terça-feira, 28 de dezembro de 2021

.: Regina Braga e Mariana Xavier marcam a reabertura do Teatro Unimed

Regina Braga e Mariana Xavier. Lázaro Ramos, Ana Paula Bouzas e Isabel Teixeira dirigem peças que marcam a reabertura do Teatro Unimed para o grande público. Fotos: Roberto Setton | Rodrigo Lopes


Depois de um período de cerca de dois anos fechado para o grande público, em decorrência da pandemia, o Teatro Unimed, localizado no Edifício Santos Augusta, na emblemática esquina das duas ruas paulistanas, reabre suas portas para espetáculos presenciais a partir de janeiro de 2022. E a volta será em grande estilo, com as atrizes Regina Braga, com o espetáculo "São Paulo", dedicado à capital paulista sob a direção de Isabel Teixeira, e Mariana Xavier, com a peça "Antes do Ano Que Vem", dirigida por Lázaro Ramos e Ana Paula Bouzas.

Com estreia na sexta-feira, 28 de janeiro, às 21h, "São Paulo" é um espetáculo em que a personagem principal é a própria cidade de São Paulo, com sua história, encantos, curiosidades e contradições contados por meio de músicas, textos e poesias que falam da cidade, desde a sua fundação. Textos de Roberto Pompeu de Toledo, Alcântara Machado, Mario de Andrade, Paulo Prado, José de Anchieta, Castro Alves, Guilherme de Almeida, Itamar Assumpção, Plínio Marcos, Paulo Bonfim e Drauzio Varella são entremeados por músicas de Paulo Vanzolini, Adoniran Barbosa, Luiz Tatit, Chico Cesar, Renato Teixeira e outros compositores que cantaram cenas do cotidiano e as vicissitudes dos habitantes da cidade. Os ingressos começam a ser vendidos em 10 de janeiro, pela Sympla (sympla.com.br) e nas bilheterias do Teatro Unimed.

Idealizada por Mariana Xavier, com texto de Gustavo Pinheiro, a muito divertida comédia "Antes do Ano Que Vem" tem como pano de fundo uma das datas mais simbólicas do calendário mundial: o Ano Novo. Alegre para uns e angustiante para outros, a imprevisibilidade desta celebração constitui o grande mote para o espetáculo, expondo necessidades, angústias e desejos de sete personagens diferentes que encaram a virada do ano em perspectivas bastante distintas. "Antes do Ano Que Vem" tem estreia marcada para a sexta-feira, 4 de março. Os ingressos começam a ser vendidos em 17 de janeiro, pela Sympla e nas bilheterias do Teatro Unimed.

Durante todo o período em que esteve fechado para espetáculos presenciais, o Teatro Unimed continuou produzindo cultura e lazer, com espetáculos de grande qualidade, online e sempre gratuitos, como parte do projeto Teatro Unimed Em Casa, que estreou em 2020 com Luis Miranda, em Madame Sheila, e seguiu em 2021 com o espetáculo "Dez por Dez", obra de Neil LaBute adaptada pelos Irmãos Leme e protagonizada por Angela Vieira, Bruno Mazzeo, Chandelly Braz, Denise Fraga, Eucir de Souza, Ícaro Silva, Johnny Massaro, Leopoldo Pacheco, Luisa Arraes e Pathy Dejesus; o filme-concerto "Criolo Samba em 3 Tempos"; o programa de entrevistas "Hora de Naná", comandado por Naná Karabachian, que reuniu um time de estrelas formado por Ana Carolina, Reynaldo Gianecchini, Mart’nália, Seu Jorge, Elias Andreato e Claudia Raia; o show-filme "Nordeste Ficção", com Juliana Linhares e os convidados Zeca Baleiro e Josyara; e o espetáculo infantil "Quem Matou o Leão?", celebrando os 100 anos de nascimento de Maria Clara Machado e os 70 anos de fundação d’O Tablado, e que ainda pode ser visto, grátis, até o dia 16 de janeiro, no site do Teatro Unimed (teatrounimed.com.br). Como uma iniciativa comprometida em levar a produção artística inédita e de qualidade até onde as pessoas estão, o Teatro Unimed Em Casa contribuiu para aumentar o acesso gratuito à cultura e ao lazer em tempos de isolamento social.

No período de pandemia, o Teatro Unimed chamou a atenção para iniciativas de apoio a profissionais das artes, fortemente afetados pela momento em que diminuiu a produção de espetáculos. Entre  as organizações apoiadas, o Backstage Invisível, o Fundo Marlene Colé, a APTR - Associação dos Produtores de Teatro, o GAMI – Grupo Afirmativo de Mulheres Independentes do RN e a organização humanitária I Know My Rights. Todos os profissionais envolvidos com diversas filmagens tiveram contínuos registros de condições de saúde, sendo submetidos a testes periódicos pela rede de medicina diagnóstica Alta Excelência Diagnóstica, referência em tecnologia, inovação e qualidade médica, com foco no atendimento humanizado (www.altadiagnosticos.com.br). Além disso, como prática cotidiana do Teatro Unimed e do Edifício Santos Augusta, realizou-se todo o protocolo de praxe de ações anti-Covid, com higienização contínua de equipamentos, acessórios, pisos e ambientes, uso de máscara obrigatório generalizado, higienização periódica das mãos, amplo distanciamento social e desinfecção diária dos locais.

Teatro Unimed: Iniciativa da Desenvolvedora REUD e projeto do cultuado arquiteto Isay Weinfeld, o Teatro Unimed está localizado em um dos pontos centrais da cidade de São Paulo: esquina da Rua Augusta com a Alameda Santos, a apenas uma quadra da Avenida Paulista. Com curadoria da programação feita por Monique Gardenberg, Carlos Martins e Jeffrey Neale, da Dueto Produções, o Teatro Unimed é voltado para espetáculos de alta qualidade e nunca antes exibidos na cidade, como o musical Lazarus, de David Bowie, com o qual abriu suas portas em agosto de 2019, e Madame Sheila, com Luis Miranda, que deu início, em 2020, ao projeto Teatro Unimed Em Casa, sendo visto online por mais de 80 mil pessoas em 40 países. Muito versátil, com o que existe de mais moderno em tecnologia cênica, ideal para espetáculos de teatro, música, dança, eventos, gravações e transmissões ao vivo, o Teatro Unimed é todo revestido em madeira, com 249 lugares, palco de 100m2, boca de cena com 12m de largura e fosso para orquestra. Primeiro teatro criado por Isay Weinfeld (responsável pelos projetos dos hotéis do Grupo Fasano, do residencial Jardim, em Nova York, e do Hotel InterContinental, em Viena), o Teatro Unimed ocupa o primeiro andar do sofisticado edifício projetado pelo arquiteto, o Santos Augusta, empreendimento da REUD, combinação única de escritórios, café, restaurante e teatro. Elegante e integrado ao lobby no piso térreo, o Perseu Coffee House é a porta de entrada do Santos Augusta. Com mobiliário vintage original dos anos 50 e 60, assinado por grandes nomes do design brasileiro, como Zanine Caldas, Rino Levi e Carlo Hauner, e uma carta de cafés, comidinhas e drinks clássicos, é o lugar perfeito para encontros informais, desde um café da manhã até o happy hour. O Casimiro Ristorante é uma iniciativa de um dos mais admirados e tradicionais restaurantes de São Paulo o Tatini, fruto da dedicação de três gerações de profissionais voltados para a gastronomia italiana de qualidade: Mario Tatini, Fabrizio Tatini e Thiago Tatini.


Teatro Unimed

Edifício Santos Augusta, Al. Santos, 2159, Jardins, São Paulo

Capacidade: 249 lugares

Acesso para pessoas com mobilidade reduzida

teatrounimed.com.br | facebook.com/TeatroUnimed | instagram.com/teatrounimed


.: Entrevista: Reginaldo Faria relembra os desafios de atuar em "O Clone"


"Ter um filho clonado era assustador", afirma o ator, fala sobre o trabalho que está de volta no "Vale a Pena Ver de Novo". Foto: TV Globo / Alex Carvalho

A maior preocupação de Reginaldo Faria ao interpretar o empresário Leônidas em "O Clone" foi saber como se comportar ao descobrir que teve um filho clonado. Ele conta que se preparou com antecedência para passar pela situação na trama de Gloria Perez. "A primeira pergunta que me fiz foi de como me comportaria sabendo que meu filho foi clonado. Se fossem gêmeos, o processo seria natural e os veria crescer. Mas clonado e com idade de vinte e poucos anos é assustador. Preparei meu espírito para isso. E, logicamente, o processo de gravação iria me conduzir e apresentar emoções novas", revela o ator.     

Apesar de os momentos dramáticos ao lado dos filhos, Leônidas vive situações alegres ao lado de Yvete (Vera Fischer), que o chama carinhosamente de "Leãozinho". A parceria com Vera Fischer foi um dos pontos fortes da trama. "Eu não tinha noção do que seria a química entre mim e Vera Fischer. Até porque, era a primeira vez em minha carreira que iria contracenar com ela. Para mim, Vera era um mito. Lembro que, em uma das cenas, segurei na mão dela e disse: ‘Nossa! Que mão grande você tem’. Ela respondeu: ‘Tudo em mim é grandioso.’ Eu me apoiei nessa frase dela. E juntos criamos a empatia que o casal precisava. Deu certo. Vera, além de boa atriz, é uma excelente companheira", elogia. Em entrevista, Reginaldo relembra um pouco mais sobre o trabalho.    


O que você recorda de todo o processo de construção do Leônidas e como foi a preparação para interpretá-lo?
Reginaldo Faria - A primeira pergunta que me fiz foi de como me comportaria sabendo que meu filho foi clonado. Se fossem gêmeos, o processo seria natural e os veria crescer. Mas clonado e com idade de vinte e poucos anos é assustador. Preparei meu espírito para isso. E, logicamente, o processo de gravação iria me conduzir e apresentar emoções novas.
 

O casal Leônidas e Yvete caiu no gosto do público. Como era a sua troca com a Vera Fischer?
Reginaldo Faria - 
Eu não tinha noção do que seria a química entre mim e Vera Fischer. Até porque, era a primeira vez em minha carreira que iria contracenar com ela. Para mim, Vera era um mito. Lembro que, em uma das cenas, segurei na mão dela e disse: “Nossa! Que mão grande você tem”. Ela respondeu: “Tudo em mim é grandioso”. Eu me apoiei nessa frase dela. E juntos criamos a empatia que o casal precisava. Deu certo. Vera, além de boa atriz, é uma excelente companheira.
 

Essa novela é um de seus trabalhos mais marcantes na carreira?
Reginaldo Faria - 
Durante o período de gravações não percebi tanta repercussão do meu trabalho, embora a novela estivesse no auge do sucesso. Como sou um sujeito caseiro, não senti tanto esse retorno através do nosso público. Só soube disso mais tarde, quando a novela foi exibida na Rússia. Recebi centenas de mensagens das mulheres russas.
 

Na época, o que o público daqui falava com você sobre a novela?
Reginaldo Faria - 
A nossa cultura é novelesca desde os tempos das novelas radiofônicas. Muitas pessoas davam nomes aos filhos através dos personagens de novelas. Na época as pessoas queriam saber se o Leãozinho iria ficar com a Yvete.
 

Com a venda da novela para muitos países, em suas viagens você deve ter sido bastante reconhecido. Em quais países que visitou o público foi mais caloroso?
Reginaldo Faria - 
Não fiz muitas viagens. O que de fato marcou foram as mensagens vindas pelas redes sociais, especialmente das mulheres russas.


Exibida no "Vale a Pena Ver de Novo", "O Clone" é escrita por Gloria Perez, com direção de núcleo e geral de Jayme Monjardim, direção geral de Mário Márcio Bandarra e Marcos Schechtmann, e direção de Teresa Lampreia e Marcelo Travesso.

 

.: Série "Gilberto Braga: Meu Nome É Novela" faz sucesso no Globoplay


Série documental em três episódios faz homenagem ao autor de grandes sucessos da TV.

Gilberto Braga mexeu com o imaginário do público e, com suas histórias, despertou emoções diversas e marcou época na televisão. Além disso, ele retratou a sociedade brasileira e parou o país por diversas vezes com suas tramas. 

Série documental original Globoplay, dirigida por Antonia Prado, vai homenagear um dos maiores autores da teledramaturgia nacional. Com três episódios, "Gilberto Braga: Meu Nome É Novela" chega ao catálogo da plataforma . O conteúdo revisita a obra do autor, que morreu em outubro deste ano, relembrando seus projetos e personagens mais marcantes. “É uma grande homenagem à obra e à história do Gilberto Braga, responsável por mudar a maneira como fazemos e assistimos às novelas no país. O público terá a oportunidade de acompanhar seus 50 anos de trabalho e (re)conhecer o legado que ele deixou para a televisão brasileira”, explica Antonia Prado.

No documentário, imagens de arquivo das novelas se misturam a entrevistas concedidas pelo próprio autor e por atores e atrizes que marcaram sua carreira dando vida a personagens emblemáticos. Nomes como Antônio Fagundes, Cássia Kiss, Malu Mader, Glória Pires, Dennis Carvalho, Renata Sorrah, Claudia Abreu, Deborah Evelyn e Lucélia Santos ajudam a contar a história de Gilberto Braga de diversos pontos de vista. Além disso, a produção mostra a trajetória do autor, desde sua entrada na TV Globo, até sua última novela, costurando sua carreira com imagens das tramas que escreveu.

“Podíamos escolher muitas pessoas para participar, porque o Gilberto Braga impactou a carreira e a vida de quase todos os talentos da TV Globo, mas acabamos optando por algumas pessoas que foram mais importantes na trajetória do autor. Como a atriz Glória Pires, que fez seu primeiro papel de destaque na televisão ao lado dele e depois participou de oito de suas novelas. E o diretor Dennis Carvalho, seu parceiro em dez novelas e duas minisséries. Ou seja, escolhemos pessoas que pudessem falar sobre Gilberto Braga de diferentes formas e pontos de vista para nos ajudarem a contar todos os 50 anos de obras televisivas e também histórias da vida particular dele”, explica Antonia. 

"Gilberto Braga: Meu Nome É Novela" é uma série documental original Globoplay e tem direção geral de Antonia Prado, roteiro de Lalo Homrich, direção executiva de Rafael Dragaud e direção de gênero de Mariano Boni.

 
Sobre Gilberto Braga
Carioca e apaixonado pelo Rio de Janeiro, Gilberto Braga foi um dos maiores autores da teledramaturgia brasileira. Criou histórias que emocionaram, divertiram e provocaram o Brasil. Gilberto conhecia o ser humano e não economizava ao expor suas loucuras. Criou personagens notáveis – e inesquecíveis – e provocou comoção nacional com diversas tramas e mistérios.

 Foram inúmeras as vezes em que o país parou para acompanhar o desfecho das tramas de Gilberto Braga. É dele um dos principais marcos da teledramaturgia brasileira, "Vale Tudo", que consagrou a pergunta: "Quem matou Odete Roitman?". A novela "Dancin’ Days" conquistou o coração do público e ditou moda com as meias Lurex e a paixão pelas discotecas. Já em "Anos Dourados", contou uma história ambientada durante o governo JK. Na trama o casal protagonista foi vivido por Malu Mader e Cássio Gabus Mendes.

Com "Anos Rebeldes", o autor fez o Brasil lembrar dos anos de chumbo da ditadura militar. Em "Celebridade", todos pararam para ver a surra da mocinha, interpretada por Malu Mader, na vilã de Claudia Abreu. Com "Paraíso Tropical" fez o Brasil torcer pelo romance entre os personagens de Camila Pitanga e Wagner Moura. Em "Babilônia", sua última novela, mostrou um beijo gay entre duas grandes estrelas da TV, Natalia Timberg e Fernanda Montenegro. 

.: Museu das Ilusões prorroga temporada até o final de janeiro em SP


O maior acervo de ilusão de ótica do mundo, permanece em exposição durante as férias.

O maior acervo de ilusão de ótica do mundo, o Museu das Ilusões permanece em exposição em São Paulo até o final de janeiro. O encerramento da exposição estava previsto em dezembro, mas devido ao sucesso durante a volta das atividades presenciais, o museu estende temporada, no Shopping Eldorado, e fica até o dia 31 de janeiro na capital paulista.

O museu tem formato itinerante e no segundo semestre recebeu novas obras, além de incrementar seu acervo com peças de artistas brasileiros, desenvolvidas especialmente para o Museu. Hoje já conta com cerca de 80 peças em exposição. A mostra oferece uma experiência educativa e divertida aos visitantes, que podem tirar fotos e gravar vídeos em situações inusitadas.

Desde o retorno das atividades culturais, o Museu tem sido muito procurado para atividades de lazer em família, passeios turísticos e também por grupos de escola, especialmente por escolas que retornaram com a atividade de estudos do meio. O acervo constitui uma ótima atração para grupos escolares, visto que além de proporcionar experiências lúdicas, é também uma aula sobre ilusões de ótica e conceitos diversos da física, da geometria e matemática envolvidos neste universo.

Conhecida como ilusão de ótica, é um fenômeno que envolve tanto a biologia dos olhos e cérebro, quanto à física da luz, responsável por possibilitar como enxergamos o mundo em nossa volta, misturando conceitos da arte, que passam por profundidade, contraste, ângulos e distancia, entre outros.

Em São Paulo, o Museu conta com 12 ambientes separados, distribuídos em mais de 1.300 m² de exposição, permitindo que as peças fiquem bem distantes uma das outras, onde é possível caminhar sem aglomeração, com distanciamento. Um boa opção de passeio para as férias, que permite tranqüilidade, segurança, seguindo os protocolos.

Outro arranjo, são as entradas programadas a cada 15 minutos, onde o museu também controla a capacidade do público conforme precisar, de forma bem fracionada, tudo cuidadosamente pensado para melhor circulação e contemplação das peças. 

O Museu das Ilusões do Brasil oferece a maior experiência de ilusões de ótica do mundo. Único do gênero na América Latina, já conta com cerca de 80 peças em seu acervo. Recentemente passou a receber peças exclusivas, de artistas brasileiros, criadas especialmente para o Museu. Já passou por 5 cidades e em 2022 continua em turnê pelo país. 

O projeto surgiu da parceria entre o físico e professor Julio Abdalla, criador da ExperCiência, maior evento itinerante de ciência do Brasil, e o consultor e assessor em projetos de entretenimento, Paulo Zimmermann, que juntos compartilharam a vontade de criar e oferecer experiências no campo da ciência que antes só podiam ser vistas no exterior.

Com curadoria do professor Julio Abdalla, diversas peças vindas do mundo todo estão disponíveis para todos os brasileiros. A exposição, que tem formato itinerante e já passou por seis cidades, promete uma intrigante experiência visual. Sabe aquela situação que causa na gente uma chacoalhada no cérebro para ver se realmente temos certeza do que vemos?! Essa é uma das sensações que o Museu das Ilusões provoca, além de muitos risos e desafios as nossas certezas.


Ilusões de ótica
Em algum momento da vida, todo mundo já se deparou com uma imagem que gerou certa estranheza e confusão na mente, parecendo que aquilo não faz parte da realidade que conhecemos. Esses aspectos que constituem as ilusões de ótica fazem com que esse fenômeno se torne uma técnica muito valiosa tanto para a arte, quanto para a ciência e a educação, visto que a partir de diversos exemplos encontrados no Museu das ilusões, torna-se possível combinar diversão com explicações de como funciona o corpo humano em seus aspectos cognitivos e fisiológicos, e suas interações com a luz e suas interpretações de cores, profundidade etc.

As ilusões têm uma longa história ao longo de séculos, indo desde os antigos gregos,em 350 AC, com Aristóteles observando uma cachoeira e ao desviar o olhar para rochas estáticas, as rochas parecerão se mover na direção oposta do fluxo de água, até o início do século XX, em 1915, com o cartunista W. E. Hill que publicou o famoso desenho em que duas imagens podem ser vistas. Uma é uma garota, posicionada de perfil olhando para longe, a outra é o rosto de uma senhora idosa que olha para o chão.


Serviço:
Museu das Ilusões
Shopping Eldorado - Av. Rebouças, 3970 - Bairro Pinheiros, São Paulo/SP
3° Piso - Junto a Praça de Alimentação.
Funcionamento (dezembro e janeiro): Mudança de horário - De segunda a sábado, das 10h às 22h (antes não abria de segunda). O horário de domingo e feriado também mudou, agora das 11h às 22h, com entrada até às 21h. Sempre com entrada permitida até uma hora antes.
Valor dos Ingressos: R$ 50 (inteira) e R$ 25 (meia-entrada).
Descontos promocionais para grupos e famílias com três pessoas ou mais: 3 pessoas – R$ 75. 4 pessoas – R$ 100. 5 pessoas – R$ 125. 6 pessoas – R$ 150.
Pontos de Venda: na bilheteria do museu e online pela Eventim: www.eventim.com.br/artist/museu-das-ilusoes 
Contatos: Telefone (19) 99981-4198 ou e-mail: contato@museudasilusoes.com.br

segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

.: Entrevista: Bráulio Bessa fala sobre a poesia que transforma e série poética


Bráulio Bessa para documentario Globoplay "Poesia que Transforma. Foto: Globo/Sergio Zalis


O Globoplay estreia a série documental "Poesia que Transforma". Idealizada por Duda Martins em parceria com Bráulio Bessa, com direção de Duda e de Chico Walcacer, e roteiro assinado por Douglas Vieira, a obra conta as histórias de brasileiros que, no momento certo, se cruzaram com a vida e obra do poeta popular Bráulio Bessa. 

Com cinco episódios temáticos -  raízes, amor, igualdade, fé e recomeço -, três pessoas de dez diferentes estados do país têm suas trajetórias revisitadas desde as origens até o momento em que seus caminhos se cruzam com os versos de Bráulio Bessa. “Hoje, percebo ainda mais a força existente na palavra. Percebia isso em cartas, depoimentos, e-mails, abraços, em cada história que meus leitores me contavam, mas agora percorri geograficamente o caminho que a poesia fez e foi muito emocionante. Contar essas histórias é uma grande homenagem à poesia, à esperança, ao amor, à bondade, à sensibilidade humana”, diz Bráulio. 

O documentário ainda navega por temas da atualidade, como racismo, homofobia, intolerância religiosa, desigualdade social, xenofobia e tantos outros assuntos que também atravessam a obra de Bráulio Bessa. “Encontramos um Brasil que é muito mais conectado à poesia do que poderíamos imaginar. Em tempos tão difíceis, conhecemos gente de todas as idades, de todas as classes, de norte a sul do país, respirando poesia. Foi uma experiência transformadora pra todos nós”, relata o roteirista Douglas. 

A diretora Duda Martins, também nordestina, conheceu Bráulio Bessa nos bastidores do programa "Encontro com Fátima Bernardes" e teve a ideia do projeto ao perceber a riqueza dos relatos que espectadores enviavam ao programa após as participações de Bráulio no seu quadro “Poesia com Rapadura”. Em sua visão, a série é um convite para o público se dar de presente. “O presente de parar, respirar e olhar para dentro. Um fôlego em meio ao caos. ‘Poesia que Transforma’ é uma forma de ver o Brasil bonito de novo, com os óculos da poesia. O país que amamos, cheio de potencialidades, histórias inspiradoras e arrebatadoras, e contadas por todo tipo de gente”, defende.

Durante quatro meses de viagens e gravações, o poeta e a equipe da série captaram de perto histórias, momentos e imagens de um Brasil múltiplo, com o olhar e a sensibilidade do diretor de fotografia Lucas Oliveira, parte fundamental para a narrativa, que junta periferia, favela, floresta e sertão, depois de percorrerem mais de dez estados e 15 cidades, de Norte a Sul do país. Entre elas estão a terra natal de Bráulio Bessa, Alto Santo; Juazeiro do Norte; Assaré; Jaguaribe; Jaguaruana, Fortaleza; Pau dos Ferros; Salvador; Cuiabá; São Paulo; Porto Alegre; Rio de Janeiro; Reserva Amanã, em Manaus; Brasília; Poconé; Santarém; Óbidos; Tefé e Maraã.

Além dos depoimentos, a série, em uma referência à trajetória de Bráulio Bessa - marcada desde a infância por uma relação afetiva com a costura - ofício da sua mãe e avó - entrelaça a vida do poeta e das pessoas. A cada encontro, um verso bordado é deixado, como forma de espalhar simbolicamente a poesia. São peças feitas à mão pela artista pernambucana Blenda Souto Maior. A costura e o artesanato também estão presentes com obras inovadoras e pop que misturam fotografia e bordado, assinadas pela artista Cami Pires. É tradição e contemporaneidade caminhando juntas. “A nossa ideia era mostrar poesia em cada elemento do documentário. Seja nos bordados, nas imagens, nos sons e texturas de cada lugar, também nos silêncios e nos abraços. A poesia se revela num tempo diferente, que se opõe ao ritmo frenético que vivemos hoje. Existe um olhar atento à pluralidade. A gente queria mostrar o Brasil mais profundo, mas também o país mais urbano e pulsante”, conta Chico Walcacer. 


A poesia na vida do poeta 
A família, a esposa Camila, Alto Santo, o Nordeste, os afetos, suas raízes, o sertão, o Brasil, os assuntos de ontem e hoje. São diversas as inspirações de Bráulio Bessa. Antes de transmitir aos seus leitores o poder dos versos, ele também tem a sua própria trajetória como exemplo de transformação com a poesia, e sua primeira referência da literatura de cordel é o conterrâneo Patativa do Assaré. Foi no colégio, depois de conhecer e ficar hipnotizado com a obra do repentista cearense, que a poesia começou a dominar os pensamentos de Bráulio. Nascia ali um fazedor de poemas, aos 14 anos, com muita história para compartilhar. Um poeta matuto que já tinha como desejo ajudar o próximo com palavras, principalmente representando e exaltando a cultura nordestina. 

Assim como os personagens de "Poesia que Transforma", Bráulio é impactado pelas raízes de sua terra, pelo amor que sustenta pela família, pela igualdade por qual luta, pela fé que enxergava nos avós Dona Maria e Seu Dedé Sapateiro e pelo recomeço que tanto aplaudiu nos outros ou viveu. Nos cinco episódios, o poeta apresenta as 15 histórias da série documental, mas também revisita seu passado desde a infância. Suas memórias, junto com depoimentos de sua família, também são exemplos do poder transformador da poesia.


Para você, como definiria "Poesia que Transforma"?
Bráulio Bessa - Poesia que Transforma é um título literal. Eu costumo dizer que a poesia, quando o poeta quer, tem o mesmo poder de um abraço. O poder de se adaptar a qualquer pessoa e fazer bem. Independente do físico, da casca, o abraço vai sempre fazer bem a quem está dentro dele. Por isso acredito nessa transformação. Certa vez me perguntaram qual minha maior fonte de inspiração. E eu disse: “Gente”. Eu me inspiro em gente. O artista é um prestador de atenção do sentimento e da vida alheia. Pega tudo, mistura com seus próprios sentimentos e transforma em arte. Por isso tantas histórias se cruzam com o que eu escrevo. Porque eu escrevo sobre gente. 


Como você recebeu a ideia para o documentário?
Bráulio Bessa - 
Quando Duda me ligou dizendo que estava com essa ideia na cabeça, a primeira coisa que pensei foi: “Eu lá tenho história pra fazer um doc?” E disse isso a ela. Nessa hora, Duda me explicou que a ideia seria contar a história de brasileiros que tiveram suas vidas transformadas através do contato com minha poesia. Como eu recebo milhares de depoimentos tocantes de pessoas incríveis, pensei logo: “Rapaz, isso pode ficar bonito”. Pois não seria a minha história, seria a história da força existente na poesia. Tô dentro. Mas não é pouco dentro não. É todim! (risos) 


Como é ver a transformação que suas obras proporcionam na vida de tantas pessoas ser mostrada na produção? Você sente essa influência positiva que seu trabalho causa nas pessoas? 
Bráulio Bessa - Eu sou de uma cidade pequena no interior do Ceará, Alto Santo. Até os 14 anos, não sabia dizer o que queria ser quando crescesse. Certa vez uma professora me perguntou isso na aula e eu fui o único aluno que disse: “Não sei”.  Pouco tempo depois, li um livro de Patativa do Assaré, naquele dia botei na cabeça que queria ser poeta, escritor, lançar livros e etc. Eu dizia que um livro meu ainda transformaria a vida de muita gente, assim como o livro de Patativa do Assaré me transformou. Hoje, percebo ainda mais a força existente na palavra. Percebia isso em cartas, depoimentos, e-mails, abraços, em cada história que meus leitores me contavam, mas agora percorri geograficamente o caminho que a poesia fez e foi muito emocionante. Contar essas histórias é uma grande homenagem à poesia, à esperança, ao amor, à bondade, à sensibilidade humana.


Para o Bráulio Bessa, como é contar com a participação de seus familiares na produção e gravar em locais que fazem parte da sua trajetória? 
Bráulio Bessa - Minha terra e meu povo me construíram e me reconstroem todos os dias. Ver uma equipe de filmagem de uma série apontando as câmeras para o banco da praça que beijei minha esposa pela primeira vez, as calçadas que corri quando criança, a barraca que como minha tapioca, o bar que tomo minhas cachaças e converso besteira, tudo isso é emocionante. Ver minha família envolvida nesse projeto, achei incrível.
 

Você ajudou na escolha dos personagens? Conhece todos antes, virtualmente ou pessoalmente, antes de gravar?
Bráulio Bessa - 
Sim. Inevitavelmente as histórias chegam até mim. Seja por meu produtor Gustavo, seja pelas redes sociais, encontros em palestras, sessões de autógrafo e etc. Participei de toda pesquisa, fiz questão de conhecer cada história de perto. Já me sinto até amigo de cada um! 
 

Para o Bráulio Bessa, qual o significado de recomeço, amor, raízes, igualdade e fé?
Bráulio Bessa - 
Recomeço é viver. A vida é dinâmica justamente pelo poder de recomeçar a todo instante. Amor é um balaio que cabe todos os outros bons sentimentos. Sempre carrego um desses comigo. Raízes é a liberdade de crescer o mais alto possível sem ter medo de cair. Igualdade é lei universal. Pelo menos para mim. Fé é indefinível e inexplicável. 
 

Quem é o protagonista de "Poesia que Transforma"? A poesia, todos os personagens, a transformação? 
Bráulio Bessa - 
É uma série cheia de protagonistas. Vai depender do olhar de cada um. Isso é encantador. Mas eu arrisco que a poesia é a grande estrela de tudo. 


"Poesia que Transforma" é uma série documental original Globoplay, criada por Duda Martins e Bráulio Bessa, desenvolvida por Bianca Lopes, com apresentação de Bráulio Bessa. A série tem direção de Duda Martins e Chico Walcacer, redação de Douglas Vieira e produção de Beatriz Besser. Rafael Dragaud é o diretor executivo, e a produção executiva é de Mariano Boni e Erick Brêtas, com direção de gênero de Mariano Boni.



.: Entrevista: Taumaturgo Ferreira fala sobre o trabalho em "O Cravo e a Rosa"


"Considero um Oscar", diz o ator em entrevista que relembra a novela e os bastidores. Foto: Globo/divulgação

Com muitos trabalhos de destaque no currículo antes de atuar em "O Cravo e a Rosa", o ator Taumaturgo Ferreira diz que a novela de Walcyr Carrasco, com direção-geral de Walter Avancini, está entre os trabalhos que mais se orgulha de ter participado, tanto pela qualidade da obra como pelo seu personagem, o ingênuo Januário.

"Considero esse trabalho um Oscar. Quando o Walter Avancini te chamava para um papel, você podia ter certeza de que seria um grande sucesso. A melhor novela é aquela que todo mundo se destaca, porque tem algumas em que ninguém faz sucesso além de você, e tem novela que todo mundo faz sucesso e você não, mas nessa, todo mundo fez sucesso. Esse trabalho foi muito importante para a minha carreira", revela o ator.   

Para interpretar um homem da roça, Taumaturgo precisou aprender diversas atividades, que tirou de letra. "Não teve desafio porque para mim era tudo diversão. Pegar galinha, tirar leite de vaca, fazer queijo, andar a cavalo, tudo isso era uma diversão, não foi sofrido. Januário é um tipo de personagem que eu adoro, ele é puro, engraçado". Em entrevista, o ator fala um pouco mais sobre a obra e os bastidores das gravações.


O que pensa da escolha de "O Cravo e a Rosa" para inaugurar o novo horário de novelas?
Taumaturgo Ferreira -
"O Cravo e a Rosa" é considerada uma das melhores novelas de todos os tempos, pelo menos é o que todo mundo fala. Agora com a reexibição percebo que aumentou o brilho da obra, tudo o que ela representou para muita gente, para o Brasil inteiro. É uma novela que embala o coração, muito tocante.

Na sua opinião, quais fatores fazem a novela ser sucesso sem todas as exibições?
Taumaturgo Ferreira - 
Vários fatores, como a direção e o elenco sensacional. Mas em primeiro lugar vem o texto. Quando o texto é inspirador, como o de grandes obras que fizeram sucesso, é a primeira coisa que faz a diferença, a história que os atores irão se encantar e transmitir para o público. "O Cravo e a Rosa" tem um texto muito inspirado, muito comovente, que toca o coração das pessoas. 

Qual a importância desse trabalho em sua carreira? Considera o Januário um de seus papéis mais marcantes?
Taumaturgo Ferreira - 
Considero esse trabalho um Oscar. Quando o Walter Avancini te chamava para um papel, você podia ter certeza de que seria um grande sucesso. A melhor novela é aquela que todo mundo se destaca, porque tem algumas em que ninguém faz sucesso além de você, e tem novela que todo mundo faz sucesso e você não, mas nessa, todo mundo fez sucesso. Esse trabalho foi muito importante para a minha carreira.

Quais foram os principais desafios para viver o Januário e como foi sua preparação para interpretar um homem que vive na roça, o que aprendeu?
Taumaturgo Ferreira - 
Não teve desafio porque para mim era tudo diversão. Pegar galinha, tirar leite de vaca, fazer queijo, andar a cavalo, tudo isso era uma diversão, não foi sofrido. Januário é um tipo de personagem que eu adoro, ele é puro, engraçado.

O que você recorda da trajetória do personagem e seu empenho em conquistar a Lindinha (Vanessa Gerbelli)?
Taumaturgo Ferreira - 
A trajetória dele é marcada pela pureza. Ele é apaixonado, ela é a mulher da vida dele. A Lindinha nunca gostou do Januário, ficou com ele porque sentia falta, mas gostava mesmo do Petruchio.

Como foi a parceria com todo o núcleo da fazenda, especialmente a Vanessa Gerbelli?
Taumaturgo Ferreira - 
A química com o elenco inteiro deu muito certo.

Teve alguma cena que ficou mais marcada na memória?
Taumaturgo Ferreira - 
Inúmeras, porque era um show todos os dias, as cenas eram muito boas. Eu ia gravar com uma vontade enorme de fazer e tudo rolava bem, era uma felicidade para todo mundo. Me lembro de muitas cenas, eu gostava de fazer todas porque geralmente eram engraçadas, mesmo sem fazer graça. A que eu mais gostei foi quando o pai do Januário descobre o filho e leva ele embora para o hotel. Ele se despede da fazenda, busca as coisas dele no quarto e se despede das pessoas. Foi sensacional.

Qual a principal lembrança que você guarda do período de gravação da trama e dos bastidores?
Taumaturgo Ferreira - 
A convivência entre todos era maravilhosa, era uma festa o dia a dia. Os bastidores eram muito felizes, do começo ao fim, uma grande alegria. Tanto é que quando a novela acabou fizeram um grupo para que todos continuassem se encontrando. Todo o elenco me deslumbrava muito, eu admirava muito todos eles.

Até hoje o público fala da novela com você? Como são essas abordagens?
Taumaturgo Ferreira - 
Até hoje o público fala muito sobre a novela comigo, relembra a história da novela, os atores, os personagens. Repetem frases de vários personagens, coisas engraçadas da Catarina (Adriana Esteves) e do Petruchio (Eduardo Moscovis). Falam sobre "O Cravo e a Rosa" com muito amor, muito carinho, por isso que toda vez que passa é um sucesso.

Você está assistindo novamente à trama? É muito autocrítico ao rever um trabalho antigo?Taumaturgo Ferreira - Sim, porque é legal ver um produto que está na TV aberta e que você sabe que todo mundo está assistindo junto com você. A novela é uma conjunção perfeita, então não é algo que você fique colocando defeito.

"O Cravo e a Rosa - Edição Especial", tem autoria de Walcyr Carrasco, coautoria de Mário Teixeira e colaboração de Duca Rachid, direção-geral de Walter Avancini e Mário Márcio Bandarra e direção de Amora Mautner. A direção de núcleo é de Dennis Carvalho.   


.: Cia. da Revista em cartaz com "Nossos Ossos", romance de Marcelino Freire



Este é o primeiro espetáculo do projeto "Conexão São Paulo ---> Pernambuco", trilogia de peças dirigidas por Kleber Montanheiro. Foto: Cleber Correa


"Nossos Ossos"
, do romance homônimo de Marcelino Freire reestreia dia 15 de janeiro no Espaço da Revista. A segunda peça "Tatuagem", versão teatral do filme de Hilton Lacerda, chega em 2022. O terceiro espetáculo será a peça comemorativa de 25 anos da Cia., ainda em definição, no segundo semestre de 2022.

Em "Nossos Ossos", a cia. partiu do primeiro romance do premiado autor pernambucano radicado em São Paulo Marcelino Freire para a construção do espetáculo, a partir de linguagens múltiplas, como a música (em forma de texto cantado), cenas visuais que contam a história potencializando o discurso da fala, o teatro gestual como dramaturgia do corpo, e assim por diante. 

A peça tem dramaturgia de Daniel Veiga (paulistano) e música original de Isabela Moraes (pernambucana). Os figurinos levam assinatura de Marcos Valadão, luz de Gabriele Souza, direção musical e arranjos de Marco França. O elenco é composto pelos atores: Vitor Vieira, Aivan, EvasCarretero, Demian Pinto, João Victor Silva e Edu Rosa. A história acompanha a saga do dramaturgo premiado Heleno para fazer as honras fúnebres a um garoto de programa, Cícero, brutalmente assassinado nas ruas de São Paulo.

A proposta da dramaturgia é reforçar o caráter poético da obra de Marcelino Freire no palco, aproximando-a da realidade nua das sombras da noite paulistana. Uma proposta atemporal, que reúne personagens da década de 80 até hoje, num povoado de seres que habitam e habitaram nossas ruas, pessoas à beira da marginalização e da violência que assombra a cidade. 

Daniel Veiga explorou esse submundo, colocando em discussão as relações de caráter público e privado, onde a rua torna-se casa e local de trabalho; onde a vida torna-se parceira da morte a cada instante; onde a poesia da tragédia torna-se ação dramática e nos faz pensar. A ideia de capítulos nomeados como partes do corpo humano - sugerindo uma autópsia - presente no livro foi mantida como quadros do espetáculo, ressignificando a ideia em cenas do corpo humano de acordo com o conceito de cada bloco.

'Nossos Ossos' é significativo pois discute vários pontos a partir da existência humana, no caráter social, moral e político: a solidão, a falta de oportunidades, a arte, as relaçõesnão aprofundadas, a desigualdade; num mundo onde as relações a cada dia se tornam cada vez mais virtuais, 'Nossos Ossos' é um grito poético e visceral do ser humano que clama por vida real”, comenta Kleber Montanheiro.


Sinopse do espetáculo
Tendo como cenário o submundo da noite de São Paulo, "Nossos Ossos" é uma fábula visceral sobre a proximidade entre o amor e a morte: cada capítulo é associado a uma parte do esqueleto humano. O protagonista é Heleno, dramaturgo que resgata no necrotério o corpo de um michê e se impõe a missão de levá-loaté Poço do Boi, em Pernambuco. 

Durante os preparativos para a estranha aventura, ele relembra a própriahistória, da infância mirrada e pobre no sertão ao sucesso na metrópole paulistana. Na prosa poética de Marcelino Freire, uma fábula macabra sobre a proximidade entre amor e morte.


A cenografia
Idealizada por Kleber Montanheiro, a cenografia partiu da ideia dos ossos, do esqueleto: possibilidades de estruturas que venham a ser a metrópole paulistana ou o sertão nordestino. Que os olhos entendam como prédios, casas ou choupanas, galhos secos. Como um raio x que mostra o que sustenta.


O figurino
Assinados por Marcos Valadão, os figurinos partiram, como pesquisa inicial, de uma referência de 2012: “A Hora do Brasil” por JumNakao; a coleção que teve como foco enaltecer as riquezas do Nordeste.

O conceito desenvolvido por JumNakao trabalhou com as várias tipologias nordestinas (selaria, tecelagem, corda, couro, osso, crochê, renda, entre outros materiais) e o espírito "handmade" - demonstração do luxo produzido na região. Os desenhos traziam as referências do nordeste brasileiro como esqueletos, sobreposições de formas e volumes. JumNakao, paulistano, neste trabalho fez o caminho que será percorrido em toda a pesquisa estética de "Nossos Ossos": a metrópole paulistana em fricção contínua com o nordeste brasileiro.


A iluminação
Assinada por Gabriele Souza ressalta a ideia de tempo e espaço: as cores remetem ao sertão nordestino em temperaturas quentes e ao mesmo tempo exibem a cenografia, de forma a transportar o espectador para os ambientes internos e externos.A temperatura mais fria e a utilização de sombras, com a projeção de luminosidade sobre as estruturas, trazem o ambiente soturno e gélido da cidade de São Paulo.


A música
A música é utilizada como texto cantado, em comum acordo ao texto falado, com composições inéditas da artista Isabela Moraes, especialmente para o espetáculo. Isabela Moraes é um expoente da música brasileira nesse momento. Nascida em Caruaru (PE) em agosto de 1980, é cantora e compositora que se dedica profissionalmente à música desde os 18 anos.

Isabela vem sobressaindo na atual cena pernambucana nos últimos tempos. A ponto de ter chamado a atenção da gravadora carioca Deck, com a qual assinou contrato para debutar no mercado fonográfico, após ter músicas gravadas por cantores como o conterrâneo Almério e a paulistana Mariana Aydar. Sucessor de "Agora ou Nunca Mais" e "Bandeira em Marte", discos de reduzida distribuição regional, o terceiro álbum da cantora foi gravado em 2019 no estúdio carioca Tambor com com a adesão de Marcelo Jeneci.


Sobre o autor
Marcelino Freire (1967), escritor brasileiro pernambucano radicado em São Paulo, publicou obras de extrema importância para nossa história: "Angu de Sangue" (2000), "BaléRalé" (2003), "Contos Negreiros" (2005) – Prêmio Jabuti de Literatura, em 2006 -, "Rasif – Mar que Arre- benta" (2008) e "Amar É Crime" (2010). "Nossos Ossos" (2013), é o primeiro romance do autor. A obra chegou a países como a Argentina e França e ganhou o Prêmio Machado de Assis 2014 de Melhor Romance.


Ficha técnica:
Do romance de Marcelino Freire. Adaptação: Daniel Veiga. Direção e cenografia: Kleber Montanheiro. Figurinos: Marcos Valadão. Desenho de luz: Gabriele Souza. Direção Musical e arranjos: Marco França. Músicas Originais: Isabela Moraes. Assistente de Direção: Gabrielle Britto. Elenco: Vitor Vieira, Aivan, EvasCarretero, Demian Pinto, João Victor Silva e Edu Rosa.Costureira: Salomé Abdala. Máscara: Franklin Almeida. Direção de Cenotecnia: EvasCarretero. Serralheiro: Airton Lemos. Assistente de Cenografia: Thais Boneville. Microfonista: Eder Sousa. Fotos: Cleber Correa. Visagismo: Louise Helène. Produção: MoviCena Produções. Assessoria de Imprensa: Pombo Correio


Serviço:
Temporada:
de 15 de janeiro a 6 de fevereiro
Duração: 70 minutos
Faixa etária: a partir de 14 anos
Lotação: 84 lugares
Entrada: mediante apresentação de carteirinha com pelo menos uma dose de vacina contra a covid-19.
Valor dos ingressos: 40,00 inteira e 20,00 meia
Pelo Sympla: https://www.sympla.com.br/espetaculo-nossos-ossos---cia-da-revista__1370478
Sábados às 21h30 e domingos às 19h.

.: Tudo sobre a novela "Pantanal": uma saga familiar de amor e natureza


Alanis Guillen, que já fpoi protagonista de "Malhação", encara o desafio de interpretar a emblemática personagem Juma Marruá, papel que foi de Cristiana Oliveira na primeira versão. Foto: João Miguel Júnior

A novela "Pantanal" é uma saga familiar que tem o amor como fio condutor e a natureza como protagonista. Fonte da maior concentração de fauna das Américas e maior planície alagada do mundo, o "Pantanal" foi inspiração para a obra escrita há mais de 30 anos por Benedito Ruy Barbosa e que chega à TV Globo em 2022, no horário das nove, em uma nova versão escrita pelo autor, Bruno Luperi, com direção artística de Rogério Gomes. 

No tronco central dessa jornada, repleta de dramas familiares e conflitos, está a história do velho Joventino (Irandhir Santos) e seu filho, José Leôncio (Renato Góes / Marcos Palmeira). A vida como peão de comitiva os levou para o pantanal, onde Joventino aprendeu a lição mais importante de sua vida: que a natureza pode mais do que o homem. 

Ao confiar o seu destino nas mãos da natureza, o peão compreende que na lida - e na vida - nada se conquista através da força, ou no laço, como ele acreditava. Nascia, assim, a lenda do maior peão de toda aquela região. Velho Joventino ficou afamado por trazer os bois selvagens, os ditos marruás, no feitiço. Porém, foi logo após essa compreensão, que Joventino desapareceu sem deixar rastros, deixando o filho, José Leôncio, sozinho à espera de seu pai.

Cinco anos depois, em uma viagem ao Rio de Janeiro, José Leôncio se apaixona e casa com Madeleine (Bruna Linzmeyer / Karine Teles). Os dois se mudam para o Pantanal onde nasce Jove (Jesuíta Barbosa). A passagem de Madeleine pela fazenda, porém, é um caos. Com saudade da vida urbana e da mordomia da mansão de seus pais no Rio de Janeiro, a jovem não se acomoda àquela sina de solidão que é ser mulher de peão. Com o marido sempre em comitivas, ela se vê obrigada a conviver com Filó (Leticia Salles / Dira Paes), funcionária da casa a quem pouco conhece e nada confia.

A verdade é que Madeleine não entende bem a relação de Filó com Zé Leôncio, tão pouco a relação dele com Tadeu (José Loreto), filho de Filó e afilhado do patrão. O que Madeleine não sabe é que Filó era uma morena de currutela - prostitutas que vivem nas vilas por onde as comitivas passam - com quem José Leôncio se relacionou em uma de suas viagens no passado. 

Madeleine foge do Pantanal levando Jove, ainda bebê, de volta para a mansão da família Novaes. O menino cresce longe das vistas do pai, que se viu incapaz de brigar pela guarda do filho. Zé jamais deixou de cumprir suas obrigações legais, enviando fielmente uma quantia excepcional de pensão mensal. Sem se dar conta que, onde sobra dinheiro, falta o afeto. Jove cresce acreditando que seu pai havia morrido, enquanto Zé, sem saber da mentira criada pela ex-mulher, não procurava o filho, acreditando ter feito o melhor ao se afastar de vez de Madeleine.

Na ausência de Jove, o fazendeiro encontra em Tadeu um herdeiro, mais do que para as suas terras, para os valores e tradições de sua família. Alguns anos após a partida de Madeleine, Filó diz que Tadeu também é filho de José Leôncio. Apesar da alegria dos três com a revelação - em especial de Tadeu -, a informação é guardada por eles à sete chaves. De forma que, da porta para fora, Tadeu segue apenas como afilhado do patrão, o que lhe doí profundamente.

Duas décadas se passam marcando a mudança de fase na novela. Jove descobre que seu pai está vivo e vai à sua procura. É desse encontro e toda sua enorme expectativa, marcados por uma festança para todo o povo da região da fazenda, que começam os grandes conflitos entre os Leôncio. Embora desejem profundamente viver a relação entre pai e filho, Zé e Jove são confrontados por um abismo de diferenças comportamentais e culturais, inaceitáveis aos olhos um do outro. 

Não bastasse as diferenças entre eles, o rapaz ainda precisa lidar com o ciúme de Tadeu, que carrega no peito o vazio de não sentir-se filho legítimo de José Leôncio. Um bastardo. Amado, mas não reconhecido. Para completar a confusão familiar, em determinado momento todos são surpreendidos com a chegada de um terceiro filho para disputar o amor e a admiração deste pai: José Lucas de Nada (Irandhir Santos) chega à fazenda por obra do destino e descobre ali os laços familiares que nunca teve.

O cenário pantaneiro abriga ainda o encontro entre Jove e Juma Marruá (Alanis Guillen). Filha de Maria Marruá (Juliana Paes) e Gil (Enrique Diaz), a jovem não abre a guarda para ninguém. Apesar da pouca idade, Juma é uma mulher forte, que aprendeu com a mãe a se defender do "bicho homem", a espécie mais perigosa que pode vir a rondar a tapera onde mora. Também pudera. Foi o bicho homem que levou seu pai, sua mãe e cada um de seus irmãos.

Forjada pela desconfiança, Juma se torna uma mulher selvagem e arredia. "Não existe quem consiga domar aquela onça", dizem. Porém, as mesmas razões que afastam Jove de José Leôncio, o aproximam de Juma. Entre eles, uma linda paixão se inicia. Um amor puro, fruto desse encontro improvável e natural, que marca para sempre o destino de todos. Contudo, não demora para que as diferenças culturais e sociais do casal tornem a relação em muitos níveis complicada e bastante improvável. Para a alegria de uns e lamento de outros.

Em cada detalhe deste conto, há um fator comum: a necessidade de aceitar a natureza como ela é. E o grande porta-voz deste ensinamento é o Velho do Rio (Osmar Prado). Um encantado - uma entidade sobrenatural -, que na maior parte do tempo assume a forma de uma sucuri (a maior de todo o pantanal), mas que também se apresenta na forma humana. O Velho do Rio é responsável por cuidar não só daquelas terras e dos animais que ali habitam, mas por zelar pelas relações interpessoais que se desenrolam por lá. 

Para ele, o homem é o único ser que queima as árvores que lhe dão o ar e envenena a água que bebe. Essa e outras lições vão moldando os caminhos dos personagens, ao passo em que vão apresentando soluções e mais mistérios àquele universo. E ele não é o único. Os moradores da região acreditam fielmente que Maria Marruá (Juliana Paes) vira onça, principalmente, quando precisa defender os seus, ou "quando fica com réiva". E não se espantariam se descobrissem que o “dom” teria sido passado à Juma.

Além dos conflitos principais, a música é outro grande destaque desta história. Foi há 30 anos e continuará sendo agora, no texto de Bruno Luperi e na direção de Rogério Gomes. A presença de Almir Sater, que esteve na versão escrita por Benedito, e retorna agora, é um capítulo à parte. Almir vive o chalaneiro, Eugênio, que leva e traz as pessoas ao pantanal e, por isso, passa por quase todos os núcleos. 

Dentre os duetos especiais, o público terá a oportunidade de ouvi-lo tocar ao lado de Chico Teixeira (filho do parceiro de estrada de Almir, Renato Teixeira), que dará vida ao peão Quim na primeira fase da novela. Já durante as famosas rodas de viola que marcaram a segunda fase da versão original, Eugênio participará ao lado de Tibério (Guito) e Trindade, papel de Gabriel Sater, que encara o desafio de refazer o personagem original de seu pai.

Desse mergulho entre tantas lições, evidentes ou metafóricas, junto à profundidade dos personagens que navegam pelo mar de detalhes que constroem a novela, surge o elo que sela o sucesso histórico da trama. “O Pantanal resgata heróis. É uma característica muito forte da obra do meu avô, que tem um caráter épico e fala sobre valores com esses personagens fortes e inspiradores. O Zé Leôncio é um personagem que te inspira, que te faz acreditar que o mundo pode ser melhor, que existem pessoas que são corretas, dignas. Ainda assim, ele comete seus erros. A novela também tem esse caráter humano, que é o que mais me move, porque gera empatia. Ninguém é perfeito. A possibilidade de se apaixonar e odiar o protagonista e o antagonista é real”, comenta o autor Bruno Luperi.

Como toda adaptação, a história original passa por mudanças e atualizações necessárias para conversarem com uma nova realidade e uma nova geração. As atualizações, claro, não se limitam ao texto, mas também nas imagens fascinantes do pantanal que serão atualizadas. “Hoje em dia, temos a tecnologia a nosso favor. Na época, Jayme Monjardim fez muito bem a novela, foi ousado, fez um desenho de produção diferente, mesmo com toda dificuldade. Hoje, as câmeras são menores, temos drones, câmeras para dentro d’água, a qualidade de captação é outra, é tudo muito mais moderno que antes. Você consegue captar imagens do Pantanal de maneira diferente daquela época, quando eles não tinham esses recursos”, diz o diretor artístico Rogério Gomes.

"Pantanal" é escrita por Bruno Luperi, baseada na novela original escrita por Benedito Ruy Barbosa. A direção artística é de Rogério Gomes, direção de Walter Carvalho, Davi Alves, Beta Richard e Noa Bressane. A produção é de Luciana Monteiro e Andrea Kelly, e a direção de gênero é de José Luiz Villamarim.


.: Dirigido por William Pereira, "O Náufrago" estreia no Sesc Bom Retiro


Espetáculo faz a transposição para o palco da obra homônima de um dos mais importantes autores de língua alemã do século XX, Thomas Bernhard. Foto: João Maria


Lançado no Brasil pela Companhia das Letras em 1996, foi um enorme sucesso de vendas, e mesmo com uma segunda edição em 2006, encontra-se esgotado nos catálogos das livrarias, transformando-se na obra mais conhecida e vendida do autor, Thomas Bernhard. O romance "O Náufrago" foi adaptado para teatro por William Pereira, para um elenco de dois atores, Luciano Chirolli e Romis Ferreira.

William queria muito trabalhar com Romis e Chirolli nesta montagem, o talento e experiência destes dois atores foram essenciais na decisão do diretor. Luciano Chirolli e William Pereira fizeram USP na década de 80. William na ECA e Chirolli na EAD. “Eu dirigi muitas obras em que ele atuava, enquanto estávamos na faculdade, e sempre quis voltar a trabalhar com este excelente ator, 'Náufrago' é a oportunidade perfeita. Romis Ferreira empresta seu talento e vasta experiência nos palcos, o que contribuirá bastante para a encenação”, comenta William.


Sinopse do espetáculo
Em uma prosa convulsiva e exasperada, a história de três exímios estudantes de piano, um dos quais teve sua vida aniquilada a partir do momento em que ouviu Glenn Gould, um dos outros três, tocar as Variações Goldberg, de Bach.


Sobre a encenação
O grande desafio na transposição de uma obra literária para a cena é criar teatralidade para que o espetáculo não se transforme somente em um ator narrando fatos, uma leitura dramática. No espetáculo "O Náufrago" essa narrativa que no romance é feita por um único personagem, é realizada por dois atores. O protagonista/Narrador (Luciano Chirolli) e Wertheimer (Romis Ferreira), o personagem que é citado durante toda a obra e é um alter-ego, uma sombra daquele que conta a história e está sempre em um segundo plano, atrás de uma tela transparente, sobre os destroços de um piano de cauda, que surge e desaparece como em um grande corte cinematográfico.

Em cena, William propõe dois planos: memória e tempo presente, estes planos vão se fundindo ao longo do espetáculo e os limites entre lembrança e realidade se rompem. “Eu trabalhei para que a densidade do texto esteja emoldurada por uma dramaticidade visceral, sinto como se em vez de dirigir, eu estivesse regendo, inclusive pedi aos atores que chegassem no primeiro dia de ensaio com os textos completamente decorados, para que eu pudesse reger as pausas, o ritmo, os volumes e os tempos, já que o grande foco nesta peça é a palavra, o texto”, completa o diretor.

A trilha sonora é o terceiro personagem. Um contraponto entre a genialidade da execução de Glenn Gould e a interpretação medíocre de Wertheimer em seus últimos dias. Os figurinos e o cenário também são assinados pelo diretor William Pereira, a luz é de Caetano Vilela, que desenvolve grandes parcerias artísticas com o diretor há mais de 20 anos, e a direção de produção é de Leopoldo de Leo Jr, com quem WilliAam Pereira faz parceria desde 2001, além de serem sócios na LNW Produções Artísticas desde 2009. A produtora é uma sociedade entre Leopoldo, William e o dramaturgo e diretor Newton Moreno.


Ficha técnica
Espetáculo: "O Náufrago", de Thomas Bernard. Tradução: Sérgio Tellaroli. Adaptação, encenação e direção: William Pereira. Elenco: Luciano Chirolli (o narrador) e Romis Ferreira (Wertheimer). Cenários e figurinos: William Pereira. Iluminação: Caetano Vilela. Direção de cena: Henrique Pina. Ensaiadora: Lígia Pereira. Construção cenográfica e adereços: Giorgia Massetani e Alício Silva. Fotos e vídeo: Marcos Frutig. Programação Visual: Giuliano Almeida Ziviani. Assessoria de imprensa: Pombo Correio. Mobiliário: City Design. Operador de Luz: Guilherme Soares. Técnica de Som: Janice Rodrigues. Contrarregra e maquinista: Popó. Técnico de gravação: João Henrique Baracho. Piano de Wertheimer: Désirèe Brissac. Produção executiva: Rafaela Penteado. Assistente de produção: Adriana Florence. Direção de produção: Leopoldo De Léo Jr. Produção: LNW Produções Artísticas Ltda. Realização: Sesc. 


Serviço:
"O Náufrago", de Thomas Bernard. De 13 de janeiro a 5 de fevereiro no Sesc Bom Retiro. Quintas, sextas e sábados, às 20h. Duração: 80 minutos. Classificação etária: 14 anos. Ingressos: R$40 (inteira), R$ 20 (meia), R$ 12 (comerciário). Transporte: o Sesc oferece transporte gratuito entre a Estação Luz (saída CPTM/José Paulino) e o Sesc Bom Retiro.

Horários da van. Ida: sextas e sábados, a partir das 17h30. Domingos e Feriados, a partir das 16h. Volta: Ao término do espetáculo. Sextas e sábados, até 23h45. Domingos e Feriados, até 21h.


domingo, 26 de dezembro de 2021

.: Ivan Parente dirige texto de Luccas Papp sobre o universo da gastronomia


O desejo pela glória e a vontade de se provar colocam em xeque valores durante um teste de gastronomia, além de ameaçar a integridade física e a moral dos candidatos. Esse é o universo em que se passa MEN.U, dramaturgia de Luccas Papp com direção de Ivan Parente. Em cena, estão o próprio autor com Giulia Nadruz. A estreia é no dia 22 de janeiro, às 17h, no Teatro das Artes. A temporada acontece sempre aos sábados, às 17h, até 26 de fevereiro. A montagem é mais um trabalho da LPB Produções. Foto: Thais Boneville


O desejo pela glória e a vontade de se provar colocam em xeque valores durante um teste de gastronomia, além de ameaçar a integridade física e a moral dos candidatos. Esse é o universo em que se passa "MEN.U", dramaturgia de Luccas Papp com direção de Ivan Parente. Em cena, estão o próprio autor com Giulia Nadruz. A estreia é no dia 22 de janeiro, às 17h, no Teatro das Artes. A temporada acontece sempre aos sábados, às 17h, até 26 de fevereiro. A montagem é mais um trabalho da LPB Produções.

A trama se passa no teste final para a vaga de subchefe de um dos maiores  restaurantes da cidade. Um casal de jovens e talentosos desconhecidos passam por muitas etapas e são escolhidos para duelarem  pelo emprego. O desafio é simples: produzir um menu completo (entrada, prato principal e sobremesa) e impressionar o  temido Chef Jean-Pierre. Leonardo, criativo e ousado, defende a  culinária como a arte dos gênios. Laura, por sua vez, vê na ciência e na precisão o sucesso para o sabor perfeito.

“Vivemos em um mundo contemporâneo regido pelas posses, glória e a necessidade de se conquistar mais, o ambiente da cozinha se torna uma metáfora para representar a pressão que uma disputa de emprego causa nos candidatos. Facas, tesouras e lâminas criam no cenário um gatilho instantâneo e perigoso para a loucura humana”, conta Papp. Já Giulia Nadruz, após fazer grande sucesso em “O Fantasma da Ópera” e no musical “Barnum - O Rei do Show”, volta ao universo do teatro de prosa em um espetáculo de alta temperatura.

O mundo gastronômico é explorado ao limite e foi escolhido por estar em alta na cultura POP, além de ser pouco explorado nos palcos. O espetáculo usa a força dos dois personagens para abordar os conflitos de forma crua e imagética em linguagem contemporânea com a intenção de criar uma reflexão sobre a estética artística, futuro e a perda da integridade. Além da importância da mensagem, a peça conversa com o espectador do novo milênio e se preocupa em entender o público teatral de hoje, suas referências literárias, musicais, ídolos, anseios.


Ficha técnica:
Espetáculo:
"MEN.U". Texto: Luccas Papp. Direção: Ivan Parente. Elenco: Giulia Nadruz e Luccas Papp. Assistência de direção: Leticia Navarro. Cenografia: Kleber Montanheiro. Desenho de luz: João Delle Piagge. Trilha sonora original: Elton Towersey. Figurino e fotos: Thais Boneville. Assessoria de Imprensa: Adriana Balsanelli e Renato Fernandes. Produção executiva: Giulia Martins. Assistência de produção: Rebeca Cabral e Guilherme Bernardino. Técnica: Gabriel Tite e Gustavo Gonçalo. Operação de luz: Jarbas Sardinha. Realização: LPB Produções.


Serviço:
"MEN.U"
Temporada: de 22 de janeiro a 26 de fevereiro. Sempre aos sábados, à 17h.
Teatro das Artes, localizado no 3º piso do Shopping Eldorado, loja 409.
Av. Rebouças, 3970, Pinheiros, São Paulo - SP, 05402-600
Preço: R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia)
Gênero: drama. Duração: 60 minutos. Classificação indicativa: 14 anos.
Vendas: www.teatrodasartessp.com.br ou sympla.com.br.





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