domingo, 17 de abril de 2022

.: 1x10: "The Big Leap" dá adeus a Paula com "Swan Song"

Por: Mary Ellen Farias dos Santos 

Em dezembro de 2021


Em "The Big Leap", no décimo episódio intitulado "Swan Song", Mike (Jon Rudnitsky) e Paula (Piper Perabo) abrem os presentes de casamento e estão em clima de Natal com os amigos. Tudo lindo e muito romântico, até que Paula começa a sentir fortes dores. Corta para uma super apresentação de dança num palco escuro com luzes focadas em Paula, pois é. Assim, ela sai de cena, brilhando numa apresentação única. Arrepiante de se ver! 


Considerando o título do episódio, "swan song", essa referência é para a última performance de um ator, cantor, poeta, dançarino. Sendo que se diz no folclore, antes de morrer o cisne dá o mais lindo canto. Estabelencendo, então, um paralelo entre a morte de Paula com esse folclore do espetáculo. Daí o título do décimo episódio.

Gabby (Simone Recasner) volta ao trabalho -que detesta-, mas é Julia quem leva a melhor e está com o maravilhoso câmera em casa. Do lado de fora, Kevin, marido ligado em pornografia que deu no pé, quer provar que sabe arrumar a casa para o Natal e não é que ele tenta se reaproximar da mulher que abandonou com as duas filhas. Inacreditável!

Com a triste história de Paula, durante a gravação do programa os ânimos explodem. Claro! Todos estão sofrendo com a partida de uma integrante do reality show de dança. E como a vida é cheia de surpresas, até Monica (Mallory Jansen) tenta conversar com Gabby para que a participante colabore na criação da coreografia. Eis que Gabby topa criar, mas também quer ser creditada. E não é que Monica concorda?! E depois chega a aprovar a coreografia de Gabby. Boazinha, né?! Bom, ao menos até metade da primeira página.

Numa fortíssima "bad", Mike recebe os amigos e acaba sendo sequestrado para participar do reality. Também pudera, ele ainda está arrasado pela ausência de Paula que ao menos deixou um vídeo para ele. A cena tem o tempo suficiente para arrepiar e deixar os olhos marejados. Muito lindo!

Ainda com a mente voltada somente para o programa, Nick segue discutindo os próximos passos dados com a equipe. Fontaine e Monica se decepcionam com ele, uma vez que falta sensibilidade nele diante do falecimento de Paula, uma participante. Nos bastidores, todos recebem Mike muito bem. Não é que Paula tinha ainda um outro vídeo para ele?!

Um alerta é emitido aos presentes, a mãe de Brittney Lovewell (Anna Grace Barlow) e Simon Lovewell (Adam Kaplan) está no local, o que consequentemente é uma ameaça. E não é que ela traz uma bomba!? Ela tem o plano de ver os filhos num outro programa. 

Perto da estreia da apresentação para o público público, Nick sofre um ataque de pânico. Quem nunca, né?! Momentos como esse mostram que há humanidade nele, embora seja sempre por um curto espaço de tempo. Monica abre os olhos dele a respeito de certas atitudes. Para a bailarina do reality show, esse tipo de coisa acontece para pararmos um pouco e refletir, afinal, Paula morreu. Todos estão abalados -até ele.

E como tudo muda rápido em "The Big Leap", Waine e Monica anunciam que haverá a saída de um participante do reality show. Todos entram em pânico, mas era o aviso de que eles deveriam se dar por conta da condição de responsabilidade pelo programa. Revoltado com o manda-chuva, Nick diz que irá boicotar. Resultado: ele sai e é seguindo por Gabby, assim como todos os outros ali no teatro.

Reggie continua sendo questionado sobre o beijo com a outra moça, uma vez que ele não pensou em Gabby. Bem, ao menos nós do lado de cá da telinha sabemos que não foi bem assim, mas pelos registros, ficou a impressão errada. E como o programa já está sendo exibido, Reggie abandona uma coletiva de esportes e diz aos jornalistas que estão assistindo muita TV. Interessante ver esse tipo de crítica num seriado!

Como Julia nunca deixou de ser mãe, ainda que abatida pela morte de Paula, precisa irá até a escola, uma vez que a filha Olivia aprontou uma das grandes por lá. A menina usou uma paredão para fazer um desenho um tanto que duvidoso: o de uma mulher parindo um anjo. E não que a outra irmã, filha de Julia chega e ainda elogia a pintura?! 

Bom, nós do outro lado da telinha não temos tanta certeza do talento, pois a pintura não é exibida por completo. E não é que ao cobrirem em família a pintura "erótica", Kevin explica o motivo de ter abandonado as três?! Pois é!

É vida que segue, mas Mike continua amargurado. Brittany ensaia com o irmão uma fala para a mãe, pois ela quer negar a participação em outro programa de dança -como a mãe está planejando. Brittany consegue dizer o que ensaiou para a mãe, que não aceita. Para a  mulher, essa é a grande oportunidade na vida delas. E mais uma vez a mãe faz uma lavagem cerebral na filha que se desmancha em culpa aos prantos.

No décimo episódio, Monica consegue aceitar o filho de Gabby e a chama de gênio pela criatividade no desfecho para o grande espetáculo. Parece que a malvada está mais de boa com a nossa bailarina amada. Não tão longe, Justin e Simon estão só love, bem juntinhos, aos beijos e abraços.

Waine leva um outro vídeo de Paula para Mike e diz ter guardado o melhor para o fim. O pedido é para ele participar da grande apresentação, para fazer parte de algo. Antes de acontecer a grande apresentação, tensão forte e Brittney vomita. Após tantos meses de programa, finalmente eles terão audiência, pois será uma apresentação para uma plateia.

A performance é dedicada a Paula, mas quando um membro da equipe coloca uma pequena árvore de Natal numa tomada, o teatro fica totalmente sem luz e Nick sofre um ataque. Do coração ou de pânico? Só assistindo o episódio finale para saber o fim disso tudo!


Seriado: The Big Leap
Temporada: 1
Episódio 10: "Swan Song"
Exibido em: 29 de novembro de 2021, EUA.
Elenco: Piper Perabo (Paula Clark), Scott Foley (Nick Blackburn), Teri Polo (Julia Perkins), Mallory Jansen (Monica Suillvan), Ser'Darius Blain (Reggie Sadler), Kevin Daniels (Wayne Fontaine), Simone Recasner (Gabby Lewis), Anna Grace Barlow (Brittney Lovewell), Jon Rudnitsky (Mike Devries), Raymond Cham Jr. (Justin Reyes), Adam Kaplan (Simon Lovewell), Tom Lennon (Zach Peterman), Robert Wisdom (Earl)

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm



.: Mundo invertido: "Stranger Things" em cards colecionáveis da Panini

Fãs da série poderão se divertir com cards gamificados, testar os conhecimentos sobre o mundo invertido e colecionar itens limitados


Diretamente do mundo invertido, a Editora Panini, líder no segmento de colecionáveis, está trazendo uma novidade para os apaixonados por "Stranger Things": uma coleção de cards especiais! Enquanto aguardam o lançamento da quarta temporada da série, os fãs poderão se aprofundar ainda mais neste universo sobrenatural.

O kit completo contém 50 cards gamificados com os quais é possível jogar partidas, 10 cards colecionáveis feitos por ilustradores, 10 cards especiais e 5 cards grandes de edição limitada. Além disso, há também um livreto com curiosidades sobre os personagens e sobre a série, um jogo para testar os conhecimentos dos fãs, 2 folhas de adesivos em formato PVC e um pôster frente e verso.

Todos os materiais do kit ficam dentro de uma caixa de metal que imita uma fita cassete, tudo para deixar esse lançamento icônico com a cara de Hawkins nos anos 1980! Os interessados podem adquirir a coleção exclusivamente pelo site da Panini.

.: "As Cangaceiras, Guerreiras do Sertão" faz curta temporada no Teatro Alfa


Com texto e letras de Newton Moreno, direção de Sergio Módena e direção musical de Fernanda Maia, espetáculo é livremente inspirado em depoimentos de mulheres envolvidas no Cangaço e exalta a força feminina. Foto: Adriano Dória


Sucesso de crítica e público, o musical original "As Cangaceiras, Guerreiras do Sertão" ganha uma nova temporada no Teatro Alfa até dia 1º de maio de 2022. O espetáculo tem texto e letras de Newton Moreno, direção de Sergio Módena, direção musical de Fernanda Maia e elenco formado por Amanda Acosta, Marco França, Vera Zimmermann, Luciana Ramanzini, Luciana Lyra, Rebeca Jamir, Jessé Scarpellini, Marcello Boffat, Milton Filho, Pedro Arrais, Nábia Villela, Carol Bezerra e Eduardo Leão.

"As Cangaceiras, Guerreiras do Sertão" estreou em 2019 no Teatro do SESI e é uma fábula inspirada nas mulheres que seguiam os bandos nordestinos atuantes contra a desigualdade social da região. A trama narra a história de um grupo de mulheres que se rebelam contra mecanismos de opressão encontrados dentro do próprio cangaço, e encontram, umas nas outras, a força para seguir. Além de reflexões sobre o conceito de justiça social que o cangaço representava, o espetáculo também reflete sobre as forças do feminino nesse espaço de libertação e sobre a ideia de cidadania e heroísmo.


Um pouco sobre a encenação
As canções originais foram compostas por Fernanda Maia (música) e Newton Moreno (letras), inspirados em ritmos da cultura nordestina. “Nas canções usei várias referências da música nordestina e tive uma abordagem afetiva desse material, por ser filha de paraibano e por ter morado no Nordeste enquanto fazia faculdade de música. Nessa época, pude entrar mais em contato com a cultura do Nordeste, que é de uma riqueza ímpar, cheia de personalidade, identidade, poesia e, ao mesmo tempo, muito paradoxal. Esse trabalho foi a união das vozes de todos. Não há como receber um texto de Newton Moreno nas mãos e não se encantar com o universo que existe ali”, conta Fernanda Maia.

Além dos atores cantarem em cena, o espetáculo traz cinco músicos para completar a parte musical (baixo, violão, guitarra, violoncelo e acordeão). Texto e música se misturam, palavra e canto se complementam, como se tudo fosse uma única linha dramatúrgica. “Optamos por uma narrativa que realmente seja uma continuação da cena e não um momento musical que pare para celebrar, ou para criar umas aspas dentro da história. Isso só é possível com canções compostas para o espetáculo. Buscamos um DNA totalmente brasileiro para a peça, tanto na embocadura, na fala, na construção do texto, como na interpretação dos atores. Não tem um modelo importado, não tem uma misancene importada, é uma investigação a partir de códigos que pertencem a uma estética do nosso país e do teatro brasileiro”, comenta o diretor Sergio Módena.


Como tudo começou
O produtor Rodrigo Velloni, o diretor Sergio Módena e o dramaturgo Newton Moreno queriam fazer uma parceria no teatro há tempos. Em 2018, o produtor Rodrigo Velloni sugeriu que colocassem um projeto no edital do Sesi-SP, juntos decidiram falar do feminino dentro do cangaço. Assim nasceu "As Cangaceiras, Guerreiras do Sertão": um musical brasileiro inédito autoral.

Tanto a questão do protagonismo feminino como a questão da cultura e da história do Nordeste sempre foram muito presentes na dramaturgia e no teatro feitos por Newton Moreno. “Eu achei que falar sobre as Cangaceiras unia essas duas fontes. Uma escuta sensível a várias vozes femininas, quebrando o silêncio e falando sobre tantas violências, isso me fez pensar sobre os espaços onde não imaginamos que existam lutas silenciosas ou que não são mostradas. Simultaneamente, acessamos documentários, materiais de internet, notícias de jornal e o livro 'Maria Bonita: Sexo, Violência e Mulheres no Cangaço', da Adriana Negreiros, que discute a trajetória de Maria Bonita, falando que, apesar de o cangaço ser um espaço de liberdade para algumas mulheres, era também um lugar violento. O cangaço reproduzia alguns mecanismos de violência do Sertão – abusos, estupros, desmandos. Enfim, ficou relativizado esse lugar de liberdade. Então, o cangaço acabou virando um trampolim, uma janela, para falarmos sobre a situação de hoje. Por isso, fizemos a opção de não contar – elas são inspiração, mas não contamos a biografia de nenhuma dessas mulheres. Não há registro histórico de um bando dessa natureza. Mas, e se houvesse?”, explica Newton.


Um pouco da trama
Uma das grandes características dessa dramaturgia é seu caráter fabular e não de uma reprodução histórica e factual do que foi o cangaço e o próprio nordeste brasileiro da época. O enredo começa quando Serena (personagem de Amanda Acosta) descobre que seu filho, que ela acreditava ter sido morto a mando do marido, Taturano (personagem de Marco França), está vivo. Ela, então, larga seu grupo do cangaço, chefiado por Taturano, para partir em busca de seu bebê. Neste momento ela não tem a dimensão de que sua luta para encontrar o filho se tornará uma luta coletiva, maior que seu problema pessoal. Outras mulheres que formavam o bando se engajam nessa batalha, além de futuras companheiras que cruzam seu caminho.

Segundo a atriz Amanda Acosta, a peça “é o grito de libertação que estas mulheres não puderam dar, mas que darão agora através desta obra escrita pelo nosso grande dramaturgo Newton Moreno. Grito que fala sobre coragem, amor, empatia, união, insurreição e liberdade”.

“A partir do momento que essa dramaturgia traz um bando de mulheres, que é algo que nunca ocorreu, temos uma liberdade para abrir várias janelas de reflexão, inclusive, fazendo um paralelo com o que estamos vivendo hoje. É uma reflexão sobre o sistema de opressão, no caso a mulher, mas você pode estender para qualquer camada social que está ali sendo historicamente oprimida”, completa o diretor.


Ficha técnica
Espetáculo: 
"As Cangaceiras, Guerreiras do Sertão"Patrocínio: Alfa Impacta Mais. Uma produção original do Sesi-SP, encenado em 2019, no Teatro do Sesi-SP, Centro Cultural Fiesp. Realização: Velloni Produções Artísticas. Promoção: Nova Brasil FM.

Elenco: Amanda Acosta, Marco França, Vera Zimmermann, Luciana Ramanzini, Luciana Lyra, Rebeca Jamir, Jessé Scarpellini, Marcello Boffat, Milton Filho, Pedro Arrais, Nábia Villela, Carol Bezerra e Eduardo Leão. Stand-in: Lola Fanucchi e Fábio Galvão. Músicos: Pedro Macedo (contrabaixo), Clara Bastos (contrabaixo), Daniel  Warschauer (acordeon), Dicinho Areias (acordeon), Carlos Augusto (violão), Abner Paul (bateria), Pedro Henning (bateria), Felipe Parisi (violoncelo), Samuel Lopes (violoncelo)  | Dramaturgia: Newton Moreno | Direção: Sergio Módena | Produção: Rodrigo Velloni | Direção musical: Fernanda Maia | Canções originais: Fernanda Maia e Newton Moreno | Coreografia: Erica Rodrigues | Figurino: Fabio Namatame | Cenário: Marcio Medina | Iluminação: Domingos Quintiliano | Assistente de dramaturgia: Almir Martines | Diretor assistente: Lurryan Nascimento | Pianista ensaiador e assistente de direção musical: Rafa Miranda | Designer gráfico e ilustrações: Ricardo Cammarota | Fotografia: Priscila Prade | Produção executiva: Swan Prado | Assistente de produção: Adriana Souza e Bruno Gonçalves | Gestão financeira: Vanessa Velloni | Realização: Velloni Produções Artísticas | Assessoria de imprensa: Pombo Correio. 
 

Serviços
"As Cangaceiras, Guerreiras do Sertão"
Teatro Alfa:
Rua Bento Branco de Andrade Filho, 722 - Santo Amaro
Até dia 1º de maio de 2022 
Sábados, 20h e domingos, 18h.
Plateia: R$ 120 | Balcão: R$ 100 | Ingresso popular: R$ 50
sympla.com.br
Estacionamento com manobrista:
R$ 45 | Auto estacionamento (em frente ao teatro): R$ 31
Duração: 120 minutos
Classificação: 12 anos


.: Espetáculo "Meus Cabelos de Baobá" em cartaz no teatro do Sesc Santos


“Meus Cabelos de Baobá” será apresentado na próxima quarta-feira, dia 20, com público presencial no Teatro do Sesc Santos. O espetáculo de Fernanda Dias com as participações de Ana Paula Black e Beá e direção de Vilma Melo faz curta temporada. Espetáculo valoriza a identidade negra feminina, abordando temas que se conectam a ancestralidade e a força de se reinventar.
 Foto: Valmyr Ferreira


O espetáculo "Meus Cabelos de Baobá" será realizado na quarta-feira, dia 20 de abril, às 20h, no teatro do Sesc Santos. Indicação a partir dos 14 anos. Os ingressos custam de R$ 15 (credencial plena) a R$ 30 (inteira) e estão disponíveis on-line em sescsp.org.br a partir das 14h do dia 19 de abril. Presencialmente, na quarta, dia 20 de abril, às 17h, nas bilheterias do Sesc SP.

O objetivo deste espetáculo é além de trazer para a cena teatral uma estética que atravessa a diáspora negra, como essa diáspora, influencia a capacidade das mulheres se reinventarem através dos tempos e como essas estéticas podem ser reveladoras a ponto de fazer com o que o não dito venha à tona. Deste modo, a narrativa apresentada traz ao espectador a possibilidade de perceber o que está por trás do que vê.

O espetáculo “Meus Cabelos de Baobá” tem dramaturgia e atuação de Fernanda Dias e direção de Vilma Melo. A montagem costura sua narrativa aos argumentos de Simone Ricco, textos da escritora Conceição Evaristo e dança da bailarina senegalesa Germaine Acogny.

A peça se desenvolve em torno de diálogos da Rainha Dandaluanda com a árvore milenar de origem africana, o Baobá.  A árvore ensina a rainha os valores africanos e desperta sua autoestima: primeiro, como menina; em seguida, como mulher e, finalmente, como rainha, consciente de sua beleza singular, de sua força ancestral e identidade negra.

"Podemos notar que no cenário cultural brasileiro, os padrões e valores eurocêntricos dominam a cena. A carência de uma estética negra, neste campo, ainda é uma ação recorrente. Trata-se de um conjunto de engrenagens que silencia de modo subliminar as mulheres, principalmente as mulheres negras", ressalta Fernanda Dias.

O objetivo deste espetáculo é além de trazer para a cena teatral uma estética que atravessa a diáspora negra, como essa diáspora, influencia a capacidade das mulheres de se reinventarem ao longo dos tempos, e como essas estéticas podem ser reveladoras a ponto de fazer com o que o não dito venha à tona.

Fernanda Dias é atriz, artista e pesquisadora das danças de matrizes africanas, especializada   em Preparação Corporal para as Artes Cênicas pela Faculdade de Dança Angel Viana (FAV). Atualmente é Doutoranda em Artes pela UERJ, onde debruça-se nas estéticas corporais negras para a cena através do Laboratório de Dança Raízes do Movimento.

Vilma Melo é formada em Artes Cênicas (UNIRIO), com mais de vinte anos de carreira e nesse período, trabalhou com artistas renomados da cena carioca em diversos espetáculos teatrais, novelas, curtas e longas metragens. Em 2017, sua atuação no espetáculo “Chica da Silva”, com direção de Gilberto Grawrosnky, lhe rendeu o prêmio Shell de Melhor Atriz.


Ficha técnica
Espetáculo:
“Meus Cabelos de Baobá”
Direção: Vilma Melo
Argumento: Simone Ricco
Texto: Fernanda Dias
Elenco: Fernanda Dias, Ana Paula Black  e  Beá
Stand-in: Tati Silva e Rosa Nogueira
Figurino: Clívea Choen
Desenho de luz: Binho Schaefer (in memória)
Operador de luz: Victor Tavares
Direção musical e percussão: Beá
Coreografias: Fernanda Dias e Charles Nelson
Músicas originais: Jhon Conceição e Beá
Concepção de cenário e projeto gráfico: Cachalote Mattos
Idealização: Fernanda Dias
Produção executiva: Claudia Bueno


Serviço
Espetáculo: “Meus Cabelos de Baobá”
Quarta-feira, dia 20 de abril, às 20h, no teatro do Sesc Santos

Sesc Santos
Rua Conselheiro Ribas, 136, Aparecida - Santos/SP
(13) 3278-9800 
sescsp.org.br/santos 


Orientação para acesso à unidade:
Para ingressar nas unidades do Sesc SP é necessário apresentar comprovante de vacinação contra Covid-19 (físico ou digital) e um documento com foto:

  • Maiores de 12 anos devem apresentar o comprovante contendo as duas doses ou dose única da vacina.
  • As crianças de 5 a 11 anos devem apresentar o comprovante evidenciando UMA dose (conforme calendário do município).
  • Recomendável o uso de máscara.

Bilheteria Sesc Santos - Funcionamento
Terça a sexta, das 9h às 21h30 | Sábado, domingo e feriado, das 10h às 18h30
Venda de ingressos até 1 hora antes do espetáculo. 


.: A semana no "Pantanal": resumos dos capítulos de 18 a 23 de abril


Jove (Jesuíta Barbosa) é um dos protagonistas da segunda fase de "Pantanal". Foto: Globo/João Miguel Júnior

"Pantanal" é escrita por Bruno Luperi, baseada na novela original escrita por Benedito Ruy Barbosa. A direção artística é de Rogério Gomes, direção de Walter Carvalho, Davi Alves, Beta Richard e Noa Bressane. A produção é de Luciana Monteiro e Andrea Kelly, e a direção de gênero é de José Luiz Villamarim. Confira os resumos dos capítulos de 18 a 23 de abril de 2022. Os capítulos estão sujeitos a mudanças em função da edição da novela. O Resenhando.com tem um grupo para comentar a novela das nove - entre e fique à vontade para participar!


Capítulo 19
Jove diz a José Leôncio que não tem a intenção de viver no Pantanal. Muda fica aterrorizada ao ouvir o Velho do Rio contar para Juma sobre a morte do jagunço que matou Maria Marruá. José Leôncio se emociona quando Jove pede para Tibério tocar uma música que o avô gostava. Juma ameaça Muda ao vê-la com a espingarda apontada para a onça Marruá. Guta enfrenta Tenório. Tadeu reclama de José Leôncio para Filó. Juma e Muda brincam nas águas do rio. Tenório e José Leôncio sentem o bom entendimento entre seus filhos. Tibério e Tadeu falam de Juma para Jove, que fica curioso. Tadeu leva Jove até a tapera de Juma.

 
Capítulo 20
Juma expulsa Tadeu e Jove. José Leôncio pede que Tibério ajude seu filho a perder o medo de cavalo. Jove questiona Tadeu sobre Filó e José Leôncio. Nayara rouba o HD do computador de do ex-namorado. Tenório questiona José Leôncio sobra a lida com bois. Jove leva Guta até a tapera de Juma. Jove e Guta tomam banho de rio. Juma e Muda veem os dois e roubam suas roupas. Tibério critica Tadeu por não ter coragem de se declarar para Guta. Juma cheira as roupas de Jove. José Leôncio e Tenório se preocupam com os filhos. Guta decide se abrir com Jove. 
 

Capítulo 21
Guta e Jove saem do rio e descobrem que suas roupas foram roubadas. Tibério tenta ensinar Jove a montar. Guta revela para Tenório que se envolveu com o filho de José Leôncio. Jove ouve as reclamações do pai sobre ele e pensa em voltar para o Rio de Janeiro. José Leôncio viaja para São Paulo. Jove decide ir para o ninhal sozinho e Tibério não consegue impedi-lo. José Leôncio discute com Tadeu. Filó critica Tibério por ter deixado Jove ir sozinho para ninhal. Maria pede que Tenório converse com Guta sobre Jove. O Velho do Rio vê o barco de Jove ancorado no ninhal. Tadeu reclama da presença do irmão na fazenda. Jove é picado por uma cobra.
 

Capítulo 22
Jove não vê a cobra, mas sente a picada e desmaia. Uma sucuri gigante aparece e envolve todo o seu corpo. José Leôncio se reúne com Davi e Matilde na empresa. Filó manda Tibério procurar Jove. Madeleine descobre que Nayara invadiu o perfil do filho e fica furiosa. Tibério encontra o barco e a faca de Jove e Filó se desespera. Tadeu tenta avisar a José Leôncio do sumiço do irmão. Guta confronta Tenório e o questiona sobre sua outra família. José Leôncio descobre do desaparecimento de Jove. Gustavo discute com Madeleine e vai embora. O Velho do Rio pede ajuda a Juma.
 

Capítulo 23
O Velho do Rio faz seu ritual na tapera de Juma. José Leôncio e os peões procuram por Jove pelas matas. O fazendeiro culpa Tibério por ter permitido que seu filho saísse sozinho de barco e demite o peão. Juma cuida de Jove e teme pela sua morte. José Leôncio pensa em como dará a notícia para ex-mulher. Madeleine discute com Mariana sobre Gustavo. Tibério vai com Levi à tapera de Juma. O Velho do Rio deixa Jove aos cuidados de Juma. José Leôncio vai ao Rio de Janeiro falar com Madeleine. Guta chega à tapera de Juma e pergunta por Jove. Tibério vai embora da fazenda. José Leôncio chega à mansão dos Novaes. Tibério encontra Jove na tapera de Juma.
 

Capítulo 24
Juma aponta a arma para Tibério e afirma que ninguém pode saber sobre Jove. José Leôncio fala com Mariana, que se desespera. Tibério pede para Muda ir embora com ele. Madeleine se descontrola ao saber do sumiço de Jove. Tadeu questiona Filó sobre o relacionamento dela com seu padrinho. Tibério volta para a fazenda, mas não conta sobre Jove. Guta desmoraliza Tenório na frente da mãe. José Leôncio decide se divorciar de Madeleine. Jove recobra a consciência e Juma fica feliz. José Leôncio vai embora da mansão dos Novaes. O Velho do Rio diz a Juma que Jove não vai mais sair do Pantanal. Tibério se surpreende quando Jove afirma que não deixará a tapera.

.: "Quanto Mais Vida, Melhor": resumo dos capítulos de 18 a 23 de abril


Neném (Vladimir Brichta), Flávia (Valentina Herszage), Guilherme (Mateus Solano) e Paula (Giovanna Antonelli) de corpos trocados. Foto: Globo/Estevam Avellar


"Quando Mais Vida, Melhor!" conta a história que une Neném (Vladimir Brichta), Paula (Giovanna Antonelli), Guilherme (Mateus Solano) e Flávia (Valentina Herszage) que têm as vidas interligadas a partir de um epísódio sobrenatural e, a partir disso, passam por situações hilariantes. A novela é criada e escrita por Mauro Wilson, com direção artística de Allan Fiterman. 

Confira os resumos dos capítulos de 18 a 23 de abril. Os resumos dos capítulos estão sujeitos a mudanças em função da edição da novela. O Resenhando.com tem um grupo para comentar a novela das sete - entre e fique à vontade para participar!


Capítulo 127
Flávia/Guilherme é presa. Guilherme/Flávia desconfia da culpa de Roni na prisão de Pink. Paula e Neném confirmam as suspeitas de Carmem. Guilherme/Flávia avisa que não irá mais se casar e Celina comemora. Carmem chantageia Neném e Paula. Flávia/Guilherme tenta se explicar para Torres e Prado. Gabriel decide produzir a banda de Murilo. Rose recebe uma proposta para trabalhar fora do país. Carmem volta a ser a presidente da Wollinger Terrare.

 

Capítulo 128
Paula/Neném se recusa a fazer massagem em Carmem. Joana encontra Flávia/Guilherme no centro cirúrgico. Rose conta para Paula/Neném que vai trabalhar em Paris. Roni e Cora obrigam Juca e Odete a trabalharem na Pulp Fiction. Tigrão beija Soraia e Tina observa os dois. Paula/Neném revela a Ingrid que Tuninha é sua avó.

 

Capítulo 129
Ingrid fica furiosa com Neném/Paula. Edson e Tetê confabulam contra Osvaldo. Flávia/Guilherme conversará com Roni. Ingrid é hostil com Tuninha. Paula/Neném lamenta por ter contado a verdade para Ingrid. Gabriel se incomoda com os olhares de Tina para Tigrão. Rose conta para Guilherme/Flávia que irá trabalhar em Paris. Ingrid discute com Neném/Paula. Flávia/Guilherme faz uma proposta para Roni. Tetê atropela Edson e Nedda culpa Osvaldo.

 

Capítulo 130
Edson reforça a culpa de Osvaldo no atropelamento. Celina tem um surto ao saber que o filho quer vender a clínica. Ingrid faz as pazes com Tuninha. Tina se acerta com Gabriel. Flávia/Guilherme passa mal e Paula/Neném a ajuda. Flávia/Guilherme se despede de Tigrão. Daniel avisa a Guilherme/Flávia que assinará a venda da clínica. Flávia/Guilherme se sente mal novamente e Odaílson se preocupa.

 

Capítulo 131
Paula/Neném pede para Rose não ir para Paris. Odaílson conta para Guilherme/Flávia que viu Flávia passar mal. Bianca se sente mal e pede a ajuda de Roni. Guilherme/Flávia não consegue falar com Flávia/Guilherme. Guilherme/Flávia, Neném/Paula e Paula/Neném vão atrás de Flávia/Guilherme, que está desmaiada no barco.

 

Capítulo 132
Guilherme/Flávia teme pela vida de Flávia/Guilherme. Roni se enfurece ao saber que a banda de Murilo tocará em outro bar. Celina tenta impedir a venda da clínica de Guilherme. Carmem chega para o evento da International Cosmetic Fair. Neném/Paula e Paula/Neném descobrem por que Flávia/Guilherme está passando mal. Rose ouve Neném chamar por ela no aeroporto.


sábado, 16 de abril de 2022

.: Crítica: "A Lista", com Lilia Cabral e Giulia Bertolli, mãe e filha no teatro


Por 
Helder Moraes Miranda, editor do Resenhando. 


Depois de dez anos, Lilia Cabral volta ao teatro em São Paulo na estreia nacional da peça "A Lista", ao lado da filha Giulia Bertolli, juntas no palco pela primeira vez. A montagem inédita segue em cartaz nos palcos do Teatro Renaissance com dramaturgia de Gustavo Pinheiro e direção de Guilherme Piva. Foto: Pino Gomes

Algo de mágico acontece nas noites de São Paulo entre o sábado e o domingo. É quando as atrizes Lilia Cabral e Giulia Bertolli sobem ao palco do Teatro Renaissance para apresentar "A Lista", peça teatral escrita por Gustavo Pinheiro, que fica em cartaz até o dia 12 de junho. Sob a direção cheia de sensibilidade de Guilherme Piva, elas emocionam, divertem e falam sobre o agora, em um momento em que a pandemia ainda está entre nós e atingiu tanta gente: a catarse é generalizada.

A partir de dois pontos de vista antagônicos, as personagens Laurita (Lília Cabral) e Amanda (Giulia Bertolli) discutem a relação construída a partir de uma gentileza: a história da jovem prestativa que se oferece para fazer compras por alguns moradores de um condomínio, entre eles uma senhora que, para se protager do coronavirus, não sai de casa há meses.

Amanda erra produtos da lista, Laurita não agradece nunca e sempre reclama. Estabelece-se uma péssima relação até que uma delas resolve cortar o vínculo e, a partir de uma conversa franca, passar a limpo uma relação formada por indiferença, mágoas e mal-entendidos. A magia do palco se faz diante dos olhos de um público maravilhado. Impossível não reconhecer o talento de Lilia Cabral e nem se apaixonar pela atuação de Giulia Bertolli.

Na vida real, são mãe e filha - será que há na genética o talento de artista? Talvez essa pergunta permeasse a apresentação no início do espetáculo. Depois, a dúvida se dissolve. Ter parentesco com um artista consagrado, além de ser uma dádiva, também deve ter o dissabor de ter que provar a todo mundo que se é bom no que faz. No caso de Giulia, se por acaso isso ainda for uma questão, a plateia não percebe. Não há um duelo e nem um embate entre quem é melhor - há um complemento, uma sincronia e uma espécie de linha invisível que amarra as duas e envolve a todos em uma espécie de hipnose.

É notório que o público está ali para ver de perto a grande dama da televisão brasileira. Lilia Cabral, musa das reexibições das novelas no período da pandemia em horário nobre da emisssora líder de audiência no país - foram duas protagonistas e um papel de destaque em sequência: "Fina Estampa" (de Aguinaldo Silva), "A Força do Querer" (de Glória Perez) e "Império" (de Aguinaldo Silva).

No palco, não é novidade a entrega de uma artista tarimbada pela televisão - é o que se espera dela, mas o grande ponto de interrogação era a atuação da filha. Giulia Bertolli é, surpreendentemente, a cereja do bolo de "A Lista" - e talvez a espinha dorsal de tudo o que gira em torno desta produção. Em um embate de falas contundentes entre as personagens - a atriz, que chega a interpretar duas personagens - brilha de uma maneira que nenhuma artista da idade dela, diante de um mito feito Lilia Cabral, conseguiria fazer. Há segurança e integridade em todas as falas ditas por ela, mas também há muita humanidade.

Não há a competição de quem é melhor entre as atrizes porque não há disputa. Há, sim, uma atmosfera de afeto que talvez não fosse possível perceber se não fossem mãe e filha em palco cujo público está rendido. Não existe "A Lista" sem Lília Cabral, muito menos o espetáculo não teria o mesmo impacto sem a presença marcante de Giulia Bertolli. Qualquer substituição possível não teria o mesmo efeito.

"A Lista" é sobre o agora, mas é também sobre a urgência de encarar a própria vida e transformar o que restou dela. É imprescindível assistir e, se por algum motivo você não sair mudado, reveja (a vida e a peça - nas duas situações, pode ter certeza, você sairá no lucro).

Ficha técnica:
Espetáculo: 
"A Lista". Texto: Gustavo PinheiroDireção: Guilherme Piva. Elenco: Lilia Cabral e Giulia Bertolli. Cenários e figurinos: J.C. Serroni. Iluminação: Wagner Antônio. Direção de movimento: Marcia Rubin. Assessoria de imprensa: Adriana Balsanelli e Renato Fernandes. Fotógrafo: Pino Gomes. Programador visual: Gilmar Padrão Jr. Direção de produção: Celso Lemos.


Serviço:
Espetáculo: "A Lista". Temporada: de 12 de março a 12 de junho. Sábados, às 20h30, e domingos, às 18h. Duração: 80 minutos. Gênero: comédia dramática. Classificação etária: 12 anos. Ingressos: R$ 100 (inteira) e R$ 50 (meia). Teatro Renaissance - Alameda Santos, 2233 - Jardim Paulista, São Paulo. Ingressos à venda em: www.olhaoingresso.com.brFuncionamento da bilheteria: de sexta a domingo, de 14h até a hora do espetáculo.



A Lista", com Lilia Cabral e Giuliana Bertolli. Foto: Bob Sousa

.: 1x3: "Cavaleiro da Lua" mostra "O Tipo Amigável" de Marc e Steven

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em abril de 2022


Em "O Tipo Amigável", terceiro episódio da série "Cavaleiro da Lua"Steven Grant (Oscar Isaac) está no posto de "homem do espelho", sendo assim, é Marc Spector (Oscar Isaac) quem domina a situação, garantindo o ritmo de ação, com muita pancadaria, para a história cheia de deuses egípcios. Contudo, Layla (May Calamawy) é quem organiza a documentação para viajar ao Egito e encontrar Marc/Steven. Assim, enquanto o nome da Marvel é formado na tela com os heróis conhecidos, a música árabe "Enta", de Dj Kaboo -na trilha sonora do seriado- dá o clima para o público sobre o que irá encontrar no episódio de 46 minutos.

Num visual arenoso, surge Arthur Harrow (Ethan Hawke) com o escaravelho apontando para um lugar. Ali, Harrow acredita estar Ammit (Sofia Danu), quem pretende ressuscitar e seguir seu plano. Enquanto Marc enfrenta três caras equipados com facas nos telhados árabes, algo bem estilo "Homem-Aranha", para atrapalhar tudo, surge uma imagem na ferramenta. Steven está no reflexo de uma das facas e, claro, a confusão das personalidades torna a história ainda melhor. Afinal, Konshu consegue ser uma terceira voz quando Marc é quem domina o avatar.

A reunião dos deuses com a presença de Harrow, serve ao público uma discussão ferrenha. Uma cena e tanto. Sem contar que mostra o talento de Oscar Isaac na alternância entre Marc e Konshu. Ao sair da pirâmide de Gizé, a dobradinha Marc e Layla faz uma D.R., apresenta mais informações sobre o passado do protagonista, o que acaba esbarrando em mais ação explodindo na tela. 

A estética desse terceiro episódio de "Cavaleiro da Lua" é de fazer o queixo cair. Como não ficar sem palavras quando o Cavaleiro da Lua pula do alto até o chão e sua capa forma a lua?! Contudo, há um lado brincalhão desse justiceiro. No meio de um grande rebuliço, Steven assume o traje e pede para parar aquilo tudo, pois todos ali precisam se acalmar. "Está todo mundo estressado", grita. Convenhamos, é algo tão inesperado que lembra o querido anti-herói "Deadpool".

Em "O Tipo Amigável", Steven ganha um novo apelido, agora dado por Konshu. Assim, deixa de ser o "idiota" da loja de presentes para se rotulado de "verme". No entanto, a maior surpresa é ao final quando o deus sofre em nome da vitória de Harrow. É também nesse episódio que há a participação do ator Gaspard Ulliel, na pele de Anton Mogart. Em 19 de janeiro de 2022, ele faleceu, quando estava de férias, em Savoie, ao colidir com outro esquiador no cruzamento de duas pistas azuis. Ao fim, há uma homenagem com o nome dele.

Que a próxima quarta-feira chegue, logo! A cada semana, todo episódio termina com ganchos incríveis. Em "O Tipo Amigável" não foi diferente e deixou um gostinho de "preciso saber mais"!

Seriado: Cavaleiro da Lua

Episódio: O Tipo Amigável

Exibição: 13 de abril de 2022

Emissora original: Disney Plus

Direção: Mohamed Diab

Elenco: Steven Grant e Marc Spector (Oscar Isaac), Khonshu (F. Murray Abraham), Arthur Harrow (Ethan Hawke), Layla El-Faouly (May Calamawy), Midnight Man (Gaspard Ulliel)


*Editora do site cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm


.: A história de "Tilikum" e o destino de cada um de nós, por Manuela Dias


A dramaturga Manuela Dias, indicada a dois Emmys e autora da novela “Amor de Mãe” e da série “Justiça”, ambas pela TV Globo, estreia agora na literatura com um romance inspirado na vida de “Tilikum”, baleia orca que foi capturada nas águas geladas da Islândia, separada da mãe e ficou presa por 32 anos, servindo de entretenimento nos parques do Seaworld.

Manuela conheceu a saga de “Tilikum” ao assistir ao Blackfish, documentário lançado em 2013. O impacto foi enorme. Senti uma empatia tão grande por aquela baleia cativa há 32 anos, louca, assassina, produto-ruína do seu meio, enclausurada, reprodutora sexual, 21 filhos dos quais poucos ela conheceu e que morreu de pneumonia num tanque qualquer, afirma Manuela.

Neste seu livro de estreia, a dramaturga toma emprestada a cronologia da vida da baleia para contar a história de um homem chamado “Tilikum”, portador de uma mutação genética que o faz ser diferente de outros homens, mas não menos homem do que qualquer um de nós. Capturado aos dois anos de idade, ele passa a vida como cativo, sendo treinado para apresentações públicas.

A narrativa se torna transpessoal e absorve as vozes de todos que perderam a liberdade e tiveram suas identidades humilhadas. “Tilikum” agora parece carregar dentro de si o grito de todos aqueles que sofrem com a violência, o abandono, a falta de empatia.

Sobre “Tilikum”, o poeta, letrista e roteirista Geraldo Carneiro, da Academia Brasileira de Letras, diz na apresentação do livro: Por trás da narrativa de Manuela Dias há um ensaio antropológico cujo verdadeiro protagonista é uma forma de opressão. Opressão exercida por nossa espécie que não conhece a si mesma e, por isso, não reconhece o outro. Uma humanidade tão imersa em seu delírio narcísico que só enxerga miragens de si. É esse mundo desprovido de razão e sensibilidade que Manuela Dias denuncia em sua inusitada biografia de “Tilikum”. Espero que o leitor se reconheça nessa alegoria, espelho partido em que o humano se revela em seu avesso."

A pior coisa que uma sociedade pode fazer é conseguir que você odeie ser como é, diz Manuela Dias. Eu acredito que o coração é mais forte do que a cabeça, e mais poderoso também. Por isso, escrevo buscando a veia cardíaca que poderá alterar o batimento dos nossos comportamentos. Desnaturalizar os absurdos que normalizamos é o primeiro passo.

Eu acordo todo dia para mudar o mundo, escrevo para mudar o mundo. E quando digo mudar o mundo, estou falando de pequeníssimos passos na direção de uma nova ordem das coisas", detalha a autora.  Você pode comprar o livro "Tilikum, de Manuela Dias, neste link.

Sobre a editora Melhoramentos 
A Melhoramentos é um grupo que atua em diferentes segmentos há mais de 130 anos, e se posiciona como agente de transformação no mundo, realizando, empreendendo e sendo protagonista do futuro em seus negócios.

A editora Melhoramentos, fundada em 1915, assim como as demais empresas do grupo, tem um legado que atravessa gerações. Acredita em seu papel de estimular mudanças e desafiar. Busca, através da cultura e do entretenimento, levar conhecimento, inspirar as pessoas, e provocar transformações.


.: Crítica musical: Bruna Nascimento, um novo talento na MPB


Por
 Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural.

Jovem de origem humilde, a cantora e compositora pernambucana Bruna Nascimento está divulgando o seu primeiro trabalho, o EP "Desamarração", que traz composições próprias interpretadas por ela mesma. Com produção do experiente Luisão Pereira, as canções se mostram antenadas com a nossa boa MPB, investindo em mensagens diretas inspiradas no cotidiano da cantora.

Bruna é filha de retirantes. Nasceu no Recife e morou dos três meses aos 11 anos com a família em um quarto nos fundos de uma fábrica de jeans, em São Paulo. Formada em Engenharia de Produção pela USP e de volta ao Recife, a cantora e compositora lança agora o seu primeiro EP “Desamarração” (pelo selo YB Music) com Luisão Pereira tocando Violão, Baixo, Synth, Rhodes, além de elaborar os arranjos e a programação de sopros. Há participações de Nahor Gomes tocando Trompete e Flugelhorn e Caio Oliveira tocando bateria e percussão. Bruna só teve que se preocupar em soltar a voz.

O EP conta com apenas cinco faixas que mostram uma incrível maturidade artística. A voz suave e afinada de Bruna passeia pelas belas melodias que contam histórias inspiradas em seu cotidiano. Um exemplo é "Quando se Deixa". Como a própria autora explica, “é uma canção sobre o amor, que brinca com a idealização sobre alguém que não consegue se entregar totalmente para a relação”.

"Meu Menino" é uma espécie de acalanto suave, resumido pela autora da seguinte forma: “A letra romântica descreve um cafuné entre um casal, mas traz nas entrelinhas tem um significado oculto: fala sobre o carinho numa relação casual que se revela na frase ´hoje você é o meu ninho”. A faixa "Tsunami" já mostra um arranjo mais festivo, mais próximo dos ritmos baianos e pernambucanos.

Como o EP de estreia, Bruna Nascimento mostra uma ótima perspectiva para o futuro da nossa MPB. Muito distante daquele som comercial e sem conteúdo que tem povoado as rádios nos últimos anos. E nada melhor do que essa "Desamarração" para trazer novos ventos na nossa música.


"Meu Menino"

"Tsunami"


"Não Há Prá Que Mentir"



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