sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

.: Veja como caminham os relacionamentos na terceira idade

Ter um relacionamento afetivo há muito tempo deixou de ser um privilégio dos jovens e adolescentes, pois os idosos estão cada vez mais superando preconceitos e descobrindo que também podem ser realizados nas relações amorosas.

Conforme informações de Aline Lopes, psicóloga da ASBP – Associação Brasileira de Apoio aos Aposentados, Pensionistas e Servidores Públicos, nessa fase, o casal passa por várias perdas entre amigos e entes queridos por conta da idade avançada. “Por estarem mais reservados, as pessoas dessa faixa etária desejam um relacionamento para ter companhia, alguém com quem conversar passear, viajar, cuidar da saúde e ter relações sexuais”, pontuou.

De acordo com Aline, através do serviço de psicologia oferecido pela associação, é possível notar casos em que a família não aprova o relacionamento. “No começo é comum alguns familiares reprovarem o relacionamento, e para resolver essas questões é preciso bastante paciência e autonomia de que está fazendo a escolha certa. Entretanto, com o passar dos meses, quando os filhos e netos vêem que o idoso está se sentindo feliz, saudável e realizado tendem a aceitar e até apoiar a relação”, afirma.

Outro fator importante, é que nessa fase os filhos já estão adultos, e os momentos estressantes da relação são minimizados, tendo em vista que a maioria está independente e não necessitam de tantos direcionamentos.

Diante das dificuldades vivenciadas nesse período da vida, os relacionamentos que conseguem ultrapassar as barreiras das “fases conjugais”, bem como as dificuldades surgidas no decorrer deste percurso, têm grande chance de viver um casamento tranquilo e equilibrado na terceira idade. “Porém, não podemos deixar de frisar que o amor é o alicerce para qualquer relação, é a “ponte” para se caminhar lado a lado, apesar da aparência, da vitalidade e das diferenças”, concluiu Aline.

.: Bate-papo beneficente sobre o filme "Os Guarda-Chuvas do Amor"

Em 29 de março de 2009, no extinto bistrô La Quiche Dorée, que ficava na Rua Epitácio Pessoa, no Embaré, acontecia o lançamento do site CineZen com um bate-papo sobre crítica cultural. Desde seu surgimento, o site mantido de forma colaborativa e que atualmente conta com articulistas de várias cidades (inclusive de outros estados), tem buscado promover o diálogo, a formação de público para a cultura e a cidadania. Nesse tempo já foram mais de 100 bate-papos promovidos pelo CineZen, em sua maioria com artistas e produtores culturais da Baixada Santista, além de ciclos e mostras de cinema, ora beneficentes, ora realizados em parceria com outras instituições.

Neste sábado, 31 de janeiro, a partir das 19h30, agora na Open House Idiomas, tem continuação o CineZen Clube, projeto iniciado em maio de 2014 e que, uma vez por mês, recebe alguém que faça trabalho de destaque na Baixada Santista para falar do filme que marcou a sua vida. O encontro será com o músico, regente e diretor do Broadway Voices Fernando Pompeu, que falará sobre o bonito musical “Os Guarda-Chuvas do Amor”. O filme não é exibido inteiro. São mostradas algumas cenas, e o convidado explica o por que da obra ter lhe marcado tanto. O CineZen Clube tem caráter beneficente: o convidado indica uma instituição filantrópica para que o evento arrecade alimentos.

Sobre o convidado:
Bacharel em Música (piano) pelo Centro Artístico Musical de Santos (Carmus), onde também licenciou-se em Artes Cênicas, Fernando é também pós-graduado em Teatro Brasileiro pela Unisantos, participou de diversos grupos artísticos como Cucas, Madrigal Ars Viva, Coral Fazendário, Coral Ultrafértil, Coral da Cosipa, Coral Santa Cecília, entre outros. É um dos grandes nomes da maquiagem no teatro.

Atualmente é professor de Canto Coral, Técnica Vocal e Regência. Formou e regeu os corais da Fundação Lusíada de Santos e Coral Municipal de Itanhaém, bem como inúmeros outros grupos vocais na Baixada Santista. Diretor-assistente do Coral Municipal de Santos,  criou e coordena o Coral Cênico Broadway Voices. 



Sobre o filme:
Cherbourg, 1957. Guy Foucher (Nino Castelnuovo) é um jovem de 20 anos que foi criado pela madrinha e trabalha como mecânico de carros. Ele é apaixonado por Geneviève Emery (Catherine Deneuve), uma adolescente de 17 anos que ajuda sua mãe viúva no negócio da família, uma loja de guarda-chuvas elegante, mas pouco lucrativa. Geneviève também o ama, mas sua mãe acha que ela é muito nova para casar e não vê como Guy pode manter uma família. Ele é convocado para o serviço militar e ela descobre estar grávida. Surge o dilema: esperar o retorno do amado ou seguir adiante? Direção: Jacques Demy.

Serviço:
CineZen Clube com Fernando Pompeu falando do filme “os Guarda-Chuvas do Amor”.
Sábado, 31 de janeiro, 19h30  
Rua Minas Gerais, 95, Boqueirão
Entrada franca, mas pede-se 1kg de alimento não perecível

Histórico
Entre os eventos promovidos pelo CineZen até hoje, estão, além do CulturalMente Santista, a Mostra Cine Brasil Cidadania (janeiro de 2014), em parceria com o Sesc, o Nerd Cine Fest Santos (2014), em parceria com o Cine Roxy e o CinemAqui, o CineZen Natalino (que já teve três edições, em parceria com o Roxy), a Mostra Superman 75 Anos (2013), junto da Gibiteca, o ciclo A Saúde Mental no Cinema, com a ONG TAMTAM e o Pólo de Atenção Intensiva em Saúde Mental da Baixada Santista, e outros. Atualmente o site tem média de 80 mil acessos únicos por mês e, entre os colaboradores, alguns dos principais escritores da região, como Ademir Demarchi, Marcelo Ariel, Manoel Herzog, Marcus Vinicius Batista, Mô Amorim, Viviane de Almeida, Carlos Gama. O webmaster é do Recife, Wagner Beethoven. Já o site CulturalMente Santista surgiu em 2011, visando registrar entrevistas biográficas de artistas e produtores da Baixada Santista, sendo o “irmão mais novo” do CineZen. 

.: Últimas apresentações de dois super espetáculos infantis

Histórias trazem divertimento e aprendizagem


“OS TRÊS PORQUINHOS E O LOBO RAP”
Diversão na adaptação do clássico super conhecido dos irmãos Grimm, “Os três Porquinhos e o Lobo Rap” é um espetáculo de teatro infantil com uma linguagem atualizada, didática e bem humorada. Mamãe Porca, preocupada com a vida de seus três porquinhos a fim de protegê-los do homem da fazenda que os preparariam como refeição, decide conduzi-los a diferentes caminhos adentro da floresta, para que possam construir suas casinhas e assim viver com mais segurança.

A partir daí começam as perseguições do faminto Lobo Rap, em busca dos porquinhos como prato principal de sua refeição e complemento do seu banquete. O irreverente Lobo utiliza-se de muita malandragem e vários disfarces para tentar pegar os três porquinhos, derrubando as casinhas que encontra pela frente. 

No meio desta confusão personagens de outras histórias, como a Branca de Neve, a Bruxa e a Vovó da Chapeuzinho Vermelho aparecem por engano nesta aventura  musical, além dos personagens típicos como o caipira do sudeste, o gaúcho e o nordestino, que ajudam os porquinhos a construir suas casinhas doando materiais nas terras em direção as cinco regiões geográficas do país.

TEATRO RUTH ESCOBAR
Rua dos Ingleses, 209 – Bela Vista
Sábados 16h.
Até 28/02
Sala Gil Vicente
Ingressos R$40,00 / Meia R$20,00
Duração: 60 Minutos
Classificação: Livre e recomendado para crianças a partir de três anos
Elenco:
J.C Rocco  e Thiago Moreira - Lobo
Léo Zampieri - Porco
Rodrigo Souza - Porquinho
Eric Côco - Porcão
Jaqueline - Mamãe Porca
Total de pessoas 07

  
PINGO D’ÁGUA EM A CIGARRA E A FORMIGA
A outra história é a do “Pingo D`água” um personagem adaptado para o texto de La Fontaine de A cigarra e a formiga. Superando a mensagem original como a valorização do trabalho integrado socialmente e o estimulo à curiosidade das crianças sobre o meio ambiente, o texto do Grupo Arte Educação de Pesquisa Ambiental leva a uma consciência ecológica.

Pingo d’água é um personagem que mora num rio poluído próximo a casa do Seu Formiga. Ciente de uma possível catástrofe de o planeta ficar sem água, por causas dos abusos que nós, habitantes, causamos ao meio ambiente, tais como, o desperdício da água, as sujeiras que acumulamos nos rios e os desmatamentos aleatórios que produzimos, Pingo convoca as crianças a cobrarem dos adultos, atitudes que poderão dar um basta no caos do momento.

TEATRO RUTH ESCOBAR
Rua  dos Ingleses, 209 - Bela Vista
Sala Gil Vicente
Domingos 16h
Até 1º de março – 16h
Ingressos R$40,00 / Meia R$20,00
Classificação livre
Texto e direção: J.C.ROCCO
Elenco: 
MAYLA FERNANDES - Pingo 
ELIS VALERIANO - Cigarra
VERENA CERVERA - Formigão

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

.: Crônica: A minha história com o seriado "Glee"

Por: Mary Ellen Farias dos Santos*
Em janeiro de 2015


Lembro como se fosse hoje. O Helder me entregou o mp3 vermelhinho, que ganhou da irmã, e disse: 

- Trouxe um seriado que estreou esta semana nos Estados Unidos. Acho que você vai gostar!

Eu até vi alguns trechos no próprio computador, mas ao transferir arquivos, sem atenção, acabei perdendo o episódio piloto de "Glee".  Não me recordo, mas até hoje ele reclama do meu protesto. Afinal, ele estava trazendo mais um seriado que com o tempo... deixaríamos de acompanhar e só ocuparia espaço na HD.


Pedi que baixasse novamente, mas acabamos não assistindo juntinhos. Embora mergulhasse naquele universo estudantil sozinha, foi ainda mais especial quando ele passou a me acompanhar e revi os episódios novamente. Acredito que foi assim que começou a minha "doencinha" de ver e rever episódios de seriados, seja de "Supernatural" ou "American Horror Story".

O tempo passou e a estreia aconteceu no canal FOX. Eu assisti, sem desgrudar do sofá, nem mesmo no intervalo. Ali, fui finalmente fisgada. Para piorar o vício, eu que havia retornado à faculdade para cursar Letras, lá, encontrei alguém que partilhava do mesmo amor pelo seriado: Jéssyka Alves. 

Assim foram três temporadas de altos bate-papos, inclusive durante as aulas. Embora "Glee" tenha feito tanto sucesso para chegar aos cinemas com "Glee: The 3D Concert Movie", em 2011, na quarta temporada as coisas mudaram, até demais. Finalmente, a protagonista Rachel Berry (Lea Michele) foi para a tão almejada Nova Iorque e, assim, as aventuras da mocinha com Finn (Cory Monteith) degringolou de vez. Virou uma completa confusão com direito a um triângulo amoroso, traição, idas e vindas infinitas. Realmente, cansou torcer por Finchel.


Tenho certeza de que o meu afastamento de Glee foi por conta da morte do ator Cory Monteith. Qual fã de "Glee" não chorou -ou deixou escapar algumas lágrimas- durante o episódio "Quarterback"? Para piorar a situação, a engraçada Britany (Heather Morris), a loirinha líder de torcida que adorava falar baboseiras em momentos inesperados precisou de um tempo longe do seriado, por conta da maternidade. Dentro do colégio William McKinley, os novos alunos do professor Schuester cantavam muito bem, mas não convenciam e o excesso de Nova Iorque, sem o meio escolar foi a gota d´água.

Abandonei a 5ª temporada. Contudo, ainda no final de 2014, decidi colocar tudo em dia e antes que o fizesse, a Band anunciou a exibição do seriado de segunda a sexta-feira, às 21h20. O que aconteceu? Novamente, deixei me emocionar com as apresentações, mergulhei novamente na história deles. Voltei a amar... tudinho!!


* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm 



.: Franklin Delano Roosevelt, uma história de superação

Franklin Delano Roosevelt nasceu em 30 de janeiro de 1882, na cidade de Hyde Park, Nova Iorque e morreu em Warm Springs,em 12 de abril de 1945. Do Partido Democrata, foi o 32° presidente dos Estados Unidos (1933-1945), tendo sido eleito para quatro mandatos consecutivos, morrendo durante seu último mandato.
Roosevelt contraiu poliomielite em 1921 aos 39 anos, as seqüelas da doença o paralisaram da cintura para baixo e o obrigaram ao uso de cadeira de rodas. Criou um pequeno centro de reabilitação em Warm Springs, nos arredores de Atlanta, no sul dos EUA, porque as águas termais abundantes na região eram indicadas para tratamentos de reabilitação. Em 1932, construiu a "Pequena Casa Branca”, também em Warm Springs, que passou a ser sua segunda residência, e onde buscava tranqüilidade e refúgio da turbulência política.
Roosevelt tirou o seu país da crise da Grande Depressão de 1929, através da criação do New Deal, iniciou um grande plano de investimentos governamentais e obras públicas que reuniu inúmeras ações governamentais. Criou o programa nacional de assistência e seguridade social que realizou, dentre outras ações, a implantação de um programa de auxílio financeiro. Em seus quatro mandatos, criou melhores condições de trabalho para os americanos, alcançando metas industriais, levando energia elétrica e modernidade às regiões mais pobres do país.
FDR, como era conhecido, foi o responsável pela entrada dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial após o ataque a Pearl Harbor. Foi um grande amigo e parceiro de Winston Churchill, primeiro-ministro britânico, tendo conduzido os Estados Unidos através de quase toda a Segunda Guerra Mundial. Em1943 os três maiores governantes do mundo Roosevelt, Churchill e Stalin,reuniram-se emTeerã e em1945 em Yalta para decidirem sobre as medidas a serem adotadas com o fim da Grande Guerra. Roosevelt morreu no cargo, pouco antes da guerra terminar.
A maioria dos historiadores acadêmicos destaca que Franklin Delano Roosevelt traçou o destino da América e dos americanos. Eleanor Roosevelt, sua mulher, afirmou: "A doença deu-lhe força e coragem que não tivera antes. Ele precisou compreender os fundamentos de viver e aprender a maior de todas as lições. Paciência infinita e uma persistência sem fim".

.: "118 Dias", com Gael García Bernal, estreia em março

O filme "118 Dias" ("Rosewater", EUA, 2014) é baseado no livro best-seller do The New York Times “Then They Came for Me:  A Family’s Story of Love, Captivity, and Survival” ("Então Eles Vieram me Buscar: Uma História Familiar de Amor, de Cativeiro e de Sobrevivência"), escrito pelo jornalista da BBC Maziar Bahari. O lançamento de "118 Dias" acontece no dia 5 de março.

Uma história real, o drama traz a estreia do jornalista Jon Stewart, do aclamado programa The Daily Show, exibido pelo canal Comedy Central, como roteirista, produtor executivo e diretor, e é estrelado pelo ator Gael García Bernal ("No", "Cartas para Julieta", "Ensaio sobre a Cegueira").

O drama biográfico segue o iraniano Bahari (Bernal), jornalista de 42 anos, cidadão canadense que vive e trabalha em Londres. Em junho de 2009, Bahari retorna para o Irã e para Teerã, sua cidade natal, para cobrir as eleições e entrevistar Mir-Hossein Mousavi, que se mostrava uma oposição consistente ao presidente em exercício Mahmoud Ahmadinejad.

Enquanto os partidários do candidato Mousavi saiam às ruas para protestar contra a declaração de vitória de Ahmadinejad apenas poucas horas após o fechamento das urnas, o jornalista decide assumir um grande risco pessoal ao enviar as filmagens que fez dos distúrbios das ruas para a emissora britânica BBC publicar.

Logo em seguida, a polícia chega à casa da mãe (Shohreh Aghdashloo, de "A Instituição", "A Casa do Lago", "Casa de Areia" e "Névoa") de Bahari, onde ele estava hospedado, faz uma revista totalmente ilegal, e sob argumentos artificiais leva o jornalista para a detenção. Na prisão, Bahari é submetido à tortura e a incessantes interrogatórios nos 118 dias seguintes. Seu algoz, sempre o mesmo homem, se identificou apenas pelo codinome Rosewater (Kim Bodnia, de "Amor é Tudo o que Você Precisa").

.: Ivete Sangalo e Claudia Leitte juntas em canção

No ano em que o axé celebra seus 30 anos de sucesso no país, as duas principais cantoras do gênero, Ivete Sangalo e Claudia Leitte, unem-se para o lançamento de sua mais nova parceria. Feita na medida para se tornar um dos maiores hits do Carnaval e do verão no Brasil, a música “Prontas Pra Divar” (encomendada pela Gillette Venus para representar seu novo produto 2em1 com barras de gel, Gillette Venus Breeze) leva a assinatura de Carlinhos Brown na produção musical. A canção será lançada nas rádios brasileiras ainda em janeiro e fará parte do repertório de Ivete e Claudia em seus respectivos trios elétricos durante a festa mais esperada do Brasil: o Carnaval.

Para as cantoras, a colaboração de Brown foi fundamental. “Quando a gente pensa que já conseguiu aproveitar o máximo dele, ele surge com algo novo e a gente aprende ainda mais. Brown é fonte inesgotável de musicalidade”, afirma Ivete Sangalo. Já para Claudia Leitte, trabalhar ao lado do compositor é genial. “Brown tem uma alma feminina, ele tem uma cabeça única e fala uma linguagem mundial! Ele é um gênio!”, conta. Ivete ainda revelou sobre a expectativa do novo hit: “a maior possível. A música é massa, a parceria é show. Acho que o resultado vai ser sucesso”.

Com o intuito de mostrar o poder das mulheres, “Prontas Pra Divar” exalta as qualidades femininas e traz trechos sobre a versatilidade delas, que frequentemente estão prontas para qualquer situação. “Pernas”, “poder”, “brilho” e “beleza” são algumas das palavras que ilustram a mulher multifacetada e poderosa.

Com o mesmo pensamento em relação a seus fãs, as musas também garantiram a participação de seus seguidores em sua nova parceria ao lançarem a campanha #Venus2em1 nas redes sociais, quando os fãs puderam sugerir e dar opiniões para o nome da música do novo dueto, além de poderem participar no videoclipe enviando vídeos e fotos.Ivete e Claudia convocaram suas fãs para participar do vídeo e afirmam que é a melhor maneira de agradecer pelo apoio que recebem diariamente. “É sensacional ter nosso público tão perto de nós e é exatamente como conduzo minha carreira e meus projetos, com meus fãs grudados em mim. Só tenho a agradecer”, revela Claudia Leitte.





.: “Compre, Ganhe e Doe” em prol de crianças com câncer

A revista Elle que chegará às bancas em 6 de fevereiro acompanhará o lançamento de campanha em prol de crianças com câncer. A ação será promovida com o mote “Compre, Ganhe e Doe” e os compradores da publicação ganharão como brinde lenços de cabelo.

Serão 15 mil exemplares veiculadas com o brinde. A campanha irá abranger as cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Os lenços da ação serão assinados pelos estilistas Carlos Miele e Lenny Niemeyer e pelas marcas Ellus e Fórum.

O intuito da campanha não será apenas presentear leitores da revista que adquirirem um exemplar, como também as crianças que estão em tratamento de câncer, o que será possível pela parceria da publicação com a Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer (Graacc). O valor prévio para a comercialização da revista com o brinde é de R$ 16.

.: 1985, o Ano das Estrelas - por Luiz Otero

Por Luiz Otero
Em janeiro de 2015

O ano de 1985 foi muito especial para a música. Além promover encontros musicais com um numeroso time de astros, nos projetos Band-Aid e USA For Africa, colocou o Brasil definitivamente na rota dos grandes shows ao vivo, com a primeira edição do festival Rock In Rio.

No contexto da década, os anos 80 já promoviam uma revolução sadia no pop rock. O movimento punk ia perdendo força e caindo cada vez mais no mainstream, enquanto que bandas como Duran Duran davam o tom do chamado arena rock, com um toque de sofisticação na produção musical. Também crescia o espaço para o chamado Heavy Metal, um segmento do hard rock capitaneado por bandas como Iron Maiden e Judas Priest, entre outras.




Mas para o Brasil, tudo isso ficou mais próximo com o festival Rock In Rio, que aconteceu no início do ano. Além de reunir bandas nacionais emergentes e alguns veteranos da MPB, como Erasmo Carlos e Ivan Lins, trouxe de uma tacada só uma penca de grupos e artistas mundialmente conhecidos. Queen (que já havia tocado no país em 1981), Whitesnake, Yes, James Taylor, Iron Maiden, Ozzu Osbourne, AC/DC, Scorpions e Rod Stewart fizeram um espetáculo memorável, com alguns deslizes, é verdade (colocaram Erasmo Carlos para tocar no mesmo dia do AC/DC...), mas assim mesmo, o saldo foi positivo. Desde então, o Brasil tem sido rota obrigatória para os artistas do pop e rock.



Já o projeto Band-Aid reuniu, no ano anterior, 1984, um grande time de artistas do Reino Unido, mais precisamente da Inglaterra e da Irlanda. Eles gravaram um disco cuja renda foi revertida para as famílias carentes da Etiópia, que passava por uma grave crise na África. Desse projeto participaram nomes como Bono Vox (U2), David Bowie, Boy George (Culture Club), Sting, Bob Geldof, Simon Le Bon (Duran Duran), entre outros. A canção permaneceu tocando nas rádios durante o ano de 1985.




O USA For Africa foi uma resposta dos Estados Unidos ao projeto social do Reino Unido. Também registrou um time de astros conhecidos da música norte-americana, alguns até icônicos, como Ray Charles, Stevie Wonder e Bob Dylan. Sob regência do maestro e produtor Quncy Jones, o coral de estrelas entoou a canção We Are The World, composta por Lionel Richie e Michael Jackson, por vários meses nas rádios. A renda revertida com a gravação também foi revertida para famílias carentes do continente africano.

Esses projetos musicais meio que coroaram o auge de uma década, que estava ainda na metade do caminho. Outras estrelas ainda surgiriam nos anos seguintes, bem como projetos como o Live Aid, um festival ao vivo com várias bandas e artistas solo, realizado simultaneamente na Europa e na América do Norte. A música pop alçava voos cada vez mais altos em direção aos anos 90.



.: Shows de Planta e Raiz, Falamansa, Paralamas do Sucesso e mais

Todas as apresentações são gratuitas e começam a partir das 22 horas na Praça de Eventos


A grade completa do Grito Folia Ubatuba 2015 foi divulgada na última terça-feira com atrações de qualidade e de diferentes estilos musicais. O evento começa no próximo dia 5 de fevereiro com o reggae da banda Planta e Raiz. Na sexta-feira, dia 6, será a vez do renomado grupo Falamansa tocar os hits do forró na Praça de Eventos da cidade.

No sábado, dia 7 de fevereiro, o centro da cidade ficará lotado para a apresentação da lendária banda Os Paralamas do Sucesso, pela primeira vez com entrada gratuita na cidade. 

Para encerrar um dos maiores gritos de carnaval do país, o samba pede passagem com toda a tradição da bateria do G.R.E.S Estação Primeira de Mangueira. Todos os eventos têm entrada franca e começam a partir das 22 horas. 

A realização do Grito Folia 2015 é da Nexo Produções, com patrocínio da Petrobrás e apoio da Comtur, Fundart, Secretaria de Turismo e Prefeitura Municipal de Ubatuba.

.: Gastronomia: Senac Santos está com inscrições abertas

O Senac Santos está com inscrições abertas para oito cursos da área de gastronomia, nos segmentos de bebidas, serviços e gestão, confeitaria e cozinha.

Básico de confeitaria – Proporciona aos participantes a aquisição de conhecimentos e habilidades básicas em confeitaria.

Data: 6 a 27/3
Horário: das 14 às 18 horas – 6ª

Brigadeiro gourmet – Capacita o aluno para preparar brigadeiros tradicionais e gourmet, utilizando ingredientes diferenciados e inusitados, como chocolates e frutas brasileiras, apresentados de forma contemporânea.

Data: 7 a 14/3
Horário: das 8 às 12 horas – sábado


Ovos de páscoa e bombons – O aluno aprende a trabalhar com chocolate, a confeccionar ovos de Páscoa, bombons, embalagens e técnicas de decoração.

Data: 2 a 6/3
Horário: das 18h30 às 21h30 – 2ª a 6ª

Bombons - O participante aprende técnicas para confeccionar bombons desde a pré-cristalização e a temperagem que são métodos importantes para a comercialização e qualidade dos produtos. Execução e decoração de diversos tipos de bombons, como maciços, recheados e trufados.

Data: 7 a 21/3
Horário: das 14 às 17 horas – sábado

Básico de Vinhos – O curso promove uma iniciação ao mundo dos vinhos despertando o aluno para reconhecer aromas, sabores e demais características e estilos de vinhos, além de conhecer as variedades de uvas brancas e tintas, as principais regiões produtoras e a linguagem da área. Os alunos aprenderão regras básicas de etiqueta social e profissional, conhecerão a geografia mundial do vinho e perceberão a importância e o valor da linguagem escrita e falada para a comunicação com seu público.

Data: 7 a 28/3
Horário: das 8h30 às 12h30 – sábado


Formação de Baristas – O curso capacita profissionais para preparar cafés espressos (do italiano espresso), com base em técnicas específicas, utensílios e máquinas profissionais, capazes de distinguir os produtos existentes no mercado, reconhecendo os diferentes grãos utilizados, colocar em prática os segredos da preparação de bebidas variadas à base de café, valendo-se de receitas e técnicas de coquetelaria, vaporizar o leite e preparar bebidas à base de leite vaporizado.

Data: 9 a 24/3
Horário: das 18h30 às 22h30 – 2ª a 6ª

Formação de Sommelier: vinhos – O aluno poderá atuar como sommelier, exercendo a profissão de forma ética, na seleção de produtos, orientação a clientes e na excelência do serviço do vinho em diferentes situações.

Data: 30/3 a 19/5
Horário: das 18h30 às 22h30 – 2ª a 6ª

Técnicas Básicas de Gastronomia – Através de aulas práticas o aluno poderá conhecer os principais cortes de carnes, aves e peixes, bem como as técnicas de preparação de produções doces e salgadas. O aluno torna-se capacitado a reproduzir as habilidades básicas de cozinha quente, fria, confeitaria e panificação básica, de entender os termos técnicos e as noções de higiene na cozinha e manipulação de alimentos.

Data: 10/3 a 15/4
Horário: das 18h30 às 21h30 – 2ª a 6ª


As inscrições podem ser feitas presencialmente e também pela Internet. Mais informações estão disponíveis no site www.sp.senac.br/santos.


Local: Senac Santos
Endereço: Av. Conselheiro Nébias, 309 - Vila Mathias - Santos
Telefone: (13) 2105-7799

.: Livro de Henfil é relançado 30 anos após primeira edição

Considerado o mais brilhante cartunista de sua geração, Henfil (1944-1988) tem seu último livro – “Como se faz humor político” - relançado pela Editora Kuarup, 30 anos depois da primeira edição. A obra é uma entrevista de Henrique de Souza Filho, o Henfil, concedida ao jornalista e crítico musical Tárik de Souza, que continua pertinente ao momento político atual.

O livro revela os detalhes do ofício desse craque do humor político brasileiro que criou personagens clássicos, como os Fradinhos e a Graúna. Seu relançamento coincide com o aniversário de 70 anos de nascimento do humorista e traz prefácio assinado pelo jornalista e escritor Sérgio Augusto.

Em 1984, a Editora Vozes, em parceria com o IBASE (Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas), encomendou a Henfil um livro com o título “Como se faz humor político”, para integrar a Coleção Fazer. Sempre muito atarefado, ao invés de redigir o texto, convidou o jornalista e amigo Tárik de Souza para entrevistá-lo sobre o assunto em questão. Tárik conta que já havia entrevistado o cartunista várias vezes, sendo “quase um especialista na função”.

“Gravador ligado, o que rola neste livro é quase um improviso jazzístico. Não houve pauta, nem quaisquer perguntas combinadas previamente. Saímos tabelando sem deixar a bola cair até o final - que aconteceu exatamente como está no texto. O trabalho de edição foi mínimo: o que saiu do gravador já era o livro. Não fiquei surpreso ao reler “Como se faz humor político” 30 anos depois, e encontrá-lo ainda denso e pertinente. Em parte, porque mudam os nomes, circunstâncias e as mazelas continuam suplantando as virtudes humanas. Mas na maior parte, porque o Henfil é craque. E sua arte - e o modo de fazê-la - atemporal.” Escreveu Tárik na apresentação do livro.

Título: “Como se faz humor político”
Autor: Henfil
Depoimento a Tárik de Souza
Editora: Kuarup - www.kuarup.com.br
Número de páginas: 128. Tamanho: 15 x 23 cm . Peso: 185 g
Edição: 1ª (reedição). Ano: 2014



O MOLEQUE ENGAJADO – prefácio, por Sérgio Augusto

Já me perguntei mais de uma vez e não me canso de repetir: o que estaria fazendo hoje o inquieto Henrique de Souza Filho? Se em pleno gozo de suas faculdades físicas e mentais, o setentão Henfil — o mais singular, brilhante, moleque e engajado cartunista de sua geração —, provavelmente estaria atirando em todas as direções, testando as mídias disponíveis; quem sabe confinado a um site na internet onde pudesse dar vazão ao seu humor malicioso, anárquico, raivoso, grotesco – e politicamente incorreto pelos padrões de hoje?

Infelizmente, não podemos senão imaginar o tratamento que suas charges, seus cartuns e quadrinhos teriam dado à eleição direta para presidente no Brasil (pela qual tanto lutou), à Guerra do Golfo, à invasão do Iraque e demais desatinos cometidos pelos dois Bush, ao desgoverno Collor, à queda do Muro de Berlim, à ascensão de Lula e Obama à Presidência, à histeria em torno do bug do milênio, à montante evangélica, à praga do celular, ao processo do mensalão, ao desperdício de dinheiro público para atender ao “padrão Fifa”, à instalação das upps nas favelas cariocas, ao estrago causado pelos vazamentos do WikiLeaks, aos protestos de rua de 2013 – eventos, fenômenos e epifenômenos que ele, morto há 25 anos, não pôde acompanhar, celebrar ou, como era mais do seu feitio, escrachar.

Que novos personagens teria criado? E quais dos antigos teria abandonado? Os Fradinhos? A Graúna? (Esta, jamais. Prodígio de design minimalista, pouco mais que um ponto de exclamação, nenhuma outra figura criada por ele superou-a em argúcia, empatia e popularidade.) Desconfio que ele, só de molecagem, teria rebatizado O Preto que Ri de O Afrodescendente que Ri e arrumado outro tipo de paranoico para pôr no lugar do Ubaldo – um petista envergonhado com o partido que ajudara a fundar, por exemplo. Desconfio também que, apesar de mineiro e decepcionado com o PT, Henfil não teria votado em Aécio.

De todas as suas criações, nenhuma, a meu ver, superou a turma da caatinga, formada por um cangaceiro beberrão e machista (Zeferino), um bode intelectual (Orelana), uma graúna (ou melhor, a Graúna) e uma onça anarquista (Glorinha). Num árido cenário de Glauber Rocha - solo crestado pelo sol inclemente, vez por outra adornado por um cacto solitário e o resto de uma ossada - Henfil montou um cordel gráfico astuciosamente subversivo sobre as mazelas do Brasil: a indústria da seca, a desigualdade social, o mandonismo latifundiário, o fundo falso do milagre econômico patrocinado pela ditadura, a censura, a opressão masculina, o crescimento parasitário do Sul Maravilha, e o que mais se prestasse à sátira, à paródia, à alegoria.

Sua criação mais polêmica, porém, foi o metropolitano Cabôco Mamadô. Misto de exu e babalorixá, ele comandava o Cemitério dos Mortos-Vivos, onde só enterrava pessoas que a imprevidência divina ainda mantinha vivas. Impedido de confrontar diretamente os donos do poder concentrou sua ira naqueles que de algum modo serviam ou haviam servido ao regime militar. Antes de enterrar seus mortos-vivos, entregava-os à sanha de um Tamanduá (“a besta do apocalipse que assola nosso torrão”), que se alimentava de cérebros humanos, chupando-os implacavelmente: “Xuip!”. O cantor Wilson Simonal inaugurou a mórbida e pândega sucção. Outras vítimas: Nelson Rodrigues, Gustavo Corção, o animador de TV Flávio Cavalcanti. Até Roberto Carlos teve o miolo chupado.

Para Caetano Veloso sobrou a Patrulha Odara. Contraponto às patrulhas ideológicas, não deixava em paz quem fechasse os olhos ou desse mole para os abusos da ditadura, quem, enfim, ficasse “odara”, neologismo inventado por Caetano Veloso, que Henfil entendia como um convite à abstinência política, para ele, não o maior, mas o único pecado.

HENFIL – perfil, por Tárik de Souza

Mesmo sob a artilharia pesada da ditadura, foi o indômito mineiro Henrique de Souza Filho, o Henfil (1944-1988) o desenhista que mais dialogou politicamente com as massas, a ponto de transformar-se num raro popstar, num ramo onde poucos sobressaem por trás das pranchetas e (hoje) computadores. No tempo em que os estádios, a preços razoáveis, superlotavam e as torcidas ainda digladiavam-se dentro de limites civilizados, seus personagens futebolísticos como o Urubu (Flamengo), Bacalhau (Vasco), Cri-Cri (Botafogo) Pó-pó (Fluminense) foram adotados em substituição aos Popeyes e outros símbolos importados anteriores.

No jornal carioca O Dia, Henfil lançou o personagem Orelhão, que além de servir-se do aparelho de rua mais acessível na era pré-celular, operava como uma espécie de ouvidor das causas populares. Egresso da Juventude Católica e um dos fundadores do PT, Henfil também colaborou intensamente (e de graça, claro) em publicações sindicais. Mas sua projeção nacional ocorreu através do estouro do semanário Pasquim, onde se tornou um dos principais impulsionadores de vendas com sua galeria de personagens agressivos, politizados, humanistas e iconoclastas.

A dupla dialética de Fradins, o “Cumprido” (baseado em seu amigo, o jornalista mineiro Humberto Pereira) reprimido e conservador e “Baixinho” (um indisfarçável auto-retrato), um sádico libertário, nasceram ainda na Belo Horizonte, onde se formou emigrado da periférica Ribeirão das Neves. Na revista Alterosas, o desenhista de bonequinhos pornográficos da oficina, foi compelido a criar personagens, já que o diretor achava seu traço parecido com o do francês Bosc. Mais tarde, o comparariam ao ativista Wolinski, mas o fato é que Henfil desenvolveu um percurso único. Limitado fisicamente pela hemofilia, como seus irmãos, o sociólogo Betinho (imortalizado em “O bêbado e a equilibrista”, de João Bosco e Aldir Blanc), que o influenciou politicamente, e o violonista e compositor Francisco Mário (“Terra”, “Revolta dos palhaços”, “Pijama de seda”), que realizava seu lado musical, ele lutava contra dores diárias. E fazia periódicas transfusões de sangue, que acabariam custando-lhe a vida. O início da epidemia de AIDS desnudou mais uma tragédia da péssima administração da medicina no país, a falta de fiscalização da qualidade do sangue, que acabaria decretando a sentença de morte dos irmãos Souza.

Além dos Fradinhos, protagonistas de uma revista periódica independente de larga tiragem, Henfil criou o cangaceiro Zeferino (publicado inicialmente no Jornal do Brasil), moldado na figura bonachona e um tanto coronelesca do pai, um livre atirador que ocupou diversos cargos, de diretor de penitenciária a agente funerário. Havia ainda o Bode Orellana, o intelectual da tira, que ele ironizava sem dó, inspirado no arisco cantador erudito baiano Elomar. A Graúna, era a personagem feminina da trama, que oscilava entre a submissão e o ativismo. Graficamente, talvez fosse sua mais genial e sucinta criação: o corpo da ave era pouco mais que um ponto de exclamação. Ainda no Pasquim, Henfil disparava sua máquina inventiva sem cessar. Ilustrava uma tira de crítica musical e paria personagens que operavam como uma espécie de termômetro do momento político, à medida que a ditadura avançava. Do didático Caboco Mamadô, que no cemitério dos mortos-vivos enterrava os colaboracionistas, ao Tamanduá Chupador de Cérebros, a Patrulha Odara (em contraponto às patrulhas ideológicas) e o espinhoso Ubaldo, o Paranóico. Bolado com o redator destas linhas, que o nomeou num final de semana, em Arraial do Cabo , ele surgia em sincronia com o assassinato de nosso amigo e colega jornalista Wladimir Herzog, o Wlado, nos porões do DOI-CODI paulistano. A paranóia grassava. E, infelizmente, não era imaginária.

O enorme sucesso de Henfil também estava associado à sua absurda capacidade de trabalho. E para cada nova frente aberta ele criava uma linguagem, como ao preencher a página final da revista Isto É com as “Cartas da Mãe”. Utilizando a foto da própria D. Maria Souza como uma espécie de escudo, ele desafiava os poderosos da vez, incluindo o então presidente-general, João Batista Figueiredo, a quem chamava de primo por conta de um longínquo parentesco. Criou a anárquica TV-Homem, dentro da TV Mulher, apresentada pela jornalista Marília Gabriela, em plena onipotente Globo. No teatro, escreveu a “Revista do Henfil”, em parceria com Oswaldo Mendes , musical com alguns de seus personagens. O ator Paulo César Pereio ficou com o papel de Bode Orelana, Sonia Mamede encarnou a Graúna, Rafael de Carvalho , Zeferino, e Sergio Ropperto, Ubaldo, o paranóico. Entre a chanchada e o protesto, a peça teria a trilha lançada em disco. No cinema, dirigiu o não menos inconformista “Tanga _ Deu no New York Times”, a partir da experiência de tentar publicar seus quadrinhos nos EUA. Aceitos, a princípio, pelos sindicatos que os distribuíram para dezenas de jornais, os Fradinhos (The Mad Monks) logo foram rechaçados pelo conservadorismo da pátria da (estátua da) liberdade, sob a pecha de “sicks” (doentios).

Mas, de certa forma, anteciparam os corrosivos e hoje abençoados Simpsons. Das cartas que enviava para os amigos a partir da matriz, escreveu o livro “Diário de um Cucaracha” (Editora Record, 1983), do ponto de vista de um subdesenvolvido no chamado Primeiro Mundo. Da mesma forma, uma viagem à China, ainda comunista e excomungada pelo regime militar, rendeu outro “best-seller” literário, o histórico “Henfil na China (antes da Coca-Cola)”. O livro saiu em 1980 pela Codecri (Comando de Defesa do Crioléu), editora que fundou dentro do Pasquim, e se tornou propulsora das finanças do jornal. Mais que uma sigla, que os políticamente corretos poderiam hoje interpretar mal, ao pé da letra, o título era uma espécie de divisa de quem deu a vida em defesa dos oprimidos - crioléus de todas as cores, gêneros e credos.

KUARUP MÚSICA: Criada em 1977, no Rio de Janeiro , a Kuarup é considerada uma das principais gravadoras independentes do Brasil e acumulou diversas premiações, incluindo dois Grammy Awards. Especializada em música brasileira de alta qualidade, o seu acervo concentra a maior coleção de Villa-Lobos em catálogo no país, além dos principais e mais importantes trabalhos de choro, música nordestina, caipira e sertaneja, MPB, samba e música instrumental em geral. A Kuarup passa a fazer parte do mercado editorial com o lançamento do livro Os Outubros de Taiguara, obra dedicada ao cantor mais censurado da MPB.
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