quinta-feira, 16 de dezembro de 2021

.: "Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa" é filmaço de memória afetiva


Por: Mary Ellen Farias dos Santos 

Em dezembro de 2021


"Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa" começa com o miranha de Tom Holland tentando lidar com as consequências de sua verdadeira identidade ter sido revelada pelo vilão Mysterio (Jake Gyllenhaal), ilustrando o retrato perfeito da fama instantânea que somente traz prejuízo, inclusive o da reprovação para a maior Universidade dos nerds: MIT. E não é que há conexão com a realidade confusa em que vivemos? O herói da vizinhança ganha haters e o vilão, morto -em "Homem-Aranha Longe de Casa"-, é considerado vítima e, claro, herói. 

Mesmo sendo apedrejado, Parker mantém o apoio do grande amigo, aquele da cadeira, o Ned (Jacob Batalon) e a namorada, a MJ, Michele Jones (Zendaya). Ao perceber ter feito mal aos melhores amigos e, claro, para a tia May (Marisa Tomei), o jovem aranha tem a brilhante ideia de procurar o Dr. Estranho (Benedict Cumberbatch) para dar um jeitinho de fazer magia e mudar o que lhe convém. É muito rico testemunhar esses reencontros de personagens que marcaram a nossa vida enquanto fãs de filmes de heróis! 

Contudo, Parker sempre deixa claro que, apesar de tudo o que vivenciou com "Os Vingadores", continua sendo adolescente. Assim, segue metendo os pés pelas mãos e, muitas vezes, em nome de ideiais que são somente utópicos -e incentivados por tia May. E, como visto no trailer, ele atrapalha o feitiço do Dr. Estranho e libera a passagem de vilões do multiverso. Assim, reencontramos Dr. Octopus (Alfred Molina), Lagarto (Rhys Ifans), Electro (Jamie Foxx), Homem-Areia (Thomas Haden Church) e, claro, o vilão mais demoníaco de todos: o Duende Verde (Willem Dafoe). E ele brilha mais uma vez, além de  fazer um estrago na vida do Parker de Tom Holland.

Não há como negar que é emocionante reencontrar todos os rivais do Homem-Aranha num só filme, ainda que não apareça o Venom de Topher Grace (That´ 70s Show). Contudo, há uma esperança de um possível revival, ainda mais se considerarmos a segunda cena pós-créditos. Nada mais é impossível para o Universo Marvel que ao longo de tantos anos somente agrega. Sem contar que, indiscutivelmente, "Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa" ultrapassou todas as barreiras sonhadas por todo fã do miranha.

MENSAGEM DE TOM HOLLAND: Antes do início do filme o ator agradece a presença do público no dia da estreia e pede que não espalhem spoilers. Legal, mas algo engraçado de se ouvir, uma vez que o próprio é um disparador ambulante de spoiler, não é mesmo?! No decorrer do filme essa fala tem todo sentido. 


[CONTÉM SPOILERS]

As 2h28 de duração de "Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa" são pura memória afetiva. Sim! Temos Andrew Garfield e Tobey Maguire na pele do amigo da vizinhança e a entrada de cada um é de arrepiar. Contudo, a passagem de Tobey pelo portal, ainda que sem seu clássico uniforme, faz a emoção sair do controle. Aos que foram marcamos pelo herói lá em 2002, segurar as lágrimas é, definitivamente, uma missão impossível. Talvez alguns soluços escapem. É um sentimento incontrolável imbuído do pensamento de "não acredito que estou vendo isso" com um agradecimento interno de tamanho presente -ainda mais que estamos em época de Natal.

O filme é totalmente coerente, do início ao fim. Cheio de sacadas engraçadas e sem deixar de encenar e adaptar o meme do Homem-Aranha em que um aponta para seu outro eu. Aqui são três donos do sentido aranha. A produção do diretor Jon Watts vem com direito até a uma reunião estilo "A.A.", mas como são heróis, os três miranhas desabafam e trocam incentivos. Em outro ponto do filme, comentam sobre seus mais cruéis vilões. E assim dizemos por vezes, "valeu" para a dona Sony Pictures!

O novo filme é uma homenagem aos atores que fizeram história nas tramas do aracnídeo, mas também celebra os quase 20 anos de sucesso do cabeça de teia que é, defendido brilhantemente por Tom Holland. Embora, seja bom lembrar que, num momento do embate com o trio em ação, o roteiro deixa bem claro que o Aranha do Tobey é o número 1, o de Holland é o 2 e, Garfield, fica no posto de Homem-Aranha 3. Pois é! 

"Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa" é o filmaço indicado aos preparados para fortes emoções e que amam o dono do sentido aranha, seja ele interpretado por Tobey Maguire, Andrew Garfield ou Tom Holland. Esse é sem dúvida o tipo de filme para ver e rever na telona do cinema. E, como sou da velha-guarda, darei o meu melhor para ter um exemplar em DVD e não deixar a minha coleção desfalcada, claro! Filme imperdível!!

Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link.

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm


Filme: Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa (Spiderman: No Way Home)

Direção: Jon Watts

Roteiro: Chris McKenna; Erik Sommers

Produção: Kevin Feige; Amy Pascal

Elenco: Tom Holland, Zendaya, Jamie Foxx, Alfred Molina, Willem Dafoe, Thomas Haden Church, Marisa Tomei, Jacob Batalon, J. K. Simmons, Benedict Cumberbatch, Benedict Wong

Data de lançamento: 16 de dezembro de 2021 (Brasil)


.: Tudo sobre "Homem-Aranha: Sem Volta Pra Casa", estreia com surpresas


Marque no relógio, coloque um alarme ou cole um papel na geladeira: o filme mais aguardado do ano estreia oficialmente nesta quinta-feira, dia 16 de dezembro, nos Cineflix Cinemas em todo o Brasil. A expectativa está enorme para os fãs em todo o mundo, mas a espera está bem perto de acabar. 
Em “Homem-Aranha: Sem Volta Pra Casa”, o público vai poder acompanhar os desafios que Peter Parker (Tom Holland) precisará enfrentar depois de ter sua identidade revelada por uma reportagem do Clarim Diário. 

Incapaz de separar sua vida normal das aventuras de ser um super-herói, Parker pede ao Doutor Estranho (Benedict Cumberbatch) para que todos esqueçam sua verdadeira identidade. O plano dá errado e ele vai precisar se esforçar para colocar o mundo de volta nos eixos e descobrir o que realmente significa ser o Homem-Aranha.

A identidade revelada e as tramas do novo filme
Pela primeira vez na história cinematográfica do Homem-Aranha, a identidade do herói amigão da vizinhança é revelada, colocando suas responsabilidades de super-herói em conflito com sua vida normal e colocando em risco aqueles com quem ele se preocupa. Quando ele pede a ajuda do Doutor Estranho para restaurar seu segredo, o feitiço abre um buraco em seu mundo, liberando os vilões mais poderosos que já lutaram contra um Homem-Aranha em qualquer universo. Agora, Peter terá que superar seu maior desafio, que não apenas alterará para sempre seu próprio futuro, mas também o futuro do Multiverso.

Em “Homem-Aranha: Sem Volta Pra Casa”, Peter Parker (Tom Holland) precisará lidar com as consequências da sua identidade como o herói mais querido do mundo após ter sido revelada pela reportagem do Clarim Diário, com uma gravação feita por Mysterio (Jake Gyllenhaal) no filme anterior. Incapaz de separar sua vida normal das aventuras de ser um super-herói, além de ter sua reputação arruinada por acharem que foi ele quem matou Mysterio e pondo em risco seus entes mais queridos, Parker pede ao Doutor Estranho (Benedict Cumberbatch) para que todos esqueçam sua verdadeira identidade. 

Entretanto, o feitiço não sai como planejado e a situação torna-se ainda mais perigosa quando vilões de outras versões de Homem-Aranha de outro universos acabam indo para seu mundo. Agora, Peter não só deter vilões de suas outras versões e fazer com que eles voltem para seu universo original, mas também aprender que, com grandes poderes vem grandes responsabilidades como herói.


Fenômeno no Brasil e no mundo
Um dos setores mais afetados pela pandemia, o mercado exibidor tem visto, filme após filme, a retomada gradual do público e o aumento das vendas. Mas o que não se poderia prever era que esse retorno calmo seria chacoalhado pelo "Homem-Aranha". O terceiro longa da nova geração do herói, que estreia no dia 16 de dezembro, se tornou nesta segunda-feira (29) o indicativo de que o retorno ao normal está cada vez mais próximo. Com recorde de vendas, fãs aflitos para garantir um lugar nas salas e muita expectativa, “Homem-Aranha: Sem Volta Pra Casa” é o maior fenômeno do pós-pandemia. 


Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link.

.: Diário de uma boneca de plástico: 16 de dezembro de 2021



Querido diário,

Na noite de ontem, assisti no Cineflix o tão esperando "Homem-Aranha Sem Volta Para Casa", claro que foi emoção pura. Imagine só ver o meu herói favorito numa nova história e reviver algo que aconteceu lá nos anos 2000, quando o primeiro longa do miranha estreou com Tobey Maguire. Na época, as cadeiras dos cinemas não eram numeradas, assim, eu e maridão, ainda namoradinhos, ficamos na fila do gargarejo. Sim! A sala de cinema estava lotadaça. Assistimos bem na cara. E não é que a história se repetiu?! Ontem ocupamos as cadeiras A6 e A7.

Poster do artista Julien Rico Jr

Mas, diário, quero registrar algo que deixei passar. É que vivi duas semanas insanas tentando assistir todos os filmes franceses do Festival Varilux -e não consegui, infelizmente. Daí bateu o cansaço e parei de contar as minhas peripécias por aqui. Foi mal, diário! Bom, posso dizer que todos os filmes que assistimos são incríveis. Super recomedo! Aqui ó: resenhando.com/search/label/Resenhas%20de%20filmes

No entanto, um outro filme mexeu e muito comigo. Diário, desde quando assisti, não parei de pensar em "Não Olhe Para Cima". É um filmaço que faz muitas e consistentes críticas, seja pela forma que vivemos desrespeitando a natureza, a obsessão com as redes sociais, a idolatria de artistas vazios e sem nada a acrescentar, a desvalorização da família, a sociedade escanteando as mulheres e rotulando-as como loucas e, claro, a forma que a humanidade prioriza o dinheiro acima de tudo. Contudo, algo muito bem apontado é o fato de os governantes colocarem em risco a vida de todos sempre visando qualquer chance de embolsar uma grana. 

"Não Olhe Para Cima" é um super filme que usa uma história com fundo de ficção científica, mas deita e rola para mostrar os abusos que acontecem descaradamente no meio político. A ideia de encher o bolso às custas das vidas dos outros é evidenciada. E não há como deixar de estabelecer conexões entre as consequências vividas nos E.U.A. e no Brasil.

A nós, o nada digno e atual presidente do Brasil, na tentativa de lamber as botas de Trump -que no filme é uma presidente interpretada brilhantemente por Meryl Streep-, conseguiu cegar o povo. Quem fez questão de lutar por centavos no aumento da condução, agora, é roubado de todas as formas, inclusive perdendo direitos trabalhistas duramente conquistados ao longo de tantos anos, mantendo  discurso negacionista. 

Só não vê, quem não quer... Mas aí que está "Não Olhe Para Cima", pois o cometa está vindo e não haverá para onde correr.

Beijinhos pink cintilantes e até amanhã,

Donatella Fisherburg


.: "As Mulheres dos Cabelos Prateados" ganha temporada on-line


Após apresentações presenciais no Centro Cultural Vila Itororó, a peça será transmitida no YouTube da Caboclas Produções no período de 16 a 23 de dezembro. Foto: Letícia Godoy


Com texto inédito de Ave Terrena - que também assina a direção junto com Georgette Fadel -, a peça traz à cena histórias de mulheres perseguidas durante a ditadura militar no Brasil, muitas delas sem nenhum tipo de envolvimento com a luta armada, o que demonstra a generalizada e gratuita violência de Estado do período

Após uma temporada presencial curta, mas muito concorrida, o espetáculo "As Mulheres dos Cabelos Prateados" chega ao formato digital e ganha exibições no Youtube da Caboclas Produções entre 16 e 23 de dezembro de 2021, às 21h. Nos dias 17, 18 e 19 de dezembro, haverá sessões extras, às 19h.

A peça, escrita por Ave Terrena, colocou as atrizes Camilla Flores, Carlota Joaquina, Gabrielle Araújo, Silmara Deon e Thais Dias nas escadas e escombros do Centro Cultural Vila Itororó, importante patrimônio histórico paulistano, para recuperar histórias de mulheres que não tinham envolvimento com a luta armada, mas que sofreram violência de Estado no período ditatorial. A montagem tem direção de Georgette Fadel e Ave Terrena e trilha sonora de Evelyn Cristina (DJ).

Contada a partir de uma perspectiva feminina, a peça mostra que a repressão militar, geralmente associada à figura de homens, também foi direcionada às mulheres. O espetáculo aprofunda a humanidade dessas mulheres, sem ignorar o contexto de opressão, e traz à tona a força, a resistência e a potência de quem sobreviveu e conseguiu reconstruir a vida após a prisão, mas com um contorno muito particular, devido a questões de gênero. A premissa de "As Mulheres dos Cabelos Prateados" é livremente inspirada no livro "As Mulheres dos Cabelos de Metal", da escritora brasileira Cassandra Rios (a mais censurada durante a ditadura).

A construção em versos é a maior marca de linguagem do espetáculo, que parte do olhar de estranhamento causado pelo absurdo do terror de Estado, passa pela perplexidade diante da ideia de país construída sobre o Brasil na ditadura e chega ao compromisso de solidariedade e consumação do desejo através da luta. Os acontecimentos relatados são recriados com inspiração nas formas do chamado realismo fantástico, com referência no romance "O Parque das Irmãs Magníficas", da escritora argentina Camila Sosa Villada, que, assim como Ave, também é travesti. Tudo sob o ponto de vista de uma alienígena: Zarka.


Sobre a dramaturgia de "As Mulheres dos Cabelos Prateados"
Com a expansão espacial na década de 1970, os seres humanos aterrissam em lugares nunca antes alcançados no Universo. Temendo uma guerra, as mulheres Zurk - alienígenas de cabelos prateados, habitantes das crateras do planeta Vurk (Lua) - decidem fazer uma investigação. Encaminham relatoras para pesquisar a humanidade e decidir se ela deve ou não ser desintegrada. Entre elas, está Zarka, locutora da rádio Zurk Brasil, pela qual transmite notícias sobre a situação do país. Disfarçada de humana, vive como uma mulher comum, usando seu poder de ler a mente das pessoas para desvendar suas memórias e sentimentos.

Quando se depara com um ato de mulheres dançando em praça pública para reivindicar o direito de enterrar seus mortos, vítimas da ditadura, há anos desaparecidos, Zarka inicia uma busca incessante pelas histórias dessas mulheres, reveladas uma a uma: Nilze, Jacira, Dilinda e Márcie. Abismada com o terror incompreensível que rege as relações e dissemina a injustiça no Brasil, Zarka decide não retornar ao seu planeta para lutar ao lado das humanas, pedindo às suas irmãs Zurk que não desintegrem a humanidade. Ao reconhecer-se nas mulheres cujas histórias relatou, a alienígena percebe que elas também são mulheres de cabelos prateados.


Ficha técnica
Dramaturgia: Ave Terrena | Direção: Ave Terrena e Georgette Fadel | Assistente de direção: Sarah Lessa | Elenco: Camilla Flores (Márcie), Carlota Joaquina (Dilinda), Gabrielle Araújo (Nilze), Silmara Deon (Zarka) e Thais Dias (Jacira) | Trilha sonora: DJ Evelyn Cristina | Direção de produção: Gabrielle Araújo | Produção executiva: Monica Vasconcellos | Figurinos: Helena Casal de Rey e Su Martins| Cenografia: Cesar Rezende [Basquiat] | Cenotécnico: Fernando Baiano | Iluminação: Carol Autran | Visagismo: Paulette Pink | Fotos: Letícia Godoy | Arte: Viviane Lamana | Redes sociais: Vox Baccai | Assessoria de imprensa: Canal Aberto | Idealização: Carlota Joaquina, Gabrielle Araújo e Silmara Deon | Produção: Caboclas Produções

O espetáculo "As Mulheres dos Cabelos Prateados" é realizado pela Caboclas Produções, contemplada no edital PROAC Expresso LAB nº 47/2020 - Prêmio por Histórico de Realização em Teatro - Modalidade C - Produção - Pessoas Jurídicas, com recursos da Lei Aldir Blanc, através do Ministério do Turismo, Secretaria Especial da Cultura, Governo do Estado de São Paulo por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa.


Serviço
Espetáculo "As Mulheres dos Cabelos Prateados"
Temporada on-line
De 16 a 23 de dezembro, às 21h
Dias 17, 18 e 19 de dezembro: sessões extras, às 19h
Onde: YouTube Caboclas Produções
Gratuito | 60 minutos | 12 anos

.: Alejandro Sanz apresenta o álbum "Sanz", que celebra 30 anos de carreira


Chega  em todas as plataformas digitais o álbum “Sanz”, mais novo trabalho do cantor espanhol Alejandro Sanz, uma coleção de dez faixas na qual ele recupera sua essência e olha para trás para redescobrir suas origens. Alejandro mostra nas novas músicas os detalhes de como foi esse tempo de pandemia, quando o trabalho foi composto. O disco ainda traz a primeira participação de Paco de Lucía.

Embora seja o 19º trabalho de sua carreira, o cantor afirma sentir-se um tanto nervoso, como acontece com cada um dos álbuns que lançou. Celebrando 30 anos de carreira, o músico faz um retorno às suas origens e esta fase de reflexão começou quando ele decidiu trocar Miami por Madri, sua cidade natal.

 "A canção é um produto artesanal, o resultado da transformação e manipulação de materiais essenciais, comuns a qualquer partitura. A letra e a melodia são as partículas elementares de qualquer canção. Elas interagem umas com as outras, se irradiando para o ouvinte em um processo intangível, que está ligado à magia. Quem quer que aspire dominar o ofício de compor deve conhecer a natureza dessas partículas. Aprender a combiná-las em uma rigorosa disciplina de tentativa e erro. Assumir a tarefa de um aprendizado sem fim, o desafio que aguarda no próximo verso e na próxima roda de acordes”, explica.

Alejandro Sanz tem escrito músicas durante toda sua vida. Ele estudou a fundo sua anatomia, aprofundou sua genealogia, experimentou as múltiplas permutações da somatória de melodia + letra. Em seu novo álbum, a partir desses materiais essenciais, ele constrói um trabalho que surpreende por sua consistência e também por seu dinamismo e variedade de registros. Dez canções que pulsam com uma batida flamenca sutil, nas quais coexistem o acústico e o eletrônico, ritmos ancestrais simples e arranjos orquestrais ambiciosos.

Com uma abordagem minimalista - as palavras certas, a melodia cativante - ele conquista um território de máximas artísticas. Cada peça sobre "Sanz" - produzida por Alfonso Pérez com Alejandro Sanz e Javier Limón - tem sua própria entidade, mas vale a pena prestar atenção ao todo para apreciar o trabalho como ele merece. Em tempos de atomização e dispersão, de singles órfãos de continuidade e faixa sem fixação conceitual, o músico madrileño aposta em um álbum que enriquece sua linguagem característica.

Assim que se pressiona o play, "Bio" vem à tona, uma inesperada composição de palavras faladas temperada com acústica, piano e breves notas de cordas. Sanz recapitula em um corajoso exercício de memória que se conecta com o presente e serve para nos colocar na situação. A viagem promete, é claro. E continuando a ouvir o álbum, esses votos se concretizarão. Sanz nos surpreenderá refinando seu próprio padrão em canções irresistíveis como "Mares De Miel", "Yo No Quiero Suerte" ou "Si Yo Quisiera Y Tu Pudieras", nas quais ele emprega recursos magistrais: meias oitavas supersônicas, harmonias vocais e arranjos em progressão que tendem ao infinito. Há também incursões no território da melhor música negra que podemos imaginar - "No sé qué me pasas" -, ambrosia analógico-digital de sensualidade imprevisível - "Geometría" - e confissões tocantes a um ritmo downtempo, como "Iba".

Além disso, "Sanz" promove um reencontro emocionante com seu saudoso amigo Paco de Lucía em "La Rosa", estabelecendo uma conexão temporal com o valioso legado dos Nuevos Flamencos. E ele conclui com um encontro no  ápice da canção popular espanhola graças a "Ya ya te quería", composta especialmente pelo maestro Manuel Alejandro, uma confirmação incontestável da tese que propusemos no início: “quando a letra certa e a melodia certa andam de mãos dadas, a canção decola. E não haverá ninguém para impedir".


Sobre Alejandro Sanz
Desde sua estreia, em 1991, com “Viviendo Deprisa”, Alejandro Sanz se estabeleceu como um dos artistas mais conhecidos e influentes do mundo, com mais de 25 milhões de álbuns vendidos. Todos os seus álbuns conquistaram Certificados de Platina na Espanha, América Latina e nos Estados Unidos.

Ele também é o artista espanhol com mais prêmios Grammy® da história, com um total de 4 e 25 prêmios Latin GRAMMY®. Em 2017, ele foi homenageado pela Academia de Grabación Latina (Academia Latina de Gravação) como “Pessoa do Ano”, em reconhecimento à sua carreira e às suas significativas contribuições filantrópicas. 

Ao longo de sua carreira, Sanz colaborou com artistas renomados de todo o mundo, incluindo Alicia Keys, Shakira, Destiny's Child, Laura Pausini, The Corrs, Ivete Sangalo, Emeli Sandé, Juanes, Juan Luis Guerra, Marc Anthony, Alejandro Fernández, Camila Cabello, Nicky Jam e o lendário Tony Bennett.

Alejandro Sanz foi escolhido como representante da Europa na abertura dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 para apresentar uma versão emocional do clássico “Imagine” (obra imortal que John Lennon gravou em 1971), arranjada por Hans Zimmer, juntamente com outras quatro figuras do mundo da música: John Legend, representando o continente americano; Keith Urban a Oceania, Angelique Kidjo a África, e as vozes do Coro infantil Suginami do Japão, representando a Ásia. O artista madrileno ganhou recentemente sua própria estrela na famosa Calçada da Fama de Hollywood. Ouça e baixe aqui: https://umusicbrazil.lnk.to/SanzPR.


quarta-feira, 15 de dezembro de 2021

.: Crítica: "Não Olhe Para Cima", comédia faz público rir da própria desgraça


Por: Mary Ellen Farias dos Santos 

Em dezembro de 2021


A produção cinematográfica dirigida por Adam McKay "Não Olhe Para Cima" pode ser encarada como uma comédia de ficção científica. Contudo, a impressão fica somente nos primeiros minutos, pois logo que a trama consegue deixar claro a que veio, nota-se facilmente que tem como forte propósito criticar a forma de vida que adotamos para um planeta saturado dos variados excessos. Na telona, tudo isso está aliado a um elenco de primeira que inclui Leonardo DiCaprioJennifer LawrenceMeryl StreepCate Blanchett e Timothée Chalamet.  

O longa-metragem de 2h25m tem como pontapé inicial a descoberta da cientista Kate Dibiasky (Jennifer Lawrence): um cometa que está em rota de colisão direta com a Terra. Tal fato é confirmado pelo parceiro de trabalho da astrônoma, Randall Mindy (Leonardo DiCaprio). Cientes de tamanha responsabilidade, eles embarcam numa aventura cheia de boas intenções para salvar a humanidade. Logo, ganham o apoio do Dr. Teddy Oglethorpe (Rob Morgan) quando precisam explicar a situação para o símbolo máximo do poder: a presidente do Estados Unidos Janie Orlean (Meryl Streep).

Antes disso, conhecemos um general corrupto interpretado por Paul Guilfoyle. É justamente nesse ponto que o filme começa a crescer, talvez pela atuação debochada da vencedora de três Oscars, Meryl Streep, ritmando mais a trama. Como não se chocar com Janie fazendo questão de que os cientistas encurtem as falas que ela não entende -e nem faz questão de entender- ou dando a mínima importância sobre o fim da vida na Terra? 

Impressionante?! Sim. Contudo, sabemos bem que tal encenação é apenas o retrato do que acontece nos "salões" frequentados por cabeças ocas que só pensam em quanto irão roubar, embora continuem ocupando cargos de grande responsabilidade. Assim entra em pauta a situação vivida nos E.U.A. e, consequentemente o Brasil, durante a pandemia de Covid-19: presidentes enchendo seus bolsos e ignorando solenemente a única chance de salvar a população de tamanho impacto. 

Apesar de ignorante, Janie põe em prática uma missão para dar fim ao cometa, mas muda tudo de última hora. Aliás, durante o trajeto para a destruição do cometa. Típico, não é?! Assim, a presidente fecha negócio em seu favor financeiro, em parceria com o ricaço Peter Isherwell (Mark Rylance). Ao assumir o risco do que está prestes a colocar em prática, a representante dos Estados Unidos, exclui países como China e Rússia que, paralelamente, tentam concretizar a missão de salvar a Terra, mas nem tudo acontece como o esperado. 

Em "Não Olhe Para Cima" a vacina não está na temática, mas o resultado, no desfecho é bastante similar. O longa não esquece nem mesmo dos negacionistas, aliás, o lema deles é o gerador do título do filme. Enquanto os cientístas tentam conscientizar a todos sobre o que está prestes a acontecer, lançando a campanha "Look Up" (Olhe Para Cima), do outro lado um grupo se reúne com a presidente e invade as redes sociais com gritos histéricos de "Don´t Look Up" (Não Olhe Para Cima).

"Não Olhe Para Cima" é pura mímese, o que não deixa o público perceber o tempo passar. Tudo acontece muito rápido, desde as situações esdrúxulas que em 2020 e 2021 acabamos nos habituando a ser testemunhas a até a necessidade de escolher heróis, no caso, aqueles totalmente inaptos a tal posto. Até Randall Mindy (Leonardo DiCaprio) deixa o papel de astrônomo e assume o de símbolo sexual colhendo os frutos, inclusive. O que faz o público lamentar por June (Melanie Lynskey, a Rose de "Two and a Half Man").

Aliás, o filme deixa claro o egocentrismo imensurável, ao ponto de nem a vida dos filhos terem qualquer peso. Jason (Jonah Hill) acaba sendo esquecido por Janie -o que não surpreedente. Evidenciando que esse tipo de gente só pensa em si e em mais ninguém. "Não Olhe Para Cima" ainda consegue mostrar como as redes sociais são prejudiciais, além de destacar a futilidade dos artistas que se engajam em campanhas com as quais pouco se importam.

O longa da Netflix, que apresenta o logo sem o famoso som de "tudum", vai tão a fundo que mostra o quarto poder em seu estado mais frágil e totalmente voltado ao entretenimento. É assim que conhecemos os apresentadores Brie Evantee (Cate Blanchett) e Jack Bremmer (Tyler Perry) entrevistadores, tanto da cantora Riley Bina (Ariana Grande) quanto dos cientistas Kate Dibiasky (Jennifer Lawrence) e Randall Mindy (Leonardo DiCaprio). 

Outro mérito do filme é o de fazer o público rir da própria desgraça, reforçando que se dependermos dos governantes eleitos, todos vamos morrer. "Não Olhe Para Cima" ainda leva os personagens endinheirados ao paraíso e garante ao público a visão das nádegas nuas de Mery Streep com a tatuagem de uma borboleta (corpo de dublê). Tal cena desagradou Leonardo Di Caprio que a vê como a "rainha do cinema", mas o diretor respondeu a ele que ali "é a Presidente Orlean, não é a Meryl Streep"Estão no elenco também Chris Evans, Himesh Patel, Matthew Perry, Ariana Grande, Ron Perlamn, Mark Rylance, Melanie Lynskey e mais. Imperdível!

Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link.

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm


Filme: Não Olhe para Cima (Don´t Look Up)

Direção: Adam McKay

Roteiro: Adam McKay

Gênero: Comédia/Catástrofe 

Duração: 2h 25m

Elenco: Leonardo DiCaprio, Jennifer Lawrence, Meryl Streep, Cate Blanchett, Rob Morgan, Jonah Hill, Mark Rylance, Tyler Perry, Timothée Chalamet, Ariana Grande, Scott Mescudi, Michael Chiklis, Melanie Lynskey, Himesh Patel, Tomer Sisley, Paul Guilfoyle, Robert Joy



.: Denise Fraga fala de Júlia, personagem em "Um Lugar ao Sol"


Denise Fraga volta às novelas da Globo com uma personagem fascinante. Foto: Globo/Fabio Rocha


Cantora fracassada e com problemas com o alcoolismo, Júlia (Denise Fraga) sempre foi uma ausência física, emocional e financeira na vida do filho, Felipe (Gabriel Leone). Tanto que o jovem tem a avó, Ana Virgínia (Regina Braga), como principal referência. A psicanalista tenta proteger o neto das atitudes inconsequentes da mãe dele. "O vício tirou da Júlia coisas preciosas, como a proximidade do filho. Mas ela é uma personagem bonita, que tem outras camadas além do problema com o álcool, e que, apesar de tudo, tenta manter o otimismo", define a atriz Denise Fraga.

A personagem apareceu pela primeira vez na sexta-feira passada, dia 10, quando Felipe a procura para contar que está indo estudar em Paris. A cantora e o filho conversam, e ela aproveita o encontro para pedir a ajuda financeira dele com o disco que está tentando gravar. Júlia jura a Felipe que parou de beber e que quer recomeçar, fazendo tudo diferente de agora em diante. Quem não gostou nada dessa história foi Ana Virgínia.

"Acho que tem uma particularidade do texto da Lícia que é os personagens falarem muito sobre si com uma clareza muito grande. Eu acho que isso dá voz para muita gente", elogia Denise Fraga, que nos últimos anos esteve longe das novelas. "Os convites que eu tive nos últimos anos batiam com as temporadas que eu estava fazendo no teatro. Ter dado certo agora, com a Lícia, com o Maurício Farias e com esse elenco, me deixa muito feliz", comemora a atriz.

"Um Lugar ao Sol" é uma novela criada e escrita por Lícia Manzo com direção artística de Maurício Farias. A obra é escrita com Leonardo Moreira e Rodrigo Castilho, com colaboração Carla Madeira, Cecília Giannetti, Dora Castellar e Marta Goés. A direção geral é de André Câmara e direção de Vicente Barcellos, Clara Kutner, João Gomez, Pedro Freire e Maria Clara Abreu. A produção é de Andrea Kelly e a direção de gênero de José Luiz Villamarim.

.: “Amigos Con Derechos”: Dulce María e Marília Mendonça juntas em single


Em forma de homenagem, Dulce María anuncia lançamento de música em espanhol com Marília Mendonça. O primeiro single internacional da brasileira chega às plataformas digitais nesta quinta-feira às 21h.

A cantora Dulce María divulgou, nesta terça-feira, dia 14 de dezembro, a data e hora de lançamento da sua colaboração musical com Marília Mendonça: dia 16 de dezembro, às 21h. O maior nome feminino da música sertaneja deixou gravado o seu primeiro single em outro idioma, intitulado “Amigos Con Derechos”. O anúncio chegou para os fãs brasileiros em formato de vídeo, nas redes sociais da mexicana, que junto a notícia compartilhou momentos do dia em que gravou a faixa no estúdio.

“Não chegamos a nos conhecer pessoalmente, mas tínhamos essa conexão, essa proximidade e essa surpresa para os fãs. Para mim, cada vez que penso nela, sinto amor, sinto muito muito amor”, fala Dulce María em um dos trechos. O single, que é uma regravação da faixa originalmente lançada no álbum “Origen”, da Dulce María, vem acompanhado com um videoclipe composto por imagens da cantora no estúdio e registros de Marília Mendonça.

O lançamento será uma homenagem a cantora brasileira que revolucionou o mercado musical e deixou seu legado. Além da concretização do seu sonho de gravar um feat internacional com Dulce María. Faça o pre-save: https://ditto.fm/dulcemaria-mariliamendonca-amigos-con-derechos. 

.: Os 70 anos das novelas brasileiras são homenageados com especial da Globo


Programação especial na TV Globo, Viva, Globoplay e ações digitais reforçam a importância cultural das novelas e revive grandes momentos da teledramaturgia brasileira. Foto: Globo/João Cotta


Boas histórias devem ser celebradas e contadas. E há 70 anos é isso que a novela faz. Verdadeira paixão nacional, as novelas se transformaram em patrimônio cultural e um dos principais produtos de entretenimento do Brasil. Elas divertem, emocionam e fazem um convite à reflexão sobre as transformações sociais e culturais do país.

A estreia de "Sua Vida Me Pertence", na TV Tupi, em 1951, abriu os caminhos para os folhetins brasileiros. Em 1965, era a vez de a TV Globo colocar no ar sua primeira obra e, desde então, mais de 300 novelas já foram produzidas – muitas com lugar garantido na história da teledramaturgia brasileira. A Globo ajudou a popularizar o gênero no país e pelo mundo: ao longo desse tempo as novelas romperam as fronteiras e conquistaram mais de 150 países, traduzidas em 70 idiomas, levando a excelência da produção nacional para o mundo.

São inúmeros prêmios, inclusive oito Emmys Internacionais, algo que nenhuma outra emissora possui. Para marcar as comemorações em torno dos 70 Anos das novelas, a Globo prepara uma programação especial em seus canais, streaming e sites, além de uma campanha com desdobramentos multiplataforma para relembrar momentos antológicos que acompanhamos por todos esses anos.

Agora ela própria, a novela, será a protagonista da história. O especial "70 Anos Esta Noite" da TV Globo vai relembrar momentos inesquecíveis, vilanias e finais felizes que marcaram a história da televisão brasileira. A história contada por quem ajudou a escrevê-la: participam do especial os atores Lima Duarte, Tony Ramos, Gloria Pires, Susana Vieira, Patrícia Pillar, Lilia Cabral, Antonio Fagundes, Adriana Esteves, Taís Araújo, Giovanna Antonelli, Renata Sorrah, Fernanda Montenegro, Claudia Raia, Christiane Torloni, Juliana Paes, Rodrigo Lombardi, Nívea Maria, Carolina Dieckmann, Regina Casé, Chay Suede, Mateus Solano, Thiago Fragoso, Camila Pitanga, Betty Faria, Francisco Cuoco e Fernanda Vasconcellos.

Com roteiro de Bia Braune e Celso Taddei, supervisão de texto de George Moura e direção geral de Henrique Sauer, o especial faz uma viagem através da memória, relembrando as histórias e personagens que nos marcam há tantos anos. A atração será exibida na terça, 21 de dezembro, logo após "Um Lugar ao Sol", na TV Globo, e no dia seguinte, 22 de dezembro, no Viva, às 18h30. Também no dia 21, Tati Machado traz curiosidades sobre as novelas em pílulas curtas e temáticas do Gshow, que prometem alegrar os noveleiros de plantão e esquentar a programação ao longo do dia.

Na TV por assinatura, as comemorações seguem no Viva, canal amado pelos noveleiros e que disponibiliza as grandes produções da nossa teledramaturgia. Para homenagear a aniversariante do dia, o especial "As Novelas que Amamos" revelará quais tramas estão no TOP 10 do canal, entre as mais assistidas ao longo dos pouco mais de 11 anos de existência do Viva. O programa vai ao ar no dia 21 de dezembro, às 21h.

Os episódios inéditos de "É Tudo Novela!" seguem com a exibição de segunda a segunda, às 22h45. Comandado pela apresentadora e atriz Ana Clara, o reality é uma grande brincadeira produzida por meio de reedições de tramas consagradas na teledramaturgia, como "Chocolate com Pimenta", "Paraíso Tropical", "Fina Estampa", "Avenida Brasil" e "A Dona do Pedaço". No programa, vilões, mocinhas e casais da televisão estão reunidos em uma mansão e competem por um prêmio fictício de 500 mil dólares.

No Globoplay, os noveleiros de plantão descobriram uma nova forma de consumir novelas: maratonando seus títulos preferidos quando e onde quiserem. Para comemorar os 70 anos, o Globoplay conta com um trilho temático de novelas que marcaram época, como "Tieta", "Vale Tudo", "Fera Radical", "Laços de Família", "Avenida Brasil", entre outras.

Ainda em dezembro, o Globoplay faz uma homenagem a um dos maiores nomes da dramaturgia, o autor Gilberto Braga, falecido em outubro deste ano. A plataforma lança o documentário original "Gilberto Braga - Meu Nome É Novela", que revisita a obra do autor e relembra os projetos e personagens mais marcantes. Imagens de arquivo das novelas se misturam com entrevistas concedidas pelo próprio escritor, que narra passagens emblemáticas da sua história.

E é em um curioso e bem-humorado universo paralelo que o público poderá conferir "Novelei", o primeiro projeto envolvendo Globo e YouTube. Idealizada pela ViU Hub, unidade digital de social media da Globo, a série ganha o selo YouTube Originals e ficará disponível no ecossistema Globo na plataforma. Com pegada de remakes cômico-dramáticos de novelas, a atração contará com nove episódios, que serão disponibilizados semanalmente, e trarão no elenco nomes consagrados da TV e um time de peso de youtubers e influenciadores.

Juntos, eles terão a missão de recriar com muito humor, no melhor estilo “suecar”, algumas das obras mais emblemáticas da TV. Com criação e produção do Entretenimento da Globo, a série tem o selo YouTube Originals – frente da plataforma que investe em conteúdos originais e destaca criadores e parceiros em produções criativas e inéditas – e conta com direção de Felipe Joffly e roteiro assinado por Bia Braune. ‘Novelei’ tem estreia prevista para o início do segundo semestre de 2022.

Já no Gshow, os fãs das novelas poderão se deliciar com conteúdos que relembram as histórias e os personagens que marcaram gerações. O site apresenta enquetes e quizzes para que o público teste seus conhecimentos sobre tramas antigas e deixe vir à tona o seu lado “noveleiro”. No momento "Novelas da Minha Vida", artistas e influenciadores contam quais tramas os impactaram para sempre. Já o Podcast "Novela das 9" traz uma série especial de cinco episódios em homenagem à data, publicados sempre às terças-feiras, até o dia 28 de dezembro. A ação, que tem o apoio do Memória Globo, conta com entrevistas especiais relembrando marcos importantes e bastidores com quem entende do assunto: os atores e os autores que fazem a magia acontecer.


Campanha multiplataforma
Tendo como fio condutor o conceito "contar uma história", os canais TV Globo e Viva e o Globoplay exibem campanhas que homenageiam os 70 anos de novelas no Brasil. Sob o mote "Posso te contar uma história?", a TV Globo veicula, no intervalo de sua programação, um emocionante filme revivendo os melhores momentos das novelas brasileiras.

Mexendo com a memória afetiva do público, o canal Viva apresenta a frase "Posso te contar uma história inesquecível?", que vai mostrar como o canal tem um jeito diferente de contar essas narrativas adoradas pelo público, nesse encontro entre passado, presente e futuro, misturando imagens marcantes do acervo de novelas antigas com a linguagem da internet. "Posso dar play numa história?" será o tema da campanha do Globoplay, também veiculada no intervalo da programação da TV Globo, que vai mostrar que a forma como as pessoas consomem novela muda, mas não muda a emoção que ela transmite. Os filmetes também podem ser conferidos nas redes sociais dos canais. O site de notícias Gshow vai pontuar a sua homenagem às histórias que emocionam o público há sete décadas, inserindo o selo de 70 anos de novelas em seus conteúdos.
  

"Posso te contar uma história?" em homenagem aos 70 anos das novelas


.: Exposição do projeto Quarantine no Sesc Ipiranga tem obras de 31 artistas


A iniciativa, que também dá nome à exposição no Sesc, partiu de um experimento coletivo que buscou repensar, reagir e reimaginar o impacto causado pela pandemia de Covid-19 no mercado de artes no Brasil. Na imagem, a obra "não (nbp)" (2000), de Ricardo Basbaum.


O Sesc Ipiranga exibe a mostra "Quarantine". A exposição reúne obras de 31 artistas contemporâneos - de diferentes partes do Brasil - incorporadas ao Acervo Sesc de Arte a partir de iniciativa concebida como resposta aos impactos que o mundo passou a enfrentar diante da pandemia de Covid-19 e, em particular, no campo das artes visuais.

Idealizado e coordenado por Cristiana Tejo, Julia Morelli, Lais Myrrha e Marilá Dardot, o projeto - que dá nome também à exposição no Sesc - estabeleceu uma espécie de cooperativa de artistas e disponibilizou suas obras a colecionadores, todas pelo mesmo valor. O montante arrecadado foi repartido igualmente entre os participantes, sendo uma parcela revertida para o fundo emergencial de apoio às pessoas trans afetadas pela Covid-19 e assistidas pela Casa Chama.

Entre as obras adquiridas por meio do projeto para a coleção permanente do Sesc São Paulo - e exibidas nesta mostra na unidade do Ipiranga - estão desenhos, gravuras digitais, trabalhos de arte sonora e outros formatos, vídeos, fotos e conjuntos de instruções para ações artísticas de Ana Lira, Arissana Pataxó, Armando Queiroz, Bruno Faria, Caetano Costa, Clarice Cunha, Daniel Lie, Denilson Baniwa, Fabiana Faleiros, Fabio Morais, Fabio Tremonte, Fernando Cardoso, Janaína Wagner, João Loureiro, Luanda Patrícia Francisco, Lucas Bambozzi, Manauara Clandestina, Marcellvs L., Marcia Xavier, Marco Paulo Rolla, Mariana de Matos, Marta Neves, Maurício Ianês, Nicolás Robbio, Paulo Bruscky, Rafael R.G., Ricardo Basbaum, Romy Pocztaruk, Traplev, Yana Tamayo e Yuri Firmeza.

Ao incorporar essas obras à sua coleção e apresentá-las na mostra "Quarantine", o Sesc reforça seu papel educativo por meio do estímulo à produção artística e da exposição dos públicos a trabalhos que tratam de temas urgentes. A entrada em qualquer unidade do Sesc no estado de São Paulo é permitida somente após a apresentação do comprovante das duas doses da vacina contra a covid-19 (ou do comprovante de vacinação em dose única) para maiores de 12 anos e documento com foto. O uso de máscara cobrindo boca e nariz é obrigatório durante a permanência nas unidades.


Cooperação como resposta aos impactos causados pela ameaça viral
Em março de 2020, o mundo se viu diante de uma situação que repentinamente trouxe a interrupção do cotidiano, um assolamento de incertezas e o aprofundamento de desigualdades já existentes. Desdobra-se dessa conjuntura a necessidade de se (re)pensar um modelo político e econômico e agir a partir de novas formas de cooperação. "Sem a ação coletiva, não há solução", é a resposta do projeto Quarantine para repensar, reagir e reimaginar o impacto causado pela pandemia de covid-19 no mercado de artes no Brasil.

A iniciativa das artistas Lais Myrrha e Marilá Dardot, da curadora Cristiana Tejo e da fundadora da plataforma 55SP Julia Morelli, propôs a colaboração mútua. As obras foram pensadas de modo a serem enviadas digitalmente e realizadas (baixadas, impressas e/ou executadas) pelos compradores. Os trabalhos só eram visualizados após a compra. 

A iniciativa, que também dá nome à exposição no Sesc, partiu de um experimento coletivo que buscou repensar, reagir e reimaginar o impacto causado pela pandemia de Covid-19 no mercado de artes no Brasil. "Quarantine" molda-se então como um experimento coletivo de reimaginar o modelo econômico para as artes com a participação de mais de quarenta artistas de todas as regiões do país, em distintos momentos de trajetórias, gêneros e raças. 

Os trabalhos realizados durante a quarentena tiveram o mesmo preço e todas as obras que foram vendidas tiveram seu valor repartido entre os colaboradores. Parte do valor arrecadado foi doado ao fundo emergencial de apoio às pessoas trans afetadas pela pandemia e assistidas pela Casa Chama, organização civil de ações socioculturais com foco em artistas transvestigêneres.


Sobre o Acervo Sesc de Arte
O Acervo Sesc de Arte abrange pouco mais de duas mil obras permanentemente visitáveis nas unidades da instituição em todo o estado de São Paulo. Esse patrimônio voltado à ação educativa do Sesc no campo das artes visuais, com frequência, integra também recortes de exposições temporárias, estabelecendo relações com outras obras.


Serviço
"Quarantine"
Visitação em dezembro: até dia 30 de dezembro, terça a sábado, das 10h às 20h. Domingos e feriados, das 10h às 18h. Exceto dias 24, 25, 26 e 31 e dezembro.
Visitação a partir de janeiro: de 4 de janeiro a 30 de sabril de 2022, de terça a sábado, das 10h às 21h30. Domingos e feriados, das 10h às 19h. Classificação: livre. Grátis.

É indispensável a apresentação do cartão de vacinação que comprove a aplicação das 2 doses dos imunizantes ou da dose única. O uso de máscaras nos espaços é de caráter obrigatório durante toda a permanência na unidade. Grátis. 


Sesc Ipiranga
2.º andar
Rua Bom Pastor, 822 - Ipiranga | (11) 3340 - 2035
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