segunda-feira, 17 de outubro de 2022

.: Carola Saavedra, ancestralidade e identidade em novo livro


Em novembro, a Companhia das Letras lança o sexto romance de uma das principais escritoras da ficção contemporânea: Carola Saavedra. no romance "O Manto da Noite", a autora faz uma viagem onírica pela Cordilheira sul-americana, em que ancestralidade e identidade se confundem - e se confirmam - através dos muitos fragmentos que recompõem o passado, o presente e o futuro.

Em uma incursão introspectiva, psicanalítica e pessoal, que se expande para a ideia de universo coletivo, Saavedra também brinca com a técnica do texto ao misturar diferentes gêneros como prosa, diário e teatro. “Sua primeira memória é uma memória em trânsito. Tem três anos de idade e o avião onde está sobrevoa a Cordilheira dos Andes. Fala espanhol. É o único idioma que conhece. Mas a memória não é de palavras. É uma imagem. Olha pela janela, a Cordilheira está coberta de neve. Não sabe para onde vai”.

Prosa, diário, teatro - são esses gêneros narrativos a contornar a Cordilheira que atravessa este romance. Em uma incursão introspectiva, que perpassa a América Latina e seu passado marcado por invasões, massacres e lutas, Carola Saavedra se volta para questões individuais ao mesmo tempo em que se expande para um universo coletivo. Como escreve Julie Dorrico na orelha desta edição, a “Cordilheira, essa personagem não humana, expõe uma antiga ferida que perdura neste continente: a farsa da identidade nacional singular já combalida de tantas mentiras”.

Com este livro intenso e provocativo, Carola Saavedra mais uma vez se confirma como uma das grandes escritoras brasileiras do século XXI. “Quanto a mim, ficarei onde sempre estive, atravessando a Cordilheira”. Você pode comprar  o livro "O Manto da Noite", de Carola Saavedra, neste link.


O que disseram sobre o livro

“Aqui a Cordilheira é gente. Isto não é uma metáfora, é um princípio indígena empregado na linguagem de Carola Saavedra para dizer, entre tantas outras, que a terra lembra das guerras travadas sobre seu corpo; da máquina colonial ininterrupta que produz mortos, que de alguma forma é reativada outra vez e outra vez.” - Julie Dorrico

“É preciso confiar nas vozes que nos guiam e que guiam as personagens pelas veredas desta ficção. Em O manto da noite, de Carola Saavedra, nada é somente o que diz ser, as narradoras e os narradores investem uns contra os outros, se precipitam, correm de mãos dadas e em tempos distintos, amam. A história é a trama, e isso é o mais bonito de se compreender. Não são fragmentos, mas um exercício de conexão, um modo de compreender a vida, o tempo, as grandes e as pequeníssimas narrativas, e como elas nos enredam.” - Natalia Borges Polesso

Sobre a autora
Carola Saavedra
é autora dos romances "Toda Terça" (2007), "Flores Azuis" (2008), "Paisagem com Dromedário" (2010), "O Inventário das Coisas Ausentes" (2014) e "Com Armas Sonolentas" (2018), todos pela Companhia das Letras. Publicou também o livro de ensaios "O Mundo Desdobrável" (Relicário, 2021) e a coletânea de poemas "Um Quarto É Muito Pouco" (Quelônio, 2022). Os livros da autora foram traduzidos para o inglês, francês, espanhol e alemão. 

.: “Frida Kahlo - Viva La Vida” em mais duas apresentações no Teatro Vivo

A atriz Christiane Tricerri interpreta o texto de Humberto Robles com direção de Cacá Rosset. Foto: Isadora Tricerri

O espetáculo “Frida Kahlo - Viva La Vida” segue em cartaz no Teatro Vivo. São mais duas apresentações, nas quintas-feiras, dias 20 e 27 de outubro, sempre às 20h. O espetáculo é interpretado por Christiane Tricerri, com texto de Humberto Robles, direção de Cacá Rosset e produção de Alonso Alvarez

No Dia dos Mortos, enquanto a pintora se prepara para receber convidados, vivos e mortos, em um jantar, ela lembra histórias dessas figuras que passaram por sua vida. Entre os ilustres convidados do banquete estão o pintor Diego Rivera, com quem Frida Kahlo era casada, o intelectual marxista Leon Trótski, que foi abrigado por ela enquanto fugia da perseguição fascista e o escritor surrealista francês André Breton. 

Clientes Vivo Valoriza têm 50% de desconto na compra de até dois ingressos. Para isso, basta fazer o resgate do voucher acessando o app Vivo > Vivo Valoriza > Cultura e depois apresentar o voucher na bilheteria do teatro. Quem preferir fazer a compra online, pode acessar o site da Sympla, na opção “Cliente Vivo” e apresentar o voucher na entrada do teatro. 


Serviço:
“Frida Kahlo - Viva La Vida”
Teatro Vivo:
av. Dr. Chucri Zaidan, 2460 – Morumbi
Temporada: dias 20 e 27 de outubro, quintas-feiras, às 20h
Elenco: Christiane Tricerri
Texto: Humberto Robles
Assistência e Direção: Humberto Vieira
Direção: Cacá Rosset
Produção: Alonso Alvarez
Classificação: 14 anos
Duração: 55 minutos
Ingresso: R$ 50 (inteira) 25 (meia entrada)*
*Meia entrada: crianças até 12 anos, estudantes, idosos, pessoas com deficiência, funcionários e professores das redes estaduais e municipais de ensino de São Paulo e CadÚnico. Consulte as regras no site da Sympla.


.: Marcelo Tas pergunta para Tabata Cristine sobre autismo no #Provoca

Durante a entrevista, a produtora de conteúdo explica também o que são estereotipias. Foto: Lara Asano

Nesta terça-feira, dia 18 de outubro, Marcelo Tas conversa com a designer e produtora de conteúdo Tabata Cristine sobre autismo. Ela fala, no #Provoca, que autista não é anjo, sobre estereotipias, a sexualidade como um espectro e muito mais. Vai ao ar na TV Cultura, a partir das 22h.

Tas pergunta para Tabata o que o autismo não é? “Anjo, um amor inocente, que não faz uma tatuagem, nunca vai usar um tipo de substância ilícita ou mentir. A gente carrega esse fardo dos anjos azuis e eu falo e repito: é muito perigoso. A partir do momento que você desumaniza uma pessoa, colocando no lugar de anjo, você pode estar fechando os olhos para vários problemas, como o consumo de álcool e outras substâncias dentro do espectro autista”, responde.

A produtora de conteúdo explica também o que são estereotipias. “É o nome científico para movimentos repetitivos, todo mundo tem, é balançar o pezinho, rolar lápis, estralar dedos (..) o autista tem isso em um nível um pouco maior, constante e mais intenso, mas tem também a estereotipia que a pessoa se autoagride, ela começa a raspar a unha a tal ponto que se machuca, são essas estereotipias que precisam de atenção (...) muitos terapeutas tentam tirar as estereotipias porque elas não são totalmente aceitas, só que são importantes para o autista, é a forma da gente extravasar, é colocar para fora o que aqui dentro está um caos ou muito legal e a gente tem que deixar isso sair de alguma forma. É uma luta dos autistas dizer não tire, permita o autista ser quem ele é. Você não vai falar para um cadeirante, levanta e sai correndo, então por que você fala para o autista deixar de ser autista?", enfatiza.

 Outro assunto abordado na entrevista é sobre enxergar a sexualidade como um espectro. “Nem todo mundo é 100% hétero ou 100% gay. Os autistas enxergam muito isso, tanto que existem duas pesquisas, uma na Alemanha e a outra no Canadá, que já comprovaram que a questão da sexualidade é muito forte no espectro autista. É muito maior o número de pessoas que se identificam com a sigla LGBTQIAP+ do que na população em geral. A gente questiona mais, vive menos as regras sociais, tem mais facilidade para olhar para isso (...) acho que muitas pessoas não se permitem nem olhar”, diz Tabata.

Sobre Tabata Cristine
A designer Tabata Cristine foi diagnosticada tardiamente com autismo e se propõe a conscientizar sobre o autismo de forma leve e franca com seus vídeos no Instagram. Seu objetivo é romper estereótipos de autismo nos quais ela mesma não se encaixa, como a inteligência acima da média, normalmente relacionada às pessoas com autismo leve, e as disfunções auditivas - ela, inclusive, gosta de baladas com som alto.

.: "Travessia": resumo dos capítulos 13 a 18, de 24 a 29 de outubro de 2022

Na pele de Stenio, Alexandre Nero é um dos destaques da novela "‘Travessia"’. Foto: Globo/Divulgação


Novela das 21h na TV Globo, "Travessia" é criada e escrita por Gloria Perez, com direção artística de Mauro Mendonça Filho, direção de Walter Carvalho, Andre Barros, Mariana Richard e Caio Campos. A novela, que fala sobre a jornada de uma mulher para reconstruir a vida após ser vítima de uma fake news, é protagonizada por Lucy AlvesChay Suede e Romulo Estrela. A produção é de Claudio Dager e Tatiana Poggi; e a direção de gênero é de José Luiz Villamarim. 


Capítulo 13
Oto avisa a Brisa que ainda há um inquérito correndo sobre seu caso. Núbia espalha na cidade que Ari vai se casar. Brisa fica atordoada quando o porteiro lhe diz que Ari e Gil se mudaram. Stenio finge passar mal quando Leonor lhe pergunta se estão namorando. Stenio se preocupa ao saber por Laís que o advogado de Brisa acordou confidencialidade com a cliente. Marineide acolhe Brisa em sua casa. Cidália pergunta a Talita o nome da loja em que Ari trabalha. Marineide leva Brisa ao bar de Joel, para comemorar o aniversário do marido. Karina consola Brisa. Dante demonstra a Núbia sua preocupação com o deslumbramento de Ari pela vida no Rio de Janeiro. Joel sugere a Brisa que trabalhe no bar lavando pratos. Cidália procura Ari. 


Capítulo 14
Cidália convida Ari para ir à construtora. Chiara deixa claro para Guerra que é apaixonada por Ari e que não admite interferência do pai no relacionamento do casal. Ari diz à Núbia que resolveu adiar sua tese de mestrado. Rudá edita um vídeo falso com Moretti e posta na internet. Dante pergunta a Ari qual será a escolha do rapaz caso Brisa apareça. Chiara avisa a Cidália que ninguém a impedirá de ficar com Ari. Nunes contrata Brisa. Joel mostra o bairro de Vila Isabel e seus moradores para Brisa. Helô considera um desaforo Leonor ir até sua casa para colher informações sobre Stenio. Guida avisa a Moretti que está sendo linchado na internet. Guida descobre que foi Rudá o responsável pelo cancelamento de Moretti. Stenio pede a Oto para arranjar um jeito de desfazer o vídeo, sem comprometer Rudá. Chiara apresenta Ari para Guerra.

 
Capítulo 15
Guerra avisa a Ari que sua secretária irá procurar o rapaz para marcar um almoço. Ari conta a Gil e Talita sobre seu encontro com Guerra. Joel convence Nunes a pagar mais para Brisa. Dante diz a Ari que continua a ter por ele o mesmo afeto, mas entende que suas vidas devem seguir separadas. Leonor decide viajar para Lisboa. Guida repreende Rudá. Gil orienta Ari para o almoço com Guerra. Brisa jura para Marineide que não fez nada de errado. Stenio desconfia de que foi Oto quem arrumou advogado para Brisa e alerta o funcionário de Moretti. Núbia garante a Dante que Brisa atrapalhava o desenvolvimento de Ari. Monteiro combina um encontro com Dante. Guerra pressiona Ari sobre Chiara. Ari se surpreende quando Guerra o manda trazer Tonho para o Rio.

 
Capítulo 16
Guerra entrega a chave de um apartamento da construtora para Ari ocupar e avisa ao rapaz que, se ele for assumir uma relação com Chiara, deverá cortar seu passado pela raiz. Gil alerta Ari sobre suas escolhas. Guida não gosta da chegada de Leonor em sua casa. Oto repreende Rudá por prejudicar Moretti. Oto e Rudá ajudam Moretti a gravar um vídeo para se redimir na internet. Karina alerta Brisa para as fofocas de Olímpia. Helô pede a Yone que descubra todas as informações sobre Brisa. Laís percebe que Stenio esconde algo quando pergunta para o advogado quem é Brisa. Ari avisa a Núbia que levará Tonho para morar com ele no Rio de Janeiro. Helô informa a Creusa que Brisa esteve no presídio.
 

Capítulo 17
Helô promete a Creusa averiguar mais informações sobre Brisa. Guerra avisa a Chiara que o filho de Ari ficará na sua casa. Creusa avisa a Tininha que Brisa esteve na cadeia. Oto nega para Moretti que tenha arrumado advogado para Brisa. Guida tenta promover um romance entre Leonor e Oto. Cidália fica encantada com a experiência de compra no metaverso. Guerra pede a Cidália para contratar uma babá para Tonho. Brisa acha uma carteira com dinheiro na rua e entrega para Joel. Tininha avisa a Núbia que encontraram Brisa, mas omite que ela foi presa. Núbia esconde de Ari que Brisa foi localizada. Tonho questiona Ari ao ver uma mensagem de Chiara para o pai.
 

Capítulo 18
Ari diz a Tonho que Chiara é uma amiga. Laís tenta conversar com os filhos, na ausência de Monteiro. Monteiro conta a Dante que encontrou com Ari na casa de Guerra. Tininha revela a Dante que Brisa esteve na cadeia, e fornece o telefone de Helô para o professor. Marineide avisa a Brisa que Joel achou o dono da carteira. Talita comenta com Guerra que Tonho não sabe que o pai está namorando Chiara. Helô mostra o habeas corpus de Brisa para Dante. Cotinha conta a Cidália que Moretti está comprando uma casa no Rio e que pretende abrir um escritório na cidade. Guerra descobre a ligação de Ari com Dante. Brisa aceita a gratificação do dono da carteira, e Karina sugere que ela volte para o Maranhão de avião. Guerra questiona a Ari se há algo que o rapaz gostaria de lhe dizer.

domingo, 16 de outubro de 2022

.: Cristofobia nos tempos de hoje em nome do bezerro de ouro



Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em outubro de 2022 


Nos cinemas o filme que promete concluir a franquia "Halloween", está em cartaz. Assim, o 13º longa do assassino serial Michael Myers encerra a trama cheia de altos e baixos. Contudo, as bruxas continuam soltas no Brasil e seguem fazendo barbaridades, inclusive dentro das igrejas. A última e assombrosa aconteceu numa igreja católica. Não me refiro aos xingamentos e vaias do dia da Padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida, em 12 de outubro. Há um ataque mais recente e que também foi gravado.

Numa igreja em Fazenda do Rio, Paraná, terminando a homilia, um padre proferiu: "Que Deus possa ser aquele que vai governar a nossa vida e também o senhor da nossa sociedade", ao retornar para trás do altar, para seguir com a oração da Santa Missa, uma voz feminina ecoa ali questionando se "o Deus da vida é a favor do aborto". No microfone, ele responde que não e ainda destaca não estar pedindo voto para Lula. 

Mesmo puxando a "Oração do Credo", os ataques ao padre não pararam a ponto de a oração não ser concluída. As mesmas respostas foram dadas novamente, mas a fala repetitiva -típica de defensores do atual bezerro de ouro- transformaram o momento de oração e reflexão num verdadeiro caos. 

Sim! Dentro de uma igreja em que há rituais a serem seguidos e respeitados, a adoração de outro deus vem sendo escancarada - até aos gritos. Estaria o ódio normalizado a ser dado a todos, inclusive a um padre durante uma cerimônia? É assombroso. Desrespeitoso e tudo está acontecendo a olhos vistos.

Tal qual um inferno infinito na terra, vê-se a obrigação da inserção do tema política em toda conversa e, como nunca falha, pelos adoradores de fake news. Sempre seguem com o discurso agressivo e na base do grito. Defendem a proibição do aborto, o que é importante, mas não sabem o que é viver a igreja, o cuidar do próximo. Sem saber viver o amor, agridem. 

Nessa realidade que, infelizmente não é paralela, todos são diretamente chafurdados numa franquia de filme de terror completamente amadora, mas bastante nocisa. Nesse "Brazilian Horror Story" que vivemos, enquanto que os americanos só conhecem como seriado, "American Horror Story" -tendo já descartado Donald Trump do poder-, fica a dúvida sobre como sobreviveremos a tanto ódio?! 


Mary Ellen Farias dos Santos, editora do portal cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm

.: "O Amante de Lady Chatterley" volta às livrarias em edição especial ilustrada

À época de seu lançamento, o livro foi censurado, processado por obscenidade e, finalmente, tornou-se palco para uma das mais polêmicas personagens adúlteras da literatura mundial: a lady Chatterley.


A editora Antofágica lança uma edição especial ilustrada e em capa dura do clássico "O Amante de Lady Chaterley", de D. H. Lawrence. Quem poderia imaginar o que acontece no interior de uma propriedade rural, antiga e - até então - absolutamente puritana? Connie é uma jovem vinda de berço artístico e boêmio; seu marido Clifford, no entanto, é um aristocrata conservador, abruptamente enviado para servir na guerra após o casamento.

Ao voltar para casa com o corpo paralisado, a união entre os dois perde força e, eventualmente, desanda: é então que, indo na contramão das expectativas da época, Connie encontra refúgio em Oliver Mellors, o guarda-caças da propriedade do casal.

Publicada em 1928, mas vinda ao público apenas em 1960, a história rendeu críticas e alvoroços, mas, sobretudo, afastou a poeira sobre temas importantes não só então, mas também nos dias de hoje: luta de classes, desigualdades sociais e econômicas, os impactos da industrialização e a importância de uma plena – e livre – experiência da sexualidade.

A edição da Antofágica conta com tradução inédita de Isadora Próspero, além de ilustrações a óleo da artista Mariana Darvenne e apresentação de Clara Drummond. Assinam os textos de apoio Carolina Correia dos Santos, doutora em Letras pela USP, que tem como foco a teoria pós-colonial e filosofia feminista; a psicanalista e escritora Luciana Saddi e Nara Vidal, escritora e mestre em Artes e Herança Cultural pela London Met University.

Extra:
ao escanear o QR Code da cinta, o leitor tem acesso a duas videoaulas sobre o livro com Aline Aimée, mestre em Letras pela UERJ. Aos leitores: este livro contém cenas e ilustrações eróticas. Você pode comprar a edição especial de "O Amante de Lady Chaterley", de D. H. Lawrence, neste link.

.: Documentário "Salvatore: Shoemaker of Dreams", do diretor Luca Guadagnino


Inédito nos cinemas, "Salvatore: Shoemaker of Dreams" conta a história do icônico designer italiano, criador de uma das maiores marcas de luxo de todos os tempos. Até dia 19 de outubro, no anexo do Espaço Itaú de Cinema Augusta, com entrada gratuita.

O documentário inédito "Salvatore: Shoemaker of Dreams", do aclamado diretor Luca Guadagnino ("Me Chame pelo seu Nome", ganhador do Oscar de melhor roteiro, entre diversos prêmios) será exibido para o público no último dia da 6ª edição do Feed Dog Brasil - Festival Internacional de Documentários de Moda, nesta terça-feira, dia 19 de outubro, às 2'h, no Espaço Itaú de Cinema Augusta - Anexo.

O filme conta a história baseada na autobiografia do designer italiano de sapatos  Salvatore Ferragamo, desde sua saída da Itália em busca de uma vida melhor, até a criação de sua icônica marca de luxo. Com depoimentos de Martin Scorsese, Manolo Blahnik, Christian Louboutin, Grace Coddington, Todd Mccarthy, Wanda Ferragamo, entre outros.

O Feed Dog Brasil - Festival Internacional de Documentários de Moda acontece até a próxima terça-feira, dia 19 de outubro, de forma presencial, no Espaço Itaú de Cinema Augusta - Anexo, totalmente gratuito. 

Com 15 títulos de importantes nomes  do mundo fashion como Salvatore Ferragamo, Lorenzo Riva (Balenciaga), a estilista Mary Quant (com direção da estilista, atriz e designer Sadie Frost), William Klein (um dos maiores nomes da fotografia de moda e geral, falecido recentemente), o festival exibe também filmes de impacto, como " Fashion Uprising", sobre o incêndio numa fábrica de roupas em Bangladesh, "Subjects of Desire", sobre os estereótipos da mulher negra na moda, entre outros.

“No Feed Dog buscamos um olhar amplo, que vai além do estilo, do modelo e da vitrine. A indústria da moda é uma das mais complexas do mundo porque inclui criatividade, glamour e investimentos altíssimos, mas também pauta questões cruciais para a sociedade atual como a sustentabilidade, a diversidade dos corpos e a inclusão social, por exemplo" diz Flavia Guerra, curadora do festival.

Além dos filmes, o festival traz também uma série de atividades formativas em instituições de ensino parceiras - Senac Lapa Faustolo, IED São Paulo, Faap, Faculdade Belas Artes e no Centro Universitário Senac Santo Amaro - com a realização de sessões especiais, mesas de debate, sobre sustentabilidade, inclusão e diversidade, além de uma masterclass com a estilista Isaac Silva, e um encontro com o estilista e figurinista  João Pimenta. A 1ª Mostra Estudantil Fashion Film, com filmes realizados por estudantes, completa a programação.


Serviço:
Feed Dog Brasil 2022 - 6º Festival Internacional de Documentários de Moda
Até dia 19 de outubro
Presencial - Espaço Itaú de Cinemas Augusta - Anexo - R. Augusta, 1470 

.: Antônio Góis apresenta "O Ponto a que Chegamos" na 3ª edição da Fliti

Para o autor, o atual quadro insatisfatório da educação brasileira é resultado de um longo histórico de descaso e de decisões equivocadas, que cobram um preço alto ao país até hoje. Foto: Jeduca / Alice Vergueiro


Presença confirmada na 3ª edição da Feira Literária de Tiradentes - Fliti, que ocorre entre os dias 3 e 6 de novembro, em Tiradentes, Minas Gerais, o jornalista especializado em educação Antônio Gois apresenta a obra “O Ponto a que Chegamos: Duzentos Anos de Atraso Educacional e Seu Impacto nas Políticas do Presente” que investiga as raízes profundas do atraso brasileiro nesse setor e defende que “entender a trajetória da educação no Brasil até o ponto a que chegamos é parte fundamental do esforço para melhor diagnosticar os desafios atuais, evitando soluções simplistas para problemas estruturais complexos”. A editora é a FGV.

Para o autor, o atual quadro insatisfatório da educação brasileira é resultado de um longo histórico de descaso e de decisões equivocadas, que cobram um preço alto ao país até hoje. Ele busca explicar, em linguagem acessível a um público amplo, como, desde a Independência, a despeito de generosas promessas em discursos e leis, foi sendo construído o atraso em relação a países desenvolvidos, ou mesmo frente a algumas nações vizinhas. Também analisa alguns tópicos do atual debate público à luz desse passado, tais como o financiamento, a cultura da repetência, a baixa aprendizagem e as imensas desigualdades que continuam marcando a educação brasileira.

Se é ainda frustrante constatar hoje que um em cada quatro jovens de 15 a 17 anos não frequenta o ensino médio, é preciso lembrar que esse quadro era muito pior. Na década de 60, por exemplo, apenas 6 em cada 100 alunos que ingressavam no antigo primário conseguiam chegar até o fim do que hoje seria o ensino médio. O principal gargalo do sistema estava na primeira série, onde as taxas de reprovação superavam 50% ao longo de quase todo o século XX, fazendo com que apenas uma pequena elite de sobreviventes chegasse ao final de sua trajetória na educação básica. “Esta constatação não necessariamente contradiz a memória individual daqueles que porventura lembram do seu tempo de escola com satisfação. Algumas poucas ilhas de excelência existiam, e continuam existindo. O argumento central é que, como sistema, nunca tivemos educação de qualidade”, afirma o autor.

Sobre sua ida para a Fliti, Góis ressalta que está muito feliz não só por ir a Tiradentes, mas por um contexto de homenagem ao Ziraldo. “Ele é um grande autor que tratou muito da educação em seus personagens. Tenho muito carinho pelo Ziraldo e por seus personagens do mundo educacional”. Você pode comprar "O Ponto a que Chegamos: Duzentos Anos de Atraso Educacional e Seu Impacto nas Políticas do Presente", de Antônio Gois , neste link.


Sobre o autor
Antônio Gois é colunista de educação do Globo e é um dos fundadores da Jeduca (Associação de Jornalistas de Educação). Cobre o tema desde 1996. Autor dos livros "O Ponto a que Chegamos: Duzentos Anos de Atraso Educacional e Seu Impacto nas Políticas do Presente", "Quatro Décadas de Gestão Educacional no Brasil", com depoimentos de ex-ministros da educação desde o governo Figueiredo, e "Líderes na Escola: o que Fazem Bons Diretores e Diretoras, e Como os Melhores Sistemas Educacionais do Mundo os Selecionam, Formam e Apoiam".


Fliti
Em sua terceira edição, a Fliti será em homenagem ao conjunto da obra do escritor e ilustrador Ziraldo, em celebração aos seus 90 anos de idade. A expectativa é receber cerca de 20 mil visitantes ao longo dos quatro dias de evento.

Serviço
3ª edição da Feira Literária de Tiradentes - Fliti
De 3 a 6 de novembro de 2022
Locais: Largo das Forras, Gramado do Santíssimo Resort, Largo das Mercês e no Centro Cultural Yves Alves, localizado no Centro Histórico de Tiradentes, em Minas Gerais.
Outras informações: (21) 96404-9863 ou @flitifeiraliterariatiradentes

.: Entrevista: Mariana Ximenes fala sobre "Chocolate com Pimenta"

"Construir uma personagem é sempre um desafio. Construir uma personagem como Aninha, então, é ainda mais porque ela não é uma coisa só", afirma a atriz que interpretou Ana Francisca, a protagonista da novela de Walcyr Carrasco. Foto: TV Globo / João Miguel Júnior

"Chocolate com Pimenta", cuja edição especial vem fazendo muito sucesso nas tardes da TV Globo, tem um gostinho peculiar para Mariana Ximenes. Foi sua primeira protagonista e o terceiro trabalho com o autor Walcyr Carrasco, consolidando uma parceria de sucesso. Na trama, ambientada na fictícia Ventura, nos anos 1920, Mariana vive Ana Francisca, jovem humilde que chama a atenção do bom partido Danilo (Murilo Benício) e os dois se apaixonam.

Após artimanhas de Olga (Priscila Fantin) e outros personagens para impedir o romance dos dois, Ana volta para a cidade de Ventura sete anos depois de sua partida, disposta a se vingar. A atriz conta que essa transição de vida da personagem foi um grande estímulo no processo de interpretação. "A história que o Walcyr criou me permitiu explorar muitas nuances.

De cara, já conhecemos a índole e o coração da Aninha. Mas a vida a fez endurecer, e criar essa personagem vingativa, enlutada, foi um exercício muito interessante. Especialmente porque, no fundo, a essência bondosa e amorosa dela não tinha mudado. Para mim, como atriz, foi um exercício fascinante de modular as emoções, aprender até onde ir. Além disso, pude interpretar várias personagens, porque Aninha tem muitas facetas. Ela é uma personagem muito especial para mim", relembra.  

Mariana diz que o trabalho em "Chocolate com Pimenta' também traz saudades da "comilança" nos bastidores. "Eu adorava as cenas com comida porque a gente gravava e depois se esbaldava (risos). No sítio onde eu fazia muitas cenas tinha plantação de milho, mandioca, então quando acabava a gravação a gente sempre dava um jeito de aproveitar. Eu, como boa taurina que sou, adoro comer. Também era muito divertido as cenas de bolo na cara! Todo mundo virava meio criança sabe? Era uma farra!", diverte-se. Em entrevista, Mariana comenta mais sobre "Chocolate com Pimenta". 


O que sentiu quando soube que "Chocolate com Pimenta" foi a novela escolhida para substituir "O Cravo e a Rosa", que está fazendo grande sucesso no novo horário de novelas da TV Globo?
Mariana Ximenes -
Fiquei muito feliz! Sempre me impressiona como "Chocolate com Pimenta" é uma novela que segue cativando o público mesmo depois de quase 20 anos. Ela fala de amor, de fazer o bem, de amizade, de valores de caráter, laços familiares e também mostra que vingança, rancor e ressentimentos não nos levam para frente. Essa história fala exatamente disso: de como a gente precisa ter esperança e fé na vida, nas pessoas, como devemos deixar o amor entrar e transformar. A trajetória da Ana Francisca é a prova disso. Justamente por esse motivo acredito que ela siga inspirando tanta gente. 

 
Ana Francisca é um dos papeis mais marcantes de sua consagrada carreira. De que forma esse trabalho contribuiu na sua evolução como atriz?
Mariana Ximenes -
Sem dúvida, Ana Francisca é uma das grandes personagens da minha carreira. Ela contribuiu muito para o meu amadurecimento como atriz, como artista. Aninha foi minha primeira protagonista. Um convite delicioso e irrecusável que recebi do Walcyr Carrasco, com quem eu já tinha trabalhado em 'Fascinação' e 'A Padroeira'. A história que ele criou me permitiu explorar muitas nuances. De cara, já conhecemos a índole e o coração dela. Mas a vida a fez endurecer, e criar essa personagem vingativa, enlutada, foi um exercício muito interessante. Especialmente porque, no fundo, a essência bondosa e amorosa dela não tinha mudado. Para mim como atriz foi um exercício fascinante de modular as emoções, aprender até onde ir. Além disso, pude interpretar várias personagens, porque Aninha tem muitas facetas. Ela é uma personagem muito especial para mim. E também tinha um elenco extraordinário com quem eu tive a oportunidade de aprender ao contracenar. E também aprendi muito “na coxia”, na troca nos bastidores. Cruzei com intérpretes maravilhosos, além de serem pessoas incríveis. Ganhei amigos para a vida inteira.


Quais foram os maiores desafios para interpretar a Ana Francisca? E como foi construir a virada da personagem, em que ela sai da cidade de Ventura como patinho feio e volta como uma mulher bonita, rica e sofisticada?
Mariana Ximenes - 
Construir uma personagem é sempre um desafio. Construir uma personagem como Aninha, então, é ainda mais porque ela não é uma coisa só. Ela começa a história muito inocente, pouco consciente das malícias das pessoas e acaba se deixando enganar por isso. Mas, mesmo nesse momento, ela ainda encontra pessoas em quem pode confiar, além de sua família, que sempre a apoiou. Apesar disso, ela sente uma vontade de se vingar de todos aqueles que a trataram mal e retorna para Ventura pensando nisso. Só que, no fundo, ela segue sendo aquela pessoa gentil e amável. Eu precisava construir uma personagem que mostrasse tudo isso ao mesmo tempo. Ela é uma mocinha clássica, e Walcyr trouxe muito dos clássicos para a história dela. Provas disso são as cenas em que ela leva o banho de tinta verde, uma alusão a "Carie, A Estranha", e aquela no penhasco em que ela promete voltar e se vingar, que tem uma referência em "E O Vento Levou". Também tem uma influência forte de “A Visita da Velha Senhora”. Então, também trouxe todas essas referências para construção dessa mulher forte, doce e ressentida ao mesmo tempo.


Como foi o trabalho de composição para viver a personagem?
Mariana Ximenes - 
Além de todas as inspirações que já citei, também teve o trabalho de pesquisa do gestual e do contexto da época, a década de 20. Seria importante citar a preparação corporal para as “diferentes Aninhas”. A desengonçada que vira uma moça elegante. Lembro que assisti ao filme "Pigmaleão". Contei muito com a ajuda do texto, do meu querido diretor Jorge Fernando, da equipe da novela (figurinista, caracterizador) e do próprio elenco mais experiente que ia me dando conselhos valiosos porque eu era muito jovem, mas tinha ouvidos atentos. 


Relembre um pouco a trajetória da Ana Francisca e suas relações na trama.
Mariana Ximenes - 
Se tem uma palavra que pode descrever a trajetória de Ana Francisca é resiliência. Acho que justamente por isso que 'Chocolate com Pimenta' segue fazendo tanto sucesso. Aninha é uma mulher que não se deixa esmorecer e está sempre se reinventando, sempre correndo atrás. Essa mensagem é muito positiva. Até hoje recebo mensagens de muitas pessoas que se inspiraram a começar algo novo por causa da história dela e isso me comove muito. Às vezes, a gente não faz ideia de como as histórias que contamos impactam a vida das pessoas. Essa disposição dela com certeza vem do apoio da família. Aninha tem uma avó e primos muito amorosos, que sempre torceram por ela, que sempre estiveram ao lado dela. Isso faz toda diferença: alicerces sólidos de afeto verdadeiro. É justamente por causa desse amor que eles compartilham, além da linda relação com o Meninão (Ary Fontoura), que ela não endurece completamente seu coração, depois de todas as armações de Olga (Priscila Fantin), Bárbara (Lilia Cabral), Jezebel (Elizabeth Savalla)... E no fim das contas, é justamente esse o sentimento que importa, né?


Quais foram as melhores parcerias com atores do elenco que você teve durante a novela?Mariana Ximenes - Esse trabalho me proporcionou encontros maravilhosos, inesquecíveis. O elenco era especial. Dividir a cena com Ary Fontoura, Laura Cardoso, Murilo Benício, Drica Moraes, Marcello Novaes, Osmar Prado, Elizabeth Savalla, Lilia Cabral… Realmente foi uma honra e imenso aprendizado! O clima nas gravações era muito gostoso também. Com certeza, isso ajudou muito para o sucesso da história,

 
Alguma curiosidade em especial ficou marcada nas suas lembranças dos bastidores?
Mariana Ximenes - 
Eu adorava as cenas com comida porque a gente gravava e depois se esbaldava (risos). No sítio onde eu fazia muitas cenas tinha plantação de milho, mandioca, acabava a gravação a gente sempre dava um jeito de aproveitar. Eu, como boa taurina que sou, adoro comer. Também era muito divertido as cenas de bolo na cara! Todo mundo virava meio criança sabe? Era uma farra! 


Qual a cena ou sequência mais te marcou em "Chocolate com Pimenta"?
Mariana Ximenes - 
Tem muitas sequências marcantes. Mas uma sequência bem emblemática é a do banho de tinta verde. Aquele foi um ponto de virada para a personagem. Ali ela entendeu que nem todo mundo é gentil e afável, que há pessoas que só querem rir dos outros. Isso mudou completamente a visão de mundo dela e impactou diretamente nas atitudes de Ana Francisca dali em diante. Também gosto quando ela está no topo de um penhasco e faz a promessa de que ninguém mais fará nada contra ela. Tem o baile da chegada dela à cidade, que ela dança um tango, a Olga arrebenta o colar dela…Gosto também!


Você está no ar em "A Favorita", no "Vale a Pena Ver de Novo", outro grande trabalho seu. Gosta de revisitar personagens antigas? Costuma ser muito autocrítica?
Mariana Ximenes - 
Eu estou gostando cada vez mais de revisitar as personagens antigas. Além de "A Favorita", estou no ar também na segunda temporada de "Ilha de Ferro", que está sendo exibida na TV Globo. Eu costumava ser bem autocrítica, mas hoje tento aproveitar mais ao rever os trabalhos. Isso traz uma nostalgia muito boa! 

.: “Poliana Moça”, do SBT: Resumos dos capítulos 151 ao 156

“Poliana Moça”

Resumos dos capítulos 151 ao 155 (17.10 a 21.10)

Poliana (Foto: Lourival Ribeiro/SBT)


Capítulo 151, segunda-feira, 17 de outubro

Yuna dá ideia para Pedro e Chloe (Foto: João Raposo/SBT)


Davi informa que não tem mais solução para o quadro clínico de Marcelo. No quarto do hospital, Luísa chora no colo de Marcelo sabendo que a qualquer momento ele pode morrer. Marcelo sugere para Luísa fugir com ele do hospital. Yuna dá ideia para Pedro e Chloe construírem um suporte com cortina de plástico para abraçar Dona Glória, que sofre pela má saúde do filho. Luísa diz a Otto e Durval que não quer que o marido passe o último dia de vida em um hospital e pede ajuda deles para fugir com o seu amor. Marcelo certifica com Otto que ele vai cuidar de Luísa e solicita ao irmão enviar seu vídeo com mensagens póstumas à Luísa. A trupe de Poliana se une e faz apresentação na comunidade Jardim Bem-Te-Vi. A pedido de Davi, Luísa faz exame e percebe que adquiriu anticorpos contra o Hepta vírus e que está segura para ficar ao lado do marido. Davi e Otto aceleram processo para liberação de Marcelo. Luísa encontra com Marcelo para dar notícia de retirada do hospital, mas sua saúde se desestabiliza e ele começa a passar mal.


Capítulo 152, terça-feira, 18 de outubro

Marcelo e Luísa (Foto: Lourival Ribeiro/SBT)


A trupe grava na frente da antiga casa de Marcelo, João se recorda de situações em que viveu com o professor no local. Henrique se cura do Hepta vírus. De cadeira de rodas e bem fragilizado, Marcelo é levado por Luísa à praia onde eles passaram bons momentos. Marcelo tira a última foto de Luísa, se despede da esposa e a faz prometer amar novamente. Em uma triste cena, Marcelo morre. Tempos se passam dentro do enredo, 90% da população é vacinada e casos de infectados diminuem. Moradores da comunidade vibram com o cenário atual. Escolas e comércios voltam à normalidade. Luísa vê o recado póstumo de Marcelo e se emociona. Otto fica trancado por dias dentro do laboratório.


Capítulo 153, quarta-feira, 19 de outubro

Renato (Foto: Lourival Ribeiro/SBT)


Tânia vai até a porta do laboratório tentar conversar com Otto; ele se incomoda com a presença da namorada e pede para ela ir embora. Renato aborda Ruth e pergunta quando eles vão assumir o namoro; Helô chega no instante em que eles estão trocando olhares. Durval reabre a padaria de forma presencial. Alunos da Ruth Goulart voltam ao colégio e Éric e João já começam a se provocar. Éric expõe que João furou a quarentena para ver Poliana. Davi lamenta pela vacina que não chegou a tempo de salvar Marcelo. Com saudades, Song beija Luigi na escola. Cuidadoso e com medo, Formiga ainda fica em pânico com o vírus. Na sala de audiovisual, João olha os objetos minunciosamente, como a caneta de Marcelo e começa a chorar lembrando do professor e amigo. Poliana se aproxima de João para apoiá-lo.


Capítulo 154, quinta-feira, 20 de outubro

Coletiva de Imprensa da “Luc4Tech” (Foto: João Raposo/SBT)

Éric encontra João e Poliana abraçados na sala de audiovisual. Renato recolhe as coisas pessoais de Marcelo na sala dos professores. Glória vai até o laboratório de Otto e o obriga a destrancar a porta. A matriarca diz ao filho que Marcelo ia odiar vê-lo naquela situação, solicita a Otto se recompor, porque a Poliana precisa do pai. “Luc4Tech” produz coletiva de imprensa com intuito de divulgar as novidades do semestre e, principalmente, o Pinóquio, o primeiro androide influenciador digital. Otto se recompõe, sai do laboratório e conversa com Poliana; ele pede desculpas pela ausência e assegura que eles vão enfrentar o luto juntos. Luca anuncia Pinóquio como “Luc1”.


Capítulo 155, sexta-feira, 21 de outubro

Otto na coletiva (Foto: Lourival Ribeiro/SBT)

Luísa vai ao cemitério visitar a lápide de Marcelo ao lado das amigas Claudia e Joana. Otto invade a coletiva de imprensa da “Luc4Tech”. Durval comenta com Formiga sobre o prejuízo da epidemia e alega que será obrigado a demitir dois funcionários para cortar gastos. Pinóquio entra em pane quando vê a presença de Otto. O dono da Onze, Otto, diz a Luca que ele está sendo usado de laranja e fazendo parte de um esquema criminoso. Poliana vai ao encontro da tia Luísa para ajudá-la a enfrentar o luto.


Sábado, 22 de outubro

Coletiva de Imprensa da “Luc4Tech” (Foto: João Raposo/SBT)

Resumo dos capítulos da semana


A novela “Poliana Moça” vai ao ar de segunda a sábado, às 20h30, no SBT

sábado, 15 de outubro de 2022

.: "Quando Eu For Mãe Quero Amar Desse Jeito": ninguém é anjo no teatro


Por 
Helder Moraes Miranda, editor do Resenhando. 

O amor é sublime, estranho e, em alguns casos, tétrico. Em "Quando Eu For Mãe Quero Amar Desse Jeito", dirigido com acidez, eficiência e sensibilidade por Tadeu Aguiar e em cartaz até dia 29 de outubro no Teatro Raul Cortez, coloca na essência do amor um tempero picante. O conflito começa quando uma septuagenária recebe a notícia de que o filho único vai se casar com uma mulher desconhecida.  

A partir daí, o espetáculo, que traz Vera Fischer, Larissa Maciel e Mouhamed Harfouch no centro de um ringue em que a disputa é a atenção de um homem - porque o amor elas já têm - tira o açúcar do sentimento amoroso para colocá-lo sobre uma ótica apimentada e sem o conservadorismo a que todos estão acostumados a presenciar.

No texto de Eduardo Bakr que é a nata da mais pura ironia fina, Vera Fischer ressurge no teatro para um papel que dá sentido a toda a trajetória de sucesso que construiu antes e que, muitas vezes, foi menosprezada. Ela está brilhante na pele da dona de casa Dulce Carmona, uma mulher que se torna fera para defender os interesses - financeiros - da família.Não há nela um pingo de pieguice ou falso moralismo: ela é o que é, sem formalidades.

Dizer que a veterana está linda no papel é redundância, no entanto é impossível não perceber as trocas de figurino, as subidas e decidas da escadaria cenográfica e as paradas cinematográficas que ela dá ao longo do espetáculo - além das corridinhas em saltos altíssimos e roupas esvoaçantes que desenham a aura da personagem e alimentam o mito de diva que acompanham a história de Vera Fischer ao longo dos anos. Mas ela não é só isso: Vera Fischer é carisma puro e, a exemplo desta peça, merece papéis tão marcantes quanto o de Dulce Carmona nos próximos trabalhos, já que o talento dela é patrimônio nacional.

Do outro lado do embate, está Larissa Maciel interpretando uma rival à altura. Com nome de flor, Gardênia é cínica, dissimulada, manipuladora e extremamente dócil. Não é uma rivalidade feminina gratuita, ambas se odeiam e se aturam, mas, ao mesmo tempo, querem se destruir. Difícil imaginar outra atriz, que não seja do calibre de Larissa Maciel, para dar coerência a uma personagem tão cheia de camadas. Ela brilha neste papel, sobretudo quando mostra a verdadeira faceta da personagem disposta ao tudo ou nada para alcançar os objetivos. Ninguém é anjo em um espetáculo que fala de amor e isso, por si só, é anárquico e libertador.

Entre as duas personagens está Lauro, interpretado por Mouhamed Harfouch muito bem em um papel que é - propositalmente - ofuscado no duelo de egos e finalidades de mulheres tão profundas e caóticas. Ele se destaca fazendo o contraponto e servindo de escada para duas mulheres alcancem o máximo de suas interpretações. É, também, um exercício de generosidade de um artista talentoso que não precisa provar nada a ninguém.  

É certo dizer que ninguém vale nada entre os "amorosos" personagens da peça teatral. Todos defendem algum interesse e têm suas razões que, dentro de um contexto plausível, são fáceis de ser justificadas. "Quando Eu For Mãe Quero Amar Desse Jeito" prova que as mulheres movem o mundo para o bem e para o mal. Nunca o amor foi retratado deste jeito no teatro, o que é sublime, estranho e... tétrico, mas, ao mesmo tempo, memorável. 


Ficha técnica
"Quando Eu For Mãe Quero Amar Desse Jeito"
Texto: Eduardo Bakr
Direção: Tadeu Aguiar
Elenco: Vera Fischer, Larissa Maciel e Mouhamed Harfouch
Cenário: Natália Lana
Figurino: Ney Madeira e Dani Vidal
Desenho de luz: Daniela Sanchez
Trilha sonora original: Liliane Secco
Assistência de direção: Flavia Rinaldi
Produção Executiva: Edgard Jordão
Coordenação de produção: Norma Thiré
Assessoria de imprensa: Morente Forte


Serviço
"Quando Eu For Mãe Quero Amar Desse Jeito"
Teatro Raul Cortez
Rua Dr. Plínio Barreto, 285 Bela Vista, SP
Funcionamento da bilheteria: terça a quinta-feira, das 14h às 19h. Sexta-feira a domingo, das 14h até o início da sessão. Sextas e sábados, às 21h. Domingos às 18h.
Ingressos a R$ 120.
Classificação indicativa: 12 anos.
Duração: 80 minutos
Ingressos à venda na bilheteria do Teatro e no site da Sympla




.: 1x7: "She-Hulk" vai para "O Retiro" e trabalha aceitação

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em outubro de 2022


Aceitação é o rumo pelo qual caminha o sétimo episódio, da série "She-Hulk" batizado com o título de "O Retiro". Desta vez, a pequena advogada Jennifer Walters (Tatiana Maslany) está apaixonadíssima pelo rapaz que se aproximou dela quando foi madrinha de casamento de uma amiga do passado. Depois de certos flertes e chegar até o grande momento, Josh simplesmente some e nem mesmo responde as mensagens de texto. Passa sexta-feira e sábado. No domingo logo cedo ela precisa resolver um probleminha com o primeiro cliente na GLKH (Goodman, Lieber, Kurtzberg e Holliway), Emil Blonsky, o Abominável (Tim Roth). 

Sem sinal de internet, para trabalhar e conferir se o paquera enviou alguma resposta, Jen ainda tem o azar de o Homem-Touro e o Matador entrarem em cena e, simplesmente, estraçalharem o carro dela, num confronto corriqueiro. Resumo: a advogada fica presa no local que, por sorte, é extremamente lindo. A fotografia desse episódio é de deixar qualquer um boquiaberto. Impossível não refletir ali com a mentoria de Emil Blonsky.

E é o que acontece com Jen que anda por todo o lugar e consegue uma barrinha de sinal justamente no encontro de heróis. Inicialmente, ela reluta, mas acaba participando daquele grupo de apoio e boas confissões são trazidas para a trama. Por fim, todos ali estabelecem um nível de amizade e companheirismo, mas o guincho chega para levar o carro danificado e, claro, Jen. 

Ao expor tudo isso e tornar a história ainda mais envolvente, "She-Hulk" segue usando a metalinguagem, ou seja, a protagonista sempre conversa com quem está do outro lado, olhando diretamente para a câmera. E no minuto 1:38, quando Jen passa a mão no espelho embaçado lembra tanto o filme "Hulk", de 2003, quando o ator Eric Bana faz o mesmo após o banho. Homenagem?! Todavia, nesse novo episódio, não reencontramos a rival de Jen, a vilã Titânia (Jameela Jamil, de "The Good Place"), mas a trama segue de modo interessantíssimo em "O Retiro". E o desfecho é de fazer cair o queixo. Promessas para o que vem aí, sim!


Seriado: She Hulk: Attorney at Law, Mulher Hulk: Defensora dos Heróis

Episódio: 7 "O Retiro"

Elenco: Tatiana Maslany, Jameela Jamil, Ginger Gonzaga, Mark Ruffalo, Josh Segarra, Jon Bass, Renée Elise Goldsberry, Tim Roth, Benedict Wong, Charlie Cox

Exibido em 29 de setembro de 2022


*Editora do portal cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm


Leia + sobre os episódios de "She-Hulk", "Mulher-Hulk"

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