segunda-feira, 5 de setembro de 2022

.: Crítica: "Maria: Ninguém Sabe Quem Sou Eu" deixa público maravilhado

Foto do documentário "Maria: Ninguém Sabe Quem Sou Eu"

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em setembro de 2022 


É indiscutível que a cultura brasileira é riquíssima, ainda que pouco apreciada. Assim, para preencher tal lacuna, exaltando uma figura importantíssima nesse cenário, chega aos cinemas do Cineflix, Bethânia, dona de uma voz limpa e inconfundível, como musa de "Maria: Ninguém Sabe Quem Sou Eu". A produção gravada no teatro do Hotel Copacabana, no Rio de Janeiro, apresenta uma entrevista exclusiva com Carlos Jardim, quem assina a direção e roteiro do documentário que inclui variadas apresentações antigas da icônica cantora, além da leitura de textos pautados na filha de Dona Canô.

Aos 76 anos, Maria Bethânia comenta importantes assuntos que permearam sua trajetória, que completa 57 anos, na música brasileira, incluindo sua prisão durante a ditadura militar. Bethânia fala dos pais, comenta a falta que sente da mãe, reverencia o irmão Caetano Veloso e Chico Buarque, declara amor por Fernando Pessoa e, claro, abre o coração sobre a paixão e respeito que sente pelo palco, o que faz se apresentar descalça. 

Em meio ao depoimento inédito e com informações complementares sobre certos acontecimentos, imagens de fãs e de arquivo, registros raros de ensaios e shows, a atriz Fernanda Montenegro e a jornalista Mariana Gross, por exemplo, narram textos de autores como Ferreira Gullar, Nelson Motta, Fauzi Arap, Caio Fernando Abreu e Reynaldo Jardim, que destacam a importância de Bethânia no Brasil. 


Mesmo despertando ou aumentando a paixão pela genialidade de Maria Bethânia, a produção fica focada na devoção da intérprete pelo canto e por estar no palco -sendo uma outra pessoa. "Maria: Ninguém Sabe Quem Sou Eu" passa longe da vida pessoal da cantora, ainda que mencione os pais e fale da figura de Caetano Veloso em sua vida, desde o nascimento. Contudo, é inegável que o documentário tem o poder de fazer o público sair da sala de cinema maravilhado pelo talento dessa rainha que é, de fato, uma força da natureza. 

Ainda que exiba entre as filmagens de apresentações de Maria Bethânia, as canções de Erasmo e Roberto Carlos e garanta arrepios para o público, fica devendo a interpretação para a clássica "Fera Ferida", que foi abertura da novela de sucesso nos anos 90 com o mesmo nome. Música que ainda segue como grande referência na voz da intérprete, tanto quanto o clássico "É o Amor" de Zezé di Camargo, contemplado no documentário. 

De toda forma, "Maria: Ninguém Sabe Quem Sou Eu" é uma produção necessária, pois lembra aos brasileiros que, aqui, em nosso país, há artistas brilhantes para nos orgulharmos. De quebra, consegue despertar o interesse em assistir também "Narciso em Férias", sobre Caetano Veloso, irmão de Maria Bethânia. O documentário com distribuição da Arteplex Filmes é imperdível para se ver na telona do cinema!

Em parceria com a rede Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - uma oportunidade para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link.


Gênero: documentário

Direção: Carlos Jardim

Roteiro: Carlos Jardim

Produção: Turbilhão de Ideias Cultura e Entretenimento

Coprodução: Globo Filmes, GloboNews e Canal Brasil

Duração: 1h40

Classificação: livre

Data de lançamento: 1 de setembro de 2022 (Brasil)

Distribuidora: Arteplex Filmes


Mary Ellen Farias dos Santos, editora do portal cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm

Teaser


Trailer

Abertura da novela "Fera Ferida"

.: "Labirinthos em Processo": texto de Carrascoza, no Teatro Alfredo Mesquita

Espetáculo trata do mito do Minotauro com texto inédito do premiado escritor brasileiro João Anzanello Carrascoza


"Labirinthos em Processo" é um espetáculo da Cia Teatral Energós que vai se desenvolver a cada apresentação, tendo sua dramaturgia e encenação reformuladas neste processo de curtas temporadas itinerantes (no teatro Paulo Eiró, na zona sul, que terminou no último domingo, dia 4 de setembro; Teatro Alfredo Mesquita, na zona norte, e ainda uma terceira a ser confirmada).

A peça aborda o mito do Minotauro e conta com texto inédito do premiado escritor brasileiro João Anzanello Carrascoza. A dramaturgia é criada a partir dos fragmentos de duas obras perdidas do tragediógrafo grego Eurípedes (os textos Kretes e Theseus) e relacionando-os com a contemporaneidade. Estes fragmentos trágicos foram traduzidos pela primeira vez para o português pelo diretor da companhia Leonardo Antunes e pelo ator Jean Pierre Kaletrianos.

Composto por uma série de quadros narrativos que contam a história do Minotauro, o espetáculo toma o papel do coro como protagonista da ação. Ora testemunha, ora atravessado pela tragédia, o coro guia o espetáculo e, a partir dele, os integrantes se destacam a fim de dar voz às várias personagens do mito.

A paisagem sonora atravessa toda a encenação e é criada por meio de texturas vocais múltiplas da fala e do canto, tanto pelo texto em português quanto pelas canções e versos em grego arcaico e moderno. Toda a música do espetáculo é realizada ao vivo pelos atores que tocam instrumentos como adufes (instrumento de percussão ibérico), uma orquestra de aquários e violino.

Além das apresentações, o projeto levará atividades a outros espaços culturais da cidade, desenovelando o mito do Minotauro por meio de encontros com o público em geral e com os participantes do Programa Vocacional, da Prefeitura. Aos vocacionados, também serão oferecidas oficinas e abertas vagas de estágio para que acompanhem o processo de montagem, apresentação e desmontagem da Cia Teatral Energós.

Serão três oficinas sobre o mito e a dramaturgia, realizadas em três Bibliotecas Municipais; e três oficinas de teatro com os aprendizes do Programa Teatro Vocacional. Estas ações integram o projeto “O Mito do Minotauro por São Paulo” contemplado com o edital de Apoio a Projetos Artísticos Culturais de Múltiplas Linguagens da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo.


Sinopse do espetáculo
Quando o rei de Creta morre, Minos reivindica o trono, pedindo a Poseidon que lhe envie uma confirmação. O deus atende e Minos assume o poder. Mas o novo rei não cumpre a promessa. Furioso, Poseidon castiga o mortal: faz com que sua esposa, Pasífae, enlouqueça, se apaixone pelo touro e engravide do animal. Nasce, então, o Minotauro, criatura com cabeça de touro e corpo de homem, que é encarcerado em um labirinto.

A Cia Teatral Energós é um coletivo de artistas interessados em aprofundar o trabalho do ator com o trágico e com o mítico por meio da investigação das potencialidades do corpo e da voz. Reunidos inicialmente a partir de cursos oferecidos por Jean Pierre Kaletrianos e Leonardo Antunes em 2019, esses artistas iniciaram, no mesmo ano, um processo de ensaios que resultou no experimento cênico Erechtheus. 

Jean Pierre Kaletrianos e Leonardo Antunes conheceram-se em 2008 quando foram atores-pesquisadores de "Prometheus - A Tragédia do Fogo" (direção: Maria Thais), espetáculo da Cia Teatral Balagan. Por este espetáculo, Jean Pierre Kaletrianos foi indicado ao prêmio Shell de teatro na categoria especial pela preparação vocal. Em 2016, Leonardo Antunes, motivado pela pesquisa do trágico, fez residência no Attis Theater (Atenas, Grécia), companhia do diretor Theodoros Terzopoulos. Desde então, a dupla desenvolve uma pesquisa sobre os fragmentos das tragédias perdidas de Eurípedes.

Em 2020, a Cia foi convidada a compor o Núcleo de Teatro da Areté - Centro de Estudos Helênicos (Pinheiros, São Paulo), a sede onde desenvolve seu trabalho de criação e pesquisa até hoje. Durante o período de pandemia da covid-19, a Cia foi contemplada com o edital PROAC Expresso e criou "Cretenses", um espetáculo on-line que mesclava cenas gravadas e editadas com intervenções ao vivo dos atores durante as sessões. 

"Cretenses" foi exibido em duas temporadas: pelo canal do YouTube do CCSP (Centro Cultural São Paulo) e pela plataforma Sympla; além de apresentações em canais de bibliotecas do município de São Paulo. Em 2021, a Cia Teatral Energós foi contemplada com o Edital de Apoio a Projetos Culturais de Múltiplas Linguagens, da SMCSP para a realização do projeto “O Mito do Minotauro por São Paulo”.


Ficha técnica: 
"Labirinthos em Processo"
Direção e iluminação:
Leonardo Antunes
Dramaturgia: João Anzanello Carrascoza
Direção musical: Jean Pierre Kaletrianos e Leonardo Antunes.
Cenografia: Leonardo Antunes e Márcia Moon
Figurinos: Miko Hashimoto
Elenco: Elaine Alves, Gustavo Andersen, Gustavo Xella, Heidi Monezzi, Isabela Bustamanti, Isabella Bottan, Jean Pierre Kaletrianos, João Muniz e Pedro Ferreira.
Adereços: Fernando Fedora
Cenotécnico: Lucas Barros
Preparação musical (aquários): Orquestra dos Objetos Desinventados
Preparação musical (percussão - adufe): Valéria Zeidan
Treinamento corporal (danças): Vera Athayde
Treinamento corporal (kempo): Ciro Godoy e Mavutsinim Santana   
Fotos: Júlia Gama
Identidade visual: Cláudio Novaes
Design gráfico: Elaine Alves 


Teatro Alfredo Mesquita
Dias 23, 24 e 25 de setembro de 2022
Sexta e sábado, às 21h | domingo, 19h
Gratuito - Presencial
Endereço: Avenida Santos Dumont, 1770 - Santana.
Telefone: (11) 2221-3657
Capacidade:
198 pessoas
Duração: 80 minutos
Classificação indicativa: 14 anos

.: Buzz Editora lança o livro mais falado do momento


"Depois Daquele Verão" é uma história de tirar o fôlego sobre dois personagens que confrontam os grandes erros de seu passado para, quem sabe, encontrar um final feliz.
 

Em outubro, chega ao Brasil pelas mãos da Buzz Editora, o livro "Depois Daquele Verão", estreia de Carley Fortune. O livro, em inglês, "Every Summer After", lançado em maio deste ano, é o romance mais falado do momento, contando com mais de dezesseis mil avaliações positivas na Amazon. A história fala sobre Percy e Sam, dois amigos inseparáveis que decidem arriscar a amizade e assumir o amor que sempre sentiram um pelo outro. 

Como todo início de namoro, a relação vai bem e ambos planejam o futuro juntos, mas a vida adulta é implacável. Enquanto se preparam para ir para a faculdade, Percy e Sam se distanciam e ela, desesperançosa, comete um grande erro que a perseguirá por décadas mais tarde. O romance já está em pré-venda, os leitores mais ávidos podem reservar seu exemplar na Amazon neste link.


"Every Summer After"para os íntimos
O livro "Every Summer After"
, lançado em maio deste ano, é o romance mais falado do momento. Contando com mais de 16 mil avaliações positivas na Amazon, a estreia de Carley Fortune na literatura já está lado a lado de autoras consagradas do romance Young Adult, como Collen Hoover e Emily Henry. Agora, a obra chega ao Brasil pelas mãos da Buzz Editora: "Depois Daquele Verão" - que será lançado em outubro e está em pré-venda neste link, junto com o florescer da primavera e o calor do verão, época que remete ao livro.

A história fala sobre Percy e Sam, dois amigos inseparáveis que decidem arriscar a amizade e assumir o amor que sempre sentiram um pelo outro. Como todo início de namoro, a relação vai bem e ambos planejam o futuro juntos, mas a vida adulta é implacável. Enquanto se preparam para ir para a faculdade, Percy e Sam se distanciam e ela, desesperançosa, comete um grande erro que a perseguirá por décadas mais tarde.

Tentando esquecer isso, Percy decidiu seguir sua vida em um apartamento na cidade, longe da casa à beira do lago no qual passou toda a sua adolescência com Sam. Um dia, ela recebe uma ligação que a manda de volta ao lago e para a vida de seu ex-namorado - homem que Percy nunca esqueceu, pois seu amor por ele está tão enraizado que nunca mais a personagem conseguiu ter outro relacionamento amoroso. Depois de terem seis verões para se apaixonar, Percy e Sam só têm um fim de semana para se acertar.

“Antes de Sebastian, os caras que eu pegava estavam se divertindo e não pareciam se importar em manter as coisas casuais. Quando o conheci, percebi que ser um adulto sério significava que deveria encontrar alguém com quem levar a sério. […] Mas eu ainda achava difícil compartilhar muitos pedaços de mim mesma. Eu aprendi há muito tempo a reprimir minha tendência de deixar pensamentos aleatórios vomitarem sem filtro da minha boca. Achei que estava fazendo um bom trabalho ao dar uma chance real ao relacionamento, mas no final Sebastian reconheceu minha indiferença e estava certo. Eu não me importava com ele. Eu não me importava com nenhum deles.”

Segundo Carley Fortune, o livro era uma ambição que ela tinha há muito tempo, mas estava guardada dentro de seu coração e de sua mente. “Naquele verão, a pandemia me obrigou a fazer grandes perguntas sobre a vida e decidi não adiar mais. Estipulei dois objetivos: esboçar um romance até o fim do ano e deixá-lo bom — não perfeito, mas alguma coisa de que eu me orgulhasse”, explica a autora. A obra explora a sensação incrível de encontrar a sua pessoa, que, apesar das falhas, tenta sempre consertar as coisas. “Percy e Sam lutam contra suas próprias fraquezas e enfrentam obstáculos externos. Escrever 'Depois Daquele Verão' foi uma fuga para mim. Espero que signifique o mesmo para quem ler”, finaliza.


Sobre a autora:
Carley Fortune é uma jornalista canadense premiada que trabalhou como editora para Refinery29, The Globe and Mail, Chatelaine e Toronto Life. Ela mora em Toronto com o marido e dois filhos. "Depois Daquele Verão" é o primeiro romance da escritora.


Leia +:
Você pode comprar o livro "Depois Daquele Verão", de Carley Fortune, neste link.

Ficha técnica
Título: "Depois Daquele Verão"
Autora: 
Carley Fortune
Formato: ‎
13.82 x 2.18 x 20.7 cm
Editora:‎ Buzz Editora
Páginas: ‎320
Link na Amazon: https://amzn.to/3QliIPM


.: Quem são os dubladores nacionais do live-action “Pinóquio”

O filme estreia exclusivamente na plataforma em 8 de setembro, durante o Disney+ Day


“Pinóquio” é a nova produção live-action da Disney, que chega exclusivamente no Disney+ em 8 de setembro. Estrelado por Tom Hanks, Benjamin Evan Ainsworth, Cynthia Erivo, Joseph Gordon-Levitt, Keegan-Michael Key, Lorraine Bracco e Luke Evans, o filme está entre as estreias do Disney+ Day - celebração global do streaming com diversos lançamentos e novidades.

O vencedor do Oscar® Robert Zemeckis dirige a releitura da animação de 1940, agora em live-action, sobre a história do boneco de madeira que embarca em uma emocionante aventura para se tornar um menino de verdade. Confira abaixo quem são os dubladores que dão vozes aos personagens na versão dublada de “Pinóquio”.


Francisco Brêtas (Gepeto)
É um ator, dublador e diretor de dublagem brasileiro que atua na área desde os anos 80. Seus trabalhos mais conhecidos são Hyoga de Cisne em “Os Cavaleiros do Zodíaco”, Kaioshin em “Dragon Ball Z” e Capitão em “Os Pinguins de Madagascar”. Em “Pinóquio”, Brêtas dá voz à Gepeto.


Lorenzo Galli (Pinóquio)
É um ator mirim de nove anos de idade. Ele foi o Coelho em “Alice, O Musical”, Theo em “Em Busca do Balão Mágico” e, agora, empresta a voz ao personagem Pinóquio no novo live-action da Walt Disney Studios.


Luci Salutes (Fada Azul)
É uma atriz e cantora que já esteve no elenco de grandes musicais, como “Romeu+Julieta ao Som de Marisa Monte” (2018), “Ícaro and The Black Stars” (2018), “Carmen, A Pequena Grande Notável” (2019), “Cultura, O Musical” (2019), “Lazarus” (2019), entre outros. Luci dubla a Fada Azul no live-action “Pinóquio”.


Robson Kumode (Grilo Falante)
Doutor em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP, Robson Kumode Wodevotzky é um dublador e diretor de dublagem. É mais conhecido por dublar os personagens Sasuke Uchiha em “Naruto”, Yuuto Kido em “Inazuma Eleven”, Orphée de Lira em “Saint Seiya” e Kon de “Bleach”. Robson empresta a voz ao Grilo Falante na nova produção exclusiva do Disney+.


Amazyles de Almeida (Sofia, a Gaivota)
É uma atriz mineira com extenso currículo em teatro, televisão e cinema, além da carreira de dubladora. Em “Pinóquio”, Amazyles empresta a voz à nova personagem Sofia, a Gaivota.


Dláigelles Silva (João Honesto)
Dláigelles Ribamares Silva é um dublador, ator e ex-militar. Nascido na cidade de Belo Horizonte, em Minas Gerais, trabalha com dublagem em São Paulo, sendo conhecido por seus trabalhos em produções como “Attack on Titan” (Reiner Braun), “Ponto Cego” (Kurt Weller), entre outros. Dláigelles dá voz à João Honesto no novo live-action da Disney.


Leia +:
Antes de assistir o filme, que tal ler o clássico de Carlo Collodi? Você pode comprar o livro "Pinóquio" neste link.


"Pinóquio" - Trailer oficial dublado


.: Companhias da América do Sul apresentam espetáculos no MIRADA

Grupo equatoriano La Trinchera expõe em "Quimera" o conflito fictício e microscópico, criado pelo diretor Nixon García Sabando, entre dois soldados fronteiriços ao perceberem que a demarcação da faixa limítrofe daquelas terras simplesmente desapareceu. Foto: Leiberg Santos 

A sexta edição do MIRADA - Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, idealizado pelo Sesc São Paulo, acontece em Santos, de 9 a 18 de setembro, e ocupa a unidade do Sesc Santos e outros locais da cidade e região. Da América do Sul, região onde golpes militares são historicamente frequentes, o grupo equatoriano La Trinchera expõe em "Quimera" o conflito fictício e microscópico, criado pelo diretor Nixon García Sabando, entre dois soldados fronteiriços ao perceberem que a demarcação da faixa limítrofe daquelas terras simplesmente desapareceu.

No solo "Tijuana", do grupo mexicano Lagartijas Tiradas al Sol, o ator Lázaro Gabino Rodríguez questiona a noção de democracia social a partir de sua experiência como trabalhador precarizado. Foto:Festival Escenas do Cambio

No solo "Tijuana", do grupo mexicano Lagartijas Tiradas al Sol, o ator Lázaro Gabino Rodríguez questiona a noção de democracia social a partir de sua experiência como trabalhador precarizado da maior cidade do estado de Baixa Califórnia, que faz fronteira ao norte com o estado da Califórnia, nos Estados Unidos.

“Erase Una Vez... El Hombre”: quando representantes da ala mais conservadora da Igreja Católica interditaram fascículos semanais de revista. Foto: Francisco Castro Pizzo

Da Argentina, "Erase", do diretor Gustavo Tarrío, trata da ditadura civil-militar (1976-1983) de seu país a partir de uma passagem inusitada e com certa dose de humor: quando representantes da ala mais conservadora da Igreja Católica interditaram fascículos semanais da revista “Erase Una Vez... El Hombre” (“Era Uma Vez... O Homem”) e bolaram um número especial que combinava, em nível de delírio, conteúdos sobre neandertais, sapiens e o criacionismo da doutrina bíblica.

"Discurso de Promoción": Grupo Cultural Yuyachkani, do Peru, faz uma reflexão das heranças ligadas a estruturas sociais coloniais. Foto: Musuk Nolte

O Grupo Cultural Yuyachkani, do Peru, que completou 50 anos em 2021, traz para esta edição do Festival o espetáculo "Discurso de Promoción", uma reflexão das heranças ligadas a estruturas sociais coloniais. A peça foi produzida por ocasião do bicentenário da Independência peruana. A abertura para convidados da 6ª edição do MIRADA - Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas que acontecerá na próxima sexta-feira, dia 9 de setembro, às 19h30 no Teatro do Sesc Santos.
 

MIRADA - Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas
Criado em 2010 para evidenciar a diversidade de estéticas e as pesquisas nas artes cênicas dos países da América Latina e Península Ibérica, o MIRADA chega à sua sexta edição reforçando as similaridades e pluralidades que se estabelecem entre a produção desses países na cidade de Santos, que carrega, além de sua beleza natural, a vocação de palco perfeito para evidenciar e proporcionar o intercâmbio entre os povos.


9 a 18 de setembro de 2022
Informações em www.sescsp.org.br/mirada
Nas redes sociais pela hashtag #FestivalMirada
Venda de ingressos na bilheteria das unidades do Sesc São Paulo e on-line pelo portal do Sesc SP, pelo app Credencial Sesc SP e pela Central de Relacionamento Digital  


Ingressos para Espetáculos Adultos
R$ 10 (credencial plena)
R$ 15 (pessoas com +60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino)
R$ 30 (inteira) para os espetáculos adultos 


Ingressos para Espetáculos infantis
R$ 7,50 (credencial plena)
R$ 12,50 (pessoas com +60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino)
R$ 25 (inteira) para os espetáculos infantis (crianças até 12 anos não pagam) 


Sesc Santos
Rua Conselheiro Ribas, 136 - Aparecida, Santos
Terça a sexta, 9h às 21h30. Sábados, domingos e feriados, 10h às 18h30
Informações em www.sescsp.org.br/mirada 


domingo, 4 de setembro de 2022

.: Capítulo 4: "Aurora" em "Totalmente acordada"



Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em setembro de 2022


Diante de Maria Helena, sentada na cadeira de rodinhas, numa pose um tanto que confortável e relaxada, aquela mulher de longas madeixas pretas azuladas abriu um sorriso enquanto respondeu a pergunta que não saía da mente da escritora.

- Sou Aurora. A sua criação!, levantou-se com certo deboche no canto da boca enquanto dizia e, por fim, posicionou-se cara a cara com a dona da casa mantendo as sobrancelhas no alto, passou a língua nos dentes com os braços cruzados, pendeu o quadril para o lado esquerdo, batendo a ponta da sola do pé direito.

Maria Helena desviou o olhar. Colocou a caneca com chá de amora quentinha que estava entre as mãos, em cima do móvel ao lado. Coisa que nunca fez até hoje. Era zelosa e sabia que aquele repouso iria manchar parte da estante do computador que seu pai lhe dera aos 15 anos, feito pelo marceneiro da família, que veio equipada com um computador de " processador 166", microfone, impressora e scanner de mesa. 

Era aquilo ou derrubaria todo o líquido no chão e ainda quebraria sua caneca favorita. Engoliu em seco com a afronta. Uma completa confusão mental invadiu os pensamentos duvidosos dela, somente foi capaz de questionar com a voz falha:

- Isso aqui é uma pegadinha ou...?!

Não conseguiu completar a pergunta, uma vez que foi invadida por uma tontura que lhe tirou o chão, embora tenha sido rápida para se segurar na lateral do móvel do computador antes de cair de joelhos, definitivamente no chão. 

Respirou fundo, fechou os olhos. Tornou a respirar fundo, abriu os olhos. Levantou a cabeça e lá estava a tal Aurora sorrindo até que disse:

- Ora! Ora! Não se espante! Eu sou um pouco de você, de todos os que conhece e daqueles a quem você conheceu por tantos encontros da vida, por livros e vídeos. Eu sou o resultado deles, mas também muito de você! Não há o que temer, pois você me conhece, mais do que eu mesma.

Maria Helena sentou-se no chão acarpetado sem tirar os olhos de Aurora que tornou a se sentar na cadeira de rodinhas. E perguntou:

- Quem mandou você aqui para fazer essa brincadeira descabida comigo?

Aurora tirou o sorriso do rosto e respondeu: 

- Calma, Maria Helena! Eu sou uma criação sua. É que eu não estava gostando da minha história e vim aqui propor um acordo.

Foi quando a campainha tocou. Era o marido de Maria Helena. Tinha chegado do trabalho.

- Você fique aqui. Que eu irei explicar tudo para o Eder. Se é que isso tem como dar alguma explicação que seja.

Aurora sentou-se na cadeira de modo despojado, enquanto sorriu para Maria Helena e disse:

- Ok. Até mais!


*Editora do portal cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm


.: Capítulo 5: "Aurora" em "Parte de Mim"

Wide Awake, Katy Perry


.: 1x3: "She-Hulk" traz enfrentamento de "The people vs. Emil Blonsky"

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em setembro de 2022


No terceiro episódio da série "She-Hulk", intitulado de "The people vs. Emil Blonsky", o resuminho recapitula como a advogada Jennifer Walters (Tatiana Maslany) virou "Mulher-Hulk", reforça a entrada da grande rival da verdona e o caso em que trabalha para defender o "fugitivo", Emil Blonsky, o Abominável (Tim Roth). Para tanto, Jenn vai até a prisão de segurança máxima na tentativa de entender o que fez Emil sair e retornar para a cela. E a resposta é: Wong (Benedict Wong)! Sim! O Mago Supremo das Artes Místicas que o público aprendeu a amar em "Doutor Estranho" e vive fazendo aparições em outras produções Marvel.

A sacada é boa, tanto é que depois que o nome do mago é mencionado pelo Abominável, a amiga da advogada pesquisa quem é o tal mago e faz com que a senhorita Walters fale com a câmera, ou melhor, com quem está do outro lado da tela. De fato, a curiosidade em ver Wong em cena passa a ser gigante. "She-Hulk" aproveita para ressaltar que as participações especiais não fazem da série uma produção presa nisso, uma vez que é sobre ela. Boa brincadeira com pegada crítica!

Assim, a "Mulher-Hulk" ganha a mídia e as redes sociais. Entretanto, a existência dela é questionada, incluindo a reclamação sobre “todos os heróis estarem virando mulheres” ou ainda um protesto de que “tiraram a masculinidade do Hulk e depois deram para uma mulher”. Fica um registro a respeito da excessiva crítica sobre heroínas como Jennifer Walters e Carol Danvers (Capitã Marvel), uma vez que não se encaixam no padrão de “feminilidade”.

A verdade é que "Mulher-Hulk" vai além de ser uma série com participações especiais e sobre uma advogada que com raiva fica enorme e na cor esmeralda. Embora tenha um CGI de visual duvidoso, é capaz de por em pauta tantos questionamentos do público que atingiram a produção, principalmente da necessidade da representatividade feminina entre os heróis Marvel de destaque. Seja pela escolha de dar um seriado para o lado mulher de Bruce Banner, o Hulk (Mark Ruffalo) ou por não criarem uma nova heroína -mesmo que existam tantas que ainda seguem mantidas à sombra. É indiscutivelmente um grande feito!

Entre os casos que tornam o episódio muito empolgante, está o de uma elfa da luz metamorfa de Nova Asgard que se passou por Megan Tee Stallion e tirou uma grana violenta de um ex-parceiro de trabalho de Jen, Dennis Bukowski. E enquanto era apresentada a esse caso, acontece a entrada de Wong. Ele ao lado de "She-Hulk" é um visual que incomoda, pois a nova heroína está em roupas largas, de tamanho gigante e com um andar bastante desengonçado. Muito estranho de se ver!

Enquanto o caso da elfa metamorfa, Runa que se transforma de modo similar ao de Loki, a senhora Walters defende a soltura de o Abominável, uma vez que ele está recuperado e tem à espera sete mulheres para amá-lo. Num bar, com a amiga, chega Pug (Josh Segarra) e Walters vira para a câmera e fala: "conectando a história A e B. Legal!"

De fato, "She-Hulk" pode não ter o melhor CGI para a protagonista, mas não só garante várias participações, como conecta diversas histórias das já apresentadas, seja de "Homem Aranha: Sem Volta Para casa" ou "Thor: Ragnarok", por exemplo. Sim! Aos fãs mais observadores diversas informações extras são apresentadas a cada episódio. E as cenas pós-créditos desse episódio estão imperdíveis com a participação de Megan Tee Stallion! Vale a pena conferir todos os minutos de "The people vs. Emil Blonsky", sim!


Seriado: She Hulk: Attorney at Law, Mulher Hulk: Defensora dos Heróis

Episódio: 3, "The People vs. Emil Blonsky"

Elenco: Tatiana Maslany, Jameela Jamil, Ginger Gonzaga, Mark Ruffalo, Josh Segarra, Jon Bass, Renée Elise Goldsberry, Tim Roth, Benedict Wong, Charlie Cox

Exibido em 1 de setembro de 2022


*Editora do portal cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm


Leia + sobre os episódios de "She-Hulk", "Mulher-Hulk"

.: "Abraço Apertado", de Romain Gary: fábula agridoce sobre solidão e afeto


Publicado em 1974, "Abraço Apertado" é o primeiro livro escrito sob o pseudônimo de Émile Ajar, agora lançado no Brasil pela editora Todavia. O livro é escrito por Romain Gary considerado um dos grandes autores da literatura francesa no século XX, que publicou mais de 30 livros. 

Em meados dos anos 1970, era um medalhão nacional, cultuado, rico e premiado. Cansado da ribalta, resolveu se reinventar e nem os editores do autor sabiam quem era o verdadeiro autor de "Abraço Apertado". Livre das amarras de sua famosa persona literária, Gary-Ajar concebeu uma novela singular. 

Espécie de fábula humorística, o livro trata da relação de afeto de um funcionário de escritório com seu animal de estimação, um píton, serpente sem veneno que mata suas presas por constrição, alimentando-se de carne fresca. Por meio de uma prosa que não se organiza em linha reta, seguindo a sinuosidade dos pítons e envolvendo o leitor em volteios, somos apresentados ao universo particular do solitário Michel Cousin, remoendo sua crise ética acerca de como alimentar seu píton, em uma cidade como Paris. 

O personagem se diz apaixonado por uma colega do escritório, mas ela mal toma conhecimento de sua presença. Ele gostaria de ficar amigo do seu vizinho intelectual, mas não consegue transpor a barreira de sua extrema inadequação, feita de um misto de inocência e delírio que deixa marcas profundas na forma narrativa. A aspereza das relações na cidade grande fica mais aguda quando a vemos pelos olhos de quem não percebe sua crueldade. Raras vezes a solidão de um personagem apareceu de modo tão pungente na literatura.



Sobre o autor
Romain Gary nasceu em 1914, na Lituânia, e morreu em 1980, em Paris. Autor de dezenas de romances, foi um dos escritores mais populares e premiados da França.


Leia +
Você pode comprar "Abraço Apertado", de Romain Gary, escrito sob o peseudônimo de Émile Ajar, neste link.

Livro: "Abraço Apertado"
Autor: 
Romain Gary
Editora: 
Todavia
Capa:
Laurindo Feliciano
Tradução: Rosa Freire d'Aguiar
Páginas: 224
Link na Amazon: https://amzn.to/3RuFVzS

.: "Acabou Chorare" - Os 50 anos da consolidação dos Novos Baianos


Por
 Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural.

Há 50 anos, o grupo Novos Baianos lançou aquele que seria o seu melhor trabalho. O álbum "Acabou Chorare" condensou de forma genial as suas influências musicais, apresentando canções que virariam autênticos clássicos de nossa MPB.

O grupo tinha Moraes Moreira, Pepeu Gomes, Baby Consuelo, Paulinho Boca de Cantor e outros músicos talentosos, como o baixista Dadi e o baterista Jorginho Gomes, além do poeta Galvão, que ajudou a escrever letras.

É preciso entender o contexto da época para compreender como o disco foi concebido. Era o início dos anos 70. Já havia passado aquela fase dos festivais e dos movimentos musicais como o tropicalismo e a jovem guarda. Mas as sementes já tinham sido jogadas. Reciclar aquelas influências era apenas uma questão de tempo.

Os Novos Baianos representavam de certa forma uma continuidade daquela irreverência trazida pelo Tropicalismo. Reverenciando os mestres da música, como João Gilberto e Assis Valente, mas sempre com um pé no que se tinha de mais atual na época. No caso, o rock, que começava a se cristalizar na Inglaterra e nos Estados Unidos com novas bandas.

E coube ao baiano João Gilberto, o principal personagem da Bossa Nova, ajudar a direcionar o grupo para não esquecer o passado. Ele sugeriu regravar Brasil Pandeiro (de Assis Valente) e apresentou para os jovens instrumentistas o som de Waldir Azevedo e Jacob do Bandolim. Isso tudo foi mesclado com o que havia naquela época, incluindo os ritmos brasileiros como o samba.

O disco tem vários momentos marcantes, como a canção "Preta Pretinha", parceria de Moraes Moreira e Galvão, que caiu no gosto popular de forma rápida. Baby Consuelo arrepia no vocal das faixas "A Menina Dança" e "Tinindo Trincando". Paulinho Boca de Canto sola o vocal de "Swing de Campo Grande". E Moraes Moreira sola o vocal da irreverente "Besta É Tu", onde a letra Galvão trazia um certo ar de desbunde que incentivava a viver o tempo presente ("Por que não viver?/ Não viver esse mundo/ Por que não viver? / Se não há outro mundo...").

Podemos dizer que, no caso dos Novos Baianos, os astros estavam todos alinhados em torno da música. O direcionamento sugerido por João Gilberto ajudou-os a produzir um dos álbuns clássicos de nossa MPB, que continua mais atual do que nunca. E parafraseando o poeta Galvão : por que não ouvi-los? Se não há outro mundo?


"Preta Pretinha"

"Brasil Pandeiro"

"Besta É Tu"


.: "Meu Pequeno Universo": espetáculo infantil homenageia Stephen Hawking

De 3 de setembro a 2 de outubro, o espetáculo inspirado na vida e obra do físico britânico Stephen Hawking, "Meu Pequeno Universo", da Cia. Alvo, faz curta temporada no Teatro Alfa. Acessibilidade: Todos os domingos as apresentações contam com intérprete de libras, sendo que em dois deles também será disponibilizado audiodescrição. Foto: Rafael Canuto. 

 
Inspirada na vida e nos livros do físico britânico Stephen Hawking, a peça teatral "Meu Pequeno Universo", apresentada pela Cia. Alvo, encerra a circulação presencial na cidade de São Paulo com a curta temporada no Teatro Alfa, de 3 de setembro a 2 de outubro.

Por meio de um universo em que convivem elementos químicos, física, astronomia, música ao vivo, performances, a montagem pretende conscientizar o espectador sobre a importância de se preservar nosso planeta, mostrando que pequenos atos podem gerar grandes resultados.

Em um laboratório onde tudo é possível a mente apaixonada de um grande arquiteto se junta à curiosidade de seu filho na criação de um projeto para um novo universo. Dentro desse novo universo a curiosidade de Stephen o levará a uma jornada em busca da origem de tudo na qual desafios são lançados e caminhos são abertos para novas histórias e descobertas.

“'Meu Pequeno Universo' é um espetáculo especial para a cia. É nossa quarta montagem em dez anos de atividade. Estreou em 2020, mas em seguida veio a pandemia, e com isso pudemos experimentar diversas formas de circular e atingir diferentes públicos. Apresentamos on-line, em lives, e por fim presencialmente, estamos agora no início de um novo processo de criação”, diz Fabiano Moreira, diretor da peça.


Sinopse do espetáculo
Um arquiteto e seu filho trabalham em um projeto para um novo universo que os levará a uma jornada em busca da origem de tudo. Mas o plano original sai do curso quando um misterioso personagem decide mudar as coisas de lugar.


Sobre a Cia. Alvo
Com dez anos em atividade, a Cia. Alvo centra suas criações no tripé cultura, educação e social; possui três espetáculos de repertório; “Gálatas” (2012), "Éfeso |  O Regresso ao Primeiro Amor", (2014) e “Guardado em Silêncio” (2018). "Meu Pequeno Universo" é o quarto espetáculo da companhia.


Ficha técnica
Espetáculo: "Meu Pequeno Universo"
Elenco:
Daniel Langer (Filho e Sem Nome), Denis Snoldo ( Grande Arquiteto e Stephen), Karina Bonetti ( Vento Assistente e Equivalente), Percy Porchat (João), Thaís Casemiro  (Criação / Violino), Caroline Franco (Criação / Violoncelo) e Roberta Gomes (Criação / Viola)
Texto: Franciely Comunello
Direção: Fabiano Moreira
Trilha original: Paola Fachinelli
Figurinos: Lucinha Oliveira
Cenografia: Thiago Martins
Iluminação: Bruno Garcia
Maquiagem: Débora Santana
Produção artística: Paul Marcel
Produção executiva: Shirley Bordon
Comunicação e marketing: Laís Carvalho
Designer gráfico: Maurício Santana
Interpretação em Libras: Soraya Machado Tuqui
Audiodescrição: Ver Com Palavras
Assessoria jurídica: Vittor Vinícius de Vitto
Administrativo/ financeiro:
Luciana Ruggiro
Assistente administrativo: Sarah Lustosa
Realização: ACRIART


Serviço
"Meu Pequeno Universo"
Teatro Alfa - Rua Bento Branco de Andrade Filho, 722 - Santo Amaro, São Paulo
Telefone: (11) 5693-4000
Capacidade: 1.110 pessoas
Temporada: de 2 de setembro a 3 de outubro
Sábados e domingos, às 11h.
Duração: 60 minutos
Recomendado para crianças a partir de seis anos
Inteira: R$ 40 | Meia: R$ 20
Classificação: livre


Ponto de venda sem taxa de conveniência:
Bilheteria Teatro Alfa -
Rua Bento Branco de Andrade Filho, 722 - Santo Amaro  (atrás do Hotel Transamérica) de Terça a Domingo das 11 as 16h ou diariamente no Totem em frente a bilheteria.
Pelo telefone (11) 5693-4000: de segunda a domingo, das 11h às 16h. Pagamento por cartão de crédito


.: Com nove peças, Portugal é o país homenageado do MIRADA Festival

Cena do espetáculo "Brasa", de Tiago Cadete. Foto: Bruno Simão

A sexta edição do MIRADA - Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, idealizado pelo Sesc São Paulo, acontece em Santos, de 9 a 18 de setembro, e ocupa a unidade do Sesc Santos e outros locais da cidade e região. Com nove peças escaladas na programação, Portugal é o país homenageado desta edição. As obras lusas refletem a diversidade cênica de lá. 

São montagens críticas às identidades históricas forjadas na esteira do colonialismo: a conquista por meio do genocídio de povos originários seguida do processo colonizador com escravidão africana. É o caso de "Brasa", do artista performativo e visual Tiago Cadete, cujo trabalho foca em grupos migratórios entre Portugal e Brasil.

Em "Estreito/Estrecho", a coprodução luso-chilena, entre o Teatro Experimental do Porto (TEP) e o Teatro La María (CHI), faz uma sátira ao problematizar a figura do navegador português Fernão de Magalhães (1480-1521). Ou ainda "Cosmos", com atrizes de ascendências cabo-verdiana, portuguesa e angolana, que revisitam mitologias africanas e europeias para propor o nascimento de um novo mundo. 

Outras criações tateiam a saúde das democracias em seu entorno. As montagens portuguesas "Os Filhos do Mal" e "Viagem a Portugal", última paragem ou o que nós andámos para aqui chegar abordam memórias, heranças e consequências do regime salazarista e a Revolução dos Cravos, que pôs fim a quatro décadas dessa ditadura.

A primeira peça traz para cena filhos, netos, bisnetos e sobrinhos de presos políticos; a segunda recupera arquivos para falar de direitos, de injustiças e de convicções humanistas. A abertura para convidados da 6ª edição do MIRADA - Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas que acontecerá na próxima sexta-feira, dia 9 de setembro, às 19h30 no Teatro do Sesc Santos.

 
MIRADA - Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas
Criado em 2010 para evidenciar a diversidade de estéticas e as pesquisas nas artes cênicas dos países da América Latina e Península Ibérica, o MIRADA chega à sua sexta edição reforçando as similaridades e pluralidades que se estabelecem entre a produção desses países na cidade de Santos, que carrega, além de sua beleza natural, a vocação de palco perfeito para evidenciar e proporcionar o intercâmbio entre os povos.


9 a 18 de setembro de 2022
Informações em www.sescsp.org.br/mirada
Nas redes sociais pela hashtag #FestivalMirada
Venda de ingressos na bilheteria das unidades do Sesc São Paulo e on-line pelo portal do Sesc SP, pelo app Credencial Sesc SP e pela Central de Relacionamento Digital  


Ingressos para Espetáculos Adultos
R$ 10 (credencial plena)
R$ 15 (pessoas com +60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino)
R$ 30 (inteira) para os espetáculos adultos 


Ingressos para Espetáculos infantis
R$ 7,50 (credencial plena)
R$ 12,50 (pessoas com +60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino)
R$ 25 (inteira) para os espetáculos infantis (crianças até 12 anos não pagam) 


Sesc Santos
Rua Conselheiro Ribas, 136 - Aparecida, Santos
Terça a sexta, 9h às 21h30. Sábados, domingos e feriados, 10h às 18h30
Informações em www.sescsp.org.br/mirada 


sábado, 3 de setembro de 2022

.: Seis motivos impressionantes para ler "Um Lugar Bem Longe Daqui"


Por 
Helder Moraes Miranda, editor do Resenhando. 

Maior fenômeno de ficção internacional da atualidade, "Um Lugar Bem Longe Daqui", lançado pela editora Intrínseca, é primeiro romance da americana Delia Owens, inspirou o filme produzido por Reese Witherspoon e protagonizado pelos atores Daisy Edgar-Jones, Taylor John Smith e Harris Dickinson que, respectivamente, interpretam Kya, Tate e Chase. A direção é de Olivia Newman.


1. Maior fenômeno de ficção internacional da atualidade. O livro "Um Lugar Bem Longe Daqui" está há muitas semanas na lista de mais vendidos do jornal The New York Times.


2. Primeiro romance de Delia Owens. "Um Lugar Bem Longe Daqui" livro gira em torno de boatos sobre a "Menina do Brejo" que, por anos, assombraram Barkley Cove, uma calma cidade costeira da Carolina do Norte. 


3. Romance sombrio com pitadas de suspense.
No final de 1969, quando Chase Andrews é encontrado morto, os moradores da cidade suspeitam logo da garota. Mas Kya Clark não é o que dizem. Sensata e inteligente, ela sobreviveu por anos sozinha no pântano que chama de lar, tendo como amigas as gaivotas e a areia como professora. Quando dois jovens da cidade ficam intrigados com sua beleza selvagem, Kya se permite experimentar uma nova vida, até que o impensável acontece e um deles é encontrado morto. Este é o o tema central de "Um Lugar Bem Longe Daqui"

4. Delia Owens é cientista e escritora. Além disso, a autora de "Um Lugar Bem Longe Daqui" escreveu em coautoria três best-sellers que exploram suas jornadas à África. Delia Owens já ganhou o John Burroughs Award for Nature Writing e teve artigos publicados na Nature, The African Journal of Ecology e International Wildlife, entre outras. Atualmente mora em Idaho, Estados Unidos, onde dá continuidade a seu trabalho de ajuda aos habitantes e à vida natural da Zâmbia. 


5. Suspense cinematográfico. Livro inspirou o filme produzido pela Sony Pictures, em cartaz nos cinemas. A equipe do Resenhando.com assiste a todas as estreias no Cineflix Santos. Com produção assinada por Reese Witherspoon, o filme "Um Lugar Bem Longe Daqui" traz a atriz Daisy Edgar-Jones ("Normal People") no papel de Kya. Taylor John Smith ("Sharp Objects") e Harris Dickinson ("Malévola") interpretam Tate e Chase, respectivamente. A direção fica a cargo de Olivia Newman (Minha Primeira Luta). 


6. Números impressionantes. Best-seller do jornal The New York Times, "Um Lugar Bem Longe Daqui" alcançou números impressionantes, com mais de dez milhões de exemplares vendidos no mundo, sendo 70 mil somente no Brasil. Vale a pena ler o livro e assistir ao filme!

Leia +:
Você pode comprar o livro "Um Lugar Bem Longe Daqui", escrito por Delia Owens, neste link.



Ficha técnica

Livro: "Um Lugar Bem Longe Daqui"
Autora: Delia Owens
Tradução: Fernanda Abreu
Editora: Intrínseca
Páginas: 336 páginas
Link na Amazon: https://amzn.to/3qfPmHP

Em parceria com a rede Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - uma oportunidade para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link.


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