segunda-feira, 5 de setembro de 2022

.: Quem são os dubladores nacionais do live-action “Pinóquio”

O filme estreia exclusivamente na plataforma em 8 de setembro, durante o Disney+ Day


“Pinóquio” é a nova produção live-action da Disney, que chega exclusivamente no Disney+ em 8 de setembro. Estrelado por Tom Hanks, Benjamin Evan Ainsworth, Cynthia Erivo, Joseph Gordon-Levitt, Keegan-Michael Key, Lorraine Bracco e Luke Evans, o filme está entre as estreias do Disney+ Day - celebração global do streaming com diversos lançamentos e novidades.

O vencedor do Oscar® Robert Zemeckis dirige a releitura da animação de 1940, agora em live-action, sobre a história do boneco de madeira que embarca em uma emocionante aventura para se tornar um menino de verdade. Confira abaixo quem são os dubladores que dão vozes aos personagens na versão dublada de “Pinóquio”.


Francisco Brêtas (Gepeto)
É um ator, dublador e diretor de dublagem brasileiro que atua na área desde os anos 80. Seus trabalhos mais conhecidos são Hyoga de Cisne em “Os Cavaleiros do Zodíaco”, Kaioshin em “Dragon Ball Z” e Capitão em “Os Pinguins de Madagascar”. Em “Pinóquio”, Brêtas dá voz à Gepeto.


Lorenzo Galli (Pinóquio)
É um ator mirim de nove anos de idade. Ele foi o Coelho em “Alice, O Musical”, Theo em “Em Busca do Balão Mágico” e, agora, empresta a voz ao personagem Pinóquio no novo live-action da Walt Disney Studios.


Luci Salutes (Fada Azul)
É uma atriz e cantora que já esteve no elenco de grandes musicais, como “Romeu+Julieta ao Som de Marisa Monte” (2018), “Ícaro and The Black Stars” (2018), “Carmen, A Pequena Grande Notável” (2019), “Cultura, O Musical” (2019), “Lazarus” (2019), entre outros. Luci dubla a Fada Azul no live-action “Pinóquio”.


Robson Kumode (Grilo Falante)
Doutor em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP, Robson Kumode Wodevotzky é um dublador e diretor de dublagem. É mais conhecido por dublar os personagens Sasuke Uchiha em “Naruto”, Yuuto Kido em “Inazuma Eleven”, Orphée de Lira em “Saint Seiya” e Kon de “Bleach”. Robson empresta a voz ao Grilo Falante na nova produção exclusiva do Disney+.


Amazyles de Almeida (Sofia, a Gaivota)
É uma atriz mineira com extenso currículo em teatro, televisão e cinema, além da carreira de dubladora. Em “Pinóquio”, Amazyles empresta a voz à nova personagem Sofia, a Gaivota.


Dláigelles Silva (João Honesto)
Dláigelles Ribamares Silva é um dublador, ator e ex-militar. Nascido na cidade de Belo Horizonte, em Minas Gerais, trabalha com dublagem em São Paulo, sendo conhecido por seus trabalhos em produções como “Attack on Titan” (Reiner Braun), “Ponto Cego” (Kurt Weller), entre outros. Dláigelles dá voz à João Honesto no novo live-action da Disney.


Leia +:
Antes de assistir o filme, que tal ler o clássico de Carlo Collodi? Você pode comprar o livro "Pinóquio" neste link.


"Pinóquio" - Trailer oficial dublado


.: Companhias da América do Sul apresentam espetáculos no MIRADA

Grupo equatoriano La Trinchera expõe em "Quimera" o conflito fictício e microscópico, criado pelo diretor Nixon García Sabando, entre dois soldados fronteiriços ao perceberem que a demarcação da faixa limítrofe daquelas terras simplesmente desapareceu. Foto: Leiberg Santos 

A sexta edição do MIRADA - Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, idealizado pelo Sesc São Paulo, acontece em Santos, de 9 a 18 de setembro, e ocupa a unidade do Sesc Santos e outros locais da cidade e região. Da América do Sul, região onde golpes militares são historicamente frequentes, o grupo equatoriano La Trinchera expõe em "Quimera" o conflito fictício e microscópico, criado pelo diretor Nixon García Sabando, entre dois soldados fronteiriços ao perceberem que a demarcação da faixa limítrofe daquelas terras simplesmente desapareceu.

No solo "Tijuana", do grupo mexicano Lagartijas Tiradas al Sol, o ator Lázaro Gabino Rodríguez questiona a noção de democracia social a partir de sua experiência como trabalhador precarizado. Foto:Festival Escenas do Cambio

No solo "Tijuana", do grupo mexicano Lagartijas Tiradas al Sol, o ator Lázaro Gabino Rodríguez questiona a noção de democracia social a partir de sua experiência como trabalhador precarizado da maior cidade do estado de Baixa Califórnia, que faz fronteira ao norte com o estado da Califórnia, nos Estados Unidos.

“Erase Una Vez... El Hombre”: quando representantes da ala mais conservadora da Igreja Católica interditaram fascículos semanais de revista. Foto: Francisco Castro Pizzo

Da Argentina, "Erase", do diretor Gustavo Tarrío, trata da ditadura civil-militar (1976-1983) de seu país a partir de uma passagem inusitada e com certa dose de humor: quando representantes da ala mais conservadora da Igreja Católica interditaram fascículos semanais da revista “Erase Una Vez... El Hombre” (“Era Uma Vez... O Homem”) e bolaram um número especial que combinava, em nível de delírio, conteúdos sobre neandertais, sapiens e o criacionismo da doutrina bíblica.

"Discurso de Promoción": Grupo Cultural Yuyachkani, do Peru, faz uma reflexão das heranças ligadas a estruturas sociais coloniais. Foto: Musuk Nolte

O Grupo Cultural Yuyachkani, do Peru, que completou 50 anos em 2021, traz para esta edição do Festival o espetáculo "Discurso de Promoción", uma reflexão das heranças ligadas a estruturas sociais coloniais. A peça foi produzida por ocasião do bicentenário da Independência peruana. A abertura para convidados da 6ª edição do MIRADA - Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas que acontecerá na próxima sexta-feira, dia 9 de setembro, às 19h30 no Teatro do Sesc Santos.
 

MIRADA - Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas
Criado em 2010 para evidenciar a diversidade de estéticas e as pesquisas nas artes cênicas dos países da América Latina e Península Ibérica, o MIRADA chega à sua sexta edição reforçando as similaridades e pluralidades que se estabelecem entre a produção desses países na cidade de Santos, que carrega, além de sua beleza natural, a vocação de palco perfeito para evidenciar e proporcionar o intercâmbio entre os povos.


9 a 18 de setembro de 2022
Informações em www.sescsp.org.br/mirada
Nas redes sociais pela hashtag #FestivalMirada
Venda de ingressos na bilheteria das unidades do Sesc São Paulo e on-line pelo portal do Sesc SP, pelo app Credencial Sesc SP e pela Central de Relacionamento Digital  


Ingressos para Espetáculos Adultos
R$ 10 (credencial plena)
R$ 15 (pessoas com +60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino)
R$ 30 (inteira) para os espetáculos adultos 


Ingressos para Espetáculos infantis
R$ 7,50 (credencial plena)
R$ 12,50 (pessoas com +60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino)
R$ 25 (inteira) para os espetáculos infantis (crianças até 12 anos não pagam) 


Sesc Santos
Rua Conselheiro Ribas, 136 - Aparecida, Santos
Terça a sexta, 9h às 21h30. Sábados, domingos e feriados, 10h às 18h30
Informações em www.sescsp.org.br/mirada 


domingo, 4 de setembro de 2022

.: Capítulo 4: "Aurora" em "Totalmente acordada"



Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em setembro de 2022


Diante de Maria Helena, sentada na cadeira de rodinhas, numa pose um tanto que confortável e relaxada, aquela mulher de longas madeixas pretas azuladas abriu um sorriso enquanto respondeu a pergunta que não saía da mente da escritora.

- Sou Aurora. A sua criação!, levantou-se com certo deboche no canto da boca enquanto dizia e, por fim, posicionou-se cara a cara com a dona da casa mantendo as sobrancelhas no alto, passou a língua nos dentes com os braços cruzados, pendeu o quadril para o lado esquerdo, batendo a ponta da sola do pé direito.

Maria Helena desviou o olhar. Colocou a caneca com chá de amora quentinha que estava entre as mãos, em cima do móvel ao lado. Coisa que nunca fez até hoje. Era zelosa e sabia que aquele repouso iria manchar parte da estante do computador que seu pai lhe dera aos 15 anos, feito pelo marceneiro da família, que veio equipada com um computador de " processador 166", microfone, impressora e scanner de mesa. 

Era aquilo ou derrubaria todo o líquido no chão e ainda quebraria sua caneca favorita. Engoliu em seco com a afronta. Uma completa confusão mental invadiu os pensamentos duvidosos dela, somente foi capaz de questionar com a voz falha:

- Isso aqui é uma pegadinha ou...?!

Não conseguiu completar a pergunta, uma vez que foi invadida por uma tontura que lhe tirou o chão, embora tenha sido rápida para se segurar na lateral do móvel do computador antes de cair de joelhos, definitivamente no chão. 

Respirou fundo, fechou os olhos. Tornou a respirar fundo, abriu os olhos. Levantou a cabeça e lá estava a tal Aurora sorrindo até que disse:

- Ora! Ora! Não se espante! Eu sou um pouco de você, de todos os que conhece e daqueles a quem você conheceu por tantos encontros da vida, por livros e vídeos. Eu sou o resultado deles, mas também muito de você! Não há o que temer, pois você me conhece, mais do que eu mesma.

Maria Helena sentou-se no chão acarpetado sem tirar os olhos de Aurora que tornou a se sentar na cadeira de rodinhas. E perguntou:

- Quem mandou você aqui para fazer essa brincadeira descabida comigo?

Aurora tirou o sorriso do rosto e respondeu: 

- Calma, Maria Helena! Eu sou uma criação sua. É que eu não estava gostando da minha história e vim aqui propor um acordo.

Foi quando a campainha tocou. Era o marido de Maria Helena. Tinha chegado do trabalho.

- Você fique aqui. Que eu irei explicar tudo para o Eder. Se é que isso tem como dar alguma explicação que seja.

Aurora sentou-se na cadeira de modo despojado, enquanto sorriu para Maria Helena e disse:

- Ok. Até mais!


*Editora do portal cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm


.: Capítulo 5: "Aurora" em "Parte de Mim"

Wide Awake, Katy Perry


.: 1x3: "She-Hulk" traz enfrentamento de "The people vs. Emil Blonsky"

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em setembro de 2022


No terceiro episódio da série "She-Hulk", intitulado de "The people vs. Emil Blonsky", o resuminho recapitula como a advogada Jennifer Walters (Tatiana Maslany) virou "Mulher-Hulk", reforça a entrada da grande rival da verdona e o caso em que trabalha para defender o "fugitivo", Emil Blonsky, o Abominável (Tim Roth). Para tanto, Jenn vai até a prisão de segurança máxima na tentativa de entender o que fez Emil sair e retornar para a cela. E a resposta é: Wong (Benedict Wong)! Sim! O Mago Supremo das Artes Místicas que o público aprendeu a amar em "Doutor Estranho" e vive fazendo aparições em outras produções Marvel.

A sacada é boa, tanto é que depois que o nome do mago é mencionado pelo Abominável, a amiga da advogada pesquisa quem é o tal mago e faz com que a senhorita Walters fale com a câmera, ou melhor, com quem está do outro lado da tela. De fato, a curiosidade em ver Wong em cena passa a ser gigante. "She-Hulk" aproveita para ressaltar que as participações especiais não fazem da série uma produção presa nisso, uma vez que é sobre ela. Boa brincadeira com pegada crítica!

Assim, a "Mulher-Hulk" ganha a mídia e as redes sociais. Entretanto, a existência dela é questionada, incluindo a reclamação sobre “todos os heróis estarem virando mulheres” ou ainda um protesto de que “tiraram a masculinidade do Hulk e depois deram para uma mulher”. Fica um registro a respeito da excessiva crítica sobre heroínas como Jennifer Walters e Carol Danvers (Capitã Marvel), uma vez que não se encaixam no padrão de “feminilidade”.

A verdade é que "Mulher-Hulk" vai além de ser uma série com participações especiais e sobre uma advogada que com raiva fica enorme e na cor esmeralda. Embora tenha um CGI de visual duvidoso, é capaz de por em pauta tantos questionamentos do público que atingiram a produção, principalmente da necessidade da representatividade feminina entre os heróis Marvel de destaque. Seja pela escolha de dar um seriado para o lado mulher de Bruce Banner, o Hulk (Mark Ruffalo) ou por não criarem uma nova heroína -mesmo que existam tantas que ainda seguem mantidas à sombra. É indiscutivelmente um grande feito!

Entre os casos que tornam o episódio muito empolgante, está o de uma elfa da luz metamorfa de Nova Asgard que se passou por Megan Tee Stallion e tirou uma grana violenta de um ex-parceiro de trabalho de Jen, Dennis Bukowski. E enquanto era apresentada a esse caso, acontece a entrada de Wong. Ele ao lado de "She-Hulk" é um visual que incomoda, pois a nova heroína está em roupas largas, de tamanho gigante e com um andar bastante desengonçado. Muito estranho de se ver!

Enquanto o caso da elfa metamorfa, Runa que se transforma de modo similar ao de Loki, a senhora Walters defende a soltura de o Abominável, uma vez que ele está recuperado e tem à espera sete mulheres para amá-lo. Num bar, com a amiga, chega Pug (Josh Segarra) e Walters vira para a câmera e fala: "conectando a história A e B. Legal!"

De fato, "She-Hulk" pode não ter o melhor CGI para a protagonista, mas não só garante várias participações, como conecta diversas histórias das já apresentadas, seja de "Homem Aranha: Sem Volta Para casa" ou "Thor: Ragnarok", por exemplo. Sim! Aos fãs mais observadores diversas informações extras são apresentadas a cada episódio. E as cenas pós-créditos desse episódio estão imperdíveis com a participação de Megan Tee Stallion! Vale a pena conferir todos os minutos de "The people vs. Emil Blonsky", sim!


Seriado: She Hulk: Attorney at Law, Mulher Hulk: Defensora dos Heróis

Episódio: 3, "The People vs. Emil Blonsky"

Elenco: Tatiana Maslany, Jameela Jamil, Ginger Gonzaga, Mark Ruffalo, Josh Segarra, Jon Bass, Renée Elise Goldsberry, Tim Roth, Benedict Wong, Charlie Cox

Exibido em 1 de setembro de 2022


*Editora do portal cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm


Leia + sobre os episódios de "She-Hulk", "Mulher-Hulk"

.: "Abraço Apertado", de Romain Gary: fábula agridoce sobre solidão e afeto


Publicado em 1974, "Abraço Apertado" é o primeiro livro escrito sob o pseudônimo de Émile Ajar, agora lançado no Brasil pela editora Todavia. O livro é escrito por Romain Gary considerado um dos grandes autores da literatura francesa no século XX, que publicou mais de 30 livros. 

Em meados dos anos 1970, era um medalhão nacional, cultuado, rico e premiado. Cansado da ribalta, resolveu se reinventar e nem os editores do autor sabiam quem era o verdadeiro autor de "Abraço Apertado". Livre das amarras de sua famosa persona literária, Gary-Ajar concebeu uma novela singular. 

Espécie de fábula humorística, o livro trata da relação de afeto de um funcionário de escritório com seu animal de estimação, um píton, serpente sem veneno que mata suas presas por constrição, alimentando-se de carne fresca. Por meio de uma prosa que não se organiza em linha reta, seguindo a sinuosidade dos pítons e envolvendo o leitor em volteios, somos apresentados ao universo particular do solitário Michel Cousin, remoendo sua crise ética acerca de como alimentar seu píton, em uma cidade como Paris. 

O personagem se diz apaixonado por uma colega do escritório, mas ela mal toma conhecimento de sua presença. Ele gostaria de ficar amigo do seu vizinho intelectual, mas não consegue transpor a barreira de sua extrema inadequação, feita de um misto de inocência e delírio que deixa marcas profundas na forma narrativa. A aspereza das relações na cidade grande fica mais aguda quando a vemos pelos olhos de quem não percebe sua crueldade. Raras vezes a solidão de um personagem apareceu de modo tão pungente na literatura.



Sobre o autor
Romain Gary nasceu em 1914, na Lituânia, e morreu em 1980, em Paris. Autor de dezenas de romances, foi um dos escritores mais populares e premiados da França.


Leia +
Você pode comprar "Abraço Apertado", de Romain Gary, escrito sob o peseudônimo de Émile Ajar, neste link.

Livro: "Abraço Apertado"
Autor: 
Romain Gary
Editora: 
Todavia
Capa:
Laurindo Feliciano
Tradução: Rosa Freire d'Aguiar
Páginas: 224
Link na Amazon: https://amzn.to/3RuFVzS

.: "Acabou Chorare" - Os 50 anos da consolidação dos Novos Baianos


Por
 Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural.

Há 50 anos, o grupo Novos Baianos lançou aquele que seria o seu melhor trabalho. O álbum "Acabou Chorare" condensou de forma genial as suas influências musicais, apresentando canções que virariam autênticos clássicos de nossa MPB.

O grupo tinha Moraes Moreira, Pepeu Gomes, Baby Consuelo, Paulinho Boca de Cantor e outros músicos talentosos, como o baixista Dadi e o baterista Jorginho Gomes, além do poeta Galvão, que ajudou a escrever letras.

É preciso entender o contexto da época para compreender como o disco foi concebido. Era o início dos anos 70. Já havia passado aquela fase dos festivais e dos movimentos musicais como o tropicalismo e a jovem guarda. Mas as sementes já tinham sido jogadas. Reciclar aquelas influências era apenas uma questão de tempo.

Os Novos Baianos representavam de certa forma uma continuidade daquela irreverência trazida pelo Tropicalismo. Reverenciando os mestres da música, como João Gilberto e Assis Valente, mas sempre com um pé no que se tinha de mais atual na época. No caso, o rock, que começava a se cristalizar na Inglaterra e nos Estados Unidos com novas bandas.

E coube ao baiano João Gilberto, o principal personagem da Bossa Nova, ajudar a direcionar o grupo para não esquecer o passado. Ele sugeriu regravar Brasil Pandeiro (de Assis Valente) e apresentou para os jovens instrumentistas o som de Waldir Azevedo e Jacob do Bandolim. Isso tudo foi mesclado com o que havia naquela época, incluindo os ritmos brasileiros como o samba.

O disco tem vários momentos marcantes, como a canção "Preta Pretinha", parceria de Moraes Moreira e Galvão, que caiu no gosto popular de forma rápida. Baby Consuelo arrepia no vocal das faixas "A Menina Dança" e "Tinindo Trincando". Paulinho Boca de Canto sola o vocal de "Swing de Campo Grande". E Moraes Moreira sola o vocal da irreverente "Besta É Tu", onde a letra Galvão trazia um certo ar de desbunde que incentivava a viver o tempo presente ("Por que não viver?/ Não viver esse mundo/ Por que não viver? / Se não há outro mundo...").

Podemos dizer que, no caso dos Novos Baianos, os astros estavam todos alinhados em torno da música. O direcionamento sugerido por João Gilberto ajudou-os a produzir um dos álbuns clássicos de nossa MPB, que continua mais atual do que nunca. E parafraseando o poeta Galvão : por que não ouvi-los? Se não há outro mundo?


"Preta Pretinha"

"Brasil Pandeiro"

"Besta É Tu"


.: "Meu Pequeno Universo": espetáculo infantil homenageia Stephen Hawking

De 3 de setembro a 2 de outubro, o espetáculo inspirado na vida e obra do físico britânico Stephen Hawking, "Meu Pequeno Universo", da Cia. Alvo, faz curta temporada no Teatro Alfa. Acessibilidade: Todos os domingos as apresentações contam com intérprete de libras, sendo que em dois deles também será disponibilizado audiodescrição. Foto: Rafael Canuto. 

 
Inspirada na vida e nos livros do físico britânico Stephen Hawking, a peça teatral "Meu Pequeno Universo", apresentada pela Cia. Alvo, encerra a circulação presencial na cidade de São Paulo com a curta temporada no Teatro Alfa, de 3 de setembro a 2 de outubro.

Por meio de um universo em que convivem elementos químicos, física, astronomia, música ao vivo, performances, a montagem pretende conscientizar o espectador sobre a importância de se preservar nosso planeta, mostrando que pequenos atos podem gerar grandes resultados.

Em um laboratório onde tudo é possível a mente apaixonada de um grande arquiteto se junta à curiosidade de seu filho na criação de um projeto para um novo universo. Dentro desse novo universo a curiosidade de Stephen o levará a uma jornada em busca da origem de tudo na qual desafios são lançados e caminhos são abertos para novas histórias e descobertas.

“'Meu Pequeno Universo' é um espetáculo especial para a cia. É nossa quarta montagem em dez anos de atividade. Estreou em 2020, mas em seguida veio a pandemia, e com isso pudemos experimentar diversas formas de circular e atingir diferentes públicos. Apresentamos on-line, em lives, e por fim presencialmente, estamos agora no início de um novo processo de criação”, diz Fabiano Moreira, diretor da peça.


Sinopse do espetáculo
Um arquiteto e seu filho trabalham em um projeto para um novo universo que os levará a uma jornada em busca da origem de tudo. Mas o plano original sai do curso quando um misterioso personagem decide mudar as coisas de lugar.


Sobre a Cia. Alvo
Com dez anos em atividade, a Cia. Alvo centra suas criações no tripé cultura, educação e social; possui três espetáculos de repertório; “Gálatas” (2012), "Éfeso |  O Regresso ao Primeiro Amor", (2014) e “Guardado em Silêncio” (2018). "Meu Pequeno Universo" é o quarto espetáculo da companhia.


Ficha técnica
Espetáculo: "Meu Pequeno Universo"
Elenco:
Daniel Langer (Filho e Sem Nome), Denis Snoldo ( Grande Arquiteto e Stephen), Karina Bonetti ( Vento Assistente e Equivalente), Percy Porchat (João), Thaís Casemiro  (Criação / Violino), Caroline Franco (Criação / Violoncelo) e Roberta Gomes (Criação / Viola)
Texto: Franciely Comunello
Direção: Fabiano Moreira
Trilha original: Paola Fachinelli
Figurinos: Lucinha Oliveira
Cenografia: Thiago Martins
Iluminação: Bruno Garcia
Maquiagem: Débora Santana
Produção artística: Paul Marcel
Produção executiva: Shirley Bordon
Comunicação e marketing: Laís Carvalho
Designer gráfico: Maurício Santana
Interpretação em Libras: Soraya Machado Tuqui
Audiodescrição: Ver Com Palavras
Assessoria jurídica: Vittor Vinícius de Vitto
Administrativo/ financeiro:
Luciana Ruggiro
Assistente administrativo: Sarah Lustosa
Realização: ACRIART


Serviço
"Meu Pequeno Universo"
Teatro Alfa - Rua Bento Branco de Andrade Filho, 722 - Santo Amaro, São Paulo
Telefone: (11) 5693-4000
Capacidade: 1.110 pessoas
Temporada: de 2 de setembro a 3 de outubro
Sábados e domingos, às 11h.
Duração: 60 minutos
Recomendado para crianças a partir de seis anos
Inteira: R$ 40 | Meia: R$ 20
Classificação: livre


Ponto de venda sem taxa de conveniência:
Bilheteria Teatro Alfa -
Rua Bento Branco de Andrade Filho, 722 - Santo Amaro  (atrás do Hotel Transamérica) de Terça a Domingo das 11 as 16h ou diariamente no Totem em frente a bilheteria.
Pelo telefone (11) 5693-4000: de segunda a domingo, das 11h às 16h. Pagamento por cartão de crédito


.: Com nove peças, Portugal é o país homenageado do MIRADA Festival

Cena do espetáculo "Brasa", de Tiago Cadete. Foto: Bruno Simão

A sexta edição do MIRADA - Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, idealizado pelo Sesc São Paulo, acontece em Santos, de 9 a 18 de setembro, e ocupa a unidade do Sesc Santos e outros locais da cidade e região. Com nove peças escaladas na programação, Portugal é o país homenageado desta edição. As obras lusas refletem a diversidade cênica de lá. 

São montagens críticas às identidades históricas forjadas na esteira do colonialismo: a conquista por meio do genocídio de povos originários seguida do processo colonizador com escravidão africana. É o caso de "Brasa", do artista performativo e visual Tiago Cadete, cujo trabalho foca em grupos migratórios entre Portugal e Brasil.

Em "Estreito/Estrecho", a coprodução luso-chilena, entre o Teatro Experimental do Porto (TEP) e o Teatro La María (CHI), faz uma sátira ao problematizar a figura do navegador português Fernão de Magalhães (1480-1521). Ou ainda "Cosmos", com atrizes de ascendências cabo-verdiana, portuguesa e angolana, que revisitam mitologias africanas e europeias para propor o nascimento de um novo mundo. 

Outras criações tateiam a saúde das democracias em seu entorno. As montagens portuguesas "Os Filhos do Mal" e "Viagem a Portugal", última paragem ou o que nós andámos para aqui chegar abordam memórias, heranças e consequências do regime salazarista e a Revolução dos Cravos, que pôs fim a quatro décadas dessa ditadura.

A primeira peça traz para cena filhos, netos, bisnetos e sobrinhos de presos políticos; a segunda recupera arquivos para falar de direitos, de injustiças e de convicções humanistas. A abertura para convidados da 6ª edição do MIRADA - Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas que acontecerá na próxima sexta-feira, dia 9 de setembro, às 19h30 no Teatro do Sesc Santos.

 
MIRADA - Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas
Criado em 2010 para evidenciar a diversidade de estéticas e as pesquisas nas artes cênicas dos países da América Latina e Península Ibérica, o MIRADA chega à sua sexta edição reforçando as similaridades e pluralidades que se estabelecem entre a produção desses países na cidade de Santos, que carrega, além de sua beleza natural, a vocação de palco perfeito para evidenciar e proporcionar o intercâmbio entre os povos.


9 a 18 de setembro de 2022
Informações em www.sescsp.org.br/mirada
Nas redes sociais pela hashtag #FestivalMirada
Venda de ingressos na bilheteria das unidades do Sesc São Paulo e on-line pelo portal do Sesc SP, pelo app Credencial Sesc SP e pela Central de Relacionamento Digital  


Ingressos para Espetáculos Adultos
R$ 10 (credencial plena)
R$ 15 (pessoas com +60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino)
R$ 30 (inteira) para os espetáculos adultos 


Ingressos para Espetáculos infantis
R$ 7,50 (credencial plena)
R$ 12,50 (pessoas com +60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino)
R$ 25 (inteira) para os espetáculos infantis (crianças até 12 anos não pagam) 


Sesc Santos
Rua Conselheiro Ribas, 136 - Aparecida, Santos
Terça a sexta, 9h às 21h30. Sábados, domingos e feriados, 10h às 18h30
Informações em www.sescsp.org.br/mirada 


sábado, 3 de setembro de 2022

.: Seis motivos impressionantes para ler "Um Lugar Bem Longe Daqui"


Por 
Helder Moraes Miranda, editor do Resenhando. 

Maior fenômeno de ficção internacional da atualidade, "Um Lugar Bem Longe Daqui", lançado pela editora Intrínseca, é primeiro romance da americana Delia Owens, inspirou o filme produzido por Reese Witherspoon e protagonizado pelos atores Daisy Edgar-Jones, Taylor John Smith e Harris Dickinson que, respectivamente, interpretam Kya, Tate e Chase. A direção é de Olivia Newman.


1. Maior fenômeno de ficção internacional da atualidade. O livro "Um Lugar Bem Longe Daqui" está há muitas semanas na lista de mais vendidos do jornal The New York Times.


2. Primeiro romance de Delia Owens. "Um Lugar Bem Longe Daqui" livro gira em torno de boatos sobre a "Menina do Brejo" que, por anos, assombraram Barkley Cove, uma calma cidade costeira da Carolina do Norte. 


3. Romance sombrio com pitadas de suspense.
No final de 1969, quando Chase Andrews é encontrado morto, os moradores da cidade suspeitam logo da garota. Mas Kya Clark não é o que dizem. Sensata e inteligente, ela sobreviveu por anos sozinha no pântano que chama de lar, tendo como amigas as gaivotas e a areia como professora. Quando dois jovens da cidade ficam intrigados com sua beleza selvagem, Kya se permite experimentar uma nova vida, até que o impensável acontece e um deles é encontrado morto. Este é o o tema central de "Um Lugar Bem Longe Daqui"

4. Delia Owens é cientista e escritora. Além disso, a autora de "Um Lugar Bem Longe Daqui" escreveu em coautoria três best-sellers que exploram suas jornadas à África. Delia Owens já ganhou o John Burroughs Award for Nature Writing e teve artigos publicados na Nature, The African Journal of Ecology e International Wildlife, entre outras. Atualmente mora em Idaho, Estados Unidos, onde dá continuidade a seu trabalho de ajuda aos habitantes e à vida natural da Zâmbia. 


5. Suspense cinematográfico. Livro inspirou o filme produzido pela Sony Pictures, em cartaz nos cinemas. A equipe do Resenhando.com assiste a todas as estreias no Cineflix Santos. Com produção assinada por Reese Witherspoon, o filme "Um Lugar Bem Longe Daqui" traz a atriz Daisy Edgar-Jones ("Normal People") no papel de Kya. Taylor John Smith ("Sharp Objects") e Harris Dickinson ("Malévola") interpretam Tate e Chase, respectivamente. A direção fica a cargo de Olivia Newman (Minha Primeira Luta). 


6. Números impressionantes. Best-seller do jornal The New York Times, "Um Lugar Bem Longe Daqui" alcançou números impressionantes, com mais de dez milhões de exemplares vendidos no mundo, sendo 70 mil somente no Brasil. Vale a pena ler o livro e assistir ao filme!

Leia +:
Você pode comprar o livro "Um Lugar Bem Longe Daqui", escrito por Delia Owens, neste link.



Ficha técnica

Livro: "Um Lugar Bem Longe Daqui"
Autora: Delia Owens
Tradução: Fernanda Abreu
Editora: Intrínseca
Páginas: 336 páginas
Link na Amazon: https://amzn.to/3qfPmHP

Em parceria com a rede Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - uma oportunidade para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link.


.: MIRADA - Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas em 36 peças de 13 países

"Cena de Viagem a Portugal, Última Paragem ou o que Nós Andámos para Aqui Chegar". Foto: Carlos Fernandes

Com homenagem a Portugal, a sexta edição do MIRADA - Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, idealizado pelo Sesc São Paulo, acontece em Santos, de 9 a 18 de setembro, e ocupa a unidade do Sesc Santos e outros locais da cidade e região. Obras de Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Cuba, Espanha, Equador, México, Peru, Portugal, Uruguai e Venezuela trazem para a cena temas da contemporaneidade, como colonialidade, questões ambientais, genocídios de povos originários e luta antirracismo.

No ano do bicentenário da Independência, o evento recebe nove trabalhos de Portugal, com discussão sobre a colonização e a ditadura durante o regime salazarista; há, ainda, atividades formativas e um encontro de programadores internacionais e nacionais de festivais cênicos do mundo.

De 9 a 18 de setembro, a sexta edição do MIRADA - Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, realizada pelo Sesc São Paulo, retoma ao público presencial, com uma programação na unidade do Sesc em Santos e também em teatros, espaços públicos e edifícios históricos da cidade em parceria com a Prefeitura de Santos - além de Cubatão. Em dez dias de atividades, estão programados 36 espetáculos de múltiplas linguagens em teatro, dança, performance e teatro de rua para todas as idades. 

Participam desta edição representantes da Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Cuba, Equador, Espanha, México, Peru, Portugal, Uruguai e Venezuela, além do Brasil, com artistas de Sergipe, Distrito Federal, Rio de Janeiro e São Paulo. Há, ainda, atividades formativas, uma instalação interativa na unidade e um encontro que reúne programadores e diretores de festivais cênicos internacionais e nacionais.

Para o diretor do Sesc São Paulo, Danilo Santos de Miranda, a cultura proporciona a oportunidade de reduzir fronteiras e fortalecer diálogos entre povos diversos. "O MIRADA surgiu em 2010 com o objetivo de apresentar experiências cênicas dos países da América Latina, Espanha e de Portugal, favorecendo diálogos entre criadores e público a fim de propiciar trocas e reflexões sobre heranças comuns e identidades particulares", conclui.

A sexta edição acontece no mês do bicentenário da Independência do Brasil. Essa efeméride é refletida em parte dos espetáculos vindos da América Latina, de Portugal e da Espanha, que abordam criticamente os sintomas da colonização e os processos migratórios. A abertura para convidados da 6ª edição do MIRADA - Festiva Ibero-Americano de Artes Cênicas que acontecerá na próxima sexta-feira, dia 9 de setembro, às 19h30 no Teatro do Sesc Santos.

 
MIRADA - Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas
Criado em 2010 para evidenciar a diversidade de estéticas e as pesquisas nas artes cênicas dos países da América Latina e Península Ibérica, o MIRADA chega à sua sexta edição reforçando as similaridades e pluralidades que se estabelecem entre a produção desses países na cidade de Santos, que carrega, além de sua beleza natural, a vocação de palco perfeito para evidenciar e proporcionar o intercâmbio entre os povos.


9 a 18 de setembro de 2022
Informações em www.sescsp.org.br/mirada
Nas redes sociais pela hashtag #FestivalMirada
Venda de ingressos na bilheteria das unidades do Sesc São Paulo e on-line pelo portal do Sesc SP, pelo app Credencial Sesc SP e pela Central de Relacionamento Digital  


Ingressos para Espetáculos Adultos
R$ 10 (credencial plena)
R$ 15 (pessoas com +60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino)
R$ 30 (inteira) para os espetáculos adultos 


Ingressos para Espetáculos infantis
R$ 7,50 (credencial plena)
R$ 12,50 (pessoas com +60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino)
R$ 25 (inteira) para os espetáculos infantis (crianças até 12 anos não pagam) 

Sesc Santos
Rua Conselheiro Ribas, 136 - Aparecida, Santos
Terça a sexta, 9h às 21h30. Sábados, domingos e feriados, 10h às 18h30
Informações em www.sescsp.org.br/mirada 

.: "Notícias Populares", a série do Canal Brasil sobre o jornal que abalou o país

"Notícias Populares", nova série original do Canal Brasil, está sendo gravada em São Paulo. Foto: Arthur Costa 

O Canal Brasil está gravando uma nova série original, chamada "Notícias Populares", que volta aos anos 1990 com muito bom humor trazendo histórias que viraram manchete quando o polêmico jornal circulava. A trama acompanha a protagonista Paloma (Luciana Paes), que recebe a missão de assumir a chefia de reportagem do veículo.

Criada por André Barcinski e Marcelo Caetano - dupla responsável também pela série “Hit Parade”, lançada em 2021 pelo Canal Brasil - “Notícias Populares” é dirigida por Marcelo Caetano e produzida pela Kuarup. Além de Luciana, o elenco conta com nomes como Ana Flavia Cavalcanti (Greta), Ary França (Conrad) Rui Ricardo Diaz (Matias). Bruna Linzmeyer (Rata) também está na série como atriz convidada.

De forma divertida e inusitada, Paloma precisará driblar seus preconceitos e abraçar o jornalismo popular para ter sucesso no novo cargo. A redação é formada por repórteres com métodos questionáveis, porém quanto mais absurda é a capa, mais o jornal é vendido. Ao longo de sete episódios de 50 minutos cada, serão abordadas manchetes como o Bebê-Diabo, o Bando do Palhaço e uma rebelião de prostitutas.

O Notícias Populares era conhecido por seus títulos sensacionalistas e narrativas controversas. A publicação, que circulou de 1963 a 2001 em São Paulo, trazia capas com mulheres nuas, seres sobrenaturais e imagens fortes de assassinatos. Dedicado às classes C e D, também tratava de política, economia e entretenimento de massa, com fortes doses de sensacionalismo e humor. Conhecido como NP, o tabloide atraiu muitas críticas no meio jornalístico, com acusações de exagerar nos noticiários e até inventar matérias, enquanto carregava o slogan: "Nada mais que a verdade".


Sinopse do seriado
Janeiro de 1993. A correspondente da Folha de São Paulo em Paris, Paloma Fernandes, volta ao Brasil após romper seu casamento. Ela recebe uma missão de Dr. Felix, dono do Grupo Folha: assumir a chefia de reportagem de um dos jornais do grupo, o popularesco Notícias Populares. Mas a tarefa de chefiar os repórteres se mostrará difícil. Paloma vai ter que driblar seus preconceitos para noticiar casos espetaculosos como o Bebê-Diabo, o Bando do Palhaço e uma rebelião de prostitutas.


Leia +:
"Espreme que sai sangue": livros sobre o jornal "Notícias Populares" neste link.


.: "Travessia": Brisa, Ari, Oto e Chiara X encontros, desencontros e relações

Ari (Chay Suede), Brisa (Lucy Alves) e Oto (Romulo Estrela). Foto: Globo/Divulgação


Enquanto a maior vontade de Brisa (Lucy Alves) é reencontrar Ari (Chay Suede) e oficializar a união com ele, parece que os pensamentos do arquiteto não são mais os mesmos. No Rio de Janeiro, ele, que viajou para recolher provas contra a demolição de um casarão histórico para a construção de um shopping, está conhecendo um mundo novo. Brisa estranha ao perceber que o noivo está diferente, mas não entende o motivo. Se preocupa, pois acha que ele está passando algum tipo de necessidade, mas não está contando. Aflita, decide ir ao seu encontro. E é no dia de embarcar para a capital fluminense que sua vida vira de ponta-cabeça. 

Do outro lado do mundo, em Portugal, um grupo de jovens faz uma manipulação de imagem em um vídeo, trocando o rosto de uma mulher que corre com uma criança no colo, que identificam como uma sequestradora caçada pela polícia, por outro rosto escolhido de forma aleatória. É Brisa. E como na internet as coisas parecem se espalhar na velocidade da luz, a história vai ganhando nas redes contornos mais dramáticos, sendo acrescentadas novas informações no boca a boca. Prestes a pegar um ônibus com destino ao reencontro com seu amor, a maranhense é reconhecida na rua. Logo a informação se espalha e, em efeito cascata, Brisa é cercada. Há muita tensão e ela ainda não entende o que está acontecendo. Precisa sair daquela cena de terror.  

É nesse momento que o destino de Brisa cruza com o de Oto (Romulo Estrela), um hacker, sem endereço fixo, meio nômade, que está em uma missão secreta em São Luís. Sua estada na cidade deve ser o mais invisível possível, por isso ele se assusta ao se deparar com aquele tumulto no meio da rua. Além dos ânimos inflamados das pessoas, já há policiais no local e até emissora de televisão fazendo a cobertura. Oto precisa sair dali rápido e sem chamar atenção. Ele consegue escapar, mas não tem ideia da “surpresa” que está levando consigo, no porta-malas do seu carro: Brisa. O pesadelo de ambos começa. Há um clima de desconfiança e antipatia mútuo no ar. E um alto potencial de atração também, embora nenhum dos dois esteja consciente – ainda – disso. Juntos, com toda aquela tensão instaurada, eles seguem para o destino final, o Rio de Janeiro. 

Em terras cariocas, Ari faz amizades e, através delas, conhece Chiara (Jade Picon). Seus horizontes se ampliam e um mundo novo se descortina para ele. Tem sentimentos por Brisa, mas também quer viver as possibilidades que estão aparecendo à sua frente. Em sua cabeça, vive um conflito entre o que acha ser moralmente aceitável e todos os novos sentimentos que experimenta. 

Já Chiara, embora não dê o braço a torcer, logo se interessa pelo jovem vindo do Maranhão. Ela é uma menina mimada e manipuladora, acostumada a ter tudo o que quer. É a filha de Guerra (Humberto Martins), dono da construtora que quer destruir o casarão histórico de São Luís. Em um primeiro momento, Ari acha que tem tudo sob controle e que, ao se aproximar da jovem, terá a chance de conhecer os bastidores da empresa e conseguir informações para não deixar que o patrimônio histórico seja destruído. Ele tem a ilusão de que pode controlar a situação, mas coração é terra de ninguém e sua relação com Chiara, aos poucos, começa a ultrapassar o nível do flerte. 

O que nem ele nem ninguém no Maranhão têm ideia é que Brisa, enquanto isso, enfrenta enormes problemas que podem custar sua própria vida. Antes de ser surpreendida pela tentativa de linchamento, a maranhense avisa para Ari que está indo ao seu encontro no Rio de Janeiro. Mas, subitamente, para de dar notícias. No início, Ari se preocupa com a mãe de seu filho. Ele a procura, sofre com o desaparecimento da moça e se atormenta pela culpa de ter desejado Chiara. Mas o tempo vai passando, informações desencontradas ganham espaço e ele acaba se deixando levar pela atração que sente pela herdeira de Guerra e pelas novas possibilidades que a vida está lhe apresentando. 

"Travessia" é criada e escrita por Gloria Perez, com direção artística de Mauro Mendonça Filho, direção de Walter Carvalho, Andre Barros, Mariana Richard e Caio Campos. A produção é de Claudio Dager e Tatiana Poggi; e a direção de gênero é de José Luiz Villamarim. 

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