quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

.: Grátis: "Relações Indóceis" debate pela internet as relações humanas


A Cia. de Teatro As Moças, formada pelas atrizes e produtoras Angela Figueiredo e Fernanda Cunha, apresenta, até dia 14 de dezembro no YouTube, o projeto "Mulheres Confinadas e à Margem da Sociedade", contemplado pela Lei Aldir Blanc dando continuidade ao trabalho de pesquisa de linguagem teatral da Cia.

O projeto é formado pela montagem do novo espetáculo intitulado "Relações Indóceis, Três Textos Curtos" interpretado por Angela Figueiredo e Fernanda Cunha, com direção de Henrique Stroeter, composto por três histórias curtas em formato vídeo-teatro, trazendo três textos de autoras brasileiras da nova geração que foram convidadas a escrever especialmente para esse projeto. Michele Ferreira com "Não Pare, Não Corra, Não Grite, Não Morra", Vana Medeiros com "Mãe Só Tem Uma" e Angela Ribeiro com "Bainha".

As dramaturgas se aprofundam nas relações entre as personagens e no tema da maternidade de forma inusitada. Na essência, falam sobre os sentimentos que permeiam as relações humanas. Expressam as relações com intensidade, esperança, desesperança, conflitos e laços de afeto de mulheres que vivenciam momentos decisivos em suas vidas. Estas histórias têm em comum a contemporaneidade e o dialogo ágil. Poderiam acontecer na vizinhança em São Paulo ou em qualquer lugar do mundo.


Os espetáculos

"Bainha"
Julia e Ruth são duas mulheres intensas que tiveram seus vôos interrompidos pelas margens de Passo Firme. A névoa que paira sobre esta cidade esconde histórias que ninguém quer contar, mas neste dia, com muita cumplicidade de afeto, elas decidem desenterrar os ossos mais escondidos das suas travessias.


"Não Pare, Não Corra, Não Grite, Não Morra"
Noite. Sítio. Mato. Lagartas. Portas que batem, uma mulher que bebe e outra que chega. No meio de uma pandemia, elas resolvem suas diferenças dentro da sala de uma delas. 


"Mãe Só Tem Uma"
Uma mãe morre, mas não quer ir, não quer que a deixem ir. Para sua filha, apela,  resiste, não quer, de jeito nenhum, apagar a luz. "Mãe Só Tem Uma" é uma peça curta sobre a ausência com potência de presença. “A volta das atividades artísticas é muito importante para reconstruirmos a sociedade. O desejo neste momento é pela recuperação do planeta e da humanidade, e também pela retomada da cultura para que se possam reestabelecer os afetos, os encontros (mesmo que virtuais) e a circulação de ideias para este período de tantas perdas e difíceis transformações”, dizem Angela Figueiredo e Fernanda Cunha mentoras do projeto.

O projeto "Mulheres Confinadas e à Margem da Sociedade" também apresenta a leitura dramática do texto "As Moças, o Último Beijo", de Isabel Camara, que foi pré-gravada e editada com cenas da montagem que a Cia. realizou em 2014, foi criado para exibição on-line. O vídeo da leitura instiga a reflexão entre os diversos pontos de união e antagonismo entre todos os textos do projeto. 

Cria um diálogo paralelo com o texto "As Moças, o Último Beijo", de Isabel Camara, escrito nos anos 1960 e os textos de Angela Ribeiro, Michele Ferreira e Vana Medeiros, dramaturgia contemporânea escrita em 2021. Serão duas sessões, gratuitas e com tradução de libras, dias 16 e 17  de dezembro, às 17h, no canal do YouTube @angelafigueiredo

A Cia de Teatro As Moças, está convidou mulheres para gravarem depoimentos sobre o isolamento social por conta do Covid 19. Mulheres que, de um dia para o outro, se viram isoladas e confinadas. O momento pandêmico reforçou a comunicação on-line e o compartilhamento de histórias reais de diferentes mulheres e experiências que pode ajudar na superação desse período. Que todas as mulheres, apesar do isolamento, saibam que não estão sozinhas.


Sobre o processo de criação de "Relações Indóceis"
Com direção de Henrique Stroeter, a criação e a montagem do espetáculo foram realizadas entre maio e novembro de 2021 durante a pandemia e gravado em São Francisco Xavier, São Paulo. Iniciou-se a partir de experiências da linguagem teatral em locações, experiências com o vídeo, fotografia, edição, arte, sonorização e trilha sonora desvendando as novas opções e possibilidades do fazer teatral no período pandêmico e pós pandêmico.

Angela e Fernanda convidaram Stroeter para a direção pela afinidade artística, intimidade, visão e conhecimento que ele tem do trabalho da Cia de Teatro As Moças. A etapa dos ensaios foi realizada, via zoom e nas locações escolhidas por Henrique, dividida em três etapas, respeitando a dinâmica de cada texto e proposta da linguagem da encenação e de sua transposição para o vídeo. A equipe de criação artística é formada por Julio Dojcsar na direção de arte que incluiu cenário, objetos de cena, iluminação.  

Os figurinos e o visagismo foram criados em parceria com a Cia. de Teatro As Moças. A trilha sonora e a mixagem de som são de Branco Mello estreando a parceria em trilhas sonoras com seu filho Bento Mello, Nanda Cipola na edição, montagem e na fotografia das peças "Mãe Só Tem Uma" e "Não Corra, Não Pare, Não Grite, Não Morra" e Cassandra Mello na fotografia da peça "Bainha".


Serviço
"Mulheres Confinadas e à Margem da Sociedade"
On-line:
temporada ocorrerá diariamente até o dia 14 de dezembro, no canal do YouTube @angelafigueiredo que recebe o projeto da Cia de Teatro As Moças, "Mulheres Confinadas e à Margem da Sociedade".

On-line: leitura dramática do texto "As Moças, o Último Beijo", de Isabel Camara,. Serão duas sessões, gratuitas e com tradução de libras, dias 16 e 17 de dezembro, às 17h, no canal do YouTube @angelafigueiredo.

Live com as atrizes, com intermediação de Dirceu Alves Jr no dia 17 de dezembro, às 18h, através da rede social @ciateatroasmocas.

Depoimentos de mulheres disponibilizados nas redes sociais das atrizes @angelafigueiredo e @fernandacunhamello e da @ciadeteatroasmoças (Instagran e Facebook) e no canal do YouTube @angelafigueiredo.


Ficha técnica
Espetáculo "Relações Indóceis, Três Textos Curtos"
Dramaturgia: Angela Ribeiro, Michele Ferreira e Vana Medeiros
Direção: Henrique Stroeter
Elenco: Angela Figueiredo e Fernanda Cunha
Direção de arte, cenários e objetos de cena: Julio Dojcsar
Fotografia das peças "Mãe Só Tem Uma" e "Não Corra, Não Pare, Não Grite, Não Morra": Nanda Cipola
Fotografia da peça "Bainha": Cassandra Mello
Locação e cenografia: Henrique Stroeter e Julio Dojcsar
Desenho de luz: Julio Dojcsar
Edição, montagem: Nanda Cipolla
Trilha sonora e mixagem de som: Branco Mello e Bento Mello
Som direto: Claudinei Brandão
Figurinos e visagismo:  Julio Dojcsar, Angela Figueiredo e Fernanda Cunha – acervo Cia de teatro As Moças
Produção executiva: Cristiani Zonzini
Assistente de direção e logística:  Claudinei Brandão
Foto still: Claudinei Brandão, Julio Dojcsar, Nanda Cipola, Henrique Stroeter e Cassandra Mello
Costureira: Lisa Atelier
Assistente de cenotécnica: Daniel Aparecido Torquato
Interpretação de Libras: Wesley Leal
Coordenação de produção Angela Figueiredo e Fernanda Cunha          
Material gráfico: Vicka Suarez
Assessoria de imprensa Morente Forte Comunicações
Redes Sociais, supervisão e tecnologia: Joaquim Mello
Realização: Cia. de Teatro As Moças e Casa 5


Depoimentos
Nove vídeos de diferentes mulheres convidadas para gravarem seus relatos sobre o seu confinamento durante a pandemia. "Depoimentos" foi realizado entre agosto e outubro de 2021 durante o período pandêmico.
Concepção e coordenação: Fernanda Cunha
Coordenação de edição e finalização: Angela Figueiredo
Edição de áudio e vídeo: Nanda Cipola


Leitura dramática
Texto "As Moças, o Último Beijo", de Isabel Camara, editada com trechos do espetáculo encenado gravado no Teatro Poeirinha - Rio de Janeiro - março /2015 pela Cia de Teatro As Moças. A leitura foi gravada em outubro de 2021 durante o período pandêmico.
Com: Angela Figueiredo e Fernanda Cunha
Concepção: Angela Figueiredo e Fernanda Cunha 
Direção: Angela Figueiredo
Fotografia: Nanda Cipola
Som direto: Claudinei Brandão
Edição de áudio e vídeo: Nanda Cipola
Coordenação de edição e finalização: Angela Figueiredo
"Mulheres Confinadas e à Margem da Sociedade"
Realização: 
Cia. de Teatro As Moças e Casa 5




.: Tudo sobre a primeira animação do Porta dos Fundos em especial de Natal


Pela primeira vez em animação, "Te Prego Lá Fora", especial de Natal do Porta dos Fundos,  estreia no dia 15 de dezembro, com exclusividade na Paramount+. No especial, a história revela um Jesus adolescente, enfrentando problemas no ensino médio ao lado do melhor amigo, Lázaro. 

Todo mundo sabe que ser adolescente não é fácil, ainda mais quando se é um semideus com poderes ilimitados e correndo o risco de ser crucificado a qualquer momento. Essa é a vida de Jesus Cristo em sua escola nova. Para sobreviver, ele vai precisar deixar para trás suas boas ações e se tornar um “bad boy” na esperança de que ninguém suspeite que ele seja o Messias. O formato busca juntar o melhor da animação, que são as piadas mais visuais, com a cara do Porta dos Fundos.

O cartaz apresenta os personagens principais em frente a “Escola Municipal Eva & Adão”. Jesus ao centro, acompanhado pelos seus pais (Maria e Deus), e dos colegas de classe Lázaro, Barrabás e Maria Madalena. Do lado direito, Sodoma representa as tentações mundanas e, ao lado esquerdo, as cruzes apresentam a possibilidade de redenção. 

O Especial de 2021, que estreia no dia 15 de dezembro com exclusividade no serviço de streaming Paramount+, tem o formato de animação com coprodução da Estricnina Desenhos Animados, pioneira no desenvolvimento de séries animadas no Brasil. 

Com criação de Fábio Porchat e direção geral de Rodrigo Van der Put, os personagens ganham vida por meio das vozes do elenco do Porta dos Fundos. No total, 15 atores interpretam os personagens animados da obra. Rafael Portugal interpreta Jesus; João Vicente aparece como o Barrabás; Thati Lopes faz a voz de Maria; Fábio de Luca é Lázaro; Nathalia Cruz interpreta Madalena; Estevam Nabote é Deus; Antonio Tabet aparece como Eliézer; Gregório Duvivier como Jacó; Evelyn Castro faz a voz de Daíde e João Pimenta é o personagem Tomé. 

O elenco conta ainda com Fábio Porchat como Herodes e Jaqueu; Rafael Infante como Brian e Salomão; Gabriel Totoro como Bartholomeu, Soldado e Pai da Madalena; Noêmia Oliveira como Inês e Abdala; e Joel Vieira como Cabeça Pervertido, Homem de Sodoma e Dono da Vaca.


Ficha Técnica de "Te Prego Lá Fora":
Criação:
Fábio Porchat
Direção geral: Rodrigo Van der Put
Diretores: Pavão e Thiago Martins
Redação final: Fábio Porchat
Roteiro: Fábio Porchat, Gabriel Esteves e Jhonatan Marques
Realização: Cazé Pecini
Produção: Porta dos Fundos/ Christian Rôças (Crocas) e Fernanda Chasim, Vis/ Thereza Gonzalez e Federico Cuervo, Estricnina Desenhos Animados e Copa Studio.
Trilha sonora: Pseudônimo e Fernando Cañedo
Distribuição: Paramount +
Elenco: Fábio Porchat - Herodes e Jaqueu | João Vicente – Barrabás | Rafael Portugal – Jesus | Fábio de Luca – Lázaro | Estevam Nabote – Deus | Thati Lopes – Maria | Antonio Tabet – Eliézer | Gregório Duvivier – Jacó | Evelyn Castro – Daíde | Rafael Infante - Brian e Salomão | Nathalia Cruz – Madalena | Totoro - Bartholomeu, Soldado e Pai da Madalena | Noêmia Oliveira - Inês e Abdala | Joel Vieira - Cabeça Pervertido, Homem de Sodoma e Dono da Vaca | João Pimenta – Tomé




.: "Reacher", a série Original Amazon baseada nos romances de Lee Child


Baseada nas obras do autor Lee Child e estrelada por Alan Ritchson, a primeira temporada da série "Reacher", original da Amazon, contará com oito episódios que serão lançados exclusivamente no Prime Video no dia 4 de fevereiro de 2022.

A série acompanha a história de Jack Reacher, um veterano investigador da polícia militar que recentemente entrou na vida civil. Reacher agora vaga sem rumo, viajando pelo país sem telefone e sem o essencial enquanto explora a nação a que tanto serviu. Quando Reacher chega à pequena cidade de Margrave, Geórgia, ele encontra uma comunidade em choque com o primeiro homicídio em 20 anos. 

Os policiais o prendem imediatamente e testemunhas afirmam ter visto Reacher na cena do crime. Enquanto ele batalha para provar sua inocência, uma conspiração profundamente arraigada começa a emergir, o que exigirá a mente aguçada de Reacher e sua força física para lidar com ela. Acima de tudo, uma coisa é certa: eles escolheram o cara errado para incriminar.

A primeira temporada de "Reacher" é baseada no primeiro romance de Lee Child sobre o personagem, "Dinheiro Sujo", e foi escrita para a televisão pelo roteirista indicado ao Emmy Nick Santora ("Prison Break"), que também é produtor executivo e atua como showrunner da série como parte de seu acordo geral com a Skydance Television.

O elenco também conta com Malcolm Goodwin (da série "iZombie") como Oscar Finlay, Willa Fitzgerald ("O Pintassilgo") como Roscoe Conklin, Chris Webster ("Most Dangerous Game") como KJ, Hugh Thompson ("A Tragédia do Voo 111) como Baker, Maria Sten (da série Monstro do Pântano) como Frances Neagley, Harvey Guillén (da série "What We Do in the Shadows") como Jasper, Kristin Kreuk (da série "Smallville") como Charlie, Currie Graham (da série "Murder in the First") como Kliner Sênior, Marc Bendavid (da série "Dark Matter") como Hubble, Willie C. Carpenter (da série "Devious Maids") como Mosley, Maxwell Jenkins (da série "Perdidos no Espaço") como o jovem Reacher e Bruce McGill ("Meu Primo Vinny") como Mayor Teale. Além de Santora, a série tem produção executiva de Lee Child, Don Granger e Scott Sullivan, com David Ellison, Dana Goldberg e Bill Bost produzindo para a Skydance. Você pode comprar o livro que originou a série neste link.





.: Embalado pelo pop, Grand Paradiso lança seu primeiro álbum, "Aurora"


Chega às plataformas de streaming o disco de estreia do Grand Paradiso, projeto do catarinense Gustavo Vargas. O álbum é integrado por 14 faixas primordialmente pop, com letras que revelam as mais profundas verdades do artista. O trabalho é também audiovisual, sendo que dois clipes já foram apresentados: "Sonhar/Acordar" e "Caos". "Aurora" traz 14 faixas autobiográficas e que revelam as verdades do jovem artista.

O cantor, compositor, produtor e artista visual Grand Paradiso é multitarefas em seu álbum de estreia, “Aurora”. Ou seja, ele mesmo é quem realizou praticamente todos os processos: composição, gravação, arranjos, produção, mixagem etc. Segundo ele, o álbum foi um processo de maturação, pensado a longo prazo.

“A ideia do álbum (na época EP) surgiu no final de 2016, enquanto ainda estava estudando no conservatório de música, continuei a produção dele em 2017, mas no final deste ano o HD externo em que salvava os arquivos parou de funcionar, então engavetei o projeto e voltei a produzir só no final de 2018.”, explica.

Nessa busca artística e pessoal, Grand diz que em “Aurora” ele é completamente autêntico, vivo, intenso e sincero com tudo que sente e deseja expor ao mundo. Assim, ele comenta que “é um disco sobre um garoto de interior descobrindo a vida real da ‘cidade grande’, sobre a transição para a vida adulta”.

Produzido em seu próprio quarto, o álbum é provocativo e tem como um dos vários intuitos instigar o pensamento e as mais possíveis reflexões “O disco carrega referências de muita coisa, mas acho que a nostalgia é um dos pontos centrais desse projeto, talvez mais visualmente [clipes e artes] do que no próprio som, mas de qualquer forma, quis encapsular a sensação de um mundo antes do boom da internet e dos smartphones...”.

Na sonoridade e nos arranjos, Grand também se diz fiel ao que escuta e ama fazer. “Sou um devoto do pop, então por mais que aqui no brasil esse gênero seja percebido de uma forma diferente do resto do mundo, ainda bato o pé e digo que faço música pop, por mais que ela muitas vezes tenha uma ‘roupagem’ alternativa”, explica.

Antes da chegada do álbum completo, Grand Paradiso apresentou três singles e dois clipes do projeto, e anunciou que outras produções audiovisuais estão por vir, assim como o seu segundo disco, que já está sendo produzido.


Sobre Gran Paradiso
Autodefinido como pessoa queer e um “colagista de sons e fiel a música pop”, Grand Paradiso é o projeto de Gustavo Vargas, músico catarinense que escreve desde os 17 anos, mas que se aventurou de vez no universo artístico em 2015, quando entrou para o Conservatório de Música de Itajaí Carlinhos Niehues.

Sua estreia fonográfica aconteceu com “Aurora”, álbum que apresenta um artista melancólico e autobiográfico, que traz versos sobre acontecimentos pertinentes a todos, como amor, tristeza, euforia e a maior de todas: a existência. Suas influências são baseadas em artistas como Kanye West, Robyn, Michael Jackson, Nina Simone, Sade e Carpenters.


Faixa a faixa nas palavras de Grand Paradiso

1. “Aurora” 
Quis criar uma introdução curta, que traduzisse bem a jornada do álbum e principalmente a sua capa, misturando beats eletrônicos a instrumentos comuns do baroque pop. É a única faixa instrumental do disco.

2. “Céu”
A versão do disco é uma versão retrabalhada de uma canção de 2017, quando assumi o codinome Grand Paradiso... Nessa nova versão mexi em muita coisa, regravei os vocais, mudei os instrumentos... Só não mexi na estrutura da faixa. É uma das mais aquáticas do disco.

3. “Livre”
Também uma faixa produzida no decorrer de 2017 e finalizada em 2020, é um hino sobre a liberdade individual, bastante inspirada no hip-hop.

4. “Sonhar/Acordar”
É uma das faixas mais divertidas e dançantes do álbum, nela conto sobre um romance que nunca veio a acontecer, tem um videoclipe inspirado no voguing da cultura ballroom.

5. “Cambaleando”
É uma balada densa, sobre o amor cotidiano. Aqui o disco começa de vez a tomar o tom urbano e mais obscuro, a letra fala sobre fazer alguém de morada, mas no último refrão é como se tudo estivesse desmoronando. Talvez seja uma das minhas favoritas.

6. “Caos”
Foi o primeiro single do disco, escolhi ela pois acho que traduz bem a produção maximalista que escolhi pra esse projeto. O videoclipe que fiz pra ela foi uma das coisas mais trabalhosas que já fiz na vida, mas amo o resultado, diz muito sobre quem sou como artista.

7. “My Heart is an Empty Land”
É uma faixa propositalmente sem bateria, queria uma assim no disco, justamente por ele ser tão cheio de elementos. É a única em inglês também, foi assim que comecei a compor... É uma das mais obscuras, sonora e liricamente.

8. “Metrópolis”
Durante muito tempo eu tive uma obsessão com o sonho americano, talvez por ter crescido ao redor da TV... Então é meio que uma reflexão sobre isso, de como esses ideais estão distantes, principalmente de nós brasileiros. A produção dessa é uma das minhas favoritas, é bem industrial e cinematográfica.

9. “Do Tamanho de Deus”
Essa fecha o álbum e diz tudo o que eu queria sobre as desilusões da vida adulta, bastante influenciada pelo gospel estadunidense... Foi uma das mais difíceis de terminar, junto com “Metrópolis”.

10. “Sonhar/Acordar (Deep in Vogue Mix)”
É apenas a versão single de “Sonhar/Acordar”, com algumas alterações na mixagem.

11. “Caos (Paradiso Mix)”
Uma versão mais acústica da versão original. Como já vinha produzindo esse disco há um bom tempo, já estava meio que cansado de ouvir as versões originais, então resolvi reimaginá-las em novos arranjos que nomeei de “Paradiso Mix”.

12. “Sonhar/Acordar (Paradiso Mix)”
Uma versão mais atmosférica da original, com influências da música eletrônica dos anos 90. Ela começa sem batida e termina com um beat de house.

13. “Cambaleando (Paradiso Mix)”
Uma versão smooth jazz da original. Por mais que minhas influências não fiquem tão claras nas minhas produções, jazz é o gênero que mais ouço no dia a dia.

14. “Livre (Paradiso Mix)”
Uma versão lo-fi da original, bem atmosférica também, inspirada no rock dos anos 90, com os sons da cidade... 


Ficha técnica
"Aurora", de Gran Paradiso
Composições:
Grand Paradiso
Arranjos: Grand Paradiso
Produção musical: Grand Paradiso
Clipes: Grand Paradiso
Todos instrumentos: voz, sintetizadores, bateria, percussão, sax, trompete, cello, violino, baixo elétrico e acústico, guitarra, harpa, flauta: Grand Paradiso (com exceção da faixa “Céu”, que tem violão de Ozeias Rodrigues
Mixagem e masterização das faixas 1 a 10: Grand Paradiso e Alexandre Siqueira (com exceção da faixa 6, de Grand Paradiso)
Mixagem e masterização das faixas 11 a 14: Grand Paradiso


.: Último dia para conferir os filmes do Festival Varilux 2021

A edição 2021 do Festival Varilux de Cinema Francês termina nesta quarta-feira, dia 8. A 12ª edição do festival , consolidado como o maior evento de filmes franceses fora da França, traz filmes de romance, drama, comédia, animação e documentário.

O Festival Varilux de Cinema Francês é realizado pela produtora Bonfilm e tem como patrocinador principal a Essilor/Varilux, além do Ministério do Turismo, Secretaria especial da Cultura, o Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Cultura e Economia Criativa e a Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, Secretaria Municipal de Cultura.

Outros parceiros importantes são as unidades das Alianças Francesas em todo Brasil, a Embaixada da França no Brasil, as empresas Club Med, Air France, Fairmont e Ingresso.com, as distribuidoras dos filmes desta edição Bonfilm, California Filmes, Diamond Films, Mares Filmes, PlayArte, Synapse e Vitrine Filmes, e os exibidores de cinema independente/de arte e as grandes redes de cinema comercial.

Sobre a Bonfilm
Distribuidora de filmes e também produtora, a Bonfilm realiza o Festival Varilux de Cinema Francês há 12 edições e, desde 2015, o festival Ópera na Tela, evento que exibe filmes de récitas líricas em uma tenda ao ar livre no Rio de Janeiro e em cinemas de todo Brasil.

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.: "Sukata, o Musical" é destaque no Festival Satyrianas 2021

Marcando a retomada aos palcos, o espetáculo "Sukata, o Musical" foi um dos destaques da edição 2021 do Festival Satyrianas. O elenco realizou os ensaios de forma híbrida e o reencontro presencial aconteceu no dia da apresentação. A diretora e dramaturga Alexia Annes comentou sobre os desafios durante a pandemia. “O teatro foi o mais afetado durante a pandemia, os artistas, além da saudade dos palcos tem o desafio do enfrentamento de um momento sem trabalho e com poucos subsídios a arte.”

O pocket show surgiu como uma alternativa, que traz uma versão no estilo show com muita informação e dados atualizados sobre a pandemia e os impactos causados na sociedade. "O Festival Satyrianas é sempre um alento e lugar de fala para tantos artistas", finaliza Alexia Annes. A realização é da Batom Produções. Dramaturgia e direção geral: Alexia Annes. Direção Musical e piano: Dan Ricca. Elenco no festival: Alana Oliveira, Ana Lívia Kanno, Luana Rodrigues, Madu Almeida, Marina Ginesta e Raphaella Paes.


terça-feira, 7 de dezembro de 2021

.: 5x10: "9-1-1" suaviza para dar uma pausa com "Wrapped in Red"

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em dezembro de 2021

O décimo episódio da quinta temporada de "9-1-1", intitulado "Wrapped in Red", exibido na FOX gringa apresenta histórias natalinas e a primeira é de um pai para duas famílias, sendo que a descoberta acontece justamente para que os filhos, de esposas diferentes, vissem o Papai Noel. Descarado, o homem acompanha uma das mulheres com seus rebentos, enquanto que a outra, tendo a filha junto, o flagra e rapidamente entende o que está acontecendo.


O esperto abre fuga, mas esbarra em um trólebus enfeitado de acordo com a época do ano e vai ao chão. Assim, a equipe do 118 entra em ação, enquanto que as mulheres brigam. Aliás, o confronto começa no chamamento por socorro. O atendente do 9-1-1 escuta parte do desentendimento das duas. Cena hilária, embora o ferimento na perna dele seja assustador. E fica ainda mais engraçada antes de terminar, pois Bobby pergunta qual das duas irá na ambulância e a resposta é surpreendente.

Eddie (Ryan Guzman) tenta bancar o paizão agradando o filho que quer tudo perfeito para o a comemoração de fim de ano, mesmo que ele precise incluir pipocas na decoração da árvore de Natal. Já na casa de Athena, diante dos filhos e Bobby, ela deixa claro que dinheiro não é presente.

Enquanto Buck (Oliver Stark) tenta encontrar um presente para Taylor (Mega West), ela consulta Bobby Nash para ajudar a decidir a cor do ela que dará ao Buck! Situação que realmente poderia acontecer, né?! Na verdade, o episódio que encerra parte da quinta temporada contempla as histórias de relacionamento de Eddie com o filho, Athena e Booby, assim como a Buck e Taylor, tendo tramas paralelas para complementar -que são os atendimentos diversos.

Uma chamada de socorro para um incêndio. É de uma senhorinha com um histórico muito extenso de chamadas para o "9-1-1". Sim! Ela, sempre bem tratada pelos atendentes, insiste em ligar e iniciar uma conversa. Retrato da pura solidão. Seria engraçado, caso não fosse perigoso, pois o número serve para socorro e não para jogar conversa fora e ajudar a passar o tempo.

De volta ao hospital, as esposas do polígamo fujão seguem discutindo sobre quem é a esposa oficial, resultando em um segurança de nariz machucado. Eis que Athena chega para acalmá-las. E antes de sair de cena deixa a mensagem de que as mulheres deveriam lutar contra o verdadeiro inimigo. Pois é! Para bom entendedor...

Outra história é a de uma moça num elevador, levando um presentinho em motivos natalinos. Para quem? Um flerte no trabalho. Sem coragem, não entrega a caixinha ao rapaz. Contudo, é surpreendida quando ele entrega uma lembrancinha a ela. A caixinha que seria para o rapaz fica na mesa. Depois de  muito ensaio, direciona algumas palavras ao rapaz e entrega o presente. Sem ter a receptividade esperada por ele, a moça dá passinhos para atrás, a porta do elevador se abre e ela cai. A equipe do 188 chega para prestar socorro, mas o amor vence. 

Em casa, o filho de Eddie segue na busca pela perfeição e o menino acaba sendo grosseiro com o bombeiro que, acidentalmente, arruina a casinha natalina de gengibre que ele montava. Diante da explosão do garoto, Eddie experimenta a pior das sensações de ser um pai ausente -devido o trabalho.

Eis que a senhorinha solitária segue com os trotes. Numa pausa para cuidar dos enfeites de Natal do ambiente de trabalho, a equipe do "9-1-1" debate sobre o problema da idosa e é Athena quem entra em ação. No caso, vai até a casa da mulher para uma conversa. Ao menos surte efeito, pois antes do término do episódio a família dela aparece para uma visita.

Há ainda espaço no décimo episódio para uma última história paralela. Quando mãe e filho decoram a casa e a chegada da árvore leva uma parede da casa vai ao chão, mais especificamente para cima do carro do marido da mulher que trazia uma grande árvore de Natal. Por conta do perigo de novos desabamentos, todos do prédio mudam de endereço, sem ter como seguir com as festividades que aconteceriam no dia seguinte.

Na central de atendimento de socorro, May Grant fica encantada com a decoração e milagres de Natal acontecem para encerrar o episódio. As famílias que não puderam ficar em suas casas para comemorar a data ganham uma festança com a participação dos bombeiros. Lá Athena e Bobby dão um beijinho, assim como Buck e Taylor, além de trocarem os presentes. Até as esposas de um marido só celebram o Natal. Por fim, tudo vai indo para o devido lugar. 

Assim fica o desejo de um "Feliz Natal!" com o episódio que é bastante suave, tão qual um embrulho em vermelho (tradução do título), pois "9-1-1" volta somente em março. Já a nova temporada de "9-1-1-, Lone Star", série derivada de "9-1-1", estreia em 3 de janeiro na FOX gringa.

Seriado: 9-1-1
Temporada: 5
Episódio: 10, "Wrapped in Red"
Exibição: 6 de dezembro de 2021
Emissora original: Fox Broadcasting Company
Criadores: Ryan Murphy, Brad Falchuk, Tim Minear
Produtores executivos: Ryan Murphy, Brad Falchuk, Tim Minear, Alexis Martin Woodall, Bradley Buecker
Elenco: 
Angela Bassett (Athena Grant), Peter Krause (Bobby Nash), Jennifer Love Hewitt (Maddie Buckley), Oliver Stark (Evan "Buck" Buckley), Aisha Hinds (Henrietta "Hen" Wilson), Kenneth Choi (Howie "Chimney" Han), Marcanthonee Reis (Harry Grant), Ryan Guzman, Rockmond Dunbar.

*Editora do site cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm

.: "Parabéns, Sr. Presidente In Concert" em sessão única no Teatro das Artes


Claudia Ohana interpreta Maria Callas e Juliana Knust Marilyn Monroe no espetáculo Parabéns, Sr. Presidente In Concert em sessão única dia 10 de dezembro,  Teatro das Artes, às 21h. Fotos: Pino Gomes

O Teatro das Artes, em São Paulo, apresenta uma única sessão do espetáculo "Parabéns, Sr. Presidente In Concert" - dia 10 de dezembro, sexta-feira, às 21h. A montagem traz Claudia Ohana interpretando Maria Callas e Juliana Knust, a musa Marilyn Monroe.

Com Patrocínio da Eurofarma, texto de Fernando Duarte e Rita Elmôr, música original de Maíra Freitas e direção de Fernando Philbert, o espetáculo narra o encontro de Maria Callas e Marilyn Monroe nos bastidores da festa do Presidente Kennedy.

A história transporta a plateia para o ano de 1962. Quem nunca viu a cena clássica de Marilyn Monroe cantando "Happy Birthday, Mr. President". A loira fez a versão de “Parabéns pra Você”, entrar para a história. Antes dela subir ao palco, com seu vestido de sereia rosa chá, grandes artistas se apresentaram, entre eles, Maria Callas, a atração mais aplaudida da noite.

O 45º aniversário do então presidente John Kennedy, comemorado em 19 de maio de 1962, ficou marcado na mitologia dos anos 1960 com a imagem de Marilyn Monroe cantando um “Happy Birthday” tão sexy quanto histórico. Nessa noite, Maria Callas foi ovacionada ao cantar “Habanera” da ópera “Carmen”.  Callas e Monroe se conheceram rapidamente nos bastidores do Madison Square Garden.

O texto organiza um diálogo que expõe, ao mesmo tempo, as distâncias e as proximidades entre as duas, ressaltando a beleza do universo feminino em sua complexidade.  Em cena, dois dos maiores mitos da feminilidade do século XX: Marilyn Monroe, a mais absoluta encarnação da carência afetiva, e Maria Callas, uma voz de diamante em forma de mulher.  Dividindo o mesmo espaço por uma hora, as duas mulheres mais famosas do mundo, conversam e cantam sobre o universo particular de cada uma, sem imaginar que Marilyn Monroe iria falecer dois meses depois.

São duas mulheres icônicas que tiveram grande projeção e fins trágicos. A grande questão é como duas pessoas de universos tão distintos se relacionariam e o olhar diferente que tinham sobre uma série de situações.  Mais do que falar de Maria Callas e Marilyn Monroe, o texto aborda temas relevantes sobre o universo feminino. Em cena, as duas mulheres – independentes e bem-sucedidas – o que era raro nos anos 1960, falam com franqueza sobre assuntos ainda em pauta nos dias de hoje.

O espetáculo explora, graças ao duelo verbal entre as duas, o drama feminino dos tempos recentes, a divisão entre afeto e realização, o conflito diante do papel a desempenhar em um mundo ainda regido pelos homens. A partir da diferença inicial entre as duas, a trama desnuda, com humor, ironia e deliciosas sutilezas de raciocínio o drama único que envolve muitas mulheres em nosso tempo. Fala de nós, hoje e não apenas de figuras célebres. A história está na esquina dos dias de todos os que enfrentam a luta da vida. 

Maria Callas (Claudia Ohana)
A mulher que traduzia fielmente o feminino no que diz respeito à força e fragilidade. Nesta obra teatral, são compartilhados as dúvidas e medos de “La Divina Callas”, a imperatriz do Bel Canto, que nos deixou como herança sua voz imortal. Callas, a diva das divas. Única. Uma força da natureza. A indomável Callas, geniosa, intempestiva, era regida pelos sentimentos. Sua história de vida foi tão dramática quanto às personagens que interpretou nas óperas. A maior soprano da história e um dos maiores mitos do século XX, teve sua vida marcada por glórias e tragédias. Ela revolucionou a história da ópera e ainda hoje é considerada a maior cantora lírica de todos os tempos. Foto: Pino Gomes.


Marilyn Monroe (Juliana Knust)
A simples menção ao nome Marilyn Monroe desperta o imaginário de muitas formas.  Para alguns, sugere o padrão absoluto da sensualidade feminina. Beleza. Graça. Sofisticação. Para outros, vem à mente insegurança. Infelicidade. Tragédia. Mas para apreciar a vida complexa e fascinante dessa mulher enigmática é preciso deixar de lado quaisquer noções preconcebidas sobre ela, tarefa, com certeza, difícil, considerando o seu status de iconoclasta.  Dizer que nenhuma outra atriz vendeu tanto quanto ela, nem começa a explicar a importância que teve para o mundo do cinema. Ainda hoje é vista nas vitrines da vida como uma referência que nunca sai de moda. No entanto, por trás do sorriso fotogênico, era uma pessoa frágil e vulnerável, tinha uma combinação de esplendor e anseio que a destacava. Longe dos holofotes, sem a maquiagem que a transformava no mito Marilyn Monroe, às vezes, passava despercebida. Foto: Pino Gomes.

Ficha técnica
Texto:
Fernando Duarte e Rita Elmôr. Direção: Fernando Philbert. Elenco: Claudia Ohana e Juliana Knust. Música original: Maíra Freitas. Preparação vocal: Paolla Soneghetti. Cenário e figurinos: Fernando Duarte. Iluminação: Vilmar Olos. Projeções: Aníbal Diniz. Visagismo: Chico Toscano. Perucas: Alessandra Amorim. Fotos: Pino Gomes. Cenotécnico: André Salles e equipe. Operador de som: Bob Nascimento. Operador de luz: Luiz Martins. Diretor de cena: Ricardo Silva. Operação de vídeos: Aníbal Diniz. Designer gráfico: Thiago Ristow. Coordenação de produção: Fernando Duarte. Direção de produção: Fabrício Chianello. Produção: Vissi Darte Produções. Realização: Smille Produções Artísticas e Experiência Entretenimento. Assessoria de imprensa: Carlos Gilberto.


Serviço
Espetáculo: "Parabéns, Sr. Presidente In Concert". Sessão única: sexta-feira, dia 10 de dezembro. Horário: 21h. Local: Teatro das Artes. Endereço: Av. Rebouças, 3970 Lj 409, São Paulo. Lotação: 750 lugares. Classificação: 12 anos. Duração: 60 minutos. Vendas antecipadas - Valor: R$ 30 (meia entrada). R$ 60 (inteira). Através do Sympla: https://bileto.sympla.com.br/event/70412/d/117469/s/695676. Valor do ingresso no teatro: R$ 50 (meia) e R$ 100 (inteira). Espetáculo conta com tradução para libras.


.: O que temos a aprender com "Cinema Paradiso"? Daniel Bydlowski responde

Por Daniel Bydlowski, cineasta. 

Relembrar no fim do ano é uma das atitudes que mais fazemos, ou seja, repensamos em tudo que passou e fazemos novas metas. Nos encontramos com o passado. E um dos maiores filmes que traz a perspectiva de reencontro com si mesmo, para mim, é o "Nuovo Cinema Paradiso".

Que o cinema tem um potencial mágico de despertar sensações, nós já sabemos. Mas existem alguns filmes que conseguem entregar o que há de melhor, tanto da sétima arte quanto da vida, e um exemplo maravilhoso disso é esse longa.

O filme que completa 31 anos de seu lançamento no Brasil, foi dirigido por Giuseppe Tornatore e conta com a música tema inesquecível, homônima ao filme, de Ennio Morricone. Talvez, "Cinema Paradiso" tenha sido um enorme sucesso por conta de sua proximidade com a realidade. A narrativa que apresenta a história de Salvatore (ou Toto) interpretado por Jacques Perrin na vida adulta e por Salvatore Cascio, enquanto criança é uma espécie de alter ego de Tornatore.

Assim como o cineasta, Salvatore é da Sicília, Itália, e como um diretor consagrado, vive em Roma longe de sua terra natal e de suas origens. É a partir de um telefonema triste de sua mãe, que Salvatore retorna à Sicília para reviver seu passado. Apesar da ideia parecer bastante clichê, a narrativa, produção e interpretação surpreendem.

No pós Segunda Guerra Mundial, anos antes da televisão, poucas coisas parecem ser boas, e na pequena cidade italiana, o grande evento é o "Cine Paradiso". É com a doce perspectiva de Totó que entendemos a magia que as grandes telas têm para uma criança. A amizade entre Alfredo, projecionista do cinema, e de Totó é arrebatadora e cativante.

Como toda boa narrativa há o contraponto da realidade, enquanto Totó se desenvolve e amadurece em diversos, e talvez os mais importantes, momentos de sua vida, a modernização derruba a magia do cinema. Ao mesmo tempo em que nos ensina inúmeras lições valiosas, "Cine Paradiso" faz um convite à sua própria reflexão, do passado, de saudades e a importância que há em um reencontro.

Entre os cortes censurados pelo padre da cidade, nem cena de beijo era permitida, Alfredo e Totó constroem lembranças até mesmo do que nunca viram. Bem como, compensam suas frustrações da vida em uma tela com máquinas que projetam sonhos.

"Cinema Paradiso", entre uma construção de um personagem e seu caminho para a introspecção após reviravoltas da vida e referências mais antigas, como Charlie Chaplin, se torna um tratado de amor sobre o cinema, e demonstra a forma transformadora que essa arte impacta a vida das pessoas. É impossível assistir ao filme sem se conectar. Revolucionário por trazer a magia do cinema diretamente para nossos corações, o longa é também necessário ao momento que vivenciamos.


Sobre o cineasta:
O cineasta brasileiro Daniel Bydlowski é membro do Directors Guild of America e artista de realidade virtual. Faz parte do júri de festivais internacionais de cinema e pesquisa temas relacionados às novas tecnologias de mídia, como a realidade virtual e o future do cinema. Daniel também tenta conscientizar as pessoas com questões sociais ligadas à saúde, educação e bullying nas escolas. É mestre pela University of Southern California (USC), considerada a melhor faculdade de cinema dos Estados Unidos.

Atualmente, cursa doutorado na University of California, em Santa Barbara, nos Estados Unidos. Recentemente, seu filme Bullies foi premiado em NewPort Beach como melhor curta infantil, no Comic-Con recebeu 2 prêmios: melhor filme fantasia e prêmio especial do júri. O Ticket for Success, também do cineasta, foi selecionado no Animamundi e ganhou de melhor curta internacional pelo Moondance International Film Festival.


.: Cantora e compositora, Dulce Quental lança o single "Vagalumes Fugidios"


A cantora e compositora carioca Dulce Quental lança o single "Vagalumes Fugidios" que integra seu novo álbum autoral, "Sob o Signo do Amor", que será lançado em março de 2022. A faixa está disponível no site da artista - dulcequental.com.br - e chega às plataformas digitais no dia 10 de dezembro.

Trafegando entre o erotismo e a política embalada ao som de um tango, do desejo sublimado à citação dos "Escritos Corsários" do cineasta italiano Pasolini, "Vagalumes Fugidios" lampeja acendendo os pensamentos que Dulce pretende iluminar: É possível manter a inocência diante do horror? Imaginar pode ser uma maneira de fazer política?

Vagalumes são pequenas luzes de desejo e resistência, experiências de vida que com suas luzes intermitentes e discretas continuam por aí. Assim como Dulce Quental e sua música atemporal, situada no improvável das aberturas, nos impossíveis, nos lampejos, apesar de tudo. 


Sobre a artista
Dulce Quental é mãe, cantora e compositora (não nessa ordem). Cronista em busca da poesia esquecida destes dias perdidos, Dulce (sobre) viveu (há) os anos 80, e procura uma forma de se renovar sem se tornar cinza. Ela ouve a voz da chuva, acredita no poder do desejo, e brinca de amar o cinema, a música e a vida. Gravou cinco discotecas: “Avião de Combate” (CBS-1984), “Délica” (EMI-1985), “Voz Azul” (EMI-1988), “Dulce Quental” (EMI-1989) e “Beleza Roubada” (Cafezinho Música / Sony Music - 2004). 

Formada em comunicação social, colaborou com resenhas de livros para o Caderno Ideias do Jornal do Brasil e artigos para a Revista de Estudos Femininos da UFRJ. Destacou-se principalmente como compositora tendo sido gravada por artistas dos mais variados segmentos. Realizou belas parcerias com Roberto Frejat, George Israel, Paulinho Moska, Ana Carolina, Zélia Duncan, Toni Garrido, Celso Fonseca, Zé Manoel e Paulo Monarco, entre outros.

O quinto disco de carreira, "Música e Maresia", saiu em LP, em 2016, e registra gravações realizadas nos anos 90. O LP lançado no mesmo ano virou especial de TV no Canal Brasil. Nele Dulce faz uma  retrospectiva da carreira. Em 2012 reuniu em um livro as “Caleidoscópicas”, mais de 40 crônicas escritas para o site paulista Scream & Yell, que depois virou coluna no iG e seguiu seu caminho pelas ruas da internet.

A artista se apresenta pelo país não só como cantora, mas também como palestrante, em seminários, jornadas literárias e congressos, quando narra a sua experiência como compositora, autora e pesquisadora das palavras. Participou da V Jornada Internacional de Mulheres Escritoras, do I Congresso Nacional de Literatura e Gênero, e do Seminário de encerramento do Pacto Nacional pela Educação na Idade Certa. Trabalha também como profissional de música independente assessorando artistas e prestando serviços para o mercado de música independente.


"Vagalumes Fugidios"
(Dulce Quental)
já que não posso ter você
levei todos os seus livros para a cama
dormi abraçada aos seus poemas
sonhei com musas assaltando sonhos
vagalumes fugidios nas montanhas de Pasolini
ao vislumbrar o fim da nossa humanidade
o fascismo das massas chegando ao poder
o fim da inocência e do amor
dancei pelada toda a noite
no lampejo daquela consciência acesa
antes do túnel que nos levou
estar com você
é como voltar a ser de novo um vagalume
copulando sons e poemas de acasalamento
em mensagens trocadas ao luar
música para traçar linhas de fuga
no lusco-fusco das noites imemoriais

"Vagalumes Fugidios" / Dulce Quental
Link para single: https://dulcequental.com.br/single/47462/vagalumes-fugidios.
Nas plataformas: dia 10 de dezembro de 2021
Produção: Jonas Sá & Pedro Sá. Arranjo: Jonas, Pedro & Dulce Quental. Mixagem: Duda Mello. Masterização: Ricardo Garcia. Capa: Rodrigo Sommer. Foto: Nana Moraes. Produção de arte & visage: Rodrigo Bastos. Assessoria de imprensa: Eliane Verbena. Lançamento: Cafezinho Edições & Produções Musicais. Músicos: Dulce Quental (voz), Pedro Sá   (baixo & guitarras), Jonas Sá (MPC, chocalho, garrafas, pandeirolas, reco-reco, corda de violão, sintetizadores Minimoog & Korg Mono/Poly), Jaques Morelenbaum (Cellos), Mariano González (bandoneón & percussão de bandoneón) e Itamar Assiere (piano).


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