terça-feira, 15 de fevereiro de 2022

.: Arnaldo Jabor, escritor, comentarista e cineasta, morre aos 81 anos


Irônico, crítico, lúcido. Arnaldo Jabor levou sua marca registrada a todos os trabalhos que fez no cinema, na TV, na rádio e nos jornais. Foi cineasta, roteirista, produtor cinematográfico e escritor brasileiro. Morreu aos 81 anos, na madrugada desta terça-feira, dia 15, por complicações em decorrência de um AVC. 

Estava internado desde dezembro do ano passado no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo. O cineasta terá velórios nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. Em São Paulo, a cerimônia será reservada para familiares e amigos. Na quarta, o velório será aberto ao público no Museu de Arte Moderna (MAM). Depois o corpo será cremado.

Nascido em 12 de dezembro de 1940, no Rio de Janeiro, Arnaldo Jabor era um carioca de nascimento e de coração. Crítico irascível da classe média e da burguesia intelectual, da qual ele próprio fazia parte, se formou no ambiente do Cinema Novo na década de 60. Durante mais de 40 anos, se colocou diante da opinião pública como ponto crítico, de questionamento. “A história caminha como uma velha bêbada, para frente e para trás. Acho que a verdadeira posição política no Brasil é a defesa da democracia e da complexidade. A posição ideal não é de esquerda nem de direita, mas uma mistura das coisas boas do conservadorismo e do progressismo, me considero um liberal com respeito às coisas boas do passado”, disse Jabor sobre o ritmo das mudanças no Brasil.     

No cinema, dirigiu sete longas, dois curtas e dois documentários. Em 1967, produziu o documentário “Opinião Pública”, seu primeiro longa metragem e uma espécie de mosaico sobre como o brasileiro olha sua própria realidade. Dirigiu longas que se tornaram referência no cinema nacional, como “Tudo Bem”, considerado um dos 100 melhores filmes de todos os tempos pela Academia Brasileira de Cinema (Abraccine); e o consagrado “Toda Nudez Será Castigada”, adaptação da obra de Nelson Rodrigues que se tornou um grande sucesso de bilheteria do cinema brasileiro e rendeu à Darlene Glória o Urso de Prata por melhor atriz no Festival de Berlim.

Trabalhou com grandes nomes da dramaturgia nacional como Fernanda Montenegro, Sonia Braga, Paulo Gracindo, Camila Amado, Paulo César Pereio e Fernanda Torres, que também foi premiada como melhor atriz no Festival de Cannes por seu trabalho em “Eu Sei que Vou Te Amar”

 Até que nos anos 90, com o fim da Embrafilme e a crise do cinema nacional, Arnaldo Jabor se viu obrigado a buscar outra profissão e levou sua crítica à sociedade, à política e à cultura para o jornalismo de opinião. Por quase três décadas, escreveu oito livros – como os best-sellers instantâneos “Amor É Prosa, Sexo É Poesia” e “Pornopolítica” - e mais de 1.500 artigos em jornais como Folha de São Paulo, O Estado de São Paulo e O Globo, tempo em que também se dedicou ao trabalho na rádio CBN e na TV Globo. Apresentou quadros e fez comentários no "Jornal Nacional", "Bom Dia Brasil", "Jornal Hoje", "Fantástico" e no "Jornal da Globo", onde apresentou sua última coluna no dia 18 de novembro do ano passado. 

Arnaldo Jabor discorria sobre arte, cinema, sexualidade, política, economia, amor, filosofia e preconceito. A guinada para o jornalismo foi tão bem sucedida, que é tão lembrado por seu trabalho no jornalismo quanto por seus filmes e livros. Neste período, filmou apenas um longa-metragem, “A Suprema Felicidade”, em 2010. 

Em 2017, Jabor anunciava que estava deixando as atividades de articulista na mídia impressa para se dedicar ao seu próximo filme, “Meu Último Desejo”, inspirado no conto “O Livro de Panegíricos”, de Rubem Fonseca (1925-2020). Produzido pela Aurora Filmes e coproduzido pela Globo Filmes, o longa, ainda inédito, foi rodado semanas antes da eclosão da pandemia e ainda não tem previsão de estreia. Arnaldo Jabor deixa os filhos João Pedro, Carolina e Juliana e os quatro netos João, Joaquim, Antonia e Alice.


.: Entrevista: Nick Rennison, autor de "1922: Cenas de Um Ano Turbulento"


"1922 foi o ano mais dramático da década. Foi também um ano em que o mundo estava emergindo de uma pandemia global e isso tem uma relevância óbvia para nossas próprias experiências hoje", Nick Rennison

Por 
Helder Moraes Miranda, editor do Resenhando. 

Na semana em que se comemora os 100 anos da Semana de Arte Moderna, que ocorreu entre os dias 13 e 17 de fevereiro de 1922, que veio a ficar conhecida como o marco oficial do movimento modernista no Brasil, o Resenhando publica uma entrevista exclusiva com Nick Rennison. 

Escritor, editor e livreiro, ele lançou recentemente o livro "1922: Cenas de Um Ano Turbulento", que chega ao Brasil pela editora Astral Cultural, obra fundamental para entender o que foi aquela época e a importância do que aconteceu no mundo para entender os dias de hoje. Ele é autor do livro "Sherlock Holmes: An Unauthorized Biography" ("Sherlock Holmes: Uma Biografia Não-Autorizada", em tradução literal, ainda não lançado no Brasil). 


Resenhando.com - Além do centenário, por que escrever um livro sobre 1922? 
Nick Rennison - Acho que foi um ano crucial na história do século XX. Impérios caíram. Novas nações surgiram. A sociedade estava mudando, as perspectivas morais estavam mudando. Os novos meios de comunicação de massa, como o cinema e o rádio, estavam se destacando. 

O que torna este ano tão especial?
Nick Rennison - A década de 1920 foi uma década dramática e, em muitos aspectos, 1922 foi o ano mais dramático da década. Foi também um ano em que o mundo estava emergindo de uma pandemia global e isso tem uma relevância óbvia para nossas próprias experiências hoje.


Resenhando.com - O que os leitores podem esperar deste livro?
Nick Rennison - O que eu queria fazer com o livro era usar uma série de instantâneos de eventos, de assassinatos a partidas de futebol, de convulsões políticas a marcos artísticos, como forma de dar uma ideia de como era o mundo há 100 anos. Eu espero muito que os leitores que pegarem meu livro possam esperar ser iluminados e entretidos por vinhetas do passado que às vezes carregam surpreendentes ecos do presente.


Resenhando.com - Em que o ano de 1922 influencia as pessoas hoje?
Nick Rennison - Há muitas maneiras pelas quais o que aconteceu há 100 anos molda o mundo em que ainda vivemos. Países como Irlanda, Índia, Rússia e Estados Unidos não seriam o que são hoje sem os eventos de 1922. E tanto que aconteceu culturalmente em 1922, desde a descoberta da tumba de Tutancâmon até a publicação de "Ulysses" de James Joyce, desde o lançamento do primeiro grande filme de vampiros na Alemanha até o estabelecimento da BBC na Grã-Bretanha, continuou a ter relevância e ressonância cem anos depois.


Resenhando.com - É possível ver algum retrocesso que o mundo está passando em relação a 1922, mesmo um século depois?
Nick Rennison - Muitos países e sociedades ao redor do mundo, em maior ou menor grau, tanto para o bem quanto para o mal, foram moldados por eventos ocorridos em 1922. Muitos turcos e gregos, por exemplo, ainda são influenciados pelo que aconteceu em Esmirna em setembro de 1922, os russos pela criação da União Soviética etc.


Resenhando.com - Como foi o processo de pesquisa para a elaboração deste livro?
Nick Rennison - Comecei lendo histórias gerais da década de 1920 e depois elas me levaram a livros sobre assuntos mais específicos. Cada livro que eu lia parecia levar a outro. Eu provavelmente ainda poderia estar lendo e descobrindo coisas novas hoje se não tivesse um prazo para cumprir! E, claro, a internet é uma ferramenta de pesquisa extraordinária. Isso me permitiu acessar jornais e revistas da época, o que me possibilitou ver como os eventos eram relatados na época e como as pessoas estavam reagindo ao que estava acontecendo ao seu redor.


Resenhando.com - Qual foi o critério para escolher os acontecimentos de 1922 para o livro?
Nick Rennison - Eu não tinha nenhum critério primordial em mente quando escolhi os assuntos para o livro. Obviamente, eu queria incluir todos os principais eventos do ano, mas também queria destacar os mais obscuros que diziam algo sobre a época. E eu queria cobrir eventos de todos os tipos de campos - política, literatura, história social, esportes e assim por diante. Descobri que histórias que não são necessariamente muito conhecidas são, no entanto, muito reveladoras do período. Uma das seções do livro é sobre um assassinato e julgamento na Grã-Bretanha – o chamado caso Thompson/Bywaters. Não é particularmente famoso no meu país e você certamente não saberá sobre isso no seu, mas ler sobre isso revelou tanto sobre as atitudes da época (pelo menos na Grã-Bretanha) em relação às mulheres, casamento, sexo e classe social, que eu queria considerá-lo com alguma extensão.

 
Resenhando.com - De todas as pessoas mencionadas em seu livro, qual você considera a mais representativa de 1922?
Nick Rennison - Essa é uma pergunta muito difícil de responder. Impossível, na verdade! Diferentes pessoas podem ser vistas como particularmente representativas de 1922, dependendo da sua nacionalidade e do seu campo de interesse. Se você estivesse na Índia, poderia escolher Gandhi; na Itália, Mussolini. Se você fosse um fã de jazz, provavelmente escolheria Louis Armstrong; se você fosse um estudante de poesia moderna, poderia optar por T. S. Eliot. Minha escolha, se colocada em um canto, pode parecer estranha, mas é possível argumentar que ele teve uma influência tão profunda e duradoura nos últimos 100 anos quanto qualquer outra pessoa no livro. Em 1922, ele era um animador de 20 e poucos anos que acabara de estabelecer sua primeira empresa, Laugh O'Gram Films, em Kansas City, EUA. Seu nome era Walt Disney.


Resenhando.com - E entre os acontecimentos de 1922, qual é o mais representativo - aquele que teve consequências para o mundo?
Nick Rennison - Acho que é possível argumentar que o único evento de 1922 que teve as consequências mais profundas para o mundo foi aquele que ocorreu no final do ano. De 29 a 30 de dezembro, a URSS passou a existir oficialmente. A história do século XX teria sido muito diferente se a URSS não existisse e, em 2022, ainda estamos vendo algumas das consequências da dissolução dessa união que nasceu oficialmente no final de 1922.


Resenhando.com - Qual foi o maior desafio, e o maior prazer, ao escrever este trabalho?
Nick Rennison - O maior prazer para mim ao escrever um livro está em descobrir, através da pesquisa, novos fatos e histórias que nunca encontrei antes. O maior desafio é descobrir onde melhor procurar para encontrá-los.

 
Resenhando.com - Você acredita que 2022 será tão emblemático quanto 1922, a ponto de as pessoas escreverem sobre este ano em 2122?
Nick Rennison - Supondo que haja historiadores por aí em 2122, tenho certeza de que alguns deles escreverão sobre 2022. Se eles encontrarão ou não tanto para considerar quanto eu encontrei, apenas os próximos onze meses dirão. Quem sabe o que 2022 trará? Acho que é bastante provável que, à medida que (espero) emergir da pandemia que moldou tanto o que aconteceu em todo o mundo nos últimos dois anos, 2022 será um ano interessante.


Resenhando.com - Como foi para você escrever a biografia de Sherlock Holmes?
Nick Rennison - Eu amo as histórias de Sherlock Holmes desde que as li pela primeira vez quando era um menino de dez anos em uma edição de bolso da Penguin de propriedade de meus pais. Gostei imensamente de escrever a minha biografia deste grande detetive que continua a ser provavelmente o meu favorito de todos os livros que escrevi. Foi muito divertido pegar o personagem de Conan Doyle e tentar encaixá-lo nos eventos reais da história britânica do final do século XIX.


Resenhando.com - Para você, que características separam um texto bom de um ruim?
Nick Rennison - Outra pergunta impossível! Eu penso que a boa escrita vem de muitas formas e existem todos os tipos de bons escritores. Gosto dos romances de Jane Austen, de Raymond Chandler e de Margaret Atwood - entre muitos outros. Todos os três são bons, de fato ótimos, escritores, mas são muito diferentes um do outro. A escrita ruim, se não for simplesmente incompetente, é mais facilmente reconhecível por sua desonestidade - busca de efeito, exibicionismo, emoções falsas, sentimentalismo etc.


Resenhando.com - O que há de autobiográfico nos textos que escreve?
Nick Rennison - Nunca escrevi nada diretamente autobiográfico e duvido que algum dia o faça. No entanto, escrevi dois romances e sempre foi dito que os romancistas se baseiam em aspectos de suas próprias personalidades na criação de alguns de seus personagens. Então talvez haja um pouco de mim nas duas figuras centrais da minha ficção. Mesmo que os livros sejam ambientados na década de 1870!


Resenhando.com - Hoje, quem é Nick Rennison por ele mesmo?
Nick Rennison - Na curta biografia que aparece na edição inglesa do meu livro, descrevo-me como escritor, editor e livreiro com um interesse particular pela história e pela ficção policial. Isso parece um resumo razoável dos meus interesses.




.: “Marta, Rosa e João”, de Malu Galli, embaralha cenas como cartas de tarô


A comédia dramática "Marta, Rosa e João", livro escrito pela diretora e atriz Malu Galli, no ar como a Violeta da novela "Além da Ilusão", uma consulta de tarô revela à jovem Rosa que ela está grávida. Diante da surpresa, ela resolve ir ao encontro da mãe, uma mulher que pouco conhece. Jornalista de sucesso, Marta está em crise, em casa, isolada, e convive apenas com João, passeador de cachorros que vem buscar seu cão todos os dias. A convivência das duas mulheres, forçada pela visita inesperada, traz à tona decisões e enfrentamentos inevitáveis para as personagens. 

Marta precisa retomar sua vida paralisada. Rosa quer entender os sentimentos acerca da maternidade e decidir o futuro. A cada sessão, a peça se dá de forma distinta. Cada uma das 22 cenas foi escrita para uma das 22 cartas dos arcanos maiores do tarô, e é partir do jogo realizado em cena no começo da peça – com as cartas escolhidas ao acaso – que a ordem das cenas seguintes será definida. 

Doze cartas ditarão, portanto, o traçado da narrativa e mais uma definirá a conclusão do jogo. Desse modo, há sempre a cada noite um espetáculo diferente, narrando, de modos diversos, a delicada aproximação entre mãe e filha. Um livro criativo e repleto de provocações filosóficas. No teatro, o texto já foi encenado pelo trio de atores Manoela Aliperti (a Lica de "Malhação - Viva a Diferença", no papel de Rosa), pela própria Malu Galli (Marta) e Rodrigo Scarpelli (João). Você pode comprar o livro "Marta, Rosa e João", de Malu Galli, neste link.


Livro: "Marta, Rosa e João"
Encadernação: Brochura
Formato: 13 x 19 x 0,5
Páginas: 124
Coleção: Dramaturgia
Ano de edição: 2019
Edição: 1ª


.: Unboxing de Barbie ao herói Falcon. Conheça o canal Photonovelas!

Canal Photonovelas em fevereiro de 2022


No YouTube há um catálogo virtual de Barbiese bonecas similares em escala de tamanho, além de outros brinquedos antigos e outros novos esperando por você no Canal Photonovelas, no Youtube, youtube.com/c/Photonovelas. Totalizando mais de 800 vídeos com itens que marcaram momentos importantes da vida, principalmente bonecas tipo Barbie e similares, como as queridinhas do momento, as bonecas da coleção Barbie Extra ou as mais antigas da linha Fashionistas.

No Photonovelas há vídeos de unboxing, detalhes de pertinho como análises de brinquedos já fora da caixa e até histórias interpretadas por relíquias ou novidades que podem ser encontradas em lojas. Entre as criações que condizem com o nome do canal está a fotonovela com brinquedos inspirada no romance de Roberto Drummond, "Hilda Furacão", que foi seriado de televisão pelas mãos de Glória Perez, sendo que a adaptação para fotonovela, não indicada para crianças, foi batizada de "Furacão"

Como o canal tem muito material, é possível conferir tudo de modo organizado por meio das playlists, como por exemplo, Barbie e Ken Fashionistas. Boneca Susi e Barbie Fashion Fever. Contudo, há atrativos para marmanjões como as lives sobre o boneco Falcon, que voltou a ser fabricado pela Brinquedos Estrela, além de ser possível ao passado com o antigo brinquedo Carga Pesada ou os vídeos de alguns Playmobil System.

Até o desembrulhar de algumas bonecas foi transformado em historinha, mas para saber de causos, o interessante é acompanhar as histórias diversas de a "Turma da Dona". Além do canal no YouTube, o Photonovelas também conta com uma página no Facebook, facebook.com/Photonovelas, além do blog, photonovelas.blogspot.com. Inscreva-se no Photonovelas youtube.com/c/Photonovelas.


Playlist Barbie Extra

Playlist Barbie Fashionistas

.: "Larica Total" volta ao Canal Brasil dez anos após a última temporada


Criadores de uma das séries mais famosas do canal se reencontram em episódio que reúne documentário sobre história da atração e uma última receita do chef Paulo de Oliveira, interpretado por Paulo Tiefenthaler


O ano era 2008. A série curta, propositalmente com ares de improviso e sem intervalos comerciais, foi precursora de um formato que, poucos anos depois, popularizou-se na internet. Apesar da estranheza - ou talvez exatamente por isso - causada pela narrativa e pela dramaturgia que revertia o tradicional enfoque de uma atração de culinária, “Larica Total” rapidamente se tornou um sucesso na tela do Canal Brasil, gerando uma legião de fãs que o assistem até hoje nas redes sociais - é o conteúdo mais assistido no YouTube do Canal Brasil, onde todos os seus episódios estão disponíveis - e, mesmo dez anos depois de a última temporada ter ido ao ar, seguem pedindo a volta do humorístico.

Os pedidos foram finalmente atendidos: no dia 19 de fevereiro, Paulo Tiefenthaler volta a encarnar o chef de guerrilha Paulo de Oliveira no especial “Larica Total - 10 Anos Depois”, que vai ao às 21h, no Canal Brasil – e estará disponível, no mesmo dia, no Globoplay + Canais ao Vivo e Canais Globo. O especial, que terá duração de 60 minutos, será dividido em duas partes. Na primeira, Paulo encontra Caito Mainier, Felipe Abrahão e Leandro Ramos, diretores do “Larica”, para relembrar histórias da época e falar sobre os motivos que os levaram a parar de fazer o programa no auge do sucesso, além de definirem a receita e escreverem, juntos, o roteiro de um último “Larica Total”

Na segunda parte, o quarteto volta ao apartamento no bairro de Santa Teresa, no Rio de Janeiro, onde Tiefenthaler morava e o programa era gravado. Sob o mote “Dedo no Cozido e Gritaria”, Tiefenthaler interpreta novamente o icônico chef de cozinha Paulo de Oliveira para preparar um prato totalmente ao estilo “Larica Total”: como o nome sugere, um tradicional cozido.   

“Larica Total - 10 Anos Depois” será lançada com uma coletiva de imprensa virtual, na terça-feira, dia 15/02, às 11h. Presenças confirmadas de Paulo Tiefenthaler (ator, diretor e roteirista) e de Caito Mainier, Felipe Abrahão e Leandro Ramos (diretores e roteiristas). 

“Larica Total” surgiu de uma ideia da editora executiva, Adriana Nolasco, e de seu marido, Terêncio Porto, também produtor. Além das gravações serem realizadas na cozinha da própria casa do ator, muitas coisas que vemos, como utensílios e figurinos, também eram do Paulo. E o ator conta como essa falta de privacidade e o fato de não existir uma fronteira rígida que o separasse do personagem tornava o trabalho exaustivo e o fizeram concluir que, depois de três temporadas, era hora de deixar o “Larica”.

"Reencontrar os cocriadores do programa foi e está sendo essencial pra todos nós resgatarmos potências fundamentais em nós. Só agora nós conseguimos entender o que aconteceu de uma maneira mais lúcida e amorosa. Somos amigos e essa relação se fortalece no encontro. Havia a possibilidade de uma desconexão, mas de cara a mesma energia estava lá na hora, como sempre. O ‘Larica Total’ foi e é uma das maiores referências de humor, ousadia estética, modelo de negócio e formato na história da TV brasileira. Chegou uma hora que os canais queriam novos ‘Laricas Totais’, um programa bom e muito barato, mas obviamente não conseguiram. Viva a culinária de guerrilha! Ela quer dizer muita coisa além da comida e da cozinha. Divirtam-se. ‘Larica Total’ é um programa sobre o amor", explicou Tiefenthaler.  

“Larica Total” estreou no Canal Brasil em 2008 e ficou no ar até 2012. Foram três temporadas, totalizando 74 episódios, nos quais foram preparadas receitas que se tornaram clássicos como o Frango Total Flex, o Sushi de Feijoada, Moqueca de Ovo, Churros de Aipim, Tortilha de Batata Blade Runner e o Ovo de Páscoa Natalino. A série tornou-se rapidamente um sucesso de audiência do canal mostrando o solteirão Paulo de Oliveira preparando pratos simples e sem muita técnica, com ingredientes acessíveis - numa pegada completamente diferente dos outros programas de gastronomia da TV paga.

"O ‘Larica’ foi um divisor de águas no Canal Brasil. Um programa pioneiro na TV brasileira, que ampliou muito o horizonte e o alcance do canal, trazendo um público mais jovem. O programa tem o DNA do Canal Brasil, reforçando conceitos que sempre foram importantes para a gente, como a irreverência e uma boa dose de transgressão. Todos os envolvidos no projeto – Paulo, Caito, Leandro, Felipe, Terêncio, Adriana, entre outros – são parceiros de longa data que sempre tiveram total liberdade de criação, e a química e o talento inesgotável deles sempre resulta em algo muito bom. Trazê-los de volta 10 anos depois é uma alegria imensa. Esse especial já nasce emblemático!”, afirma André Saddy, diretor-geral do Canal Brasil.



.: "Meu Nome é Gal", filme com Sophie Charlotte, começa a ser filmado em SP

Filme sobre a cantora baiana mergulha no momento em que a tímida Gracinha se transforma em Gal Costa, durante os anos violentos, inovadores e alucinantes que ajudaram a moldar a maior cantora do Brasil. Foto: instagram.com/p/CEAYWn2H3xT/


Uma das principais cantoras do Brasil terá sua vida retratada no cinema no filme “Meu Nome é Gal”, que começa a ser rodado nesta semana em São Paulo (capital e no litoral, em São Sebastião) e no Rio de Janeiro. Com direção de Dandara Ferreira e Lô Politi, que também assina o roteiro, o longa é protagonizado pela atriz Sophie Charlotte e traz no elenco nomes como Rodrigo Lelis (Caetano Veloso), Dan Ferreira (Gilberto Gil), Camila Márdila (Dedé Gadelha), Waly Salomão (George Sauma), entre outros. A diretora Dandara Ferreira também atua, interpretando Maria Bethania, e Fábio Assunção faz uma participação especial como um diretor de televisão. O filme é uma produção da Paris Entretenimento com coprodução Globo Filmes e Dramática Filmes e será rodado ao longo de 27 dias no Rio e em São Paulo. Com distribuição da Paris Filmes, a previsão de lançamento é em 2023.

“Meu Nome é Gal” retrata a trajetória de Maria da Graça Costa Penna Burgos, uma menina tímida que desde muito cedo sabe que a música vai guiar seus caminhos. Gracinha, como era chamada pela mãe Mariah, uma de suas grandes incentivadoras, foi criada sozinha por essa mulher batalhadora que sempre a estimulou a correr atrás de seus sonhos. Aos 20 anos, ela decide viajar rumo ao Rio de Janeiro para se tornar cantora. Lá, a jovem encontra seus amigos da Bahia: Caetano Veloso, Maria Bethânia, Gilberto Gil e Dedé Gadelha, que acompanham os primeiros passos de Gal na música profissional no final da década de 1960. 

Crédito: Carol Siqueira

Para sobressair no universo musical inovador proposto por Gil e Caetano, Gal precisa enfrentar um grande inimigo pessoal: a própria timidez. Conforme vai se soltando, a grande promessa da música brasileira começa a desabrochar enquanto a Tropicália se torna realidade. O movimento transforma a indústria e desafia uma sociedade conservadora, misturando MPB tradicional, bossa nova e guitarra elétrica, além de propor uma transformação completa no visual e nas atitudes.

Quando Caetano Veloso e Gilberto Gil são presos e exilados em plena Ditadura Militar, Gal se afoga em uma depressão profunda. O medo e a necessidade de se posicionar se misturam e a única saída é buscar dentro de si a força para se tornar a voz da Tropicália e, assim, trazer para fora uma atitude e uma potência que irão provocar uma revolução estética e comportamental que transforma toda uma geração, principalmente de mulheres. Ela se torna um dos principais nomes da música brasileira. Mesmo depois de milhares de discos vendidos e de se tornar nacionalmente famosa, Gal Costa mantém um grande e às vezes conturbado vínculo com a mãe. 

Tudo isso é entremeado por músicas que fazem parte da cultura nacional como “Eu Vim da Bahia”, “Baby”, “Divino Maravilhoso”, “Alegria, Alegria”, “Coração Vagabundo” “Mamãe, Coragem” e, claro, “Meu Nome é Gal”, canção composta por Erasmo e Roberto Carlos em 1969 que dá nome ao filme. 


segunda-feira, 14 de fevereiro de 2022

.: The Masked Singer Brasil: desmascarado, Beto Barbosa é o Boto

Entrevista com o desmascarado: Beto Barbosa, Foto: Rede Globo


Na tarde do último domingo (13), o Boto adocicou o "The Masked Singer Brasil" e teve sua identidade revelada. O cantor Beto Barbosa deu vida ao personagem que cantou ‘Vamos Fugir’ de Gilberto Gil e ‘Menino do Rio’ de Caetano Veloso em suas apresentações. “Foi um desafio muito interessante e diferente, que somou na minha carreira. Foi muito divertido participar e fiquei muito feliz e satisfeito com o resultado. Deu para mostrar um Beto Barbosa diferente do que canta lambada e forró”, conta Beto. 

"The Masked Singer Brasil" é uma coprodução TV Globo e Endemol Shine Brasil, baseado no formato sul-coreano criado pela Mun Hwa Broadcasting Corp, tem supervisão artística de Adriano Ricco (TV Globo) e direção de Marcelo Amiky (Endemol Shine Brasil). O reality vai ao ar no domingo, após The Voice +. 

 

Como foi a experiência de participar do ‘The Masked Singer Brasil’? 

Foi um desafio muito interessante e diferente, que somou na minha carreira. Eu nunca tinha feito algo do tipo, nunca nem saí em um carnaval de rua fantasiado, então até como ator foi interessante porque eu entrei no personagem para fazer o Boto. Foi muito divertido participar e fiquei muito feliz e satisfeito com o resultado. Deu para mostrar um Beto Barbosa diferente do que canta lambada e forró. 


Para você, qual a importância de ter se vestido de boto? 

Foi bem diferente colocar a fantasia de um cetáceo, que seria a baleia brasileira da Amazônia. O boto é um animal em extinção e conta a lenda que ele era um cara conquistador e namorador. E é representativo para mim porque eu sou paraense e ao mesmo tempo em que a gente está no programa, estamos fazendo um movimento de proteção e chamando atenção da humanidade para o nosso golfinho brasileiro que é o boto-cor-de-rosa.  

 

Como foi o processo de escolher o repertório e se preparar para a apresentação? 

As músicas que eu cantei tinham a ver com o universo do personagem. A música do Caetano eu queria muito cantar, é uma música muito bonita que eu sempre gostei. Eu me senti muito confortável com as duas músicas que apresentei.

  

Como foi ver os jurados chutando nomes diferentes do seu e depois acertando o palpite?

No primeiro programa o Edu não adivinhou que era eu, mas no segundo ele já teve certeza de que poderia ser eu por causa da dancinha que eu deixei escapar. Mas eu tentei fazer de tudo para não ser nada parecido com o que eu faço. Ele está muito empenhado na competição.  

.: "Moonfall: Ameaça Lunar" é pura enganação de tão ruim e descabido

Por: Mary Ellen Farias dos Santos 

Em fevereiro de 2022


Imagine um filme descabido e atual que você assistiu recentemente. "Moonfall: Ameaça Lunar", de Roland Emmerich, pode ser descrito exatamente com essas palavras. O longa protagonizado por Patrick Wilson e Halle Berry tem o roteiro fraco de Roland Emmerich, Harald Kloser e Spenser Cohen. E como não sendo suficiente o desnorteio, chega ao ponto de fazer uma misturinha de outros filmes e, ao fim, não mostrar a que veio. Resumo: é uma bobajada de 2 horas que vira uma tortura com sensação de pelo menos 3 horas de duração. 

O longa de ficção científica tem várias cenas de ação que, por vezes, derrubam todo o convencimento conquistado do público e transforma o filme numa total enganação. No início, "Moonfall: Ameaça Lunar" parece querer ser levado a sério e chega a convencer o público a embarcar na trama. Contudo, na sequência, a construção da atmosfera cai por terra. Sem dó! 

O que se tem são frases de efeito em meio a belos efeitos visuais e uma história muito da mal-contada, justamente por não ter sentido. Não há surpresa para a trama que deveria seguir crescendo, tudo parece jogado aleatoriamente. Talvez os roteiristas tenham se perdido no espaço a ponto não reler o que escreveram e deixaram a responsabilidade para os atores: convencer quem acredita no filme a ponto de comprar o ingresso.


Aos fãs de "Interestelar", fica o alerta. "Moonfall: Ameaça Lunar" não é nem um terço da obra-prima que é a produção de Christopher NolanRoland Emmerich vai para a lua, tenta levar o público, mas fica numa história muito da mal-contada. Até a atuação de Halle Berry é bastante questionável, além de insossa e cheia de sorrisinhos amarelos. Por outro lado, se vê um esforço maior por parte de Patrick Wilson na defesa de seu personagem que, por um momento, dá entender que será o pai salvador de "Armageddon". Até nisso o filme engana.

"Moonfall: Ameaça Lunar" é sobre uma força misteriosa que tira a Lua da sua órbita em torno da Terra. Um grande problema, de fato. Eis que o faxineiro, atendente de fast-foodteórico conspiracionista, K. C. Houseman (John Bradley) descobre que tal catástrofe está prestes de aniquilar a vida como a conhecemos. Lembra um pouco "Não Olhe Para Cima", né?! Nem tanto. Neste não há piadas e críticas sobre a atualidade, somente alarmismo e cenas de fim do mundo.

Assim, antes do impacto que exterminará a Terra, Jo Fowler (Halle Berry), executiva e ex-astronauta da NASA acredita ser capaz de salvar a todos. Assim, ela reencontra um astronauta do seu passado, desacreditado, que entrou em decadência após um acidente no espaço, Brian Harper (Patrick Wilson). Sim! O perfil de Harper lembra muito a de Johnny Lawrence (William Zabka) no inicio do seriado "Cobra Kai". 

Com um trio improvável de desajustados, a trama leva o público para embarcar numa última missão impossível no espaço. Eles deixam para trás seus entes queridos quando descobrem que a nossa Lua não é o que pensávamos que era. É a mesma surpresa que fica para quem está do outro lado da telona, "Moonfall: Ameaça Lunar" é um filme muito ruim. 


Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link.

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm

.: Diário de uma boneca de plástico: 14 de fevereiro de 2022

Querido diário,

Estou tão feliz! Já tenho meu ingresso garantido para a pré-estreia de "The Batman", no Cineflix. Nacionalmente, o filme irá estrear em 3 de março, mas com a pré, tudo vai acontecer antes. Sorte!! Não vou negar, estou muito curiosa com o filme do morcegão intepretado pelo ex-vampiro de "Crepúsculo", Robert Patinson. 

Se eu espero muito desse filme de quase 3 horas?! A resposta é: Sim! Muitíssimo!! 

Sou marvete, mas o homem-morcego me marcou demais com os filmes produzidos pelo fabuloso Tim Burton, principalmente pela atuação inesquecível de Michael Keaton com Batman. Como esquecer a lindeza de Kim Basinger como uma mocinha em apuros?!

Desta vez, teremos uma outra história e uma nova Mulher-Gato. E como será interpretada por Zoë Kravitz, já sei que teremos atuação de qualidade.

Que venha dia 1 de março. Amém!!

Beijinhos pink cintilantes e até amanhã,

Donatella Fisherburg


.: "O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder" ganha primeiro teaser trailer

Fãs de Tolkien, da cultura pop e do futebol americano pararam tudo durante o terceiro tempo da transmissão do LVI Super Bowl, quando a Amazon os transportou diretamente para a Terra-média


O Prime Video apresentou no domingo, 13 de fevereiro, o primeiro teaser trailer oficial da série Original Amazon mais antecipada para 2022, "O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder". O teaser de 60 segundos oferece ao público global os primeiros vislumbres audiovisuais da lendária Segunda Era de J.R.R. Tolkien, prometendo uma nova lenda do Amazon Studios e dos showrunners J.D. Payne e Patrick McKay que começará em 2 de setembro deste ano. Apresentando uma seleção do elenco de personagens da série -- como Elfos, Anões e Humanos -- e imagens das terras de Arda, o teaser trailer leva os espectadores a uma jornada repleta de ação e emoção em grande esplendor cinematográfic

O lançamento do teaser trailer durante o Super Bowl LVI em 13 de fevereiro marca mais um momento emocionante na divulgação de uma das séries mais esperadas do ano. No início deste ano, o Prime Video forjou o título da produção em metal fundido, instigando a curiosidade dos fãs pela série e alcançando organicamente cerca de 1 bilhão de impressões em todo o mundo nas primeiras 24 horas. Este marco da campanha foi rapidamente seguido pela revelação de 23 pôsteres detalhados apresentando apenas as mãos das estrelas da série, provocando uma ampla conversa online sobre a identidade e as histórias por trás desses personagens.



A aguardada série "O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder" estreia exclusivamente no Prime Video, em mais de 240 países e territórios e em diversos idiomas, na sexta-feira, 2 de setembro de 2022, com novos episódios disponíveis toda semana.

A série traz às telas pela primeira vez as lendas heróicas da Segunda Era da história da Terra-média. Este drama épico se passa milhares de anos antes dos eventos de "O Hobbit" e "O Senhor dos Anéis" de J.R.R. Tolkien, e levará os espectadores de volta a uma era em que grandes poderes foram forjados, reinos ascenderam à glória e caíram em ruína, heróis improváveis ​​foram testados, a esperança ficou pendurada pelo mais fino dos fios e um dos maiores vilões que já saíram da caneta de Tolkien ameaçou cobrir todo o mundo na escuridão. Começando em um tempo de relativa paz, a série segue um elenco de personagens, tanto conhecidos quanto novos, enquanto eles enfrentam o temido ressurgimento do mal na Terra-média. Das profundezas mais escuras das Montanhas Nebulosas, às majestosas florestas da capital élfica de Lindon, ao deslumbrante reino insular de Númenor, aos confins do mapa, esses reinos e personagens irão esculpir legados que viverão muito tempo depois deles.

A série é liderada pelos showrunners e produtores executivos J.D. Payne & Patrick McKay. Eles se juntam aos produtores executivos Lindsey Weber, Callum Greene, J.A. Bayona, Belén Atienza, Justin Doble, Jason Cahill, Gennifer Hutchison, Bruce Richmond e Sharon Tal Yguado; e aos produtores Ron Ames e Christopher Newman. Wayne Che Yip é co-produtor executivo e dirige junto com J.A. Bayona e Charlotte Brändström.

Os livros de "O Senhor dos Anéis" foram traduzidos para mais de 38 idiomas e venderam mais de 150 milhões de cópias.




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