páginas
Lançamento: 14/11/22
Compre aqui: amzn.to/3TZFjnR


quarta-feira, 2 de novembro de 2022

.: "Noites Brutais" cria suspense, mas se perde em maternidade maligna



Por: Mary Ellen Farias dos Santos 

Em novembro de 2022


O longa de mistério e terror, intitulado de "Noites Brutais" (Barbarian), dirigido por Zach Cregger (The Whitest Kids U' Know), soma 1h 43m de duração e trabalha uma trama interessante que começa com um suspense instigante. Envolvente o suficiente a ponto de gerar muita tensão em 40 minutos de filme. No entanto, ao definir o rumo que irá tomar até o desfecho, acaba diluindo toda a expectativa criada no início.

Numa noite chuvosa, Tess (Georgina Campbell, de "Black Mirror") chega a Detroit para uma entrevista de emprego, o que a leva para uma casa locada pelo Airbnb. Com dificuldade para entrar, percebe que há um homem lá dentro. É Keith (Bill Skarsgård, de “It – A Coisa” e “It: Capítulo 2”), um estranho que também está hospedado na casa. Por conta da chuvarada e por estar tarde, ainda que relute contra a ideia, ela passa a noite no local. O que não acaba sendo de todo ruim, pois Keith é bom de papo e os dois até estabelecem um certo elo de amizade instantâneo. 

No meio da noite, Tess percebe que alguém abriu a porta do quarto em que dormia. Contudo, consegue ver claramente que Keith segue dormindo no sofá -mesmo estando em algum pesadelo barulhento. Pela manhã, ele já não está mais na casa, mas deixa um bilhete sobre seu retorno. Tess vai para a entrevista de emprego. Ao sair da casa e ver a vizinhança do bairro, percebe que o ambiente é perigoso. Contudo, ela volta para casa, mas lá há uma criatura pavorosa com síndrome de mãe. 

Inicialmente, a tensão é criada entre Tess e Keith, criando uma grande suspeita de vilania do rapaz que se mostra muito solícito com a protagonista. Contudo, para amarrar mais a trama, entra em cena o dono da casa alugada, AJ (Justin Long, de "Olhos famintos: Renascido"), que acusado de estupro, precisa avaliar alguns imóveis para se manter, uma vez que perdeu o emprego.


Apesar dos pesares, "Noites Brutais" consegue fisgar a atenção do público. Grande parcela do suspense se dá no dueto de Georgina Campbell e Bill Skarsgård, mas se perde quando na tela surge uma criatura que, inicialmente mata violentamente e na sequência trata prisioneiros como bebês, inclusive os alimenta com uma mamadeira. 

Embora não seja tudo o que promete, "Noites Brutais" garante bons sustos e, inicialmente, entrega um suspense perfeito de arregalar os olhos e grudá-los na tela para não perder nenhum enquadramento que possa revelar o que irá acontecer nos próximos minutos. Vale a pena conferir!

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm


Filme: “Noites Brutais” (Barbarian)
Diretor: Zach Cregger
Gênero: mistério, terror
Duração: 1h 43m
Elenco: Bill Skarsgård (Keith), Georgina Campbell (Tess Marshall), Justin Long (AJ Gilbride), Zach Cregger (Everett), Richard Brake (Frank), Sara Paxton (Megan) 

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