domingo, 5 de dezembro de 2021

.: Nayara Andrade, conquista o Oscar da Fotografia na categoria “Retratos”


Indicada pela primeira vez nessa categoria, a profissional se destacou entre os três melhores fotógrafos do mundo.


A fotógrafa Nayara Andrade conquistou o 3º lugar na categoria “Retratos” do prêmio Golden Lens Awards, considerado o Oscar da fotografia. “Encontrei o meu modo de retratar a força e história das pessoas através de retratos. Hoje me emociono em ver que além do impacto no público eles também alcançaram destaque técnico a nível mundial”.

Nayara Andrade já soma mais de 200 prêmios em sua carreira de fotógrafa e em 2019 também conquistou o Golden Lens Awards na categoria de “Família”. Em 2021, foi a primeira vez que a profissional concorreu na categoria de “Retratos” e já estava entre os favoritos.

Durante a pandemia e com os casamentos adiados, Nayara precisou se reinventar. “Com a flexibilização montei um estúdio em casa e comecei a fazer retratos de mulheres com o objetivo de resgatar a autoestima delas. Foi assim que comecei a fazer retratos em estúdio e foi assim também que nasceu meu projeto que hoje chamo de ‘Donna’. Depois disso, percebi que as coisas fluíram e cresceram”.

Para Nayara, a indicação ao Golden Lens Awards nessa nova categoria já era esperada porque em sua primeira participação de sete fotos enviadas, ela já havia conquistado prêmios em cinco.  “Abri um leque muito grande com esse novo trabalho. Na parte de casamentos consegui estar mais alinhada nos retratos de noivos e também me fez ver e me descobrir como artista. Tirei a plaquinha de ‘Nayara fotógrafa’ e coloquei a de ‘Nayara artista’”.

Participar dessa premiação ao lado de grandes nomes da fotografia mundial para ela é o resultado de um trabalho bem feito. “Para mim, vale em primeiro lugar a gratidão dos meus clientes, mas ser avaliada e reconhecida pela minha qualidade técnica mostra que vale a pena todo o tempo que eu invisto no meu trabalho”.

Acostumada a mostrar sentimentos em suas fotos de casamento, Nayara também trouxe isso para os retratos que passou a fazer em estúdio. Para ela é importante que a foto tenha uma ideia a ser passada e consiga demonstrar a essência da pessoa. “Eu nunca faço a foto só por fazer, sempre quero deixar uma marca. Quero que quem veja minhas fotos não a achem somente bem feitas e bem trabalhadas, mas que vejam algo a mais, sintam a mensagem que eu quis passar”. Neste ano, a fotógrafa também conquistou o Prêmio Ziwa 2021 da Zankyou de qualidade em prestação de serviço em casamentos. Atualmente, ela é uma das poucas mulheres a estar no ranking de grandes associações de fotógrafos a nível mundial. 

Todos os retratos já premiados de Nayara podem ser vistos no link https://inspirationphotographers.com/pro/portrait/nayara-andrade-2/

sábado, 4 de dezembro de 2021

.: "Charlie e a Fantástica Fábrica de Chocolate": dez motivos para não perder

Foto: instagram charlieomusical

Por: Mary Ellen Farias dos Santos 

Em dezembro de 2021


A chance perfeita para ingressar com Charlie no mundo da imaginação de Willy Wonka pode ser aproveitada até 19 de dezembro, no Teatro Renault, em São Paulo, no espetáculo musical "Charlie e a Fantástica Fábrica de Chocolate", baseado na obra de Roald Dahl, um dos mais importantes escritores do mundo. Nós do Resenhando.com testemunhamos tal encantamento e reunimos aqui dez motivos para você não perder a produção impecável da Atelier de Cultura.


1. O espetáculo "Charlie e a Fantástica Fábrica de Chocolate" começa antes do horário marcado, pois no hall de entrada do Teatro Renault há espaços para fotos com personagens, além de vários bilhetes dourados espalhados para registrar cliques, outros afixados no chão. E para quem ama souvenirs, uma lojinha com itens exclusivos e oficiais do espetáculo está à sua espera.

2. E como a Atelier de Cultura pensa em tudo, enquanto nossos olhos percorrem por todo o hall decorado do Teatro Renault, ainda é possível ingressar no mundo mágico pela mini fábrica de chocolates em que Willy Wonka aguarda os visitantes para tirar fotos e ganhar grandes moedas de chocolate. Huuum!!

3. O elenco de "Charlie e a Fantástica Fábrica de Chocolate" é composto por donos de vozeirões conhecidos em espetáculos musicais como Cleto Baccic (Willy Wonka), Sara Sarres (Senhora Bucket), assim como Rodrigo Miallaret (Vovô Joe), Arízio Magalhães (Jerry) e Lia Canineu (Cherry). Puro deleite para os ouvidos!

4. Assim como as produções anteriores da Atelier de Cultura, em "Charlie e a Fantástica Fábrica de Chocolate" o elenco infantil faz revezamento em cada apresentação, logo para interpretar o pequeno Charlie Bucket, atuam Felipe Costa, Davi Martins e Leonardo Freire (Charlie Bucket), além de Isidoro Gubnitsky, Rodrigo Espinosa e Vinícius Spada (Augustus Gloop), Vânia Canto (Senhora Gloop), Lorena Castro, Nina Medeiros e Lanna Moutinho (Violeta Beauregarde), Guilherme Leal (Senhor Beauregarde), Agyei Augusto, Pedro Sousa e Sam Sabbá (Mike Tevê), Giovana Zotti (Senhora Tevê). 

Foto: João Caldas, instagram charlieomusical

5.  No elenco ensemble estão ainda Aline Serra, Bia Castro, Carla Vazquez, Carol Tanganini, Clarty Galvão, Danilo Martho, Della, Fernanda Biancamano, Guilherme Gonçalves, Ludmillah Anjos, Marco Azevedo, Rafael Pucca, Rodrigo Garcia e Sandro Conte. Sim! É esse grupo afinado que torna cada número musical ainda mais emocionante com combinações de vozes de arrepiar -e, de quebra, fazem seus olhos lacrimejarem. Isso se você não se desmanchar em lágrimas no "encontro" dos pais de Charlie.

6. Não há como deixar de embarcar nesse mundo mágico. Dentro da teatro, em perfeitas acomodações, com o palco para apreciar, uma gigante moldura, apresenta engrenagens girando a todo tempo, um gigante "W" no topo, assim como o tão cobiçado bilhete dourado estampado ao centro. Enquanto o espetáculo acontece, a moldura passa a ser um complemento para diversas cenas. Incrível!

Foto: instagram _felipe.costaa

7. Quando o espetáculo começa, conhecemos a realidade do pequeno Charlie. Menino que vive com a mãe que muito trabalha, a senhora Bucket (Sara Sarres) e os encantadores avós. No dia em que nós do Resenhando.com assistimos, o pequeno Bucket foi interpretado pelo ator e dublador Felipe Costa. Mesmo sendo jovem, ele dá o tom certo para o garoto ingênuo e sonhador que vive uma grande aventura ao lado do vovô Joe (Rodrigo Miallaret)No palco, Felipe Costa está para Charlie assim como Vinicius Spada para Augustos Gloop, Nina Medeiros para Violet Beauregard, Luisa Bresser para Veruca Sal e Sam Sabbá para Mike Tevê. 

8. Os cenários e as transições são de encher os olhos, assim como os figurinos, pois há explosões de cores que fazem os olhos ficarem atentos a tudo o que acontece no palco. Os efeitos especiais surpreendem, pois acontecem diante dos olhos de todos. Seja quando Violet infla tal qual uma goma de mascar ou na cena mágica de Wonka e Charlie flutuando pelo palco num elevador transparente por um cenário estrelado. Detalhe: o elevador flutua novamente para os agradecimentos do elenco. Mágico!


9. Ver os Oompa Loompas no palco é um dos grandes momentos da montagem. Vê-los dançando é ainda mais especial, pois ainda que executem coreografias com os mesmos passos e sejam marionetes, por vezes, cada, parece ter um carisma próprio. Talvez por conta do tamanho das figuras, o fofurômetro chega ao nível máximo, assim, uma mexedinha nas mãos de um ou nos pés de outro, tornam a cena  muito mais encantadora. Não pense que toda a magia é trazida para a encenação com as entradas dos Oompa Loompas, pois além dos cenários majestosos como o rio de chocolate, há ainda os esquilos que selecionam as nozes boas das ruins. Lindo de se ver!


10. Ter a oportunidade de vivenciar algo tão lindo é um presente que só pode acontecer até o dia 19 de dezembro, quando a temporada acaba. Eu aconselho: garanta seu ingresso! Caso ainda não tenha convencido você de que o espetáculo é imperdível, confira essa crônica: Crônica sobre o musical "Charlie e a Fantástica Fábrica de Chocolate"


* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do www.photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm

Encerramento de "Charlie e a Fantástica Fábrica de Chocolate"


Ficha técnica:
Espetáculo: "Charlie e a Fantástica Fábrica de Chocolate"
 | Baseado no livro de Roald Dahl | Libreto: David Greig | Música: Marc Shaiman | Letras: Scott Wittman e Marc Shaiman | Canções do filme: Leslie Bricusse e Anthony Newley | Direção geral: John Stefaniuk | Direção musical Daniel Rocha | Cenógrafo: Michael Carnahan | Coreógrafo: Floriano Nogueira | Figurino: Ligia Rocha e Marco Pacheco | Designer de luz: Mike Robertson | Designer de som: Gastón Briski | Visagista: Feliciano San Roman | Designer de projeção: Protótipo Filmes e Maze FX | Design de bonecos: Bea Brandauer | Versão brasileira: Mariana Elizabetsky e Victor  | Mületahler | Cenógrafo associado: Amelia Bransky e Craig Napolielo | Designer de luz associado: Tom Mulliner | Designer de som associado: Alejandro Zambrano | Elenco: Cleto Baccic (Willy Wonka), Felipe Costa, Davi Martins e Leonardo Freire (Charlie Bucket), Rodrigo Miallaret (Vovô Joe), Sara Sarres (Senhora Bucket), Isidoro Gubnitsky, Rodrigo Espinosa e Vinícius Spada (Augustus Gloop), Vânia Canto (Senhora Gloop), Lorena Castro, Nina Medeiros e Lanna Moutinho (Violeta Beauregarde), Guilherme Leal (Senhor Beauregarde), Agyei Augusto, Pedro Sousa e Sam Sabbá (Mike Tevê), Giovana Zotti (Senhora Tevê), Arízio Magalhães (Jerry), Lia Canineu (Cherry) | Ensemble: Aline Serra, Bia Castro, Carla Vazquez, Carol Tanganini, Clarty Galvão, Danilo Martho, Della, Fernanda Biancamano, Guilherme Gonçalves, Ludmillah Anjos, Marco Azevedo, Rafael Pucca, Rodrigo Garcia e Sandro Conte | Apresentado por: Ministério do Turismo e BrasilPrev | Patrocínio máster: Comgás e Vivo | Patrocínio: Prosegur, Alelo, UOL, Eurofarma e Cacau Show | Apoio: Ernst Young e Bain & Company | Hotelaria oficial: Radisson Blu São Paulo | Uma produção: Atelier de Cultura | Realização: Instituto Artium de Cultura, Secretaria Especial de Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal.

Serviço
Espetáculo: "Charlie e a Fantástica Fábrica de Chocolate" | Teatro Renault (1.570 lugares) | 
Avenida Brigadeiro Luís Antônio, 411 - Bela Vista | Bilheteria: de terça a sábado das 12h às 18h | Em dias de eventos até o início dos mesmos. Aceita cartões de crédito (Amex, Visa, Credicard e MasterCard), cartões de débito (Visa Electron e Redeshop) ou dinheiro. Ar condicionado. Acessibilidade | Vendas: ticketsforfun.com.br | Sexta-feira às 20h30 | Sábado às 15h30 e 20h30 | Domingo às 14h30 e 19h30 | Ingressos: De R$ 50 a R$ 310 | Duração: 150 minutos (com 20' de intervalo) | Classificação Indicativa: Livre | Gênero: teatro musical | Estreia dia 17 de Setembro de 2021 | Clientes Brasilprev têm 30% de desconto na aquisição de ingressos do musical "Charlie e a Fantástica Fábrica de Chocolate". Desconto não cumulativo, válido para todas as sessões, exceto no setor Balcão Economy.

.: Milton Hatoum conversa sobre "A Noite da Espera" em evento on-line


O escritor Milton Hatoum encontra o seu tradutor, Michel Riaudel, para um bate-papo on-line da Aliança Francesa de São Paulo sobre seu mais recente livro "A Noite da Espera", na próxima terça-feira, dia 8 de dezembro, às 14h. O evento é organizado pela Aliança Francesa de São Paulo com mediação de Lígia Fonseca Ferreira. Para participar basta se inscrever gratuitamente pelo Sympla.

Na obra, em seu exílio parisiense, o narrador Martim evoca sua vida e a de seus amigos, em Brasília, São Paulo e Paris. As cartas e os fragmentos de diários compõem um verdadeiro romance de formação de um grupo de estudantes nas décadas de 1960 e 70.

"A Noite da Espera", de Milton Hatoum, acaba de chegar às livrarias na França com o título de "La Nuit de l’Attente" pela editora francesa Actes Sud. Em virtude do lançamento, o autor encontra o seu tradutor, Michel Riaudel, para um bate-papo online sobre a obra no dia 8 de dezembro, terça-feira, às 14h. O evento é organizado pela Aliança Francesa de São Paulo com mediação de Lígia Fonseca Ferreira com inscrições gratuitas pelo Sympla.

Na publicação, em seu exílio parisiense, o narrador Martim evoca sua vida e a de seus amigos, em Brasília, São Paulo e Paris. As cartas e os fragmentos de diários compõem um verdadeiro romance de formação de um grupo de estudantes nas décadas de 1960 e 70.


Sobre o tradutor
Michel Riaudel é professor da Sorbonne Université, onde dirige o Departamento de Estudos Lusófonos, atuando principalmente nos eixos literatura francesa, literatura brasileira, tradução e transferências culturais. Já Lígia Fonseca Ferreira é professora do Departamento de Letras da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). É doutora pela Universidade de Paris 3 – Sorbonne Nouvelle, com tese sobre a vida e a obra do escritor, jornalista e advogado negro Luiz Gama, pioneiro abolicionista e republicano.

Sobre o autor
Milton Hatoum estreou na ficção com "Relato de Um Certo Oriente" (1989), vencedor do prêmio Jabuti (melhor romance). Seu segundo romance, "Dois Irmãos" (2000), foi adaptado para televisão, teatro e quadrinhos, nesta edição incrível da Companhia das Letras. Com "Cinzas do Norte" (2005), ganhou os prêmios Jabuti, Livro do Ano, Bravo!, APCA e Portugal Telecom. 

Em 2006, publicou o livro de contos "A Cidade Ilhada". Sua primeira novela, "Órfãos do Eldorado" (2008), foi adaptada para o cinema. Em 2013, lançou "Um Solitário À Espreita" (crônicas) e, em 2017, "A Noite da Espera", primeiro volume da trilogia "O Lugar Mais Sombrio". A obra de ficção de Hatoum, publicada em 14 países, recebeu em 2018 o prêmio Roger Caillois (Maison de l’Amérique Latine/Pen Club-França).

Você pode comprar o livro "A Noite da Espera" neste link. 


Serviço
Conversa on-line entre Milton HatoumMichel Riaudel e Lígia Fonseca Ferreira sobre o livro "A Noite da Espera"
Terça-feira, dia 8 de dezembro, às 14h
Gratuito, intérprete de Libras disponível
Inscrições via Sympla pelo link: https://www.sympla.com.br/la-nuit-de-lattente--a-noite-da-espera__1417366

.: "Les Misérables School Edition" faz temporada em dezembro no Prudential


A montagem acadêmica que o CEFTEM (Centro de Estudos e Formação em Teatro Musical) do clássico "Les Misérables". Intitulado "Les Misérables School Edition" a produção faz temporada até 22 de dezembro no teatro Prudential, no Rio de Janeiro.

A montagem acadêmica é baseada no romance homônimo de Victor Hugo, e que utiliza as versões de Cláudio Botelho, utilizadas nas montagens profissionais de “Les Misérables” no Brasil (2001 e 2017). A direção é de Menelick de Carvalho, direção musical de Claudia Elizeu, além de preparação vocal de Léo Wagner, que no Brasil viveu em diversas apresentações o protagonista do espetáculo, o ex presidiário Jean Valjean, além de ter sido convidado a fazê-lo também na versão mexicana do musical.

A temporada terá sessões em diferentes datas durante o mês. Estreando no dia 3 (sexta-feira) às 20h, dia 5, domingo, às 18h, dia 8, quarta-feira, às 16h, dia 18,sábado, às 16h e 20h, dia 21,terça-feira, às 16 e 20h e finaliza a temporada no dia 22, quarta-feira, com sessões às 16h e 20h.

"Les Misérables School Edition" tem direção de Menelick de Carvalho, direção musical de Claudia Elizeu, além de preparação vocal de Léo Wagner, que no Brasil viveu em diversas apresentações o protagonista do espetáculo, o ex presidiário Jean Valjean, além de ter sido convidado a fazê-lo também na versão mexicana do musical.

Na França do século 19, o ex-prisioneiro Jean Valjean, perseguido ao longo de décadas pelo impiedoso policial Javert por ter violado sua liberdade condicional, busca redenção pelo seu passado e decide acolher a filha da prostituta Fantine.

"Acredito que trazer essa versão School Edition desse clássico é ótimo, pois é uma história traz aspectos literários, sociais, históricos. Fazer essa peça é trazer um pouco disso e fazer isso com um elenco jovem é extremamente estimulante. Eu fico muito feliz em ver pessoas tão jovens podendo contar de uma forma tão bonita essa história tão complexa. O que posso dizer também é a forma que encontramos em trazer o cenário da peça, há pouquíssimos elementos em cena, eles são de madeira, e queremos trazer essa ideia de 'miseráveis' que vão montando tudo, com cada elemento que é “encontrado” ir montando o cenário", ressalta o diretor Menelick de Carvalho. Os ingressos estão à venda pelo https://bileto.sympla.com.br/event/70234/d/116334.


Ficha técnica - “Les Misérables”
Texto, músicas e letra original:
Bolbill e Schonberg
Baseado no romance Les Misérables de Victor Hugo
Versão Brasileira:
Cláudio Botelho
Direção geral: Menelick de Carvalho
Assistente de direção: Vitor Louzada
Direção musical: Claudia Elizeu
Assistência de direção musical: Sulamita Lage
Preparação vocal: Léo Wagner
Preparação de atores e coordenação pedagógica: Reiner Tenente
Direção de produção: Joana Mendes
Produção executiva: Duda Salles
Cenário e figurino: Nícolas Gonçalves, Jovanna Souza,Rebecca Cardoso, Gabriel Boliclifer e Luisa Rossi
Assessoria de imprensa: Ribamar Filho / MercadoCom
Elenco: Letícia Ballard, Nico Leão, Julia Vilhena, Thaíssa Aceti, Sophia Fried, Sidarta Senna, Laura Rabello, Cecilia Diniz, Fernanda Bicudo, Matheus Ananias, Lia Campos, Ísis Câmara, Eric Daumas, Luísa Rossi, Juliana Queiroz, Enzo Campeão, Tereza Neves, Leonardo Araújo, Dani Ruf, Gabriel Boliclifer, Alice Pinheiro, Mariana Magalhães, Maria Luisa Amado, Elisa Toledo.

Serviço - “Les Misérables”
Local: 
Teatro Prudential
Rua do Russel, 804, Rio de Janeiro
Ingressos a partir de R$ 25
Temporada: de 3 a 22 de dezembro
Dias: dia 3 (sexta-feira) às 20h, Dia 5 (domingo) às 18h, Dia 8 (quarta-feira) às 16h, Dia 18 (sábado) às 16h e 20h, Dia 21 (terça-feira) às 16 e 20h, Dia 22 (quarta-feira) com sessões às 16h e 20h.
Duração: 150 min
Classificação etária: 12 anos


.: As razões para assistir "The Beatles: Get Back" em uma lista espetacular


Se você ainda não assistiu o documentário, listamos algumas razões para conferir a série documental no streaming. O documentário, já disponível na plataforma, é dirigido por Peter Jackson e mostra filmagens nunca vistas do último show dos Beatles.

Já está disponível no Disney+ o documentário "The Beatles: Get Back". Dividido em três partes, "The Beatles: Get Back" é dirigido por Peter Jackson (da trilogia "O Senhor dos Anéis""Eles Não Envelhecerão"), e criado inteiramente a partir de filmagens restauradas nunca antes vistas, proporcionando o mais íntimo e honesto olhar já filmado do processo criativo e do relacionamento entre John, Paul, George e Ringo. Para quem ama a banda ou para quem aprecia uma boa música, confira abaixo alguns motivos para assistir o documentário:


Imagens exclusivas
O principal destaque da produção é o fato dele apresentar um conteúdo exclusivo. "The Beatles: Get Back" contém quase 60 horas de filmagens nunca vistas gravadas ao longo de 21 dias, dirigidas por Michael Lindsay-Hogg em 1969, e de mais de 150 horas de áudio nunca ouvidos, a maioria do qual estava trancada em um cofre por mais de meio século. Jackson é a única pessoa em 50 anos a ter acesso a este conteúdo, que agora foi restaurado brilhantemente.


Relacionamento do quarteto
O documentário mostra o relacionamento de John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr de uma forma única e íntima, com piadas, comentários e conversas feitas por um grupo de amigos juntos há vários anos, fazendo com o que o público se sinta próximos desses ícones. “Em muitos aspectos, a notável filmagem de Michael Lindsay-Hogg capturou diversas histórias: a de amigos e de indivíduos, a das fragilidades humanas e de uma parceria divina. É um relato detalhado do processo criativo, com a elaboração de canções icônicas sob pressão, situado em meio ao clima social do início de 1969. Mas não é nostalgia - é cru, honesto e humano. Em seis horas, você conhecerá os Beatles com uma intimidade que nunca pensou ser possível”, comenta o diretor Peter Jackson.

Processo criativo
Uma das melhores partes de "The Beatles: Get Back" é poder acompanhar o processo criativo dos gênios da música com a produção do álbum "Get Back" e de outras canções e composições clássicas apresentadas nos dois álbuns finais da banda, "Abbey Road" e "Let It Be".


Desmitificando suposições
O documentário serviu também para desmentir suposições feitas há diversos anos, como o relacionamento instável de Paul e John, que, na verdade, não eram brigados e tinham uma relação de parceria; e o relacionamento amigável do grupo com Yoko Ono, noiva de John Lennon.

Último show da banda
"The Beatles: Get Back" apresenta – pela primeira vez na íntegra – a última apresentação ao vivo dos Beatles como um grupo, o inesquecível show surpresa que o grupo realizou no topo do Savile Row, em Londres.


.: Globoplay: documentário de Gil do Vigor é dirigido por cineasta curitibano

O documentário do Gil do Vigor, ex-"BBB 21", foi anunciado na lista de lançamentos do Globoplay para dezembro. Com direção e fotografia do curitibano Raphael Bittencourt, o documentário "Gil na Califórnia" teve grande parte das gravações feitas nos Estados Unidos e estará disponível no próximo dia 9.

Serão cinco capítulos que detalham a vida pessoal do economista - relatados durante o início do período de estudos fora do Brasil - e que dará continuidade a uma série de documentários produzidos pela plataforma, com ex-participantes do reality. A produção na Califórnia foi realizada pela FJ Productions. Além da direção de Bittencourt, a produção executiva na Califórnia ficou por conta de Fábio Golombek.

O cineasta, que é ex-aluno e professor de Cinema do Centro Europeu, tradicional escola de Curitiba, conta que o processo de direção exigiu bastante critério, atenção e cuidado. "Encontrar o meio termo entre a vida privada e a vida pública, mesmo com toda a espontaneidade do Gil, é sempre delicado, afinal hoje ele é uma pessoa pública. Em diversas ocasiões fomos abordados por fãs dele no meio da rua, em restaurantes e lugares variados", destaca Bittencourt.

Quando o assunto é carreira, Raphael destaca como a sua atuação em sala de aula, enquanto aluno e professor, contribuiu para seu desenvolvimento. "Meu trabalho como professor de direção de fotografia no Curso de Cinema Centro Europeu sempre exigiu muita pesquisa. Estudos sobre novos equipamentos, tecnologias e técnicas, mas também análise de roteiro, personagem e storytelling. Como resolver situações usuais no set e contornar imprevistos. Num documentário desses ‘na estrada’ esses conhecimentos proporcionam mais agilidade e destreza", avalia.

De acordo com o coordenador do curso de cinema do Centro Europeu, ator e cineasta Gustavo Piaskoski, é interessante observar o sucesso no trabalho que teve início na escola de profissões. "É muito gratificante para o curso de cinema e é assim que a gente quer: ver nossos professores e alunos com trabalhos reconhecidos no mercado nacional e internacional", destaca Piaskoski. Fotos: Reprodução/Instagram Gil do Vigor e Arquivo pessoal / Raphael Bittencourt.


.: "Venom - Encontro de Fãs": o caos chega no MIS no próximo dia 11


Com um super lançamento antecipado dos cinemas, "Venom: Tempo de Carnificina" está disponível nas Plataformas Digitais para aluguel e compra, desde o dia 23 de novembro, promete eletrizar com um encontro de fãs na capital paulista! O filme incrivelmente intenso que fez enorme sucesso de bilheteria durante a pandemia, com o astro Tom Hardy novamente no papel do carismático personagem Eddie Brock e seu hóspede, o simbionte Venom, vão garantir uma tarde especial em parceria da Iron Studios, Panini e SAZÓN®.

Trata-se do evento presencial "Venom - Encontro de Fãs" que será realizado no segundo sábado de dezembro, dia 11, a partir das 15h, no MIS, instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo. O evento contará com bate-papo com convidados muito especiais, um concurso de cosplays e prêmios incríveis. Quem passar pelo MIS ainda poderá conferir exposição de estátuas Iron Studios, além de adquirir produtos Venom e Homem-Aranha, da Panini.

"Venom: Tempo de Carnificina" ("Venom: Let There Be Carnage", 2021) está disponível nas plataformas digitais, exclusivamente para aluguel e compra: Apple TV (Itunes), Google Play, Looke, Microsoft Films &TV (Xbox), Now, Prime Video, Sky, Vivo Play para o consumidor assistir como quiser com 100% de segurança. 

Não é preciso ter uma assinatura mensal nos serviços de streaming para assistir ao filme, basta ter acesso a alguma das plataformas digitais mencionadas acima, seja na operadora de TV, loja digital ou console de videogame, efetuar o cadastro para alugar ou comprar o filme e pronto. Na opção aluguel, após dar o primeiro ‘play’, o filme digital ficará disponível durante 48 horas e poderá ser visto e revisto quantas vezes quiser dentro desse prazo. Já a opção compra, garante que o mesmo esteja disponível sempre com o consumidor.


Sinopse
Tom Hardy volta ao personagem do protetor letal Venom, considerado um dos mais complexos personagens do universo dos quadrinhos da Marvel. O filme traz Woody Harrelson no papel do vilão Cletus Kassady / Carnificina, entre os destaques do elenco. No filme, os fãs do protagonista vão acompanhar como o relacionamento entre Eddie e Venom (Tom Hardy) vem evoluindo e como essa inevitável simbiose ganha contornos eletrizantes e surpreendentes.


Elenco e ficha técnica
Direção:
Andy Serkis.
Roteiro: Kelly Marcel.
História: Tom Hardy & Kelly Marcel.
Produção: Avi Arad, Matt Tomalch, Amy Pascal, Kelly Marcel, Tom Hardy e Hutch Parker.
Produtores Executivos: Barry Waldman, Jonathan Cavendish e Ruben Fleischer.
Baseado nos quadrinhos Marvel.
Elenco: Tom Hardy, Michelle Williams, Naomie Harris, Reid Scott, Stephen Graham e Woody Harrelson.


Especificações
Duração:
97 minutos, aproximadamente
Classificação Indicativa: 14 anos
Plataformas digitais de Aluguel e Compra:
Apple TV (iTunes), Google Play e Microsoft Films &TV (Xbox)
Plataformas digitais exclusivamente para aluguel:
Looke, NOW, Prime Video, SKY e Vivo Play


Serviço
MIS – Museu da Imagem e do Som
Av. Europa, 158 - Jardim Europa - SP
Ingresso gratuito – Retirada a partir do dia 06.12 na plataforma INTI.
https://www.mis-sp.org.br/
O ingresso dá direito de acesso ao evento inteiro.
Sábado, dia 11 de dezembro a partir das 15h
172 lugares


sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

.: "Sweeney Todd": o clássico musical tem previsão de estreia para março


Rodrigo Lombardi interpretará o obscuro personagem da Broadway no teatro. Foto: Revista Vip/Mauricio Nahas


Criada pelo mestre do teatro musical Stephen Sondheim, a clássica obra musical da Broadway ganha uma versão brasileira. A estreia de “Sweeney Todd” já tem nova previsão de estreia. A expectativa é de que a première aconteça ainda em março de 2022, no 033 Rooftop.

 A adaptação para o país conta com direção musical de Fernanda Maia e direção geral de Zé Henrique de Paula. A produção geral é de Adriana Del Claro, da Del Claro Produções, e da Firma de Teatro, de Zé Henrique. O trio é conhecido por produções de sucesso recentes do teatro musical brasileiro como “Chaves - Um Tributo Musical” e “Natasha, Pierre e o Grande Cometa de 1812”.

O casal macabro da rua Fleet já foi escolhido e contará com Rodrigo Lombardi, como Sweeney Tood, e Andrezza Massei, como Dona Lovett. A abertura de audições para escolha do elenco completo será divulgada em breve nas redes socias do musical: www.instagram.com/sweeneytoddbrasil.

 


Andrezza Massei, como Dona Lovett, no controverso musical da Broadway. Foto: Rodrigo Negrini

.: Entrevista: Shelby Forsythia em uma conversa necessária sobre o luto


Por 
Helder Moraes Miranda, editor do Resenhando. 

Depois de perder a mãe, em 2013, Shelby Forsythia começou a estudar profundamente o luto e a se dedicar a orientar pessoas sobre a experiência humana da perda. Autora do livro "Sobre Viver o Luto", lançado no Brasil pela editora Astral Cultural, e "Permission to Grieve" e host dos podcasts sobre o tema "Grief Book Roundup, Grief Seeds e Coming Back: Conversations on Life after Loss".

Em uma sociedade que prefere mudar de assunto, o livro aborda as dificuldades de encarar as perdas em um momento em que a morte nunca esteve tão perto de nós. "Sobre Viver o Luto" não é um livro de autoajuda para acabar com a dor da perda, mas uma reunião de pequenos textos, distribuídos por todos os dias do ano (que não precisam ser lidos em sequência), que ajudam o leitor na condução do seu luto da maneira que ele quiser vivê-lo. Nesta entrevista exclusiva, importante e necessária a autora fala sobre superação.


Existem muitos tipos de luto? 
Shelby Forsythia - Há muitos tipos de luto. A maneira mais fácil de categorizá-las é notando quais perdas são visíveis e que são invisíveis. 


Quais são as diferenças entre eles?
Shelby Forsythia - 
Por exemplo, perdas como a morte de um ente querido, gentrificação e desmatamento são geralmente muito visíveis. Outras perdas como a perda de um "eu antigo", a perda de segurança, a perda da normalidade e a perda de amizades são em grande parte invisíveis. Claro que pode haver sobreposição entre perdas visíveis e invisíveis. Por exemplo, um diagnóstico de uma doença crônica pode significar a perda de uma habilidade visível como ficar em pé ou andar, mas também pode incluir perdas invisíveis, como identidade e esperanças futuras, sonhos e planos.


Há um tipo de luto pior que o outro? 
Shelby Forsythia - 
Não há perda pior do que outra e nenhuma maneira de classificar definitivamente as perdas em algum tipo de hierarquia. Apenas uma pessoa em luto pode classificar suas próprias perdas — se ela mesmo optar por fazê-lo. Para alguns, a falência é sentida mais profundamente do que a perda de um ente querido. Para outros, a morte de seu cão supera todas as outras perdas que eles enfrentaram — incluindo os humanos! Cabe a cada pessoa em luto decidir qual perda é pior para eles, porque é a pessoa que vive através dela e com ela.

Como a sociedade lida com aqueles que se permitem experimentar o luto?
Shelby Forsythia - 
Eu não sei se há uma única resposta direta para isso, porque cada vez mais, eu estou vendo bolsões de aceitação social da perda, especialmente durante a covid-19. Em uma base geral, ampla, - especialmente nos países eurocoloniais - não está aceitando o luto. Apenas a morte de um membro da família é considerada uma perda válida e há uma linha do tempo arbitrária para "superar isso" e "seguir em frente" com a vida. 


Existe alguma motivação para isso?
Shelby Forsythia - 
Há muitos motivos para isso, e eu não tenho todas as respostas. Imagino que grande parte dela reside em sistemas sociais maiores, como patriarcado, capitalismo e supremacia branca. Por exemplo, o patriarcado e a masculinidade tóxica percebem a emoção como fraqueza; portanto, eles absorvem qualquer expressão de luto. O capitalismo se concentra no momento e na produtividade, e o luto pode ser uma experiência muito ainda, que exige descanso. Faz sentido que as pessoas que vivem em sociedades capitalistas se sintam pressionadas a se apressar e superar isso já para que possam voltar ao trabalho. E, claro, a supremacia branca é um grande negador da dor. Para reconhecer todas as perdas que a sociedade está experimentando - e experimentou ao longo do tempo - a supremacia branca teria que reconhecer e expiar uma grande quantidade de dor e sofrimento, e, francamente, é preferível que o sistema conte a história de que as pessoas estão erradas ou quebradas por luto em vez de se voltar em direção e lidar com toda a dor que causou. Reconhecer verdadeiramente a fobia de luto que existe em todos os nossos sistemas sociais exigiria uma enorme virada de 180 graus do navio em que todos navegamos. E infelizmente, ainda não chegamos lá. Em termos de bolsos de aceitação social, a Internet e as mídias sociais - juntamente com um número crescente de livros e recursos presenciais - tornaram mais fácil localizar comunidades onde o luto é bem-vindo. Uma pesquisa no Google ou uma ida à livraria coloca mais recursos de luto em sua mão do que nunca, e esse tipo de acesso está ajudando as pessoas em todo o mundo a encontrar a ajuda de que precisam, mesmo que não possam encontrá-la em seu bairro. Especialmente durante a covid-19, as conversas sobre saúde mental e mortalidade estão na vanguarda. De alguma forma distorcida, a covid-19 abriu mais uma porta para falar e curar do luto.

A sociedade está preparada para abrigar alguém que está em luto?
Shelby Forsythia - 
Simplificando, a sociedade está preparada para "fazer", a sociedade não está preparada para "ser". Geralmente, a sociedade é bastante boa nas ações de apoio às pessoas em luto. Na melhor das circunstâncias, os enlutados recebem licença de luto do trabalho (embora ainda haja muito trabalho a ser feito sobre isso), hospitais, centros de hospício e funerárias auxiliam na organização logística dos serviços e no transporte do corpo de um ente querido, e amigos e familiares se reúnem com flores e caçarolas para oferecer apoio. Se é uma tarefa - ou algo a fazer - a sociedade é muito boa em assumir. No entanto, a sociedade não oferece outra coisa que as pessoas de luto precisam, que é a capacidade de "ser". Simplesmente estar com pessoas de luto parece verificar-se sobre elas semanas, mesmo anos depois de uma perda, dizendo o nome de um ente querido morto em voz alta, criando momentos no trabalho e na escola onde a perda é bem-vinda, e reconhecendo o fato de que a perda continua a informar sua vida e visão de mundo. Temos muito trabalho a fazer na educação da sociedade sobre como estar com as pessoas em luto, em vez de apenas fazer coisas por elas.

Como uma sociedade - e as pessoas individualmente - podem se preparar para acolher pessoas em luto?
Shelby Forsythia - 
Socialmente, podemos fornecer licença remunerada de luto para trabalhadores assalariados e por hora por pelo menos duas semanas após a morte de um ente querido - e remover a exigência de que a morte seja um cônjuge ou um parente de sangue. Também podemos oferecer apoio financeiro para contas médicas pendentes e despesas funerárias para que as famílias não tenham que fazer o trabalho emocional e logístico do crowdfunding em um momento em que suas vidas foram destruídas. Outros tipos de apoio ao luto que a sociedade pode e deve disponibilizar são terapia gratuita ou reduzida, educação obrigatória no local de trabalho sobre luto e perda, ensinar as crianças sobre o luto nas escolas em todos os níveis de série e consultar os enlutados ao projetar espaços públicos como mercearias, hospitais, shopping centers, escolas e locais de trabalho. Em última análise, a mudança social em torno do luto parece continuamente perguntar: "O que aconteceria se o luto fosse bem-vindo aqui?". Individualmente, amigos e familiares de pessoas em luto devem continuar a verificar com sua pessoa em luto. Pessoalmente, eu mantenho as datas de luto minhas e dos outros na minha agenda, então eu sou lembrado quando alguém tem um aniversário desagradável ou triste chegando. Os indivíduos também podem estender apoio significativo além da ajuda financeira, incluindo cuidados com o gramado, cuidados com crianças, sentar em animais de estimação, limpar, organizar, cozinhar e apenas estar lá depois que um amigo ou familiar morre. Por último e provavelmente o mais importante, os indivíduos podem ajudar uma pessoa em luto a honrar a pessoa que morreu continuando a dizer seu nome. Muitos grievers relatam sentir-se isolados em sua perda - como se o mundo tivesse seguido em frente - porque ninguém diz mais o nome de sua pessoa morta. É como se eles nunca existissem. Podemos ajudar as pessoas a sofrer, deixando-as saber que lembramos e sentimos falta e amamos sua pessoa também.

Por outro lado, se você é o único em luto, como você deve lidar com pessoas que insistem em ajudar, quando você só quer ficar sozinho?
Shelby Forsythia - 
Se você realmente não quer ver alguém - se eles fazem você se sentir desconfortável por sofrer, se eles te pressionarem a "superar isso", se eles ignorarem ou insultarem sua dor , você pode dizer "Não, obrigado", e estabelecer um limite com eles. Você não é obrigado a passar tempo com pessoas que não estão acolhendo sua dor só porque você acha que deveria, ou porque eles acham que você deveria! Se você não quer ver alguém, mas eles são um bom amigo para você em sua dor, pode ser útil fazer outro pedido deles em vez disso. Por exemplo, "Eu não estou para a empresa agora, mas posso pedir-lhe para deixar alguns itens do supermercado? Isso realmente me ajudaria". Muitas vezes, as pessoas pedem para passar tempo com você depois de uma perda porque elas só querem ser úteis. Se a presença deles não é algo que você quer, você pode pedir-lhes para serem úteis de outra maneira. Você também pode fazer uma regra entre vocês que se você pedir-lhes para sair, eles fazem! Por exemplo, "Eu não estou me sentindo bem companhia agora, mas eu adoraria vê-lo enquanto concordarmos que você vai embora assim que eu pedir." Para uma pessoa em luto, não há nada mais cansativo do que uma pessoa que fica muito bem-vinda! Definir uma regra que seu amigo deixará quando você perguntar - se eles estiveram lá por dez minutos ou uma hora - pode ser uma maneira útil de lhe dar algum controle, mas também permitir que seu amigo sinta que foi capaz de verificar você após uma perda".

Existe alguma pressão da sociedade para uma recuperação rápida? Se a resposta é sim, como isso acontece e como você pode não sucumbir a ela?
Shelby Forsythia - 
Com certeza há. Especialmente nos países eurocoloniais, a sociedade tem uma obsessão por histórias de triunfo. Geralmente, as pessoas que rapidamente superam sua dor ou transformam sua dor em algo útil ou caridoso são louvadas como heróis, enquanto as pessoas que continuam a chorar anos e décadas depois são examinadas e julgadas. Isso acontece por muitas razões, mas acho que a maior delas é que as histórias de triunfo se encaixam perfeitamente em uma visão de mundo patriarcal, capitalista e supremacista branca. Teoricamente, a sociedade das pessoas se sustenta como heróis triunfando sobre sua dor não sucumbem a emoções duras ou avassaladoras (ou são de alguma forma "mais fortes" do que elas), criam algo maravilhoso e produtivo de sua dor, e perpetuam o mito de que há um caminho certo e uma maneira errada de processar o luto. 


Como isso acontece e como você pode não sucumbir a ela?
Shelby Forsythia - Libertar-se desses sistemas dentro do luto é uma prática diária para muitos grievers - inclusive eu. No meu trabalho e no meu livro "Your Grief, Your Way" eu incluo coisas como definição de limites, permissões pessoais e visualizações que permitem que o luto exista. O luto, por sua própria natureza, é difícil, complicado, confuso, incerto e lento. Não é para ser superado, apenas para ser experimentado. E as pessoas de luto têm que lembrar-se disso continuamente para evitar cair na armadilha de precisar triunfar de acordo com as regras distorcidas da sociedade.


Em um contexto pandêmico, onde as pessoas enfrentaram tantas perdas, como é possível superar a dor?
Shelby Forsythia - Eu não acho que essa é uma pergunta válida, porque "superar a dor" significa colocar dor no passado e não experimentá-la no presente. Isso não é possível. Na realidade, a dor continuará conosco no futuro. O primeiro passo é reconhecer que o luto está vindo junto para o passeio - ele sempre estará conosco. Como não poderia ser? Só nos EUA, perdemos mais de 750.000 pessoas para a covid-19. Os procedimentos da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos da América (PNAS) previram que, em média, nove pessoas ficarão enlutadas por cada pessoa perdida na pandemia. São mais de 6,7 milhões de pessoas em luto. Como poderíamos pedir a eles para "superar" sua dor? Em vez disso, social e individualmente, deveríamos estender convites a cada pessoa que conhecemos para incluir a dor em suas vidas. Devemos criar rituais contínuos para lamentar aqueles que perdemos e dizer seus nomes. Devemos encontrar maneiras de contar histórias sobre nossos entes queridos, pessoal e publicamente. E devemos procurar sistematicamente formas de melhorar a saúde e o cuidado com a morte para que os futuros grievers não tenham que ser submetidos aos traumas e dificuldades que os grievers enfrentam hoje.

E quando o luto é coletivo? O Brasil acaba de perder Marília Mendonça, uma cantora muito amada, de uma forma trágica. 
Shelby Forsythia - 
Sinto muito pela perda coletiva que o Brasil está enfrentando na morte de Marília Mendonça. É devastador quando um artista morre, especialmente de uma forma repentina e trágica. Cantores criam algo em nós que a palavra falada sozinho não pode, e sua presença é especial e significativa. O luto coletivo pode muitas vezes ser abordado através de rituais e permissão para lamentar o futuro. Imediatamente após uma perda acontecer, lamentar uma pessoa através de cerimônias, desfiles, música, dança, iluminação de velas, contação de histórias e reunião comunitária pode ser útil.


O que poderia aliviar essa dor coletiva?
Shelby Forsythia - 
Simplesmente parar por um momento para reconhecer que uma pessoa morreu pode ajudar os indivíduos de luto a sentirem que sua dor é validada. Então, depois que as grandes cerimônias e encontros param, continuando a honrar a dor dos outros, aceitando quando vestem camisetas de Marília Mendonça, por exemplo, ou penduram fotos dela em sua casa. Não tire sarro das pessoas por continuarem a lembrar e adorarem pessoas que morreram à sua maneira. Não sei se isso existe no Brasil, mas nos EUA, as velas devocionais kitschy são muito populares. As pessoas criaram velas devocionais para homenagear drag queens como Divine, o músico Prince, e o elenco falecido do sitcom "The Golden Girls". Embora possa parecer bobagem para alguns, esses artistas e atrizes tiveram uma grande influência na vida das pessoas. Tudo bem que ainda nos lembramos deles e os levamos para a frente conosco.

Tantas mortes na pandemia mudaram nossa maneira de lidar com a perda?
Shelby Forsythia - 
Absolutamente. Pela primeira vez, estamos lidando com perdas em grande parte sozinhos e online. Como não podemos nos reunir dentro de casa para cerimônias e apoio, as pessoas em luto estão encontrando maneiras de lidar com a perda através de comunidades on-line. Funerais zoom são agora uma coisa que acontece, bem como grupos de apoio on-line para pessoas que perderam um ente querido. Estamos descobrindo que podemos fazer conexões e encontrar cura mesmo quando não podemos ficar juntos. E simultaneamente, estamos de luto pela perda de coleta física e toque para lidar com o luto. A pandemia também tornou mais fácil falar sobre perda. Estamos literalmente girando em um planeta de pessoas transmitindo um vírus que é potencialmente mortal. A mortalidade está na frente e no centro de uma forma que não foi antes. Há um pouco de humor negro entre os enlutados que perderam um ente querido pré-pandemia. Ver o coletivo acordar para o fato de que todos nós vamos morrer - e possivelmente em breve - é fascinante para pessoas em luto que sabem que isso é verdade por um tempo. É como se o mundo inteiro finalmente estivesse "se juntando ao clube" que os grievers começaram e residem há muito tempo.


Isso aumentou a empatia das pessoas?
Shelby Forsythia - 
Para alguns, a pandemia tem sido um aumento de empatia, com certeza. Acho que depende da relação das pessoas com o medo, honestamente. Se as pessoas têm medo, se têm medo de morrer ou de terem seus direitos "tirados" ou de incerteza ou uns dos outros, há menos espaço para a empatia aparecer. No entanto, para as pessoas que acolhem o medo e o luto bem-vindo, a pandemia é um grande amplificador de empatia. Perceber a maneira como você sofre pode ajudá-lo a perceber as maneiras pelas quais os outros sofrem, e isso pode ser uma porta de entrada para a empatia.

Você acredita que, após esse período, as pessoas serão iguais ou haverá alguma mudança para melhor?
Shelby Forsythia - 
Agora é difícil dizer. Pelo menos nos EUA, muitos de nossos sistemas e estruturas estão voltando à forma como as coisas eram pré-pandêmicas. Meu país está em grande parte falhando em permitir que a covid-19 nos aproxime de um mundo onde as pessoas são cuidadas adequadamente. Em outras palavras, não estamos aprendendo nossa lição. Por outro lado, a pandemia abriu nossos olhos para muitas das maneiras que não nos importamos bem, e há mais foco do que nunca em comunidades e pessoas que precisam ser apoiadas. Embora eles possam não estar recebendo o apoio de que precisam sistematicamente, eles estão recebendo a atenção há muito atrasada que merecem — e às vezes se preocupam em um nível local ou vizinho. Não é suficiente, e também é algo mais do que era antes. Não posso prever se a pandemia nos tornará melhores ou piores; Eu sei que isso vai nos fazer diferentes.

Todas essas perdas banalizaram a morte em nossas vidas diárias?
Shelby Forsythia - 
Certo. Acho que a morte após a morte após a morte pode nos entorpecer à verdadeira profundidade e peso da perda. Esta é uma resposta comum de trauma para perdas cumulativas acumuladas ao longo do tempo. Quando a perda está em curso, não há tempo para sentar com ela e lamentou-a adequadamente. Estamos coletivamente em modo de sobrevivência e muitos de nós, especialmente profissionais de saúde e assistência à morte, também estamos experimentando a fadiga da compaixão. Há um burnout que vem com perda contínua que só pode ser abordado em momentos onde a morte diminui por um tempo. As pessoas estão preocupadas com o luto agora, mas honestamente, estou mais preocupado com o que vai acontecer dois, cinco, dez ou até 20 anos na estrada, quando a poeira assentar tempo suficiente para todos nós sentarmos e lamentarmos tudo o que a pandemia mudou em nossas vidas.

Que conselho você daria para alguém que está passando por uma situação de perda?
Shelby Forsythia - 
Seja gentil consigo mesmo. Especialmente se você está de luto agora, você não está apenas fazendo o trabalho de luto, você está fazendo o trabalho de luto no meio de uma pandemia. As exigências da vida e a tensão em você é provavelmente mais do que nunca. Faça pausas o máximo que puder. Estabeleça limites com pessoas ou lugares ou empregos que drenem sua energia limitada. Agende tempo para sofrer se for preciso, para que todas as coisas que você sente não se acumulem lá dentro. E se for acessível a você, encontre uma comunidade de apoio. O resultado extremamente positivo da pandemia - se há um a ser feito - é que há mais pessoas de luto agora do que nunca. Encontrar um grupo de apoio, seja no seu bairro ou on-line, nunca foi tão fácil, e novos estão aparecendo todos os dias. Confie que em algum lugar lá fora, há um lugar seguro e acolhedor para sua dor e dor. E, claro, se você está procurando por uma pequena orientação diária para viver com a vida após a perda, pegue uma cópia do meu livro. Não importa onde você comece a ler, ele lhe dará um lugar para começar.


.: Crítica musical: Voodoo Shyne mostra influência do rock setentista


Por
 Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico musical.

O cantor e compositor paulista Voodoo Shyne está divulgando o álbum "Love, Martyrs & Archetypes". O disco está disponível nas plataformas digitais e traz nove músicas, sendo duas inéditas.

As faixas "Unique", "A Perfect Match", "Love Corrupts Myself to Death", "Instinct in Me", "Through Her Womb", "Fright (People)" e "Promises" já foram lançadas como singles entre 2020 e 2021. E agora ganharam versões remasterizadas no álbum completo. As duas inéditas são a instrumental Trap of Love e A.L.L. Impossível não associar o trabalho de Voodoo Shyne com o rock produzido nos anos 70. As referências são inúmeras, passando por Black Sabbath, T-Rex, Marc Bolan e muitos outros.

As músicas e letras são de Voodoo Shyne, que também faz vocal, baixo, sintetizadores, guitarras e bateria. Estevan Sinkovitz também gravou guitarras, e ainda baixo e violão em Through Her Womb. Ele é integrante da banda Marrero. Eklon Eleutério toca piano em A Perfect Match. 

Essa enxuta cozinha ritmica acaba produzindo um som capaz de convencer o ouvinte que curte hard rock. Faixas como Through Her Womb e Promises estão bem próximas do som dos anos 70. A produção é de Voodoo Shyne e Estevan Sinkovitz. O disco foi mixado e masterizado por Estevan Sinkovitz no estúdio Lichen Ideias Sonoras.

 "A Perfect Match"

"Promises"

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