sábado, 15 de outubro de 2022

.: Crítica: "Halloween Ends" dá fim a Michael Myers, mas sem chave de ouro


Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em outubro de 2022 


"Halloween" pode facilmente ser classificada como a mais longa série cinematográfica de terror de todos os tempos. Em 2022, a franquia slasher totaliza 13 produções, incluindo "Halloween Ends" que chega às telonas do Cineflix Cinemas. No novo filme, como promete no título, é dado o ponto final na história do assassino serial Michael Myers e da "final girl", a mocinha sobrevivente, que já é uma senhora, Laurie Strode (Jamie Lee Curtis). 

Contudo, antes dos clássicos créditos iniciais com a trilha sonora conhecida e a principal história a ser desenvolvida nos dias atuais, um acontecimento paralelo do passado coloca o menino Corey (Rohan Campbell) na mira da população de Haddonfield. Para tanto, o fato de ser visto de modo diferente por todos na cidadezinha ainda hoje, une o agora rapaz Corey a jovem Alyson (Andi Matichak), a neta de Laurie, que trabalha como enfermeira. 

E como o imprevisível pode acontecer, os dois vivem uma história de amor um tanto que estranha -além de sem química entre eles, pois não convence. Com isso, também há um empenho de humanizar ainda mais Corey por meio da história familiar do rapaz -que é um verdadeiro inferno. Em meio a mortes variadas, o rapaz tem sua devoção amorosa por Alyson.

No entanto, no caminho de Corey surgem menores de idade, valentões, que o reconhecem no momento em que pedem o favor de comprar bebidas para eles. Corey nega e a situação é levada ao grau máximo, o que logo planta na mente do público de que o grupinho será morto em breve. Só resta descobrir como o grande vilão irá dar fim a cada um deles. O que posso destacar é que há requintes diversos de crueldade em cada assassinato. Como passar impune quando a língua do radialista é cortada?!

E como todo longa slasher, o sange jorra na telona. Todavia, considerando o histórico do vilão, até que é algo moderado de se ver, ainda mais que o filme tem indicação etária para maiores de 18 anos. Há tempo para um recapitula no longa e de se ver a clássica cena de Michael Myers saindo atrás de um arbusto. Até o oficial Frank (Will Patton), personagem presente nos últimos longas da franquia, marca presença e apoia Laurie.

Em "Halloween Ends" acontece até mesmo uma pseudo-reencarnação de Michael Myers, mas, no fim, tudo não passa de inspiração de um maníaco por um famoso assassino serial. A produção dirigida por David Gordon Green coloca na telona cenas de requintada crueldade para as vinganças, incluindo a agulhada que Michael Myers devolve para Laurie. No entanto, não há a emoção da tensão. Certas mortes acontecem de modo extremamente rápido a ponto de não envolver quem está do outro lado.

Ainda que o grande confronto aconteça na cozinha, com diversos facões pertinho das mãos dos rivais, é difícil lutar contra a falta de veracidade naquele embate. Laurie já não é mais uma mocinha. Ok. A neta entra na jogada, mas é um tanto que complicado acreditar no enfrentamento. De toda forma, "Halloween Ends" coloca um ponto final na história do assassino serial que foi cheia de altos e baixos, além de fazer história dentro do gênero. Por ser o desfecho de uma franquia importante, vale a pena conferir nos cinemas, sim! A emoção é maior e o Halloween está chegando!!

Em parceria com a rede Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - uma oportunidade para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link.


Sorria (Halloween Ends, 2022)
Gênero: Terror. 
Duração: 1h51
Diretor: 
David Gordon Green
Classificação: 18 anos
Elenco: Jamie Lee Curtis, Will Patton, Kyle Richards, Rohan Campbell


Mary Ellen Farias dos Santos, editora do portal cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm

Trailer





.: Musical no Teatro Porto homenageia 50 anos de carreira de Sidney Magal

Os atores Juan Alba e Luís Vasconcelos interpretam Sidney Magal em diferentes momentos da carreira. Foto: Priscila Prade


O espetáculo musical "Sidney Magal: Muito Mais que Um Amante Latino" estreia no Teatro Porto, em São Paulo, no dia 21 de outubro, sexta-feira, às 20h. Baseado na biografia oficial do cantor escrita por Bruna Ramos da Fonte, lançada na comemoração dos 50 anos de carreira do artista, a direção artística é de Débora Dubois. Os ingressos estão disponíveis na plataforma Sympla, e as sessões acontecem às sextas e sábados, às 20h e aos domingos, às 17h, até 11 de dezembro.

O ator Juan Alba, com passagens por novelas nas principais emissoras do país, e o jovem ator Luís Vasconcelos dividem o palco e interpretam o papel de Sidney Magal em diferentes fases da vida, unindo passado, presente, futuro e revelando os bastidores do ser humano por detrás do Amante Latino. “Abrimos as cortinas para fazer um espetáculo que pretende mostrar, com humor, a vida de um homem de grande coração, simples e doce e que arrastou uma legião de fãs por onde passou. Nessa saga, recheada de músicas e grandes atuações, a plateia vai se emocionar e se encantar”, garante a diretora, Débora Dubois.

De acordo com o maestro Caique Vandera, que há 26 anos acompanha o ídolo, o  público pode esperar não só uma retrospectiva da carreira do Magal, desde os primeiros programas de televisão, primeira gravadora, sua passagem pela  Itália, mas também descobrir de  onde vieram suas  influências  e as pessoas que foram importantes  em sua vida, entre elas,  Dona Sônia,  sua mãe, uma brilhante cantora de rádio que precisou abandonar a carreira para atender os padrões esperados para uma mulher da  época.


Grandes sucessos
Entre os eternos sucessos que prometem fazer a plateia cantar com os atores, estão   releituras de obras como: "O Meu Sangue Ferve por Você", "Amante Latino", "Tenho", "Sandra Rosa Madalena", "Me Chama que Eu Vou". Além de músicas de Maysa, Caetano Veloso, Elis Regina, Gilberto Gil, Wanderley Cardoso, entre outras, que ilustrarão momentos vividos por Magal. O público também poderá conferir duas músicas inéditas escritas pela biógrafa Bruna Ramos da Fonte e musicadas pelo maestro. “Acredito que conseguimos injetar uma dose boa de Magal nos duetos que vão sensibilizar o público”, complementa Caique Vandera, responsável pela direção musical. 


Elenco de peso
O elenco também é formado  pela atriz uruguaia Yael Pecarovich, que interpreta dona Sônia,  mãe de Sidney Magal; Joaz Campos que dá vida a seu Darcy, pai de Sidney Magal; Flávia Strongolli, que interpreta a esposa Magali; Breno Manfredini que fará o produtor argentino Roberto Livi; Jéssica Stephens que entra em cena no papel da  cantora Elizeth Cardoso e Fernando Vieira que vive quatro personagens, entre eles o poeta Vinícius de Moraes, Roberto Menescal e os apresentadores Chacrinha e  Fausto Silva.

“São artistas muito talentosos que estão profundamente envolvidos com os seus papéis, com os personagens aos quais dão vida e isso resulta em uma entrega fora do comum que poderá ser vista e sentida no espetáculo”, afirma Bruna Ramos da Fonte, que ainda é responsável pela adaptação dramatúrgica do musical.


Figurino
O público também deve se encantar com o figurino do espetáculo. Os looks alegres, coloridos, e com muito brilho de Sidney Magal ditaram moda, inclusive entre as crianças. O figurino do espetáculo passou por um longo processo de pesquisa e leva a assinatura de Fábio Namatame, um dos mais premiados figurinistas do teatro brasileiro.

“Fiz um book com fotos de todas as fases do artista. Na construção do figurino, fiquei livre para criar, claro que inspirado no estilo, no corte, tecidos, estrutura dos figurinos do ídolo. Sidney Magal já possui um figurino tão interessante que facilitou o trabalho, só precisei deixar mais exuberante, dando um toque a mais de texturas e brilhos”, contou Namatame. 

O musical "Sidney Magal: Muito Mais que Um Amante Latino" foi Idealizado por Paulo Del Castro, que também coordena o projeto; a direção de produção é de Edinho Rodrigues. A realização do espetáculo é uma coprodução entre Brancalyone Produções e Tiarajú Produções Artísticas e Culturais. “Sidney Magal faz parte do nosso imaginário e assim será para sempre. Desde a sua primeira aparição Magal conquistou a todos com o seu carisma e talento inigualáveis. Ter a oportunidade de homenagear não apenas o ídolo, mas o ser humano, o cidadão, o pai de família, uma das pessoas mais amada do país é uma grande honra, um grande presente e uma grande responsabilidade”, finaliza Paulo Del Castro.


Ficha técnica:
Baseado na obra biográfica Sidney Magal: 
"Sidney Magal: Muito Mais que Um Amante Latino" da autora Bruna Ramos da Fonte (Editora Irmãos Vitale). Adaptação dramatúrgica/teatral, roteiro e pesquisa: Bruna Ramos da Fonte. Direção artística e concepção: Débora Dubois. Arranjos e direção musical: Caique Vandera. Elenco: Juan Alba, Luis Vasconcelos, Yael Pecarovich, Breno Manfredini, Fernando Vieira, Flavia Strongolli, Jessica Stephens, Joaz Campos, Fernanda Salla, Paulo Victor, Thaiane Chuvas e Thiago Alves. Codireção musical e músico: André Bedurê. Músicos/Intérpretes: Eliel Sousa, Gustavo Souza, Rovilson Pascoal e Gabriel Fabbri. Assistência de direção e preparação vocal: Lui Vizotto. Coreografias: Patrícia Kfouri. Diretora ouvinte: Luciana Kfouri. Figurinos: Fábio Namatame. Iluminação: Wagner Freire. Designer de som: André Omote. Fotos: João Caldas e Priscila Prade. Design gráfico: Rodrigo Tavata. Social media: Beatriz Carlos. Assessoria de imprensa: Mídia Brazil Comunicação Integrada. Produção executiva: Fabrício Síndice e Vanessa Campanari. Videomaker: Halei Rembrandt. Direção de produção: Edinho Rodrigues. Idealização e coordenação geral do projeto: Paulo Del Castro. Realização: Brancalyone Produções & Tiarajú Produções Artísticas e Culturais.


Serviço:
"Sidney Magal: Muito Mais que Um Amante Latino - O Musical"
De 21 de outubro a 11 de dezembro
Sextas e sábados, às 20h e domingos, às 17h.
Ingresso: sexta-feira: R$ 80 / R$ 40 (plateia) e R$ 70 / R$ 35 (frisa e balcão);
Sábados e Domingos: R$ 90 / R$ 45 (plateia) e R$ 80 / R$ 40 (frisa e balcão).
Duração: 120 minutos.
Classificação: 12 anos.
Vendas: https://bileto.sympla.com.br/event/76399/d/157409


Teatro Porto
Al. Barão de Piracicaba, 740 - Campos Elíseos - São Paulo.
Telefone: (11) 3366.8700
Capacidade: 508 lugares.


Bilheteria:

Aberta somente nos dias de espetáculo, duas horas antes da atração.
Clientes Porto Seguro Bank mais acompanhante têm 50% de desconto.
Clientes Porto mais acompanhante têm 30% de desconto.
Vendas: www.sympla.com.br/teatroporto
Formas de pagamento:
Cartão de crédito e débito (Visa, Mastercard, Elo e Diners).
Acessibilidade: dez lugares para cadeirantes e cinco cadeiras para obesos.
Estacionamento no local: gratuito para clientes do Teatro Porto.

.: Chico Sant’Anna estreia monólogo semibiográfico aos 70 anos

Espetáculo escancara com delicadeza os traumas que homens e mulheres pretos carregam no Brasil. Foto: Alexandre Magno


O ator Chico Sant’Anna viveu na pele e calado o que muitos pretos passaram e continuam passando no Brasil: a discriminação racial falada, mas também aquela que não usa as palavras para machucar. Para celebrar seus 40 anos de carreira e os dez anos da Cia. Plágio de Teatro, da qual faz parte, o premiado ator brasiliense resolveu dar voz a essa angústia. No espetáculo "Saiba o Seu Lugar!", ele explora com delicadeza as marcas que o racismo, a violência psicológica e sexual e a exclusão social deixam na vida de milhares de pessoas.

Com dramaturgia do argentino Santiago Serrano e direção de Sérgio Sartório, a peça estreou em Brasília, em 2019. Agora, desembarca em São Paulo, no Teatro Pequeno Ato, onde ficará em cartaz até 30 de outubro, com sessões de quinta a domingo. O espetáculo sobre um cidadão aparentemente comum que despe suas memórias e traumas na frente do público marca a estreia do ator no formato de monólogo.

"Saiba o Seu Lugar!" acompanha o personagem Dinho dos Santos, um senhor com quase 70 anos que, de dentro de um quartinho nos fundos de sua casa, decide contar sua história. Negro, cercado por brancos, nascido em uma cidade pequena do interior de Minas Gerais, em uma família pobre, ele se vê constantemente tolhido pela frase que começou ouvindo de sua mãe, mas encontrou por diversas vezes na sociedade: “você precisa saber o seu lugar”. Dinho começa contando a história de sua infância sofrida, sem recursos e que encontra, desde muito cedo, a violência.

Em camadas, cena após cena, ele revela novas experiências que contribuíram para formá-lo enquanto homem e cidadão. Com um texto potente e extremamente sensível, o personagem consegue dar voz à realidade brasileira. “Eu sou um homem negro que já viveu todo tipo de preconceito, violência social, racial e doméstica. E eu queria falar sobre isso. Algumas experiências desse texto realmente são minhas, mas também há muitas outras pessoas. Antes de conceber o espetáculo, eu me lembrei de uma entrevista do Djavan que tinha lido. Ele dizia que a característica que menos gostava em si mesmo era a timidez, um sentimento das pessoas da raça negra criadas em ambientes menos privilegiados. E que sempre ouvia ‘você deve procurar seu lugar, você não pode estar aqui porque você é preto’. E eu pensei que se até ele, sendo o gênio que é, passou por esse tipo de problema que eu sempre tive, então era algo do qual eu deveria falar”, conta o ator.

A vontade de fazer um solo era antiga para o ator, mas ele precisava enfrentar o desafio de subir ao palco sozinho. No entanto, a recepção do público mostrou porque a peça era e continua sendo necessária. “Quando estreamos em Brasília, foi bem emocionante. Depois de um espetáculo, uma mãe começou a chorar e me agradeceu pelo alerta. Um jovem me abraçou, chorou e agradeceu a coragem de ter me exposto daquela forma. Então essas respostas nos encorajam”, relembra.


Estreia com novidade
A história completamente contemporânea surgiu a partir de um texto clássico: "O Canto do Cisne", de Tchekhov. Ele acompanha um ator cômico que está em decadência no fim de sua carreira. Chico se encantou pela estrutura montada na peça, em que este personagem narra e interpreta pequenos contos de sua trajetória.

Inspirado nessa narrativa, o ator, o diretor Sérgio Sartório e o dramaturgo argentino Santiago Serrano começaram a trabalhar na versão que fariam. Após muitas conversas entre a equipe, e diante do desejo de Chico de colocar questões raciais nos palcos, eles chegaram à ideia deste personagem que une a estrutura de Tchekhov à vivência brasileira e conta, já na velhice, episódios de seu passado.

O texto é do dramaturgo argentino Santiago Serrano, que já escreveu outras três peças para a Cia. Plágio de Teatro: "Noctiluzes" encenada de 2014, "A Autópsia de Um Beija-Flor", em 2016 e "Atrás das Paredes", em 2019. “Chico está mais vital e criativo do que nunca. A partir dessa premissa, começou a escrever memórias de sua infância em uma cidade do interior de São Paulo. A partir desses textos, meu trabalho como dramaturgo me levou a dar-lhes estrutura teatral. O personagem em cena não é Chico Sant'Anna, mas tem muito dele. Não é um monólogo que quer refletir o passado, mas seus problemas tentam denunciar muitas questões atuais: discriminação, abuso, identidade de gênero”, conta o escritor.

A equipe é premiada. O espetáculo "Noctiluzes" também teve temporada em São Paulo, em 2015, e ganhou uma versão em filme, que estreou no Festival de Brasília. Pela obra, Chico venceu a categoria de Melhor Ator e Sartório foi premiado como Melhor Direção da Mostra Brasília no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, em 2021. Chico também venceu dois prêmios importantes de teatro: como Melhor Ator pela peça Cru em 2011, no Festival de Teatro do Rio de Janeiro, e também o Prêmio Sesc do Teatro Candango pelo conjunto da carreira, em 2016, entre outros prêmios.

Sartório e Chico passaram oito meses trabalhando no roteiro da peça a fim de encontrar formas de dramatizar as cenas contadas pelo personagem. “A marca da companhia é trabalhar com atuações marcantes, então começamos a separar os momentos que achávamos que deveriam ser narrados e os que tinham que ser recriados em cena. E nosso desafio era fazer isso de maneira a tocar o público. Construímos o espetáculo com um começo narrado e um final bastante encenado. E isso traz cenas muito fortes, inclusive uma em que o Chico precisa dar vida a dois personagens. E ele faz isso com maestria”, explica o diretor.

O ator e o diretor reformularam o texto durante a pandemia e adicionaram mais contos de caráter autobiográfico. Chico diz que reler este texto durante estes últimos dois anos, quando a situação do brasileiro piorou consideravelmente, o encheu de fôlego para reviver o personagem. E ele espera que a peça encoraje as pessoas que sofrem violência a denunciar seus algozes.

“Estamos vendo a quantidade de pessoas negras que são assassinadas diariamente no Brasil. É o grupo de pessoas que mais sofre, além de enfrentar dificuldades no acesso a serviços e viver uma exclusão sistemática todos os dias. Então essa minha nova leitura me dá muito mais força para falar sobre um tema que era temeroso no início. E tem uma coisa muito atual que é a possibilidade da internet de dar voz às pessoas que sofrem abuso ou preconceito para que elas saibam que precisam contar suas histórias para o mundo”, diz Chico.

A música é um componente especial do espetáculo. Ela faz parte da história do personagem porque seu quarto de discos é também seu lugar seguro, onde ele pode ser quem é e se deixar absorver pelas letras e melodias. Também neste ponto o ator e o personagem se encontram, pois Chico tem uma grande coleção de vinis. Com canções que passam por um clássico de guerra de Tchaikovski (Abertura 1812) ao rock revolucionário dos Beatles, a trilha sonora foi toda escolhida pelo ator.

"A música de abertura sempre me marcou muito porque fala da vitória do oprimido. Foi composta para comemorar a derrota do exército francês, de Napoleão, após sua tentativa de invadir a Rússia. Ela é uma apoteose e eu achei que essa celebração da vitória do mais fraco tinha tudo a ver com a nossa história. E também escolhi os Beatles porque sou beatlemaníaco desde criancinha. Escolhi uma música fantástica que se chama Nowhere Man, que fala de um homem de lugar nenhum, que não existe lugar determinado para as pessoas. E Free as a Bird para coroar o momento que o personagem se liberta desse pesadelo que o acompanhou a vida inteira”, explica.


Ficha técnica:
Texto: 
Santiago Serrano. Direção e tradução: Sérgio Sartório. Elenco: Chico Sant’Anna. Iluminação: Sérgio Sartório. Trilha sonora: Chico Sant’Anna. Cenografia e figurino: Chico Sassi. Produção: Deca Produções (André Deca) e Guinada Produções (Daniela Vasconcelos). Assessoria de imprensa: Adriana Balsanelli. Realização: Cia. Plágio de Teatro.


Serviço:
Espetáculo "Saiba o Seu Lugar!"
Temporada:
até dia 30 de outubro - Quintas e sextas, às 21h. Sábados às 18h e 21h. Domingos às 18h. Aos domingos, a sessão terá intérprete de libras e programas em braille.
Ingressos: R$ 30 e R$ 15.
Duração: 55 minutos.
Classificação etária: 14 anos.
Pequeno Ato: Rua Doutor Teodoro Baima, 78 - Vila Buarque. Telefone: 11 99642-8350.
Bilheteria aberta com uma hora de antecedência. Aceita cartões. Não tem acessibilidade. Estacionamento vizinho.
Link para vendas: https://bit.ly/3xZ3rxM

.: Espetáculo circense de Rodrigo Bella Dona traz humor e magia para o teatro

Com direção de Esio Magalhães, história acompanha o palhaço Belinha, sua mala mágica e os truques da imaginação. Sessões acontecem em outubro e novembro. Foto: Érik Almeida

O humor como caminho para encontrar esperança é o que guia o espetáculo Será que eu chego lá?, escrito e estrelado pelo ator e palhaço Rodrigo Bella Dona, que estreia no Teatro Arthur Azevedo em temporada de 15 a 30 de outubro, com sessão aos sábados e domingos, às 16h. Com direção de Esio Magalhães, a apresentação que mistura teatro e circo seguirá, em novembro, para o Teatro Cacilda Becker, com um horário especial para atender escolas.

O espetáculo conta a história do Palhaço Belinha que, depois de uma longa viagem, chega a um lugar desconhecido com uma mala cheia de segredos. Ele perde o único transporte que poderia tirá-lo daquele lugar ermo e precisa enfrentar o tédio, a fome e a solidão enquanto espera a chegada do próximo. Para isso, vai buscar forças na imaginação e no bom humor que carrega dentro de si. Cansado e entediado, ele começa a jogar com as situações que aparecem e se diverte usando malabares, equilibrismo, magia e muita cara de pau.

A jornada do palhaço Belinha tem um pouco da história de todo brasileiro que deixa suas origens para tentar alcançar seu sonho em um lugar desconhecido. “A ideia nasce um pouco da minha história de vida e do desejo da pessoa que vai para uma cidade grande em busca do sonho artístico. E enfrentamos muito medo e frustração, perdemos muito tempo até o dia em que chegamos de fato. Mas há também a esperança de chegar e que a nossa busca de felicidade se desenvolva”, conta Rodrigo, que fez o caminho do interior de Minas para a capital paulista atrás do sonho de ser artista.

Para a criação dessa jornada, ele une elementos de palhaçaria clássicos e contemporâneos. O ator diz que essa união reflete a realidade do circo hoje. “Há uma leva de pessoas circenses que não nasceram debaixo de uma lona, em famílias circenses. Por isso, trazer essa junção é importante. Eu tento resgatar as brincadeiras tradicionais de circo desmontando esses números e colocando fragmentos dentro do espetáculo, sem perder a essência”, explica.

“Começamos a trabalhar um pequeno número que era a essência do espetáculo, um palhaço a espera que algo aconteça. Em seguida, dei estímulos para o Bella Dona encontrar, a partir da visão do palhaço dele, a dramaturgia do espetáculo.  Abrindo outras possibilidades que o palhaço pudesse compor com brincadeiras, jogos, ideias, imagens, viagens fomos expandindo até chegar na dramaturgia estabelecida e o seu palhaço se apropriar e compor junto”, comenta o diretor Esio Magalhães conta sobre o processo de construção do espetáculo.

Rodrigo Bella Dona é ator e palhaço, formado em humor pela SP Escola de Teatro e cursos de palhaçaria ministrados por Bete Dorgam, Cida Almeida, Avner Eisenberg e Andreas Simma, entre outros. Além destes mestres, o espetáculo também foi inspirado na criação cênica do jogo e do improviso, com o palhaço como uma figura cômica, mas ágil para resolver conflitos e se livrar de situações indesejadas.

A jornada emocionante do palhaço é mostrada ao público por meio da riqueza visual de cores e truques. Para Bella Dona, palhaço de formação, a preparação para os números de malabarismo e equilibrismo foi um grande desafio. Durante a fase mais crítica da pandemia, ele teve aulas presenciais e online com Duda Becker, que lhe deram segurança para encarar essas expressões corporais no palco. Das aulas também surgiu a criação das oficinas de malabares, que fazem parte do projeto, além das apresentações. Ele espera que esses elementos despertem no público um resgate da infância e das brincadeiras de rua.


Ficha técnica:
Roteiro e atuação:
Rodrigo Bella Dona. Direção: Esio Magalhães. Assistente de direção: Camila Scatena. Criação de figurino e cenário: Telumi Helen. Criação de trilha sonora: Álvaro Lages. Criação de luz: Rodrigo Bella Dona. Preparação técnica circense: Duba Becker. Designer: Werner Schulz. Equipe técnica: Alex Sandro Duarte e Cristiano Miranda. Produtora executiva: Camila Scatena. Social mídia: Gabriela Mota. Assessoria de imprensa: Adriana Balsanelli. Coordenação de produção: MIM MEI MAC.


Serviço:
Espetáculo circense "Será que Eu Chego Lá?"
Classificação:
livre.
Duração: 50 minutos.
Ingressos: grátis, retirada com 1 hora de antecedência.

Teatro Arthur Azevedo
De 15 a 30 de outubro, sessões aos sábados e domingos às 16h
Av. Paes de Barros, 955 - Alto da Mooca.
Capacidade: 349 lugares.
Telefone: (11) 2604-5558.

Teatro Cacilda Becker
Dias 12 e 13 de novembro, às 16h.
Dia 16 de novembro, às 11h e às 14h30 (reservado para escolas)
R. Tito, 295 - Lapa. Tem acessibilidade.
Capacidade: 198 lugares.
Telefone: (11) 3864-4513.

sexta-feira, 14 de outubro de 2022

.: "PT, uma história", de Celso Rocha de Barros, livro analisa experiência petista

Em outubro, a mais completa e refinada análise da experiência petista antes, durante e depois dos anos no poder


Dia 14 de outubro, chega às livrarias o livro "PT, uma história", de Celso Rocha de Barros. Com prosa brilhante e argumentação rigorosa, o sociólogo passa a limpo meio século da história nacional e reconstrói a trajetória da mais amada e mais odiada de nossas agremiações políticas. Para isso, o autor realizou mais de sessenta entrevistas e consultou centenas de documentos, que lhe permitiram reconstruir os principais de debates que mobilizaram o partido em momentos decisivos, como a campanha de 2002, além de resgatar histórias inéditas e saborosas, como o a reunião que quase colocou Lula e Fernando Henrique Cardoso no mesmo partido em 1979.

Apenas a riqueza factual reunida por Barros já garantiria a seu livro um lugar cativo nas estantes dos grandes clássicos da historiografia nacional. Mas são a lucidez e a capacidade de análise do autor que mais impressionam.

Barros identifica na esquerda católica e no sindicalismo as duas grandes forças impulsionadoras do Partido dos Trabalhadores, mas também recupera participação de outros agentes importantes como os movimentos negro, Sem Terra, LGBTQI+ e feminista, além de inúmeros movimentos populares. E, claro, traça um panorama dos vários grupos de esquerda que, desde o início, disputam politicamente dentro e fora do partido.

Em sua avaliação dos governos Lula e Dilma, é implacável ao apontar erros e rigoroso ao identificar os acertos. Mais do que esmiuçar as idiossincrasias da legenda, PT, uma história joga luz sobre as possibilidades e os limites da experiência da brasileira, uma democracia de alta desigualdade, com viés conservador.

O PT foi o grande vencedor de eleições presidenciais da Nova República, produziu seu líder mais popular e, de certa forma, representa as vitórias e derrotas do Brasil no período. Talvez por isso, também tenha virado o bode expiatório dos defeitos do sistema para parte do público brasileiro.

Celso Rocha de Barros é doutor em sociologia pela Universidade de Oxford, servidor federal, e colunista da Folha de S. Paulo. Você pode comprar "PT, uma história, de Celso Rocha de Barros" aqui: amzn.to/3S3MpG1


SERVIÇO:

PT, uma história, de Celso Rocha de Barros

544 páginas


Evento de Lançamento - São Paulo

18 de outubro

Terça-feira – às 19h

Bate-papo e lançamento do livro PT, uma história

Celso Rocha de Barros conversa com Maria Cristina Fernandes

Local: Travessa Pinheiros - Rua dos Pinheiros, 513


Evento de lançamento – Rio de Janeiro

24 de outubro

Segunda – às 19h

Bate-papo e lançamento do livro PT, uma história

Celso Rocha de Barros conversa com Flavia Rios

Local: Travessa Botafogo - R. Voluntários da Pátria, 97


.: Zé Guilherme traz a força do Nordeste em forma de música


Por
 Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural.

Com mais de 20 anos de carreira e quatro discos lançados, Zé Guilherme, músico cearense de Juazeiro do Norte, radicado em São Paulo, traz a força do Nordeste em sua produção. O seu mais recente lançamento é o EP "Zé", com composições autorais que mostram a fonte de suas influências musicais.

"Zé" é um trabalho autoral que chegou às plataformas em novembro de 2021, sendo o primeiro EP da carreira de Zé Guilherme. Formado por composições que vão do pop ao maracatu, passando pelo samba e pelo xote, o EP é formado por: “Meu Querer” (xote que remete à sua raiz cultural nordestina); “Ao Vento” (de Zé Guilherme e Edson Penha, um xote marcado por bela melodia e sonoridade envolvente); “Esperar” (de Flakes e Zé Guilherme, um samba com contornos nostálgicos); “O Desejo de Voar” (samba-canção com poema de Rico Ayade musicado por Zé Guilherme) e “Vento-Criança” (de Zé Guilherme e Hang Ferrero, um maracatu em clima de ciranda com participação especial de Luana Mascari na gravação).

Como em seus trabalhos anteriores, Zé Guilherme mostra uma interpretação suave com aquele conhecido tempero nordestino no sotaque. Algumas composições têm a fonte nos ritmos tradicionais do Nordeste, mas não chegam a soar segmentadas. Pelo contrário. Se integram muito bem com a nossa MPB, inclusive com alguns elementos de pop. Tudo produzido meticulosamente, com esmero nos arranjos e nas performances dos músicos.

No show que vem fazendo pelo País, Zé Guilherme interpreta faixas do EP e canções de outros autores que dialogam com o seu trabalho. Canções como “Blues da Piedade” (de Frejat e Cazuza), “Perto Demais de Deus” (Chico César), “Tua Cantiga” (Chico Buarque e Cristóvão Bastos), “Era pra Ser” (Adriana Calcanhoto), “Adeus, Obrigado e Disponha” (PC Silva) e “Quando Fecho os Olhos” (Carlos Rennó), além de “Cesta Básica” (Cezinha Oliveira), gravada em seu disco Alumia.

Produzido por Cezinha Oliveira, esse EP traduz bem a trajetória de Zé Guilherme, desde Recipiente, CD que o lançou como intérprete, em 2000, até Alumia, que o consolidou como compositor, em 2018. É mais um talento que vem buscando seu espaço na nossa MPB, com um trabalho de extremo bom gosto e que merece ser descoberto pelo público.

"O Desejo de Voar"

"Meu Querer"

"Esperar"


.: No “MasterChef Profissionais”: cozinheiros disputam partes de porco

Na prova de eliminação, os participantes terão de preparar duas receitas sem ingredientes de origem animal

Diego, Wilson, Enzo, Thalyta e Ananda formam o Top 5 da temporada. Crédito: Melissa Haidar/Band


A primeira prova com os cinco melhores cozinheiros da temporada não vai ser nada fácil. Na próxima terça-feira (18), a Band apresenta o sexto episódio do "MasterChef Profissionais" e, assim que entram na cozinha, Ananda, Diego, Enzo, Thalyta e Wilson se deparam com um porco inteiro pendurado, o que causa espanto. Os jurados Erick Jacquin, Helena Rizzo e Henrique Fogaça falam um pouco sobre a carne e os inúmeros cortes que ela possui, revelando em seguida que os concorrentes precisam entregar uma receita criativa e de alta gastronomia na qual a proteína seja a protagonista. Por se tratar de uma missão diferente, eles terão o mercado aberto durante o tempo todo e vão ter que brigar entre si para decidir com qual parte do animal cada um vai ficar, tudo isso com o cronômetro rodando.

Assim que Ana Paula Padrão libera o relógio, os competidores correm para escolher o melhor pedaço. A cabeça e as bochechas são as peças mais concorridas na hora da negociação. Quem conseguir entregar um prato impecável se livra da berlinda e garante mais uma semana no jogo. 

Na prova de eliminação, os participantes encontram uma mesa cheia de iguarias conhecidas, como nhoque gratinado, escondidinho, moqueca, bife wellington, croque monsieur, estrogonofe, quiche, entremet, cheesecake, torta mousse de chocolate, tarte au citron, galette de frutas amarelas e torta de frutas vermelhas.

Os chefs explicam que as receitas são uma referência por serem feitas sem nenhum ingrediente de origem animal, uma tendência que vem crescendo muito e ganhando nicho no mercado gastronômico. O grande desafio será fazer dois pratos, um salgado e um doce, nos mesmos moldes e que conquiste o paladar do júri. O autor da pior versão dá adeus ao sonho de conquistar o troféu. 

Criado por Franc Roddam, o formato MasterChef Profissionais é representado internacionalmente pela Banijay. O programa é uma produção da Endemol Shine Brasil para a Band e para o Discovery Home & Health. O talent show vai ao ar toda terça-feira, às 22h20, na tela da Band, com transmissão simultânea no Band.com.br e no aplicativo Bandplay. A atração também é exibida toda sexta-feira, às 18h25, no canal Discovery Home & Health e on-demand no discovery+. 

.: Fernando Haddad participa do "Roda Viva Especial Eleições" nesta segunda

Campanha do candidato Tarcísio de Freitas informou que não comparecerá no programa da TV Cultura

Para que o eleitor paulista possa conhecer as propostas e programas de governo dos candidatos ao Governo de São Paulo, a TV Cultura promove nesta segunda-feira, dia 17 de outubro, o "Roda Viva Especial Eleições". Está confirmada a presença do candidato pelo PT, Fernando Haddad. Tarcísio de Freitas, do Republicanos decidiu não participar do programa, segundo sua assessoria.

Caso somente Haddad participe do "Roda Viva", o candidato do PT será entrevistado em todos os blocos, no tempo habitual do programa, de 1 hora e 45 minutos. A TV Cultura reitera que, caso o candidato Tarcísio de Freitas mude sua decisão de não comparecer, o "Roda Viva" manterá o formato acordado nas reuniões com as assessorias das duas campanhas, com quatro blocos de 25 minutos cada, além de um quinto bloco com as considerações finais dos candidatos. 

Com tempos iguais de participação, os entrevistados ocuparão o centro do "Roda Viva" de forma alternada, seguindo a ordem que será decidida por sorteio durante a exibição do "Jornal da Cultura". O primeiro a falar no encerramento do programa será aquele que foi entrevistado no segundo e quarto blocos. O outro candidato fará as considerações finais em seguida.

A bancada de entrevistadores será formada por Débora Freitas (apresentadora da Rádio CBN), Renato Andrade (diretor da sucursal do jornal O Globo em São Paulo), Ranier Bragon (repórter da sucursal da Folha de S.Paulo em Brasília), Thiago Herdy (repórter e colunista do Portal UOL), Vera Rosa (repórter especial e colunista do jornal O Estado de S.Paulo). Apresentada por Vera Magalhães, a edição especial vai ao ar a partir das 22h, ao vivo, na TV Cultura, site da emissora, canal do YouTube, Dailymotion, e nas redes sociais Twitter e Facebook.

quinta-feira, 13 de outubro de 2022

.: “Eleita”: Clarice Falcão divulga clipe da canção “Apenas Fefê”

Clarice Falcão em “Eleita”. Foto: Laura Campanella


Clarice Falcão acaba de divulgar um clipe oficial da série brasileira de comédia “Eleita”. Com direção geral de Carolina Jabor e direção de Rodrigo Van Der Put, a série conta com sete episódios de 30 minutos. Com roteiro de Célio Porto (roteirista-chefe), Clarice Falcão, Matheus Torreão, Rafael Spínola e Carolina Jabor, a série tem produção executiva de Juliana Capelini, Renata Brandão e Carolina Jabor, da Conspiração. A comédia estreou dia 7 de outubro no Prime Video Brasil e foi a segunda mais vista no fim de semana.

Criada por Clarice Falcão e Célio Porto, “Eleita” se passa em um Rio de Janeiro falido e sem grandes perspectivas. Neste cenário, Fefê (Clarice), uma jovem influenciadora digital, decide se candidatar à governadora do estado de brincadeira. O problema é que a piada faz sucesso e ela é eleita. Mas Fefê não faz a menor ideia das obrigações de um governador.

Na canção "Apenas Fefê", composta por Matheus Torreão e Lucas de Paiva, com arranjo de Lucas de Paiva, Lucas Macier, Fabiano Krieger, Rogério da Costa Jr. e Gustavo Salgado, Clarice Falcão interpreta a personagem título. No vídeo, ela conta que gostaria de voltar a ser uma anônima. “Não tinha verba / Nem tinha poder / Vivia à toa sem quê nem porquê / Saudade de ser só Fefê”, diz a letra.


“Apenas Fefê”:

Eu andava de ônibus

Com ilustres anônimos

Era apenas Fefê

Eu pagava conta de luz

E acordava com homens nus

Simplesmente, Fefê

 Não tinha verba

Nem tinha poder

Vivia à toa sem quê nem porquê

Saudade de ser só Fefê

Ai quem me dera outra vez

Ser só mais uma de vocês

Uma normal

Uma qualquer, percentual do IBGE

Ser a mais média das Fefês

Feliz de novo entre a ralé

Eu andava de ônibus

Com ilustres anônimos

Era apenas…Fefê


Sinopse: Em um futuro distópico, uma jovem influenciadora digital decide se candidatar a governadora do Rio de Janeiro. Eleita, com um poder imenso e pouca noção do que fazer com ele, ela tenta administrar sua agitada vida pessoal e o Estado -- o que não só é difícil, mas, na verdade, impossível.

.: "Levante" traz agressões lesbofóbicas para a cena no Centro Cultural SP


Com direção de Eliana Monteiro, peça de teatro costura romance e resistência entre dois casais de mulheres em épocas diferentes. Projeto faz parte da 8ª Mostra de Dramaturgia em Pequenos Formatos. Fotos: Laís Catalano Aranha.


Em 19 de agosto de 1983, um movimento encabeçado por mulheres lésbicas no Ferro's Bar dá início ao que se torna o Dia da Visibilidade Lésbica. Em 2018, um casal de mulheres que estava frequentando um quiosque em Santos sofreu agressões lesbofóbicas e as pessoas ao redor decidem gravar o ocorrido em vez de socorrê-las. São nestes dois momentos históricos que se passa o enredo de Levante, espetáculo idealizado e escrito por Andrezza Czech, dirigido por Eliana Monteiro, que também assina cenografia, e com elenco composto por Andrezza Czech, Jéssica Barbosa, Tay O'Hanna e Vanessa Garcia. A estreia será dia 14 de outubro de 2022, no Centro Cultural São Paulo.

A peça acompanha a trajetória afetiva e de resistência de dois casais de mulheres que vivem nesses dois tempos distintos, vivendo situações que muitas vezes se assemelham. "Pensar nesses dois momentos com situações e reivindicações tão parecidas é a grande questão do espetáculo", conta Eliana Monteiro, diretora que optou criar, em sua cenografia, dois espaços bem delimitados para cada casal que situa, a partir do figurino e da iluminação, as suas épocas.

Apesar de nunca haver um encontro entre os casais, partes do texto se mesclam, em uma estrutura de duplas que reforça a violência a que essas mulheres foram expostas. Eliana conta que há uma aproximação factual com os episódios lesbofóbicos ocorridos nessas duas épocas, mas as personagens são fictícias. "Trata-se também de histórias de amor. Essas personagens espelhadas e suas falas simultâneas também apontam para uma narrativa de carinho e presença", conta a diretora.

"Levante" também remonta a períodos trágicos da história brasileira, como as ordens de "limpeza" exercidas durante a Ditadura Civil Militar, que sob o nome Operação Sapatão, levava mulheres que estavam em bares para a delegacia e a queima de livros de autoras homossexuais, como Cassandra Rios, que teve 36 de suas 50 obras censuradas durante o governo militar. A costura do enredo também se dá por meio de uma estação mal sintonizada de rádio com informações dos jornais publicados na data da Proclamação da República, em 1889.


Sobre Eliana Monteiro
Mestranda em artes cênicas na ECA - USP. Formada em artes cênicas pela Universidade São Judas, em interpretação pela Escola Superior de Teatro Célia Helena, e em direção pela Escola Livre de Santo André. Encenadora e orientadora artístico-pedagógica de escolas e grupos de teatro. 

Integra o grupo Teatro da Vertigem desde 1998, tendo sido responsável pela direção da intervenção urbana A Última Palavra é a Penúltima 2.0 (2008 e 2014), por ocasião da 31a. Bienal de São Paulo, e dos espetáculos Mauísmo, Kastelo e O Filho. Este último, em 2015, foi apresentado em duas temporadas: no SESC Pompeia e no Centro Cultural Vila Itororó. Co-dirigiu o espetáculo Bom Retiro 958 Metros; participou como diretora de cena e assistente de direção dos espetáculos: O Paraíso Perdido, O Livro de Jó, Apocalipse 1,11, BR-3, História de Amor – Últimos capítulos, Dire ce qu’on ne pense pas dans des langues qu'on ne parle pas; e nas óperas Dido e Enéas e Orfeo ed Euridice. 

Foi indicada ao Prêmio Shell de Teatro 2006, na categoria especial, pela direção de cena e logística de apoio à cena do espetáculo BR-3. Desde 2009, coordena o núcleo de encenação do Programa Vocacional da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo, e, desde 2013, coordena o Projeto Espetáculo das Fábricas de Cultura do Estado de São Paulo. É formadora convidada do curso de Direção Teatral da SP Escola de Teatro. Em 2015, integrou a 26ª Comissão julgadora de Fomento ao Teatro da cidade de São Paulo, e participou, como uma das curadoras, da Mostra de Teatro do Maranhão. 

Em 2017 dirigiu a peça "Enquanto Ela Dormia" em temporada no Sesi Paulista, tendo circulado em centros culturais em São Paulo. Curadora das atividades pedagógicas da MITsp - Mostra Internacional de Teatro de São Paulo em 2018/2019. Curadora das atividades pedagógicas do FIT - Festival Internacional de Teatro de São José do Rio Preto em 2019. Participou como artista convidada no III Seminário Internacional de Artes Escénicas: El cuerpo y el espacio (PUC-Peru), onde realizou uma conferência sobre a intervenção "A Última Palavra é a Penúltima", no seminário conduziu o workshop - "O que te Esgota na Sua Cidade?". 

Na 7° Mostra de Artes do Porto Iracema, em Fortaleza, fez tutoria para a intervenção urbana Mapa do Flaneur em Sobral. Em 2020, a convite da 11th Berlin Biennale, participa da intervenção urbana “Marcha a Ré”.


Sobre Andrezza Czech
Andrezza Czech é atriz, roteirista, dramaturga, diretora e jornalista, formada por Faculdade Cásper Líbero, ELT, SP Escola de Teatro, Roteiraria e Academia Internacional de Cinema. É diretora, roteirista e atriz dos curtas-metragens Casa (2020; prêmio do público na Mostra Cinemulti e indicado a melhor filme LGBT+ no Unified Filmmakers Festival); Fora de Época (2020; menção honrosa do júri no Festival de Cinema de Vitória e seleção oficial de festivais como Mix Brasil, Mostra de Cinema de Tiradentes, Inside Out Toronto, e International Queer Film Festival de Hamburgo); e 62 segundos (2020; vencedor do DepicT Brasil); e dos videoclipes Lua Nova (2021) e Salomé (2021; vencedor do California Music Video & Film Awards). 

Em 2022, seu texto Levante foi premiado pelo Edital da 8ª Mostra de Dramaturgia do CCSP, e o projeto "Manual da (não tão) Nova L" foi finalista do concurso de Roteiros na categoria Piloto de Série e recebeu menção honrosa do júri pelo FRAPA. Como dramaturga, teve leitura encenada de seu texto cabra-cega dirigida por Aysha Nascimento no Núcleo de Dramaturgia do SESI-SP (2019) e realizou monólogos autorais nos espetáculos digitais Polaroides Secretas (2020), direção de Renato Andrade, e Fracasso Festival (2021), com direção de Ronaldo Serruya e Fabiano Dadado de Freitas. Também atuou em peças como Fissura (2019), direção de Maria Amélia Farah (Cia. Hiato) e O Espectador Condenado à Morte (2016 a 2017), direção de Thiago Ledier para a Companhia Teatro da Dispersão, da qual é co-fundadora.


Sinopse
Quatro mulheres. Dois casais em diferentes tempos, tentando ocupar os mesmos espaços. Enquanto umas passam pelos principais atos do movimento lésbica-feminista durante a ditadura militar brasileira, outras se recusam a sucumbir à violência dos tempos atuais. Da Operação Sapatão e o Levante no Ferro’s Bar nos anos 80 a um episódio de lesbofobia ocorrido em 2018, Levante traz o amor e a luta de mulheres lésbicas que existem, resistem e insistem em rir onde esperam suas lágrimas.


Ficha técnica
Idealização e dramaturgia:
Andrezza Czech (@andrezzaczech)
Direção e cenografia: Eliana Monteiro (@lili.moonteiro)
Elenco: Andrezza Czech, Jéssica Barbosa (@onomedelaejessicabarbosa), Tay O'Hanna (@tamirysohanna), Vanessa Garcia (@vanessagarciaonline)
Assistência de direção: Lu Maya (@lu.umaya)
Preparação corporal: Camila Rocha (@sendoarocha)
Desenho de luz: Aline Santini (@performphoto)
Figurino: Lívia Barros (Ken-gá Bitchwear @kengawear)
Trilha sonora original e sonoplastia: Canhestro (@_canhestro - musicista em cena) e Jo Coutinho (@jocoutinhooo)
Fotografia e arte de capa da publicação: Laís Catalano Aranha (@lais.c.aranha)
Vídeo: Yago Nauan (@yaagonauan)
Mapping e operação de vídeo: GIVVA (@ogiwa_) e Morim Lobato (@morim__p)
Produção: Corpo Rastreado (@corporastreado)
Assessoria de imprensa: Canal Aberto (@canal_aberto)
Apoio: Teatro da Vertigem (@teatrodavertigem_)
Realização: Centro Cultural São Paulo (@centroculturalsp)

Serviço
"Levante"
Temporada:
14 de outubro a 6 de novembro de 2022*
Quinta, sexta e sábado, 21h; domingo, 20h
*Não haverá sessão dia 30 de outubro, data do segundo turno | Sessões extras: 26 de outubro e 2 de novembro
Local:
Centro Cultural São Paulo - Sala Ademar Guerra - Porão
Endereço: Rua Vergueiro, 1000 - Paraíso, São Paulo - SP, 01504-000
Classificação indicativa: 14 anos
Capacidade: 60 pessoas
Duração: 60 minutos
Ingressos: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia)
À venda pelo site da Sympla

.: Campeonato Paulista de SLAM na Biblioteca Mário de Andrade

Batalha de poesia acontece dias 20 a 23 de outubro, no centro de São Paulo; mais de 40 comunidades de slam participam do evento, que vale vaga para o SLAM BR; Depois de tempos de isolamento e duas edições on-line, o maior campeonato estadual do Brasil e um dos maiores da América Latina está de volta em formato presencial, com entrada é gratuita. Foto: Sergio Silva

Depois de uma versão virtual, o Slam SP - Campeonato Paulista de Poesia Falada retoma o presencial.  O primeiro campeonato estadual de poetry slam do Brasil acontece de 20 a 23 de outubro de 2022, na Biblioteca Mário de Andrade, em São Paulo. A entrada é gratuita.

Poetry slams são batalhas de poesia falada que acontecem em comunidades ao redor do mundo. No Brasil, elas chegaram em 2008 e se alastraram por todo país, principalmente entre o público jovem e periférico. Organizado e apresentado pelo Núcleo Bartolomeu de Depoimentos, o SLAM SP reúne poetas de slams da Capital, Grande SP, Interior e Litoral em quatro dias de muita emoção e poesia na disputa pelo título estadual. 

Participam 44 poetas de slams do estado São Paulo. Cinco poetas se classificarão para o campeonato brasileiro de poesia falada – o SLAM BR que este ano pela primeira vez será sediado no Rio de Janeiro. O campeonato nacional garante vaga para a Copa América de poesia falada - o  Abya Yala Poetry Slam - que por sua vez valerá vaga para o WPSC- Campeonato Mundial de Poetry Slam  que será sediado no Brasil em 2023.

“Depois de duas edições on-line, é a chance de termos contato com o público paulista, em um local diferente (Biblioteca Mário de Andrade), que celebra a literatura bem no centro de São Paulo. Este ano temos dezenas de competidores de todo o estado de São Paulo e vamos mostrar a riqueza da diversidade de estilos e de temas”, fala Roberta Estrela D’alva, a responsável por trazer o slam ao Brasil.

Uma das características do SLAM e que garante grande interação é que quem assiste é o júri das batalhas. Pessoas escolhidas entre o público atribuem notas após cada poema. Depois que a nota mais alta e a mais baixa são retiradas, o competidor que conseguir a pontuação mais alta é o escolhido para a próxima etapa. É o público quem decide.

O Slam SP 2022 acontecerá em 3 etapas: classificatórias, semifinais e final. Nos dias 20 e 21 de outubro, a partir das 18h, acontecem as classificatórias, em duas rodadas com quatro chaves de 9 slammers e uma chave com 8 slammers. Es 3 poetas que tiverem a melhor pontuação total de cada chave se classificam para a semifinais, que acontecem no sábado, 22 de outubro, a partir das 16h. No domingo, dia 23, às 17h, acontece a grande final com seis poetas  (1º e 2º lugares das Semifinais 1, 2 e 3) e os cinco com maior pontuação têm a vaga no SLAM BR 2022.

Nascido em 2012, o Slam SP - Campeonato Paulista de Poesia Falada é o primeiro campeonato estadual de poetry slam do Brasil. O Slam BR vale vaga para a Copa América de poesia falada - o  Abya Yala Poetry Slam - que por sua vez valerá vaga para o WPSC- Campeonato Mundial de Poetry Slam que será sediado no Brasil em 2023.

O Slam SP é apresentado pelo Núcleo Bartolomeu de Depoimentos. Formado por Claudia Schapira, Eugênio Lima, Luaa Gabanini e Roberta Estrela D'Alva, o coletivo pesquisa a linguagem e o diálogo entre a cultura hip-hop e o teatro épico.

As batalhas de poesia falada surgiram nos anos 1980, nos EUA, com a ideia de democratizar a poesia. O ponto de partida é um jogo cênico onde a torcida, a emoção e o senso de participação fazem parte do encontro. É o casamento do texto com a habilidade de apresentá-lo no palco, que tem o público como jurado. As batalhas retratam dramas cotidianos, como a homofobia, o racismo, o machismo, preconceito, a violência, entre outros temas. Nelas, os poetas devem ler ou apenas recitar, sem acompanhamento musical, poesias autorais.

Participantes do Slam SP 2022:
Zap! Slam [King Abraba]
Slam da Guilhermina [PretoVivo]
Slam do 13 [Ingrid Martins]
Slam 13zinho [Tawane Theodoro]
Batalha do CRedoOO!!!  [Zumbi RZ]
Slam Bzola [VickVi]
Copa Slam [Brenalta]
Slam Capão [Alexandre Catarino]
Slam Coragem [Qu4troK]
Slam do Cordel [Pérola Negra]
Slam da Liga [Thiago Peixoto]
Slam da Norte [Dariel Costa]
Slam da Roça CONPOEMA [D.John]
Slam das Minas - SP [Midria]
Slam Delas [Nicole Amaral]
Slam do Bronx [Apêagá]
Slam do Corpo [Edinho Santos e Paloma]
Slam do Corre [Afroluffy]
Slam do Grajau [Poeta Márcio Ricardo]
Slam do Peixe Podre [Kaue]
Slam do Prego [Nuel]
Slam do Real [Pow Litera Rua]
Slam do Taboão [Kaya]
Slam do Verso [Matriarcak]
Slam Emancipado [Mamba Negro]
Slam Função [Historiador Johnny]
Slam Independente [Poeta Tairini]
Slam Interuni [Gustavo Arranjus]
Slam Jazz [Belom]
Slam Marginália [Katrina]
Slam na Bala [Malokeko]
Slam Neblina [Poeta CJ]
Slam no Caixote [Havaiano]
Slam Pavio Curto [Gustavo Alquimista]
Slam Perplexo [Re Suizu]
Slam Petisco [Igor Roriz]
Slam Racha Coração [Poeta Darla Monique]
Slam Rasta [Monrá]
Slam Resistência [Laura Conceição]
Slam Taca Fogo [Eve]
Slam Tiquatira [Gui Rodrigues]
Slam USPerifa [Santos Drummond]
Slam AbreCaminhos [Osso]
Slam Oz [Poeta Naia Curumim]


Ficha técnica:
Direção geral, idealização, produção e apresentação:
Roberta Estrela D’Alva
Apresentação e DJ: Eugênio Lima
Apresentação, DJ e contadora de notas: Luaa Gabanini
Apresentação, produção de jurados e contadora de notas: Claudia Schapira
Direção de produção, receptivo e administração financeira: Mariza Dantas
Produção executiva: Layla Medeiros 
Conteúdo digital: Lucas Afonso
Intérprete Libras: Erika Mota e equipe
Programação visual: Murilo Thaveira
Fotógrafo: Sérgio Silva
Registro em vídeo: Taurina Filmes - Vic von Poser
Assessoria de Imprensa: Canal Aberto – Márcia Marques, Carol Zeferino e Dani Valério. 

.: Zoé, vilã de Regina Casé em "Todas as Flores" após mocinha de "Amor de Mãe"

“A Zoé é uma vilã que faz coisas abomináveis. Mas, como quase todas as vilãs do João Emanuel Carneiro, ela também é engraçada, complexa e cheia de nuances. É um grande desafio que estou encarando na minha carreira”
, comenta Regina Casé. Foto: Globo/Paulo Belote

Por onde quer que ande, Zoé (Regina Casé) não passa despercebida. Seja pelo jeito expansivo com que se comunica, pelo visual extravagante que se apresenta ou pelos relatos caridosos que compartilha sobre ajuda aos mais necessitados, na novela Original Globoplay "Todas as Flores", que estreia no dia 19 de outubro. Parece uma mulher acima de qualquer suspeita. Só parece. 

No passado, Zoé morava na rua e praticava diversos delitos para se sustentar. Sempre gananciosa, tinha planos de crescer na vida a qualquer custo. Foi na região da Gamboa que conheceu Humberto (Fabio Assunção), um homem em situação de rua que recolhia lixo nas calçadas. Ele namorava Judite (Mariana Nunes), uma jovem ambulante que morava em um cortiço no bairro. Zoé levou Humberto para o mundo do crime e eles se tornaram amantes e cúmplices. Mas o elo dele com a Gamboa nunca ficou no passado, muito menos o amor por Judite.   

Conforme conquistava mais e mais dinheiro, Zoé passou a frequentar a alta sociedade carioca. Foi assim que se tornou melhor amiga de Guiomar (Ana Beatriz Nogueira), uma das herdeiras do império de roupas masculinas e perfumes Rhodes & Co. Tailleur, e a quem apresentou Humberto. Guiomar e Humberto se casaram e tiveram um filho, Rafael (Humberto Carrão). Já Zoé chegou a se casar com Rivaldo (Chico Diaz) que, nesta época, trabalhava como auxiliar de perfumista na Rhodes. Ele, inclusive, também tinha se relacionado com Judite, que nesta época já era costureira na empresa.  

Rivaldo e Zoé se tornaram pais de Vanessa (Leticia Colin) e Maíra (Sophie Charlotte). Ele foi corrompido por Zoé e participou de alguns negócios ilícitos da esposa, enquanto ela gastava todo o dinheiro que tinham guardado para o futuro, antes de dispensá-lo. Rivaldo fugiu com Maíra para o interior de Goiás, deixando Vanessa com Zoé no Rio de Janeiro. Na cidade, os planos dos cúmplices Zoé e Humberto se estendiam também aos seus filhos, conforme cresciam juntos. Para garantirem que colocariam as mãos na fortuna da Rhodes & Co. Tailleur, uma vez que Humberto e Guiomar se uniram em separação total de bens, eles armaram para casar Vanessa e Rafael.

Conforme o passar dos anos, a teia de segredos que une Zoé e Humberto se expande à medida que os crimes encabeçados por ela se tornam mais abomináveis, desumanos e difíceis de desarticular. “A Zoé é uma vilã que faz coisas abomináveis. Mas, como quase todas as vilãs do João Emanuel Carneiro, ela também é engraçada, complexa e cheia de nuances. É um grande desafio que estou encarando na minha carreira”, comenta Regina Casé.

Criada e escrita por João Emanuel Carneiro com direção artística de Carlos Araujo, "Todas as Flores" é escrita com Vincent Villari, Eliane Garcia e Daisy Chaves. A direção é de Luiz Antonio Pilar, Carla Bohler, Fellipe Barbosa, Guilherme Azevedo e Oscar Francisco. A produção é de Betina Paulon e Gustavo Rebelo e a direção de gênero é de José Luiz Villamarim. A obra conta em seu elenco com Sophie Charlotte, Regina Casé, Letícia Colin, Humberto Carrão, Mariana Nunes, Fabio Assunção, Caio Castro, Thalita Carauta, Nicolas Prattes, Ana Beatriz Nogueira, Cassio Gabus Mendes, Zezeh Barbosa, Douglas Silva, Mary Sheila, Naruna Costa, Mumuzinho, Moira Braga, Camila Alves, Cleber Tolini, Amanda Mittz, Nilton Bicudo, Suzy Rêgo, Yara Charry, André Loddi, Xande de Pilares, Chico Diaz, Heloisa Honein, Jhona Burjack, Luis Navarro, Micheli Machado, Kelzy Ecard, Duda Batsow, Ângelo Antônio, Bárbara Reis, Valentina Bandeira, Leonardo Lima Carvalho, Rodrigo Vidal, Samantha Jones, Luiz Fortes, entre outros.

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