sábado, 30 de abril de 2022

.: Livro sobre John Wayne Gacy conta a história do terrível palhaço assassino

"Killer Clown Profile: Retrato de um Assassino", de Terry Sullivane e Peter T. Maiken,  traz detalhes de investigações e audiências de John Wayne Gacy pela voz de quem caçou e prendeu o assassino em série brutal. Raramente é possível fazer um retrato tão profundo e fiel de um monstro.

Três anos após o lançamento da série documental "Conversando com Um Serial Killer: As Fitas de Ted Bundy", a Netflix lançou um novo capítulo: "John Wayne Gacy, o Terrível Palhaço Assassino". Com áudios inéditos do interrogatório e entrevistas de investigadores e sobreviventes dos ataques do palhaço assassino, a série traz um olhar arrepiante a respeito de um dos serial killers mais assustadores dos Estados Unidos.

"Conversando com um Serial Killer: As Fitas de John Wayne Gacy" tem direção de Joe Berlinger (que também dirigiu a série sobre Ted Bundy), e conta com três episódios lançados simultaneamente na plataforma que tentam responder uma pergunta crucial: como uma figura pública como Gacy conseguiu cometer tantos assassinatos sem ser descoberta?

John Wayne Gacy trabalhava em uma empresa de calçados e era membro da Jaycees, uma associação que focava em desenvolver habilidades de negócio e gestão para homens. Após seu casamento e o nascimento do primeiro filho, mudou-se com a família para Waterloo, onde trabalhava como gerente de 3 restaurantes KFC. Gacy continuou a atuar na Jaycees e ganhou bastante reconhecimento, sendo visto como o típico cidadão americano.

A vida em Waterloo não se resumia a trabalho, Jaycees e família: Gacy começou a se envolver com prostituição, pornografia, drogas e passou a aliciar e abusar de menores, sendo condenado e preso por sodomia. Gacy se separou, casou novamente e reconstruiu a vida, sendo visto pelos vizinhos como uma pessoa confiável. Em pouco tempo passou a integrar um clube de palhaços chamado “Jolly Jokers” e criou seus próprios personagens: Pogo e Patches, palhaços que animavam festas comunitárias e políticas.

Sua vida paralela envolvia atrair e assassinar jovens adolescentes, levando-o a confessar cerca de 30 assassinatos em 1978. Segundo o próprio Gacy, muitas sessões de tortura foram realizadas enquanto ele estava vestido de palhaço. Toda a história foi contada no livro "Killer Clown Profile: Retrato de Um Assassino", lançado pela editora DarkSide® Books.

O livro  traz detalhes de investigações e audiências de John Wayne Gacy pela voz de quem caçou e prendeu o assassino em série brutal. Capítulo a capítulo vemos o caso se desenrolar, e as duas faces de Gacy - a do empresário bem-sucedido que ainda encontrava tempo para se dedicar aos interesses da comunidade e aquela que os psiquiatras nomeados pelo tribunal pintaram em seu julgamento - se mesclarem. Raramente é possível fazer um retrato tão profundo e fiel de um monstro.

A figura do palhaço nas obras de terror
O palhaço Pennywise, de "It: A Coisa", é apenas uma ficção macabra perto de Pogo, o alter ego de John Wayne Gacy. Cidadão modelo. Empresário de sucesso. Voluntário do hospital. Um dos assassinos em série mais sádicos de todos os tempos. Poucas pessoas podiam ver o monstro cruel sob a maquiagem colorida de palhaço que Gacy usava para entreter as crianças. Poucas pessoas podiam imaginar o que estava enterrado em sua casa de horrores.

Quando um adolescente desapareceu pouco antes do Natal de 1978, Gacy foi detido e uma equipe de investigadores foi enviada até sua casa com um mandado de busca. Enquanto vasculhavam o local procurando por pistas, toparam com indícios cada vez mais comprometedores e sinistros. O promotor do caso, Terry Sullivan, começava então a maior caçada de sua carreira.

Sullivan reconstruiu a investigação - de registros de violência no passado de Gacy à horrível descoberta de mais de trinta vítimas atribuídas ao assassino e ao chocante relato de testemunhas oculares - para levar o leitor ao centro de um julgamento e seus desdobramentos.

"Killer Clown Profile: Retrato de um Assassino", livro da linha Crime Scene®, da DarkSide® Books, traz detalhes de investigações e audiências de John Wayne Gacy pela voz de quem caçou e prendeu o assassino em série brutal. Capítulo a capítulo vemos o caso se desenrolar, e as duas faces de Gacy - a do empresário bem-sucedido que ainda encontrava tempo para se dedicar aos interesses da comunidade e aquela que os psiquiatras nomeados pelo tribunal pintaram em seu julgamento - se mesclarem. Raramente é possível fazer um retrato tão profundo e fiel de um monstro.

A história de Gacy veio à tona e perturbou profundamente os moradores de Chicago. Como confiar novamente nas figuras que os rodeavam? O julgamento foi repleto de depoimentos e conjecturas obscenas da defesa, mas terminou com Gacy condenado à morte. Ele aguardou a execução de sua sentença por catorze anos, e usou seu período de isolamento para pintar diversos quadros (palhaços, autorretratos, figuras religiosas e bastante polêmicas), muitos dos quais foram vendidos - outros tantos queimados.

Poucos anos depois da condenação de Gacy, as pessoas viriam a se assustar novamente com palhaços, mas dessa vez na ficção: Stephen King lançou "It: A Coisa" em setembro de 1986, deixando para sempre a imagem perturbadora do palhaço Pennywise na mente de todos. Apesar de nunca ter confirmado a inspiração, os fãs do escritor de coração assombrado relacionam a origem do personagem com o visual de Gacy. E para quem sofre de coulrofobia, meio sorriso distorcido pela maquiagem excessiva já basta para causar pesadelos.

"Killer Clown Profile: Retrato de um Assassino" não pode faltar na sua estante. A coleção Profile, da linha Crime Scene®, já publicou "Ted Bundy: Um Estranho ao Meu Lado" e "BTK Profile: Máscara da Maldade", obras completas para quem quer investigar a mente dos psicopatas. O trabalho de Terry Sullivan e seu coautor, Peter T. Maiken, revelam os detalhes do caso de Gacy com uma narrativa envolvente e informativa que os verdadeiros fãs de true crime apreciam. A tradução é de , Lucas Magdiel e Mariana Branco. Você pode comprar o livro "Killer Clown Profile: Retrato de Um Assassino", de Terry Sullivan e Peter T. Maiken, neste link.




.: "Foxfinder - A Caça", de Dawn King, estreia no Teatro Sérgio Cardoso

Com direção de Wallyson Mota, tradução de Carolina Fabri e projeções em vídeo do coletivo BijaRi, o espetáculo da autora britânica é uma parábola distópica sobre o avanço do medo e do fascismo em uma sociedade. Foto: Halei Rembrandt

Em um diálogo com a ascensão do fascismo e do conservadorismo em todo mundo, o premiado texto "Foxfinder - A Caça", da autora inglesa Dawn King, ganha sua primeira montagem brasileira, dirigida por Wallyson Mota e traduzida pela atriz Carolina Fabri. O espetáculo estreia no dia 2 de maio, no Teatro Sérgio Cardoso, equipamento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo e gerido pela Amigos da Arte, onde fica em cartaz até 14 de junho, com apresentações às segundas e terças, às 19h. 

Além de Fabri, o elenco conta com a participação de Carol Vidotti, Eduardo Mossri e Ernani Sanchez. A montagem ainda tem videografismo e cenografia do conhecido coletivo BijaRi, figurinos de Marichilene Artisevskis, iluminação de Matheus Brant e sonorização de Pedro Semeghini. 

Encenado pela primeira vez em 2011, o texto “Foxfinder” foi responsável por revelar o trabalho de Dawn King para o teatro britânico e venceu a competição da Companhia de Teatro Papatango para novas dramaturgias (2011); o prêmio de dramaturgia da Royal National Theatre Foundation (2013); o prêmio de melhor autora no Off West End (2012). Graças a seu sucesso de crítica, a peça também já foi montada na Austrália, na Suécia e nos Estados Unidos.

A obra é uma parábola distópica sobre o lugar do medo na dominação de um povo e os caminhos para instalação do fascismo em uma sociedade em decadência. A trama se passa em uma fazenda inglesa ameaçada pela crise da produção de alimentos que recebe a visita do inspetor William Bloor, um agente do Estado responsável por fiscalizar as propriedades agrícolas.

O casal Samuel e Jude Covey está preocupado com a morte recente de seu filho e com a falta de colheitas em sua propriedade. E o oficial está à procura de raposas, que seriam, para o Estado, responsáveis por ameaçar a civilização, contaminar as plantações, prejudicar a produção de alimentos, influenciar o clima, abalar a mente das pessoas e matar crianças – mesmo não tendo sido vistas nos campos há anos. O clima de crise e a pressão irracional do inspetor para encontrar o animal na propriedade faz com que o casal de agricultores e seus vizinhos se traiam mutuamente, regidos pelo medo e desespero.

A raposa simboliza a busca irracional de bodes expiatórios para explicar os males que assombram um país - tal como o fantasma comunista em nossa sociedade e o medo desmedido que as pessoas têm de perderem seus bens ou terem que dividir suas casas com outras famílias, caso um político de esquerda chegue ao poder. O espetáculo é um ataque a essas certezas fundamentalistas que envenenam as sociedades, incentivam a violência e passam por cima dos princípios de tolerância/respeito ao pensamento divergente e aos outros modos de ser e existir. 

“Quando tomamos contato com a obra, levamos um choque. Era (e ainda é) impressionante para nós que aquele espetáculo realizado num outro país, numa região de grandes produções inglesas, estivesse falando diretamente das questões essenciais vividas no Brasil de agora. O avanço da extrema-direita deflagrado recentemente por aqui obedece exatamente à mesma narrativa: a de um grande inimigo da nação, responsável por todos os nossos males, que tem de ser eliminado, e para tal o Estado deve se apoiar numa mistura muito peculiar de fundamentalismo religioso e desenvolvimento bélico”, compara o diretor Wallyson Mota. Você pode comprar a edição em inglês de "Foxfinder - A Caça" neste link.


Sobre a autora Dawn King
Dramaturga e roteirista britânica com trabalhos e premiações em teatro, cinema, tv e rádio, Dawn King é autora das peças “Salt”, "Foxfinder - A Caça" e “Ciphers”, além da adaptação de “Brave New World”, de Aldous Huxley.

É roteirista do curta-metragem “Karmán Line”, estrelado por Olivia Colman e Shaun Dooley e dirigido por Oscar Sharp, que percorreu festivais de cinema ao redor do mundo. Ganhou dezoito prêmios, incluindo Melhor Curta-Metragem no British Independent Film Awards, e foi indicado para um BAFTA. 

Em 2013, participou do prestigioso programa de televisão Channel Four, 4 Screenwriting 2013. Seu roteiro de longa-metragem “The Squatter's Handbook” venceu a competição 25 Words or Less pitching, do UK Film Council em 2005.Escreveu extensivamente para rádio e suas peças radiofônicas foram transmitidas pelas emissoras BBC Radio 4, 4 Extra e BBC Radio 3.


Ficha técnica
Espetáculo: 
"Foxfinder - A Caça"
Texto: Dawn King
Tradução: Carolina Fabri
Direção: Wallyson Mota
Elenco: Carolina Fabri, Eduardo Mossri, Carol Vidotti e Ernani Sanchez
Videografismo e cenografia: BijaRi
Figurinos: Marichilene Artisevskis
Iluminação: Matheus Brant
Sonorização e técnico de som: Pedro Semeghini
Técnico de luz: Guilherme Soares
Operação de vídeo: Taiguara Chagas
Fotos e vídeos: Halei Rembrandt
Projeto gráfico: Alexandre Caetano e Júlia Gonçalves (Oré Design Studio)
Estágio em cenografia e adereço: Cinthya Vaz Giorgi
Produção executiva: Rick Nagash
Produção: Anayan Moretto
Idealização e realização: Carolina Fabri e  Wallyson Mota
Assessoria de imprensa: Pombo Correio


Serviço
"Foxfinder - A Caça", de Dawn King
Temporada:
2 de maio a 14 de junho. Segundas e terças-feiras, 19h*
* Haverá sessão com tradução em libras dias 23, 24, 30 e 31 de maio
Local: Teatro Sérgio Cardoso - Sala Paschoal Carlos Magno
Endereço: Rua Rui Barbosa, 153 – Bela Vista. São Paulo (SP)
Capacidade: 149 lugares (143 lugares e 6 espaços de cadeirantes)
Duração: 80 minutos
Classificação: 14 anos
Ingressos: grátis
Reserva pelo site da Sympla

.: "Receitas de Inverno da Comunidade", de Louise Glück: o livro depois do Nobel


"Receitas de Inverno da Comunidade", de Louise Glück, é o primeiro livro da poeta após ter sido laureada com o prêmio Nobel de literatura de 2020. Nesta dição bilíngue, lançada pela Companhia das Letras, há uma coletânea enxuta, de quinze poemas, com os temas que consagraram a autora como uma das vozes mais apaixonantes da literatura contemporânea: a solidão, a exaustão, o trauma, as descobertas da juventude e as reflexões que acompanham o envelhecimento.

Os poemas de Louise Glück – que mesclam ensaio, ficção, mitologia, psicanálise e filosofia, na forma de épicos condensados – são capazes de iluminar as fragilidades da alma humana. "Receitas do Inverno da Comunidade" é um livro poderoso sobre a vulnerabilidade. Ao refletir sobre a finitude, Louise Glück trata de dramas individuais que são comuns a todos nós: "Nunca/ fui muito boa com coisas vivas./ Com luminosidade e escuridão me viro bastante bem". Você pode comprar "Receitas do Inverno da Comunidade", de Louise Glück, neste link.


Ficha técnica
Livro: "Receitas de Inverno da Comunidade"
Título original: "Winter Recipes from the Collective"
Autora: Louise Glück
Tradução: Heloisa Jahn
Capa: Daniel Trench
Páginas: 88
Formato: 14.00 X 21.00 cm
Peso: 0.132 kg
Acabamento: livro brochura
Editora: Companhia das Letras
Link na Amazon: https://amzn.to/3vwVeQK

.: A semana no "Pantanal": resumos dos capítulos de 2 a 7 de maio

A bonita relação entre Jove (Jesuita Barbosa) e José Leôncio (Marcos Palmeira) começa a se aprofundar na novela "Pantanal". Foto: Globo/Divulgação

A novela "Pantanal" é escrita por Bruno Luperi, baseada na novela original escrita por Benedito Ruy Barbosa. A direção artística é de Rogério Gomes, direção de Walter Carvalho, Davi Alves, Beta Richard e Noa Bressane. A produção é de Luciana Monteiro e Andrea Kelly, e a direção de gênero é de José Luiz Villamarim. Confira os resumos dos capítulos de 2 a 7 de maio de 2022. Os capítulos estão sujeitos a mudanças em função da edição da novela. O Resenhando.com tem um grupo para comentar a novela das nove - entre e fique à vontade para participar!


Capítulo 31
Jove consegue convencer Juma a deixar que ele frequente sua casa. Madeleine decide manter Zaquieu na mansão. Juma fala de Jove para Muda. Zaquieu ajuda Madeleine com sua nova live. Guta sente ciúmes de Juma e discute com Jove. Nayara abandona seu emprego para trabalhar com Madeleine. Tadeu vê Guta chorando e culpa Jove. Jove compara José Leôncio com o Velho do Rio. Guta dá um ultimato em Tenório.
 

Capítulo 32
Guta se surpreende com Tenório. Tadeu tira satisfações com Jove. José Leôncio questiona Jove sobre seu interesse por Juma. Zaquieu se anima por começar a trabalhar com Madeleine nas redes sociais. Tibério tenta se aproximar de Muda. Jove e Juma tomam se aproximam. José Leôncio reclama de seu filho com Madeleine, e Filó tenta tranquilizar o companheiro. Zaquieu ouve uma discussão de Irma com Madeleine sobre ele e fica entristecido. Tibério se surpreende com a tranquilidade de Juma em relação a Jove. José Leôncio decide ter uma conversa séria com o filho.

Capítulo 33
José Leôncio manda Jove voltar para o Rio de Janeiro, e Filó tenta reverter a situação. Jove vai embora escondido da fazenda. Guta se interessa pela forma como Tenório pensa em fazer negócios no Pantanal. Jove pede para ficar na tapera de Juma. Filó avisa do sumiço de Jove, mas José Leôncio não dá atenção. Juma protege Jove da onça que ronda a tapera. Zaquieu arruma um encontro para Irma. Juma fala para José Leôncio que Jove foi embora com o Velho do Rio. Irma decide se encontrar com Gustavo. José Leôncio ordena que os peões encontrem o Velho do Rio. Madeleine flagra Irma na casa de Gustavo.
 

Capítulo 34
Jove decide ensinar Juma a ler. Madeleine sente ciúmes de Irma com Gustavo. José Leôncio se preocupa com o sumiço do filho. Juma se entristece quando Jove diz que vai embora do Pantanal. Guta sofre com a ausência de Jove. Tibério descobre Jove na tapera de Juma e conta para José Leôncio. Irma adverte Nayara sobre sua dedicação a Madeleine. Tadeu conta para Guta que Jove está morando com Juma. O Velho do Rio questiona Jove sobre seu envolvimento com Juma. José Leôncio afirma que trará Jove e Juma para a fazenda.
 

Capítulo 35
Gustavo conversa com Nayara sobre Madeleine. Juma se declara para Jove. José Leôncio enfrenta Jove, e Juma sai em sua defesa. Guta critica José Leôncio, e Filó fica incomodada. Tibério convence Jove a se despedir de Juma e voltar para a fazenda. Tenório discute com Guta. Maria gosta dos elogios que recebe de Alcides. Jove briga com José Leôncio. Muda pensa em cumprir sua vingança. Jove leva Juma com ele para o Rio de Janeiro. José Leôncio se desespera ao saber que Juma foi embora com Jove. 
 

Capítulo 36
Ari explica para José Leôncio que Tadeu levou o casal para o Rio de Janeiro. Juma se assusta com a cidade. Uma onça rodeia a tapera, e Muda fica apavorada. Madeleine não se conforma com a presença de Juma. Tibério se preocupa com Muda. Irma tenta conversar com Juma. Muda atira sem querer no Velho do Rio. Mariana e Irma tentam convencer Madeleine a não falar com Juma. Tibério leva Muda para a fazenda de José Leôncio e se surpreende quando ela fala. Jove leva Juma para tirar seus documentos. Velho do Rio recebe ajuda. Mariana se desespera quando Jove revela que abriu mão de sua herança. 

sexta-feira, 29 de abril de 2022

.: "Brother Johnny": Johnny Winter ganha tributo do irmão Edgar em disco


Por
 Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural. 

Falecido há oito anos, o guitarrista Johnny Winter ganha um belo tributo em disco capitaneado pelo seu irmão mais novo, Edgar, contando com a presença de vários músicos de gerações diferentes que foram influenciados pela técnica inconfundível do homenageado. O CD "Brother Johnny" traz 17 canções do rico repertório de Winter, sempre com foco no blues rock.

Após a morte de Johnny Winter em 2014, o irmão Edgar, que gravou e tocou com ele com frequência, sentiu que organizar uma homenagem musical tão perto de sua morte não parecia apropriado. Mas depois de alguns anos, ele foi encorajado por outros, incluindo sua esposa, a seguir em frente.

O resultado é este sincero conjunto de 17 faixas, com Edgar chamando um grupo diversificado de estrelas para ajudar uma banda principal que ele dirige. Músicos que foram influenciados por Johnny (Joe Bonamassa, Derek Trucks, Kenny Wayne Shepherd, Doyle Bramhall ll, Warren Haynes), queriam contribuir como os texanos Billy Gibbons, David Grissom ou colegas como Bobby Rush e Joe Walsh. Todos se revezam em um lote de clássicos, muitos deles covers que o guitarrista fez em seu próprio estilo.

Edgar toca em tudo. Lidera os vocais em cerca de metade das seleções e ajuda a combinar músicas com artistas. Ele também escreveu duas novas composições. “Lone Star Blues”, onde ele compartilha os vocais principais com Keb’ Mo’ (que toca várias guitarras), fala na voz em primeira pessoa de Johnny contando sua história de vida da obscuridade a um relacionamento desconfortável com o estrelato. O encerramento “End of the Line” é uma balada sincera, embora um tanto sentimental, acompanhada de cordas sobre a morte que deixa o álbum em um momento meditativo.

O disco está repleto de performances convincentes, claramente motivadas emocionalmente, mostrando o amor dos participantes pelas músicas, vocais e arranjos que tornaram o toque do blues de Winter tão icônico.

Joe Bonamassa arrepia no efeito slide para a abertura de “Mean Town Blues”. Kenny Wayne Shepherd faz um solo marcante em “Still Alive and Well” e Billy Gibbons duela com Derek Trucks em uma ardente versão de  “I’m Yours and I’m Hers”, que é um destaque do álbum.

Joe Walsh compartilha os vocais com Edgar em "Johnny B. Goode", enquanto este adiciona piano e sax alto. Warren Haynes traz seu estilo para  “Memory Pain” com um solo de guitarra crescente e sua voz que espelha a de Johnny.

Momentos mais introspectivos proporcionam uma pausa no som mais pesado. Michael McDonald segura firme na agridoce “Stranger”, enquanto que  Doyle Bramhall ll  mostra uma versão acústica e fiel de “When You Got a Good Friend”, de Robert Johnson, que Winter incluiu em seu disco de estreia, lançado em 1969.

O falecido Taylor Hawkins (Foo Fighters) faz uma aparição surpresa como cantor na faixa “Guess I’ll Go Away”. Kenny Wayne Shepherd acelera em uma viagem pela “Highway 61 Revisited” e Steve Lukather apresenta “Rock N’ Roll Hoochie Koo” mantendo-se também fiel a versão original.

O álbum "Brother Johnny" tem tudo o que se espera de um tributo musical sincero. Performances marcantes e uma boa dose de emoção motivada pela homenagem ao mito Johnny Winter. Merece ser conferido, especialmente pelos admiradores do estilo blues rock.


"Stranger"

"I'm Yours And I'm Hers"

"Mean Town Blues"

.: Grande final do “Bake Off Brasil Celebridades” vai ao ar neste sábado

Bianca Rinaldi, Diego Montez e Erica Reis encaram os maiores desafios da temporada na busca pelo título. Foto dos finalistas Erica, Diego e Bianca (Divulgação/SBT)


O reality gastronômico mais doce da televisão brasileira apresenta sua grande final neste sábado, 30 de abril. Ao longo de nove semanas, 16 famosos se aventuraram no universo da confeitaria encarando os mais diversos desafios. Nesta edição, Carlo Porto, Diego Montez, Nicholas Torres, Sebastian, Vincenzo Richy, Bianca Rinaldi, Júlia Olliver, Karina Bacchi, Suzana Alves, Íris Stefanelli, Afonso Nigro, Sula Miranda, Marthina Brandt, Gui Napolitano, Erica Reis e Marcelo Torres colocaram seus conhecimentos culinários à prova na tenda.  

No último episódio desta temporada, a apresentadora Nadja Haddad recebe os atores Bianca Rinaldi e Diego Montez e a jornalista Erica Reis, que terão que correr contra o tempo para entregar as provas mais difíceis da temporada. Desta vez, os desafios serão invertidos e o primeiro deles será o técnico, onde os finalistas vão ter trabalho para brilhar e cumprir todas as etapas da torta "Doce Constelação", composta por massa de romã e amora, compota de abacaxi e hortelã, mousse de pera, glaçagem marmorizada e decoração em isomalte. 

Os dois melhores desta etapa irão para a prova criativa, em que eles deverão trazer para os preparos o clima gostoso, tranquilo e cheio de riquezas do interior. Tem cheirinho de roça no ar! Quem será que vai levar a melhor nessa doce disputa, agradar o aguçado e criterioso paladar dos jurados Beca Milano e Olivier Anquier, e sair com o título e o troféu de Melhor Celebridade Confeiteira do Brasil? 

O “Bake Off Brasil Celebridades” vai ao ar todos os sábados, às 22h30, no SBT 


*todos os participantes do programa foram testados antes da participação e liberados após resultado negativo para a Covid-19. 

.: Teatro Sérgio Cardoso Digital traz espetáculo "Romeu e Julieta 80"

A montagem reúne os atores Renato Borghi, Miriam Mehler, Elcio Nogueira Seixas e Carolina Fabri na adaptação do consagrado texto de William Shakespeare. A sessão exibida ao público foi gravada no Teatro Sérgio Cardoso, no palco da sala Nydia Licia, em 2021, numa parceria entre o espaço e a a Amigos da Arte 


O Teatro Sérgio Cardoso Digital, equipamento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo e gerido pela Amigos da Arte, recebe o espetáculo "Romeu e Julieta 80". Com acesso gratuito, a temporada estreia no dia 3 de maio, terça-feira, 20 horas pela plataforma #CulturaEmCasa. Nesta inusitada montagem do clássico de Shakespeare, os jovens Romeu e Julieta são interpretados pelos consagrados atores Renato Borghi e Miriam Mehler, ambos na casa dos 80 anos de idade. Todos os outros personagens da peça estão distribuídos entre os atores Elcio Nogueira Seixas e Carolina Fabri, com direção e adaptação de Marcelo Lazzarato. 

O espetáculo se passa em Verona, na Itália, por volta de 1.600, traz à tona a rivalidade entre os Montecchios e os Capuletos, acentua os conflitos estendendo a parentes e criados. Em um baile de máscaras na casa dos Capuletos, Romeu Montecchio conhece Julieta Capuleto. A paixão é mútua e instantânea. Ao descobrir que pertencem a famílias inimigas, os dois se desesperam. Resolvem casar-se secretamente. Como todos já sabem, o destino do amor entre Romeu e Julieta é trágico.


Ficha Técnica

Texto: William Shakespeare

Concepção, adaptação, iluminação e direção: Marcelo Lazzaratto 

Elenco: Renato Borghi, Miriam Mehler, Elcio Nogueira Seixas, Carolina Fabri.

Direção de arte, cenografia e figurinos: Simone Mina

Trilha sonora: Daniel Maia

Técnico de Palco: Hugo Leonardo

Operadores de Luz: Pajeú Oliveira

Operadores de Som: Viviane Barbosa e Daniel Maia

Direção e Edição de Vídeo: Renno Rosati

Câmeras: Feliz Trovoada, Renno Rosati, Tarcilla Thais.

Design Gráfico: Alê Caetano

Produção: Périplo Produções

Assistentes de Produção: Michelle Barreto e Thais Patez

Realização: Teatro Promíscuo 

Parceiros: Amigos da Arte

Agradecimento: Anayan Moretto, Rick Nagash e Roberta Koyama


Serviço

Romeu e Julieta 80!

Temporada: De 3 de maio a 1º de junho, terças e quartas, às 20h

Local: Teatro Sérgio Cardoso Digital | #CulturaemCasa

Capacidade: 149 lugares (143 lugares e 6 espaços de cadeirantes)

Duração: 110 minutos

Classificação: 12 anos

Acesso gratuito


.: Exposição das tirinhas de "Calvin e Haroldo", "Armandinho" e "Macanudo"

Obras assinadas pelos cartunistas Bill Watterson (personagens Calvin e Haroldo, da ilustração), Alexandre Beck e Ricardo Liniers integram a mostra “Línguas Vivas - Tirinhas na Educação”


O Sesc Tijuca abre neste domingo, dia 1º de maio, a exposição “Línguas Vivas - Tirinhas na Educação”. Trata-se de uma mostra inédita que reúne tirinhas dos personagens "Calvin e Haroldo", "Armandinho" e "Macanudo", criações dos cartunistas Bill Watterson (EUA), Alexandre Beck (BRA) e Ricardo Liniers (ARG), respectivamente.  

Exposta na unidade Sesc Tijuca, a mostra é uma realização do eixo Pensamento e Linguagens da Gerência de Educação do Sesc RJ e conta com curadoria da Azougue Cultural. São 9 módulos expositivos com 36 tiras – 12 de cada artista. A ideia foi lançar um olhar para as tirinhas a partir dos diálogos, diferenças e semelhanças entre diferentes línguas e convidar o público para o debate e reflexão diante da relação entre imagem e palavra.

Segundo Ana Paula Simonaci, curadora da mostra ao lado de Sergio Cohn e João Pedro Fagerlande, um dos aspectos que chama atenção na exposição é o viés educativo com que se analisa essa forma de expressão. Desse modo, além de servir à contemplação, a mostra também se torna uma ferramenta educativa, dirigindo-se a estudantes e professores, do ensino básico ao acadêmico.

“A exposição pensa a língua como diversa, integradora, viva e dinâmica. Por isso o nome “Línguas Vivas”, que traz o plural e o vital, potencializando significados que constroem conceitos, desfazem preconceitos e estereótipos sociais, culturais e históricos”, diz Ana Paula Simonaci.

Atividades formativas e visita virtual - Além da exposição, que se estende até 1º de agosto, o Sesc Tijuca promoverá oficinas e palestras vinculadas ao tema e contações de histórias. A partir do dia 7 de junho, o público poderá fazer visitas virtuais que trarão o conteúdo presencial em mapeamento fotográfico de 360 graus, além de acesso a links e vídeos. Mais informações em sescrio.org.br.


Serviço

Exposição Línguas Vivas - Tirinhas na Educação

Curadoria: Azougue Editorial (Ana Paula Simonaci, Sergio Cohn e Pedro Fagerlande)

Sesc Tijuca (R. Barão de Mesquita, 539) - Brinquedoteca

De 1º/5 a 1º/8

Visitação: Terça a domingo, das 9h às 18h

Grátis

Livre

Informações: sescrio.org.br

quinta-feira, 28 de abril de 2022

.: 1x5: "Cavaleiro da Lua" recebe "Asilo" e volta à infância para nos emocionar

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em abril de 2022

"Asilo", o quinto episódio de "Cavaleiro da Lua", é uma obra-prima. Não somente pelo visual de deixar qualquer um boquiaberto, mas também por brindar o público com a atuação impecável de Oscar Isaac em múltiplas personalidades e ainda aprimorar a história de Marc (Oscar Isaac) deixando claro que nada acontece na série sem motivo. Tudo está conectado. Aliás, muito bem interligado. 

Assim, continuando da última cena surpreendente do episódio anterior, com a divindade da mitologia egípcia, Taweret, também chamada de Taurt ou Tuéris, a Deusa hipopótamo da fertilidade, partos e protetora das crianças, Marc e Steven têm reencontros para colocar na balança um fato marcante do passado. É assim que volta para a história o problema do peixe dourado e até as ligações diárias que Steven faz para a mãe -aqueles do primeiro episódio.


É em "Asilo" que as surpresas da trama emocionam e até arrepiam. Como não se deixar tocar com a postura do pequeno Marc, assustado pela mãe, que o culpa por uma fatalidade, mas, mesmo sendo uma criança foge daquela situação se preocupando em organizar as coisas do quarto? E, claro, se o pequeno Marc dá um show de atuação, ele adulto, no talento de Oscar Isaac, é uma interpretação digna de prêmio. Nas alternâncias entre personagens é sempre clara a diferença entre cada uma das múltiplas personas de Marc. Que talento!


No decorrer dos 43 minutos totais do episódio, sem Layla (May Calamawy), sendo ela somente mencionada pelo protagonista, a trama perde o fundo amoroso, usado no episódio anterior. Inesquecível a briga de Marc e Steven pelo amor da mocinha. Por outro lado, Arthur Harrow (Ethan Hawke) mantém o posto de algoz de Marc/Steven, tornando a ser o doutor do hospício


É com a inserção da Deusa, precisando equilibrar na balança da justiça os corações com a pena da verdade, que a parte emocional do episódio faz todo sentido. Ela está ali para proteger o pequeno Marc, ao menos para regular algo que ficou no passado, mas ainda o afeta. Com a morte do menino Steven se repetindo com a queda do navio e assumindo a forma de uma estátua de areia que se dá o equilíbrio. Episódio forte por tratar traumas do passado e seus reflexos. Que venha o desfecho dessa maravilha em série chamada "Cavaleiro da Lua"!

Seriado: Cavaleiro da Lua

Episódio: Asilo

Exibição: 27 de abril de 2022

Emissora original: Disney Plus

Direção: Mohamed Diab

Elenco: Steven Grant e Marc Spector (Oscar Isaac), Khonshu (F. Murray Abraham), Arthur Harrow (Ethan Hawke), Layla El-Faouly (May Calamawy), Midnight Man (Gaspard Ulliel)


*Editora do site cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm


.: Atriz Alexia Annes no documentário “A Voz Mais Apaixonada do Brasil”


A atriz Alexia Annes participa do elenco do filme documentário “A Voz Mais Apaixonada do Brasil”, que conta a história do cantor Candido Botelho. Ela interpreta a pianista Maria do Carmo Arruda Botelho, que foi esposa do cantor e o acompanhou em gravações e apresentações durante a sua carreira.

Lucas Monteiro é o seu companheiro de cena e protagonista do filme. Ele empresta o talento para interpretar o cantor Candido Botelho, que se destacou na carreira como grande cantor do período modernista. O filme mostra cenas de simulação da vida do cantor. Com a direção do Dimas Oliveira Júnior e direção de fotografia de Marcelo Caltabiano.


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