quinta-feira, 3 de março de 2022

.: "Ficção completa, Poesia & Ensaios" de Edgar Allan Poe em um único volume


A editora Nova Aguilar, reúne a obra completa de Edgar Allan Poe em uma coletânea, cumprindo com a missão de levar o melhor da literatura universal ao alcance do público leitor. "Ficção Completa, Poesia & Ensaios", em um único volume, apresenta os escritos do contista, poeta e crítico literário norte-americano Edgar Allan Poe, famoso mundialmente por suas histórias de mistério e de terror.

Nesse lançamento do Grupo Editorial Global, o suspense que singulariza a obra de Poe está presente em contos como “Os Crimes da Rua Morgue”, “O Gato Preto”, entre outras estórias do célebre autor. Os contos humorísticos também estão presentes nessa obra, dada a variedade de situações cômicas construídas magistralmente pelo inventivo ficcionista. Suas criações poéticas também marcam a edição, contudo “O Corvo” é o destaque.

A tradução dos escritos do autor é assinada por Oscar Mendes, com colaboração de Milton Amado. O volume traz textos sobre a vida e a obra do autor, concebidos pelos escritores Hervey Allen e Charles Baudelaire. Em sintonia com a atmosfera misteriosa que marca as histórias de Edgar Allan Poe, a coletânea conta com ilustrações de Eugênio Hirsch e Augusto Iriarte Gironaz. Você pode comprar "Ficção Completa, Poesia & Ensaios", de Edgar Allan Poe, neste link.

.: Diário de uma boneca de plástico: 3 de março de 2022

Querido diário,

Na vida acontecem muitas coisas. Algumas boas e outra nem tanto. É preciso ter coragem para não se encorujar e seguir em frente. 

Estava numa "bad vibe" até saber que teremos nos palcos brasileiros a montagem para a história do barbeiro "Sweeney Todd" que virou filme com a criatividade ímpar de Tim Burton e a atuação impecável de Johnny Depp.

Para poder apreciar "Sweeney Todd – o Cruel Barbeiro da Rua Fleet" adequadamente, reassisti "Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet" e me dei conta de que há 15 anos experienciei tal produção numa sala de cinema, ao lado do meu amorzão. 

Tenho o fime em DVD, afinal, sou vintage, além de muito fã de Depp e seus trejeitos inesquecíveis.

A verdade é que reencontrar essa obra-prima me devolveu o ânimo. Agora, estou esperando com toda felicidade para assistir no teatro.

Beijinhos pink cintilantes e até amanhã,

Donatella Fisherburg


.: Décio Pinto “Não É Mole Não”: monólogo e metalinguagem da vida


O solo traz situações comuns da vida, desdobra e transforma o poder da arte com a humildade do ator que, sozinho no palco, busca na plateia seus cúmplices. O texto tem trechos ou menciona figuras como Brecht, Fauzi Arap, Shakespeare, entre outros. Foto: Gabriela Lemos


Reunindo causos com leveza e comicidade de sua vida no teatro e na TV, Décio Pinto “Não É Mole Não” é um monólogo que leva o nome do próprio ator no título revelando a metalinguagem na peça que estreia no dia 4 de março, às 21h, no Teatro Giostri. A concepção, dramaturgia e atuação é do próprio Décio Pinto e a direção é de Fernando Nitsch. A temporada tem sessões sextas, às 21h, e sábados, às 18h, até 30 de abril.

No solo, Décio Pinto é um ator que faz brincadeira com o próprio nome. Em mais de 45 anos de carreira na arte dramática, este nome muitas vezes foi protagonista de causos que marcam sua história ao passo em que ela se confunde com a história recente do Teatro Brasileiro. Com leveza e seriedade, o ator faz sua homenagem ao teatro e convida o público a brincar consigo no encontro da cena.             

Costurando referências populares que marcam diferentes épocas de seus anos na arte dramática, o projeto possibilita uma reflexão sobre a importância do teatro mesmo para o público mais distante dele, e o aproxima. A criação cênica transpõe na comicidade da dramaturgia a graça de situações comuns da vida e expõe, desdobra e transforma o poder da arte com a humildade do ator que, sozinho no palco, busca na plateia seus cúmplices.

“Este texto é uma ode ao teatro, ao brincar, ao jogo com o público e ao exercício do ator, constituindo um desafio como o primeiro monólogo de um artista com vasta experiência nos palcos e telas. A vontade que eu tenho mesmo é de entrar no palco e brincar. A minha filosofia de vida é essa, eu vim aqui para brincar e não para ser infeliz. O teatro abre a sua cabeça, muda seu jeito de pensar, de conhecer as pessoas, traz uma visão diferente dos nossos mundinhos que não nos permitem viver”, ressalta o ator.

Com a direção de Fernando Nitsch, o trabalho ressalta a importância do papel transformador, que conhecer e fazer teatro tem na vida das pessoas. Neste sentido, Décio Pinto convida um público de geração mais experiente a encontrar na brincadeira da cena uma nova percepção sobre sua relação com a arte e com a memória (de si mesmo e de nossa cultura), promovendo um resgate histórico-cultural da tradição do teatral no contexto brasileiro e destacando o papel da cultura.

“Em 2013 comecei a colocar as ideias no papel, as minhas histórias e vivência no teatro. Ganhei um livro do Nelson Rodrigues, com histórias de futebol – Brasil em Campo – e comecei a costurar a minha trajetória no teatro com o futebol, minha outra paixão, e com autores e pessoas que me direcionaram e inspiraram minha paixão pelo teatro: Brecht, Fauzi Arap, Shakespeare – o texto contém trechos e menciona essas figuras. A ideia da dramaturgia é conduzir o espectador por uma nostálgica viagem no tempo, costuradas com minhas experiências de vida, que de certa forma, são marcadas por acontecimentos históricos”, finaliza Décio.        


Ficha técnica
Décio Pinto “Não É Mole Não”
Concepção, dramaturgia e atuação:
Décio Pinto. Direção: Fernando Nitsch. Assistente de direção: Laura La Padula. Direção musical: Bruno Monteiro. Coreografia: Kátia Naiane. Cenografia e figurinos: Carlos Palma. Direção de produção: Décio Pinto e Laura La Padula. Iluminação: Fernando Nitsch. Assistente de projeto: Bianca Bertolotto. Fotografia: Gabriela Lemos. Assessoria de imprensa: Renato Fernandes.


Serviço
Décio Pinto “Não É Mole Não”
Teatro Giostri:
Rua Rui Barbosa, 201 – Bela Vista – São Paulo       
Temporada: De 4 de março a 30 de abril. Sextas, às 21h e sábados, às 18h
Classificação: 14 anos. Duração: 60 minutos. Capacidade: 60 lugares.
Ingressos via Sympla: R$ 60 (Inteira) e R$ 30 (Meia). https://bileto.sympla.com.br/event/71528/



.: Comédia francesa "Que Mal eu Fiz a Deus Agora?" tem acessibilidade

A PingPlay, primeira plataforma de filmes 100% acessível para pessoas com deficiência visual e auditiva, apresenta o Lançamento Especial “Que Mal eu Fiz a Deus Agora?” (Qu'Est-ce Qu'on a Encore Fait au Bon Dieu?) continuação da comédia francesa novamente com direção de Philippe de Chauveron e o elenco original composto por Christian Clavier ("Os Meninos Que Enganavam Nazistas" e "Asterix e Obelix Contra César"), Chantal Lauby ("A Gaiola Dourada"), Ary Abittan ("Sob a Torre Eiffel"), Medi Sadoun ("Minha Culpa"), Frédéric Chau ("Lucy") e grande elenco. Mais uma vez o casal Claude e Marie Verneuil vão enfrentar juntos uma nova crise familiar, que vai garantir boas risadas agora com recursos de acessibilidade de Libras e Audiodescrição.

Sinopse: Claude e Marie Verneuil enfrentam uma nova crise. Seus quatro genros, Rachid, David, Chao e Charles estão determinados a ir embora da França com suas mulheres e crianças para tentar sua sorte no exterior. Incapaz de imaginar sua família longe deles, Claude e Marie estão prontos para fazer qualquer coisa para retê-los. Por sua vez, os Koffi desembarcam na França para o casamento de sua filha. As surpresas para estas famílias ainda não terminaram. 

Acesse: pingplay.com.br

Cadastro gratuito e todos os trailers com recursos de acessibilidade. 

Serviço disponível exclusivamente para aluguel.


.: Entrevista: Almir Sater é o chalaneiro Eugênio em "Pantanal"


Almir Sater, um dos protetores do Pantanal, comenta sobre personagem que se relaciona com bioma.  Foto: Globo/João Miguel Júnior


O cantor e ator Almir Sater, irá transitar por todos os núcleos, além de fazer parte da primeira e segunda fases da nova versão de "Pantanal", ao interpretar o chalaneiro Eugênio, grande conhecedor daquelas terras, assumindo a função de protegê-las . 

Eugênio (Almir Sater) é condutor de chalana desde que se compreende por gente. Assim como o Velho do Rio, pode-se dizer uma figura encantada, mítica, que abriga aquela planície alagada. Tal qual as águas, Eugênio e sua chalana têm um propósito muito forte, de purificar e trazer vida nova, preservando o equilíbrio daquele paraíso.

"Pantanal" é escrita por Bruno Luperi, baseada na novela original escrita por Benedito Ruy Barbosa. A direção artística é de Rogério Gomes, direção de Walter Carvalho, Davi Alves, Beta Richard e Noa Bressane. A produção é de Luciana Monteiro e Andrea Kelly, e a direção de gênero é de José Luiz Villamarim. Confira a entrevista com Almir Sater sobre os bastidores da novela. 
 

Poderia nos contar um pouco sobre sua relação com o Pantanal? 
Almir Sater - 
Minha relação com o Pantanal vem de menino, criança. Um amigo do meu pai tinha fazenda lá e eu fui passar umas férias e me apaixonei. Sempre que falava de férias, eu ficava na porta da casa desse meu vizinho para falar que eu queria ir com ele para o Pantanal. Prometi para mim mesmo que assim que eu pudesse, um dia iria morar nesse lugar. E sonho é tudo na vida. Eu tinha esse sonho, e quando aconteceu a primeira novela Pantanal, eu fiz uma música para o Sergio Reis gravar, ele elogiou muito meu toque de viola, disse que eu tinha que levar minha música nas rádios para eles tocarem, levar meus discos para um programador. Aí ele me falou que tinha um projeto chamado “Amor Pantaneiro”, que eles iam gravar umas músicas para essa obra. Eu nem tinha intimidade com ele nessa época, mas falei: já que você quer que eu faça sucesso, me chama pra fazer essa novela junto com você. Ficamos rindo, ele acabou gravando minha música, nem fazia muito o estilo dele, mas senti que houve uma empatia.
 

E o que houve depois?
Almir Sater - Sergio Reis me ligou, voltou com o assunto da novela e disse que ia se chamar ‘Pantanal’, seria exibida na Manchete e perguntou se eu não gostaria de participar com ele, fazer uns toques de viola. No começo eu tive uma certa resistência porque estava pensando numa carreira instrumental, tinha pensado em ir para os Estados Unidos, tinha umas propostas de ficar por lá um tempo. Aí eu perguntei se ele ia gravar no Rio de Janeiro, ele disse que não, que gravaria no pantanal mesmo. Aí eu falei: a gente vai passar um ano no Pantanal e ainda receber por isso? Topo! 
 

Como foi seu primeiro contato com a novela, mais de 30 anos atrás?
Almir Sater - Era para eu me apresentar como Almir Sater. Aí eu não quis, não queria misturar ficção com realidade, queria um personagem. O Jayme Monjardim, diretor, me perguntou se eu queria trabalhar na novela, então. Eu disse que sim. Aí ele disse, então espera aí, vamos falar com o Benedito Ruy Barbosa. Ele perguntou se eu tinha alguma ideia, eu disse que eu era violeiro e que poderíamos trabalhar no folclore da viola. Ruy falou que gostou e ia começar a escrever. Ele realmente escreveu muito bem meu personagem, eu pude tocar, e meu personagem cresceu muito, tanto que o Jayme me convidou para ser o protagonista de uma outra novela dele depois.
   

O que mudou na sua vida depois que gravou a primeira versão da novela?
Almir Sater - Na minha vida artística, "Pantanal" foi um divisor de águas. Todo artista quer que sua arte se divulgue. Quando eu entrei na novela, ela já era sucesso. Comecei a tocar, e de cara o Sergio Reis falou que eu podia levantar o queixo, colocar preço no show, porque estava fazendo sucesso. Comecei a trabalhar muito, como nunca trabalhei na vida, ganhei meu primeiro dinheirinho e comprei meu primeiro pedacinho de terra no Pantanal. 


Quando recebeu o convite para estar nesta nova versão, como se sentiu?
Almir Sater - Primeiro começaram a brincar comigo, me sugerindo para papeis grandes. Já me acovardei (risos). Mas também fiquei instigado porque é bonito o projeto. Eu disse que já passou meu tempo, mas chegamos à conclusão de que poderia ser uma participação musical menor. Conversamos eu e Bruno Luperi, autor, e encontramos um papel no qual eu pudesse contribuir. Não adianta ser um papel que não toco. Eu sou músico. Eu faço um chalaneiro, viúvo, cara que vive nesse rio desde que se entende por gente. É um papel bonito, tem falas bonitas. Quando comecei a gravar agora me emocionei. É um papel muito carinhoso. 
 

Qual é a emoção de ter seu filho gravando esta novela com você?
Almir Sater - Não só meu filho. Essa novela trouxe para perto de mim pessoas com quem eu convivo desde menino. O Chico Teixeira, a Isabel Teixeira, vieram por outras fontes, não foram influências nossas. O Gabriel, meu filho, já tinha feito ‘Meu Pedacinho de Chão’, do Ruy Barbosa; já tinha trabalhado com o Irandhir; e outros trabalhos. Quando eu soube que seria o Gabriel quem faria o Trindade, fiquei muito feliz. O Bruno criou uns enfrentamentos do Trindade com o Eugênio, enfrentamentos musicais. Eu falei para o meu filho, não vou dar moleza, hein. Meu filho toca bem, toca violão erudito. Há uns anos começou a estudar viola. É um cara que se dedica muito. Eu espero que seja tão bom para ele quanto foi para mim, o personagem Trindade.


Agora nos conte quem é o Eugênio, o chalaneiro.
Almir Sater - Eu não sei quem ele é, se é primo do Velho do Rio (risos)... Ele é um mascate, está na canoa desde que se entende por gente, o pai dele provavelmente era o dono, e na beira de rio, embarcação, às vezes é o único canal de comunicação que temos com o mundo. O que nos leva, nos traz, leva e traz mercadorias. Ele é um cara que fala coisas muito bonitas, tem um toque de magia no que fala. É um homem solitário, gosta da solidão. Estou aprendendo mais sobre ele. Cada vez que leio o texto, entendo mais. Ele é uma certa entidade, um pouco atemporal, está nas duas fases da novela e chega na segunda fase com poucas mudanças físicas. É um cara calmo, que não come bicho de sangue quente, vive de peixe. As mensagens dele dizem que ele é um colaborador do Velho Do Rio, tanto que ele tem certeza de que o Velho do Rio está aí, mas eles passeiam por águas parecidas.


quarta-feira, 2 de março de 2022

.: Crítica: "Batman" é filmaço sem lutas nitidamente coreografadas

Por: Mary Ellen Farias dos Santos 

Em março de 2022


"Batman", protagonizado por Robert Pattinson, com direção de Matt Reeves é uma tremenda surpresa. O novo filme do morcegão, apresenta um herói mais comedido numa história longa de quase 3h de duração que simplesmente vai acontecendo na telona. Em cartaz na Rede de Cinemas Cineflix, "Batman" (The Batman) contextualiza o enredo que conhecemos muito bem, mas foge o tempo todo da trama apelativa de heróis que logo começa com pancadaria ou explosões. Vale destacar também a cena pós-crédito, uma brincadeira debochada, para a Marvel e seus fãs.

O novo longa do vigilante de Gotham City é de Pattinson que deixa espaço para que Zoë Kravitz faça seu show como Selina, a Mulher-Gato. Não há o que discutir, ambos entregam muito bem seus personagens. Ele em nada se assemelha ao Edward de "Crepúsculo" ou o jovem Cedrico da saga "Harry Potter", e Zoë Kravitz também é muito diferente da marcante Bonnie de "Big Little Lies". 

E qual é o resultado desse encontro de talentos? Uma química gigante entre os dois. Assim, é fácil enraivecer quando o Homem-Morcego "promete" um beijo e não cumpre, mas aprovamos uma Mulher-Gato cheia de atitude -e beijoqueira. Juntos, formam uma dupla incrível na telona. Lindo de se ver o laço de companheirismo entre eles sendo criado pelas consequências, além de não protagonizarem lutas descaradamente coreografadas.

A verdade é que o novo "Batman" tem os traços conhecidos de Bruce Wayne que são a riqueza absurda, usada para o bem de Gotham City e seus habitantes, mas ele também tem um toque emo. Cabelos lisinhos, olhos escurecidos e a fala comedida como uma pessoa bastante depressiva. Para melhorar essa marca, ao lado dele temos o incrível Andy Serkis ("O Senhor dos Aneis" e "King Kong") que interpreta o mordomo Alfred Pennyworth. Além de ser um verdadeiro amigo do herói, ainda tem participação importante na solução das charadas do vilão da trama. 

É o Charada (Paul Dano) quem movimenta totalmente a história criando armadilhas estilo "Jogos Mortais" para os corruptos de Gotham, marcando o peso que a cidade sofre diante de tanta corrupção. De fato, esse vilão é tão demoníaco quanto o Duende Verde de "Homem-Aranha". Sendo que o embate dos herói e do vilão provocativo é bastante eletrizante, mas não tanto quanto com o Pinguim (Colin Farrell). Esse outro vilão é somente um ricaço do mal que rende uma cena de perseguição pra lá de cinematográfica -com explosão e jogos de câmeras sensacionais.

"Batman" é pautado na justiça, o que justifica a mensagem do cartaz "desmascare a verdade", uma clara charada a respeito do protagonista que desempenha o duplo papel de detetive de Gotham City, dando vida ao alter ego. De um lado o morcegão justiceiro e do outro o bilionário solitário Bruce Wayne. No entanto, com o herói, está a Mulher-Gato e Jim Gordon (Jeffrey Wright, o Vigia da série "What If...", da Marvel). 

Não há como ficar indiferente à cena de resgate no início da inundação de Gotham. Batman estende a mão para as vítimas, o que remete à animação "Alladin", faltando só perguntar "você confia em mim?". Contudo, ainda fica outra má impressão que se assemelha a filmes de terror em as pessoas, perto da morte, agem de modo totalmente indiferente e errado. Apesar disso, "Batman" é um filmaço!


Em parceria com a rede Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link.


* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm

Filme: The Batman

Data de lançamento: 3 de março de 2022 (Brasil)

Diretor: Matt Reeves

Orçamento: US$ 150 milhões

Roteiro: Matt Reeves; Mattson Tomlin

Companhia(s) produtora(s): DC Entertainment

Baseado em: Batman; da DC Comics

Elenco: Robert Pattinson, Jeffrey Wright, Zoë Kravitz, Paul Dano, Andy Serkis, Colin Farrell, John Turturro.


.: Entrevista: Larissa Tomásia, a sexta eliminada do "BBB 22", solta o verbo


"Percebi que o Eli é uma pessoa de 'leva e traz' e só está se importando com ele mesmo no jogo. Além disso, o Eli tem muita influência sobre o Vyni. Ao meu ver, ele se aproveita dos sentimentos do Vyni por ele", diz Larissa Tomásia, quye solta o verbo a respeito do que vivenciou e percebeu dentro do confinamento. Foto: Globo/João Cotta


A participação de Larissa Tomásia na 22ª edição do "Big Brother Brasil" aconteceu entre duas votações. A primeira lhe trouxe grande alegria, com a aprovação do público para sua entrada no confinamento, depois de viver a experiência da Casa de Vidro ao lado de Gustavo Marsengo. 

A segunda abreviou sua jornada, trazendo a eliminação do reality com 88,59% dos votos de um paredão dividido com Arthur Aguiar e Linn da Quebrada. Mesmo assim, ela classifica como muito intensas as duas semanas que separaram sua entrada e saída do jogo. Nesse tempo, Larissa arriscou ao revelar informações externas aos participantes do programa, planejou estratégias para seguir no reality show, mudou algumas delas e se divertiu muito vivendo um de seus grandes sonhos. 

Na entrevista a seguir, ela aponta as diferenças entre o seu jogo e o de Gustavo, comenta a decisão de Eliezer e Vinicius na votação que poderia ter evitado sua ida ao paredão, declara torcida e dá risadas com os memes do seu “Lariverso”: “Era minha estratégia jogar uma faísca no jogo, mas eu acabei esquecendo o principal: avisar isso para o público”, brinca.
 

Como você avalia sua participação no "Big Brother Brasil"?
Larissa Tomásia - 
O "BBB", para mim, foi bastante intenso, embora tenham sido apenas duas semanas. Poderiam ter sido mais, se não tivesse tido um errinho do Eliezer e do Vinícius (risos). Mas foi muito gratificante viver tudo aquilo. Eu dei o meu melhor onde eu achei que poderia ter dado, dentro das minhas possibilidades.
 

Entrar três semanas depois do início da temporada foi um obstáculo para construir relações com os outros participantes?
Larissa Tomásia - 
Foi bastante difícil porque as relações, alianças e vínculos já estavam todos formados. Dentro da casa, eu não me sentia prioridade. Eu era uma prioridade nas questões de jogo, para votação, porque eu acrescentava no grupo e o Lollipop não poderia perder mais um integrante. Eu senti que fui acolhida por algumas pessoas do meu quarto e por outros do Grunge, como a Lina. Com os meninos eu tive um pouco de dificuldade para ter proximidade, tanto é que fizeram uma movimentação para me tirar da casa, né? (risos)
 

Tinha alguma ideia de que o público havia votado pela sua entrada e do Gustavo na casa?
Larissa Tomásia - 
Não tinha ideia disso. Eu pensei que tinha rolado alguma dinâmica em que o público teve que escolher os dois para entrar na casa de vidro e depois ir para a casa. Também que pensei que a dinâmica talvez fosse a de escolher um ou outro para entrar no confinamento. Várias possibilidades passavam na minha cabeça, eu me perguntava se iria mesmo entrar. Acabou dando certo e foi aquele momento incrível em que eu me emocionei bastante. Tive contato com o pessoal, gritei, fiquei agoniada querendo a todo custo abrir logo a porta...
 

A partir do momento em que entrou na Casa de Vidro, você acredita que fez bom uso das informações privilegiadas que tinha?
Larissa Tomásia - 
Eu deveria ter me segurado mais. A língua ali ficou solta! Quando eu comecei a ver os participantes, já fui falando tudo na cara. Passei algumas informações falsas porque eu queria mexer no quarto das meninas, jogar uma faísca. Mas depois, quando comecei a ter a convivência com o pessoal da casa, mudou totalmente minha visão de jogo. É complicado, difícil.
 

Logo que entrou, você avisou à Jade para ter cuidado com Bárbara e Laís. No entanto, pouco depois, tornou-se amiga delas. Por que deu esse conselho para a Jade?
Larissa Tomásia - 
Dei esse conselho porque realmente achava que ela tinha que tomar cuidado com as duas. E aí, quando eu conheci as meninas cara a cara, no toque, eu me apaixonei por Laís. Ela me conquistou com o jeito dela. Ela é muito original, incrível. Naturalmente acabei me tornando amiga dela, não foi planejado. Antes de entrar na casa, eu achei que ela e a Bárbara se aproximavam da Jade por interesse, por ela ser uma boa jogadora, uma estrategista. A Jade tem duas pontes dentro da casa: o quarto Lollipop e o quarto Grunge, por meio do Pedro Scooby e do Paulo André. Para ela é muito cômodo, ela consegue tirar vantagem disso.
 

O público observou algumas contradições em suas falas com os demais participantes. Você acha que fez jogo duplo? 
Larissa Tomásia - 
Em algumas partes, sim. Eu queria fazer a movimentação, que tanto se falava ali. Depois que a gente entrou, parecia que só existia “movimentação” e “rede de proteção” na língua do pessoal (risos). Mas era uma das estratégias que eu estava tentando ter dentro da casa. Depois, eu fui mudando a minha concepção e a minha estratégia foi mudando também. E sobre a rede de proteção, eu queria proteger as pessoas que estavam me protegendo.


Você protagonizou diversos memes na internet. Um deles sobre o “Lariverso”. Já entendeu sobre isso ou chegou a ver alguma brincadeira?
Larissa Tomásia - 
Eu entendi e achei muito engraçado, já ri horrores com isso! Eu vou tirando por menos porque era minha estratégia jogar uma faísca no jogo, mas eu acho que eu não deixei isso claro para o público. Durante o meu raio-x eu deveria ter falado para o pessoal, acabei esquecendo o principal: avisar para o público que essa era uma das minhas estratégias. Quando eu saí e vi os memes, eu só fazia rir. Ia fazer o quê? (risos)
 

Alguns participantes, como o Arthur Aguiar, comentaram que você acabou entrando na rede de proteção do quarto Lollipop. Como você observa sua movimentação no jogo?
Larissa Tomásia - 
Arthur falava muito sobre a rede de proteção do Lollipop, e vivia dizendo que o quarto Grunge não tinha isso. Quando, na verdade, também tem! Se não houvesse, ele não teria feito a movimentação e a cabeça do pessoal para que eles votassem em mim. A partir daí já se torna uma rede de proteção. Os meninos se movimentaram para isso.
 

Você e o Gustavo entraram no "Big Brother Brasil" no mesmo momento e com o objetivo de movimentar o programa. Na sua opinião, o que diferenciou o seu jogo do dele?
Larissa Tomásia - O Gustavo fez um jogo agressivo. Ele já chegou atirando para tudo quanto é lado. A forma de jogo dele não era uma estratégia que eu queria seguir. Eu realmente queria ser mais cautelosa, entrar na casa, conversar com as pessoas, ir conhecendo, para confirmar se tudo era como a visão que eu tinha aqui de fora. E o Gustavo, não. Ele fez uma estratégia super arriscada e que eu admiro bastante, porque tem que ter muita coragem e muito peito para fazer da forma como ele fez. Acredito que foi a partir daí que foi criada a contradição porque, na verdade, o Arthur queria que eu jogasse da forma que ele joga, mas cada pessoa é diferente. Só que a opinião dele não me importava, eu queria fazer da forma que eu achava certo.

 

Você poderia ter escapado desse paredão se o seu grupo tivesse te protegido. Por que acha que Eli e Vyni não votaram como havia sido combinado no quarto Lollipop?
Larissa Tomásia - 
Depois que eu vi a cena, vi que o Eli não está comprometido com as meninas. Percebi que ele é uma pessoa de “leva e traz” e só está se importando com ele mesmo no jogo. Ele queria tirar o dele da reta, fez isso de propósito por causa dos meninos, o que é uma pena, porque as meninas tentam fazer de tudo para proteger ele e o Vyni. Além disso, o Eli tem muita influência sobre o Vyni. Ao meu ver, ele se aproveita dos sentimentos do Vyni por ele. 
 

Você ficou magoada por isso?
Larissa Tomásia - 
Fiquei bastante magoada porque, lá dentro, realmente pensei que ele tivesse feito sem querer. Só que quando eu vi a cena e vi que foi uma coisa proposital, eu fiquei magoada porque ele brincou com o meu sonho. Ele poderia ter se comprometido, votado no Douglas, ter feito o que era para fazer, e não fez. E aí veio a consequência de eu ir ao paredão com duas pessoas muito fortes da casa e queridíssimas aqui fora, algo que eu já sabia também. Eu peguei um paredão super pesado e a resposta veio, que foi a minha saída.
 

Ter lesionado o pé chegou a te abalar no jogo? 
Larissa Tomásia - 
Muito! Me prejudicou bastante, primeiro, porque eu não pude participar de duas provas, uma do líder e outra do anjo.


Como foi lidar com isso na casa?
Larissa Tomásia - 
Quase não aproveitei a festa de carnaval, com Lexa, Banda Eva e Matheus Carrilho, também queria ter aproveitado muito mais o carnaval da Beija-Flor... Esse dedinho me deu trabalho! Me custou uma liderança, me custou festas, e agora eu estou fora da casa. Se eu tivesse conseguido a liderança, talvez tivesse sido diferente.
 

Você falou sobre a diferença entre assistir e jogar. Depois que entrou no confinamento, o que mais te surpreendeu?
Larissa Tomásia - 
A convivência tem seus prós e contras. Mas, para mim, a casa inteira era legal porque era meu sonho estar ali. Eu amava a decoração do quarto Lollipop com aquelas luminárias fofinhas; as festas são incríveis, tanto é que eu me entreguei de corpo e alma, de corpo literalmente (risos); as provas são muito interessantes também. É tudo muito legal, mas ao mesmo tempo muito difícil.
 

Para quem fica sua torcida? 
Larissa Tomásia - 
Eu admiro vários participantes, que, na minha concepção, acho que jogam muito bem, mas no momento a minha torcida é para a Lina. Ela é muito coração, muito aberta, e ela sabe jogar. É uma pessoa incrível, com quem eu me dei muito bem desde quando eu estava na casa de vidro até o momento da minha saída. 


Quais são seus planos daqui para frente?
Larissa Tomásia - 
Eu quero trabalhar bastante porque entrei no "BBB" com a meta de proporcionar o melhor para a minha família. E não é porque eu não consegui um prêmio de R$ 1,5 milhão que eu vou deixar de fazer isso aqui fora. Vou seguir com essa meta até eu conseguir alcançá-la. Espero continuar meu trabalho com redes sociais, porque é o que eu amo fazer. Vou agarrar com unhas e dentes toda as oportunidades.



.: "Brilho Eterno", com Gianecchini e Tainá Müller, estreia dia 25 em SP


Montagem faz temporada no Teatro Procópio Ferreira até 12 de junho. Fotos: Divulgação/ Priscila Prade


O papel cada vez mais essencial das relações humanas, sobretudo no mundo pós-pandemia, reflete-se em "Brilho Eterno", montagem que traz ao palco nos papéis principais os atores Reynaldo Gianecchini e Tainá Müller, com idealização, direção e encenação de Jorge Farjalla.

O espetáculo é apresentado pelo Ministério do Turismo e  Faculdade São Leopoldo Mandic, com patrocínio de Seguros Unimed e Petro Rio, e estreia em São Paulo no dia 25 de março de 2022, no Teatro Procópio Ferreira. A temporada, prevista para até 12 de junho, terá sessões às sexta-feiras, às 21h, sábados, às 17h e 21h, e domingos, às 18h. Os ingressos já estão disponíveis em www.sympla.com.br e na bilheteria do Teatro.

Livremente inspirado no longa-metragem “Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças” - roteiro de Charlie Kaufman premiado com o Oscar, dirigido por Michel Gondry e estrelado por Jim Carrey (Joel) e Kate Winslet (Clementine), "Brilho Eterno", que traz no elenco ainda Wilson de Santos, Renata Brás, Fábio Ventura e Tom Karabachian, questiona, de maneira lúdica e por muitas vezes cômica, o quanto as pessoas se mostram dispostas a viver situações de sofrimento por amor durante a vida. 

A encenação consolida o encontro artístico entre Farjalla e Gianecchini, que também co-produz a montagem, ao lado de Daniella Griesi (Solo Entretenimento), Marco Griesi (Palco 7 Produções) e Renata Alvim (Rega Início Produções), como produtores associados. A parceria havia sido idealizada há mais de quatro anos, imediatamente após o diretor revelar ao ator seus planos para o texto. Contudo, compromissos profissionais de ambos e, posteriormente, a pandemia da Covid-19, adiaram temporariamente o projeto.

Uma nova história
Com dramaturgia de André Magalhães e do próprio Farjalla, "Brilho Eterno" não conta no palco a história já vista nas telas. Para Reynaldo Gianecchini, o espetáculo presta uma homenagem ao filme e seus fãs, mas, ao propor uma nova trama atualizada e contada de maneira leve de forma não linear - variando entre presente, passado e alucinação -, permite que cada espectador “monte seu quebra-cabeças”, encontrando outros significados a partir das próprias experiências. 

“Você pode até apagar um amor da mente, mas não pode apagar do coração. O brilho eterno é esse, o que não se apaga. Acredito que esta essência é a maior conexão entre a peça, o filme e o público que irá nos assistir”, resume. A convicção de que os afetos e os valores passaram por grandes transformações desde o lançamento do filme (2004) também foi um elemento preponderante no processo de criação da peça. Mais à frente, foi preciso levar em consideração ainda o impacto da crise global de saúde global no cotidiano. 

Tainá Müller ressalta que, por tudo isso, alguns temas da obra original, ainda que tenham marcado o imaginário de uma geração, hoje podem ser discutidos de outra forma, especialmente a representatividade feminina. Para tanto, a peça investe em uma abordagem mais contemporânea e equilibrada entre os protagonistas. “Era preciso compreender quem são, hoje em dia, esse homem e essa mulher. Além disso, em nossos diálogos, concordamos que a personagem feminina deveria estar em cena mais como ‘sujeito’ e menos como ‘objeto transformador’ do personagem masculino”, relata a atriz.

Jorge Farjalla acrescenta: “Joel e Clementine, personagens originais, servem como referência e espelho para Jesse (Reynaldo Gianecchini) e Celine (Tainá Müller), porque ambos são fascinados pelo filme. Mas a partir daí criamos um novo texto que obviamente traz elementos e o fio condutor do original, mas com outros personagens e situações em torno dos protagonistas”.

O espetáculo, por sinal, sugere uma ruptura do diretor e encenador com o estilo barroco - consagrado em trabalhos recentes como "Dorotéia" (2017), "Senhora dos Afogados" (2018) e "O Mistério de Irma Vap" (2019). Desta vez, ele aprofunda seu olhar sobre o fazer teatral e a teatralidade da cena, colocando-os em primeiro plano. 

Esta intenção se manifesta ora com elementos mais realistas - desde a concepção dos figurinos casuais, também assinados pelo diretor, até o jogo proposto entre atores, objetos e adereços -, ora envolto em um universo mítico - como a referência à "Caixa de Pandora", base da cenografia de Rogério Falcão, que dialoga com o intenso design de luz de César Pivetti e a precisa música original de Dan Maia. Na visão do diretor, essa tríade no jogo cênico ganha status de personagem durante a montagem. 

“Tenho refletido ultimamente sobre o quanto será importante fazer teatro desta forma, falando sobre amores e dores, com leveza e humor em certos momentos. A pandemia tem nos mostrado diariamente a importância dessas relações para o todo”, conclui o diretor. 


"Brilho Eterno": sinopse do espetáculo
O que nos faria repensar o conceito de “amor à primeira vista"? Em que momento percebemos que uma relação não deu certo ou mesmo procuramos entender os pontos de interesse em desencontro para salvar o essencial ao animal humano: a troca? Eros, o amor romântico; Ludus, o amor passageiro; Pragma, o amor maduro; Philia, a amizade; Philautia, o próprio; Storge, o amor consanguíneo, e por fim, Ágape, o amor universal.  

Seriam variantes de um mesmo tema? Diferentes cepas de uma pandemia? Um sintoma que exige um tratamento pontual ou um mal autoimune que requer cuidados durante toda a sobrevida? Jesse e Celine sentem a necessidade um do outro, de maneiras e intensidades diferentes.

Com a detecção de uma incompatibilidade, a necessidade continua sendo o mote da relação do casal, mas não a do amor dependente, cinematográfico e de últimos capítulos. Que o amor gera sofrimento todos sabemos, ao menos aqueles que já amaram, de fato. O quanto as pessoas estão disponíveis a assumir esses momentos de sofrimento durante a vida? Isso é o que nos questiona “Brilho Eterno” de maneira lúdica, mas não leve de efeitos colaterais.


Ficha técnica
"Brilho Eterno"
Idealização, direção e encenação:
Jorge Farjalla
Dramaturgia: André Magalhães e Jorge Farjalla
Colaboração: Victor Bigelli e Tainá Müller
Assistente de direção: Raphaela Tarfuri
Elenco: Reynaldo Gianecchini, Tainá Müller, Wilson de Santos, Renata Brás, Fábio Ventura e Tom Karabachian.
Cenografia: Rogério Falcão
Designer de luz: Cesar Pivetti
Música original: Dan Maia
Figurino: Jorge Farjalla
Comunicação e redes sociais: Rodrigo Souza
Design gráfico: Peu Lima / Kelson Spalato
Estratégia digital: Leila Guimarães
Assessoria de comunicação: Motisuki PR
Fotos de estúdio: Priscila Prade
Ibituruna Cultural: Patrícia Figueiredo
Produtora executiva: Ana Dulce Pacheco
Administrativo: Rosy Farias
Produtores Associados: Daniella Griesi - Solo Entretenimento;  Marco Griesi - Palco 7 Produções; Renata Alvim - Rega Início Produções; e Reynaldo Gianecchini.


Serviço
"Brilho Eterno"
Apresentado por Ministério do Turismo e São Leopoldo Mandic
Patrocínio de Seguros Unimed e Petro Rio
Temporada: de 25 de março a 12 de junho de 2022.
Local: Teatro Procópio Ferreira (R. Augusta, 2823 - Cerqueira César) - Informações: (11) 3083-4475
Gênero: comédia romântica | Duração: 70 minutos | Classificação etária: 12 anos
Sessões e horários: sexta-feiras (21h), sábados (17h e 21h) e domingos (18h)
Ingressos: a partir de R$ 35 -  À venda em www.sympla.com.br e na bilheteria do teatro.
Preços (válidos para todas sessões)
Setor 3: R$ 35 (meia-entrada) e R$ 70 ( inteira)
Setor 2: R$ 75 (meia-entrada) e R$150 (inteira)
Setor 1: R$ 90 (meia-entrada) e R$ 180 (inteira)
Capacidade: 636 lugares, incluindo 7 poltronas adaptadas para obesos e 12 lugares reservados para cadeirantes.
Bilheteria – Horário de funcionamento: Terça e quarta-feira das 14h às 19h; de quinta a domingo, das 14h até o início do espetáculo. Abertura da casa: 1 hora antes de cada espetáculo.
• Aceita todos os cartões de crédito.
• Não aceita pagamentos em cheque.
• Não aceita reservas.
• Ar-condicionado e acesso universal.
• Não são permitidos alimentos, câmeras fotográficas e filmadoras no interior da sala.




.: Entrevista: Osmar Prado, o "Velho do Rio" na novela "Pantanal"

Osmar Prado comenta personagem que se relaciona com bioma. Foto: Rede Globo/Divulgação

O ator Osmar Prado irá transitar por todos os núcleos, além de fazer parte da primeira e segunda fases da nova versão de "Pantanal", escrita por Bruno Luperi, com direção artística de Rogério Gomes, na pele do Velho do Rio. Há quem acredite que quando o velho Joventino (Irandhir Santos) desaparece sem deixar rastros, na verdade morre e encanta no Velho do Rio. O segundo é bem vivo, e visto por todos que chegam e saem do Pantanal. O que têm em comum? Grandes conhecedores daquelas terras, assumem a função de protegê-las.

Mais que isso, "o Velho do Rio" (Osmar Prado) é o ponto de contato entre o mundo físico e espiritual, e a síntese de uma consciência ecológica coletiva. Ele é um encantado, uma espécie de guardião deste paraíso em terra que se chama pantanal. Apresenta-se vezes em forma de gente, vezes em forma de sucuri, a maior de todas que já se viu pelo pantanal.

"Pantanal" é escrita por Bruno Luperi, baseada na novela original escrita por Benedito Ruy Barbosa. A direção artística é de Rogério Gomes, direção de Walter Carvalho, Davi Alves, Beta Richard e Noa Bressane. A produção é de Luciana Monteiro e Andrea Kelly, e a direção de gênero é de José Luiz Villamarim. Confira a entrevista de Osmar Prado e saiba mais sobre os bastidores da novela.


Como está sendo interpretar o Velho do Rio?
Osmar Prado - 
Eu já estou falando meio com o jeito do "Velho do Rio". Esse é um personagem especial. É um poeta, um filósofo, um homem que só na transcendência poderia ser o que é, falar o que tem que falar. Ele representa a libertação do mundo, da terra. Como diz “somos filhos de uma mãe gentil e generosa a quem tentamos há muito tempo escravizar”. O "Velho do Rio" representa a defesa da terra, da fauna, da água. E a defesa também da alegria das pessoas, num mundo mais justo, mais cooperativo, mais solidário, com empatia.

 
O que você destacaria do personagem?
Osmar Prado - Ele é uma espécie de guardião da felicidade, mas não da felicidade efêmera, e sim a felicidade baseada no amor verdadeiro. Naquele que você se sacrifica pelo outro. O mundo só é viável se for cooperativo. No dia que o homem entender que ele é parte de um processo global, teremos um mundo correto. “Nós não somos donos de nada”, diz o Velho. Isso é um fato, é uma oportunidade de você atuar com uma personagem de uma profundidade filosófica enorme.
 

O "Velho do Rio" seria, então, um protetor daquele local que habita?
Osmar Prado - Ele é justiceiro, faz justiça. Faz parte do processo também fazer justiça. Eu estou aprendendo muito com ele. A cada fala, eu entendo perfeitamente o que ele quer dizer e estou perfeitamente de acordo. Isso é um privilégio. 
 

Você já conhecia o pantanal?
Osmar Prado - Eu nunca tinha ido ao pantanal, e agora estou apaixonado pelo que conheci. Eu sabia que encontraria pessoas legais, mas estou em êxtase porque essa viagem foi uma oportunidade muito boa. Tenho 63 anos de carreira e 74 de idade. Ser chamado para fazer o Velho do Rio é uma convocação. Como se eu fosse para um movimento revolucionário, com a mesma integridade, força e dedicação. Nada mais atual do que a fala e as coisas que o Velho do Rio defende.

.: MASP apresenta a maior mostra dedicada à obra de Abdias Nascimento


O conjunto traz 62 pinturas, além de documentos e fotografias de arquivo, do artista, ator, diretor, dramaturgo e militante da luta pela igualdade racial e pela valorização da cultura negra. Na imagem, Abdias Nascimento, Xangô sobre, 1970, Acrílica sobre tela, 91 x 61 cm, Acervo Ipeafro, Rio de Janeiro


O MASP - Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand apresenta, até dia 5 de junho, a mostra Abdias Nascimento: um artista panamefricano, que ocupa os espaços da galeria e do mezanino, no 1º subsolo do museu. Com curadoria de Amanda Carneiro, curadora assistente, e Tomás Toledo, curador-chefe do MASP, a exposição está inserida no biênio dedicado às Histórias Brasileiras no museu e exibe a faceta artística de Abdias Nascimento (1914-2011), intelectual, ativista político, dramaturgo, ator, escritor e diretor.

A exposição tem patrocínio do escritório Mattos Filho e apoio cultural do IPEAFRO, instituição fundada em 1981 pelo artista e que guarda seu acervo. Figura fundamental para a história do país, Nascimento desempenhou papéis que marcaram o século 20 em diversos campos, tais como a política, a cultura e a intelectualidade.

Suas pinturas associam orixás à abstração geométrica, formas livres a símbolos africanos - como os adinkras -, além de explorarem gêneros mais tradicionais, como paisagens e retratos. No Brasil, seu trabalho artístico ainda merece maior atenção e esta é, portanto, a razão da exposição "Abdias Nascimento: Um Artista Panamefricano" e do catálogo que a acompanha.

Reunindo 62 pinturas - desde o início de sua produção em 1968 até o ano de 1998 -, a mostra enfatiza o repertório de ideias, cores e formas do movimento pan-africanista, com noções, fontes e imaginário ladino-amefricano - termo cunhado por Lélia Gonzalez (1935-1994), amiga e interlocutora política e intelectual do artista e formuladora do conceito de amefricanidade para se referir à experiência negra na América Latina.

A mostra retoma conceitos formulados por Nascimento, como o quilombismo, para destacar o projeto de transformação social sobre bases que retomam a experiência dos quilombos. O artista materializou seu pensamento também na pintura homônima, presente na exposição e visualmente representada pela união do tridente de Exu aos ferros de Ogum, divindades iorubás que se popularizaram no Brasil com a umbanda e o candomblé.

Em 1968, ano que marca o início de sua produção de pinturas e sua mudança para os Estados Unidos, Nascimento já era um nome laureado no Brasil. Participou da formação da Frente Negra Brasileira, movimento e depois partido político criado na década de 1930, e da fundação do Teatro Experimental do Negro, o TEN, uma das mais radicais experiências de dramaturgia do país, nos anos 1940; realizou o concurso Cristo de cor, que contou com diversos artistas, como Djanira da Motta e Silva (1914-1979), para a representação de um Jesus negro, em 1955; e na mesma década idealizou o Museu de Arte Negra, cujo acervo é referência nos debates sobre museus e comunidades. Já seus trabalhos de artes visuais foram mais celebrados em solo estadunidense, onde realizou exposições nos conceituados Studio Museum em Harlem, Nova York; Museum of Fine Arts, em Syracuse; e Crypt Gallery, da Universidade de Columbia. 

Parte das pinturas desta mostra apresenta ao público a pesquisa de Nascimento sobre símbolos e bandeiras de projetos e identidades nacionais, que podem ser lidas de uma perspectiva simultaneamente pan-africanista e amefricanista. Os trabalhos Okê Oxóssi e Xangô, ambos de 1970, por exemplo, estabelecem paralelos entre representações do Brasil e dos Estados Unidos por meio de uma recomposição de símbolos nacionais, mais especificamente os elementos de suas bandeiras. Segundo Amanda Carneiro, curadora da exposição, “ao subverter o sentido das bandeiras, incorporando referências de matriz africana, questionam-se medidas de incorporação (ou seria retomada?) de signos culturais mais plurais, não exclusivamente alicerçados no eurocentrismo, repensando as comunidades imaginadas”.

Okê Oxóssi, inclusive, pode ser considerada um dos grandes pontos de partida para a mostra individual de Abdias Nascimento no MASP. A pintura - doada ao acervo do museu em 2018 no âmbito da mostra Histórias Afro-Atlânticas por Elisa Larkin Nascimento, cofundadora e atual presidente do Instituto de Pesquisas e Estudos Afro-Brasileiros (Ipeafro) - ganha agora novos significados no contexto expositivo dedicado a histórias brasileiras, em conjunção com a extensa produção do artista.


Catálogo
Acompanhando a mostra, será publicado um catálogo com imagens das mais fundamentais obras do artista, incluindo todas as exibidas no museu. Organizado por Adriano Pedrosa e Amanda Carneiro, o volume contém ensaios inéditos de Amanda Carneiro, Glaucea Helena de Britto, Kimberly Cleveland, Raphael Fonseca e Tulio Custódio e uma entrevista histórica com Elisa Larkin Nascimento conduzida por Tomás Toledo, além de republicar textos de Lélia Gonzalez e de Abdias Nascimento.

Com design do estúdio Bloco Gráfico, será publicado em capa dura e em um único volume bilíngue, em inglês e português, a R$ 149. O catálogo será vendido com 20% de desconto no MASP Loja, online ou física, cumulativo com o desconto do programa Amigo MASP.


Serviço
"Abdias Nascimento: Um Artista Panamefricano"
Curadoria: Amanda Carneiro, curadora assistente, Tomás Toledo, curador-chefe
1º subsolo (galeria e mezanino)
Até dia 5 de junho de 2022

Masp - Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand
Avenida Paulista, 1578 - Bela Vista - São Paulo, SP
Telefone: (11) 3149-5959
Horários: terça grátis Qualicorp, das 10h às 20h (entrada até as 19h); quarta a domingo, das 10h às 18h (entrada até as 17h); fechado às segundas.
Agendamento on-line obrigatório: pelo link masp.org.br/ingressos
Ingressos: R$ 50 (entrada); R$ 25 (meia-entrada)
www.masp.org.br



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