terça-feira, 13 de setembro de 2022

.: “Os Suburbanos”, de Rodrigo Sant’Anna, leva comédia para telonas

Longa baseado na série de sucesso do Multishow lança trailer e cartaz


Da Zona Norte do Rio para os cinemas brasileiros, “Os Suburbanos” acaba de ganhar trailer e mostra o ator Rodrigo Sant’Anna na pele de Jefinho (Rodrigo Sant’Anna), um piscineiro que deseja se tornar um cantor de pagode. O carioca trabalha na casa do dono de uma gravadora e não mede esforços para realizar o sonho de fazer sucesso na música nem que, para isso, tenha que se envolver com a mulher do seu patrão. Confira o vídeo aqui e veja uma prévia das peripécias que ele apronta no longa, o primeiro dirigido por Luciano Sabino e inspirado na série de TV homônima, exibida pelo Multishow.

A peleja de Jefinho não está nada fácil em “Os Suburbanos”. Ele quer ser uma celebridade, mas não imagina quantos obstáculos vai precisar superar para alcançar a fama. Quando as coisas parecem começar a dar certo, ele se envolve em uma confusão que vai tirá-lo de cena e atrapalhar seus planos. Diante desse cenário movimentado, Jefinho ainda vai precisar lidar com novidades na família, até alcançar o objetivo de emplacar seus hits com o grupo Farol do Pagode.

Além de protagonista, Rodrigo Sant’Anna também assina o roteiro ao lado de Denise Crispun. O elenco do longa conta ainda com Babu Santana, Cristiana Oliveira, Carla Cristina Cardoso, Nando Cunha, Mariah da Penha, Isabelle Marques, Marcello Caridade, Tadeu Mello, Wagner Trindade, Leandro Lamas, Michelle Martins, Paulo Cesar Grande e Ivone Hoffmann. E tem participações especiais de Tiago Abravanel, Rafael Portugal, Paulo Cesar Grande e Jojo Maronttinni. “Os Suburbanos - O Filme” é uma produção da Hungry Man, com coprodução da Globo Filmes, e distribuição da Downtown Filmes e Paris Filmes.

Sinopse: O suburbano Jeferson de Souza dos Santos faz de tudo para encontrar o sucesso como cantor em uma banda de pagode. Tendo que se dividir entre limpar a piscina do dono de uma gravadora, ter um caso tórrido com a esposa dele, se ver envolvido num golpe e ainda aceitar as novidades na família, Jefinho ainda arranja tempo para compor a canção que alavancará definitivamente sua carreira musical, o hit instantâneo “Xavasca Guerreira”.

Elenco

Rodrigo Sant'anna - Jefinho

Carla Cristina Cardoso - Gislene

Babu Santana - Wellington

Nando Cunha - Dinda

Mariah da Penha - Avóia

Isabelle Marques - Pamela

Marcello Caridade - Charles

Tadeu Mello - China

Wagner Trindade - Sérgio

Leandro Lamas - Batata

Michelle Martins - Tatiene

Paulo Cesar Grande - J.P.

Cristiana Oliveira - Lorena

Ivone Hoffmann - Dona Ester

segunda-feira, 12 de setembro de 2022

.: "Via Ápia", o primeiro e aguardado romance de Geovani Martins


Confirmado na Flip 2022, Geovani Martins publica seu primeiro e aguardado romance que acompanha cinco jovens que têm a vida abalada quando a polícia invade a Rocinha para instalar uma UPP.

Dia 23 de setembro chega às livrarias "Via Ápia", o primeiro romance de Geovani Martins, lançado pela Companhia das Letras. Depois de estrear na literatura com a coletânea de contos "O Sol na Cabeça" e alçar de imediato a condição de ponta de lança da ficção brasileira, com forte repercussão internacional, sendo publicado por grandes editoras em mais de dez países, Geovani apresenta seu primeiro romance e já é presença confirmada na Flip deste ano.

Nesta engenhosa narrativa sobre os impactos da instalação da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) na vida dos moradores da Rocinha, a trama é dividida em três partes: a expectativa com relação à invasão; a ruidosa instalação da UPP; e a silenciosa partida da polícia e a retomada dos bailes funk que fazem o chão da favela tremer. Em capítulos curtos, que trazem perspectivas cruzadas, o narrador nos conduz pelas vidas dos cinco jovens protagonistas - suas paixões, amizades, dramas pessoais, ambições, frustrações, sonhos e pesadelos.

Brilhante nos diálogos e mestre na narrativa, Martins é também certeiro no diagnóstico dos efeitos perversos da guerra às drogas. Ao enviar sua tropa de choque para a Rocinha, o Estado parece apresentar uma única resposta aos problemas do Brasil: a morte. A resposta dos moradores é bem outra: a vida, sempre ela, é o que faz a favela pulsar. Você pode comprar o livro "Via Ápia", de Geovani Martins, neste link.


Sobre o autor
Geovani Martinsnasceu em 1991, em Bangu, no Rio de Janeiro. Trabalhou como “homem-placa”, atendente de lanchonete e de barraca de praia. Em 2013 e 2015, participou das oficinas da Festa Literária das Periferias, a Flup. Publicou alguns de seus na revista Setor X e foi convidado duas vezes para a programação paralela da Flip. Seu primeiro livro, a coletânea de contos "O Sol na Cabeça" (Companhia das Letras, 2018), está sendo adaptado como série e ganhou edições em dez territórios, por casas prestigiosas como Farrar, Straus and Giroux, Faber & Faber, Gallimard, Suhrkamp e Mondadori.


.: Clássico "Geografia da Fome" volta em nova edição e continua atual

Traduzido para mais de 25 idiomas, um clássico fundador dos estudos sobre a fome. Nesta nova edição: texto de apresentação de Milton Santos e prefácio de Silvio Almeida. 

Quando o livro "Geografia da Fome" foi lançado, em 1946, o país passava por um processo de redemocratização após a ditadura do Estado Novo e tentava enfrentar suas fraturas mais evidentes. Decorridos mais de 70 anos, é doloroso notar como elas se aprofundaram. Basta lembrar que, em 2022, 33 milhões de pessoas ainda passam no fome no país. Traduzido para mais de 25 idiomas, o clássico volta em nova edição pela editora Todavia, com texto de apresentação de Milton Santos e prefácio de Silvio Almeida.

Josué de Castro denuncia na obra a fome coletiva como um fenômeno social presente em todos os continentes, com foco no Brasil, defendendo que ela é decorrente dos sistemas econômicos e sociais, não de condições climáticas, argumento que amplia o escopo do debate sobre as raízes do subdesenvolvimento. Considerando como regiões de fome aquelas em que ao menos metade da população apresenta carências de nutrição evidentes, o autor divide o país em cinco áreas definidas por seus hábitos alimentares, identificando as que vivem em estado de fome crônica - endêmica ou epidêmica - e as que apresentam quadro de subnutrição.

O autor pesquisou o tema da nutrição no Brasil desde o início da década de 1930, quando trabalhava como médico em uma fábrica no Recife. Após transferir-se para o Rio de Janeiro, atuou no desenvolvimento de políticas públicas ligadas à alimentação. Presidente da FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura), deputado federal por Pernambuco em duas legislaturas e mais de uma vez cotado para o prêmio Nobel, teve seus direitos políticos cassados pela ditadura militar, em 1964. Você pode comprar o livro "Geografia da Fome", de Josué de Castro, neste link.


Sobre o autor
Josué de Castro
nasceu em 1908, no Recife. Médico especialista em nutrição, geógrafo e professor, foi embaixador do Brasil na ONU. Morreu no exílio, em Paris, em 1973.

.: "Capitu Homem", um conto de Helder Moraes Miranda


Por 
Helder Moraes Miranda, editor do Resenhando. 

O menino me olhou de um jeito enquanto eu passava no corredor do ônibus. Ele me analisou por inteiro enquanto olhava nos olhos e senti arte naquele olhar. Pura, sintética, metafísica e destemida.

Não sei se me devorou ou me mediu com olhos que eram um mistura de mistério, surpresa, encanto ou descontentamento. Mas eram olhos carnívoros e tanto que nunca vi antes. E me vi refletido naquele olhar por milésimos de segundo, e me apaixonei. 

Por mim ou pela minha alma desnudada. Gostei de me ver refletido em olhos estranhos,  escuros, nítidos,  sinceros e metalinguísticos. Fosse Capitu homem estaria representada no olhar daquele menino. Mas não era. E me procurou novamente para me demolir ou me acolher antes de descer da condução. Era. 

.: “Quebrando Mitos”, de Fernando Grostein Andrade e Fernando Siqueira


Seja nas telas, no papel ou nas mídias sociais, o histórico do cineasta Fernando Grostein Andrade se pauta na defesa dos direitos humanos. No documentário “Quebrando Mitos”, cuja direção divide com o ator e cantor Fernando Siqueira, o paulistano de 41 anos destrincha a masculinidade frágil e catastrófica de Jair Bolsonaro, através de um olhar biográfico.

O filme, que estreia na página www.quebrandomitos.com.br no dia 16 de setembro, investiga ainda como o governante - cuja candidatura era antes considerada por muitos uma piada - usou o ódio aos LGBTQs como alavanca eleitoral para pavimentar o seu caminho ao poder.

“Masculinidade não precisa ser catastrófica. É importante dizer que isso não é uma crítica ao masculino, afinal sou um homem gay. Não estou falando que os homens não têm que participar do poder. Estou dizendo que o poder precisa ser dividido – cabe mais gente. Quando todo mundo olha uma coisa pelo mesmo lado, todo mundo só enxerga o mesmo ângulo. Quem perde é a sociedade, porque eliminamos assim a inteligência coletiva”, afirma Andrade. 

Desde que lançou o documentário “Quebrando o Tabu” (2011) – no qual defende que o tema das drogas deveria ser tratado como questão de saúde e não com punição criminal –, o cineasta anos vem sofrendo ataques de ódio. As ameaças aumentaram em 2017, quando assumiu publicamente a sua orientação sexual no vídeo “Cê Já Se Sentiu um ET?”, veiculado em sua página de Youtube. No curta de 15 minutos, ele expõe de forma bem-humorada o seu processo de autoaceitação com o intuito de ajudar outras pessoas reprimidas em situação semelhante à que viveu.  

Em 2018, entretanto, a hostilidade chegou ao limite. Por conta de críticas ao então candidato presidencial Jair Bolsonaro, recebeu uma mensagem que o advertia a parar de falar de política, caso contrário “o seu velório seria com o caixão lacrado”. A ameaça à sua segurança, somada a um longo histórico de intolerância, assédio e acusações, foi o estopim para a sua decisão de deixar o país.

“O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, com quem tinha feito o filme 'Quebrando o Tabu', me botou em contato com um advogado que apontou risco à minha segurança e relatou que setores do judiciário e da polícia estavam comprometidos com células de ódio”, lembra Andrade. “Disse também que era melhor eu ficar quieto, mas isso é impossível para uma pessoa que é conhecida pelos amigos como um ‘sincericida’”, explica Andrade.

Cerca de dez meses depois de se mudar para Los Angeles, em 2019, sentiu-se na obrigação de fazer um filme contra as posições do governante, já que, segundo ele, “o privilégio vem acompanhado de responsabilidade”. No documentário, que tem co-direção da finlandesa Claudia Virkkila, o diretor revela suas fragilidades em primeira pessoa, com o propósito de estimular e ampliar a discussão entre LGBTQs e seus familiares, além de aproximar indivíduos com visões políticas distintas, ajudando indecisos a votarem conscientemente. 

“Grande parte dos LGBTQs têm uma família conservadora e vice-versa. Debater é sempre bom, porém é fundamental qualificar o debate. Para o filme, fizemos uma ampla pesquisa, bem como uma profunda reflexão, e é essa a nossa contribuição às famílias e eleitores”, diz Andrade, que foi nomeado Jovem Líder Global pelo Fórum Econômico Mundial, em 2019, e obteve bolsas de estudo nas universidades de Harvard (programa de liderança) e Virginia (liderança em equidade racial), em 2021. 

O documentário traça um paralelo entre a vida de Andrade e a de Bolsonaro, alternando material de arquivo com novas imagens e entrevistas com políticos, jornalistas, pensadores, líderes sociais e ativistas, além de amigos de infância e pessoas próximas ao presidente em exercício. Ao terminar o primeiro corte, o cineasta consultou colegas de confiança do meio audiovisual, como o cineasta Sérgio Machado e o compositor Antonio Pinto - responsável pela trilha sonora do projeto -, pois ficou com a impressão de que o resultado estava sombrio demais. 

“O filme começou totalmente focado na história e vida do Bolsonaro e acabou ficando muito difícil de assistir. Ficou pesado, tinha muita desgraça, muito ódio, muita coisa negativa. O Sérgio e o Antonio sugeriram que houvesse mais cenas delicadas, e o Fernando (Siqueira) achou que essa delicadeza deveria se expressar através da ênfase na resistência e na vida LGBTQ”, recorda Andrade.

Após finalizar a versão inicial do filme, o diretor teve um burnout e achou mais prudente fazer uma pausa. No período, encontrou no piano um refúgio e começou a fazer música com Fernando Siqueira. O que era para ser algo despretensioso transformou-se em um álbum – atualmente em pós-produção - de 13 faixas. Uma delas, a música sobre exilio “California”, criada por Siqueira, foi adaptada para o documentário.

“A maior parte das músicas são compostas pelo Fernando (Siqueira), que toca piano e violão. Eu também compus algumas canções no teclado e, como estudei Engenharia de Som, por conta própria, fiz a produção musical”, revela. “‘California’ não foi feita especialmente para o filme, mas sentimos que se encaixava perfeitamente e acabou sendo um dos destaques da trilha.”

A segunda versão do longa-metragem começou a tomar corpo quando Siqueira - que estudou roteiro na USC (University of Southern California), direção em cursos no Instituto de Sundance, atuação no William Esper Studio e mídias sociais no MIT (Massachussetts Institute of Technology) - se aproximou e apontou a câmera para o cineasta. 

“A minha geração tem orgulho de ser queer. Eu cresci com muito mais referências LGBTQs na minha infância e adolescência. Isso tem muita força. Desde que filmamos o ‘Cê já se sentiu um ET?' eu vejo o Fê (Andrade) se sentir cada vez mais confortável em ser quem é. Acho admirável o quanto ele se propõe em desafiar as ‘normas’ que foram impostas pela geração dele”, diz Siqueira. 

A iniciativa o ajudou a encontrar novos ângulos, histórias e, acima de tudo, recuperar a autoestima. Em seguida, começou a dividir a montagem com o marido, que passou a oficialmente assinar a direção do projeto. “Você precisa de muita força para expor a sua história diante da câmera. Temos uma relação de muita confiança um no outro, tanto do que está funcionando do ponto de vista da música como no da montagem, da cena. Viramos uma dupla criativa. O frescor e a leveza da alma dele contribuíram para trazer o lado das flores, porque antes o filme era só balas”, conta Andrade, cuja filmografia inclui, entre outros, a ficção “Abe” (2021) e o documentário “Coração Vagabundo” (2009).

Produzido pela Film Soul, nova produtora de Andrade, o longa-metragem contou com uma série de contribuições valiosas ao longo do processo de três anos de concepção. O roteiro é de Carol Pires (“Democracia em Vertigem”, Greg News”), jornalista especializada em política na América Latina, criadora e apresentadora do podcast “Retrato Narrado – Bolsonaro” (2020), que busca entender como o governante conseguiu se tornar presidente do Brasil.

O time de montagem, por sua vez, traz experientes nomes do segmento, como Helio Villela, Suzanne Spangler, Silvia Hayashi, Arthur Andrade e Doug Abel, também produtor executivo de “Quebrando Mitos”, que editou os premiados projetos “A Máfia dos Tigres”, “Sob a Névoa da Guerra” (vencedor do Oscar de Melhor Documentário) e “Farenheit 11 de Setembro”. “A contribuição que eu faço com esse filme é o resgate da essência em detrimento da aparência e para isso precisamos olhar para a estrutura. É um pedido para retomarmos o eixo da esperança, da luz e da construção, ao invés do eixo do ódio e do medo”, conclui.


Ficha técnica
Filme: "Quebrando Mitos"
Dirigido, produzido e escrito por:
Fernando Grostein Andrade
Direção: Fernando Siqueira
Codireção: Claudia Virkkilä
Produzido por: Luigi Rex e Scott Steindorff
Produção executiva: Claudia Büschel, Doug Abel, Dylan Russell e David Boies
Produtores associados: Silas Silto e Morgan Hammen
Roteiro: Carol Pires e Joaquim Salles
Roteiro adicional: Gabriel di Millo e Ligia Mesquita
Direção de fotografia: Alexandre Ramos, ABC e Leonardo Pirondi
Fotografia adicional: Bernando Guerreiro
Edição: Helio Villela, Suzanne Spangler, Doug Abel, ACE, Silvia Hayashi, Artur Andrade
Edição adicional: João Menna Barreto, Dave Shulman
Música: Antonio Pinto
Música adicional: David Bessler, Edwin Ospina, Gabriel Ferreira, FeS2, Daniel Moors e Jane Shin
Assistente de direção: Gucha Goldman e Mariana Mitre
Animação: Dusty Deen, Blue Bliss e Mason Deen
Coprodução executiva: Fred Avellar
Coordenação de pós-produção: Lena C.
Finalizador: Rafaela Nascimento e Roberto Rais
Colorista: Ely Silva, ABC
Edição on-line e correção de cor: Marcelo Aprile
Mixagem e supervisão de som: Pedro Lima


.: "A Pequena Sereia" negra: entenda o motivo da rejeição


As sereias são seres místicos presentes em histórias fantasiosas de diversos povos, inclusive africanos. No entanto, animação que deu vida a personagem, conquistando o publico em 1989, foi baseado em um conto do escritor dinamarquês Hans Christian Andersen e há quem diga que o conto se passa na Dinamarca, onde o autor da história original, nasceu.

A partir disso, grande parte das pessoas formatou a ideia de que o "certo" seria a personagem condizer com as características dos povos locais, ou seja: brancos, ruivos ou loiros. Para alguns, não se trata de racismo, mas sim de um padrão bruscamente modificado causando estranheza do público. A polêmica sobre a aparência da personagem surgiu neste final de semana após o lançamento do primeiro teaser de "A Pequena Sereia" ser lançado durante a convenção D23, da Disney.

Logo após a divulgação das imagens do live-action, o vídeo ganhou uma série de dislikes no YouTube. A especialista em Marketing e MBA em Negócios Interativos, Jennifer de Paula, fez uma análise da situação e revelou pontos a serem levados em consideração. “A inclusão de personagens não pode interferir na historia num geral. Imaginem se começássemos a transformar os protagonistas? Tarzan, que é filho de ingleses que desembarcam em uma selva africana e com a morte de seus pais. Ele é criado por macacos. Faria sentido o intérprete ser negro?  Ou o mesmo para a a Branca de Neve, que é um conto de fadas clássico originário da tradição oral alemã. Agora vamos mudar o posicionamento: conseguem imaginar a Pocahontas loira de olhos claros? Pois é. E um saci com as duas pernas na tentativa de não explorar o cotidiano dos deficientes físicos? Estranho, né?”, questionou. 

Segundo Jennifer, a inclusão precisa acontecer em dar vida a novos personagens acreditando que também possam conquistar o publico assim como os que já vendem milhões em bilheterias. “Incluir é acreditar, apostar é fazer acontecer. Os personagens já possuem uma característica fixa em nossas memórias e modifica-las pode se tornar um problema. As diferenças existem; cor, hábitos, sexualidade, religiões, etc. Temos apenas que respeita-las”, finalizou.


Sobre Jennifer de Paula
Jennifer de Paula é pós-graduada com MBA em Marketing e Negócios Interativos, diretora de marketing e gestão da MF Press Global, uma agência de comunicação internacional. Responsável por gestão de mídias sociais, carreira, posicionamento de marca, comunicação integrada e construção de autoridade no mercado de profissionais que somam milhões de seguidores nas redes sociais. A especialista é referência no que diz respeito às principais atualizações do mundo digital.




domingo, 11 de setembro de 2022

.: Novo livro de Antonio Prata reúne mais de 60 crônicas políticas


Em 19 de setembro, a Companhia das Letras lança o novo livro de Antonio Prata, um dos principais cronistas da atualidade. "Por Quem as Panelas Batem", o autor reúne 60 crônicas políticas publicadas por Antonio Prata no jornal Folha de S.Paulo de junho de 2013 a fins de 2021. A inteligência e o bom humor de Prata ajuda a manter de cabeça erguida as pessoas em meio ao caos político do dia a dia.

“São instantâneos ou esquetes do desmantelo social e político da última década” que compõem uma espécie de 'diário da queda'”, como define o autor. Em suas palavras, os textos trazem “um olhar pessoal, subjetivo, com todos os recortes, vantagens e limitações do ponto em que me encontro no tecido social”. Além da perspicácia inigualável para revelar as misérias de nossa experiência contemporânea, o autor mantém uma espécie de militância renitente em defesa da poesia do cotidiano e do maravilhoso potencial da sociedade brasileira. 

Em seus textos, oscila entre o pavor pessimista e o otimismo de acreditar que o descalabro representado pelo bolsonarismo é “o grunhido do velho mundo, agonizante, sendo arrastado para o passado”. Relê-los em conjunto, nas 320 páginas do livro, e com o benefício do distanciamento temporal, é tão prazeroso quanto iluminador.


Sobre o autor
Antonio Prata um dos mais prolíficos cronistas brasileiros. Nascido em São Paulo, em 1977, publicou mais de 15 livros, entre eles os infantis "Jacaré, Não!" (Ubu, 2018) e "Felizes Quase Sempre" (Editora 34, 2013). Pela Companhia das Letras, lançou "Nu, de Botas" (2013) e "Trinta e Poucos" (2016). Escreve roteiros para televisão e cinema e mantém uma coluna no jornal Folha de S.Paulo, aos domingos.


Leia +:
Você pode comprar "Por Quem as Panelas Batem", de Antonio Prata, neste link. 


Confira alguns trechos do livro.

"Minha mãe deu-me à luz no fim da ditadura militar. Passei pro ensino fundamental no primeiro ano da redemocratização. Entrei no médio durante a Constituinte. Meus primeiros holerites foram sob os governos Fernando Henrique e Lula. Não era completamente fora de lugar, portanto, suspeitar que o Brasil, talvez, quem sabe, vejam só, estivesse melhorando. Devagar, é verdade, mas melhorando. Daí veio 2013 e pareceu que a história nacional, de 1980 até então, era só a subida da montanha-russa. Este livro é uma espécie de diário da queda."

***

"Estou longe de ser um especialista em política. O que tento, como cronista, é expor as minhas sensações, inquietações e suspeitas diante dos fatos, na esperança de que elas encontrem alguma ressonância no leitor. São muito menos análises e interpretações do que instantâneos ou esquetes do desmantelo social e político da última década."

***

"Publico o livro às vésperas da eleição de 2022 para presidente. Mais do que a escolha de um novo mandatário, faremos um plebiscito em que o Brasil decidirá se pretende sepultar de vez sua democracia troncha e mergulhar na barbárie bolsonarista, ou se, elegendo qualquer outro candidato, vai caminhar em direção ao estado de direito."


Leia +:
Os livros de Antonio Prata neste link.

.: Premiada repórter investigativa, Vera Araújo lança "O Plano Flordelis"


Finalista do Prêmio Jabuti e vencedora do Troféu Mulher Imprensa, Vera Araújo lança, pela editora Intrínseca, o livro "O Plano Flordelis". Neste minucioso trabalho investigativo, a jornalista mergulha na controversa trajetória da ex-deputada, acusada de ser a mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo, e revela bastidores do crime que chocou o país.

Para escrever o livro, Vera Araújo foi a campo para esmiuçar a história dessa polêmica personagem, desde suas origens familiares até detalhes desconhecidos do julgamento da morte de seu marido. Flordelis começou a ganhar fama ainda na infância, marcada por um aparente poder paranormal: aos 15 anos, ela teria previsto a morte do pai, atingido por uma carreta desgovernada na estrada após a inauguração de um templo evangélico em Guarulhos.

Já adulta, foi presenteada pela mãe com a fundação de uma igreja, sem registro oficial. O local, que também servia como centro de doações e creche informal na comunidade, logo se transformou em abrigo de jovens supostamente resgatados do tráfico. Anderson fazia parte desse núcleo inicial, tendo se juntado à família, a princípio, como namorado da filha biológica de Flordelis. De agregado da Mãe Flor, ele logo passaria a marido dela - e, consequentemente, assumiria também o papel de “pai” de seus filhos.

No livro, a autora mostra quão visceral era a relação dos dois. Anderson, que administrava o salário e todas as finanças da ex-deputada, poucos meses antes do assassinato circulava com um crachá que lhe dava acesso a áreas restritas da Câmara, a ponto de ficar conhecido como “47º deputado federal do Rio de Janeiro”. Também são elencados os motivos por trás da saída de Flordelis da comunidade do Jacarezinho, com seus 20 filhos - biológicos, adotivos e de criação (mais tarde esse número aumentaria para 55) - a tiracolo.

Até então conhecida por sua fé inabalável e pelas benfeitorias do trabalho missionário, Flordelis mobilizou uma rede de solidariedade envolvendo empresários e artistas. Sua história inspirou um filme, estrelado por nomes importantes como Cauã Reymond, Deborah Secco e Bruna Marquezine.

Em paralelo, Flordelis ascendia no mundo gospel como cantora, inaugurando novas igrejas, arrebanhando cada vez mais fiéis e ganhando espaço em Brasília. Sempre ao seu lado, à sua frente e por trás de seus passos, estava Anderson. Até que tudo ruiu. Flordelis responde por homicídio triplamente qualificado, uso de documento falso e associação criminosa armada. O julgamento está marcado para o dia 12 de dezembro de 2022.

Sobre a autora
 Vera Araújo é repórter investigativa em O Globo, além de advogada, tendo passado por Jornal do Brasil e O Dia. Em 2005, revelou a existência de grupos paramilitares na região de Jacarepaguá (RJ) que extorquiam dinheiro de moradores. Foi dela a ideia de batizá-los de milícias. Pela reportagem, ganhou o Prêmio Especial Tim Lopes de Jornalismo Investigativo (2009). 

Entre outros prêmios, recebeu o Imprensa Embratel (2003), o Esso Sudeste (2009), o Tim Lopes (2010) e o Troféu Mulher Imprensa (2012). Em 2020, lançou com Chico Otavio o livro "Mataram Marielle", que ficou entre os finalistas do Prêmio Jabuti na categoria Documentário e Biografia.


Leia +:
Você pode comprar o livro "O Plano Flordelis", de Vera Araújo, neste link.

.: "Anjo da Noite", o anti-herói brasileiro será lançado dia 15

Ubook lança a edição de colecionador de Anjo da Noite, ficção policial que apresenta Caio, um anti-herói brasileiro

Mergulhe em uma narrativa eletrizante e conheça um protagonista que se transforma em uma lenda urbana permeada por uma atmosfera misteriosa e sobrenatural


A edição especial de "Anjo da Noite", escrita por Sandro Araújo, será lançada no próximo dia 15 de setembro, na Livraria Travessa de Niterói. A trama da ficção conta a história de Caio, inspetor referência que decide abandonar a Polícia Civil. Ao vivenciar conflitos e sentimentos intensos ele acaba se tornando um justiceiro que percorre as ruas do Rio de Janeiro. Nasce, então, uma lenda urbana permeada por uma atmosfera misteriosa e sobrenatural.

Com uma narrativa eletrizante, as aberturas de capítulo, contam com os quadrinhos do ilustrador Nill. A edição traz ainda um anexo especial onde você encontrará sketches exclusivos, assim como um trecho da edição zero da história em quadrinhos do "Anjo da Noite".

Além do formato impresso, o livro será publicado em ebook e audiobook. Você pode comprar "Anjo da Noite", escrito por Sandro Araújo aqui: https://amzn.to/3RIv8T0


Lançamento:

15 de setembro de 2022 - 19h

Local: Livraria da Travessa de Niterói

Rua Dr. Tavares de Macedo, 240 - Icaraí

252 páginas

.: "Callíope", da escritora paulista Cindy Stockler chega na Alemanha


Um passeio pelo século V a.C, para conhecer a fundo a Grécia Antiga. Esta é a proposta da autora paulistana Cindy Stockler com o romance épico "Callíope – A escrava de Atenas". O convite a esta leitura ultrapassa as fronteiras brasileiras: traduzido para o grego, inglês e agora alemão, o livro tem ganhado as estantes do mundo, com capas tão instigantes quanto o enredo.

Contextualizado no “século de ouro”, o período de Péricles, da Guerra do Peloponeso e das grandes artes, o livro conta a história de Callíope, uma jovem grega de 15 anos de idade, que é “dada” pelo pai em casamento e anos depois é vendida como escrava a uma figura influente em Atenas.

Este é apenas o começo da dura jornada da protagonista, que passará por muitos revezes, como amores, separações e perdas. Em Atenas, o destino da jovem muda novamente ao se destacar por seus dons de cura, que a levam a estudar medicina com o grande Hipócrates, na ilha de Cós.


Só agora estava realmente conhecendo a Atenas. Engolia com os olhos e os ouvidos

tudo o que passava por ela, encantada com tanta gente junto, tomada pela alegria

que enchia o ar da cidade, cujos mais de quatrocentos mil habitantes

fervilhavam por todos os lados,

indo para cá e para lá, agitados, falantes, cada um com suas atividades,

as mais variadas possível.

(Callíope, p. 18)


Dividida em 12 capítulos, intitulados com os nomes de cada um dos deuses do Olimpo, a obra contempla personagens históricos reais, filosofias, costumes e leis da Grécia Antiga. As notas de rodapé enriquecem as páginas, com detalhes das pesquisas da autora, que remontam à realidade local de 2,5 mil anos atrás.

Inspirada pelas aulas de Direito Romano durante a faculdade, Cindy conta que foi nessa época que o romance começou a ganhar vida. Anos mais tarde, já publicada, a obra foi finalista do prêmio Jabuti 2020, na categoria “Livro Brasileiro Publicado no Exterior”. Você pode comprar o romance épico "Callíope – A escrava de Atenas" de Cindy Stockler aqui: amzn.to/3DfuBUy

Título: Callíope: A escrava de Atenas

Autora: Cindy Stockler

Editora: Letras do Pensamento

332 páginas

Compre o romance épico "Callíope – A escrava de Atenas" de Cindy Stockler aqui: amzn.to/3DfuBUy

Versões internacionais: Adelaide Books NY (inglês) e Editora Okeanos (grego)


.: A presença de elfos pretos em "O Senhor dos Anéis" revolta você?

Por Renan da Cruz Padilha Soares (*). Foto: Divulgação/ Amazon Prime Vídeo - Imagem elfo de "Senhor dos Anéis"

Recentemente, uma polêmica tomou conta do universo da cultura pop sobre a existência, ou não, de elfos de pele negra em "O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder". Imediatamente a internet foi tomada de comentários afirmando não existirem elfos negros (como se existem elfos brancos).

Quantos elfos pretos existem na sua vizinhança? Isso mesmo, nenhum! E sabe o motivo? É porque não existem elfos! Parece inusitado começar este texto assim, mas vivemos em uma época inusitada. Recentemente a polêmica que tomou conta do universo da cultura pop foi a existência, ou não, de elfos de pele negra no mundo de Tolkien. A razão dessa escaramuça virtual é "O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder", série produzida pelo Amazon Prime. 

Porém, de todas as inúmeras discussões que poderiam ter acontecido - cenários, personagens, qualidade técnica e possível enredo -, o que parece ter chamado a atenção de um grupo foi o trecho de poucos segundos em que aparecem elfos de pele negra. Imediatamente a internet foi tomada de comentários afirmando não existirem elfos negros (aparentemente eles acreditam que existem elfos brancos), seguidos de lamentações por macularem uma obra sagrada e destruírem a infância desses jovens de 40 e poucos anos. Com poucas cenas, a série já estava condenada para alguns que não aguentam a diversidade.

Mas, afinal, Tolkien escreveu que os elfos eram todos brancos ou não? Primeiramente vamos deixar algo bem claro. Toda obra audiovisual inspirada em livros é uma adaptação. Ou seja, é impossível se reproduzir exatamente aquilo que estava escrito. É uma outra linguagem, para outro público e com outros objetivos. Não vai ser igual! Dito isso, algumas adaptações são boas, como a trilogia de "O Senhor dos Anéis", de Peter Jackson, outras nem tanto, como a trilogia de "O Hobbit", do mesmo diretor. Mas o que definirá se uma adaptação foi, ou não, boa é a fidelidade com o enredo, as personalidades dos personagens e o desenrolar dos acontecimentos. Se a cor da pele de uma pessoa é relevante para a história, ela deve ser mantida tal como foi escrita. Se não é relevante, não importa sua etnia.

Agora, vamos ao que escreveu Tolkien. Ele foi um homem de sua época, lugar e grupo social. Muito do que escreveu pode ser analisado como estereótipos e representações complicadas sobre os povos do Oriente e do Ocidente, do Sul e do Norte. É importante dizer, também, que, ao longo de sua vida e produções, Tolkien escreveu e reescreveu suas histórias, muitas vezes mudando suas versões. Porém, os estudiosos do autor afirmam que, em nenhum momento, foi descrito que os elfos eram todos brancos. Alguns grupos élficos e alguns personagens, como Galadriel, são descritos como brancos e só. Aparentemente, a cor da pele dos elfos é uma preocupação maior para alguns fãs do que para o próprio autor.

A motivação principal de Tolkien era criar um pano de fundo histórico para as diversas línguas que criou. Nisso, descreve processos de migração e separação de povos que justificaria, ao longo de milhares de anos, surgimento de diversas línguas diferentes. Considerando essa questão, a adaptação de seus escritos para o audiovisual pode justificar perfeitamente, dentro da narrativa original, a existência de elfos negros. E, mesmo que não houvesse essa possibilidade, estamos falando de um mundo fantástico.

Mesmo  que inspirado em diversas mitologias do mundo real, ainda é uma fantasia. Se a introdução de personagens negros for somente para trazer diversidade e representatividade ao mundo, já está justificado. Não se trata de uma falsificação histórica, e sim uma adaptação possível que, só por uma questão de cor de pele, em nada fere o mundo fantástico. Então, se você está revoltado com a introdução de elfos pretos na série inspirada no mundo de Tolkien, você não é um fã purista, é só racista mesmo.    

(*) Renan da Cruz Padilha Soares é graduado em História pela Universidade Federal Fluminense e mestre em Práticas na Educação Básica pelo Colégio Pedro II. É docente da área de Linguagens e Sociedade, curso de História, no Centro Universitário Internacional Uninter.


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sábado, 10 de setembro de 2022

.: 2x8: "American Horror Stories" encerra com "Lake" e Alicia Silverstone


Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em setembro de 2022



"Lake", oitavo episódio da segunda temporada de "American Horror Stories", escrito por Manny Coto, traz uma história misteriosamente assustadora, a ponto de garantir bons sustos. Em 40 minutos, estampa cenas -com água- que remetem a filmes como "O chamado" e "O grito" e, inclusive, a série "American Horror Story: 1984". Contudo, o episódio em que a queridinha dos anos 90, Alicia Silverstone (a eterna Cher de "As Patricinhas de Beverly Hills") protagoniza, como Erin, tem a narrativa engrossada a partir da perda do filho mais novo, Jake. O enterro de um caixão sem corpo, mesmo após quatro meses do afogamento no lago.


Sem direito a devida despedida, a mente da mãe parece ser capaz de criar situações para lidar com a tragédia. Nessa passagem de tempo, a filha e o marido se distanciam de Erin. Família despedaçada, mas o retorno da filha, Finn, muda tudo. Assim, Erin "recebe a visita" assombrosa do rapaz que pede para ser procurado. De volta ao lago, Erin tem um flashback de um lindo momento em família vivido ali, o que não a impede de fazer uma busca pelo corpo do filho contando com a ajuda de Finn. 


E como todo sentimento de mãe tem fundamento, Erin descobre não só o que procura, mas, de quebra, chega na real motivação do ocorrido com o filho mais novo. "Lake" é uma história ditada pelo passado da família do marido, a ponto de a trama se tornar aterrorizante. E tal qual estilo o videoclipe do cantor Michael Jackson, "Thriller", a vingança chega, porém, não saem de túmultos, à meia-noite, mas das águas. "Lake" começa bem, porém se perde no desfecho, talvez na montagem em si que acaba não sendo tão assombrosa como indica no início e conforme foi apresentado. 

O último episódio, considerando no geral, é muito bom, mas não excelente a ponto de fechar a segunda temporada com chave de ouro, ainda que tenha Alicia Silverstone numa produção de terror. Contudo, "American Horror Stories" segue no posto de um bom seriado do gênero, sim! Aliás, a segunda temporada teve mais pontos altos do que a primeira. Que venha a terceira temporada!!




Seriado: American Horror Stories
Temporada: 2
Episódio 8: "Lake"
Exibido em: 8 de setembro de 2022, EUA.
Elenco: Alicia Silverstone, Olivia Rouyre, 


* Mary Ellen é editora do portal cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do www.photonovelas.com.br. Twitter:@maryellenfsm

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