sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022

.: "Trabalhar Cansa", de Cesare Pavese, rompe em definitivo com as tradições


Com estilo narrativo e lapidar, "Trabalhar Cansa" se consagrou como uma das obras mais fascinantes da poesia italiana.          


Marcados por um forte engajamento social, os poemas de "Trabalhar Cansa" - livro de estreia de Cesare Pavese, que foi lançado originalmente em 1936 e chegou à sua forma definitiva sete anos depois - nascem da observação do cotidiano da cidade.

Ao descrever as paisagens de Piemonte e seus habitantes - camponeses, trabalhadores, prostitutas, ladrões, bêbados e outros personagens da vida comum - em uma poesia apartada de qualquer sentimentalismo ou grandiloquência (sem, no entanto, escorregar em uma falsa espontaneidade realista), Cesare Pavese rompeu em definitivo com as tradições da época.

Publicado anteriormente pela Cosac Naify, o volume deste lançamento da Companhia das Letras inclui ainda dois textos de Cesare Pavese sobre a elaboração de "Trabalhar Cansa": “O ofício de poeta”, de 1934, e “A propósito de alguns poemas ainda não escritos”, de 1940. Este livro comprova a vitalidade de um dos mais notáveis poetas e intelectuais do século XX. Você pode comprar "Trabalhar Cansa", de Cesare Pavese, neste link.

Sobre o autor
Cesare Pavese nasceu em 1908, em Santo Stefano Belbo, na Itália, e morreu em 1950, em Turim. Foi preso na Calábria pelo regime fascista. Trabalhou na editora Einaudi, onde alcançou o posto de diretor editorial. Entre seus livros, destacam-se "Diálogos com Leucó", "A Lua e as Fogueiras" e "O Belo Verão". 

Serviço
"Trabalhar Cansa",
Cesare Pavese
Tradução: Maurício Santana Dias
Número de páginas: 384
Editora: Companhia das Letras

.: Cássia Kis volta ao teatro com peça inspirada na prosa de Manoel de Barros


Atriz volta aos palcos com o espetáculo em temporada de 4 a 27 de março, no Teatro Vivo. A peça é inspirada por textos e poemas de Manoel de Barros. Com direção de Ulysses Cruz, a atriz cria um ambiente íntimo com a plateia ao interpretar quatro diferentes personagens, com muita leveza e humor. A trilha sonora é executada ao vivo por Gilberto Rodrigues. Fotos: Ronaldo Gutierrez


Personificando o poeta Manoel de Barros (1916-2014), a atriz Cássia Kis volta em cartaz com o espetáculo "Meu Quintal É Maior do que o Mundo", em temporada de 4 a 27 de março, com sessões de sexta a domingo, no Teatro Vivo. 

O espetáculo é formado por textos do livro "Memórias Inventadas", primeiro livro de prosa do autor, publicado em 2005. Com uma linguagem simples, coloquial e poética, Manoel de Barros escreveu sobre temas como o cotidiano e a natureza. Ulysses Cruz, parceiro de trabalho de Cássia há 40 anos e com quem ela divide a dramaturgia, dirige a montagem e assina a criação do cenário e figurinos. Gilberto Rodrigues é responsável pela direção e criação musical, e ao vivo, executa a trilha sonora que costura a encenação.

Cássia estabelece cumplicidade com a plateia ao interpretar quatro diferentes personagens: um menino com cinco anos, um jovem de 15, um homem de 40 e um idoso de 85. A atriz abre a cena revelando as fontes de inspiração do poeta: a criança, o passarinho e o andarilho. Ao pisar no tapete no centro do palco e com um livro em mãos, a atriz evoca o universo poético do cerrado brasileiro, tão bem descrito pelo poeta. “A peça pede que o espectador ouça as frases bem construídas, a forma como ele dizia essas palavras, as dores que estavam ali escondidas. Manoel era como um andarilho que inventava caminhos”, descreve Cássia.

A sacada de Ulysses ao ler "Memórias Inventadas" foi perceber que todos os textos continham um enredo. "Entendi que não dava para fazer o livro todo pela quantidade de textos e o risco da fragmentação em pequenas histórias, que geraria dificuldade de compreensão"

Ulysses organizou 18 textos numa estrutura que permite ao público entender quais são as fontes do poeta por meio de uma divisão em blocos. O primeiro bloco reúne as descrições do cenário que Manoel de Barros faz de seu mundo: o quintal, simbolizado pelo tapete.

O segundo bloco mostra quem é a pessoa que descreve tais cenários, ou seja, o menino, o homem ou o velho Manoel de Barros. Finalmente, os escritos trazem os objetos de inspiração do poeta. Ulysses também se colocou no lugar do público e gostaria que ele sentisse "a alegria de ouvir textos tocantes, surpreendentes, lindos, felizes, angustiados, dramáticos, engraçados e bem-humorados”.

Conhecedora da obra do poeta, Cássia Kis é uma excelente leitora do escritor mato-grossense. Após descobrir sua poesia em 1980, estabeleceu uma relação não só com a obra do autor, mas com o próprio Manoel, com quem se correspondia e de quem se tornou amiga. O espetáculo estreou em janeiro de 2019, marcando a volta da atriz aos palcos depois de 10 anos (sua última peça foi O Zoológico de Vidro, de 2009).


Ficha técnica
Peça teatral: "Meu Quintal É Maior do que o Mundo". Autor: Manoel de Barros. Elenco: Cássia Kis. Direção geral: Ulysses Cruz. Adaptação do texto: Cássia Kis e Ulysses Cruz. Cenário e figurinos: Ulysses Cruz. Direção e criação musical: Gilberto Rodrigues. Execução musical: Gilberto Rodrigues. Iluminação: Nicolas Caratori. Fotos: Ronaldo Gutierrez, Gal Oppido e Luiz Romero. Direção de Movimento: Cynthia Garcia. Costureira: Judite de Lima. Adereços: Luis Rossi. Coordenação da Produção: Selene Marinho e Sergio Mastropasqua. Produtora Executiva: Isabel Gomez. Produção Original: SESI - SP. Projeto selecionado no Edital Proac Expresso Direto nº 37/2021 – Fomento Direto a Projetos Culturais Aprovados no Proac Expresso ICMS em 2020 e 2019.

Serviço:
"Meu Quintal É Maior do que o Mundo"
Temporada:
de 4 a 27 de março de 2022 - Sextas-feiras às 20h, sábados às 21h e domingos às 18h.
Ingressos: R$ 60,00 (inteira) R$ 30,00 (meia).
Duração: precisa estabelecer isso com o Ulysses – era 70 minutos)
Classificação etária: livre.
Gênero: prosa poética.
Teatro Vivo – Avenida Doutor Chucri Zaidan, 2460 - Morumbi

Bilheteria: terça a quinta, das 14h às 20h; sexta a domingo, das 14h até o início do espetáculo. Capacidade: a ser definida, conforme protocolos estabelecidos no início do mês de março pela prefeitura da cidade de São Paulo. Informações: (11) 3279-1520. Vendas pelo site Ingresso Rápido.
Orientações do Teatro Vivo para meia entrada
Nova regra da meia entrada: estudante, senior, professor, aposentados e deficientes mais acompanhantes e pessoas de baixa renda.
Concedem também para pagar meia à classe artística.
- 50% de desconto para o Cliente Vivo Valoriza para até 2 ingressos por pessoa.
- 50% de desconto ao Funcionário da Vivo para até 2 ingressos por pessoa.

.: Livro "Manual de Assassinato Para Boas Garotas" promete surpreender


Chega ao Brasil o best-seller "Manual de Assassinato Para Boas Garotas", escrito por Holly Jackson e publicado pela editora Intrínseca. No livro, todos em Little Kilton conhecem a história de Andie Bell, a garota mais bonita e popular da escola, foi assassinada pelo namorado, Sal Singh, que se suicidou após o crime. Na época, não se falava em outra coisa. Cinco anos depois,  Pip ainda vê as marcas que a tragédia deixou na cidade.

Com a impressão de que há peças faltando nesse quebra-cabeça - já que conhecia Sal desde a infância, e ele sempre foi gentil -, ela decide analisar o crime e questionar alguns pontos da versão oficial em seu projeto de conclusão do ensino médio. Porém, quando a pesquisa revela segredos aterrorizantes, Pip percebe que se aproximar da verdade pode custar sua vida. 

Assim tem início uma investigação obsessiva e cheia de reviravoltas que a faz questionar se ainda é uma boa garota, no fim das contas. Porque, com a ajuda de Ravi, irmão mais novo de Sal, ela está disposta a tudo para fazer seu dever de casa, proteger quem ama e reescrever a história de sua cidade. Em uma narrativa eletrizante e ágil, o thriller é o primeiro volume da trilogia best-seller "Manual de Assassinato Para Boas Garotas", série de estreia de Holly Jackson.


Sobre a autora
Holly Jackson escreve desde jovem, tendo terminado seu primeiro (e terrível) romance aos quinze anos. Ela se tornou autora best-seller do jornaç New York Times com sua série de estreia, Manual de assassinato para boas garotas. É formada na Universidade de Nottingham, onde estudou Linguística Literária e Escrita Criativa, e tem um mestrado em Língua Inglesa. Atualmente, mora em Londres. Holly gosta de jogar videogame e assistir a documentários sobre crimes reais para fingir que é uma detetive. Você pode comprar "Manual de Assassinato Para Boas Garotas", escrito por Holly Jackson, 
neste link.

.: "Kim Jiyoung, Nascida em 1982", de Cho Nam-Joo, chega ao Brasil


Lançamento da editora Intrínseca, "Kim Jiyoung, Nascida em 1982", de Cho Nam-Joo, não só atinge o âmago da individualidade feminina, como também questiona o papel da mulher em âmbito universal. Em um pequeno apartamento nos arredores da frenética Seul vive Kim Jiyoung, uma millennial comum. Ela largou seu emprego em uma agência de marketing para cuidar em tempo integral da filha recém-nascida, como se espera de tantas mulheres sul-coreanas. Mas, em pouco tempo, começa a apresentar sintomas estranhos, que preocupam o marido e os sogros: ela personifica vozes de outras mulheres conhecidas - vivas e mortas.

Aconselhada, então, pelo marido, Jiyoung busca ajuda psiquiátrica e toda sua trajetória é contada ao médico. Logo, ela se dá conta de como é desfavorecida frente ao irmão mimado. Seu comportamento sempre é vigiado e cobrado pelos homens ao redor: desde os professores do ensino fundamental, que impõem uniformes rígidos às meninas, até os colegas de trabalho, que instalam uma câmera escondida no banheiro feminino para postar fotos íntimas das mulheres em sites de pornografia. 

Aos olhos do pai, é culpa de Jiyoung que os homens a assediem; aos olhos do marido, é dever dela abandonar a carreira para cuidar da casa e da filha. A vida dolorosamente comum de Kim Jiyoung vai contra os avanços da Coreia do Sul, uma vez que o país abandona as políticas de controle de natalidade e “planejamento familiar” - que privilegiava o nascimento de meninos - e aprova uma nova legislação contra a discriminação de gênero. Diante de tudo isso, será que seu psiquiatra pode curá-la ou descobrir o que realmente a aflige? Best-seller internacional, a obra não só atinge o âmago da individualidade feminina, como também questiona o papel da mulher em âmbito universal.


Sobre a autora
Cho Nam-Joo nasceu em Seul, Coreia do Sul, e é ex-roteirista de televisão. Para escrever este livro, baseou-se na própria experiência como uma mulher que largou o emprego para se tornar dona de casa depois do nascimento do filho. Kim Jiyoung, nascida em 1982, seu terceiro romance, teve grande impacto nos debates sobre desigualdade e discriminação de gênero no país. O livro foi traduzido para 18 idiomas e vendeu mais de 1 milhão de exemplares no mundo. Você pode comprar "Kim Jiyoung, Nascida em 1982", de Cho Nam-Joo, neste link.


.: "Escola de Mulheres", de Molière, em cartaz no Teatro Aliança Francesa


A montagem do clássico do dramaturgo francês Molière (1622- 1673) marca a celebração dos 400 anos de nascimento do autor. A direção é de Clara Carvalho e o elenco conta com Ariel Cannal, Brian Penido Ross, Felipe Souza, Fulvio Filho, Gabriela Westphal, Leandro Tadeu, Luiz Luccas, Rogério Pércore e Vera Espuny. Foto: Ronaldo Gutierrez 

Num gesto de transgressão ao patriarcado e ao conservadorismo, Molière (1622 – 1673) traz à tona, com muita ironia, leveza e elegância, a sagacidade feminina em "Escola de Mulheres". Sob direção de Clara Carvalho, a estreia aconteceu no dia 15 de janeiro, dia da celebração dos 400 anos de nascimento do autor. A montagem é protagonizada por Brian Penido Ross, que está ao lado de Ariel Cannal, Felipe Souza, Fulvio Filho, Gabriela Westphal, Leandro Tadeu, Luiz Luccas, Rogério Pércore e Vera Espuny.

“Este é um texto escrito em 1662, quando Molière tinha 40 anos e estava na plenitude de sua potência criativa. Ele também fazia o papel de Arnolfo, personagem que repele frontalmente a ideia de ser traído e, para isso, educa a jovem Inês para que ela se torne sua esposa ideal, criando-a na mais absoluta ignorância. Mas, como em muitas de suas peças, as personagens femininas de Molière são perspicazes, inteligentes e descobrem como se empoderar numa circunstância a princípio desfavorável e o plano de Arnolfo mostra-se muito difícil de implementar. Sente-se no texto a simpatia de Molière pelas mulheres. O machismo patológico é escancarado, ridicularizado e, sentimos um viés francamente feminista. É esse viés que queremos colocar em cena”, comenta Clara Carvalho.

A peça, que foi um sucesso estrondoso na sua estreia em Paris, e gerou infindáveis discussões sobre a polêmica comportamental que trazia, é exemplarmente clássica, com unidade de tempo - tudo se passa em 24h - espaço e ação e a encenação busca mesclar sugestões do século XVII com traços contemporâneos. Tudo se passa numa praça e, ao fundo, um painel com o sol nos remete a Luís XIV, patrono das artes e da trupe de Molière. Por conta da polêmica que seu texto gerou, Molière escreveu logo, depois da estreia, uma outra peça para responder a seus detratores, "A Crítica à Escola de Mulheres", que a produção pretende montar ainda em 2022.

Brian Penido Ross comentou as características de seu personagem e as comparou com outros clássicos do autor: “Arnolfo é um burguês de meia idade e está sujeito às convenções do amor e do casamento, ao contrário do comportamento libertino dos homens e mulheres da corte de Luís XIV. Ele faz toda sorte de intrigas sobre homens que foram traídos e deseja obsessivamente não se tornar um deles. Molière tem uma galeria genial de personagens com comportamentos compulsivos, como Argan, de 'O Doente Imaginário', ou Harpagão, de 'O Avarento'. Num momento em que o Brasil está lidando com pautas conservadoras e repressivas, rir de Arnolfo e acompanhar a rápida e comovente evolução de Inês em sua compreensão do mundo é muito salutar", finaliza.

Durante a preparação da peça a equipe se inspirou em filmes como "A Viagem do Capitão Tornado", (1990, de Ettore Scola; Molière, (1976, de Ariane Mnouchkine); "O Rei Dança", (2000, Gérard Corbiau); "Vatel - Um Banquete para o Rei", (2000, Roland Joffe, além montagens disponibilizadas pela Comédie-Française e pelo Teatro Odéon.
 

Ficha técnica
Idealização: Ariel Cannal, Brian Penido Ross e Clara Carvalho. Autor: Molière. Direção / Tradução / Adaptação: Clara Carvalho. Elenco: Ariel Cannal (Horácio), Brian Penido Ross (Arnolfo), Felipe Souza (Cupido), Fulvio Filho (Crisaldo), Gabriela Westphal (Inês), Leandro Tadeu (Oronte), Luiz Luccas (Henrique), Rogério Pércore (Alain), Vera Espuny (Georgette). Direção de Movimento: Guilherme Sant'Anna.  Músicas / Letras / Direção Musical: Gustavo Kurlat. Arranjos / Produção Musical: André Bedurê. Violão / Baixo / Instrumentos Virtuais: André Bedurê. Violino: Naianne Cunha.  Desenho de Luz: Wagner Pinto. Técnico de Luz: Gabriel Greghi. Cenógrafo: Chris Aizner. Design Gráfico do Cenário: Adriana Alves.  Cenotécnico: Denis Chimanski. Figurinista: Marichilene Artisevskis. Costureiras/Modelistas: Judite Geronimo de Lima, Ateliê Bella Modas. Modelista Casacos: Paula Gaston. Alfaiate: Pedro Almeida Barre. Envelhecista: Foquinha Cris. Design Gráfico da Divulgação: Mau Machado. Fotógrafo: Ronaldo Gutierrez.  Redes Sociais: Bianca Nóbrega. Assessoria de Imprensa: Adriana Balsanelli e Renato Fernandes. Assistente de Produção: Nando Barbosa. Produção Executiva: Nando Medeiros. Direção de Produção: Ariel Cannal.


Serviço
"Escola de Mulheres"
Até 27 de março. 
Quinta a sábado, às 20h; e domingo, às 18h
Preço: quinta e sexta: R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia) / Sábado e Domingo R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia). 
Classificação: 12 Anos. Duração: 85 minutos

Teatro Aliança Francesa
Rua General Jardim 182 – Vila Buarque. Ar-condicionado. Informações: (11) 3572-2379

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022

.: Débora Duboc volta em cartaz com "A Valsa de Lili" no Teatro Eva Herz


Espetáculo que rendeu o prêmio APCA em 2019 para a atriz Débora Duboc, "A Valsa de Lili" volta em cartaz no Teatro Eva Herz, para temporada de 5 de março a 1º de maio. O texto de Aimar Labaki é inspirado no livro autobiográfico "Pulmão de Aço", de Eliana Zagui (a Lili da vida real), que vive em um hospital desde os 2 anos de idade por conta de uma poliomielite mal diagnosticada, o que a tornou tetraplégica, só podendo mover os músculos da cabeça e do pescoço. A montagem é dirigida por Débora Dubois. O espetáculo é um convite para reflexão sobre a capacidade humana de superação e os verdadeiros limites do corpo e da alma, uma ode ao poder de superação humana e ao otimismo. Durante a pandemia, em julho de 2020, o espetáculo foi o primeiro a ser apresentado num drive-in, que foi montado num estacionamento em Brasília. Fotos: João Caldas Fº


Sucesso de público e crítica, "A Valsa de Lili" encenado por Débora Duboc e dirigido por Débora Dubois volta em cartaz no Teatro Eva Herz, onde fica em cartaz de 5 de março a 1º de maio. As sessões acontecem aos sábados às 20h e domingos às 18h. O texto de Aimar Labaki é inspirado no livro autobiográfico "Pulmão de Aço", de Eliana Zagui (a Lili da vida real), e promove o contato da plateia com uma personagem única, que está fisicamente paralisada, mas encontra-se intelectual e emocionalmente livre. Eliana aprendeu a ler, escrever, estudou inglês e italiano, tudo dentro do hospital onde vive. Além de escrever e usar o computador com a boca, Eliana também é pintora.

Aimar Labaki constrói de forma delicada e emocionante a história de Lili, que, tanto em vida quanto na narrativa, vive numa UTI há quase quarenta anos, desde os 2 anos de idade, por conta de uma poliomielite mal diagnosticada. “Lili vive em uma condição muito singular, mas seus questionamentos, medos e verdades são os mesmos de qualquer pessoa na sua idade: a necessidade de amar e ser amada, a relação com a morte, o que fazer da vida, como conseguir o sustento com o trabalho", diz Débora Duboc.

“A luta de Lili para sobreviver em condições tão adversas, sem perder o humor e o amor, são a metáfora perfeita para os dias sombrios que vivemos, entre a violência e a desesperança”, completa o autor Aimar Labaki. A parceria entre a diretora Débora Dubois e o autor Aimar Labaki é antiga. É de ambos os espetáculos "MotoRboy" e "Pirata na Linha", grandes sucessos para adolescentes, além de "Poda ou Una Notte Intera", que Débora dirigiu para o Festival Intercity, em Florença, na Itália. Ela também já dirigiu Duboc em espetáculo com curadoria de Gianni Ratto. Sobre "A Valsa de Lili", Dubois diz ser “um testemunho forte e sensível, uma forma de vida tão única e singular, que alçou vôo pra falar e tocar fundo em muitos de nós".

Eliana Zagui, a autora do livro, esteve presente em uma sessão de "A Valsa de Lili". “É mais que uma peça, é mais que imaginar. É entrar numa máquina do tempo, no mais profundo inconsciente. Reviver cada detalhe com muita saudade, risada, choro e ver que valeu a pena nunca parar de dançar ao meu ritmo”, conta.

Débora Duboc conta que foi uma grande emoção recebê-la, pois ela se locomove acompanhada de um grande aparato que inclui ambulância, respiradores e profissionais da saúde. “Eu entendi que viver é um ato político. A existência de Lili é uma escolha diária. A personagem diz: Eu posso não mexer nada do pescoço para baixo, mas a minha alma nunca deixou de dançar".

A peça estreou em 2019 no Sesc Ipiranga, em São Paulo, onde Débora Duboc ganhou o Prêmio APCA de melhor atriz. Antes da pandemia iniciou temporada nos Teatros dos CCBB’s Brasília, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Em julho de 2020, foi o primeiro espetáculo, no Brasil, a ser exibido num drive-in, que foi montado no estacionamento do Centro Cultural Banco do Brasil de Brasília.


Sinopse do espetáculo
Lili é uma pessoa extraordinária e única, e, ao mesmo tempo, é uma mulher com questões iguais às de qualquer outro ser humano: o amor, a perspectiva do envelhecimento e da morte, os limites sociais e físicos e a luta pela sobrevivência. A única coisa que a distingue é que só consegue mexer os músculos do pescoço e da cabeça. Em pouco menos de uma hora, ela conta sua história e de seus amigos, mas principalmente, narra a aventura de viver plenamente, transformando as tragédias e dramas do cotidiano.


Ficha técnica
Espetáculo:
"A Valsa de Lili". Texto: Aimar Labaki. Intérprete: Débora Duboc. Direção: Débora Dubois. Cenário e figurinos: Márcio Vinicius. Iluminação: Aline Santini. Trilha sonora: Débora Dubois. Assessoria corporal: Doria Gark. Fotografia: João Caldas Fº. Assessoria de imprensa: Adriana Balsanelli. Produção executiva: Fabrício Síndice. Direção de produção: Cristiani Zonzini. Coordenação geral: Edinho Rodrigues (Brancalyone Produções).


Serviço:
"A Valsa de Lili"
De 5 de março a 1º de maio - Sábados às 20h e domingos às 18h.
Classificação indicativa:12 anos
Duração: 70 minutos
Ingressos: R$50 e R$25.
Vendas: Sympla.com.br
Teatro Eva Herz - Livraria Cultura do Conjunto Nacional - Avenida Paulista, 2073, Cerqueira César, 168 lugares.
Bilheteria aberta somente nos dias de espetáculo, duas horas antes da atração.


.: "Pachinko", nova série falada em coreano, japonês e inglês, ganha trailer


Apple TV+ revela o trailer de "Pachinko", sua nova e muito aguardada série dramática, falada em três idiomas - coreano, japonês e inglês. Épica no roteiro e íntima no tom, a história começa com um amor proibido e cresce em uma saga que viaja pela Coréia, Japão e os Estados Unidos para contar uma história inesquecível de guerra e paz, amor e perda, triunfo e acerto de contas. A série estreará globalmente na Apple TV+ na sexta-feira, dia 25 de março, com os três primeiros episódios, seguidos de novos semanais todas as sextas-feiras, durante sua temporada de oito episódios até 29 de abril. Baseada no best-seller homônimo aclamado pelo New York Times, a série foi criada por Soo Hugh. 

Repleto de temas universais sobre família, amor, triunfo, destino e resiliência, o drama narra as esperanças e sonhos de uma família de imigrantes coreanos ao longo de quatro gerações enquanto deixam sua terra natal em uma busca difícil de sobrevivência e prosperidade. Começando na Coréia do Sul no início dos anos 1900, a história é contada pelos olhos de uma matriarca notável, Sunja, que vence todas as dificuldades. A série sobrepõe a história dela com a de seu neto, Solomon, na década de 1980.

"Pachinko" foi escrito e tem produção executiva de Soo Hugh ("The Terror", "The Killing"), que criou a série e atua como showrunner. Kogonada (“Columbus”, “After Young”) e Justin Chon (A saga “Crepúsculo”, “Wendy Wu: A garota kung fu”), são produtores executivos e dirigiram quatro episódios cada um, com Kogonada dirigindo o piloto. Michael Ellenberg (“Prometheus”) e Lindsey Springer (“The Morning Show”) são produtores executivos da Media Res; Theresa Kang-Lowe é produtora executiva da Blue Marble Pictures; e Richard Middleton também é produtor executivo. A produtora executiva da Media Res Dani Gorin produz junto com David Kim e Sebastian Lee.

A série é estrelada pela atriz vencedora do Oscar Yuh-Jung Youn (“Minari: Em busca da felicidade”) como "Sunja mais velha"; Lee Min Ho (“O Rei Eterno”, “Gangnam Blues”) como "Hansu"; Jin Há (“Love Life”, “DEVS”) como "Solomon";  Minha Kim (“Main Street”) como "Sunja adolescente"; Anna Sawai (“Velozes e Furiosos 9”, “Ninja Assassino”) como "Naomi"; Eunchae Jung (“Filha de Ninguém”, Luca) como "jovem Kyunghee"; Inji Jeong em como "Yangjin"; Jimmi Simpson (“Westworld”, “Black Mirror”) como "Tom Andrews"; Junwoo Han (“Sense 8”) como "Yoseb”;  Kaho Minami (“Quatro dias de sangue e neve”, “Noten Paradise”) como "Etsuko"; Steve Sanghyun Noh (“Sense 8”, “Seoul Searching”) como "Isak";  Soji Arai (“S.W.A.T.”, “O Sabor de uma paixão”) como "Mozasu"; e Yu-na Jeon como "jovem Sunja".

Trailer



.: No "Caldeirão", Marcos Mion recebe Carolina Dieckmann e Preta Gil

Marcos Mion recebe Carolina Dieckmann, Preta Gil, Gominho e Elizabeth Savalla no "Caldeirão". Foto: Rede Globo


O 'Caldeirão' deste sábado, dia 26, promete muita risada e diversão. Marcos Mion recebe as duplas Carolina Dieckmann e Léo Fuchs contra Preta Gil e Gominho no 'Sobe o Som'. Na brincadeira, eles precisam adivinhar quem são os artistas escondidos atrás do telão com a ajuda da banda 'Lúcio Mauro e Filhos'.

Já no 'Tem ou não tem', a disputa fica entre os times de Elizabeth Savalla e Alexandre Borges, que têm a missão de acertar as respostas mais recorrentes de 100 brasileiros para diversas perguntas do dia a dia, e concorrem ao prêmio de R$30mil. Mion ainda invade o acervo da Globo para o 'Isso a Globo Mostra!" especial com cenas do 'Big Brother Brasil 22' e conta com a participação do público no 'Mamãe, tô na Globo!".

O ‘Caldeirão’ vai ao ar aos sábados, após a ‘Sessão de Sábado’, e tem apresentação de Marcos Mion, direção artística de LP Simonetti, direção geral de Geninho Simonetti e direção de gênero de Boninho.

 


.: Cineflix traz indicados ao Oscar 2022 e volta a exibir "Duna"

Hoje o Cineflix estreia "Ataque dos cães", longa indicado ao Oscar 2022, inclusive na categoria principal, a de "Melhor Filme". No entanto, volta a exibir na telona produções como "King Richard: Criando campeãs" e "Duna", que também podem levar a estatueta dourada. 

No Cineflix Santos estão em cartaz "A Felicidade Das Pequenas Coisas", "Licorice Pizza", "King Richard: Criando campeãs", "Ataque dos cães", "Duna", além de outros sucesso de público: "Uncharted: Fora do mapa" e "Morte no Nilo". 

Dia 1 de março, haverá a pré-estreia de "The Batman", sendo possível antecipar a compra dos ingressos nos guichês e pela internet.

Cineflix Miramar Shopping

R. Euclides da Cunha, 21 

Gonzaga, Santos – SP


quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022

.: Entrevista com a eliminada do BBB22: Brunna Gonçalves

Foto: Rede Globo/Divulgação


Participar do "Big Brother Brasil" era um grande sonho para Brunna Gonçalves, realizado na 22ª edição do reality, na qual entrou como integrante do grupo Camarote. Fã de longa data do BBB, ao chegar na casa mais vigiada do Brasil, a bailarina e influenciadora digital percebeu a diferença entre assistir e jogar. Brunna aproveitou as festas, ensinou coreografias, mudou de visual e chegou a atender o Big Fone, mas reconhece que faltou ser mais ativa na competição. Eliminada com 76,18% dos votos em um paredão contra Gustavo e Paulo André, ela conta o que faria diferente, se pudesse: “Eu me forçaria a me expressar mais, a falar sobre o jogo, sobre as pessoas. Eu tenho essa dificuldade de me comunicar, tenho medo de as pessoas não entenderem o que eu falo e isso me retrai. Eu sei em que eu errei no jogo, e o que eu mudaria é o modo de me relacionar com as pessoas”.

Na entrevista a seguir, Brunna Gonçalves avalia seu posicionamento na disputa pelo prêmio de R$ 1,5 milhão, fala sobre os medos que enfrentou ao entrar no BBB e diz para quem fica sua torcida.

 

Entrar no BBB era um sonho antigo seu. O que mais gostou de viver lá dentro? 

Gostei de conhecer pessoas novas. Amava aproveitar as festas e adorava ficar dentro do quarto fofocando com as meninas.

 

E do que mais sentiu falta durante o confinamento?

Tomar banho pelada, trocar de roupa sem precisar ficar me escondendo com a coberta. Senti falta, também, de comer arroz, feijão, macarrão. Eu fiquei quatro semanas na Xepa, comendo fígado, moela...foi tenso! Tinha comida, mas não tinha variedade. Isso foi muito difícil para mim. Na segunda semana, o preço dos alimentos estava alto e a gente não tinha muito dinheiro para comprar, então passamos um aperto na Xepa. Também senti falta de ver televisão, do meu celular, de muita coisa.

 

Você se arrepende de algo ou faria diferente se pudesse? 

A única coisa que eu faria diferente é que eu me forçaria a me relacionar mais com as pessoas; eu tenho ciência desse meu bloqueio. Eu me forçaria a me expressar mais, a falar sobre o jogo, sobre as pessoas. Eu tenho essa dificuldade de me comunicar, tenho medo de as pessoas não entenderem o que eu falo e isso me retrai. Eu sei em que eu errei no jogo, e o que eu mudaria é o modo de me relacionar com as pessoas. Eu poderia me esforçar para construir mais relações. Eu me apeguei mais ao meu quarto e fiquei ali no meu mundinho; não me forcei a criar mais vínculos. Me senti confortável, protegida e quis ficar só ali. O que eu mudaria seriam a convivência e o modo como eu me colocava no jogo, para me comprometer mesmo, sem ter medo do que as pessoas iriam achar.

 

Parte do público te julgou como “planta” no BBB. Você seguiu alguma estratégia de jogo nesse sentido?

Nas primeiras semanas, era uma estratégia minha dar um passo atrás para analisar e não ir com sede porque eu ainda não entendia do jogo. Eu não sabia como era jogar. Eu fui para o BBB pensando que era uma coisa e, chegando lá, era totalmente diferente do que eu imaginava. O que a gente assiste não tem nada a ver com o que a gente vive lá dentro. Então, inicialmente, eu fui com essa estratégia de ficar mais na minha. Só que eu demorei um tempo para acordar e, quando eu quis despertar, foi tarde demais.

 

Acha que faltou algo na sua postura na casa? 

Sim, de me posicionar, de falar. Mas eu sabia que isso iria acontecer porque eu tenho esse problema e, lá dentro, você convive com todos os seus medos juntos. Até medos que nem imaginava você passa a ter. Você sente tudo ao mesmo tempo e pensa muito também. É o tempo inteiro pensando no que fazer, o que falar, como jogar... é muito louco!

 

Em determinado momento você afirmou que preferia ser planta do que ser cancelada. Ao entrar no BBB, o cancelamento era um medo?

Com certeza. É um medo de todo mundo que está lá dentro, não só meu. Por eu já ter uma carreira, por ser casada com uma pessoa famosa... tudo isso pesa. Não é só a Brunna, tem muita coisa por trás. Tudo que eu fazia eu pensava mil vezes com medo de como iria refletir aqui fora. É uma responsabilidade muito grande entrar no BBB. Eu tinha medo, sim, de ser cancelada, fiz de tudo para não ser e, graças a Deus, não fui (risos).

 

Você mudou de visual várias vezes na casa. Além das laces, apostou no cabelo natural. Essas mudanças fazem parte da sua vida aqui fora também? 

Totalmente! Eu não fico mais de uma semana com o mesmo cabelo. Eu estou com esse, mas amanhã já vou mudar. Eu não consigo me olhar no espelho e ver a mesma cara por muito tempo. Eu sempre tento dar um up. Se meu cabelo está escuro, eu dou uma clareada; se eu estou com uma lace escura, eu troco pela loira. Nunca vão me ver com o mesmo cabelo por muito tempo. As pessoas me veem e já perguntam qual o cabelo que eu vou colocar, perguntam das minhas laces. O povo já me associa bastante à minha mudança de visual.

 

Atender o Big Fone foi um ato de coragem, na sua opinião? 

Óbvio! Tanto é que muita gente ouviu e não correu para atender, só ficou olhando. Quando tocou, eu não pensei duas vezes, saí correndo. Eu só não queria ir para o paredão. Quando eu atendi e ouvi aquela voz “Atenção, preste muita atenção!”, fiquei com receio. Mas quando mandou indicar alguém para o paredão eu respirei aliviada. Pelo menos não seria eu. No fim das contas, acabei indo igualmente e saindo.

 

Você acabou escolhendo indicar o Gustavo. Olhando aqui de fora agora, foi uma decisão assertiva? 

Escolheria de novo, mil vezes se pudesse. 

 

Quando ele chegou na casa, você sentiu o Gustavo como uma ameaça? 

Eu senti que ele já chegou para me desestabilizar, desde o início senti que era uma ameaça para mim. Quando eu descobri que ele e a Larissa teriam um “poder”, eu já pensei que iriam me indicar, não tinha dúvidas. Eles falaram que queriam movimentar o jogo, que tinha gente se escondendo na sombra de pessoas poderosas. A Larissa não consegue esconder nada; o olhar dela diz tudo. Quando perguntaram se já tinha planta na casa, ela disse que sim e, passando o olho, fixou em mim. Naquele momento, eu e a Eslô dissemos que já tínhamos entendido. Pensei “eu sou a planta da edição, pronto”. Logo, se eles tivessem uma indicação, iriam em mim, sem dúvidas. Dito e feito. Eles só não contavam que seria apenas um voto; acreditavam que seria uma indicação direta ao paredão. E não foi. Mas, eu acho que se eles soubessem que o voto valeria como um só, não teriam votado em mim. Ali eu já me senti mega ameaçada. O jeito que o Gustavo chegou na casa, botando peito, dizendo que ia movimentar o jogo... quem ele acha que é para chegar daquele jeito? Tem que ir com calma, conhecer as pessoas. Ele chegou muito acelerado e isso fez com que ele virasse alvo da casa. Depois, ele ficou com medo e pisou no freio. Para a gente lá dentro, nesses últimos dias, ele estava outra pessoa. Mas eu acabei de ver uns VT’s dele aqui fora que... nossa, uma cobra, falso toda vida. Para a gente ele mostra uma coisa, mas faz um monte de VT dizendo que vai fazer e acontecer. Não tem coragem de fazer na nossa frente porque não quer ser alvo.

 

Qual a diferença entre ele e a Larissa, na sua visão, já que ela também deu a entender que você era “planta”?

A Larissa também chegou falando que iria movimentar o jogo, mas quando entrou na casa, estava mais calma, tranquila, disposta a conhecer as pessoas, a ouvir. E o Gustavo, não, chegou totalmente diferente. A Larissa foi para o nosso quarto, foi acolhida, conversou comigo sobre a estratégia deles e eu super entendi. Já com o Gustavo, eu não tive oportunidade de falar. Ele só queria saber de reclamar, de falar que a gente não lavava louça, não fazia nada; que ele ia chegar e botar banca, movimentar o jogo; que ia botar vários emojis no queridômetro. Com a Larissa, eu consegui ter mais troca e ela viu que, realmente, jogar é muito diferente de assistir. Ela foi mais humana. O Gustavo foi arrogante.

 

Seu incômodo com a cantoria recorrente na casa representou o público de alguma maneira. Você imaginava que isso estaria sendo comentado pelos fãs aqui fora também?

Eu falava “Gente, não é possível que o povo está gostando disso”. Eu segurei o máximo que pude para não reclamar porque eu já queria ter reclamado disso há muito tempo. Só que chegou uma hora que não dava mais para segurar porque estava passando dos limites, eu não aguentava mais ouvir. Teve uma vez em que a Naiara ficou o dia inteiro cantando na cozinha. Ela tinha ficado sem voz e, naquele momento, a voz tinha voltado. Ela danou-se a cantar, de manhã até a noite. Eu falei “Gente, não dá mais para mim”. Aí teve uma hora que ela cantou um louvor e eu até fui cantar junto porque gosto. Mas depois o povo todo junto...parecia “High School Musical”. Falavam “céu”, aí puxavam uma música com “céu”; falavam “celular”, alguém puxava uma música com “celular”. Não dava mais! Graças a Deus eles diminuiriam a cantoria, porque senão eu iria apertar aquele botão (risos).

 

Seu posicionamento no jogo foi ao encontro de amizades com pessoas do seu quarto. Acha que isso pode ter lhe prejudicado de alguma forma ou manteria essas alianças? 

Eu super manteria, não me arrependo. Eles me protegeram, a gente conversava, falávamos sobre jogo... Foi o grupo com o qual eu me identifiquei. O fato de eu não ter me posicionado mais foi porque nada acontecia diretamente comigo, então eu não tinha o que falar. Eu realmente me escondia. Na hora do jogo da discórdia, eu não tinha o que falar, não acontecia nada comigo. Ninguém votada em mim. Eu comecei a dar uma visão mais por alto das coisas que aconteciam e me posicionava do jeito que eu sabia. Mas não deu muito certo (risos).

 

Quando a Jade ganhou a liderança pela segunda vez, você e a Eslovênia ficaram um pouco chateadas por não terem sido levadas para o Vip. Isso abalou sua confiança nela?

Um pouco. Mas ela foi muito estratégica. A escolha do Vip dela foi menos coração e mais estratégia. Ela levou a Bárbara e a Laís, que eram as pessoas mais próximas dela; o PA e o Pedro por estratégia, já que eles estavam muito perto do Arthur e ela queria leva-los para perto dela. Depois que eu soube disso, entendi. Mas mesmo assim, fiquei chateada porque nós estávamos na Xepa há vários dias. Na semana anterior, ela tinha dito que queria nos escolher, mas que não tinha dado porque não havia pulseiras suficientes. Ela disse que queria muito levar a gente, que queria colocar só meninas no Vip. Então, na segunda liderança, a gente criou uma expectativa e...Xepa de novo.

 

Quais eram seus maiores aliados no jogo?  

No último jogo da discórdia, eu dei o colar para a Eslô. Ela esteve comigo em vários momentos, conversando, puxando a orelha, dizendo o que ela achava. Nós tínhamos essa troca. Depois que a Bárbara saiu, ela era a pessoa com quem eu mais conversava, por isso a coloquei como a minha maior aliada. Mas, na verdade, eu não era prioridade de ninguém daquele quarto. Eu tinha noção de que eu era protegida pelo grupo, mas, se tivessem que escolher entre mim e outra pessoa, eles escolheriam quem tivessem mais proximidade. Eu tinha total consciência disso. Olhando agora, com a visão de fora, eu acho que não tinha um aliado ali dentro, só a Maria, antes de ela sair. Eu jogava sozinha. Tanto é que meus votos não batiam com os votos do quarto. Eu jogava sozinha, mas ouvindo o conselho deles.

 

Isso te incomodou em algum momento?

Eu não me senti mal por isso. Às vezes eu me sentia sozinha, mas não deixava isso me abalar. Eu pensava “Vim sozinha para cá, não nasci grudada com ninguém. Vamos jogar esse jogo assim mesmo”. As meninas já se conheciam antes porque chegaram um pouquinho mais cedo, já criaram um elo. Eu cheguei depois, era camarote – elas têm um pouco esse receio. Mas eu falo que eu sou Camarote mais Pipoca que existe. Eu amei conhecer todos do meu quarto, tive uma conexão muito grande com eles, mas eu sabia que não era prioridade de ninguém. Mesmo assim, não me deixei abater por isso.

 

Para quem fica sua torcida agora? E quem acha que tem mais chances de vencer o ‘BBB 22’? 

Para a Lina. Ela é demais! Ela é uma jogadora que se expressa bem, coloca você para pensar, não faz um jogo sujo. Eu acho que ela ainda tem muito a crescer no BBB. E agora ela vai virar alvo de voto da casa. Mas a mulher é top e eu tenho certeza de que ela não sai. Eu torço também pela Eslô, pelo Vyni, pelo Eli, pela Laís, mas acho que a Lina tem muito mais chance de ir longe pela forma como ela está se posicionando no jogo agora.

 

Como pretende aproveitar esse momento depois da sua participação no reality? Já tem planos para essa nova fase? 

É tudo muito novo. Acabei de sair e ter contato com o mundo real novamente. Vou com calma, vou analisar tudo, criar estratégias para ver o que é bom para mim. Mas estou muito feliz, quero trabalhar muito! Nesse pós-reality, quero dar meu sangue, fazer meu nome e mostrar um pouco do que eu não consegui dentro da casa. Pretendo estudar bastante, também, para conseguir me expressar e me comunicar com o meu público melhor.

 

O 'BBB 22' tem direção artística de Rodrigo Dourado, direção de gênero de Boninho e apresentação de Tadeu Schmidt. O programa vai ao ar de segunda a sábado, após ‘Um Lugar ao Sol’, e domingos, após o 'Fantástico'.

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