sábado, 1 de janeiro de 2022

.: O que o filme "Don't Look Up" nos ensina sobre privacidade

Por Francisco Gomes Júnior


Nos últimos dias um filme lançado pela Netflix tem dado o que falar. “Don’t Look Up” ou “Não olhe para cima” é um dos assuntos mais comentado em todas as mídias sociais. Com um elenco repleto de estrelas como Leonardo Di Caprio, Jennifer Lawrence, Meryl Streep, Cate Blanchett e Jonah Hill, o filme conta ainda com a participação da cantora Ariana Grande.

O filme causa controvérsia pois vê-se nele um retrato de nossa realidade. Sem dar spoilers, a história apresenta um mundo polarizado, uma imprensa de ética questionável, políticos sem escrúpulos e negacionistas de verdades científicas. O filme apresenta aspectos jurídicos relevantes de nossos dias, a começar por um mundo onde todos são monitorados, vigiados por celulares, redes e celulares desenvolvidos para esse fim.

Na trama, uma gigante de tecnologia controla o mundo digital, diminuindo a capacidade opinativa crítica de seus usuários e o CEO da empresa é considerado um guru tecnológico, um visionário do futuro. É uma mistura de Steve Jobs, Zuckemberg e Elon Musk.  O que se retrata é como as big techs capturam milhões de nossos dados sem que percebamos quando navegamos pelas redes sociais, aplicativos de conversação ou programas para fins específicos como treinos ou dietas. Elas possuem nossos dados pessoais, inclusive os sensíveis, sabem o que você curte, o que comenta, o que compra, enfim, sabem mais de você que você mesmo.

Leonardo Di Caprio interpreta o cientista que, juntamente como sua assistente Jennifer Lawrence quer comunicar ao mundo uma importante descoberta. Com o desenvolvimento da trama, as dificuldades para efetivar a comunicação vai crescendo, culminando com a parte final do filme, bastante tensa. O filme traz uma reflexão para nós brasileiros, se todos os nossos dados estão disponíveis nas mídias sociais, se sabemos inclusive que são vendidos na dark web e se os sistemas públicos e privados são com frequência alvo de invasões, será que a LGPD (Lei Geral de Proteção dos Dados) será suficiente para conter os abusos? Ou será que, como na película, as big techs irão capturar inclusive os poderes públicos?


De fato, no filme nenhum de nós de forma individual tem muita autonomia na gestão de seus dados pessoais. E somos estimulados a consumir novos aplicativos que as gigantes da tecnologia nos disponibiliza, sempre com novos avanços tecnológicos e novas funcionalidades. Se é inevitável em um mundo cada vez mais digital esse domínio crescente pelas mídias sociais e pelas empresas que as administram, como evitar um futuro catastrófico, sem nenhuma privacidade ou escolha sobre quais dados concordamos em disponibilizar?

Se muitos dizem que o filme é um retrato e até uma visão de nosso futuro, devemos torcer para que o final de nosso mundo não seja o mesmo da trama. E estamos em um momento chave, pois invasões de hackers estão ocorrendo e expondo dados de usuários, inclusive retirando aplicativos públicos por muitos dias do ar. Se a ANPD (Autoridade Nacional de Proteção de Dados) demonstrar que sancionará com equidade empresas públicas e privadas e atuar para que tenhamos uma cultura de cibersegurança, iremos evoluir, aguardemos.

Se você ainda não assistiu “Não olhe para cima”, assista e participe do debate que vem tomando nossas mídias nos últimos dias. E reflita sobre a importância de ser cada vez mais cuidadoso com seus dados pessoais.

Francisco Gomes Júnior - Advogado Especialista em Direito Digital e Crimes Cibernéticos. Presidente da Associação de Defesa de Dados Pessoais e do Consumidor (ADDP). Instagram: fgjr


.: Crítica: "Não Olhe Para Cima", comédia faz público rir da própria desgraça


.: Shopee: Feliz Ano Velho com venda de livro novinho e envio de brinde

Por Mary Ellen Farias dos Santos*
Em janeiro de 2022


Lidar com o outro é sempre uma tarefa árdua. De fato, o ser humano é muito complicado. Quando o assunto envolve o mínimo valor que seja, muito pode mudar de figura. Tudo começou com o interesse na compra de um livro. Tendo dois perfis, fez a mesma abordagem de "dar desconto como primeira compra". Pensei: "Não tenho uma loja de departamento com tantas opções de escolha, mas tudo bem". Aceitei. Quando queremos nos desfazer do que está além em nossa casa, acabamos aceitando certas propostas. 

Após a abordagem inicial, o comprador sumiu por mais de um mês até que no dia 22 de dezembro fechou a compra clicando na oferta de R$ 20,00. Mesmo o livro estando anunciado por R$ 30,00, lá fui eu tentar emitir a etiqueta. Sem sucesso, os sites dos Correios estavam fora do ar.

No dia 24, cedo meu marido foi procurar onde imprimir a etiqueta que foi emitida na noite anterior. Claro! O lugar estava fechado. Contudo, tínhamos um velório e enterro para ir. De qualquer forma, o pacote do livro tinha sido aprontado anteriormente, tendo junto do livro comprado, um outro de brinde.

Encontramos um lugar para a impressão e o pacote seguiu viagem.

No dia 30, o comprador puxou conversa no chat. Pois é! O vendedor tem a obrigação de responder ou recebe como punição a diminuição da porcentagem no espaço de atendimento como avaliação da loja. Logo, é preciso dar uma devolutiva a cada nova mensagem.

Após tantas perguntas que tentei responder enquanto limpava as minhas janelas de casa, por volta das 18 horas, no mesmo chat, o comprador alegou não ter recebido o livro, embora estivesse computado com encomenda entregue. Foi, então, que a história daquela "amizade repentina de chat" virou do avesso. 

E eu que tinha enviado o livro apesar de toda a dificuldade para impressão da etiqueta, enfrentar um velório e enterro, além da fila nos Correios, no dia 24 de dezembro, passei a ser a culpada pelo comprador não ter recebido o produto. Sim! Fiquei como a responsável pelo não recebimento do produto que constava como entregue.

Assim que li a justificativa de que a culpa de não ter recebido o tal livro era minha, enviei foto do comprovante de postagem com a observação: "Comprador iniciou conversa no chat dizendo estar sofrendo problemas de entrega com a Shoppe. Após longa conversa, entrou com o pedido de reembolso alegando não ter recebido o livro que foi com brinde."

Não satisfeita, voltou ao chat para me intimidar, inclusive usou outro perfil na plataforma de vendas. Contudo, assinalou a opção de recebimento do livro para deixar a seguinte avaliação com uma estrela: "Só pra deixar bem claro que estou saindo no prejuízo, pois confirmei o recebimento sem de fato receber o produto, não que isso seja culpa da vendedora mas a contestação dela foi totalmente sem fundamento, e ainda com insinuações a meu respeito que me magoaram demais, mas fica o aprendizado."

Ao ler isso, não há como ficar intrigado por toda a narrativa em que fui envolvida. Qual o intuito de forçar conversa no período da tarde e pedir por vezes meu número alegando que deixaria de usar a plataforma de vendas? Claro que não passei. Do contrário, minha lojinha seria banida dali. Por que assinalou ter recebido já que não o fora entregue?

Eis que respondi: "um livro novinho anunciado por R$ 30.00, feito a R$ 20.00 para ter 18% descontado, enviado na véspera de Natal, saindo de um velório e enterro, paguei a impressão da etiqueta para logo mandá-lo e seguiu viagem com brinde. Eis que fui tratada no nível do comentário acima. 

Assustador é que a mesma passou a tarde escrevendo no chat, mostrando preocupação com a não chegada das compras que faz na plataforma, alegando que deixaria de usá-la. O que a fez insistir na troca de números de telefones, ação proibida em plataformas de vendas.

Não se culpa o vendedor por não envio ou o ameaça, inclusive por meio de outro perfil, quando um produto consta como entregue, sendo que você não o recebeu. É preciso buscar quem assinou pelo recebimento, nos Correios, para que quando tiver o produto em mãos possa, de fato, confirmar o recebimento dele.

Basta ver meu histórico de vendas, nunca fui de destratar ninguém. Esse não é o meu modo de agir. 

Sou compradora. Aliás, muuuuuuito mais compradora do que vendedora nessa plataforma, portanto entendo muito bem o lado do comprador. 

Situação descabida, mas é vida que segue."

A verdade é que paguei R$ 2,00 pela impressão da etiqueta, logo esses foram os R$ 16,86 mais infernais da minha vida. Contudo, não deixarei de anunciar na minha lojinha, ainda que, mesmo enviando os prints das abordagens para a Shopee, incluindo a forçação para eu dar o número, nenhuma atitudade foi tomada. 

No fim, é preciso contar que do outro lado tenham sempre boas pessoas.


*Mary Ellen Farias dos Santos é criadora e editora do portal cultural Resenhando.com. É formada em Comunicação Social - Jornalismo, pós-graduada em Literatura e licenciada em Letras pela UniSantos - Universidade Católica de Santos. Twitter: @maryellenfsm

.: Teatro J. Safra abre a programação do ano com show inédito de Maria Rita


Os fãs agradecem e a MPB saúda o retorno da cantora aos palcos. Foto: Bob Wolfenson

Uma das maiores intérpretes da música brasileira, Maria Rita Mariano apresenta o espetáculo "Voz: Violão" - concebido durante a pandemia - e que marca a abertura da programação de 2022 do Teatro J. Safra. O show mais intimista da carreira da cantora terá a participação do violonista Leandro Pereira.

As apresentações irão contar com clássicos da MPB e do repertório da artista, tais como: “Tá Perdoado”, “Maltratar Não É Direito”, “Num Corpo Só, “Cara Valente”, “Romaria”, entre outras canções. As apresentações acontecem nos dias 8 e 9 de janeiro e obedecem aos protocolos da casa de espetáculo, bem como as recomendações do Ministério da Saúde, visando a contenção do coronavírus.

 
Serviço:
Espetáculo:
"Voz: Violão"
Com Maria Rita Mariano e Leandro Pereira (violonista)
Apresentações: dias 8 e 09 de janeiro de 2022
Horários: 8 de janeiro, sábado, às 21h, e 9 de janeiro, domingo, às 20h
Duração: 75 minutos
Classificação: 12 anos


Ingressos
Plateia Premium - 
R$ 250
Plateia Vip - R $200
Mezanino - R$ 140
Mezz. Visão Parcial - R$120


Teatro J. Safra
Endereço: Rua Josef Kryss, 318 - Barra Funda - São Paulo – SP 
Telefone: (11) 3611-3042 
Abertura da casa: 2 horas antes de cada horário de espetáculo, com serviço de lounge-bar no saguão do Teatro. 
Capacidade da casa: 627 lugares
Acessibilidade para deficiente físico 


Estacionamento:
Valet Service (Estacionamento próprio do Teatro) - R$ 25

Horário de funcionamento da bilheteria
Quartas e quintas -
 14 às 21h
Sextas, Sábados e Domingos - 14h até o horário dos espetáculos
Vendas online: https://www.teatrojsafra.com.br/espetaculo.html?id=371
Aceita os cartões de débito e crédito:
Amex, Dinners, Elo, Mastercard, Visa e Hipercard.
Não aceita cheques.
Telefone da bilheteria: (11) 3611-3042

.: Depois de Tadeu Schmidt, Dani Calabresa é confirmada no "BBB 22"


“Estou muito empolgada pra assumir o ‘CAT BBB’ porque eu já assisto ao BBB e fico comentando com os meus amigos no telefone. Agora vou fazer a mesma coisa, só que ganhando salário (risos)”, afirma a humorista sobre a nova função. Foto: Globo/Divulgação

Dani Calabresa é o novo nome confirmado no "Big Brother Brasil 22", que estreia este mês. Ela assumirá um dos quadros mais queridos do reality. Quem entrar em contato com o "CAT BBB" vai encontrar, do outro lado, uma voz feminina.

A humorista estreia na próxima edição com a deliciosa missão de interagir com o púbico e garantir novas perspectivas, um tanto de deboche e boas risadas sobre os principais acontecimentos do jogo. Fã do "BBB", a nova atendente do famoso quadro vai continuar coletando as principais queixas, pedidos e considerações do público. E, claro, dando as respostas mais inesperadas para cada caso.     

Atriz e humorista, Dani conta que sempre acompanhou de perto as edições do programa, como espectadora assídua: “Estou muito empolgada pra assumir o ‘CAT BBB’ porque eu já assisto ao BBB e fico comentando com os meus amigos no telefone. Agora vou fazer a mesma coisa, só que ganhando salário (risos).

Ela também promete se divertir junto com o público e adianta o desejo de tirar boas risadas da galera de casa: “Eu sou fã do 'BBB'! Me envolvo e me apego aos participantes! Quero fazer tudo pro público se divertir comigo, antes só preciso entender se perco ou não estalecas...”. O "BBB 22" tem direção geral de Rodrigo Dourado, direção de gênero de Boninho e apresentação de Tadeu Schmidt. O reality show  tem estreia prevista para 17 de janeiro.

sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

.: "Encanto" e a lista de filmes dirigidos por Byron Howard e Jared Bush


 "Encanto", a mais recente animação da Walt Disney Animation Studios que acaba de estrear no Disney+, tem a direção de Byron Howard e Jared Bush.Listamos algumas animações dirigidas pela dupla para você ver e rever sempre que quiser.

Com direção dos renomados Byron Howard Jared Bush, da Walt Disney Animation Studios, "Encanto" está em cartaz nos cinemas e estreou dia 24 de dezembro no Disney+. O longa-metragem animado conta a história dos Madrigal, uma família extraordinária que vive escondida nas montanhas da Colômbia, em um lugar maravilhoso conhecido como Encanto. 

A magia abençoou todos os meninos e meninas da família com um dom único, desde superforça até o poder de curar. Todos, exceto Mirabel. Mas, quando ela descobre que a magia que cerca Encanto está em perigo, Mirabel decide que ela, a única Madrigal sem poderes mágicos, pode ser a última esperança de sua família excepcional. Além de  "Encanto", confira abaixo algumas das produções que os dois cineastas já dirigiram e/ou escreveram. Você pode comprar produtos de "Encanto" neste link.

"Zootopia" (2016)
Tanto Byron Howard quanto Jared Bush trabalharam juntos no filme “Zootopia”, lançado em 2016 pela Walt Disney Animation Studios. Byron atuou como diretor da animação e Jared como roteirista. Essa cooperação rendeu o prêmio do Oscar® na categoria de Melhor Animação em 2017. “Zootopia” apresenta a história de Judy, uma coelha do interior que se muda para a cidade grande para se tornar uma policial. Em sua primeira missão, Judy conta com a ajuda de Nick, uma raposa maliciosa, para desvendar o mistério de animais desaparecidos. Você pode comprar produtos de "Zootopia" neste link.


"Enrolados" (2011)
Em 2011, Byron Howard dirigiu “Enrolados”, a 50ª animação da Walt Disney Animation Studios. O filme é baseado no conto de fadas “Rapunzel” e conta a história de uma jovem princesa com cabelos mágicos. Presa em uma torre, a princesa é resgatada por Flynn Ryder, o bandido mais procurado do reino. Juntos, Rapunzel parte em busca de experimentar vivências do mundo, enquanto Flynn tenta de tudo para não ser capturado. Você pode comprar produtos de "Enrolados" neste link.



“Moana: Um Mar de Aventuras” (2016)
Jared Bush é um dos roteiristas de “Moana: Um Mar de Aventuras”. O filme sucesso em bilheterias apresenta uma jovem que parte em uma missão para salvar seu povo. Durante a jornada, Moana conhece o outrora poderoso semideus Maui, que a guia em sua busca. Juntos, eles navegam pelo oceano em uma viagem incrível. Você pode comprar produtos de “Moana: Um Mar de Aventuras” neste link.


“Bolt: Supercão” (2008)
Byron Howard também dirigiu a animação “Bolt: O Supercão”. A produção conta sobre um cachorro que estrela uma série de TV, na qual possui superpoderes, junto com sua dona Penny. Quando Penny é sequestrada pelo dr. Calico, o vilão da série, Bolt consegue fugir do furgão em que vive e parte atrás dela. Ao lidar com a vida real é que, aos poucos, ele toma consciência de que não tem superpoderes e é um cachorro normal. Você pode comprar produtos de  “Bolt: Supercão” neste link.

.: "Fragmentos do Tempo Presente", de Rosane Borges discute o Brasil de hoje


A jornalista e professora Rosane Borges lança o livro "Fragmentos do Tempo Presente"O livro reúne artigos sobre política, cultura, artes, mídia, jornalismo, tecnologia, racismo, sexismo e acompanha as reações dos movimentos a essas formas de exclusão. Recobrindo um arco temporal que vai de 2016 a 2019, o livro busca pensar o Brasil contemporâneo, fraturado por instabilidades políticas, pelas lutas por reconhecimento de grupos historicamente discriminados e por reconfigurações da tecnologia que constroem novas formas de sociabilidades.

A obra é editada pelo Laboratório Editorial Aquilombô, residência do Fórum Permanente das Artes Negras, que se dedica à publicação de autores negros, LGBTQIA+ e indígenas. Rosane Borges conta também com um time de excelência na apresentação de "Fragmentos do Tempo Presente": o prefácio é do jurista Silvio Almeida, a orelha do jornalista Muniz Sodré, o maior comunicólogo do Brasil,  e a quarta capa é assinada por Fabiana Cozza, cantora, escritora e pesquisadora, e Flavia Lima, editora de Diversidade do jornal Folha de S.Paulo.

Silvio Almeida afirma, na apresentação da obra, que “ao olhar para os cacos da nossa existência espalhados pelo chão do cotidiano, a autora nos permite compreender de que modo a vida se estilhaçou e como esse processo de dilaceração e de fragmentação da vida se repete a cada novo dia”. Já o idealizador do Aquilombô, o ator e dramaturgo Rodrigo Jerônimo, ressalta que “Rosane é a mentora intelectual desse projeto, participando ativamente, desde a primeira edição, como guia de nossas atividades, por isso, esse registro é fundamental para a história do Fórum”.

A autora vem se destacando no cenário nacional com seus artigos ensaísticos que incidem sobre assuntos da atualidade, levando o público a uma reflexão mais profunda sobre os fatos normalmente apresentados na velocidade do tempo jornalístico e, mais recentemente, das redes sociais e mídias digitais.  O Aquilombô tem se dedicado nesses  últimos anos à empregabilidade de artistas negros e ao  registro histórico, poético e intelectual por meio de publicações e eventos. Você pode comprar “Fragmentos do Tempo Presente”, de Rosane Borges, neste link.

.: "13 - O Musical" da Broadway que revelou Ariana Grande estreia no Brasil


Dois elencos que se revezam nas apresentações e banda, assim como na Broadway, são totalmente formados por talentos adolescentes.

O público adolescente que ama musicais  (e por que não dizer toda a família?) já pode aquecer a voz e ensaiar a coreografia! Após montagens de grande sucesso na Broadway - marcando a estreia profissional de Ariana Grande - e no West End, "13 - O Musical" aterrissa no país a partir de 26 de março para uma temporada curta em São Paulo, no Teatro Arthur Rubinstein, no Clube Hebraica.

O espetáculo, que está prestes a ganhar sua versão também em streaming, conta com músicas e letras de Jason Robert Brown, roteiro de Dan Elish e Robert Horn; e ganha no Brasil uma adaptação com direção geral de Fernanda Chamma, direção musical de Ronnie Kneblewski e coreografia de Mariana Barros.

A realização é da Bway Brasil, de Carla e William Akabane, com direção de produção de Renata Alvim e produção executiva de Eurípedes Fraga. Informações sobre venda serão divulgadas em breve.
A grande novidade, porém, fica por conta dos dois elencos (que se revezam nas apresentações) e banda divulgados agora e que, assim como na Broadway, são totalmente formados por talentos adolescentes.


Sinopse do espetáculo
Após se mudar de Nova Iorque para uma pequena cidade em Indiana, Evan Goldman precisa lidar com diversos problemas típicos da adolescência, incluindo o divórcio dos pais, a preparação para seu Bar Mitzvá, além, claro, ter que encarar a vida social complicada ao chegar em uma nova escola, fazer novos amigos, tudo isso em uma nova cidade. O espetáculo estreou em 2007 em Los Angeles, indo para a Broadway em 2008 e em 2012 em Londres.

Elenco
Enzo Krieger e Igor Jansen - Evan
Gabi Ayumi e Sienna Belle - Patrice
Andreas Trotta e Roberto Justino - Archie
Sam Sabbá e Sidinho - Brett
Bia Vasconcellos e Juliana Akemi - Lucy
Gabriela Sega  e Martha Nobel - Kendra
Ana Luíza Leal e Erin Borges - Charlotte
Gustavo Spinosa e Isidoro Gubnitsky - Simon
Carol Pelegrini e Paula Serra - Cassie
Teteu Cabrera e Theo Barreto - Eddie
Gabriela Melo e Isabella Daneluz - Molly
Gábi Meirelles e Tiago Fernandes - Malcon
Vinícius Spada - Richie
Isabella Faile - Swing


Banda
Carolina Ribeiro - baixo
Gabriel Gaiardo - Piano Conductor
Gaby Novais -Teclado
Henry Gaspar - Teclado
Junior Almeida - Bateria e Baixo elétrico
Mateus Brito - Guitarra
Vinny Rider - Guitarra
Vittorio Taguti - Bateria

.: "Retorno ao Admirável Mundo Novo", o livro ideal para o último dia do ano


Quase 30 anos após lançar sua obra-prima e um dos monumentos da ficção científica, Aldous Huxley retorna ao seu "Admirável Mundo Novo". "Em 1931, enquanto eu escrevia 'Admirável Mundo Novo', estava convencido de que ainda tínhamos muito tempo. Vinte e sete anos depois, estou me sentindo bem menos otimista do que estava quando o escrevi", alertou o autor.

A Biblioteca Azul lança "Retorno ao Admirável Mundo Novo", de Aldous Huxley. Nesta obra, Huxley se propõe a avaliar as previsões de sua obra original, e também a elaborar novas questões para o futuro. Logo de início, afirma que suas hipóteses se tornaram realidade muito mais rápido do que havia imaginado.

Com talento profético e imensa capacidade imaginativa, Aldous Huxley trata neste livro das ameaças à humanidade, tais como a superpopulação, a manipulação genética e psicológica, o uso de drogas prescritas como forma de controle social, e a ascensão de regimes autoritários. Compara sua distopia com a de George Orwell, de quem fora professor, e coloca lado a lado acertos e erros de ambas.

Alguns dos temas de seu "Admirável Mundo Novo" permanecem atuais e urgentes neste "Retorno", publicado em 1958. São assuntos que ainda repercutem em nosso tempo, como o reforço positivo de comportamentos e a flexibilização da noção de verdade. E de que forma atuam as redes sociais senão como reforços de boa conduta e espaço para veiculação de mensagens falsas? Ao lançar questões para o futuro, propõe que as nações devem educar seus cidadãos para a liberdade, sob risco de caírem na mão de ditaduras.

Esta edição traz notas que contextualizam dados e informações do texto original, tradução de Fábio Fernandes, e também um posfácio escrito por Carlos Orsi, pesquisador do Instituto Questão de Ciência, que contextualiza o exercício especulativo de Huxley e também propõe debates para o nosso tempo, como a manipulação emocional da publicidade, a tecnologia a serviço do controle total, e o efeito de hipnose das redes sociais. Você pode comprar "Retorno ao Admirável Mundo Novo", de Aldous Huxley, neste link.


Sobre o autor:
Aldous Leonard Huxley nasceu em 26 de julho de 1894 no condado de Surrey, na Inglaterra. Pertencente a uma família de tradicionais intelectuais ingleses, estudou medicina e literatura inglesa. Viveu na Itália durante o regime fascista de Mussolini, período que viria a exercer influência sobre seus livros, e anos depois mudou-se para Hollywood a fim de trabalhar como roteirista. Em 1932, publicou Admirável mundo novo e, em 1954, narrou suas experiências com mescalina em As portas da percepção, livros fundamentais para a cultura e as artes. Huxley morreu nos EUA em 22 de novembro de 1963.


Livro: "Retorno ao Admirável Mundo Novo"
Autor: Aldous Huxley | Páginas: 176 | Formato: 14X21cm

.: "Stomping Ground": Dion di Mucci grava disco com convidados especiais


Por Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico musical.

Após o aclamado "Blues With Friends", Dion di Mucci está de volta, mais uma vez com um elenco de estrelas da música em seu novo álbum, "Stomping Ground", lançado recentemente pelo selo Keep the Blues Alive Records (KTBA). Produzido por Wayne Wood e Dion, o álbum foi gravado durante a pandemia e apresenta o veterano pioneiro do rock´n roll em plena forma.

O álbum conta com convidados como Boz Scaggs, Mark Knopfler, Eric Clapton, Peter Frampton, Patti Scialfa, Bruce Springsteen, Billy Gibbons, Keb "Mo", Sonny Landreth, Joe Menza, Mike Menza, Marcia Ball, Jimmy Vivino , Rickie Lee Jones, Wayne Wood, Joe Bonamassa e GE Smith. Também inclui encarte com texto de Pete Townshend, do The Who.

São 14 faixas, a maioria co-escritas por Dion e Mike Aquilina, "Stomping Ground" encontra o veterano em seu autêntico elemento de blues / rock & roll, com músicos famosos se juntando a ele. Um vocalista suave e cheio de alma, Dion abre espaço para os convidados artistas para emprestar seu estilo único a cada música.

Um dos destaques é a faixa "Take It Back", com participação de Joe Bonamassa, da geração mais recente de guitarristas do estilo blues rock. Dion é um artista que permaneceu relevante e inovador da década de 50 até o presente. Em sua adolescência, cantou nas esquinas das ruas do Bronx e em bares locais, reunindo outros cantores, usando suas vozes em vez de instrumentos.

Em 1957 ele formou o Dion and The Belmonts, criando hits no estilo doo-wop e se tornou uma sensação nacional. Posteriormente, sua carreira solo nos anos 1960, 70 e 80 produziu uma série de sucessos, culminando com sua inserção no Hall da Fama do Rock and Roll em 1989.

Ele é citado como uma grande influência de artistas como Bruce Springsteen, Paul Simon, Lou Reed e outros. O álbum "Stomping Ground" serve para consolidar a incrível e contínua jornada musical de Dion.



"Take It Back"

"Dancing Girl"

"Cryin Shame"

quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

.: Meu singelo adeus ao mestre Dirceu Fernandes Lopes



Por: Mary Ellen Farias dos Santos 

Em dezembro de 2021


Há uma semana, maridão nem bem esperou eu abrir os olhos quando me disse que o professor Dirceu Fernandes Lopes havia falecido. Assim que entendi a mensagem, bateu uma sensação inexplicável de perda. Eu me formei na UniSantos, em 2004, e ele não chegou a ser, efetivamente, professor da minha turma. Uma lástima.

O Dirceu foi nosso professor substituto -o que era sempre uma surpresa. Sendo assim, o certo era sempre chegar no horário para não levar uma chamada dele, diante de todos. Vergonha! Eu adorava quando era ele. Até hoje repito o comentário que fazia sobre a fraca programação televisiva e os realities que estavam começando a emplacar: "isso faz a orelha de burro crescer". 

Ele podia fechar a cara para atrasos, mas sabia sorrir de modo acolhedor. Era a caricatura de um homem bravo: voz de trovão, sobrancelhas arqueadas e um bigodão. Como não tremer de medo de errar com ele? Foi nessa condição que eu o conheci. Não que antes eu não tivesse ouvido falar muito de Dirceu Fernandes Lopes. Havia unanimidade quanto o nome Dirceu: ele uma lenda para os alunos da FACOS, localizada na Rua Euclides da Cunha, em Santos. 

No primeiro dia da turma com o mestre, ouvimos a peripécia de ele ter jogado um celular pela janela. Um aviso direto para caso o de algum aluno presente chegasse a tocar durante a aula. Bem, eu nem tinha um. Minha obrigação era prestar atenção e anotar os ensinamentos. E são tantos repetidos por nós até hoje.

Se tenho mania de falar "Juízo, hein!", é por causa dele. Brincava comigo e meu namorado -que hoje é meu marido-, mas sempre terminava a conversa dando esse alerta. A verdade é que o professor Dirceu tentava assustar, mas logo descobríamos que ele era muito do bem, tal qual um paizão. 

Dava medo quando ele pegava os nossos textos, mas a devolutiva era de orgulho para quem recebia. Grifava tudo o que achava importante e fazia anotações. E até comentava com a gente sobre as ideias abordadas. Ele realmente lia o que tínhamos escrito. Isso conta muito quando somos foquinhas. 

Claro que quando comecei a dar aula de Redação para o ensino médio, muitas das minhas manias vieram dele! Como deixar de se lembrar do "Momento Mágico" quando ele premiava os textos dos alunos com livros? Outro hábito replicado por mim e meu marido.

Além das brincadeiras e conselhos dados nos corredores da antiga FACOS fica uma outra lembrança muito viva. Ao terminar a conversa, numa modalidade de despedida própria, o professor dava uns petelecos na barriga -dos rapazes. Nas moças, encostava de leve no braço e ia embora.

E como era legal encontrá-lo num ponto de ônibus ou numa rua de Santos. Geralmente de calça jeans, Hering branca, boné e mochila nas costas. Hoje em dia, partilho com meu marido, também ex-aluno dele a maravilha que é estar na rua com mochila nas costas, em roupas confortáveis e sair por aí.

Não é que havia a lenda de que ele não pisava em Shopping?! Claro que nós acreditávamos! Contudo, certa vez, eu e meu ainda namorado, encontramos o próprio, o professor Dirceu, no Praiamar Shopping. Iria ao cinema assistir "O conde de Monte Cristo". 

O professor não era só bom em recomendar filmes, mas também livros. Lembro que eu estava no primeiro ano de Jornalismo, quando meu pai deu um bom dinheiro para eu ir ao Gonzaga, comprar livros para a faculdade. Pois bem! Voltei com um que desejava há certo tempo "O Mundo de Sofia", enquanto que trouxe indicações dele: "Minha Razão de Viver" e "História da Imprensa no Brasil". Tenho todos até hoje, em minha estante.

Ensinou sobre ajudar a quem precisa e a ser grato. Essa é a imagem que tenho dele. Ele é a saudade que levamos daquele prédio na Euclides que nem existe mais.

Dirceu Fernandes Lopes foi gigante, não apenas por tudo o que representou para meu marido e, consequentemente, para mim. Ele é o cara!


* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm


Acompanhe a página no Facebook "A vida de Dirceu Fernandes Lopes": https://www.facebook.com/A-vida-de-Dirceu-Fernandes-Lopes

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