sexta-feira, 25 de março de 2022

.: Música: Colin Hay, com “aquele toque beatle” em novo CD


Por Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural.

Ex-vocalista da banda australiana Men At Work nos anos 80, Colin Hay desenvolve uma interessante e produtiva carreira solo, pontuada por trabalhos com qualidade musical convincente. O mais recente, o álbum "Now and The Evermore", segue nessa linha com o auxílio luxuoso do ex-beatle Ringo Starr, que toca bateria na faixa título.

A ilustre presença do ex-beatle não aconteceu por acaso. Colin Hay já integrou a All Starr Band e deve voltar a tocar na próxima turnê do projeto do ex-beatle. O disco tem uma pegada pop irresistível, com várias faixas com potencial para tocar nas rádios. É uma linha mais soft, um pouco mais distante da sua antiga banda. Sempre mostrando as influências musicais que recebeu, principalmente as dos anos 60.

A faixa título é um dos melhores momentos do disco. E saber que nas baquetas está o Ringo Starr torna a faixa ainda mais especial. Posso citar ainda as faixas "Love Is Everywhere" e "When Does The End Begin" como outros destaques desse novo trabalho. Mas a verdade é que o disco inteiro tem uma forte pegada radiofônica.

Como bem definiu o release do álbum, “Now and The Evermore é uma celebração desafiadoramente alegre da vida e do amor, que insiste em encontrar forros de esperança e motivos para sorrir através dos desafios dos tempos recentes. Isso não quer dizer que o disco se iluda sobre as realidades do nosso mundo moderno, mas sim que ele consistentemente escolhe responder à dor com beleza e à dúvida com admiração”Colin Hay conseguiu produzir um álbum capaz de deixar o ouvinte com alto astral, cheio de vibrações positivas. E isso já é um bom motivo para você conferir o disco.


"Love Is Everywhere"


"Now And The Evermore"


"A Man Without a Name"


.: Marina Elali lança trabalho com Padre Fabio de Melo


A cantora e compositora Marina Elali, lança dia 25 de março nas principais plataformas digitais: Spotify, Deezer, ITunes e outras, a música “Alguém no Céu”, com participação do Padre Fábio de Melo.

A composição faz parte do álbum “Dorme em Paz”, inspirado na filha de Marina, Luna, hoje com quase 3 anos. O álbum completo traz canções suaves e emocionantes que ela cantava para Luna dormir, como a canção “Mãe de Menina” composição de Marina Elali e Claudio Novarte e será lançado em maio/22.

Fotos: divulgação


.: Pirata: Jão anuncia mais uma data no Espaço das Américas em SP

Após sucesso do primeiro show e outras duas apresentações esgotadas para os próximos meses, o artista fará uma novo show no domingo, dia 14 de agosto


O cantor Jão têm muito o que comemorar. A sua turnê “PIRATA”, que teve início no Rio de Janeiro no início deste mês, conquistou recordes e vem arrastando multidões, fará a alegria novamente dos fãs da capital paulista que não conseguiram ingressos para as três apresentações agendadas -- e esgotadas - no Espaço das Américas, uma das maiores casas de shows do Brasil. O quarto show em São Paulo da turnê já tem data, no domingo, dia 14 de agosto.

Na última sexta-feira (18), o cantor realizou a primeira apresentação da turnê na casa, com ingressos esgotados e a presença de fãs e amigos. Vale ressaltar que Jão também possui outras duas apresentações esgotadas no mesmo local em março e abril, respectivamente. Com isso, se tornou o primeiro artista nacional a esgotar três datas de apresentações da mesma turnê no mesmo local no formato pista.

A turnê “Pirata” marca o retorno do cantor aos palcos após dois anos de pandemia, como também, forma de divulgar o seu último álbum e irá passar por cidades de todo o Brasil, com datas que já estão esgotadas também em outros estados e shows extras que foram adicionados conforme a grande procura. Com a mesma turnê, o artista também fará a sua estreia no palco do Lollapalooza Brasil ainda nesta semana com uma apresentação bastante aguardada por fãs e admiradores.

“PIRATA”, seu terceiro álbum de estúdio, traz os hits “Idiota”, “Coringa” e “Não Te Amo”, foi muito bem recebido pelo público e crítica durante o seu lançamento e segue fazendo um enorme sucesso.

Caracterizado pelo cantor como um projeto mais solar e de recomeços, o album traz letras que falam sobre amor, sexo, descobertas e despedidas e deu a ele a nona maior estreia de um disco na história do Spotify Brasil, com 4,9 milhões de plays nas primeiras 24 horas após o lançamento. Atualmente, Jão está colhendo frutos do projeto com o sucesso do single “Idiota”, que já alcançou mais de 37 milhões de reproduções nas plataformas de streaming e está viralizando nas redes sociais, como também, o videoclipe da canção que contou com uma grande produção.

A venda de ingressos para este grande show já está disponível nas bilheterias do Espaço das Américas (de segunda a sábado, das 10h00 às 19h00 - exceto feriados - sem taxa de conveniência) ou online pelo site Ticket 360. Os valores variam entre R$ 70,00 e R$ 300,00.


Show: Jão com a turnê "Pirata" no Espaço das Américas

Data: Show Extra 14 de agosto 2022 (domingo)

Local: Espaço das Américas (Rua Tagipuru, 795 - Barra Funda - São Paulo - SP)

Abertura da casa: 18h30

Início do show: 20h30

Acesso para deficientes: sim

Classificação: Livre -- menores de 14 anos acompanhados pelos pais ou responsável legal

Capacidade da casa para este evento: 8.000


Ingressos:

Pista 1º lote: R$ 140,00 (inteira) e R$ 70,00 (meia)

Pista 2º lote: R$ 160,00 (inteira) e R$ 80,00 (meia)

Pista 3º lote: R$ 180,00 (inteira) e R$ 90,00 (meia)

Pista 4º lote: R$ 200,00 (inteira) e R$ 100,00 (meia)

Pista 5º lote: R$ 220,00 (inteira) e R$ 110,00 (meia)

Camarotes A: R$ 300,00 (só inteira)

Camarotes B: R$ 260,00 (só inteira).

Compras de ingressos: Nas bilheterias do Espaço das Américas ( de segunda a sábado, das 10h00 às 19h00 - exceto feriados - sem taxa de conveniência) ou online pelo site Ticket 360.

Formas de Pagamento: Dinheiro, Cartões de Crédito e Débito, Visa, Visa Electron, MasterCard, Diners Club, Rede Shop. Cheques não são aceitos.

Objetos proibidos: Câmera fotográfica profissional ou semi profissional (câmeras grandes com zoom externo ou que trocam de lente), filmadoras de vídeo, gravadores de audio, canetas laser, qualquer tipo de tripé, pau de selfie, camisas de time, correntes e cinturões, garrafas plásticas, bebidas alcóolicas, substâncias tóxicas, fogos de artifício, inflamáveis em geral, objetos que possam causar ferimentos, armas de fogo, armas brancas, copos de vidro e vidros em geral, frutas inteiras, latas de alumínio, guarda-chuva, jornais, revistas, bandeiras e faixas, capacetes de motos e similares.


Protocolo de segurança: Para garantir um evento seguro a todos e minimizar os riscos de transmissão da Covid-19, seguimos os protocolos exigidos pelo Governo do Estado de SP e com isso será obrigatório apresentar no ato da entrada para acesso ao evento, além de seu ingresso e documento original (RG ou CNH), o comprovante abaixo:

Carteirinha de vacinação com a 2º dose ou dose única, podendo ser física ou digital (Aplicativos "Conecte SUS", "Poupatempo Digital" ou "E-Saúde SP").

A casa dispõe de álcool em gel 70° em totens distribuídos em diversos pontos da casa.

Este protocolo poderá sofrer modificações conforme o momento epidemiológico no período do evento.

quinta-feira, 24 de março de 2022

.: Crítica: "Águas Profundas" é história jogada debaixo do tapete de ricos

Por: Mary Ellen Farias dos Santos 

Em março de 2022


Quando não falta dinheiro, pode faltar amor. Eis que no longa dirigido por Adrian Lyne, "Águas Profundas", baseado no romance de 1957 de Patricia Highsmith de título "Em Águas Profundas" -autora de "O Talentoso Ripley"-, a partir de um roteiro de Zach Helm e Sam Levinson, o suspense e o erótico ditam as cartadas de uma história de amor extremamente fora do convencional.

Melinda Van Allen (Ana de Armas, de "007 - Sem Tempo Para Morrer") e Vic Van Allen (Ben Affleck, de "Batman vs Superman: A Origem da Justiça") formam um casal, aparentemente feliz tendo um rebento muito falante: uma filhinha. E como quem vê cara, não vê coração, a postura da linda Melinda mostra aos poucos que a parceria entre os dois não é a mesma há algum tempo. 

Enquanto que no livro Vic é herdeiro de uma fortuna, no filme, cheio de elementos modernos, incluindo a assistente virtual, Alexa, o parceiro de Melinda é um engenheiro aposentado por criar um chip controverso, usado em armamento militar, que lhe rende dinheiro sem ter mais nada a fazer. Fortalecendo as primeiras imagens em que o protagonista é apresentado, quando pedala pela cidade ou das várias festas que dá em casa aos amigos.

Sempre muito efusiva -talvez libertária- no modo de se portar, Melinda deixa grande parte dos cuidados da filha ao pai, homem sempre muito calmo e concentrado. Incontrolável, a esposa age como bem entende, fazendo o que lhe dá na telha, como se ainda fosse uma jovenzinha solteira. Com modos provocantes e esperando alguma devolutiva agressiva de Vic, Melinda age sem limites, chamando a atenção, inclusive de amigos do casal nas festas. 

Contudo, é a passagem de diversos amigos de Melinda que tempera a trama para trazer o suspense erótico. Afinal, para a senhora Van Allen, a diversão não está em somente em caçar homens para trair, mas também expor os parceiros ao marido, assim, aparecem Joel (Brendan Miller, de "O Preço do Amanhã"), Ricky (Jacob Elordi, de "Euphoria") e Nick (Finn Wittrock, de "American Horror Story"). 

O thriller psicológico erótico, com roteiro de Sam Levinson e Zach Helm, acontece de modo vagaroso, sem deixar muito claro a que ponto vai chegar. Retratando a realidade comum no universo dos ricos, em que a traição -discreta ou escancarada- é jogada para debaixo do tapete, o filme de 2h33m esquenta a cada fase que Melinda ultrapassa, garantindo um final de fazer o queixo cair quando as águas turvas são aprofundadas. 


* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm

Filme: Águas Profundas (Deep Water)

Diretor: Adrian Lyne

Adaptação de: Deep Water

Produção: Arnon Milchan; Steven Zaillian; Garrett Basch; Guymon Casady; Ben Forkner; Anthony Katagas

Roteiro: Sam Levinson, Zach Helm

Elenco: Ben Affleck, Ana de Armas, Tracy Letts, Rachel Blanchard, Finn Wittrock

Duração: 2h 33m

Data de lançamento: 18 de março de 2022 (mundial)


.: Crítica: "A Pediatra" é importante para quem enfrenta a síndrome do impostor


"A Pediatra" é um livro importante para quem enfrenta diariamente a síndrome do impostor - isso acontece quando alguém se considera incompetente ou insuficiente em alguma área da vida, ou todas. Talvez nem seja a intenção da autora, Andréa Del Fuego, tocar em camadas tão profundas da mente humana, mas de alguma maneira eu gostaria que ela soubesse que a leitura desta obra em um dia chuvoso e esgotante melhorou meu astral. Li sete capítulos em poucos minutos - são curtinhos, mesmo, mas pegam o leitor pelo colarinho e não largam mais.

A protagonista é uma mulher comum, que traz na maneira seca em que leva a vida, a profissão, as relações, uma dose de senso de humor que acolhe quem a recebe para a leitura. "A Pediatra", lançamento da Companhia das Letras, chegou para mim em um dia ruim e me fez rir de mim mesmo - e de meus dramas - a partir do olhar de uma personagem que não apresenta nada de extraordinário, mas que justamente por isso toca em tantas feridas.

Eu não sei se ela sente medo, como eu, ou se no fundo se sente um zero à esquerda em diversas áreas da vida, como eu, e talvez esta personagem me considere patético, como eu me sinto tantas vezes - alguém que foge de interações sociais, que vai se arrastando para o trabalho, que não é exatamente apaixonado pelo que faz, nem se interessa pela vida dos outros. Alguém incapaz de desenvolver assuntos com quem quer que seja (eu sou a própria personagem, com um tom de amargura a mais e talvez o mesmo pragmatismo diante da vida). 

Falta-me o cinismo e o sarcasmo de Cecília, a pediatra do livro, para levar a vida de maneira mais leve. Ela é ácida e imoral, mas também é muito próxima do real e, enquanto personagem, é mais humana que muita gente de carne e osso. Talvez até mais do que a mim mesmo. Difícil será desapegar desta personagem quando o livro terminar.

Você pode comprar "A Pediatra", de Andréa Del Fuego, neste link.



Lançamento do livro "A Pediatra" - Com Andréa Del Fuego, Natalia Timerman e Daniela Arrais

.: Envolver: Anitta conquista 4º lugar inédito no Spotify Global

 

Além do chart mundial, Anitta figura no TOP 20 de todos os países latino-americanos na plataforma


Ela não para de fazer história! Depois de se tornar a primeira brasileira a atingir o TOP 10 no Spotify Global, Anitta continua subindo com “Envolver” e alcançou, nesta quarta-feira (23), a quarta posição da tabela! O hit bateu mais de 3 milhões de plays nas últimas 24 horas e fez da artista a mulher mais bem colocada no ranking atualmente. Esse é o melhor resultado conquistado pela cantora na plataforma, que antes tinha como recorde “Vai Malandra” em 18º. “Envolver” já consta no TOP 20 de todos os países da América Latina e no Brasil está na primeira colocação. Assim, Anitta se torna a brasileira a chegar mais alto no chart global da plataforma.

Inspirado na coreografia da faixa, ‘El paso de Anitta’ viralizou no TikTok e levou o single a ser o 10º mais popular do aplicativo. O videoclipe da canção, um dos mais sensuais da carreira da artista, foi dirigido por ela própria e produzido por Harold Jimenez, da 36 Grados - frequente colaborador de Maluma e J Balvin. A composição é assinada por Anitta, Julio M Gonzales Tavarez, Freddy Montalvoe e José Carlos Cruz.


CONFIRA A LISTA COMPLETA DE CHARTS NO SPOTIFY:

Global: #4

Brasil: #1

Portugal: #3

Bolívia: #4

México: #4

Panamá: #5

Peru: #6

Paraguai: #6

Equador: #8

República Dominicana: #10

Guatemala: #11

Nicarágua: #11

Uruguai: #12

Costa Rica: #13

El Salvador: #14

Colômbia: #15

Honduras: #15

Chile: #17

Argentina: #19

Espanha: #35

Suíça: #65

Irlanda: #108

Emirados Árabes: #126

Estados Unidos: #180


.: Estreia "Queen Stars Brasil", comandado por Pabllo Vittar e Luísa Sonza

Os três primeiros episódios da competição musical de drag queens serão lançados nesta quinta-feira na plataforma de streaming. Vanessa da Mata, Diego Timbó e Tiago Abravanel são os jurados. Fotos: divulgação


"Queen Stars Brasil", produção nacional apresentada por Pabllo Vittar e Luísa Sonza, estreia com os primeiros três episódios nesta quinta-feira, 24 de março, na HBO Max. O reality trará ao público uma competição afiada entre 20 drag queens que buscam o pódio pop. Com oito episódios, a produção será lançada na plataforma de streaming em março e toda segunda-feira, às 20h, a partir de 4 de abril na TNT.

 Além de Pabllo e Luísa no comando do reality que promoverá desafios entre as competidoras para testar suas habilidades em dança, canto e performance, convidados especiais integram a produção. Entre as presenças confirmadas estão a atriz Cleo, as cantoras Duda Beat, Gloria Groove e Aretuza Lovi, Bruno Rocha, criador do canal Hugo Gloss, entre outros.

Os jurados Vanessa da Mata, Diego Timbó e Tiago Abravanel atuam em parceria com os quatro mentores: Bruno Barbosa (dança), Blacy Gulfier (voz), Michelly X (visagismo) e Flávio Verne (diretor artístico). Ao longo dos episódios temáticos, as participantes que menos se destacarem serão eliminadas - virando purpurina - após apresentações coletivas e individuais. Na grande final, três participantes serão coroadas como as rainhas do pop.

Abaixo o cronograma dos episódios na HBO Max:

24/03 -- Episódios 1, 2 e 3

31/03 -- Episódio 4 e 5

07/04 -- Episódio 6 e 7

14/04 -- Episódio 8 Final

 

"Queen Stars Brasil" faz parte das mais de 100 produções locais Max Originals na América Latina previstas para estrear na HBO Max até 2023. O reality é uma produção original WarnerMedia Latin America realizada pela EndemolShine Brasil para a HBO Max.


Confira aqui um vídeo especial de bastidores:


.: Sesc Bom Retiro traz as Filhas da Dita na mostra Cidade para Pessoas

Antes da sessão do dia 1 de abril tem exibição do documentário As Mulheres e o Moinho, da série Protagonismo e Articulação do Território, da primeira edição do projeto Isto Não É um Mapa, Produzido por Caio Castor, com Alessandra Moja, Fabiana da Silva e Edwiges Pinheiro


O Núcleo Teatral Filhas da Dita apresenta o espetáculo Canto das Ditas - Fragmentos Afrografados de Cidade Tiradentes no Sesc Bom Retiro, nos dias 1º e 2 de abril, sexta e sábado, às 20 horas. Com direção e dramaturgia de Antonia Mattos, a montagem entrelaça a força ancestral de orixás femininas com a construção do bairro Cidade Tiradentes por mulheres negras.

As sessões integram a mostra Cidade para Pessoas que faz parte do projeto Isto Não é um Mapa, realizado pelo Sesc Bom Retiro, desde 2020, e traz dessa vez uma série de cartografias afetivas, poéticas, sociais e micropolíticas em múltiplas linguagens, que exploram e refletem sobre os diferentes desdobramentos temáticos relacionados à discussão sobre cidade. Com um olhar atento para a diversidade de raça, de gênero, e também territorial, o projeto busca conectar o público com diferentes espaços da cidade, seja na integração mais direta entre centro e periferias, ou na concepção mais ampla e abstrata, ao propor uma troca múltipla entre as pessoas e suas subjetividades e como elas também não apenas se relacionam, mas constituem esses espaços.

O espetáculo: Para refletir sobre como a África se manifesta no dia a dia das moradoras de Cidade Tiradentes, o Núcleo Teatral Filhas da Dita encarou o desafio de ‘afrografar’ o bairro - referência ao termo ‘afrografias’ da poetisa e ensaista Dra. Leda Maria Martins, que coloca em evidência e consciência a nossa herança africana. O trabalho do Núcleo Filhas da Dita mapeou esse legado ancestral por vários ângulos: ao próprio redor, junto a parentes, pessoas próximas e até mulheres desconhecidas que caminham pelo bairro.

A partir da investigação proposta, Canto das Ditas coloca em cena histórias de mulheres pretas de Cidade Tiradentes que se entrecruzam com histórias de Yabás (orixás femininas). A montagem busca o reflexo das histórias do cotidiano em um espelho ‘mítico’ das personagens sagradas. A diretora Antonia Mattos explica que os depoimentos colhidos pelo grupo aparecem no texto e na dramaturgia de forma não linear e fragmentada. “A narrativa é espiralada, pois procura se relacionar com um tempo mítico, da memória e da ancestralidade. As personagens reais correspondem, de forma arquetípica, às personagens míticas. Recorremos ao ‘espírito ancestral feminino’, às ‘grandes mães da humanidade’, às yabás para contar e cantar as histórias dessas mulheres, as Ditas, que fundaram Cidade Tiradentes”.

As atrizes que interpretam as quatro mulheres - Bendita/Nanã, Marta/Iemanjá Maria/Iansã, e Joana Nega Su/Obá - são Ellen Rio Branco, Lua Lucas, Luara Sanches e Thábata Letícia, respectivamente. Segundo Antonia, “a poética cênica é atravessada por elementos e saberes ancestrais, dentro de um tempo/espaço espiralado que aponta para as reminiscências de um passado sagrado, buscando fortalecer o presente e deslumbrar o futuro”. A origem da humanidade na África e a fundação de Cidade Tiradentes são contadas simultaneamente: o passado sagrado se revela no presente e no passado recente.

A origem do bairro passa pela força dessas mulheres negras que alí chegaram, se instalaram e fizeram a história local. E são delas as histórias contadas na encenação Canto das Ditas - Fragmentos Afrografados de Cidade Tiradentes, onde a música tem papel fundamental, trazendo a voz e o canto dessas mulheres em um cenário lúdico que se estabelece entre o ritual e o urbano contemporâneo. “Tempos e lugares diferentes mostram que, apesar de toda a repressão sofrida, as mulheres sempre se reuniram em grupos para buscar alternativas, para desafiar o sistema patriarcal e mudar sua condição, seja na sociedade secreta africana de Eleko, seja na Casa Anastácia (Centro de Defesa e Convivência da Mulher) em Cidade Tiradentes”, reflete Antonia Mattos.

FICHA TÉCNICA - Direção e dramaturgia: Antonia Mattos. Elenco: Ellen Rio Branco, Lua Lucas, Luara Sanches, Thábata Letícia e Cláudio Pavão. Direção musical: Jonathan Silva. Concepção de luz: Antonia Mattos e Fernando Alves. Cenário e figurino: Eliseu Weide. Contrarregra: Gley Santos. Assessoria de Imprensa: Verbena Comunicação. Produção: Dandara Kuntê. Idealização: Núcleo Teatral Filhas da Dita.  Estreou: 12/07/2019. Realização: Sesc.

O grupo - O Núcleo Teatral Filhas da Dita nasceu no Centro Cultural Arte em Construção, em 2007, e vem mantendo um processo contínuo de criação artística.  Em seu repertório estão os espetáculos: Sonho de Tatiane - uma Poética sobre Juventudes (2017), A Guerra (2013), Os Tronconenses (2007) e Canto das Ditas - Fragmentos Afrografados de Cidade Tiradentes (2019). Em 2015, brotou a faísca de um desejo: a construção do fazer artístico novo, mas que mantivesse a memória progenitora. “Afinal, se somos Filhas, nossas mães têm cara, voz e corpo nos nossos processos. Dessa constatação desemboca um estudo aprofundado sobre a feminilidade e suas subjetividades com recorte de raça/etnia”, relatam os integrantes do grupo. Com a realização de Fragmentos Afrografados de Cidade Tiradentes, buscam visibilizar narrativas que sempre foram e ainda são negligenciadas. Em mais de 20 anos de trabalho é evidente o aprofundamento de uma prática artística com e no território, além da articulação em rede com outros coletivos periféricos.


Serviço

Espetáculo: Canto das Ditas - Fragmentos Afrografados de Cidade Tiradentes

Com: Núcleo Teatral Filhas da Dita

Datas: 01 e 02 de abril. Sexta e sábado, às 20h

Local: Teatro (291 lugares)

Gênero: Drama. Duração: 70 min. Classificação: 14 anos.

Ingressos: R$ 40,00 (inteira). R$ 20,00 (meia). R$ 20,00 (comerciário).

Apresentar comprovante de vacinação contra a covid-19 e documento com foto.


Sesc Bom Retiro

Alameda Nothmann, 185 - Campos Elíseos. São Paulo/SP.

Telefone: (11) 3332-3600

sescsp.org.br/bomretiro | Nas redes: @sescbomretiro

Estacionamento: R$ 7,50 (Credencial Plena) e 15,00 (outros)

Transporte: o Sesc oferece transporte gratuito (van) entre a Estação Luz (saída CPTM/José Paulino) e o Sesc Bom Retiro. Ida: Sextas e sábados, a partir das 17h30; domingos e feriados, a partir das 16h. Volta: sextas e sábados, até 23h45; domingos e feriados, até 21h.


.: Entrevista com a eliminada do BBB, Laís

Foto: Rede Globo


Laís escapou do paredão por mais de dois meses mesmo sendo alvo dos brothers e tendo rivalidades declaradas na casa mais vigiada do Brasil. Formando alianças que a protegeram e tornando-se prioridade de Gustavo, a goiana de Crixás permaneceu na disputa pelo prêmio até mais da metade da temporada. Porém, na berlinda contra Douglas Silva e Eliezer, decidida na última terça-feira, dia 22,  a integrante do grupo Pipoca foi eliminada. Com 91,25% dos votos, o público decidiu pela saída de mais um membro do quarto Lollipop do ‘BBB 22’. “Eu cresci muito, evoluí e vi que posso ir muito além do meu limite. Uma coisa que eu aprendi demais foi sobre o poder da nossa mente. No BBB, não é só preparo físico que a gente tem que ter; a mente conta muito também”, avalia a médica sobre uma das maiores contribuições que leva do ‘Big Brother Brasil’.

Na entrevista a seguir, Laís opina sobre as amizades e as rivalidades que construiu no BBB, analisa detalhes do jogo e conta sobre o futuro de seu relacionamento com Gustavo e as expectativas para a vida após o reality.

 

O que a sua participação no BBB representou para você? 

Foi uma experiência única, incrível e muito difícil também. Eu não imaginava que ser jogadora fosse tão diferente de ser telespectadora do BBB. A gente passa por uma mistura de sentimentos muito grande ali, uma pressão e uma tensão também muito fortes. Às vezes, a gente acha que estava fazendo uma coisa certa e, quando sai, realmente a gente vê que não era a coisa certa. Mas foi importante para o meu crescimento pessoal e talvez, agora, profissional. Eu sempre quis ter algo além da Medicina e acho que esse vai ser um pontapé inicial para mim. Eu precisava disso. Cresci muito, aprendi, evoluí bastante lá dentro. Eu espero, agora, poder somar na vida das pessoas aqui fora, poder abraçar quem me abraçou.

 

Jade e Bárbara eram suas principais alianças no reality. O que vocês tinham em comum?

O carisma delas comigo: elas eram muito carinhosas, me protegiam. Geralmente as minhas amizades aqui fora são com pessoas muito carinhosas, amorosas. Eu sou muito de abraçar, de beijar – o oposto do que eu fiquei sabendo que estava lá dentro (risos). Aqui fora é muito difícil eu falar um palavrão ou algo do tipo, por exemplo. Mas as meninas têm um coração muito bom, uma energia positiva que eu sentia lá dentro. De certa forma eu ficava mais leve e mais calma perto delas. Foi muito importante para mim a presença delas, eu me sentia mais forte.

 

Apesar de vocês falarem bastante sobre as eliminações do Lollipop, você conseguiu ficar nove semanas no confinamento, mais da metade da temporada. O que acha que te levou tão longe no programa? 

Para mim foram vários pontos. Logo no início, com um mês de programa, eu já teria ido ao paredão; consegui escapar na prova Bate-Volta. Depois, um dos motivos pelos quais eu não fui, foi a chegada do Gustavo. A gente se relacionou e ele quis me proteger. O Gustavo é uma pessoa maravilhosa. Ele chegou de uma forma e depois o coração dele deu uma amolecida e ele me encantou muito. Ele já é o tipo de pessoa que me atrai; eu já teria me relacionado com ele independentemente do jogo. Tanto que, no início, eu disse para ele: ‘Nosso jogo é diferente, não quero falar sobre isso com você’. Houve um momento em que quiseram votar em mim e, por coincidência, ele estava no grupo e me defendeu. Acho que esse foi outro ponto que não me deixou ir ao paredão. Se eu tivesse ido, talvez teria saído. Além disso, eu me relaciono bem com as pessoas, sou de ter muitos amigos. Eu falava com todo mundo lá dentro, até me diziam que, pela casa, eu não iria. Então, acredito que a proteção de todos, não só do Gustavo, comigo foi muito grande. Eu senti o carinho, o amor das pessoas lá dentro comigo. Só não consegui ter essa troca com o Arthur, mas com o resto da casa tive um relacionamento muito bom, assim como tenho aqui fora com as minhas amizades. 

 

Seu romance com Gustavo começou como uma estratégia de jogo? Você havia comentado sobre isso com a Jade dias antes... 

Eu jamais ficaria com uma pessoa que não me atraísse, nunca faria isso. Desde quando ele estava na casa de vidro, eu comentei que ele era bonito, que era uma pessoa com quem eu ficaria na casa, tanto é que fiquei. Esse foi um ponto que eu brinquei com as meninas, até antes da Bárbara – que não se dava muito bem com ele – sair. Eu poderia não ter ficado pelo jogo, porque ele entrou com uma proposta totalmente diferente da minha, mas, por ele me atrair e a gente se aproximar – bem rápido – ele veio me elogiando e eu fiquei. Mas não foi nada pensando em jogo. Eu até queria separar nossa relação do jogo, mas é difícil porque lá dentro é só jogo, e acabou que nós misturamos um pouco.

 

Você pretende manter o relacionamento com Gustavo fora do BBB?

Eu fui me aproximando cada vez mais dele e ali as relações são muito intensas – não sei se dá para perceber daqui de fora. Nós estávamos muito juntos agora, antes de eu sair. E, sim, eu estou gostando dele; acredito que ele também de mim. Ele demonstrava muito isso e, antes de eu sair, ele falou que nós estaríamos juntos aqui fora, estava programando algumas coisas para depois do BBB. Acredito que, quando ele sair, a gente vai conversar, e provavelmente vamos ficar juntos. Vamos ver o que ele vai achar, não depende só de mim (risos). Por mim, vamos continuar, sim; é o que estávamos planejando lá dentro.

 

Em algum momento foi uma questão para você o Gustavo tê-la como prioridade e as suas prioridades serem outras (seus amigos do Lollipop)?

Foi muito difícil, principalmente na semana em que o Gustavo entrou porque eu estava sendo o alvo de algumas pessoas. Também pela forma de jogar dele – entrou dizendo que iria jogar sozinho –, tinha uma movimentação diferente. Teve um dia em que nós até discutimos por causa daquela votação com o Eli. Quando a gente sai, até se arrepende, porque realmente a minha intuição sobre o Eli estava um pouco certa, em relação ao jogo. Houve uns momentos em que eu escutei uma conversa dele com o DG, depois a gente conversou... O problema é que lá dentro a gente não tem certeza de nada. E, como o Eli era uma pessoa importante desde o início, um amigo, e eu sou muito fiel às minhas amizades, se eu votasse no Eli eu estaria sendo desleal com ele também. O Gustavo chegou depois, para mim, com uma forma de jogo diferente. Eu falei para ele: ‘Agora, que você está comigo, também é minha prioridade, mas eu tenho que conseguir encaixa-las. Como eu vou te proteger e proteger o meu quarto, se você coloca os meus amigos como alvos?’. Foi uma situação bem complicada, mas se eu tivesse a certeza das coisas que o Eli tinha falado e feito no dia da votação do DG... Ele se justificou e foi aquela segunda chance que a gente tenta dar por ser amigo e por ser leal e fiel. Eu não tinha certeza de nada, eu tinha que acreditar no que ele estava falando. Falei para o Gustavo que eu iria ver como poderia salva-lo, assim como ele me salvou. Mas, numa votação em que tivesse 3x2 no meu nome, também não teria o que fazer nem eu poderia ficar com raiva dele por isso. Eu disse a ele que chegaria um momento do jogo em que eu protegeria ele, e eu já estava sentindo isso agora na casa, não sei se porque todas as pessoas do quarto saíram e eu estava mais próxima dele... Mas com certeza daqui para frente ele seria a minha prioridade na casa, já estaria no meu pódio. Se o Vyni estivesse na casa, por exemplo, talvez eu colocasse o Gustavo no lugar dele, apesar de amar o Vyni. Eu sei que o Gustavo sempre iria me proteger porque ele não estava vinculado a ninguém ali; ele chegou, se relacionou comigo e me teve como prioridade. Já eu tinha um quarto inteiro na frente.

 

Por que o Douglas Silva se tornou um alvo constante dos seus votos? 

Eu tinha um bom relacionamento com todo mundo na casa, inclusive com o DG. Mas, no meu quarto, já estava meio que fechado que nós tentaríamos não votar entre nós até um certo momento. Nas últimas semanas, a Jessi, a Nat e a Lina se aproximaram muito de nós e eu não conseguia votar nelas naquele momento. Em relação ao grupo dos meninos, com quem eu tinha uma rivalidade direta era o Arthur. Tinha ótima relação com o PA e com o Pedro. Com o Pedro, eu tinha apenas uma dúvida que eu até mencionei lá dentro, por ele ser muito “tanto faz um paredão” ou “me coloca no paredão que eu quero ver a reação do público”. Eu tinha curiosidade de saber o que o público achava em relação a isso, por haver pessoas ali que queriam muito chegar à final. Mas aí ele (Pedro) foi ao paredão e voltou, e eu entendi que ele realmente era maravilhoso mesmo e o público estava gostando. Em relação ao DG, na escala entre Arthur e ele, ele era a minha segunda opção, o que eu menos tinha proximidade. Era muito por afinidade e, em relação ao jogo, como ele já tinha votado em mim, assim como o Arthur, ele virou um alvo meu também.

 

Você e Arthur também mantinham uma rivalidade no jogo, ele era bastante citado por você nos jogos da discórdia, vocês trocaram indicações do monstro... O que te incomodava no jogo dele?

O que me incomodava no jogo do Arthur, primeiramente, era sobre a questão dele com a Jade. A Jade começou a votar nele, o colocou uma, duas, três vezes no paredão. Só que ele só votava em mim. Eu não conseguia entender essa questão. Eu falava: ‘Gente, por que ele está fazendo isso? É estratégia, por achar que eu sou fraca? O que está acontecendo?’ Teve um dia em que eu sentei para conversar com ele e entender o porquê daquilo: ‘A Jade é a sua antagonista e você vem em mim’, falei. Aí ele me disse que em uma prova do anjo, eu havia tirado a última plaquinha dele, que era a do monstro e tal. Mas, se fosse qualquer pessoa que não fizesse parte do meu quarto ali, a minha estratégia naquela prova era eliminar. Eu queria ser a última para ganhar o anjo. Mas, enfim, aconteceu de ele pegar isso para ele por conta da questão do monstro. Além disso, em relação a mim e à Jade, ele tocou no ponto de que ela era mais forte que eu. Eu perguntei para ele: ‘Você acha que eu sou fraca, então?’. Aí ele disse: ‘Fraca é uma palavra muito forte. Eu acho que a Jade é mais forte que você’. E ele sempre vinha em mim nos votos e, por eu ter um relacionamento bom com toda a casa, parece que todo jogo da discórdia era aquela palavra “incoerente” para ele, não tinha como ser para outra pessoa naquele ponto em que ficou um embate entre mim e ele. Tanto é que eu disse que queria resolver para que, se eu ficasse, nas próximas semanas começasse a ir em outras pessoas. Eu não gosto de ficar batendo na tecla. Mas saí, não teve jeito (risos). Em relação ao Arthur sempre foi jogo e, por ele também ser uma pessoa mais fechada na casa, eu não conseguia ter troca. Foram vários ‘bom dia’ que eu dei e ele nem me respondeu. Teve uma outra questão na Xepa em que ele estava com uma dúvida, eu fui responder e ele fingiu que eu nem estava ali na cozinha. Eu estava me sentindo desconfortável com aquela situação de ficar em uma casa onde a gente tem que aprender a conviver – independentemente de jogo –, a tentar separar relação de jogo, e ele não estava conseguindo.

 

Quem você acha que será o próximo eliminado do BBB e por quê? 

Acho que o Lucas, se for ao paredão, sai. Eu não estava concordando com o posicionamento dele no jogo. Se eu não me engano, conversei com ele na última noite para tentar entender o que ele estava fazendo. Ele estava fechando com um grupo, depois ia para outro... ficava pulando para lá e para cá. Eu não sei a respeito dele aqui fora, mas esse é o meu pensamento lá de dentro ainda. Sobre o Eli, se ele realmente estava fazendo uma coisa e falando outra, ele pode bater no paredão e sair também.

 

Por que você acha que a Eslovênia foi a única participante do Lollipop a não ir ao paredão, até o momento? 

A Eslô tem uma boa relação com todo mundo. E, assim que o Gustavo e a Larissa chegaram na casa, a Larissa trouxe uma informação segundo a qual havia uma participante Pipoca que estava muito bem aqui fora, que tinha explodido. O Gustavo até falou que não tinha visto aquilo e nós ficamos sem saber em quem acreditar. Mas, falaram que seria a Eslô e, não sei se por isso, as pessoas começaram a vê-la com outros olhos. Mas ela é uma pessoa maravilhosa, muito amiga e de um coração muito bom. Ela se dá bem com todo mundo na casa, então acho que por isso, até agora, ela não foi ao paredão. O Gustavo foi um que disse que a indicaria, então vamos ver.

 

O que fez os participantes do seu quarto serem quase todos eliminados nas últimas semanas, na sua opinião? 

Eu ainda não sei ao certo o que levou à eliminação de cada um do quarto, mas acredito ter sido sobre as pessoas mesmo. Às vezes não estava fazendo muito ou falou alguma coisa que pode ter sido ruim; ou não estava fazendo nada, pode ter sido planta; ou foi no paredão errado. Tudo pode acontecer.

 

Mais no início do BBB, as “comadres” (Jessilane, Natália e Lina) eram alvo de voto do seu grupo. Nas últimas semanas, no entanto, vocês acabaram se aproximando. O que mudou no relacionamento com elas? 

Elas eram alvo do grupo, mas de mim, não. Teve um momento – na quarta ou na quinta semana – em que eu até votei na Natália, sim. Com a Jessi, eu sempre tive uma relação muito boa. Não votei nela, só teve um momento de votação de grupo em que eu concedi. Ela nunca foi opção de voto para mim; eu ia tentar postergar isso até onde eu conseguisse. Na Lina eu acho que também nunca votei; ela é maravilhosa. Nessas últimas semanas, nós nos aproximamos bastante. Sob o meu ponto de vista, nós estávamos perdendo muitas provas, de líder, anjo, e estávamos sentindo muito isso – tanto o nosso grupo, quanto o grupo delas. A Lina até falou: ‘será que nós somos fracas? O que está acontecendo?’ Com isso, nós fomos tendo uma ligação maior em função de nos sentirmos um pouco fragilizadas em relação aos meninos, de eles estarem ganhando todas. É claro que eles merecem, são atletas, mas a gente também estava dando nosso melhor e não estávamos conseguindo. Então, nós fomos nos unindo mais também por conta disso.

 

O que o BBB te trouxe de aprendizados? 

Eu não sei muito aqui de fora ainda, mas eu aprendi muito lá dentro com várias pessoas. Eu cresci muito, evoluí e vi que posso ir muito além do meu limite. Uma coisa que eu aprendi demais foi sobre o poder da nossa mente. No BBB, não é só preparo físico que a gente tem que ter; a mente conta muito também. Isso é bom trazer aqui para fora porque muitas pessoas passam por situações difíceis e ficam fragilizadas, mas o poder que a nossa mente pode ter para reverter a situação, o pensamento positivo são muito importantes. Até agora, nesse paredão, eu já estava preparando meu psicológico para isso. Além disso, foi bom demais para mim o convívio com pessoas totalmente diferentes. Passei a comer coisas que não comia antes e estou amando. Tudo ali dentro foi um aprendizado muito grande.

 

Você pretende reencontrar suas amigas do Lollipop aqui fora? Tem algo que gostaria de saber por meio delas, alguma fofoca, algo que queira entender? 

Com certeza, quero ver todo mundo, não só do Lollipop, mas do outro quarto também. Eu queria saber o motivo de cada um ter saído – essa é a grande interrogação que fica na nossa cabeça ali dentro. A gente falava brincando: ‘será que é o quarto?’ Mas eu entendo que é muito sobre as pessoas. Fica essa dúvida: foi alguma coisa que falou? Ou algo que não fez? Foi um paredão errado?

 

Quem você acha que ganha R$ 1,5 milhão? 

A partir da minha visão de lá dentro, eu acho que tem algumas pessoas muito fortes no jogo. A Lina é uma grande candidata a ganhar R$ 1,5 milhão. O Pedro, desse jeito leve que vai levando o jogo, pode chegar até a final. O PA também é uma pessoa muito forte ali dentro. E o Arthur, que agora eu sei que é um dos favoritos.

 

Qual é o seu atual pódio da final? 

Gustavo está em primeiro, sem nenhuma dúvida. Depois, eu queria que fossem a Eslô e a Lina. O Gustavo é um forte candidato por jogar muito, mas acredito que a Lina tem grandes chances de ganhar, torço muito por ela também. Eu não sei como está o favoritismo aqui fora. Fiquei sabendo do Arthur, mas não sei como ele está em relação aos outros que eu também considero fortes.

 

Quais são seus planos profissionais para o pós-BBB? Vai voltar a atuar como médica? 

Jamais vou abandonar a Medicina. Sou apaixonada pela parte da Dermatologia. Eu amo lidar com pessoas; desde pequenininha sempre gostei muito de gente – e de animais também (risos). Poder aliviar a dor do paciente com alguma palavra ou com um medicamento para mim não tem preço, então isso eu não vou abandonar – está em mim. Poder fazer um procedimento em um paciente e melhorar a sua autoestima ou até mesmo com alguma coisa que eu falei. Eu sou muito carinhosa, gosto de abraçar meus pacientes. Mas eu sempre quis ter alguma coisa além da Medicina na minha vida, algum outro trabalho. Eu não sei ao certo para que lado eu vou, mas eu quero ter algo a mais, influencer, talvez.

O "BBB 22" tem direção artística de Rodrigo Dourado, direção de gênero de Boninho e apresentação de Tadeu Schmidt. O programa vai ao ar de segunda a sábado, após "Um Lugar ao Sol", e domingos, após o "Fantástico".

quarta-feira, 23 de março de 2022

.: "Lendo Filipenses": contextualização de livro da Bíblia no cenário atual



Fundador da ONG Rio da Paz comenta o ambiente turbulento em que igreja e sociedade brasileira estão inseridas em releitura da Carta aos Filipenses


Um dos textos mais impactantes da Bíblia, a carta de Filipenses recebe uma releitura também surpreendente: Lendo Filipenses: um comentário para hoje. Jornalista, teólogo, pastor e fundador da ONG Rio da Paz, Antônio Carlos Costa contextualiza a passagem bíblica para o cenário atual, incluindo o ambiente turbulento da igreja e da sociedade brasileira.

O jornalista traz para o texto sua experiência como presidente da entidade, organizadora de protestos que ganharam atenção nacional. Ao longo dos anos de 2020 e 2021, manifestações regulares promovidas pela organização, com rosas, lenços, balões e cruzes, representaram as vidas perdidas pela Covid-19 e ocorreram na praia de Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro. A entidade é filiada ao Departamento de Informação Pública da ONU e promove ações voltadas para a redução das violações dos direitos humanos.

Autor de outras três obras pela Editora Mundo Cristão, Convulsão protestante, Teologia da trincheira e Azorrague, Antônio analisa versículo a versículo da carta paulina em seu contexto histórico e cultural, e apresenta a força atemporal da mensagem do evangelho.

Escrita pelo apóstolo Paulo e conhecida com uma das “cartas da prisão”, Filipenses é um dos textos mais comoventes e práticos da Bíblia. Em sua leitura da carta, Antônio aponta o modo cristão de lidar com as questões centrais da vida, elucida fatos e aprofunda princípios, tudo isso sob a perspectiva de um teólogo brasileiro.

Sobre o autor: Antônio Carlos Costa é fundador da ONG Rio de Paz, filiada ao Departamento de Informação Pública da ONU e que promove ações voltadas para a redução das violações dos direitos humanos. Jornalista, teólogo e pastor presbiteriano, é mestre em História do Cristianismo pelo Centro de Pós-Graduação Andrew Jumper. Pela Mundo Cristão, publicou também as obras Convulsão protestante, Teologia da trincheira e Azorrague. É casado com Adriany e pai de três filhos, Pedro, Matheus e Alyssa.

Você pode comprar "Lendo Filipenses: Um comentário para hoje" aqui.amzn.to/3iAPluc


Título: Lendo Filipenses: Um comentário para hoje

Autor: Antônio Carlos Costa

Editora: Mundo Cristão

Páginas: 176

Link de venda: amzn.to/3iAPluc



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