quarta-feira, 2 de novembro de 2022

.: "O educado do Eduardo", da autora de "Cocô, Xixi e Pum", trata gentileza

"O educado do Eduardo", nova obra escrita por Maíra Lot Micales, inclui guia de como ser gentil assinado por Costanza Pascolato, ícone da moda brasileira


Todas as crianças querem ser amigas de Eduardo e todos os adultos o elogiam. Afinal, o que ele tem de tão especial?  Este mistério é desvendado no livro "O educado do Eduardo", uma divertida história sobre o poder da gentileza. Escrita por Maíra Lot Micales, autora de Cocô, Xixi e Pum, e ilustrada por Bruno Nunes Coelho, a obra é uma publicação do selo Caminho Suave, do Grupo Editorial Edipro.

Além de entreter a garotada, o livro conta com um guia de gentileza – escrito por Constanza Pascolato, empresária e ícone da moda brasileira, e comentado pela psicóloga e especialista em psicopedagogia Patrícia Campos Ramos. Este manual auxilia pais e responsáveis a desenvolver nas crianças  habilidades e valores como cuidado, gratidão, respeito ao próximo e boa convivência.


"Ufa! Você chegou bem na hora!

Nem sei como te agradecer."

"Não foi nada, senhora",

disse o menino a enrubescer.

(O educado do Eduardo, p. 12)


Maíra Lot Micales ajuda as crianças, desde a primeira infância, a entender que respeitar o próximo é legal e descolado. Ao longo das 32 páginas, O educado do Eduardo tem a proposta de plantar sementes de empatia nos pequenos leitores ao refletir sobre afeto, educação e expor, por meio de desenhos coloridos e rimadas, como é divertido tratar bem as pessoas, receber o mesmo carinho de volta e viver bem em coletividade.

Você pode comprar "O educado do Eduardo", de Maíra Lot Micales aqui: amzn.to/3h8o4Cc

Sinopse: O que tem o Eduardo que o faz ser tão educado? Aonde quer que vá, Eduardo é querido pelos colegas e admirado pelos adultos. Observando este menino, vamos entender o que significa ser educado. E também vamos querer ser assim! Descubra neste livro o poder da gentileza!


Livro: O educado do Eduardo

Autora: Maíra Lot Micales

Ilustrador: Bruno Nunes Coelho

Editora: Caminho Suave, selo do Grupo Editorial Edipro

32 páginas

Compre "O educado do Eduardo", de Maíra Lot Micales aqui: amzn.to/3h8o4Cc


.: #ResenhandoTeatro em SP: agenda de 2 a 9 de novembro


Por Mary Ellen Farias dos Santos, editora do Resenhando


Programe-se pelo #ResenhandoTeatro que apresenta uma seleção especial de espetáculos em cartaz na cidade de São Paulo. Divirta-se!

A esposa sente que está ficando louca, mas ao buscar o amparo do companheiro para lidar com a suposta doença, encontra apenas a resistência do homem, que justifica não ter mais forças para lidar com a situação. A complicação do diagnóstico de Bella é acompanhada de perto pela fiel governanta Elizabeth (Neusa Maria Faro) e pela jovem e extrovertida Nancy, a nova arrumadeira do casarão. Ralf (Leandro Lima), um inspetor de polícia, possui uma ligação curiosa com a casa, agora habitada pelo casal. Essa relação pode despertar fantasmas do passado que ainda habitam os cômodos com seus segredos, e podem revelar grandes surpresas.

Local: Teatro Procópio Ferreira - Rua Augusta, 2823,  Cerqueira César  | Sextas e sábados, às 21h. Domingo, às 19h | Duração: 90 minutos | Ingressos: R$ 40 a R$ 150 | Até 6 de novembro | Leia + "Gaslight - Uma Relação Tóxica", a última direção de Jô Soares no teatro


O espetáculo explora momentos e canções marcantes na trajetória do cantor sem seguir necessariamente uma ordem cronológica. A história começa em um show do Secos & Molhados, em plena ditadura militar, quando uma pessoa da plateia o xinga de “viado”. Essa cena se funde com momentos da infância e adolescência do artista. E, dessa forma, outros episódios vão se encadeando na cena.

Local: 033 Rooftop (cobertura do Teatro Santander), localizado no Complexo JK Iguatemi | Sextas-feiras às 20h30. Sábados às 15h30 e às 20h30. Domingo 15h30 e 20h. | Classificação: 12 anos | Duração: 2 h (com 15 minutos de intervalo) | Ingressos: R$ 75 a R$ 250 | Até 6 de novembro | Leia + Musical "Ney Matogrosso - Homem com H" estreia em setembro


Nuang, Caminhos da Liberdade

O trabalho é construído a partir da estética africana e afro-brasileira das máscaras, narratividade, musicalidade e ambiência sonora, contando a história de Nuang, uma menina que nasce no Reino de Uthando, conectada aos valores do seu povo.

Local: Sesc Bom Retiro | Domingos, 16h. | Classificação: Livre | Ingressos: Grátis para crianças até 12 anos. R$ 7,50 (credencial plena), R$ 12,50 (meia) e R$ 25 (inteira) | Até 6 de novembro | Leia +  As últimas apresentações de “Nuang, Caminhos da Liberdade” em São Paulo


Levante

Em 19 de agosto de 1983, um movimento encabeçado por mulheres lésbicas no Ferro's Bar dá início ao que se torna o Dia da Visibilidade Lésbica. Em 2018, um casal de mulheres que estava frequentando um quiosque em Santos sofreu agressões lesbofóbicas e as pessoas ao redor decidem gravar o ocorrido em vez de socorrê-las. São nestes dois momentos históricos que se passa o enredo de Levante, espetáculo idealizado e escrito por Andrezza Czech, dirigido por Eliana Monteiro, que também assina cenografia, e com elenco composto por Andrezza Czech, Jéssica Barbosa, Tay O'Hanna e Vanessa Garcia.

Local: Centro Cultural São Paulo - Sala Ademar Guerra - Rua Vergueiro, 1000 - Paraíso | Quinta, sexta e sábado, 21h; domingo, 20h | Classificação: 14 anos | Duração: 60 minutos  | Ingressos: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia) | Até 6 de novembro | Leia +  "Levante" traz agressões lesbofóbicas para a cena no Centro Cultural SP


Será que eu chego lá?

O humor como caminho para encontrar esperança é o que guia o espetáculo escrito e estrelado pelo ator e palhaço Rodrigo Bella Dona, com direção de Esio Magalhães, a apresentação que mistura teatro e circo. O espetáculo conta a história do Palhaço Belinha que, depois de uma longa viagem, chega a um lugar desconhecido com uma mala cheia de segredos. Ele perde o único transporte que poderia tirá-lo daquele lugar ermo e precisa enfrentar o tédio, a fome e a solidão enquanto espera a chegada do próximo. Para isso, vai buscar forças na imaginação e no bom humor que carrega dentro de si. Cansado e entediado, ele começa a jogar com as situações que aparecem e se diverte usando malabares, equilibrismo, magia e muita cara de pau.

Local: Teatro Arthur Azevedo - Av. Paes de Barros, 955 - Alto da Mooca | De 15 a 30 de outubro, sessões aos sábados e domingos às 16h | Teatro Cacilda Becker - R. Tito, 295 - Lapa | Dias 12 e 13 de novembro, às 16h. Dia 16 de novembro, às 11h e às 14h30 (reservado para escolas) | Classificação: livre | Duração: 50 minutos  | Ingressos: grátis, retirada com 1 hora de antecedência. | Até 16 de novembro | Leia +  Espetáculo circense de Rodrigo Bella Dona traz humor e magia para o teatro


Engolindo Mágoas em Doses Homeopáticas

Três mulheres, três tempos e três histórias. O que há em comum entre mulheres que vivem em 1949, 1989 e 2019? Gravidez, abuso, assédio, relacionamento, violência. 

Local: CCSA Centro Cultural Santo Amaro, apresentações nos dias 8, 9, 16 e 21 | Sexta-feira, às 20h30; Sábado, às 10h; Domingo, às 19h | CEU Cidade Dutra, apresentação dia 4 de novembro | Av. Interlagos, 7350 - Interlagos | Sexta, às 20h30 CEU Casa Blanca, apresentação dia 10 de novembro | R. João Damasceno, 85 - Vila das Belezas | Quinta, às 20h30 | Casa de Cultura Butantã apresentação nos dias 17 e 18 de novembro | Av. Junta Mizumoto, 13 - Jardim Peri Peri | Quinta e sexta-feira, às 20h30 | Classificação etária indicativa: 14 anos | Duração: 60 minutos | Ingressos: Grátis | Até 18 de novembro | Leia+ Peça "Engolindo Mágoas em Doses Homeopáticas" estreia em São Paulo


O Pior de Mim

Em cena, Maitê Proença revisita momentos marcantes de sua vida. Numa interlocução direta com a plateia, a atriz reflete sobre como sua conturbada história familiar repercutiu na vida profissional, os eventuais bloqueios desenvolvidos e tudo que precisou fazer para se libertar. Ela fala ainda da mulher de 60 anos no Brasil, de machismo, misoginia, dos preconceitos enfrentados. 

Local: Teatro Uol, Shopping Pátio Higienópolis, Piso Terraço - Avenida Higienópolis, 618  | Sextas-feiras, às 21h. Sábados, às 20h. | Duração: 60 m | Ingressos: sexta R$ 90 (setor A) e R$ 60 (setor B); sábado R$ 120 (setor A) e R$ 80 (setor B) | Até 27 de novembro | Leia + Crítica teatral: "O Pior de Mim" mostra o melhor de Maitê Proença


Inferno

A comédia de Spregelburd é uma espécie de labirinto. Na trama, uma confusão causada por um funcionário do Vaticano faz com que o inferno bíblico deixe de existir no subterrâneo e passe a ficar escondido nos detalhes mais minuciosos da existência humana, até na linguagem ou principalmente nela. 

Local: Teatro Uol, Shopping Pátio Higienópolis, Piso Terraço - Avenida Higienópolis, 618  | Sábados, às 22h; Domingos, às 20h. Segundas, às 21h | Classificação etária indicativa: 14 anos | Duração: 100 m | Ingressos: R$ 40 a R$ 100) | Até 28 de novembro | Leia + "Inferno" no Teatro Uol: comédia do argentino Rafael Spregelburd estreia


O Amor e Seus Fins

O casamento como uma instituição capitalista e a concepção romântica do amor são colocados em xeque em O Amor e Seus Fins, escrito e protagonizado por Cris Wersom e Rodrigo Scarpelli. A dramaturgia surgiu de um desejo que Wersom e Scarpelli tinham de montar uma peça juntos desde que se formaram na EAD-USP. 

Local: Galpão do Folias - Rua Ana Cintra, 213, Santa Cecília | Sexta e sábado, às 20h. Domingo, 19h   *não haverá espetáculo dia 30/10 | Classificação etária indicativa: 14 anos | Duração: 60 minutos | Ingressos: R$ 40 e R$ 20  | Até 4 de dezembro | Leia + "O Amor e Seus Fins", de Cris Wersom, trata relações e divórcio


A Hora da Estrela ou o Canto de Macabéa

Laila Garin é Macabéa, a mítica protagonista do aclamado romance, ao lado de Claudia Ventura e Leonardo Miggiorin. Também estão em cena os músicos Fabio Luna (bateria, percussão, flauta e voz), Pedro Franco (guitarra, violão, bandolim, violino e voz) e Pedro Aune (baixo acústico, baixo elétrico, tuba e voz).

Local: Teatro Vivo: Av. Dr. Chucri Zaidan, 2460 | 3 de novembro a 11 de dezembro (exceto no dia 17/11), de quinta a sábado, às 20h; e aos domingos, às 18h  | Classificação etária indicativa: 16 anos | Duração: 90 minutos | Ingressos: de R$ 30 a R$ 100 | Até 11 de dezembro | Leia+ "A Hora da Estrela" com Laila Garin e Leonardo Miggiorin no Teatro Vivoo


Sidney Magal: Muito Mais Que Um Amante Latino - O Musical

Baseado na biografia oficial do cantor, traz no papel principal, os atores Juan Alba, que interpreta Sidney Magal na fase adulta, e o ator paulistano Luís Vasconcelos, que vive o ídolo latino na fase jovem. Além de relembrar os diversos sucessos do ícone da música popular brasileira, o musical fará um recorte da trajetória do artista revelando os bastidores de sua vida.

Local: Teatro Porto - Al. Barão de Piracicaba, 740, Campos Elíseos | Sextas e sábados, às 20h e domingos, às 17h | Classificação etária indicativa: 12 anos | Duração: 120 minutos | Ingressos: de R$ 90 a R$ 35 | Até 11 de dezembro | Leia + Juan Alba e Luís Vasconcelos interpretam Sidney Magal em musical


Três Mulheres Altas

Em cena, as atrizes interpretam três mulheres, batizadas pelo autor apenas pelas letras A, B e C. A mais velha (Suely Franco), que já passou dos 90, está doente e embaralha memórias e acontecimentos, enquanto repassa a sua vida para a personagem B (Deborah Evelyn), apresentada como uma espécie de cuidadora ou dama de companhia. A mais jovem, C (Nathalia Dill), é uma advogada responsável por administrar os bens e recursos da idosa, que não consegue mais lidar com as questões financeiras e burocráticas.

Local: Teatro Tuca, Rua Monte Alegre, 1024 - Perdizes | De 4 de novembro a 18 de dezembro de 2022 e de 13 a 29 de janeiro de 2023) | De quarta a sábado das 14h às 20h e Domingos das 14h às 18h | Classificação etária indicativa: 12 anos | Duração: 100 minutos | Ingressos: de R$ 70 a R$ 140 | Até 29 de janeiro | Leia+ "Três Mulheres Altas" com Suely Franco, Deborah Evelyn e Nathalia Dill


.: "Verdades Secretas II": Giovanna é presa e Angel se vinga da rival

Giovanna (Agatha Moreira) não mede esforços para colocar Angel (Camila Queiroz) atrás das grades em "Verdades Secretas II". Na sequência que vai ao a partir de quinta, dia 3, a moça resolve procurar a polícia para pressionar o delegado. Exaltada e querendo dar ordens, Giovanna é quem acaba presa. Nenhum argumento é capaz de fazer com que o delegado mude de ideia. Presa e fichada, Giovanna fica numa cela junto com outras detentas. Angel e Cristiano (Romulo Estrela) comemoram a prisão de Giovanna e passam a noite juntos. 

Mas é claro que Angel não perde a oportunidade de se vingar e resolve fazer uma visitinha à rival. “Você não imagina o prazer que é ver você aqui sentindo tudo o que eu senti”, diz a modelo encarando Giovanna. Mas ela não se deixa abalar e rebate. “Sabe o que eu sinto quando olho pra você? Ódio!". Ela ainda aproveita para mandar outro recado e garante que vai tomar a empresa da filha de Alex (Rodrigo Lombardi).

A alegria de Angel, porém, dura pouco, já que Giovanna logo é liberada da prisão. Ao saber da novidade, Cristiano faz o jogo duplo e garante a Giovanna que ela precisa da ajuda dele para conseguir colocar as mãos na herança do pai e que ele é o único capaz de encontrar o corpo de Alex.  Ela lembra que se ele avançar na investigação e conseguir provas, será bem recompensado.

A rivalidade entre Giovanna e Angel segue também na área profissional. Depois que o contratante exige a participação de Angel no próximo desfile, Giovanna tem outro surto. As duas discutem antes do desfile da Ticiano, mas Angel segue triunfante pela passarela. Enfurecida, Giovanna não pensa duas vezes e arranca a parte de cima do look de Angel deixando a modelo sem roupa. A plateia aplaude a ‘performance’ e os outros modelos cobrem Angel, que sai ovacionada.

"Verdades Secretas II" vai ao ar de terças às sextas nas noites da TV Globo. Às terças, após o "Profissão Repórter", às quartas depois do "Que História é Essa, Porchat?", às quintas logo em seguida de "Ilha de Ferro" e às sextas após o "Globo Repórter". É uma obra original Globoplay desenvolvida pelos Estúdios Globo, criada e escrita por Walcyr Carrasco, com Nelson Nadotti, Márcio Haiduck e Vinicius Vianna. A direção artística é de Amora Mautner, com direção de Isabella Gabaglia, Bruno Safadi, Fellipe Barbosa e Gabriela Amaral. A produção é de Barbara Monteiro e Isabel Ribeiro, e a direção de Gênero é de José Luiz Villamarim.

terça-feira, 1 de novembro de 2022

.: Instituto Moreira Salles: Rádio Batuta lança podcast sobre Lima Barreto

O programa já está disponível, para acesso gratuito, nas plataformas digitais. Composto por cinco episódios, o podcast relembra a trajetória de Barreto, a partir de entrevistas com artistas e pesquisadores, além de leituras de trechos da sua obra. O programa homenageia o escritor cuja morte completa cem anos neste dia 1º de novembro.


No Dia de Todos os Santos, 1º de novembro, no bairro de Todos os Santos, subúrbio carioca, Afonso Henriques de Lima Barreto morreu, em 1922. O centenário de falecimento do escritor é oportunidade para tratar de sua trajetória, produção e legado.

 Com esse intuito, a Batuta, rádio de internet do Instituto Moreira Salles, lança nesta terça-feira, dia 1º de novembro. o podcast "Lima Barreto: O Negro É a Cor Mais Cortante". Composto por cinco episódios, o programa mostra que o autor de "Triste fim de Policarpo Quaresma" era um expoente da literatura brasileira quando morreu, e não um artista pouco reconhecido, como continua a se dizer.

A série já está disponível, para acesso gratuito, nas principais plataformas digitais, como Spotify, Apple podcasts e Deezer, e no site da Batuta. A concepção, o texto e a apresentação do podcast são de dois profundos conhecedores da trajetória do escritor: Beatriz Resende, professora da Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro, estudiosa de Lima há mais de 40 anos; e Gabriel Chagas, formado na UFRJ e que atualmente leciona Literatura e Cultura Luso-Afro-Brasileira na Universidade de Miami.

 Cada capítulo tem um aspecto em destaque e, pelo menos, uma pessoa convidada. No primeiro, "A Morte e a Vida de Lima Barreto", narram-se os momentos finais do escritor e as referências feitas a ele na imprensa da época. O episódio também ressalta como, nos últimos anos, sua obra vem sendo retomada e celebrada em toda a sua grandeza, com a homenagem pela Flip (Festa Literária Internacional de Paraty) em 2017, a peça "Traga-me a Cabeça de Lima Barreto", escrita e dirigida por Hilton Cobra, que participa do episódio, e o lançamento de várias publicações sobre ele.

“A obra de Lima Barreto sempre ocupou um lugar peculiar e decisivo na literatura brasileira. Foi o primeiro romancista a trazer a periferia do Rio de Janeiro para a literatura. Apesar de estudos fundamentais dedicados à sua obra, só no século XXI foi definitivamente reconhecido. Mais do que isso, despertou um interesse inédito de jovens leitores negros”, diz Beatriz Resende.

O segundo episódio tem como tema o racismo. Desde a juventude, Lima Barreto foi alvo de forte preconceito, o que registrou em várias de suas crônicas e em romances como Recordações do escrivão Isaías Caminha e Clara dos Anjos. Ele nasceu sete anos antes da abolição da escravatura e foi levado por seu pai para ver a assinatura da Lei Áurea, algo que o marcou muito. O convidado do capítulo é o antropólogo Júlio Tavares, professor da Universidade Federal Fluminense (UFF) e nome importante na luta antirracista. A frase “O Negro É a Cor Mais Cortante”, que dá nome ao podcast, está no romance inacabado do autor Cemitério dos vivos.

“Lima Barreto teve, ainda na década de 1910, uma percepção impressionante sobre o racismo na sociedade brasileira. Percebeu, com uma lucidez que muitos ainda não têm hoje, que o racismo entre nós está na espinha dorsal do país e que, portanto, assinar a Lei Áurea não seria o bastante. Se hoje discutimos racismo estrutural, encarceramento em massa e segregação, Lima pavimentou há um século esse caminho para nós”, afirma Gabriel Chagas.

O Brasil é uma vasta comilança, episódio 3, trata da política. Lima Barreto foi um crítico permanente da república, com seu autoritarismo, seu elitismo e seus conchavos. “A república no Brasil é o regime da corrupção”, escreveu. Quem participa do episódio é a historiadora e antropóloga Lilia Moritz Schwarcz, professora da USP e autora da biografia "Lima Barreto - Triste Visionário".

O quarto capítulo se chama "O Hospício" e aborda as duas internações do escritor no Hospício Nacional de Alienados. O "Diário do Hospício" é matéria-prima essencial do episódio, do qual participa o psiquiatra Paulo Amarante, professor e pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz e nome de frente na luta pelo fim dos manicômios.

O podcast termina com o episódio "Rio de Janeiro", cidade pela qual Lima Barreto era apaixonado. A música se faz especialmente presente neste episódio, que conta com depoimento da violonista Marcia Taborda, professora da UFRJ e estudiosa da história da música do Rio de Janeiro. Outro convidado é o historiador e escritor Luiz Antonio Simas, grande tradutor da vida na cidade.


Sobre a Rádio Batuta
A Rádio Batuta foi criada em 2010 tendo como objetivo principal divulgar o acervo musical do Instituto Moreira Salles. A coleção é formada, em sua quase totalidade, por discos de 78 rotações por minuto, produzidos no Brasil entre 1901 e 1964. Os primeiros documentários da rádio foram sobre Noel Rosa e João Gilberto. Ao longo dos anos, a Batuta diversificou seu repertório e realizou séries sobre Jorge Ben Jor, Frank Sinatra, Aracy de Almeida, Pixinguinha e muitos outros, além de programas regulares de jazz e música clássica. Há dois canais 24 horas, um de música brasileira e outro de clássica.


Serviço
Podcast "Lima Barreto: O Negro É a Cor Mais Cortante"
O programa já está disponível, para acesso gratuito, no site da Rádio Batuta, no Spotify, na Apple Podcasts e em outras plataformas de podcasts.

Ficha técnica
Concepção, textos e apresentação
: Beatriz Resende e Gabriel Chagas
Roteiro: Evandro Luiz da Conceição
Coordenação: Luiz Fernando Vianna
Locuções: Junior Vieira, Cridemar Aquino e Yasmin Santos
Edição: Filipe Di Castro

Sonorização e finalização: Janaína Oliveira
Pesquisa: Yasmin Santos
Identidade visual: Mariana Mansur
Trilha sonora: gravações presentes no site Discografia Brasileira, do Instituto Moreira Salles.


.: Entrevista: Silvana Bighetti Bozza fala sobre mistérios e magias

"O autoconhecimento é o inicio de tudo", afirma a escritora em entrevista exclusiva.

Por Helder Moraes Miranda, editor do Resenhando. 

Entender os motivos da existência e descobrir como fazer dela um instrumento de harmonia, equilíbrio e bem-estar é uma pergunta sem respostas. Há séculos, as pessoas buscam pistas para solucionar esses enigmas. Em uma tentativa de concentrar o que já se conhece como a “busca pela felicidade e paz interior”, Silvana Bighetti Bozza escreveu “Mistérios, Magias e Consciência Cósmica”, lançado pela editora Giostri. 

Formada em administração de empresas pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, ela atua nos últimos 20 anos na área da geobiologia. É consultora de feng shui, radiestesista, além de ser numeróloga, terapeuta e palestrante. Também escreveu as obras "Frases, Princípios e Estímulos para Executivos e suas Equipes" pelo Grupo Editorial Scortecci (2ª ed. 2008) e "Criando Espaços e Projetos Saudáveis" pela editora Manoela (2016). Nesta entrevista exclusiva, ela dá dicas que podem ajudar a viver melhor. Você pode comprar o livro “Mistérios, Magias e Consciência Cósmica”, de Silvana Bighetti Bozza, neste link.


Resenhando.com - Qual é a importância do olhar para dentro de nós e, também, para a energia de nossa casa?
Silvana Bighetti Bozza - Se você não sabe exatamente quem você é, o que deseja, o que motiva, o que  equilibra, o que traz alegria, como se pode escolher que caminho seguir, o autoconhecimento é o inicio de tudo, uma vez que você compreenda isso e entenda que existe uma interação entre tudo e todos e que nossa casa deveria ser o nosso templo o nosso lugar de recuperação de energias, a vida fica mais fácil.


Resenhando.com - É possível livrar uma casa de uma maldição?
Silvana Bighetti Bozza - Primeiro você precisa identificar se é realmente uma maldição ou simplesmente energias negativas acumuladas, ou telúricas do local. Mas se for realmente algum tipo de maldição, é possível, sim, livrar essa casa dessa maldição. Às vezes é bastante complicado, não existe uma regra. Com certeza, a pessoa responsável saberá encontrar a solução mais adequada. O meu trabalho está sempre mais focado nas analises telúricas, radiestésicas e de Feng Shui, se por acaso identificar algum desequilíbrio espiritual, oriento a pessoa a procurar alguém especializado nesse seguimento. 


Resenhando.com - Como fazer de nossa existência um instrumento de harmonia, equilíbrio e bem-estar?
Silvana Bighetti Bozza - Sendo generoso, quando nos lembramos que para pegar um simples copo d’agua você precisa abrir a mão, essa seria a base para nossa vida. Pode ajudar as pessoas, nos torna grandiosos, felizes e pacíficos. Quando falo em generosidade, não é doar somente  as coisas materiais… É ajudar as pessoas necessitadas, mas também com o seu conhecimento, o seu tempo, a sua positividade, aprender a somar na vida das pessoas e não dividir ou subtrair. Se você não tem algo de bom pra falar, então fique quieto…. É o velho ditado… menos é mais!


Resenhando.com - De que maneira pessoas que não são nada tranquilas podem encontrar o equilíbrio?
Silvana Bighetti Bozza - Existem muitas maneiras de gastar o estresse e tentar se equilibrar. Primeiro fisicamente, o que é básico... É preciso praticar algum tipo de exercício, ou esporte para aliviar a mente das tensões… Segundo, praticar qualquer tipo de relaxamento, se não for meditação, até uma massagem com óleos essenciais e pedras, ou mesmo a acupuntura, são fantásticos! 


Resenhando.com - As palavras podem ser usadas a nosso favor? Elas também podem levar os homens à ruína? De que maneira, para o bem e para o mal?
Silvana Bighetti Bozza - As palavras materializam o nosso desejo. O verbo tem uma força enorme, até na Bíblia sabemos da importância das palavras. Enquanto Deus planejava a criação do universo, nada acontecia, mas quando ele verbalizou… Então aquilo se fez e a criação teve a sua manifestação. Por isso, devemos tomar muito cuidado com o que dizemos, porque as palavras ecoam no universo como mantras e acabam acontecendo.


Resenhando.com - Por que as pessoas têm tanto medo do oculto, do desconhecido?
Silvana Bighetti Bozza - Acho muito normal você ter medo do desconhecido, o que diferencia as pessoas é a curiosidade e a busca por informações sobre aquilo que não se sabe. Imaginem num passado longínquo, as pessoas não sabiam do que era feito internamente o corpo humano e tinham receio de entender. Era até considerada heresia dissecar um cadáver. Muitos artistas como Leonardo da Vinci Michelangelo Buonaroti, faziam esse trabalho escondido... Hoje sabemos não só os orgãos internos, mas todos os músculos, glândulas, tecidos, moléculas, células e átomos. O mistério não existe mais… e assim será também nas outras ciências metafísicas, conforme descobertas, comprovações e experiencias pessoais. As pessoas vão perdendo esse medo inicial e saem em busca de mais informações.


Resenhando.com - Quando tudo parece dar errado, há alguma coisa prática que podemos fazer para mudar o curso dos acontecimentos a nosso favor?
Silvana Bighetti Bozza - Primeira consideração a fazer é que, em todos os momentos difíceis, existe um aprendizado e uma oportunidade de crescimento. Então devemos manter a fé e enfrentar esse problema sem se desesperar, tudo tem uma solução, uma saída. Às vezes, não é a melhor, mas garanto que passado muitos anos, haverá o entendimento de que realmente foi o melhor que  poderia ter acontecido. Temos uma visão muito curta da nossa existência, se tivéssemos a visão do todo, ficaria bem mais leve, aliás, tentar levar a vida mais leve. Se você mergulha demais no problema e no drama não enxerga a solução. 


Resenhando.com - Quem é a Silvana Bighetti Bozza por ela mesma?
Silvana Bighetti Bozza - Sou um ser humano, como tantos outros, que teve a sorte de experimentar a vida de forma intensa e com tantos desafios e mudanças, não só profissionalmente, mas inclusive de países. Eu me considero uma pessoa extremamente curiosa e cheia de perguntas. Adoro ouvir historias dos outros e seguir o meu caminho com meus próprios passos. Adoro ensinar tudo que fui recolhendo de informações, porque conhecimento se transmite. Sou simples e sofisticada ao mesmo tempo, porque o todo para mim é  mais importante do que partes, gosto do belo, e a beleza você encontra em toda parte, principalmente na natureza e no universo. E, pra finalizar, gosto que me chamem de Sil (risos).

.: Feira Literária de Tiradentes - Fliti homenageia 90 anos de Ziraldo


Exposição “Era Uma Vez Um Menino de 90 Anos” irá funcionar todos os dias no evento. Programação retrata os principais projetos do autor. Foto: Instituto Ziraldo


Em homenagem ao conjunto da obra do escritor e ilustrador Ziraldo e a celebração dos seus 90 anos, ocorre entre os dias 3 e 6 de novembro de 2002, a 3ª edição da Feira Literária de Tiradentes - Fliti. São mais de 100 atrações no evento e 30 editoras vendendo livros a preços promocionais. A Fliti ocorre na cidade mineira de Tiradentes, em Minas Gerais. A programação contemplando o mineiro de Carantinga, nascido em 24 de outubro de 1932, Ziraldo, abrange os quatro dias de evento.

 Na Arena Literária I, no gramado do Santíssimo Resort ocorre a abertura oficial do evento, às 10h, do dia 3 de novembro. Em uma cerimônia com a presença do prefeito de Tiradentes, Nilzio Barbosa, o secretário de governo, Rogério de Almeida, o secretário de educação, Valdo Trindade Rosa e o secretário de turismo, cultura e lazer Sérvulo Matias Filho também está Adriana Lins, diretora do Instituto Ziraldo - IZ e Cristina Figueiredo, idealizadora da Fliti.

No mesmo dia, às 18h, Arena Literária II, Ziraldo será homenageado com o design brasileiro nas artes gráficas com Guto Lins, Roger Mello e Joana Penna, com mediação de Adriana Lins do Instituto Ziraldo. Ainda no dia 3, na área de exposição e exibição de filmes que vai funcionar no Centro Cultural Yves Alves, no Centro Histórico de Tiradentes tem a exposição - “Era Uma Vez Um Menino de 90 Anos”, das 9h às 20h que vai funcionar todos os dias.

Às 14h é a vez do longa-metragem, "O Menino Maluquinho, a Aventura", com direção de Fabrizia Pinto e Fernando Meirelles. Às 16h, o documentário: Ziraldo, era uma vez um menino com também direção de Fabrizia Pinto.

No segundo dia do evento, dia 4 de novembro, na Arena Literária I, às 14h45 terá a Mesa "Ziraldo, uma amizade literária", com Geny Vilas-Novas e Santinha. Na Arena Literária II, às 15h15, mais uma homenagem ao Ziraldo. Desta vez, será literatura e oralidade: a memória afetiva na construção cultural com José Mauro Brant, Caio Tozzi, Matizes Dumont e mediação de Guto Lins. Também a partir do dia 4, na área de exposição e exibição de filmes a exibição dos seguintes filmes: 9h - Longa metragem: "O Menino Maluquinho, o Filme". Direção: Helvécio Ratton. 11h - Documentário: "A Turma do Pererê.Doc". 14h - Longa metragem: "O Menino Maluquinho, a Aventura". Direção: Fabrizia Pinto e Fernando Meirelles. 16h - Documentário: "Ziraldo, Era Uma Vez Um Menino". Direção: Fabrizia Pinto.

No dia 5 de novembro, na Arena Literária II, 12h15 tem lançamento do livro “Ziraldo - 90 Maluquinhos - Histórias e Causos”, com o cartunista Edra. Às 19h, é hora de “Missão Flicts” da obra de "Ziraldo - Uma Invenção Literária Multimídia", com José Mauro Brant. No último dia do evento, dia 6 de novembro, Ziraldo será homenageado na Arena Literária II com Humor é coisa séria: rindo de nós mesmos, aprendemos por Roger Mello, Ana Raquel e Guto Lins e mediação de Daniela Thomas, do Instituto Ziraldo.

No espaço Ônibus Biblioteca Fliti que ficará no Largo das Mercês também tem programação com Ziraldo. Dia 5, às 17h, tem “Missão Flicts 90 Anos de Ziraldo - Uma Invenção Literária Multimídia" com José Mauro Brant.

A Fliti está entre os principais eventos de difusão do livro e o incentivo ao hábito da leitura, proporcionando o contato com autores locais e do estado de Minas Gerais. A oportunidade de ler e ouvir histórias é uma importante e poderosa ferramenta de inclusão para crianças, jovens, idosos e pessoas com deficiência (PcD). A Fliti vem construir um novo olhar por meio da leitura e do universo literário.

 O evento está sendo pensado sobre diferentes frentes: nomes de referências no meio literário e de reconhecimento do público; na diversidade de temáticas para serem ofertadas ao debate com o público que frequentará a Feira; no acolhimento e fomento de autores locais ou autores iniciantes; no reposicionamento da Fliti com o objetivo de fazer parte do calendário nacional dos principais eventos literários do Brasil e, por fim, em uma programação literária e cultural que abarque a diversidade de públicos, seus desejos e suas visões de mundo.

“A Fliti permite um encontro de grande autores e temas e propõe-se a popularizar o livro através da democratização do acesso, fomento à leitura, à arte, à cultura, além de incentivar o mercado econômico do setor”, explica Cristina Figueiredo, idealizadora do evento. A população terá acesso a escritores locais e nacionais, editoras e livreiros. Em suas duas edições, a Fliti recebeu mais de 12 mil pessoas. A expectativa para este ano é ainda maior. Você pode comprar os livros de Ziraldo neste link.


Serviço
Feira Literária de Tiradentes - Fliti
De 3 a 6 de novembro de 2022 no Gramado do Santíssimo Resort, Largo das Mercês e no centro de Cultura Yves Alves, localizado no Centro Histórico de Tiradentes, em Minas Gerais. Patrocinadores: New Holland, Itaú Unibanco, Cemig, Estácio e Qualicorp.

.: Nove anos fora de catálogo, biografia de Paulo Leminski volta às livrarias


Durante o processo de impressão do que seria a quarta edição de "Paulo Leminski: o Bandido que Sabia Latim", em 2013, a família do escritor se mostrou contrária à publicação da obra, que sairia na época pela editora Nossa Cultura. Dois anos depois, porém, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu pelo afastamento da exigência de autorização prévia do biografado ou de suas famílias, em casos de pessoas já falecidas, o que finalmente possibilitou que o material escrito pelo jornalista Toninho Vaz voltasse a circular.

Depois de nove anos fora do mercado, a obra retorna às livrarias, integrando agora o catálogo da Tordesilhas Livros. Publicada originalmente em 2001, o livro revelou, em abordagem surpreendente, que Paulo Leminski tinha um filho, até então, desconhecido. Para a nova edição, além do texto original, foi criado um capítulo inédito e atualizado que aborda o assunto e um caderno de fotografias do poeta com amigos e familiares.

Unindo a experiência de jornalista aos anos de amizade com Leminski, na obra, Toninho Vaz se propõe investigar o mistério que foi o poeta do Pilarzinho. De maneira íntima, após um ano de pesquisas e 81 entrevistas realizadas com parentes, parceiros, alunos, ex-mulheres, professores, amigos e até desafetos, o autor reuniu histórias, escritos, poemas, fotos inéditas e rascunhos de textos inacabados.

Personagem inesquecível da contracultura da década de 1980, Paulo Leminski ganhou espaço na cena intelectual brasileira com o jeito marginal e a alma de judoca. Músico e tradutor, poeta e professor, mestre e lutador, foi acolhido por grandes personalidades da época, como Caetano Veloso, Waly Salomão, Augusto e Haroldo de Campos, Décio Pignatari, entre outras.

Em "Paulo Leminski: o Bandido que Sabia Latim", Toninho Vaz traduz ao leitor quem realmente foi Paulo Leminski Filho, com todas as suas grandezas e contradições. "a obra é o retrato de um poeta brasileiro sem disfarces, o ex-estranho Paulo Leminski", afirma o autor. Você pode comprar o livro "Paulo Leminski: o Bandido que Sabia Latim", de Toninho Vaz, neste link.

Sobre o autor:
Jornalista, roteirista, escritor e biógrafo, o curitibano Toninho Vaz mudou-se para o Rio de Janeiro na década de 1970, onde foi repórter da revista IstoÉ e do Jornal do Brasil, entre outros órgãos da imprensa escrita. Foi editor de texto do Jornal Nacional, do Fantástico e do Globo Esporte, além de trabalhar para a rede norte-americana CBS Television. É autor de biografias de Luiz Melodia (Tordesilhas, 2020), Torquato Neto e Zé Rodrix.

.: Livro explica de maneira didática "Como as Guerras Civis Começam"

É preciso soar o alarme: à medida que as democracias retrocedem e os cidadãos se tornam mais polarizados, as guerras civis se tornarão ainda mais generalizadas e durarão mais do que no passado.


Uma milícia de extrema direita planeja sequestrar a governadora de Michigan e julgá-la por traição. Uma multidão armada de apoiadores de Trump e teóricos da conspiração invade o Capitólio dos Estados Unidos. São incidentes isolados? Ou é o começo de algo maior?

Em "Como as Guerras Civis Começam", livro lançado pela editora Zahar, a autora Barbara F. Walter, uma das maiores autoridades no mundo em violência política e terrorismo, examina o dramático aumento do extremismo global e soa o alarme ao argumentar que as guerras civis proliferam e são hoje o maior perigo para a paz mundial. A tradução é de Berilo Vargas. Você pode comprar o livro neste link.


O que disseram sobre o livro
“O equivalente de 'Como as Democracias Morrem' para a guerra civil.” — The Washington Post

“O argumento de Barbara Walter é assustador: muitas das condições que comumente precedem as guerras civis estão presentes hoje em lugares que nunca imaginaríamos.” Steven Levitsky e Daniel Ziblatt, autores de "Como as Democracias Morrem"

“Como aqueles que alertaram sobre os perigos do aquecimento global décadas atrás, Walter tem uma mensagem grave que ignoramos por nossa conta e risco.” David Remnick, The New Yorker


Sobre a autora
Barbara F. Walter
 é professora de Assuntos Internacionais na Escola de Políticas e Estratégias Globais da Universidade da Califórnia, em San Diego. Membro permanente do Council on Foreign Relations e consultora ativa do Banco Mundial, das Nações Unidas e dos Departamentos de Defesa e Estado norte-americanos. Também colabora com veículos como CNN, Washington Post e Wall Street Journal.

segunda-feira, 31 de outubro de 2022

.: Entrevista: os "Laços de Afeto" do diretor Marco Simon Puccioni

"As histórias têm o poder de mudar nossas vidas e fizeram isso comigo em várias ocasiões", afirma Marco Simon Puccioni em entrevista exclusiva.

Por Helder Moraes Miranda, editor do Resenhando. 

Em uma data histórica para o Brasil, o primeiro dia após a disputa presidencial mais disputada de todos os tempos, falar sobre amor e família é extremamente necessário. É por esse motivo que convidamos o diretor italiano de cinema Marco Simon Puccioni, que vem fazendo sucesso na Netflix com o longa-metragem "Laços de Afeto".

No filme, em meio a descobertas e crises familiares, um adolescente faz um documentário sobre seus dois pais. Falar de família é algo prximo a realidade deste artista único e cheio de talentos. Sétimo de oito filhos, Puccioni nasceu e cresceu em Roma. Depois de se formar em arquitetura na Universidade Sapienza de Roma, ele ganhou uma bolsa Fulbright que lhe permitiu estudar na CalArts em Los Angeles, onde recebeu MFA em Cinema e Vídeo em 1991. De lá para cá foram dez filmes e cinco curtas-metragens. Nesta entevista exclusiva concedida ao portal Resenhando.com, ele fala sobre arte, autobiografia e afetos.
  

Resenhando.com - O que representa o cinema em sua vida?
Marco Simon Puccioni
O cinema começou a marcar minha vida desde a infância. Eu era e sou uma pessoa introvertida e reflexiva que está bem mesmo sozinha. Quando entro no cinema e mergulho no mundo do filme, posso me sentir bem ou mal, mas se me sinto envolvido na história, desligo-me da minha dimensão pessoal e entro em contato com um mundo maior. As histórias têm o poder de mudar nossas vidas e fizeram isso comigo em várias ocasiões. Você pode contar histórias de várias maneiras, mas o cinema para mim continua sendo a maneira mais poderosa e completa de contar uma história. O cinema é a minha vida quando percebo que as histórias que conto têm o poder que outros filmes tiveram sobre mim, ou seja, mudamos a vida das pessoas, mudamos suas ideias e as inspiramos a fazer escolhas.

Resenhando.com - Como é ser o sétimo, de oito filhos?
Marco Simon Puccioni - No meu caso, significava ser mais livre e independente. Quando você cresce, ter muitos irmãos mais velhos do que você pode ser esmagador porque eles tendem a vê-lo como inferior e mais fraco do que eles. Eu sendo o sétimo, era menos controlado que eles e passei o verão sozinho desde a adolescência. Aos 20 anos, fui morar sozinho. Uma vez independente, meu relacionamento com minha família melhorou e eu tratei meus irmãos mais como iguais.


Resenhando.com - Qual o critério de seleção das histórias que você resolve contar no cinema?
Marco Simon Puccioni - Pode estar no tema ou nas relações ou no caráter do personagem. Se você faz filmes de autor, inevitavelmente sentirá o assunto com o qual deseja lidar como seu, e isso é bom porque garante uma participação emocional que depois passa para a história e os personagens e, esperançosamente, também para o público.


Resenhando.com - Há algo de autobiográfico nestas escolhas?
Marco Simon Puccioni - Acredito que mesmo quando escolhemos histórias aparentemente distantes de nós no tempo e no espaço há algo de autobiográfico. 

Resenhando.com - Se pudesse escolher um filme seu, para apresentá-lo ao grande público, qual seria?
Marco Simon Puccioni - Existem muitos tipos de público e você precisa ter em mente com quem está se dirigindo ao escolher a linguagem cinematográfica a ser usada. "Laços de Afeto" é, sem dúvida, o pensado para um público mais abrangente. Tenho muito em mente a questão das famílias do mesmo sexo porque me diz respeito pessoalmente, sobre o assunto já fiz dois documentários ("Prima di Tutto" e "Tuttinsieme"), mas eles têm uma circulação limitada, então propus fazer um filme voltado em um público mais amplo e a oportunidade se apresentou com a Netflix. Escolhi, portanto, um gênero e uma linguagem que pudesse atingir o público mais amplo e geral para chamar a atenção para questões "difíceis" como direitos civis, gestação de outros, paternidade, leis que regem a família.

Resenhando.com - Como você definiria o seu filme mais recente, "Laços de Afeto", em cartaz na Netflix?
Marco Simon Puccioni - "Laços de Afeto" é um filme no meio caminho entre o drama e a comédia, um filme emocional sobre os sentimentos que unem as pessoas, que trata de questões sociais e políticas sem pregação. Mostra-nos em nossas imperfeições e falhas e tenta nos dizer que, por mais diferentes que sejamos em nossa natureza e escolhas, somos todos seres humanos falíveis tentando viver suas vidas ao máximo.


Resenhando.com - Em relação ao filme, qual é a sua opinião sobre a instituição "família"?
Marco Simon Puccioni - "Laços de Afeto" representa uma das muitas famílias que existem hoje no mundo. A família é uma construção social, todos sabemos, ela muda ao longo da história e de acordo com as culturas e sociedades. Nossa sociedade vê a coexistência de famílias tradicionais, recompostas, monoparentais, homoparentais. "Laços de Afeto" não reescreve a realidade da família, mas representa-a como é, em muitos casos, cada vez mais numerosa. "Laços de Afeto" foi o primeiro filme que conheço a representar uma família de dois pais e um filho. De muitos pontos de vista uma família como qualquer outra, muitos encontraram a sua própria família: é uma família sólida porque se baseia no amor e mesmo que o amor não seja tão eterno como gostaríamos e está sujeito ao tempo, às crises. Uma família como a do filme, ainda que baseada no amor e sem as leis certas, é mais frágil do que as outras se for atingida por uma separação.

Resenhando.com - Por que falar sobre famílias LGBTQIAP+ ainda é necessário em pleno século 21?
Marco Simon Puccioni - Porque somos uma sociedade em evolução ainda com muitas relutâncias em aceitar a diversidade do ser humano. Vemos na Europa, nas Américas e no resto do mundo o surgimento de movimentos identitários reacionários que tentam voltar no tempo e viver na nostalgia de um mundo tradicional ligado à religião. Ainda há muito medo e desconfiança de que entendo parcialmente por que estamos enfrentando mudanças de época. No decorrer da minha vida, passamos de viver nossa condição homossexual com vergonha e orgulho gay, casamentos igualitários e adoções. Uma parte da sociedade estava pronta, mas muitas outras não estavam e ainda precisam conhecer a realidade para entender que fazemos parte da mesma sociedade e não somos marginais.

Resenhando.com - O que pode nos adiantar sobre os seus próximos projetos?
Marco Simon Puccioni - Não posso dizer muito até estar no set, mas posso antecipar que continuarei fazendo filmes que contam histórias de sentimentos sobre direitos humanos, relacionamentos, as grandes questões sociais do nosso tempo.

Resenhando.com - Qual história você gostaria de contar e ainda não contou? 
Marco Simon Puccioni - Estou interessado em histórias do passado e do futuro. Gostaria de contar às pessoas que viveram em épocas passadas porque acho importante entender de onde viemos e como mudamos. Também gosto muito de filmes distópicos de ficção científica porque acredito que seja um exercício de especulação filosófica sobre nosso destino. Por exemplo, eu adoraria ter dirigido "2001 - Uma Odisseia no Espaço", um filme de 1968 que previu a complicada relação entre humanos e inteligência artificial que estamos vivenciando agora.

Resenhando.com - Quem é o Marco Simon Puccioni por ele mesmo?
Marco Simon Puccioni - Esta é uma pergunta muito complexa que não posso responder. A identidade é algo móvel e indescritível. Vivemos de ilusões e contos que nos definem, mas estes mudam ao longo da vida, mesmo que o nome permaneça o mesmo. No entanto, para não fugir completamente à pergunta, digamos que sou um buscador da beleza, da poesia, da justiça e da verdade.


.: Exclusivo: Fliti, entre os principais eventos literários, recebe Ernane Alves

O premiado artista Ernane Alves está na programação oficial da Fliti 2022 com o já festejado "Colapso Azul - Um Olhar Particular sobre o Autismo". Foto: Enzo Alves

Um dos principais eventos literários do Brasil, a 3ª Feira Literária de Tiradentes - Fliti acontecerá entre os dias 3 e 6 de novembro de 2022, na cidade mineira de Tiradentes. Com curadoria de Volnei Canônica a 3ª Fliti será em homenagem ao conjunto da obra do escritor e ilustrador Ziraldo e a celebração dos seus 90 anos de idade.

A realização da Feira destaca-se como um espaço para apresentações artísticas e culturais, como; Espaço para autógrafo, ciclo de palestras, contações de histórias, apresentações culturais e eventos artísticos literários paralelos. “A Fliti propõe-se a popularizar o livro através da democratização do acesso, fomento à leitura, à arte, à cultura, além de incentivar o mercado econômico do setor”, explica Cristina Figueiredo, idealizadora do evento.

Não é à toa que a Fliti está entre os principais eventos de difusão do livro e o incentivo ao hábito da leitura do país, proporcionando o contato direto com autores e leitores. A oportunidade de ler e ouvir histórias é uma importante e poderosa ferramenta de inclusão para crianças, jovens, idosos e pessoas com deficiência (PcD). Durante os quatro dias de programação, as atividades serão espalhadas por vários pontos no centro histórico da cidade de Tiradentes: Lago das Forras, Gramado do Santíssimo Resort, Largo das Mercês e Centro de Cultura Yves Alves.

O premiado artista Ernane Alves está na programação oficial da Fliti 2022 com o já festejado "Colapso Azul - Um Olhar Particular sobre o Autismo", seu livro de estreia. Recém lançado e com mais de mil exemplares vendidos em todo o Brasil. “É imensurável a importância de eventos literários como a Fliti. É uma oportunidade única entre autores e leitores, um intercambio ímpar. Me sinto honrado em fazer parte da programação de um evento literário dessa magnitude!”, comenta Ernane. A Fliti vem construir um novo olhar por meio da leitura e do universo literário. Em suas duas edições, o evento recebeu mais de 12 mil pessoas. A expectativa para este ano é ainda maior.


Serviço
Dias 3, 4, 5 e 6 de novembro de 2022
Lago das Forras, Gramado do Santíssimo Resort, Largo das Mercês e no centro de Cultura Yves Alves, localizado no Centro Histórico de Tiradentes, em Minas Gerais.

Arena Literária I
Dia 6 de novembro, às 13h - Livro "Colapso Azul - Um Olhar Particular sobre o Autismo", bate papo com Ernane Alves

.: Docussérie “Flordelis: Questiona ou Adora” estreia nesta sexta-feira


Os rumos das investigações, os meandros de uma família e os bastidores por trás do crime que impressionou o país em 2019, conduzem a narrativa da docussérie Original Globoplay "Flordelis: Questiona ou Adora”, produzido pela Boutique Filmes, que chega dia 4 de novembro à plataforma. Toda a investigação para a obra foi realizada em parceria com o Jornal O Globo, representado pelos jornalistas Carolina Heringer, repórter da editoria Rio e Thiago Prado, editor de política do jornal.

 Segundo Mariana Jaspe, roteirista e diretora de “Flordelis”, para além do mergulho na investigação do assassinato de Anderson Carmo, marido da ex-deputada, a série trata dos meandros dessa família em uma linha do tempo instigante que perdurou por 30 anos. “Como tudo isso começou? Como essa família se formou? De onde essas pessoas vêm? Por onde elas passaram? Quem fez parte dessa trajetória? Como elas chegaram até aqui? São perguntas que tentamos responder ao longo dos seis episódios”, finaliza Mariana.

O roteiro foi cuidadosamente construído a partir de uma profunda pesquisa sobre o passado de Flordelis e Anderson, entrevistas com familiares, policiais, testemunhas, o estrategista político do casal, jornalistas que cobriram sua trajetória e personagens que fizeram parte do passado da família. “A história de Anderson e Flordelis não envolve somente a sua figura, mas a de uma família composta por 55 filhos que tiveram suas vidas impactadas por sua presença, seja como mãe biológica, adotiva ou afetiva. Nosso desafio foi sempre montar esse quebra-cabeça de maneira humana e respeitosa”, explica Gustavo Mello, produtor da Boutique Filmes. “A docussérie conjuga sólida investigação jornalística com um retrato íntimo dos personagens envolvidos no caso, entregando para a audiência uma história repleta de reviravoltas, intrigas, segredos e revelações periciais inesperadas”, completa.

Carolina Heringer, repórter do jornal O Globo, foi uma das profissionais envolvidas na investigação da obra, junto com Thiago Prado. “Sempre busquei, desde a época do crime, fazer uma apuração desse caso paralela à da polícia, principalmente para entender os meandros da família e ter uma visão mais ampla, não restrita à da investigação oficial. Isso se intensificou com o início do projeto do documentário, uma vez que o espaço para contar essa história se amplia no audiovisual.  Esse processo foi fundamental para que a gente conseguisse contar ao público essa história por diferentes visões e vivências de personagens que conseguimos localizar, além de fatos novos que descobrimos ao longo dessa apuração”, adianta a jornalista.
 

O crime
O ano era 2019. A rotina intensa de Flordelis era tomada por seus compromissos como deputada federal, cantora gospel de sucesso, pastora da igreja Ministério Flordelis, pertencente a ela, e seus 55 filhos. Toda a organização de sua rotina múltipla só era possível graças ao trabalho de Anderson do Carmo, que além de marido, era o seu grande articulador na política e na vida.

Em 16 de junho de 2019, após retornarem de uma noite romântica, Anderson é morto a tiros na casa da família. Flordelis, então, afirma que seu marido havia sido vítima de latrocínio. A investigação, por sua vez, revela informações impressionantes, que são detalhadas ao longo da docussérie. Escrita e dirigida por Mariana Jaspe, ‘Flordelis’ é uma docussérie Original Globoplay produzida por Gustavo Mello, da Boutique Filmes, com coprodução Globoplay. São seis episódios, sendo lançados dois a cada sexta-feira.

.: "O Plano Flordelis" revela bastidores do crime que será julgado em novembro


Julgamento da ex-deputada Flordelis, acusada de mandar matar o marido, será no dia 7 de novembro. A premiada jornalista Vera Araújo revela bastidores do crime no elogiado livro-reportagem "O Plano Flordelis"


Acusada de ser a mentora do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo, Flordelis será julgada no dia 7 de novembro, a partir das 9h. O júri estava marcado para começar no dia 12 de dezembro, mas a juíza Nearis dos Santos Carvalho Arce, da 3ª Vara Criminal de Niterói, decidiu antecipar a data por causa da Copa do Mundo. O crime chocou a opinião pública e serviu como ponto de partida para a investigação da repórter Vera Araújo no livro "O Plano Flordelis", que revela bastidores do caso e mergulha em aspectos pouco conhecidos da vida da acusada.

 Ao lado do marido, Flordelis construiu uma reputação ilibada como missionária, que resgatava menores de idade da comunidade do Jacarezinho, Zona Norte do Rio de Janeiro. Em 2019, o assassinato de Anderson, em Niterói, provocou uma reviravolta na história ao revelar uma rede de intrigas nos bastidores do excêntrico núcleo familiar da parlamentar, que também era pastora evangélica e cantora gospel de renome. Complexo, sobretudo, por tornar suspeitos a esposa da vítima e alguns de seus filhos, biológicos e adotivos, o crime surpreenderia o país também por desvelar uma teia articulada pelo casal para obter prestígio, poder e dinheiro a partir do uso da religião, da família, da mídia, da política e do convívio com celebridades.

Em "O Plano Flordelis", Vera Araújo foi a campo para esmiuçar a trajetória dessa polêmica personagem, desde suas origens familiares até detalhes desconhecidos do julgamento da morte de seu marido. Flordelis começou a ganhar fama ainda na infância, marcada por um aparente poder paranormal: aos 15 anos, ela teria previsto a morte do pai, atingido por uma carreta desgovernada na estrada após a inauguração de um templo evangélico em Guarulhos.

Já adulta, foi presenteada pela mãe com a fundação de uma igreja, sem registro oficial. O local, que também servia como centro de doações e creche informal na comunidade, logo se transformou em abrigo de jovens supostamente resgatados do tráfico. Anderson fazia parte desse núcleo inicial, tendo se juntado à família, a princípio, como namorado da filha biológica de Flordelis. De agregado da Mãe Flor, ele logo passaria a marido dela - e, consequentemente, assumiria também o papel de “pai” de seus filhos.

No livro, a autora mostra quão visceral era a relação dos dois. Anderson, que administrava o salário e todas as finanças da ex-deputada, poucos meses antes do assassinato circulava com um crachá que lhe dava acesso a áreas restritas da Câmara, a ponto de ficar conhecido como “47º deputado federal do Rio de Janeiro”. Também são elencados os motivos por trás da saída de Flordelis da comunidade do Jacarezinho, com seus vinte filhos - entre biológicos, adotivos e de criação,  número que mais tarde aumentaria para 55 - a tiracolo.

Até então conhecida pela fé inabalável e por benfeitorias do trabalho missionário, Flordelis mobilizou uma rede de solidariedade envolvendo empresários e artistas. Sua história inspirou um filme, estrelado por nomes importantes como Cauã Reymond, Deborah Secco e Bruna Marquezine. Em paralelo, Flordelis ascendia no mundo gospel como cantora, inaugurando novas igrejas, arrebanhando cada vez mais fiéis e ganhando espaço em Brasília. Sempre ao seu lado, à sua frente e por trás de seus passos, estava Anderson. Até que tudo ruiu. Flordelis responde por homicídio triplamente qualificado, uso de documento falso e associação criminosa armada. Você pode comprar o livro neste link.


Sobre a autora
Vera Araújo 
é repórter investigativa em O Globo, além de advogada, tendo passado por Jornal do Brasil e O Dia. Em 2005, revelou a existência de grupos paramilitares na região de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, que extorquiam dinheiro de moradores. Foi dela a ideia de batizá-los de milícias. Pela reportagem, ganhou o Prêmio Especial Tim Lopes de Jornalismo Investigativo (2009).

Entre outros prêmios, recebeu o Imprensa Embratel (2003), o Esso Sudeste (2009), o Tim Lopes (2010) e o Troféu Mulher Imprensa (2012). Em 2020, lançou com Chico Otavio "Mataram Marielle", livro que ficou entre os finalistas do Prêmio Jabuti na categoria Documentário e Biografia.

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