sábado, 10 de setembro de 2022

.: Roda Viva entrevista o presidente do TRE de SP, Paulo Galizia

Paulo Galizia. Foto: Cayo Fernandes



Nesta segunda-feira, dia 12 de setembro, o Roda Viva entrevista o presidente do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo, Paulo Galizia. Com apresentação de Vera Magalhães, o programa vai ao ar a partir das 22h, ao vivo, na TV Cultura e redes sociais da emissora.
 
O programa debate a segurança nas zonas eleitorais e das urnas eletrônicas, as regras da votação e o que o a justiça proibiu na cabine de votação. O presidente do TRE-SP também fala qual é a previsão da apuração e do resultado final, e como estão os preparativos em São Paulo, o maior colégio eleitoral do país com 34.667.793 eleitores e eleitoras aptos a votar nas Eleições de 2022.

Paulo Galizia foi eleito por aclamação, em janeiro deste ano, para o exercício de 2022-2023. No seu primeiro pronunciamento como novo presidente da Corte, Galizia disse que "não poupará esforços no sentido de garantir a estabilidade, lisura, segurança e transparência do processo eleitoral". Declarou, ainda, que sua mensagem pode ser resumida em uma única palavra: confiança. "Confiança na Justiça Eleitoral, confiança no corpo de servidores, confiança no processo eleitoral, confiança nas urnas eletrônicas e confiança no sucesso das próximas eleições".

O Roda Viva conta com uma bancada de entrevistadores e a participação do cartunista Paulo Caruso.

sexta-feira, 9 de setembro de 2022

.: 1x4: "She-Hulk" enfrenta seres de portais em "Is This Not Real Magic?"


Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em setembro de 2022


Em "Is This Not Real Magic?", o quarto episódio da série "She-Hulk", começa num som pesado para chegar a uma fracassada apresentação da antiga arte da levitação por Donny Blaze. Eis que no público a voluntária Madisynn, erguendo uma taça, participa de um número de magia que não empolga ninguém mais no espaço. Donny, então, é incentivado a fazer "aquela coisa". Para tanto, saca o anel que abre portais interdimensionais, uma vez que é um ex-aluno das Artes Místicas. 

Sim! Wong (Benedict Wong) está de volta no quarto episódio de "Mulher-Hulk" e, além de receber a visita da Madisynn com dois "Ns" e um "Y", toma um spoiler chocante para "Os Sopranos"! E como a advogada Jennifer Walters (Tatiana Maslany) sabe ler os pensamentos de boa parte das pessoas, entra em cena batendo um papo com o público e comenta sobre a felicidade de quem está do outro lado da tela por ver o Mago Supremo das Artes Místicas que aprendemos a amar em "Doutor Estranho"

Ainda brinca como a presença de Wong reflete no Twitter. Inteligente essa jogada, não é?! De fato, "Deus, todos amam Wong!". A cara e o olhar dela para a câmera quando Wong se retira de cena é algo impagável. Impossível não rir com "She-Hulk", o que é provocado inclusive pelas falas e caretas da personagem. Rir dos efeitos visuais?! Não. Nos episódios anteriores, o CGI ruim deixou raiva e frustração. Com o CGI melhorado, principalmente quando ganha close no rosto, Jen cria um perfil num site de namoro, "Matcher", mas como Jennifer Walters. Entretanto, nem um toque da amiga Nikki atrai pretendentes para a advogada.

Eis que o caso de Donny Blaze entra em julgamento, porém a "Mulher-Hulk" defende Wong. Na corte, Madisynn com dois "Ns" e um "Y" surge para tornar o episódio ainda mais hilário, embora complique a situação de Jen e, claro, de Wong.  Jennifer Walters embarca numa insana busca pelo par perfeito, mas é como "She-Hulk" que as chances aceleram. Ouve até um "incrível" como elogio, pelo enfrentamento contra Titânia e também por ser prima do Hulk (Mark Ruffalo).

E como a defesa de Wong e o encontro amoroso de "Mulher-Hulk" se conectam em "Is This Not Real Magic?"?! Num erro do farsante Donny Blaze, demônios chegam ao mundo em formato de morcegos extra fortes, o que chega a remeter a morte de Eddie, em "Stranger Things". Assim, "She-Hulk" é convocada para uma caçada e ouve do querido Wong o que muitos esperavam: "Seja um Hulk!"

Por sorte, a "Mulher-Hulk", de fato, encontra um homem doce que a escuta -até a página dois. Tanto é que após o enfrentamento, o encontra no sofá de casa lendo "Bad Femnist", de Roxane Gay. Como é retorno da verdona?! Ela chega, chegando. Revigorada, na manhã seguinte, Jen, em forma humana, reencontra-se com a decepção e ainda descobre estar sendo processada. Cenas pós-créditos?! São de Wong e Madisynn com dois "Ns" e um "Y". Acompanhar "Mulher-Hulk" está bom demais!


Seriado: She Hulk: Attorney at Law, Mulher Hulk: Defensora dos Heróis

Episódio: 4, "Is This Not Real Magic?"

Elenco: Tatiana Maslany, Jameela Jamil, Ginger Gonzaga, Mark Ruffalo, Josh Segarra, Jon Bass, Renée Elise Goldsberry, Tim Roth, Benedict Wong, Charlie Cox

Exibido em 8 de setembro de 2022


*Editora do portal cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm


Leia + sobre os episódios de "She-Hulk", "Mulher-Hulk"

.: Crítica: "Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa" versão estendida é melhor

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em setembro de 2022 


Não há como negar que "Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa" foi um marco na história dos filmes de super-heróis. Não somente por brincar com o multiverso dos teiosos, mas por resgatar a interpretação inesquecível de Tobey Maguire e Andrew Garfield. Rever na telona o trio em cena é pura emoção que mesmo nessa reprise, agora na versão estendida que está em cartaz no Cineflix Cinemas, ainda arrepia e faz escorrer lágrimas dos mais apaixonados pelo Miranha.

A produção original de 2h 28 min, ganha 20 minutos com cenas complementares, algumas bastante importantes. Sou do time do "quanto mais, melhor". Ainda que a entrevista da jornalista escolar com os amigos e Peter Parker, tecnicamente, não tenha feito falta na continuidade, tendo sido deletada anteriormente, a cena com Matt Murdock, o Demolidor (Charlie Cox), atuando na defesa do Homem-Aranha de Tom Holland, contribuiu muito. Ver os vilões, juntinhos, chegando no elevador para a casa de Happy e o suadouro dele, é impagável. 

Assistir após quase um ano da estreia, com cenas extras e ter conferido "Cavaleiro da Lua", "Ms. Marvel", estando agora no quarto epiósio de "She-Hulk", há um sabor a mais reviver a emoção de "Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa", que, de fato, foi responsável pela abertura do multiverso que estabeleceu mais e novas conexões com outros heróis, inclusive escanteados. 

A produção dessa vez não começa com o pedido do ator Tom Holland para não soltarem spoilers do longa, mas antes de aparecer a marca da Marvel, os três intérpretes do Miranha, Tom Holland, Andrew Garfield e Tobey Maguire, dão um recado em uma chamada pelo Zoom e agradecem ao público pelo sucesso do filme. Até as cenas pós-créditos são mais completas e ainda reencontramos o antigo amor de Peter Parker, antes de M.J. 

Aos fãs do cabeça de teia, fica a nova oportunidade de assistir na telona. Quem for rever tudo terá a surpresa do acréscimo de 20 minutos com as cenas deletadas, mas a emoção seguirá incontrolável. Seja quando os antigos Miranhas entram em cena, lado a lado, ou quando o Peter Parker de Tom Holland tem a maior perda de sua vida. Em tempo, Holland tem o dom de arrancar lágrimas do público em cenas dramáticas, basta lembrar "O Impossível". A verdade é que a versão estendida de "Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa" está imperdível! Enquanto isso, fico só querendo ter essa versão em DVD... É que sou vintage!


Em parceria com a rede Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - uma oportunidade para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link.



Filme: "Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa" Spiderman: No Way Home)

Direção: Jon Watts

Roteiro: Chris McKenna; Erik Sommers

Produção: Kevin Feige; Amy Pascal

Elenco: Tom Holland, Zendaya, Jamie Foxx, Alfred Molina, Willem Dafoe, Thomas Haden Church, Marisa Tomei, Jacob Batalon, J. K. Simmons, Benedict Cumberbatch, Benedict Wong


Mary Ellen Farias dos Santos, editora do portal cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm


Trailer




.: "O Homem Sem Rosto": a improvável ascensão de Vladimir Putin

Em uma reportagem reveladora, jornalista faz um retrato implacável da ascensão de Vladimir Putin ao poder quase absoluto

Antes de Boris Yeltsin escolher seu nome para sucedê-lo na presidência da Rússia, Vladimir Putin era um burocrata desprovido de brilho e carisma, que atuou como agente do baixo escalão da KGB, o antigo serviço secreto soviético. Há mais de 20 anos, após a renúncia do antecessor, Putin mal havia assumido o posto quando deixou claro que não estaria disposto a largar facilmente o poder. Em um tempo surpreendentemente curto, ele foi capaz de destruir anos de progresso, transformando o país em uma grave ameaça não só para seus próprios cidadãos, mas também para o mundo, a liberdade e a democracia.

Masha Gessen contou em primeira mão todos os detalhes dessa complexa história em "O Homem Sem Rosto", que agora ganha nova edição com prefácio inédito, em que discorre sobre o momento atual da Rússia - de repressão e agressão a entidades internacionais, e com a Guerra contra a Ucrânia em curso. No texto, Masha, que nasceu na União Soviética, migrou para os Estados Unidos e voltou à Rússia como correspondente internacional, também comenta o real impacto das sanções econômicas impostas pelo Ocidente, além da ameaça de um confronto nuclear.

Em "O Homem Sem Rosto", encontramos relatos sobre o lado mais inescrupuloso da história do presidente russo: sua juventude agressiva; os assassinatos não solucionados de alguns dos seus críticos políticos, tais como a jornalista Anna Politkovskaya e o ex-oficial do Serviço Federal de Segurança Alexander Litvinenko; a expropriação de impérios de negócios privados; sua resposta desastrosa e insensível à morte de marinheiros russos a bordo do submarino Kursk, que afundou em 2000; e muitos outros casos sórdidos e inacreditáveis.

Ao entrevistar diversas figuras importantes que participaram diretamente dos acontecimentos mais emblemáticos do governo, Masha Gessen faz um relato implacável da ascensão de Putin ao poder - e de tudo que ele foi capaz de fazer para permanecer nele. Tradução: Maria Helena Rouanet. Páginas: 368. Você pode comprar o livro "O Homem Sem Rosto", de Masha Gessen, neste link.


O que foi dito sobre o livro
“Em um país onde os jornalistas críticos do governo podem padecer de mortes prematuras, Gessen mostrou uma coragem notável ao pesquisar e escrever essa acusação inflexível ao homem mais poderoso da Rússia.” - The Wall Street Journal


Masha Gessen é jornalista. Seu trabalho foi publicado no The New York Times, na Vanity Fair, na Newsweek, na Slate e na Granta, entre outros veículos. Venceu o National Book Award em 2017 com The Future is History, e também publicou "Palavras Quebrarão Cimento: A Paixão de Pussy Riot", "Perfect Rigour" e "Surviving Autocracy".

Masha Gessen se identifica como não-binárie. Como o livro é um relançamento e foi publicado pela primeira vez no Brasil em 2012, antes delu se identificar como tal, foram mantidas as menções a elu como no original, adotando uma padronização acordada com ê autore. Em todos os outros casos, a editora procurou manter construções neutras.


.: "Agora Agora", de Carlos Eduardo Pereira: um romance sobre o Brasil


A editora Todavia lança o livro "Agora Agora", de Carlos Eduardo Pereira, que gira em torno de um jogo narrativo no qual as perversidades da sociedade, em especial as do racismo, se entrelaçam. No romance, Jorge Neto acorda com o despertador do celular no dia de seu aniversário, escova os dentes e se corta fazendo a barba.

Decidido a não sair de casa, ele rumina sobre a decadência do mundo em volta e se dedica a lembrar, com abatida mordacidade, de episódios do passado. Em especial, de um outro aniversário, 30 anos antes, quando foi levado pelo pai à academia preparatória de cadetes em Barbacena, a antessala de um período traumático que transformaria sua vida para sempre. 

Pode parecer que habitaremos os subterrâneos da mente desse homem amargurado da primeira até a última página. Mas estamos no preâmbulo de uma história bem maior, composta de três partes - e de três Jorges: o avô, o filho e o neto - que encadeiam violências concretas e simbólicas ao longo de gerações de uma família negra carioca.

Neste romance inquieto e furioso, Carlos Eduardo Pereira instiga o leitor com um hábil jogo narrativo no qual as perversidades da sociedade brasileira, sobretudo as feridas do racismo, se entrelaçam e se propagam na vida das personagens. 

Abundante em detalhes vívidos, modulações de ponto de vista e caracterizações tão convincentes quanto implacáveis, Agora agora surpreende o leitor a cada movimento e confirma Carlos Eduardo Pereira como um dos grandes talentos da literatura atual. Com capa de Mariana Newlands, o livro tem 216 páginas.

Leia +: Você pode comprar o livro "Agora Agora", de Carlos Eduardo Pereira,  neste link.

Sobre o autor
Carlos Eduardo Pereira
nasceu no Rio de Janeiro, em 1973. Estreou com o romance "Enquanto os Dentes", também publicado pela editora Todavia e finalista do Prêmio São Paulo de Literatura.





.: Documentário “Selena Gomez: Minha Mente e Eu” vem aí na Apple

Selena Gomez. Foto: Divulgação

Apple TV+ anunciou em 8 de setembro, que adquiriu o direito mundial de exibição para um documentário inédito sobre a cantora, compositora, atriz, produtora, empreendedora e ativista americana, Selena Gomez, “Selena Gomez: Minha Mente e Eu” (Selena Gomez: My Mind and Me), dirigido e produzido por Alek Keshishian (“Na Cama com Madonna”).

Depois de anos no centro das atenções, Selena Gomez alcançou o estrelato. Mas assim que ela atingiu este ápice, uma virada inesperada levou sua mente à escuridão. Este documentário abrange de forma profunda sua jornada de seis anos a uma nova perspectiva.

Como artista musical, Gomez vendeu mais de 210 milhões de singles em todo o mundo e acumulou mais de 45 bilhões de streams mundiais de suas músicas. Em 2022 ela recebeu uma indicação ao Grammy por seu primeiro EP em espanhol e uma indicação ao Emmy por seu papel na série aclamada pela crítica “Only Murders in the Building”, na qual ela contracena com Steve Martin e Martin Short.

Alek Keshishian dirigiu o documentário de maior sucesso de sua época – o icônico e aclamado filme “Na Cama com Madonna” (Madonna: Truth or Dare), ainda considerado um dos filmes mais influentes de seu gênero, e produziu os longas-metragens “Selena Gomez: Bad Liar” e “Orgulho e Preconceito e Zumbis”.

Este filme marca o segundo projeto Apple com os produtores da Lighthouse Management + Media e Interscope Films após sua colaboração no documentário indicado ao Emmy “Billie Eilish: The World’s a Little Blurry”.

O Apple TV+ oferece séries de drama e comédia de qualidade, longas-metragens, documentários inéditos, entretenimento infantil e familiar, e está disponível para assistir em todas as suas telas favoritas. Após seu lançamento em 1º de novembro de 2019, o Apple TV+ tornou-se o primeiro serviço de streaming totalmente original a ser lançado em todo o mundo, e estreou mais sucessos originais e recebeu mais reconhecimentos de prêmios mais rapidamente do que qualquer outro serviço de streaming em sua estreia. Até hoje, os filmes, documentários e séries originais Apple foram premiados com mais de 265 vitórias e 1.149 indicações.

quinta-feira, 8 de setembro de 2022

.: Crítica: "Ingresso Para o Paraíso" é hilária comédia romântica

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em setembro de 2022 


Georgia e David são responsáveis por colocar na telona do Cineflix Cinemas, juntinhos, os para sempre queridinhos, Julia Roberts e George Clooney. Em "Ingresso Para o Paraíso" os dois formam um casal divorciado que não se tolera, mas precisa se unir para resgatar a filha Lily (Kaitlyn Dever, de "Querido, Evan Hansen"). Recém-formada em direito e com emprego garantido em um excelente escritório, numa viagem a Bali, cai de amores pelo nativo Gede (Maxime Bouttier, de "Matt & Mou") e fica por lá tendo ao lado o ombro amigo de Wren Butler (Billie Lourd, de "American Horror Story").

Na tentativa de não deixar que a filha cometa o mesmo erro deles, uma vez que nos próximos dias acontecerá o casamento de Lily e Gede, seguindo a tradição local, os pais se unem. Nessa guerra velada, os dois estampam sorrisos e afagos para que a filha não perceba o verdadeiro objetivo que os levou até lá. A trama de texto extremamente agradável, ainda inclui o namorado atual de Georgia, o jovem piloto, apaixonado e que ama fazer surpresas, Paul (Lucas Bravo, de "Emily in Paris"). 

Com roteiro e direção de Ol Parker ("Mamma Mia! Lá Vamos Nós de Novo"), a comédia de 1h 44m não fica contida somente na troca de farpas entre Georgia e David, mas também nas atitudes inesperadas -e até assustadoras- do apaixonado Paul. Outro ponto alto é a fotografia exuberante da comédia romântica. Assim, ao embarcar na idade de segundas chances, garante uma cena que remete ao clássico da Sessão da Tarde, nos anos 90, "Um Salto Para a Felicidade".

"Ingresso Para o Paraíso" é da dupla com a química perfeita, Julia Roberts e George Clooney. Eles brilham mesmo interpretando um casal que se odeia. Entre cutucadas diversas, eles fazem observar que por trás de tanto ódio há muito amor reprimido. E é o Paul do talentoso Lucas Bravo quem dá o contraponto dos sentimentos, com a dose -em exagero- do amor sem medidas. A produção é indiscutivelmente agradável e mostra que o melhor para a vida é tentar acertar a medida. O longa com pegada de comédia romântica clássica e, por vezes, escapa bem do cliquê. Imperdível!

Em parceria com a rede Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - uma oportunidade para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link.

Filme: "Ingresso para o Paraíso" ("Ticket to Paradise")

Gênero: comédia/romance

Direção: Ol Parker

Roteiro: Ol Parker

Duração: 1h44m

Classificação: 10 anos

Data de lançamento: 7 de setembro de 2022 (Brasil)

Elenco: Julia Roberts, George Clooney, Kaitlyn Dever

Distribuição: Universal Pictures


Mary Ellen Farias dos Santos, editora do portal cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm


Trailer




.: Maitê Proença estreia monólogo "O Pior de Mim" no Teatro Uol


A atriz Maitê Proença estreia em São Paulo, na próxima sexta-feira, dia 9 de setembro, no Teatro Uol, o monólogo "O Pior de Mim". A peça, cuja versão digital foi destacada entre as melhores de 2020 pelo jornal O Globo e pelo portal Observatório do Teatro, e indicada ao Prêmio Arcanjo de Cultura, foi reconcebida para os palcos físicos.

Ela também acaba de lançar o livro “O Pior de Mim” pela editora Agir, coletânea dos registros que deram origem ao texto da peça. A capa é do multiartista e estilista Ronaldo Fraga. A direção do espetáculo é de Rodrigo Portella.


Provocações
“Pisamos nesta Terra em estado cru, sem preparo para os tremores que nos sacudirão a todos. Nossas histórias pessoais são distintas, mas a forma que reagimos quando fragilizados é muito semelhante” (...) “Lá na intimidade encoberta, eu e você somos irmãos.” (Maitê Proença)

Autoprovocada por este mote, a atriz e escritora Maitê Proença estreou em 2020 um experimento digital que se tornou um dos maiores sucessos do ano e que, depois de temporada presencial bem-sucedida no Rio de Janeiro no início de 2022, chega pela primeira vez a São Paulo: a peça de “O Pior de Mim”, com texto de sua autoria e direção de Rodrigo Portella (“Tom na Fazenda” e “As Crianças”). A peça acaba de ser indicada ao Prêmio Cesgranrio de Teatro na categoria Melhor Texto.

"A peça parte de histórias pessoais para falar de todas as histórias, na medida em que todos desenvolvemos, em maior ou menor grau, bloqueios variados para nos proteger de dores do passado, levantando muros (sem ver) aonde gostaríamos de ter construído pontes”, explica Maitê. “Meus dramas familiares não têm nenhuma importância. A peça é sobre todos nós e o que fazemos com o enredo que nos foi dado. Refiro-me à minha própria história porque é a única que tenho, e ela me dá autoridade pra tratar dos assuntos que abordo na peça”, completa a atriz e autora.


Sinopse do espetáculo
Em cena, Maitê Proença revisita momentos marcantes de sua vida. Numa interlocução direta com a plateia, a atriz reflete sobre como sua conturbada história familiar repercutiu na vida profissional, os eventuais bloqueios desenvolvidos e tudo que precisou fazer para se libertar. Ela fala ainda da mulher de 60 anos no Brasil, de machismo, misoginia, dos preconceitos enfrentados. 



O livro "O Pior de Mim"
Os registros de Maitê Proença também foram base para a preparação de um livro, que foi lançado pela editora Agir. Homônima à peça, a obra escrita levou a atriz de volta aos seus arquivos, recuperando outros trechos e descortinando novas reflexões e confidências. Fruto do espanto diante do mundo, “O Pior de Mim” parte da crença de que, como afirma a autora, as histórias pessoais são distintas, mas a forma que reagimos quando fragilizados é muito semelhante. A capa é do multiartista e estilista Ronaldo Fraga, e o livro estará à venda no saguão do teatro, além das livrarias, físicas e virtuais e na Amazon, neste link.

A edição do livro, em formato vira-vira, traz também o texto de “Uma Vida Inventada”, romance com elementos autobiográficos que a artista publicou em 2008 e que acompanha duas meninas em uma jornada de descobertas. Segundo Maitê, a narradora do “O Pior de Mim” é, na verdade, uma extensão amadurecida de uma das personagens de “Uma Vida Inventada”. Por isso surgiu a ideia de unir os dois no mesmo volume. Você pode comprar o livro "O Pior de Mim", de Maitê Proença, neste link.


Sobre Rodrigo Portella, diretor
Diretor e dramaturgo com 27 anos de carreira, foi vencedor dos prêmios Shell, Cesgranrio e APTR de Melhor Direção por “As Crianças” (de Lucy Kirkwood) em 2020 e “Tom na Fazenda” (de Michel Marc Bouchard) em 2018. Este último foi vencedor do Prix de la Critique (Montréal) como Melhor Espetáculo Estrangeiro de 2018/2019, e dos Prêmios APCA (SP 2019) e APTR (Rio 2018), ambos como Melhor Espetáculo da temporada.

Nos últimos dez anos, seus trabalhos integraram a programação dos maiores festivais de teatro do país e circularam por mais de 90 cidades no Brasil, Argentina, Equador, Chile, Alemanha e Canadá. Atualmente é professor do Curso Superior do Instituto Cal de Arte e Cultura e dedica-se ao doutorado em Artes Cênicas pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro.  

Sobre Maitê Proença, autora e atriz 
Após um ano de trabalho no Centro de Pesquisa Teatral (CPT) do diretor Antunes  Filho (1929-2019), em 1979, Maitê Proença estreou como atriz de televisão na novela "Dinheiro Vivo". Viveu sua primeira protagonista na novela "As Três Marias". Em 1981, foi convidada a participar da telenovela "Jogo da Vida", sob direção de Roberto Talma. Em 1982, encenou o espetáculo "Mentiras Alucinantes de Um Casal Feliz", ao lado de Armando Bogus. Em 1983, participou da novela "Guerra dos Sexos", na pele de Juliana. 

Em seguida, na Rede Manchete, protagonizou a minissérie "A Marquesa de Santos". Em 1985, retornou à Globo e integrou o elenco da novela "Um Sonho a Mais". Em 1986, na TV Manchete, deu vida à cortesã "Dona Beija" na novela homônima, um dos grandes sucessos da emissora. Maitê protagonizou as primeiras cenas de nudez em uma novela de horário nobre no Brasil, editadas por ela própria junto com o diretor Herval Rossano. A novela alcançou 42 pontos no Ibope, algo impensável ate então, diante da hegemonia da TV Globo e numa época pré-controle remoto.

A partir desse trabalho, e após atuar na novela "Corpo Santo", de 1987, voltou para a Rede Globo e trabalhou na novela "Sassaricando", ao lado de Edson Celulari, com quem dividiu o set de filmagem dos longas "Sexo Frágil" e "Brasa Adormecida"; esse último lhe rendeu o Prêmio de Melhor Atriz do 2º Rio Cine Fest. Também encenou o espetáculo "La Malasangre" e protagonizou o filme "A Dama do Cine Shanghai", ao lado de  Antônio Fagundes, conquistando o Prêmio de Melhor Atriz no II Festival de Cinema de Natal e também no XV Festival dos Melhores do Ano do Cine Sesc. Protagonizou a novela "O Salvador da Pátria", fazendo par romântico com Lima Duarte. Também rodou os longas "O Beijo" e "Kuarup", além de encenar a peça "Na Sauna", com direção de Bibi Ferreira. Em 1992, protagonizou a novela "Felicidade", sendo a segungaHelenas de Manoel Carlos, contracenando com Tony Ramos. 

Em 1996, integrou o elenco fixo da série "A Vida Como Ela É" e, em 1997, rodou o curta "Vox Populi", ganhando o Prêmio de Melhor Atriz no Festival de Salvador. Depois, em 1998, filmou os longas "A Hora Mágica" e "Paixão Perdida", além de atuar na novela "Torre de Babel" em um dos personagens centrais, novamente ao lado de Tony Ramos. Em 1999, interpretou a rainha da França, Ana da Bretanha, no seriado "Os Três Mosqueteiros", da Globo, e foi ainda a protagonista do filme "Tolerância". Atuou também no filme Bufo & Spallanzani,  e estrelou a novela "Vila Madalena".

Em 2000, protagonizou o espetáculo "Isabel", pelo qual foi bastante elogiada pela crítica, além de ter sido indicada à categoria de Melhor Atriz para o Prêmio Shell. Em 2001, após uma participação especial na telenovela "Estrela Guia" como a hippie Kalinda, protagonizou o filme "A Selva", uma coprodução entre Espanha, Portugal e Brasil. Também participou do filme "Viva Sapato!". Atuou na comédia "Com a Pulga Atrás da Orelha", como Madame Chandebise, e também encenou o espetáculo "Paixão de Cristo", na Nova Jerusalém  do sertão pernambucano, como Maria.

Em 2003, estreou na revista Época como cronista. Suas crônicas conquistaram o público por seu estilo estilo franco, delicado e inteligente. Em 2004, atuou na novela "Da Cor do Pecado". Continuou a publicar suas crônicas para a revista Época e, no ano seguinte, lançou seu primeiro livro, "Entre Ossos e a Escrita", que reuniu 50 crônicas publicadas na revista  Época entre 2003 e 2004. Em 2005 atuou na novela "A Lua me Disse", e nesse mesmo ano escreveu sua primeira peça, "Achadas e Perdidas".

Desde então, Maitê vem se dedicando ao seu trabalho como dramaturga. Na sequência de "Achadas e Perdidas", vieram "As Meninas", em parceria com Luiz Carlos Góes (1944-2014); "À Beira do Abismo me Cresceram Asas"; a adaptação para o palco do texto literário "A Mulher de Bath", de Geoffrey Chaucer; e "O Pior de Mim".

A partir de 2006, passou a integrar o time de apresentadoras do programa Saia Justa, do GNT, ao lado da jornalista Mônica Waldvogel, da atriz Betty Lago, da filósofa Márcia Tiburi e da cantora Ana Carolina. Em 2007 finalizou seu segundo livro, "Uma Vida Inventada", que mistura ficção a fatos reais num jogo de pistas falsas proposital; lançado em 2008, o livro obteve grande sucesso, ficando em primeiro lugar no ranking da revista Veja, além de permanecer inúmeras semanas entre os dez mais vendidos na categoria Ficção. Também escreveu a peça "As Meninas", em parceria com Luiz Carlos Góes.

Em 2008, atuou em "Três Irmãs", novela que marca seu retorno à TV depois de dois anos sem atuar nos folhetins globais. Em seguida, estreou o filme "Onde Andará Dulce Veiga?", no papel da protagonista Dulce Veiga, cantora e atriz que após um período de sucesso desaparece misteriosamente nos anos de 1960.

Em 2009, Maite produziu, além de envolver-se também na assistência de direção, a peça "As Meninas". Foi convidada por Glória Perez para a novela "Caminho das Índias". Em 2010, atuou na novela "Passione", de Silvio de Abreu, na TV Globo. Em 2012, interpretou Sinhazinha, ao lado de José Wilker, no remake de "Gabriela".

Considerada por muitos uma das mais belas atrizes brasileiras, Maitê Proença foi capa de quase todas as revistas em circulação. Das masculinas, destaca-se a edição brasileira da Playboy. Foi uma das raras mulheres a ganhar um suplemento especial na revista. Em 1987, após muitas recusas de convites para posar nua, finalmente aceitou. A edição vendeu 630 mil exemplares, o maior número de vendas no mercado editorial até então. Posaria uma segunda vez, em 1996, aos 38 anos, na paisagem da Sicília, e reconfirmaria o sucesso; desta vez, a revista alcançou a marca dos 720 mil exemplares vendidos.

Em 2015, Maitê Proença estreou na novela "Alto Astral" como Kitty. Em 2016, atuou na novela das 23h, "Liberdade Liberdade". Nos anos mais recentes, a atriz vem se dedicando ao teatro, tendo montado as peças "À Beira do Abismo me Cresceram Asas" e “A Mulher de Bath”. E agora, em 2022, estreia a versão presencial da peça “O Pior de Mim” e o livro homônimo, coletânea dos registros íntimos que deram origem ao texto da peça.


Ficha técnica
Espetáculo:
"O Pior de Mim"
Texto e Atuação: Maitê Proença
Direção e concepção cênica: Rodrigo Portella
Diretor Assistente: Ritcheli Santana
Ator/Câmera: Renato Krueger
Direção musical: Marcello H.
Produção: Rodrigo Velloni
Produção executiva: Swan Prado
Realização: Velloni Produções
Assessoria de imprensa: JSPontes Comunicação - João Pontes e Stella Stephany


Serviço
Espetáculo:
 "O Pior de Mim"
Estreia: sexta-feira, dia 9 de setembro, às 21h
Teatro Uol - Shopping Pátio Higienópolis - Piso Terraço
Avenida Higienópolis, 618 - São Paulo   
Telefones: (11) 3823-2323 / 3823-2423 / 3823-2737
Horários: sextas-feiras, às 21h, e sábados, às 20h
Ingressos: sexta R$ 90 (setor A) e R$ 60 (setor B); sábado R$ 120 (setor A) e R$ 80 (setor B) / Onde comprar: www.teatrouol.com.br ou na bilheteria do teatro
Gênero:
confessional
Duração: 60 min /
Capacidade: 300 espectadores /
Classificação indicativa: livre /
Temporada: até 27 de novembro





.: "O Gato Perdido", de Mary Gaitskill, medita sobre perda, afeto e luto

Lançado no Brasil pela editora Todavia, livro é um relato delicado de uma das principais escritoras da atualidade.

“No ano passado, perdi meu gato. Gattino era muito novo, apenas um adolescente de sete meses. Provavelmente está morto, mas não tenho certeza.” Assim começa este impressionante relato de Mary Gaitskill, o texto mais próximo de um livro de memórias que a grande ficcionista norte-americana escreveu. "O Gato Perdido", lançado no Brasil pela editora Todavia, começa com a história de como a escritora resgatou um gato de rua na Itália e o levou para morar com ela nos Estados Unidos, onde ele acabou desaparecendo.

Enquanto explora o trauma inesperado de sua perda, Gaitskill descreve sua relação com dois irmãos, Caesar e Natalia, e outro menino, chamado Ezekial, crianças menos privilegiadas que passavam verões e feriados com a autora e seu marido em seu mundo de afluência e contatos culturais. Ezekial era esportivo e um tanto cruel; Caesar, gentil e nada atlético. Os problemas no relacionamento entre os garotos parecem espelhar a própria distância que surge entre Gaitskill e essas crianças. O altruísmo parecia ser superado dia a dia pelo estranhamento e por uma sensação de afeto deslocado. 

As alegrias e as dificuldades desse relacionamento levam a um exame causticante da perda, do amor, da segurança e do medo — e também de como nossos entendimentos limitados se chocam contra nossas esperanças ilimitadas. O livro tem capa de Veridiana Scarpelli, tradução de Izalco Sardenberg e 80 páginas.


Sobre a autora
Mary Gaitskill nasceu em 1954 em Kentucky, nos Estados Unidos. É autora de de contos e romances, entre os quais Veronica e Two Girls, Fat and Thin.

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.: A trilha sonora de "Xanadu", fenômeno cult cinematográfico


"Xanadu"
é um filme musical de 1980 dirigido por Robert Greenwald e protagonizado por Olivia Newton-John e Gene Kelly. O filme conta a história sobre um jovem pintor, inspirado por uma musa a abrir, com um empresário aposentado, a boate-disco que dá título ao filme. A crítica americana foi severa ao desclassificar o filme e o condenou ao fracasso. Com o passar do tempo, e com tudo relacionado aos anos 80 voltando à moda, a crítica reconheceu seu valor como entretenimento.

A trilha sonora de "Xanadu" foi um dos grandes sucessos musicais de 1980. Foram lançados quatro  singles: "Magic", "Xanadu", "Suddenly", e "I'm Alive". Foi composta por John Farrar e Jeff Lynne, e interpretada por Olivia Newton-John e pela banda Electric Light Orchestra. No Brasil,  houve um musical dirigido pelos Miguel Falabella e estrelado pelos talentosos atores Danielle Winits e Thiago Fragoso - com um acidente em uma das apresentações. Vale a pena a audição, afinal,  como diz a música do filme: "Você precisa acreditar que somos mágicos"...


Produção
"Xanadu" teve sua pré-produção iniciada com um musical para faturar na moda do Roller Disco, modalidade de patinação artística com música disco, muito popular no final dos anos 70. Porém, outros estúdios se adiantaram e produziram filmes semelhantes, como "Roller Boogie", da United Artists, e Skatetown, U.S.A., da Columbia Pictures. A partir daí, "Xanadu" começou a ser trabalhado como um filme que iria misturar elementos dos anos 40, como as Big Bands, com elementos dos anos 70 e 80, como sintetizadores, patins e disco music. A partir daí, o elenco começou a ser formado.

Em meados de 1978, Olivia Newton-John teve sua carreira alavancada com o sucesso de "Grease - Nos Tempos da Brilhantina". Entre os projetos oferecidos estava o de "Xanadu". Ela aceitou, e a produção logo recebeu status, graças à fama de sua protagonista. O mesmo aconteceu com seu par romântico, Michael Beck. Após ser revelado em outro filme do produtor Joel Silver, "The Warriors", Beck foi convidado por Silver para ser um dos protagonistas do novo projeto.

Logo após, os produtores contataram Gene Kelly para ser um dos protagonistas. Kelly, uma lenda viva do cinema musical, astro de filmes como "Cantando Na Chuva", aceitou o papel pelo fato das locações serem perto de sua casa, e, assim, poderia trabalhar sem se afastar da família.

As filmagens começaram em meados de 1979. Porém, muitos problemas atingiram a equipe de produção: o principal deles era a falta de um roteiro pronto. Os roteiristas eram obrigados a reescrever cenas o tempo todo, o que afetou diretamente o trabalho dos atores, e a qualidade do filme. 

Outro problema foi o orçamento, antes modesto, e que acabou saindo do controle com a adição de grandes efeitos especiais, campanhas publicitárias excessivas (antes mesmo do término das filmagens) e a construção de um set que custou mais de $1 milhão. Com o término das filmagens, começou-se um grande esquema publicitário, que envolveu desde programas especiais de Making Of sendo exibidos na TV, até lojas vendendo roupas inspiradas nos figurinos do filme. Porém, o que mais divulgou o filme foi sua trilha sonora, um grande sucesso na época.


Recepção
O filme foi lançado nos EUA no dia 8 de agosto de 1980. Em seu primeiro final de semana, arrecadou $1,471,595, em 249 cinemas. Estima-se que o total da bilheteria, nos EUA, tenha sido de $22,762,571, contra um orçamento de pouco mais de $20,000,000. Ou seja, o filme, apesar de ter coberto seus custos, não deu grande lucro nos EUA. Posteriormente, ao ser lançado no mercado de vídeo e, eventualmente, em DVD, rendeu mais $10,000,000 em locações e vendas. Fora dos EUA, o filme teve resultados melhores. Fez boas bilheterias em países como Austrália, Japão, Alemanha e Brasil.


Crítica
A crítica americana foi unânime ao classificar o filme como insosso, mal-dirigido e anêmico. O crítico Roger Ebert afirmou: "'Xanadu' é uma fantasia musical sem-graça e fraca, tão sem substância que constantemente evapora sob nossos olhos". No entanto, com o passar do tempo, e com tudo relativo aos anos 80 voltando à moda, a crítica reconheceu o valor de Xanadu como entretenimento. O respeitado crítico James Berardinelli publicou uma crítica, 26 anos após a estreia do filme, dizendo: "'Xanadu' pode até não ter atingido as ambições originais de seu diretor mas, ao falhar tão espetacularmente, tornou-se algo maior".


Status cult
Após o fracasso do filme, pouco se falou sobre ele, até o início de um revival dos anos 80. A trilha sonora foi recuperada em festas do gênero, e o filme caiu no gosto de diversas tribos: a dos fãs de filmes trash (por trazer efeitos considerados bobocas para os dias de hoje), os fãs de camp films (por trazer atuações e roteiros exagerados), fãs dos anos 80 (por ser o grande marco do final da era disco, e antecipar a estética da década) e dos GLS (por trazer a cantora Olivia Newton-John no elenco e pela trilha sonora disco).


Trilha sonora
A trilha sonora de "Xanadu" foi um dos grandes sucessos musicais de 1980. Foram lançados qauatro singles: "Magic", "Xanadu", "Suddenly", e "I'm Alive". Os dois primeiros foram enormes sucessos, enquanto os outros dois tiveram menor repercussão, ainda que bem sucedidos.

A trilha do filme foi composta por John Farrar e Jeff Lynne, e interpretada por Olivia Newton-John e pela banda Electric Light Orchestra. Uma das faixas, "Dancin", traz participação da banda The Tubes. "Whenever You're Away From Me" traz um dueto entre Newton-John e Gene Kelly, e "Suddenly'" um dueto entre Newton-John e Cliff Richard.

Existem três músicas Lado-B, inseridas nos singles. Uma é "Fool Country" (lançada no single de "Magic"), uma faixa que mistura hard-rock e country, e outra é "Drum Dreams" (lançada no single de I'm Alive), uma faixa instrumental. As duas são executadas na cena final do filme. Já "You Made Me Love You" é uma canção dos anos 40 regravada por Olivia Newton-John, e que é tocada, quase despercebida, antes do número musical "Whenever You're Away From Me". Há rumores de que a música iria ser usada em uma cena excluída.

Uma curiosidade sobre "Drum Dreams" é que ela é, na verdade, uma música composta por Jeff Lynne como parte da trilha incidental. Porém, o trabalho de Lynne nessas faixas foi rejeitado pelos produtores, e um novo compositor, Barry DeVorzon, foi contratado para compor novas músicas.

Mais sobre o filme:
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.: OssoBanda faz show com muito rock e brincadeiras no Sesc Santo Amaro

Formado por Leís Lima, Marcelo dos Anjos, Esdras Cabral e Tereza Saci, a OssoBanda, nasceu há sete anos em São Sebastião, cidade litorânea de São Paulo. Foto: Laís Aguiar


Fazendo um rock and roll de primeira para crianças e adultos de todas as idades, a OssoBanda faz show do novo EP "Rock, Batuques e Canções", no próximo domingo, dia 11 de setembro,  às 17h, no Sesc Santo Amaro.

Formado por Leís Lima, Marcelo dos Anjos, Esdras Cabral e Tereza Saci, a OssoBanda, nasceu há sete anos em São Sebastião, cidade litorânea de São Paulo. O EP "Rock, Batuques e Canções" foi produzido por Jonas Tatit, e contou com participação especial do percussionista Ari Colates e de Lola Bassante, filha do músico Wem, do grupo Tiquequê.

A marca registrada da banda é o rock and roll, mas o repertório também explora ritmos como o reggae, o funk, as baladas e o samba-rock. A apresentação também conta com a participação especial de Ossinho, um boneco esqueleto, bagunceiro e “aprontador” que em suas aparições surpresa costuma arrebatar muita simpatia e arrancar boas risadas do público, além do Menino Rio, boneco que traz para o palco a experiência do teatro de fantoches, protagonizando cenas cômicas no palco.

O repertório traz também as canções mais dançantes dos dois primeiros discos da banda, "Pé de Maravilha" (2015) e "Músicas Para Balançar o Esqueleto" (2018), além de versões de clássicos para o universo das crianças, como Palavra Cantada e Pequeno Cidadão. “O show é um convite para o movimento e para a festa, ou como, a banda gosta de dizer, para balançar livremente o esqueleto”, conta Tereza Saci.


Ficha técnica:
Tereza Saci (vocal principal), Esdras Cabral, o Tico (bateria), Marcelo dos Anjos (baixo) e Leís Lima (guitarra).


Serviço:
OssoBanda - Lançamento do "EP Rock, Batuques e Canções"
Domingo, dia 11 de setembro, das 17h às 18h.
Grátis. Local: Praça Coberta. Todos os públicos.


Sesc Santo Amaro 
Rua Amador Bueno, 505, Santo Amaro - São Paulo
Horário de funcionamento: terça a sexta, das 10h às 21h30 | Sábado, domingo e feriado, das 10h às 18h30.

quarta-feira, 7 de setembro de 2022

.: 2x7: "American Horror Stories" tem triângulo amoroso bizarro em "Necro"

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em setembro de 2022



"Necro", sétimo episódio da segunda temporada de "American Horror Stories", escrito por Crystal Liu, carrega no mistério logo nos primeiros segundos, quando, em 1998, no Maine, um corpo de mulher caído ao chão de uma cozinha revirada, oferece sustento a uma menininha. Na sequência, em 2022, na Califórnia, a jovem Sam (Madison Iseman) está nitidamente feliz enquanto exerce o trabalho de limpeza no corpo de uma senhora para, então, fazer a necromaquiagem. Ao sair de seu expediente, satisfeita com o resultado, é abordada pelo chefe, com direito a elogios e uma oferta de aumento de salário.

Com o protagonismo do episódio entregue para a atriz de "Eu Sei O que Vocês Fizeram no Verão Passado", 2021 e "Annabelle 3: De Volta Para Casa", "Necro" expõe uma trama com bizarrices, mas com qualidade e focada no suspense, ainda que tenha um desfecho que não agrade tanto. A abertura exclusiva do episódio exibe diversas imagens de corpos sendo preparados para o último momento com a família, desde a limpeza até a maquiagem, ou seja, segue a proposta da história contada em quase 44 minutos. 


Ainda que a temática esteja, inclusive no título, o que faz "Necro" ganhar força é o triângulo amoroso de Sam, Jesse (Spencer Neville, Chad de "9-1-1: Lone Star") e Charlie (Cameron Cowperthwaite, de "Feud"). A moça que tem Jesse como parceiro, com pretensão de casamento, embora ele deixe clara a repulsa pelos mortos e seu preparo, principalmente, o cheiro que impregna nela, revela-se um atrativo para um terceiro elemento nessa história de amor. Assim, a moça se encanta pelo novato no trabalho, um "respeitador/admirador" da morte: Charlie.

Seduzida pelo lado compreensivo do novo amigo de trabalho, Sam vive algo surreal quando ele se passa por um morto para receber os cuidados dela. Chocada com o que vê, no desespero, ousa uma despedida extremamente libertária. No entanto, tudo não passa de uma tentativa de Charlie, para mostrar a necessidade de ela enxergar outras possibilidades opostas ao estilo de vida que leva e está prestes a perpetuar. No entanto, fica a pergunta: como que ela não percebeu a prótese em Charlie, uma vez que trabalha com mortos?


O tempo passa. Sam muda de emprego e assume o personagem da mulher que almeja uma casa com cerca. Para tanto, o próximo passo da farsa segue a ponto de ela e Jesse reunirem todos para o casamento. No evento, uma surpresa no telão em meio a fotos do casal paramentado nos padrões da ocasião. É nesse momento em que um feito de Sam é estampado para todas as testemunhas. 

Desmoralizada e sem amigos, Sam chega ao limite e procura Charlie para garantir um desfecho de deixar qualquer um boquiaberto -com o excesso de bizarrice, mas que não deixa de ser uma história de amor aterrorizante.  Em "Necro" o suspense paira a todo momento, mesmo nas cenas de explosão de amor ou de puro drama. A protagonista é levada ao extremo, o que implica na decisão final espantosa, mas plausível para a trama de alguém que sempre foi perseguida por fantasmas desde a infância -assim como Charlie. "Necro" é sem dúvida é um dos episódios de destaque da segunda temporada de "American Horror Stories"




Seriado: American Horror Stories
Temporada: 2
Episódio 7: "Necro"
Exibido em: 1 de setembro de 2022, EUA.
Elenco: 
Madison Iseman, Cameron Cowperthwaite, Spencer Neville, Jeff Doucette, Sara Silva, Jessika Van, Chelsea M. Davis


* Mary Ellen é editora do portal cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do www.photonovelas.com.br. Twitter:@maryellenfsm


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