quarta-feira, 5 de outubro de 2022

.: "Desenhos Ocultos", de Jason Rekulak: elementos sobrenaturais e reviravoltas


Elogiado pelo mestre da literatura de terror e suspense, Stephen King, o livro "Desenhos Ocultos", escrito por Jason Rekulak e lançado no Brasil pela editora Intrínseca apresenta uma narrativa envolvente com elementos sobrenaturais e reviravoltas instigantes.

Aos 21 anos, Mallory Quinn precisa trabalhar. Recém-saída da reabilitação, a jovem consegue um emprego na casa de Ted e Caroline Maxwell, que, aos olhos da vizinhança, levam uma vida perfeita. Sua principal função é tomar conta de Teddy, o filho de cinco anos do casal, e logo Mallory se apaixona pelo trabalho: mora em um lugar só seu, sai para dar suas corridas noturnas e alcança a tão desejada estabilidade. Além disso, constrói laços sinceros com Teddy, um menino doce e tímido que nunca abandona seu caderno e seu lápis.

Em seus desenhos, aparecem os elementos de sempre; árvores, coelhos, balões. Até que um dia algo diferente surge no papel: um homem em uma floresta, arrastando o corpo inerte de uma mulher. A partir daí, as ilustrações de Teddy se tornam cada vez mais sinistras, e seus bonequinhos de palito se transformam em desenhos altamente realistas impossíveis de serem feitos por uma criança de cinco anos.

Assustada, Mallory começa a se questionar se os desenhos não seriam vislumbres de um assassinato sem solução ocorrido décadas antes nas redondezas, talvez relacionados a uma força sobrenatural. Agora, ela precisa correr contra o tempo para decifrar as imagens e salvar Teddy antes que seja tarde demais. Assustador e viciante, o livro conta com ilustrações de Doogie Horner e Will Staehle, garantindo um clima ainda mais sombrio para a história. Você pode comprar o livro "Desenhos Ocultos", escrito por Jason Rekulak, neste link.


Sobre o autor
Jason Rekulak 
foi publisher da editora Quirk Books até 2018, de onde saiu para se dedicar a projetos solo. Seu romance de estreia, "Fortaleza Impossível", foi traduzido para doze idiomas, recebeu indicação ao Edgar Award e teve os direitos de adaptação para a Netflix adquiridos por Jason Bateman e John Frances Daley.


Ilustradores:
Doogie Horner 
foi diretor de arte da Quirk Books de 2006 a 2017. Nesse período, trabalhou em best-sellers esquisitões como O lar da srta. Peregrine para crianças peculiares e Orgulho e preconceito e zumbis.

Will Staehle foi diretor de arte da HarperCollins antes de abrir um estúdio de design. Realizou trabalhos para Stephen King, Michelle Obama, Guillermo Del Toro, Michael Crichton e muitos outros.

.: #ResenhandoTeatro em SP: agenda de 5 a 12 de outubro

Com Nívea Maria e Arlindo Lopes, a peça é uma adaptação do filme Harold e Maude (1971) e conta a história do improvável encontro - e paixão - entre um jovem solitário, obcecado pela morte, e uma octogenária livre e apaixonada pela vida. Foto: Lúcio Luna


Por Mary Ellen Farias dos Santos, editora do Resenhando


Programe-se pelo #ResenhandoTeatro que apresenta uma seleção especial de espetáculos em cartaz na cidade de São Paulo. Divirta-se!

O Último Mafagafo

Uma fábula sobre recomeço e a busca pelos sonhos com inspirações no mundo do circo. 

Local: Teatro Morumbi Shopping - Av. Roque Petroni Júnior, 1089, Jardim das Acacias | Sábados às 16h | Classificação: 10 anos | Duração: 90 minutos | Ingressos: R$ 70 (Inteira) e R$ 35 (Meia) | Até 8 de outubro |  Leia + "O Último Mafagafo": Duda Reis e Priscila Sol estreiam texto de Papp


Ensina-me a Viver

Solitário e atormentado, Harold (Arlindo Lopes) vive com uma mãe indiferente e autoritária (Susana Ribeiro), sem qualquer troca afetiva. Atormentado, tenta chamar atenção simulando tragicômicas tentativas de suicídio. 

Local: Teatro Porto - Alameda Barão de Piracicaba, 740 - Campos Elíseos | Sextas e sábados às 20h e domingos às 17h | Classificação: 12 anos | Duração: 110 minutos  | Ingressos: R$ 25 a R$ 100 | Até 9 de outubro | Leia +  Química entre Nívea Maria e Arlindo Lopes faz "Ensina-me a Viver" explodir


Renoir - A beleza permanece

A beleza de uma obra de arte é mesmo eterna? Ou pode ser definida pelo seu tempo? Como julgar um artista do passado com os valores do presente? As reflexões sobre os limites da cultura do cancelamento e a influência das atitudes de um artista no seu legado motivaram a criação de “Renoir – A beleza permanece”.

Local: Teatro do Masp - Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand: Av. Paulista, 1.578 | De quinta a sábado, às 20h, e domingo, às 18h | Classificação: 14 anos | Duração: 60 minutos  | Ingressos: R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia-entrada) | Até 16 de outubro | Leia +  Teatro do Masp: espetáculo “Renoir - A beleza permanece”, estreia dia 7


Bagagem

Espetáculo autobiográfico de improvisação, o ator Marcio Ballas apresenta uma visão bem-humorada e poética sobre as histórias de sua família e a Cultura Judaica na forma de pequenas crônicas, com os temas infância, melhor amigo, pai, mãe e férias.

Local: Teatro Eva Herz, Livraria Cultura do Conjunto Nacional – Avenida Paulista, 2073, Bela Vista. | Terças-feiras, às 20h | Classificação: 10 anos | Duração: 70 minutos  | Ingressos: R$ 60 (inteira) e R$ 30(meia-entrada) | Até 18 de outubro | Leia +  Comédia autobiográfica "Bagagem", de Marcio Ballas, reestreia


Quando Eu For Mãe Quero Amar Desse Jeito

A aristocrática Dona Dulce Carmona entra numa guerra com a noiva do filho para manter a imagem da família. Além do amor materno, há outros amores permeando a peça: o amor do filho pela mãe, do homem pela mulher, da mulher pelo homem, e, até, pelos filhos que poderão vir. 

Local: Teatro Raul Cortez - Rua Dr. Plínio Barreto, 285 Bela Vista | Sexta e Sábado às 21h00, Domingo às 18h00 | Classificação etária indicativa: 12 anos | Duração: 80 minutos | Ingressos: R$ 70 a R$ 140 | Até 29 de outubro | Leia+ "Quando Eu For Mãe Quero Amar Desse Jeito" estreia em São Paulo


Ney Matogrosso - Homem com H

O espetáculo explora momentos e canções marcantes na trajetória do cantor sem seguir necessariamente uma ordem cronológica. A história começa em um show do Secos & Molhados, em plena ditadura militar, quando uma pessoa da plateia o xinga de “viado”. Essa cena se funde com momentos da infância e adolescência do artista. E, dessa forma, outros episódios vão se encadeando na cena.

Local: 033 Rooftop (cobertura do Teatro Santander), localizado no Complexo JK Iguatemi | Sextas-feiras às 20h30. Sábados às 15h30 e às 20h30. Domingo 15h30 e 20h. | Duração: 2 h (com 15 minutos de intervalo) | Ingressos: R$ 75 a R$ 250 | Até 30 de outubro | Leia + Musical "Ney Matogrosso - Homem com H" estreia em setembro


O Pior de Mim

Em cena, Maitê Proença revisita momentos marcantes de sua vida. Numa interlocução direta com a plateia, a atriz reflete sobre como sua conturbada história familiar repercutiu na vida profissional, os eventuais bloqueios desenvolvidos e tudo que precisou fazer para se libertar. Ela fala ainda da mulher de 60 anos no Brasil, de machismo, misoginia, dos preconceitos enfrentados. 

Local: Teatro Uol, Shopping Pátio Higienópolis, Piso Terraço - Avenida Higienópolis, 618  | Sextas-feiras, às 21h. Sábados, às 20h. | Duração: 60 m | Ingressos: sexta R$ 90 (setor A) e R$ 60 (setor B); sábado R$ 120 (setor A) e R$ 80 (setor B) | Até 27 de novembro | Leia + Crítica teatral: "O Pior de Mim" mostra o melhor de Maitê Proença


Inferno

A comédia de Spregelburd é uma espécie de labirinto. Na trama, uma confusão causada por um funcionário do Vaticano faz com que o inferno bíblico deixe de existir no subterrâneo e passe a ficar escondido nos detalhes mais minuciosos da existência humana, até na linguagem ou principalmente nela. 

Local: Teatro Uol, Shopping Pátio Higienópolis, Piso Terraço - Avenida Higienópolis, 618  | Sábados, às 22h; Domingos, às 20h. Segundas, às 21h | Classificação etária indicativa: 14 anos | Duração: 100 m | Ingressos: R$ 40 a R$ 100) | Até 28 de novembro | Leia + "Inferno" no Teatro Uol: comédia do argentino Rafael Spregelburd estreia


"Sidney Magal: Muito Mais Que Um Amante Latino - O Musical"

Baseado na biografia oficial do cantor, traz no papel principal, os atores Juan Alba, que interpreta Sidney Magal na fase adulta, e o ator paulistano Luís Vasconcelos, que vive o ídolo latino na fase jovem. Além de relembrar os diversos sucessos do ícone da música popular brasileira, o musical fará um recorte da trajetória do artista revelando os bastidores de sua vida.

Local: Teatro Porto - Al. Barão de Piracicaba, 740, Campos Elíseos | Sextas e sábados, às 20h e domingos, às 17h | Classificação etária indicativa: 12 anos | Duração: 120 minutos | Ingressos: de R$ 90 a R$ 35 | Até 11 de dezembro | Leia + Juan Alba e Luís Vasconcelos interpretam Sidney Magal em musical

Com direção de Rhena de Faria, espetáculo conta histórias sobre a família imigrante do ator e improvisador com humor e poesia. Foto: Divulgação


terça-feira, 4 de outubro de 2022

.: Capítulo 5: "Aurora" em "Parte de Mim", por Mary Ellen Farias dos Santos

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em outubro de 2022


O marido chegou do jeito peculiar de sempre. Com a porta trancada, colocou o rosto num ponto em que Maria Helena, de dentro do apartamento via algo similar a um pássaro de olhos e bico gigantes. Às vezes, abria a boca, posicionando ao centro, a ponto de conseguir ver as amígdalas dele, mas logo embaçava o olho mágico.

Por dentro, Maria Helena sorriu e sentiu muita calma. Estava com o marido agora. 

Com a mão direita rolou o ferrolho para abrir e girou a chave para destravar usando a mão esquerda. Aproveitou a folga numa das mãos, segurou a maçaneta. Enquanto puxou a porta para si, abriu um gigante sorriso e disse um longo.

- Oooooi! 

Ele gargalhou assim que olhou direto nos olhos de Maria Helena e disse:

- Viu um fantasma? Está toda descabelada!

Pois é! A verdade é que ele não fazia ideia do que acontecera com ela no escritório. Não esteve diante da alma de um falecido, mas de um ser criado por ela mesma. Foi então que respirou fundo e falou para ele que colocava os sapatos num cantinho.

- Marido, não foi bem um fantasma, mas eu estive com uma personagem minha. Sabe a Aurora?, comentou.

Ele se levantou rapidamente e disse:

- Amor, você está se ouvindo? Bom, entendo que seja uma forma de se expressar poeticamente, brincou. Ao menos você está vendo poesia no seu dia. Já no meu, hoje foi puxado, complementou.

Maria Helena deu um sorriso amarelo e ficou em dúvida se seguia a conversa nessa temática ou se perguntava como foi o dia dele. De fato, a segunda opção foi a vencedora. Enquanto o marido tirava as roupas para tomar banho, desabafou. Todavia, Maria Helena estava a ponto de estourar, fosse pela situação que tinha no escritório ou por medo de como ele descobriria a presença de Aurora.

Enquanto a água começou a correr pelo chuveiro com ele debaixo, Maria Helena correu até Aurora. Olhou por todo o escritório e com cara de assustada sussurrou:

- Onde ela foi?


*Editora do portal cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm


.: Capítulo 1: "Aurora" em "Quando eu fui embora"

Part of me, Katy Perry


.: 6x2: "9-1-1" assusta e emociona com "Crash and Learn". Hen que o diga!

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em outubro de 2022


O segundo episódio da sexta temporada de "9-1-1", intitulado de "Crash and Learn". Trabalha o lado filha da corajosa Athena (Angela Basset), uma vez que ela e Bobby Nash (Peter Krause) acabam abandonando os planos de viagem para socorrer os pais da policial. Aliás, apoiar a mãe dela, uma vez que o pai está hospitalizado após causar um acidente terrível, grande gancho deixado no primeiro episódio da nova temporada.

Assim, Hen (Aisha Hinds) assume o posto de capitã do 118, enquanto tenta equilibrar o curso de medicina e a vida materna. Exaustão?! Total que a coloca em sério risco. O pior fica para o final quando sentindo o colapso da sobrecarga chega ao resultado considerando incompetência da parte dela. Cena tocante. Quem nunca se sentiu soterrado com tantos afazeres, né?! Eis aí o título do episódio, Hen "bate/colapsa e aprende".

No atendimento das ligações, Maddie (Jennifer Love Hewitt) acompanha o novato que tem uma história um tanto que fora do comum para socorrer. Inicialmente, parece um casal em confusão por conta de o homem ser um fanático por jardinagem. No entanto, a observação dele passa a fazer sentido, uma vez que a plantação dele está sedendo. Seria por aguar muito?! Não! Ele está lidando com o resultado de um feito subterrâneo do amante da esposa. 

Em outro lugar, três amigos já em idade avançada participam da Convenção da Felicidade. Como se trata de "9-1-1", o pior acontece. Uma passagem suspensa do hotel, mesmo após ter as rachaduras em observação, despenca e o cenário é assustador. Mais um momento de nervosismo e tristeza para Hen, ao lado de seus parceiros Chimney (Kenneth Choi), Eddie (Ryan Guzman) e Buck (Oliver Stark). Sim! A situação e energia de Buck para amenizar o atendimento dá uma vontade de chorar. Emocionante!

Para encerrar "Crash and Learn" com chave de ouro, Athena é colocada diante de uma descoberta aterradora por conta do acidente de carro do pai dela contra a casa. Após solicitar a reforma do local para um amigo carpinteiro, ao retornar para casa. Após passar o dia no hospital com o pai, vê a casa cercada pela polícia, afinal ela está na cena de um crime do passado. Trata-se do sumiço de uma menininha. Pois é! Parece que "9-1-1" virou a série clássica "Cold Case", hein! A sexta temporada está em chamas!

Seriado: 9-1-1
Temporada: 6
Episódio: 2, "Crash and Learn"
Exibição: 26 de setembro de 2022
Emissora original: Fox Broadcasting Company
Criadores: Ryan Murphy, Brad Falchuk, Tim Minear
Produtores executivos: Ryan Murphy, Brad Falchuk, Tim Minear, Alexis Martin Woodall, Bradley Buecker
Elenco: Angela Bassett (Athena Grant), Peter Krause (Bobby Nash), Jennifer Love Hewitt (Maddie Buckley), Oliver Stark (Evan "Buck" Buckley), Aisha Hinds (Henrietta "Hen" Wilson), Kenneth Choi (Howie "Chimney" Han), 
Corinne Massiah (May Grant), Marcanthonee Reis (Harry Grant), Ryan Guzman (Eddie), Arielle Caroline Kebbe (Lucy Donato), Tracie Thoms (Karen)

*Editora do site cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm


Promo

.: "Pantanal": elenco se despede da nova versão da clássica novela

Nos bastidores dos últimos dias de gravação, os atores abrem o coração e falam dos momentos mais marcantes do projeto. Divulgação Globo/Estevam Avellar


Em agosto de 2021, iniciavam-se as gravações da nova versão de "Pantanal", mais de 30 anos após a exibição da versão original, escrita por Benedito Ruy Barbosa. Desta vez, o texto ficou nas mãos de Bruno Luperi, neto de Benedito, que adaptou a obra icônica para os tempos atuais, trazendo uma nova roupagem para temas já abordados por seu avô, como a preservação do meio ambiente, o machismo e o preconceito. Para além da trama, o público se sentiu ainda mais próximo dos personagens ao acompanhar os bastidores por meio das redes sociais do elenco, assistindo bem de perto as viagens ao Pantanal, as brincadeiras nos Estúdios Globo e os encontros fora do trabalho desta turma pantaneira.

As gravações encerraram na sexta-feira, 30 de setembro, e além do registro de mais uma novela que marca a história da teledramaturgia brasileira, o elenco, já saudoso, tem uma pá de lembranças que jamais sairá de sua memória. Reunimos aqui algumas delas em relatos emocionantes e fotos do casamento de José Leôncio (Marcos Palmeira) e Filó (Dira Paes), que marcam os momentos finais da novela.

 

Alanis Guillen (Juma)

“'Pantanal' está ainda modificando muito a minha vida a cada dia. É tanta coisa que se vive, tanta transformação, interna, externa, e eu sinto que ainda é cedo para digerir tudo isso. Sei que quando eu finalizar o trabalho vou ter tempo de elaborar e digerir. De cara, já posso dizer que foi um processo muito importante no campo de pesquisa como atriz. A Juma me permitiu desbravar o estudo de uma personagem, de uma história, de um jeito intenso e muito interessante. Essa experiência foi realmente muito engrandecedora.”

 

Aline Borges (Zuleica)

“Chegar numa obra que já era um sucesso tem um lugar de conforto, mas também uma certa tensão porque a minha personagem era a Zuleica, segunda esposa do Tenório, quando a primeira era a Maria Bruaca, que já era amada no Brasil inteiro. Cheguei a receber mensagens de pessoas desejando mal à família, mas também recebi mensagens positivas porque a Zuleica é uma pessoa do bem, generosa, que não ia soltar a mão dessa outra mulher, e isso fez com que o público nos acolhesse. Agora, nesse meu último dia de gravação, como já estou envolvida num próximo trabalho isso está desviando um pouco o foco da dor da despedida. Quando a gente ama muito uma coisa, faz um trabalho fora da curva como esse, é difícil se despedir. Quem está aqui vivendo esses bastidores, essas gravações, as emoções, e o quanto isso potencializou nossa alma artística, essa obra que mexe tanto com o público, sabe que isso é muito poderoso. Hoje, me maquiando em casa, quando me olhei no espelho e lembrei que seria o último dia de gravação, me atravessou uma vontade de chorar. Não de tristeza. De alegria, de gratidão, de ter a oportunidade de viver um encontro como esse. Hoje eu vim me preparando para chorar, deixar a emoção extravasar e com um sentimento de gratidão gigante. Levo daqui tanta coisa comigo... O valor da troca, principalmente. Essa troca genuína que tivemos aqui potencializa o trabalho de todo mundo. O resultado só é grandioso quando a gente realmente tem um encontro onde todo mundo fala a mesma língua, onde todo mundo coloca o amor e a paixão pelo ofício pela frente. Pantanal é um grande coletivo de pessoas muito apaixonadas pelo ofício.” 

 

Bella Campos (Muda)

“Como eu não era nascida na primeira versão da novela, embora conhecesse, não tinha a dimensão do que essa obra representava no Brasil. Mas já nas primeiras semanas de gravação eu fui entendendo melhor essa obra que fala sobre esse Brasil que está oculto para muitas pessoas, mas que a gente gosta de ver, de acessar. Eu me surpreendi nesse sentido, porque eu sabia que tinha sido um grande sucesso, mas não como aconteceu exatamente. Quando vi o primeiro capítulo entendi a grandiosidade de Pantanal. E comecei a entender o que conquistou o público tão fortemente 30 anos atrás, e que felizmente a gente conseguiu conquistar de novo agora. Para mim, foi uma grata surpresa, uma grata descoberta. O texto, a qualidade dos personagens, o fato de todos os personagens terem algo relevante a contar é um diferencial. E foi lindo ver a generosidade do público com a gente. Nós nos sentimos todos parte da mesma família, a família Leôncio. Eu percebo isso quando as pessoas vêm me falar da novela e eu acho que é por isso, porque é uma trama acolhedora. Eu vejo que as pessoas têm essa sensação de pertencimento à cozinha da Filó, às rodas de viola. De alguma forma, parecia que o público estava sempre ali com a gente e isso foi muito gostoso. E, além disso, todo o elenco estava muito entrosado. Tivemos esse presente que foi poder conviver juntos no Pantanal e trazer isso para os Estúdios Globo. A conexão da gente era tão forte que transpassamos isso para o público, que construiu essa história com a gente. Neste momento, de fim de gravação, o sentimento é de alívio porque quando essa novela começou eu não sabia se eu ia conseguir. Mas foi. Nasceu a Muda. Eu tinha muito medo porque era uma estreia nesse projeto gigantesco, com uma memória afetiva muito forte no público. Foi uma grande responsabilidade. E agora é um alívio. Outro sentimento que carrego nesse momento é gratidão, por esse presente e me sentir honrada de fazer parte dessa história. E saudade, muita saudade. Sentimento de coração quentinho e dever cumprido. O que fica desse projeto é a importância da generosidade. Eu acho que 'Pantanal' só foi esse sucesso porque existia muita generosidade entre todos, elenco, equipe, direção, comunicação, camareiras, caracterização... Em ‘Pantanal’ existiu muita troca e a gente mostra que a união faz a força.”   

 

Camila Morgado (Irma)

“Em ‘Pantanal’, como já existia a primeira versão, a gente não sabia ao certo como iria contar essa história, sabendo que a primeira vez tinha sido um grande sucesso. E como uma história de 30 anos atrás se torna nova para os dias de hoje. A gente ter começado a gravar pelo Pantanal fez com que a gente se habituasse, tivesse propriedade para contar essa história, então foi um processo muito leve e divertido. Meu primeiro trabalho na Globo foi ‘A Casa das Sete Mulheres’ e depois fiz muitos trabalhos aqui dentro. O que aconteceu em ‘Pantanal’, que é muito legal e muito raro é que equipe e elenco se dá muito bem, a gente se gosta, a gente quer estar junto, a gente se pertence, todo mundo se sente pertencido. Isso é raro, a gente conta nos dedos os trabalhos que ficam em um lugar muito especial. E Pantanal fica. Todo mundo é amigo, se gosta de verdade, isso é o que fica. No mais, dentro de mim fica o Pantanal, o lugar, o lugar que eu não tinha ideia de como era bonito, rico e que se a gente não mudar a nossa cabeça, pode não ter mais aquele lugar tão lindo como ele é.”

 

Dira Paes (Filó)

“Antes de fazer Pantanal fui espectadora. Eu não só tinha uma expectativa muito grande, como eu me imaginava lá naquela época fazendo Pantanal. Então quando eu recebi o convite, eu já senti uma emoção única e verdadeira. E isso já me encheu de potência, como se eu tivesse certeza de que seria uma boa novela. Mas eu não imaginava o quão ela ia ser abraçada pelo público e isso é surpreendente. Foi uma unanimidade e é tão raro viver isso. O sentimento que carrego hoje é de agradecimento à essa equipe e elenco incrível que fez a novela. Essa parceria com o Marquinhos Palmeira, que é uma pessoa tão importante na minha vida profissional. Eu tenho muito a agradecer por ele estar no meu caminho, espero cruzar com ele muito mais vezes na minha vida. E entender que viver os momentos especiais não é o cotidiano das pessoas. É preciso valorizar quando isso acontece e eu estou vivendo intensamente esse momento. Eu me apaixonei pelo Pantanal, o local. E eu acho que sou meio pantaneira também. Eu tenho que admitir que eu sou uma mulher que poderia ter nascido no Pantanal. Eu acho que tenho uma cara pantaneira. Eu poderia muito bem dizer que sou de lá, então eu te diria que hoje eu sou Pantanal. Também, além de amazônica.”

 

Guito (Tibério)

“Quando cheguei senti uma humildade unanime por parte do elenco sabendo que remake é remake, não havia a pretensão de ser o mesmo sucesso da primeira versão. Acho que todos estavam muito com essa ideia de fazer diferente. Usamos muitos recursos que hoje a tecnologia tem a nosso favor, e procuramos ficar o mais descontraídos possível. Criamos um clima gostoso entre elenco, equipe, direção e acho que isso transpareceu para a tela. O sentimento agora é que o coração está doendo. Está parecendo formatura do terceiro ano, quando a gente começa a assinar as camisas. Mas também dá um alívio de dever cumprido, de ter entregado uma boa história, bonita. Não dá para comparar as duas versões, o mundo mudou, os tempos são outros. Mas acho que, como daquela vez, conseguimos contar uma boa história. O que fica de 'Pantanal' em mim é a amizade. Com cada um do elenco, da direção, da equipe técnica, essa proximidade que a gente desenvolveu é algo que vai permanecer para o resto da vida. Foi realmente diferenciado” 

 

Irandhir Santos (Joventino/ José Lucas de Nada)

“A primeira coisa que senti quando recebi o convite foi uma sensação forte, uma pressão de tocar em algo tão bem feito e tão bem guardado na nossa memória. Logo em seguida, surgiu a vontade de fazer algo novo em relação a uma história já muito bem contada, e a questão da homenagem. Criar em cima de algo que já rolou e não perder nunca de vista a homenagem foram meus dois guias para superar um pouco essa expectativa. Devido ao mergulho ter sido tão profundo e bonito, eu sempre tenho um pouco de dificuldade quando chega perto de concluir. Porque você gosta do que está fazendo, se diverte, tem prazer na história que está contando, e concluir isso, encerrar esse ciclo é sempre difícil para mim. Na última semana, tem elementos que dão essa ajuda. Você entra no cenário e ele está 40% desarmado, você encontra colegas que já terminaram de gravar... Isso me ajuda a ir encerrando o ciclo aos poucos. 'Pantanal' me deixa a certeza de que é sempre possível contar uma boa história e emocionar as pessoas. Temos muitas histórias assim. O Benedito é um farol nisso, seu texto. Ele que vai nesse tão falado Brasil profundo, ele realmente toca na alma dos espectadores. E você vê essa resposta no público.”  

 

Isabel Teixeira (Maria Bruaca)

“No início das gravações não sofri com a expectativa criada pelo público e pela imprensa. Eu levo tudo isso como um trabalho. Não sinto essa pressão porque eu me sinto como uma trabalhadora, uma funcionária que funciona para as artes, como diz meu pai. Então, a pressão pode existir, mas quando você veste a camisa, você vai trabalhar e vai continuar trabalhando se for um fracasso. E também se for um sucesso. Então, que o dia de trabalho seja bom. Que a relação que você tem com as pessoas seja boa. Eu acredito nisso desde sempre. Hoje, com o fim das gravações, o sentimento que está presente é de muito agradecimento por um aprendizado que não dá para valorizar, no sentido de colocar valor, porque foi um grande aprendizado num curto espaço de tempo. Parece que eu vivi 10 anos em um, no sentido de adquirir conhecimento e aprendizado na prática. E foi uma delícia mergulhar nisso. Uma revelação da importância do público na dramaturgia, porque eu acho que esse sucesso todo se faz por essa resposta. Eu comecei a novela acreditando muito nessa escrita coletiva e sempre falei que essa personagem foi criada pelo Benedito, com a mão da Ângela, agora do Bruno, do figurino, da caracterização, minha, com o elemento do público, que escreve junto a novela. Eu me senti participando do país, de uma certa maneira. Sempre pensando nessa grandiosidade continental do nosso país. E quando eu me dei conta de que muita gente estava assistindo, comecei a fazer a conta de quantas pessoas assistiram e quantas sessões de uma peça de teatro eu teria que fazer para alcançar esse público... E aí fui me dando conta desse alcance e desse poder do público... É o público que manda, a gente trabalha para ele e ele responde. Em ‘Pantanal’ ele respondeu com esse novo instrumento, que são as redes sociais, que literalmente escreve junto. Eu saio com isso e com amigos novos, para a vida, acho que foi muito quente, humanamente quente, todas essas relações. Isso vai fazer parte da minha vida para sempre. O que de 'Pantanal' ficou em mim: o Pantanal mesmo, o local, essa natureza; a segunda natureza, que é o audiovisual e a teledramaturgia, com toda sua técnica; as pessoas, os atores, as atrizes e a equipe técnica; e ela, a Maria Bruaca. Eu já vivi muito isso, de você conviver com uma personagem muito tempo e de repente ela termina. É um fim de ciclo, um aprendizado você fazer isso. Acho bonito a gente ter essas lições de partir. A MaryBru fica, mas eu sei que agora tem esse desapego, não tem choro nem vela. Eu tirei a roupa e acabou. Mas, ao contrário do teatro, não tem repetição. Vai fazer “puf” hoje, mas está registrado. E hoje tem uma plataforma que eu posso ver qualquer capítulo a qualquer hora. Então é um outro tipo de desapego.” 

 

Jesuita Barbosa (Jove)

“Eu tinha uma ideia de que seria um projeto grande, com um resultado bom. E tinha muitas esperanças quando apareceu o convite. Eu acho que a gente já sente um pouco que vai ser um projeto bom, bem feito, com qualidade, organização para gravar. Eu acho que a pressão, diretamente, eu não senti. Eu senti que eu tinha de me organizar bem para fazer. A sensação é de que nós, do elenco e equipe, nos tornamos amigos, uma família. Acho que tem muito da casa do José Leôncio nesse sentimento, uma sede familiar. Isso aconteceu nos bastidores, tem uma família de pessoas que eu gosto e todo mundo sente a mesma coisa. De 'Pantanal' em mim fica muita ternura, atenção e cuidado com o outro.”  

 

José Loreto (Tadeu)

“A pressão do público e da imprensa a gente sentiu bem no início, antes de começar a gravar. Mas quando nos juntamos todos no Pantanal, elenco, equipe, direção, isso deu leveza para as coisas e o sucesso foi consequência dessa união. E logo foi embora essa expectativa ou qualquer medo da comparação. Gravando essas últimas cenas, eu sinto que podia ter mais um ano de gravação (risos). O trabalho foi muito cansativo, árduo, eu brinco que foi um perrengue 'chic'. Passamos três meses no Pantanal, deixando as famílias aqui. Foi intenso, quando voltamos para o Rio de Janeiro, gravamos muito. Foi muito puxado, cansativo, mas todo dia vindo com sorrisão na cara. Em 'Pantanal' tudo dá certo. Até quando tinha tudo para dar errado, deu certo. Eu vou sentir muita falta, saudade, do elenco que a gente se encontra uma vez por semana pelo menos fora do trabalho. E isso é especial, não é sempre que acontece esse entrosamento geral. Essa novela foi um acerto, a obra certa, no momento certo, falar de natureza, desse Brasil profundo, dessa conexão cheia de histórias boas, um clássico... 'Pantanal' é um marco para mim, de cabo a rabo. Desde a primeira vez que Papinha (Rogério Gomes) me ligou até agora, o último dia de gravação. As emoções que eu tive enquanto personagem, as vivencias, eu esqueci um pouco do Zé. Foi maravilhoso.”

 

Juliano Cazarré (Alcides)

“Eu fiquei muito feliz quando soube que a novela ia ter uma nova versão e eu mesmo me ofereci para estar no elenco. Costumo ter mais esperança do que expectativa. Eu tinha esperança de que ia dar certo. E estou muito feliz agora, tendo percorrido essa estrada toda, de ver que deu certo, que a novela caiu no gosto do público, e que a gente conseguiu fazer um bom trabalho. Estou feliz de ter participado disso. Eu sinto muito orgulho de ter participado, de ter feito parte dessa novela, de ter feito parte dessa aventura. Estou feliz que o público gostou da novela e no meu caso especificamente do Alcides, um personagem que teve uma boa recepção e que tem uma história linda dentro da trama, de redenção, um cara que se modifica ao longo do tempo. E ao mesmo tempo sinto um grande alivio de ter entregado, de estar chegando no final, entregando tudo o que a gente se propôs a fazer. Passamos pelas viagens ao Pantanal, quando foi difícil ficar longe da família. Nos últimos meses, gravando muito. Então, estou grato, orgulhoso, feliz e aliviado. 'Pantanal' me deixa grandes amizades. O Guito, o Thommy, que eu conheci nessa novela. Zé Loreto, que já é meu amigo, mas que foi muito bom reencontrar. Marquinhos Palmeira e Bel Teixeira, pessoas que eu já conhecia, mas que a gente teve a chance de se reaproximar muito. Amizades na direção, na equipe técnica. E essa novela foi um grande teste para mim. Eu estava num momento complicado da vida pessoal. Eu e minha esposa tivemos uma filha que precisou ficar em São Paulo. Hoje estamos gravando aqui as últimas cenas e ela passou pela terceira cirurgia. Deu tudo certo, graças a Deus. Foi uma novela que exigiu muito de mim no sentido emocional. É uma experiência que vai ficar marcada na minha vida, uma novela que eu jamais vou esquecer e dentro da minha carreira eu acho que ela é um ponto de inflexão. A chance de mostrar um trabalho maduro, de muitas emoções, um personagem de altos e baixos. Uma novela que vou guardar com carinho no meu coração.”

 

Marcos Palmeira (José Leôncio)

“Eu acho que todo mundo tinha um pouco essa responsabilidade de fazer o melhor que podia. Tínhamos um texto maravilhoso nas mãos e liberdade da direção. E acho que essa novela é muito fruto dessa equipe, eu vejo esse sucesso muito bem dividido. Um texto maravilhoso, uma equipe que bancou essa novela, técnicos de som, de luz, camareiros, maquiadores, o set era muito especial e isso nos deu muita segurança para que durante um ano a gente continuasse com o mesmo astral. Isso saiu da telinha, foi para a casa das pessoas. Eu sinto que o dever está cumprido e fico muito honrado por ter vivido esse momento único. Na minha idade, lembrar do tempo, da outra novela, representar esse papel que fez tanto sucesso com Claudio Marzo, um grande amigo... Tudo isso é especial. A gente pode acreditar na dramaturgia de verdade, não ter medo de contar a história, de dar tempo a ela, sair um pouco desse universo digital. É uma novela analógica, se você pensar, o tempo, a história, a dinâmica de vai e volta. A gente tem de acreditar na dramaturgia. Um texto bom é muito difícil que não dê certo. Alguns sucessos me surpreendem mais, esse não me surpreendeu. O que me surpreendeu foi a dimensão que tomou.”

 

Thommy Schiavo (João Zoinho)

“Quando eu soube que teria o remake, liguei para o Papinha (Rogério Gomes) e falei que queria muito fazer porque amo o meio rural. E aí, em junho de 2021, ele me ligou e me chamou para viajar para o Pantanal com a equipe. Naquele momento, ainda não sabia se estaria na primeira ou segunda fase. Conversamos, ele falou: como você entende de comitiva, vai ajudando a galera. Vai se defendendo nas comitivas da primeira fase, ficando nos bastidores, que na segunda você entra. E na segunda fase, além de estar no elenco, também fiquei com essa ajuda nos bastidores. Fomos construindo isso juntos porque a ideia é que todos passassem intimidade mesmo com aquele manejo e ajudei nisso. O sentimento é de dever cumprido. Ficamos um ano juntos, começa a dar aquela saudade. Mas tudo tem começo, meio e fim. Acho que conseguimos transmitir a mensagem da novela e estou muito feliz. Tudo dessa novela fica em mim, o aprendizado que tive, essa troca com os peões, com os atores, com a direção, com a equipe inteira. Fica a experiência, o aprendizado de mais uma novela.”  

"Pantanal" é escrita por Bruno Luperi, baseada na novela original escrita por Benedito Ruy Barbosa. A direção artística é de Rogério Gomes e Gustavo Fernandez, direção de Walter Carvalho, Davi Alves, Beta Richard, Cristiano Marques e Noa Bressane. A produção é de Luciana Monteiro e Andrea Kelly, e a direção de gênero é de José Luiz Villamarim.


.: "Travessia": tem como próxima parada Vila Isabel. Entenda tudo!

Chay Suede, Lucy Alves e Romulo Estrela estão em "Travessia" — Foto: Globo/Fábio Rocha 


Quando está prestes a deixar o Maranhão rumo ao Rio de Janeiro, Brisa (Lucy Alves) vê sua vida virar de cabeça para baixo. Seu destino é a capital fluminense, mas, chegando ao Rio, nada sai como esperado. Brisa imaginava encontrar Ari (Chay Suede) e ouvir do noivo o motivo de andar estranho, dando poucas notícias desde que saiu de casa. Mas ela está sem seus pertences, perdeu bolsa, celular e tudo o que trazia consigo na confusão da tentativa de linchamento, em São Luís. Tem em mãos apenas um papel onde anotou o endereço que Ari deixou quando partiu da cidade onde moravam. Ela só descobre, quando finalmente chega ao local, que Ari não está mais hospedado ali.

Brisa fica sem chão, e nesse momento conta com sua primeira ajuda carioca. Marineide (Flávia Reis) trabalha no prédio, vê o desespero da maranhense, que deixou o filho e a sogra no nordeste do país e não sabe nem por onde começar a procurar pelo noivo na cidade grande, e se compadece. Ela não tem muito a oferecer, mas tem um coração de mãe que entende as aflições de Brisa, e abre as portas de sua casa em Vila Isabel como um lar temporário para a jovem.

O bairro carioca pulsa a energia vibrante da boemia e o acolhimento típico de uma vizinhança que há muito se conhece, e chega como um alento para Brisa. Na casa de Marineide, ela também conhece Joel (Nando Cunha), seu esposo, e Karina (Danielle Olímpia), a filha do casal. Joel é garçom do “Encanto da Vila”. Boa gente, bem-humorado, aquele tipo de profissional que conhece cada cliente pelo nome, assim como o gosto de todos eles. Karina (Danielle Olímpia), como a maioria dos jovens de sua geração, tem nas redes sociais o meio preferido de comunicação para compartilhar sentimentos, marcar eventos e conversar com os amigos. A vida de Brisa começa a tomar um novo rumo quando ela é acolhida por essa família: Joel consegue um trabalho para ela no “Encanto da Vila” e, aos poucos, ela vai juntando dinheiro para voltar para sua cidade.  

O bar de propriedade de Nunes (Orã Figueiredo) é o ponto de encontro oficial da região. Além de Joel – e agora Brisa –, a clientela também esbarra por ali com Espeto (Iago Pires), o caixa, um rapaz alegre, mas que vive se metendo em trapalhadas por não conseguir deixar de falar a verdade, mesmo nos momentos mais inoportunos. Já Vandami (Raul Gazolla), personal trainer e professor da academia da região, é um dos clientes assíduos do estabelecimento.

Também moram em Vila Isabel a bela e incansável caçadora de sucesso e vantagens Silene (Aoxi), cujo sonho é ser musa da Escola de Samba de Vila Isabel; Dona Olímpia (Betty Goffman), que adora uma fofoca e sabe da vida de todos do bairro; a cabeleireira Cema (Dudha Moreira) e a manicure Rose (Aliny Ulbricht), que trabalham no salão de beleza que atende a vizinhança.

Imersa neste novo universo, Brisa não tem conhecimento de que o caos gerado pela deepfake ainda não terminou. A essa altura, corre aos quatro cantos do Maranhão que ela fugiu do interior, deixou o filho com a avó paterna e foi vista com outro homem pelas ruas de São Luís. Mais uma fake news sobre ela que se espalha. Ari fica sabendo e uma parte dele não acredita na fofoca; enquanto a outra quer muito crer que tenha sido realmente dessa forma, pois assim ele se livra da culpa de estar envolvido com Chiara (Jade Picon).  

Sem ter ideia da nova onda de boatos que se espalhou, Brisa consegue juntar dinheiro suficiente para voltar para casa e reencontrar Tonho (Vicente Alvite). Já no Maranhão, mais uma surpresa assustadora: ela descobre que o menino não está mais com Núbia (Drica Moraes). A pedido de Guerra (Humberto Martins), que quer dominar o novo genro e afastá-lo de seu passado, Ari leva o filho para o Rio de Janeiro. Desesperada, Brisa retorna ao Rio determinada a localizar Ari e resgatar Tonho. Novamente, Vila Isabel é seu refúgio: a maranhense volta a morar com a família de Joel e a trabalhar no “Encanto da Vila”, e ali começa sua busca pelo filho.

 "Travessia" é criada e escrita por Gloria Perez, com direção artística de Mauro Mendonça Filho, direção de Walter Carvalho, Andre Barros, Mariana Richard e Caio Campos. A produção é de Claudio Dager e Tatiana Poggi; e a direção de gênero é de José Luiz Villamarim.  


segunda-feira, 3 de outubro de 2022

.: "Horror Lavanda" discute opinião pública na era da hiperconexão


Com direção de Gustavo Trestini e dramaturgia de Rui Xavier, em diálogo com o ator Munir Kanaan, espetáculo estreia na Oficina Cultural Oswald de Andrade e tem temporada no espaço O Andar. Espetáculo propõe discussão sobre a opinião pública na era da hiperconexão e das redes sociais. Foto: L.P. Daniel


O julgamento de um homem acusado de assassinar brutalmente uma criança é o ponto de partida do espetáculo "Horror Lavanda", com direção de Gustavo Trestini e dramaturgia de Rui Xavier, em diálogo com o ator Munir Kanaan. A peça tem sua temporada de estreia até dia 8 de outubro na Oficina Cultural Oswald de Andrade, e, depois segue em cartaz no espaço O Andar, de 15 de outubro a 6 de novembro.

Na trama, um advogado precisa decidir se aceitará um caso com potencial de mudar a sua vida, sem ter a certeza da inocência de seu cliente. Trata-se de um poderoso industrial acusado do assassinato atroz de uma criança. Preso entre a oportunidade na carreira e o dilema moral que se infiltra em sua consciência na forma de uma dúvida inquietante, o protagonista tem um encontro definitivo com a monstruosidade humana, e, portanto, com a sua própria.

Na hiperconexão do mundo contemporâneo, os julgamentos se formam quase instantaneamente, e a opinião pública na internet é, sozinha, o juiz, o júri, e, com frequência, o carrasco. Ao público, cabe decidir: esse homem tem sua parcela de culpa, ou sua tragédia é somente um azar? Como nos comportamos, cada um de nós, na histeria dos julgamentos digitais? Como tomar uma decisão, quando fazer a coisa certa pode custar a sua vida ou a de outra pessoa?

Após trazer à cena, em Hotel Mariana, o testemunho humano direto de uma das mais importantes tragédias da história recente brasileira, Munir Kanaan continua refletindo sobre o tempo presente com sua nova criação, o espetáculo solo Horror Lavanda, escrito pelo dramaturgo Rui Xavier a partir de um processo de “dramaturgia comentada”, ou seja, um processo de escrita estimulada por discussões, leituras e releituras junto ao ator/criador. 

A partir de temas de extrema relevância da atualidade, como a força das redes sociais, das fake-news e da opinião pública nos linchamentos morais, foi desenvolvida uma densa história de suspense que reflete sobre os aspectos mais sombrios da natureza humana, e de como eles interagem com a nossa sociedade em particular.

Sinopse
Na hiperconexão do mundo contemporâneo, os julgamentos se formam quase instantaneamente, e a opinião pública na internet é, sozinha, o juiz, o júri, e, com frequência, o carrasco. Para aceitar um caso com potencial para mudar sua vida, um advogado terá que enfrentar essa onda, sem ter a certeza de que seu cliente, um poderoso industrial acusado do assassinato atroz de uma criança, seja realmente inocente. Preso entre a oportunidade na carreira e o dilema moral que se infiltra em sua consciência na forma de uma dúvida inquietante, o protagonista tem um encontro definitivo com a monstruosidade humana, e, portanto, com a sua própria.


Ficha técnica
"Horror Lavanda", de Rui Xavier
Idealização e direção de produção:
Munir Kanaan
Elenco: Munir Kanaan
Dramaturgia: Rui Xavier
Direção: Gustavo Trestini
Arquitetura cênica: Eric Lenate
Desenho de luz: Rodrigo Caetano
Trilha sonora e vídeo: L.P. Daniel
Figurino: Carol Reissman
Operação de som: May Manão
Operação de luz: Alexandre Gonzalez
Técnico e operador de vídeo mapping: VJ. Alexandre Gonzalez
Realização: Gengibre Multimídia e Vasta Cia de Teatro


Serviço
"Horror Lavanda", de Rui Xavier
Classificação:
14 anos
Duração: 55 minutos

Oficina Cultural Oswald de Andrade -
Rua Três Rios, 363 - Bom Retiro
Temporada: até dia 8 de outubro
De quarta a sexta, às 20h, e aos sábados e feriados, às 18h
Ingressos: grátis, distribuídos uma hora antes do espetáculo
Capacidade: 40 lugares

O Andar -
Rua Dr. Gabriel dos Santos, 30 - 2ºAndar, Santa Cecília (próximo do metrô Marechal Deodoro)
Temporada: 15 de outubro a 6 de novembro
Aos sábados, às 20h, e aos domingos, às 18h
Ingressos: R$ 10
Capacidade: 50 lugares

.: Mulher prejudicada pela dark web é o ponto de partida da novela "Travessia"

Novos crimes na delegacia de Helô e o jogo de gato e rato com Stenio. Na imagem, Helô (Giovanna Antonelli) e Yone (Yohama Eshima) na delegacia. Foto: Globo/João Miguel Júnior


Trazendo personagens que voltam ao ar depois de dez anos e alimentam o lado nostálgico dos fãs de “#Steloisa”, o núcleo da delegacia de "Travessia", que estreia no dia 10 de outubro, na TV Globo, também vem a público recheado de novidades. A começar por Helô (Giovanna Antonelli) e Stenio (Alexandre Nero) que, além de viverem a divertida história de idas e vindas enquanto casal, agora têm envolvimento direto na trama de Brisa (Lucy Alves) e na rivalidade entre Guerra (Humberto Martins) e Moretti (Rodrigo Lombardi).

A pedido de Creusa (Luci Pereira), madrinha de Brisa, é a delegada Helô quem investiga a deepfake que transforma a maranhense em uma suposta criminosa. Já Stenio é o advogado que representa Moretti no Brasil na disputa envolvendo a licitação do casarão que a construtora Guerra pretende ganhar.

Para Giovanna Antonelli, poder contar em "Travessia" tudo o que aconteceu na vida de Helô desde a última vez em que ela esteve no ar, em "Salve Jorge", é uma oportunidade de mostrar que mudanças acontecem na vida de todos. “Não somos mais as mesmas pessoas, mas a história que a Gloria resolveu contar é deles, então temos que resgatá-los também. Helô ganha uma nova camada que é a investigação dos crimes digitais. Ela é uma mulher que me representa, em quem eu acredito, e tem inspiração em muitas delegadas do Brasil”, defendeu a atriz. “Também somos responsáveis pelas reviravoltas da trama, é um trio de amor e humor”, completou Giovanna, fazendo menção a Stenio e Creusa.

Alexandre Nero concordou com a parceira de cena e elogiou os novos rumos de Stenio nesta obra. “A felicidade não funciona o tempo inteiro em novela, precisa de conflito. Por isso a escolha de trazer esses personagens em um outro momento foi muito inteligente. A semente é a mesma, tem a relação de gato e rato, humor e drama, afeto e carinho... Mas a passagem de tempo é inevitável”, ponderou. “Stenio é um homem sagaz, um advogado competente e sedutor, que agora vai transitar por diferentes cenários. Ainda assim, esse homem tem um outro lado: não foi ele quem pediu o divórcio. Ele era uma pessoa leve, mas agora tem a carga de dez anos a mais, chegam os dramas dos 45, 50 anos. Ele parece mais solitário”, especulou o ator.

Luci Pereira está radiante com o retorno de Creusa e também vibrou pela personagem: “Dar vida novamente à Creusa foi um presente, uma surpresa muito grande! Este é o quinto trabalho que faço com Gloria Perez, o que é maravilhoso. Além disso, trabalhar com Alexandre e Giovanna é extremamente prazeroso, os dois são muito generosos e ajudam bastante no trabalho em cena”.

Já Ana Lucia Torre destacou a chance de estrear um texto da autora como Cotinha, tia de Helô e das irmãs Guida (Alessandra Negrini) e Leonor (Vanessa Giacomo), uma mulher de personalidade forte, assim como as três sobrinhas. “Depois de tantos anos de carreira é a primeira vez que eu trabalho com a Gloria. É uma honra! A Cotinha é a tia de um trio explosivo. Ela conhece muito bem as sobrinhas e não se deixa levar por elas, é bem incisiva. Ela é quem traz o trio de volta ao prumo”, detalhou. 

Ainda na trama da delegacia, a nova dupla de Helô é a investigadora Yone (Yohama Eshima), que não só testemunhará as idas e vindas da colega de trabalho com Stenio como também ajudará a apresentar ao público o tema da dark web. “O tema é novo e assustador, principalmente para alguém como eu, que nunca teve contato com isso. Eu tenho falado com policiais que trabalham com esse tipo de crime (digital) e tenho visto a gravidade dos problemas que eles trazem. Minha personagem, junto com a Helô, traz um alerta para as famílias brasileiras. É importantíssimo falar sobre esse assunto”, afirmou Yohama.

Quem atua por meio da dark web é Oto (Romulo Estreka). O hacker precisa encontrar os meios de desempenhar todas as suas missões, incluindo a mais recente, encomendada por Moretti, e recorre a esse ambiente para agir sem ser reconhecido. “A gente não pode olhar para o Oto e achar que ele é um mocinho. Ele é um hacker, invade sites, trabalha na dark web. Ele é essa figura, mas, como todos nós, tem dois lados. A gente vê essa dualidade e fica com essa dúvida o tempo inteiro sobre ele. O Oto não é um cara fácil, nunca teve um relacionamento; é um cara do mundo, um nômade. O que pega ele é justamente a possibilidade de construir uma relação com Brisa, algo que ele nunca teve. No fundo, ele sente essa vontade de ficar com ela”, contou Romulo Estrela.

A autora Gloria Perez aproveitou a ocasião para revelar que a família de Laís (Indira Nascimento), sócia de Stenio, abordará mais um dos grandes temas da novela: a dependência tecnológica. Indira Nascimento falou sobre a complexidade de sua personagem e detalhou como se preparou para interpretar a advogada: “É a primeira vez que faço uma obra aberta, e eu estou extremamente honrada de trabalhar com esse elenco. A Laís tem mais experiência que minha personagem anterior. Ela já tem filhos e marido. Eu me aproximei mais de pessoas que se assemelhassem a esse perfil, primeiro com advogadas pretas e depois com pessoas mais velhas e que fossem ligadas à família, assim como a Laís”.

Monteiro (Ailton Graça), marido de Laís, é um professor de História que tenta correr atrás dos avanços dos dias de hoje. Ainda não se adaptou ao esquema do mundo virtual e não abre mão do bom e velho espaço físico de troca com os alunos. Essa característica gera ruídos na sua relação com a filha adolescente Isa (Duda Pereira) que, ao contrário do pai, é superantenada e adora estar conectada nas redes sociais – assim como o irmão, Theo (Ricardo Silva). “É um prazer estar de novo em uma novela da Gloria Perez, com quem eu estreei na TV, em 2009. Esse personagem foge ao estereótipo da malandragem de Tião, de ‘Cama de Gato’. O Monteiro é ligado à família, apaixonado pela esposa e pelos filhos. Ele não se adaptou aos tempos atuais, não consegue lidar com a modernidade. Ele está focado em uma visão familiar que não é mais a habitual. Por isso, ele tenta reunir e vigiar a família o tempo todo”, explicou Ailton, que também comemorou quando a autora adiantou na conversa com os jornalistas que seu personagem curte a gafieira e terá cenas neste ambiente.

Isa é vivida pela atriz Duda Pereira, que destacou a familiaridade com o assunto que o núcleo de sua personagem trará à tona em "Travessia". “A gente vai contar uma história que é muito próxima da minha realidade. Eu também tenho um pai rígido, mas não tão presente, e uma mãe presente. Sou superamiga do meu irmão. Então, me enxergo nessa história. Está sendo uma experiência diferente e nova. Todo dia tem sido uma construção, com muita ajuda do Ailton e da Indira”, disse. 

Para retratar todas as novidades deste núcleo, os cenários dos personagens foram construídos nos Estúdios Globo por inteiro, sem boca de cena. Por lá foram montados o novo apartamento de Helô, a delegacia, o escritório de Stenio e Laís, o apartamento de Stenio e a casa da família de Monteiro. “Os cenários estão lindos! O momento dos personagens que voltam ao ar é outro, então tudo foi atualizado. Qualquer cenário hoje está em um momento novo. O cenário fixo está a serviço do personagem. Não tem mais boca de cena, então ele dá mais possibilidade para o ator, para o câmera, para a equipe. A vantagem do cenário fechado é possibilitar trabalhar com câmeras menores e ter um ótimo resultado de fotografia”, explicou o gerente de produção Claudio Dager.

Próxima novela das 21h na TV Globo, "Travessia" é criada e escrita por Gloria Perez, com direção artística de Mauro Mendonça Filho, direção de Walter Carvalho, Andre Barros, Mariana Richard e Caio Campos. A novela, que fala sobre a jornada de uma mulher para reconstruir a vida após ser vítima de uma fake news, é protagonizada por Lucy AlvesChay Suede e Romulo Estrela. A produção é de Claudio Dager e Tatiana Poggi; e a direção de gênero é de José Luiz Villamarim. 


.: Entrevista: Murilo Benício fala sobre o Danilo de "Chocolate com Pimenta"

 

"Essa novela tem aquele lugar especial na minha memória", diz Murilo Benício sobre 'Chocolate com Pimenta'. Em entrevista, o ator ator relembra o trabalho como o protagonista Danilo. TV Globo/ Gianne Carvalho

"Chocolate com Pimenta" é uma novela que só traz recordações boas para Murilo Benício, até mesmo os banhos de lama que ele confessa que ficava mal-humorado para gravar. Por isso o ator diz que está animado com a reexibição da trama. "Eu recebi a notícia com muita felicidade, essa novela tem aquele espaço especial na minha memória. Foi uma novela muito gostosa de fazer, muito divertida, com direção do Jorginho Fernando – foi uma época em que eu estava fazendo muitos trabalhos com ele. A equipe era engraçada, as pessoas muito legais. É legal saber que vai voltar. É como abrir um álbum antigo de fotos", conta Murilo.   

Na trama de Walcyr Carrasco, o ator vive o protagonista Danilo, o jovem mais bonito e popular da fictícia cidade de Ventura que se apaixona por Ana Francisca (Mariana Ximenes), moça tida como o "patinho feio" entre a turma da escola. Juntos eles irão viver uma história de amor com as interferências da mimada Olga (Priscila Fantin), que não aceita perdê-lo para a rival. Murilo relembra que quis interpretar um mocinho diferente dos padrões. "Eu queria fazer um herói covarde e acho que consegui. Tinham cenas em que eu apanhava. O Danilo morria de medo de brigar; eu queria fazer um anti-herói. Lembro de ter tentado fazer algo bem diferente do que se espera". Nesta entrevista, o ator relembra o trabalho e comemora o fato de ter mais uma novela em que atuou sendo exibida na TV Globo.

Como recebeu a notícia da volta de "Chocolate com Pimenta"?
Murilo Benício - 
Eu recebi a notícia com muita felicidade, essa novela tem aquele lugar especial na minha memória. Foi uma novela muito gostosa de fazer, muito divertida, com direção do Jorginho Fernando - foi uma época em que eu estava fazendo muitos trabalhos com ele. A equipe era engraçada, as pessoas muito legais. 


Como é a sensação de ter mais uma novela em que você atuou sendo exibida?
Murilo Benício - 
É legal saber que vai voltar. É como abrir um álbum antigo de fotos. E é engraçado, é bom saber o quanto eu já trabalhei para a Globo. 


O que esse trabalho teve de mais especial para você?
Murilo Benício - 
O mais especial foram as pessoas, todo o universo do trabalho, eram os anos 1920, uma novela de época, das 18h, superdelicada, sem ser ingênua. É só coisa boa que lembro. 


O que você recorda da personalidade do Danilo e dos desafios de viver o personagem?
Murilo Benício - 
Eu recordo que quando peguei o papel queria fazer um herói covarde e acho que consegui. Tinham cenas em que eu apanhava. O Danilo morria de medo de brigar; eu queria fazer um anti-herói. Lembro de ter tentado fazer algo bem diferente do que se espera. 


Qual a cena ou sequência mais te marcou na novela?
Murilo Benício - 
A sequência que mais me marcou foi uma vez em que eu cheguei numa externa e o personagem do Marcello Novaes tinha que me jogar na lama. Não era um curral, mas era onde ficavam os porcos e eu estava com uma preguiça de fazer essa cena... Fizemos a cena, fiquei todo sujo de lama, tive que tomar um banho no meio da externa, fui embora super mal-humorado, e a cena fez tanto sucesso, que o Walcyr (Carrasco) escreveu mais três dessas para mim (risos).


Tem planos para depois do fim das gravações de 'Pantanal'?
Murilo Benício - 
Eu estou fechando meu segundo longa-metragem, "Pérola", que será exibido no Festival do Rio de Janeiro e estreará na época do Natal.

"Chocolate com Pimenta - Edição Especial", tem autoria de Walcyr Carrasco, com direção de núcleo de Jorge Fernando. A direção geral é de Fabrício Mamberti e direção de Fred Mayrink.

.: Peça "Engolindo Mágoas em Doses Homeopáticas" estreia em São Paulo

As atrizes Beliza Trindade, Juliana Aguiar e Lilian Menezes interpretam três mulheres, três tempos e três histórias. O que há em comum entre mulheres que vivem em 1949, 1989 e 2019? Foto: Gunnar Vargas 

"Engolindo Mágoas em Doses Homeopáticas" é o novo trabalho do Coletivo Pedra Rubra que estreia dia 8 de outubro. A criação, dramaturgia, encenação e direção são das atrizes Beliza Trindade, Juliana Aguiar e Lilian Menezes. O espetáculo foi criado com o projeto "Mulheres, nas Margens da Sul" no qual foi contemplado pelo Edital de Múltiplas Linguagens da Secretaria de Cultura. 

No espetáculo, há três mulheres, três tempos e três histórias. O que há em comum entre mulheres que vivem em 1949, 1989 e 2019? Gravidez, abuso, assédio, relacionamento, violência. Não é loucura, insanidade, doença. É como um vírus da nossa sociedade, ver a mulher como menos, como objeto, como posse. E seguimos carregando essa marca, a marca do sangue que escorre, Engolindo em Doses Homeopáticas toda a dor que carrega uma mulher. 


Ficha técnica
"Engolindo Mágoas em Doses Homeopáticas"
Criação, encenação, direção e dramaturgia:
Beliza Trindade, Juliana Aguiar e Lilian Menezes
Elenco: Beliza Trindade, Juliana Aguiar e Lilian Menezes
Assessoria de imprensa: Pombo Correio
Foto: Gunnar Varga
Criação de trilha sonora: Yuri Christofor
Figurinista: Laura Alves
Técnico de luz: Rodrigo Pivett
Registro audiovisual: Daniel Carvalho
Arte gráfica: Bartira Trindade
Produção: Simone Carvalho
Classificação indicativa: 14 anos
Duração: 60 minutos
Grátis 


Serviço
"Engolindo Mágoas em Doses Homeopáticas"

8 a 21 de de outubro
CCSA Centro Cultural Santo Amaro
Av. João Dias, 822 - Santo Amaro - São Paulo
Apresentações nos dias 8, 9, 16 e 21
Sexta-feira, às 20h30; Sábado, às 10h; Domingo, às 19h


4 de novembro
CEU Cidade Dutra
Av. Interlagos, 7350 - Interlagos - São Paulo
Sexta, às 20h30


10 de novembro
CEU Casa Blanca
R. João Damasceno, 85 - Vila das Belezas - São Paulo
Quinta, às 20h30


17 e 18 de novembro
Casa de Cultura Butantã
Av. Junta Mizumoto, 13 - Jardim Peri Peri - São Paulo
Quinta e sexta-feira, às 20h30

.: Versão menos apimentada de "Verdades Secretas II" estreia na Globo

A edição é marcada pelo desejo de vingança de Giovanna (Agatha Moreira) em relação à rival Angel (Camila Queiroz) pela morte de seu pai. Foto: Globo/João Cotta

Continuação da trama exibida originalmente na TV Globo em 2015 - vencedora do Emmy Internacional 2016 de Melhor Novela - "Verdades Secretas II" chega à TV aberta nesta terça-feira, dia 4 de outubro, em uma versão exclusiva, menos apimentada, da trama envolvente que se tornou a mais assistida do Globoplay em 2021.

Escrita por Walcyr Carrasco e com direção artística de Amora Mautner, a obra traz uma atmosfera de mistério e sedução ambientada no universo da moda, sob o glamour, o luxo e o poder. Desta vez, o fio condutor é a busca de Giovanna (Agatha Moreira) pela verdade sobre o assassinato de seu pai, Alex (Rodrigo Lombardi). Ela acredita que Angel (Camila Queiroz) o matou e faz de tudo para desmascarar a antiga rival com a ajuda do investigador particular e ex-policial Cristiano (Romulo Estrela). Ao longo da história, os três formam um triângulo amoroso repleto de intrigas e segredos, e o embate entre Giovanna e Angel surge como um dos pontos principais da trama.

Composta de personagens intensos, ambíguos e enigmáticos, "Verdades Secretas II" traz uma estética com características bem particulares. Inspirada no voyeurismo, a narrativa conduz o espectador a observar cada personagem de perto e descobrir seus segredos, a sua "verdade secreta". O figurino, a caracterização e a trilha sonora traduzem toda a essência da obra, com ousadia e atemporalidade.   

A história parte de alguns anos depois da primeira temporada. Angel se tornou uma mulher madura, mas mantém a mesma aparência inocente, apesar de esconder muitos segredos. Passando por dificuldades financeiras, especialmente quando o filho pequeno fica gravemente doente, ela volta a trabalhar como modelo e está disposta a ir além do ‘book rosa’ para pagar o tratamento e curá-lo.

Já Giovanna ganhou bastante experiência de vida após uma longa temporada vivendo em Paris. De volta ao Brasil, ela quer provar que foi Angel quem matou seu pai para que possa tomar posse da herança, já que o corpo de Alex ainda está desaparecido. Sem pudores, Giovanna inicia um grande confronto com a modelo e investirá em diversas táticas para que a rival confesse o crime e vá para a cadeia.

Na agência de modelos, a nova e poderosa dona agora é Blanche, interpretada pela atriz portuguesa Maria de Medeiros, conhecida por sua atuação em filmes famosos, como "Henry e June", de Philip Kaufman, e "Pulp Fiction", de Quentin Tarantino. Entre os principais nomes do casting de Blanche, estão Laila (Erika Januza), Bruno Montaleone no papel de Matheus, Mayara Russi como a modelo plus size Vitória, e Ícaro Silva como Joseph.

Modelo de carreira internacional, Rhay Polster, estreia na TV no papel de Chiara, uma das melhores profissionais da agência, e Júlia Byrro chega como a adolescente Lara, que será um dos destaques na empresa. Desfiles de moda grandiosos são novamente reproduzidos na trama, agora com a estilista Betty (Deborah Evelyn) à frente dos eventos em parceria com Blanche. A enteada de Betty, Irina (Julia Stockler) passa a trabalhar na agência em determinado momento da história, e seu irmão Giotto (Johnny Massaro) também convive no meio, pois namora a modelo Giulia (Iza Moreira).   

Além da agência, outro ambiente da trama é a casa noturna de Ariel (Sergio Guizé), marido de Laila, e Percy (Gabriel Braga Nunes), onde os modelos e outros personagens se divertem. Assim como na primeira temporada, a história se passa em São Paulo, uma metrópole que se soma a outras grandes ao redor do mundo graças à tecnologia e à liberdade criativa da equipe de cenografia e efeitos visuais, que traz para as paisagens e cenários de "Verdades Secretas II" elementos de Tóquio, Nova Iorque e Chicago.

Papéis que se destacaram na primeira temporada retornam à nova fase da história, como os divertidos Visky (Rainer Cadete) e Lurdeca (Dida Camero), e a família de Giovanna, composta pelo irmão Bruno (João Vitor Silva) e a mãe Pia (Guilhermina Guinle), que casou e teve um filho com o seu ex- personal trainer Igor (Adriano Toloza).

Com estreia no dia 4 de outubro na TV Globo, "Verdades Secretas II" vai ao ar de terças às sextas nas noites da TV Globo. Às terças, após o "Profissão Repórter", às quartas depois de "'Que História é Essa, Porchat?", às quintas logo em seguida de "Ilha de Ferro" e às sextas após o "Globo Repórter". É uma obra original Globoplay desenvolvida pelos Estúdios Globo, criada e escrita por Walcyr Carrasco, com Nelson Nadotti, Márcio Haiduck e Vinicius Vianna. A direção artística é de Amora Mautner, com direção de Isabella Gabaglia, Bruno Safadi, Fellipe Barbosa e Gabriela Amaral. A produção é de Barbara Monteiro e Isabel Ribeiro, e a direção de Gênero é de José Luiz Villamarim.


domingo, 2 de outubro de 2022

.: 1x6: "She-Hulk" em "Just Jen" é uma super madrinha de casamento

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em setembro de 2022


Lá vem a noiva! Eis a temática do sexto episódio, da série "She-Hulk" batizada com o título de "Just Jen". Desta vez, a pequena advogada Jennifer Walters (Tatiana Maslany) é convocada a ser madrinha de casamento de uma amiga de infância com quem não tem mais contato. Os preparativos e a cerimônia não são tanto a praia dela e, muito menos, o posto de madrinha, mas, educada, ela aceita e chega lá, no seu modo verdona, toda garbosa num modelito feito pelo designer de heróis. 

Causando alvoroço pela aparência e pela fama que já tem, a chegada da "Mulher-Hulk" desagrada a noiva que pede para que ela fique ali como Jen. E aí tudo ganha mais graça, pois há muita diferença na estatura entre a verdona e Jen, logo as roupas ficam sobrando tecido na pequenina advogada. Para piorar a situação, ela não tem ao lado a amiga Nikki (Ginger Gonzaga) que, por sua vez, está trabalhando em parceria com Amelia (Renee Elise Goldsberry) para atender um caso típico de homem que corre das relações, mas tem seus amores. Personagem interessantíssimo!

Para tirar ainda mais o sorriso do rosto de Jen, surge nos festejos para o matrimônio da amiga, a rival, a vilã Titânia (Jameela Jamil, de "The Good Place"). Enquanto ela tenta fugir dos problemas, mastigando, um cara se aproxima parecendo interessado nela. No entanto, chega o momento de grande troca de provocações, as duas partem para a pancadaria, mas com o pedido de Titânia para que a advogada vire a verdona. A "invocação" de Jen é engraçada e as duas transformam o evento numa briga com muita destruição.

Contudo, as cenas antes do desfecho do sexto episódio de "She-Hulk", instala um circo de pulgas atrás das nossas orelhas, pois a situação de Jen e sua heroína gigante, a Mulher Hulk estão no alvo de ataque e, provavelmente, a fortona levará a pior. Embora pareça que o caldo vá engrossar, acompanhar a série está sendo bastante divertido.

Seriado: She Hulk: Attorney at Law, Mulher Hulk: Defensora dos Heróis

Episódio: 6 "Just Jean"

Elenco: Tatiana Maslany, Jameela Jamil, Ginger Gonzaga, Mark Ruffalo, Josh Segarra, Jon Bass, Renée Elise Goldsberry, Tim Roth, Benedict Wong, Charlie Cox

Exibido em 22 de setembro de 2022


*Editora do portal cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm


Leia + sobre os episódios de "She-Hulk", "Mulher-Hulk"

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