terça-feira, 23 de novembro de 2021

.: Grátis: Sergio Guizé e Bianca Bin em "O Homem que Matou Liberty Valance"


A peça online "O Homem que Matou Liberty Valance", com direção de Mário Bortolotto e estrelado por Sergio Guizé e Bianca Bin, que faz seu primeiro trabalho no teatro. O espetáculo online é um western do inglês Jethro Compton, inspirado no conto clássico de  Dorothy M. Johnson, que também deu origem ao filme “O Homem que Matou o Facínora” (1962), dirigido por John Ford. O elenco fica completo com Carcarah, Heloisa Lucas, Eldo Mendes, Walter Figueiredo e o próprio Bortolotto. Foto: Cri Jatobá


A relação peculiar e turbulenta entre a sociedade e a política é pautada pela peça western “O Homem que Matou Liberty Valence”, do escritor e diretor de teatro britânico Jethro Compton, que ganha uma versão online dirigida por Mário Bortolotto. O espetáculo é transmitido gratuitamente, por meio da plataforma Teatro Sérgio Cardoso Digital, entre os dias 2 e 19 de dezembro, de quinta a domingo, às 21h. O elenco é formado por Bianca Bin, Sergio Guizé, Carcarah, Heloisa Lucas, Eldo Mendes, Walter Figueiredo e o próprio Bortolotto.

A obra de Compton é baseada em um conto escrito na década de 1950 pela premiada autora norte-americana Dorothy M. Johnson (1905-1984). O texto também foi adaptado para o cinema em 1962, com o título “O Homem que Matou o Facínora”, dirigido por John Ford e com roteiro de Warner Bellah e Willis Goldbeck. 

“Sou fã de faroestes desde criança e não poderia perder a oportunidade de montar um espetáculo de teatro que é um western. É uma maneira de homenagear meus heróis de infância. Mas acredito que esse gênero já se renovou muito e, por isso, mantive alguns elementos que remetem diretamente à linguagem clássica, mas a partir de uma leitura um pouco mais moderna, com uma nova abordagem”, comenta Bortolotto.

A trágica história de amor se passa em 1890 na cidade de Twotrees, no Velho Oeste americano, mais especificamente no Saloon de Hallie, que recebe a visita inesperada do velho pistoleiro Bert Barricune. Ele carrega no lombo de seu cavalo a carcaça maltratada de Ransome Foster, que foi brutalmente espancado no deserto.

Esse jovem educado em Nova Iorque partiu rumo ao oeste selvagem em busca de uma vida nova, mas foi recebido pela dura realidade das planícies empoeiradas. Depois de ser salvo por Hallie Jackson ele encontra novos propósitos. Mas será que isso será suficiente para fazê-lo enfrentar a gangue do fora da lei Liberty Valance?

Hallie Jackson é interpretada por Bianca Bin, que depois de vários papeis marcantes na TV tem sua estreia no teatro. “Tem sido uma experiência maravilhosa. Estou entre amigos e meu grande parceiro da vida, sob o olhar atento e carinhoso do Mário Bortolotto, quem tanto admiro. É uma honra e alegria começar no meio dessa gente elegante e sincera”, conta a atriz.

“A Hallie, assim como minha última personagem, a Clara [da novela ‘O Outro Lado do Paraíso’], é uma mulher forte, uma sobrevivente de um meio inóspito, um lugar majoritariamente masculino e pouco afetuoso, uma órfã que teve que desenvolver uma casca grossa para não precisar se submeter à pressão alheia e do meio em que cresceu, mas também uma mulher virtuosa, com olhar sempre atento ao outro. Estou encantada com essa moça”, acrescenta.

Já o galã Ransome Foster é vivido por Sergio Guizé (atualmente na novela “Verdades Secretas 2”), que acredita que a peça é potente por discutir temas muito pulsantes da nossa realidade sócio-política atual, como as questões do racismo estrutural, da discriminação social, do protagonismo feminino, da ausência do Estado e da educação como um princípio básico.

“Não me lembro de já ter feito um cara que se tornou governador por uma grande mentira. Bem acontece... Pensamos muito sobre o que estamos passando em nosso país durante os ensaios. Por ser um personagem que logo de cara se apresenta com um vocabulário rebuscado, priorizei o estudo do texto, decorar palavra por palavra, respeitando as pausas e com essa cadência interna do Velho Oeste, sempre sob o olhar atento do Mário”, revela Guizé sobre a construção de seu personagem.

Ainda inédito no Brasil, o espetáculo dialoga com a pesquisa que o Cemitério de Automóveis desenvolve desde 2012, quando passou a investigar textos estrangeiros com intuito de abrir a possibilidade de intercâmbio entre manifestações teatrais que se enquadram na linguagem realista adotada pelo grupo ao longo de seus quase 40 anos de trajetória.

Essa investigação já resultou nos espetáculos “Mulheres” (2012), a partir do romance homônimo de Charles Bukowski; “Killer Joe” (2014), de Tracy Letts; “O Canal” (2015), de Gary Richards; “Criança Enterrada” (2016) e “O Oeste Verdadeiro”, ambos de Sam Shepard; e “Birdland” (2018), de Simon Stephens.


Sobre Jethro Compton
Jethro Compton é um escritor, diretor e produtor teatral da Cornualha, na Inglaterra. Ele começou a carreira no teatro em 2008 como produtor e codiretor artístico da Belt Up Theatre, companhia em residência no York Theatre Royal. Com o grupo, trabalhou entre 2008 e 2012 em produções como “The Tartuffe”, “The Trial”, “Outland”, “Macbeth” e “The Boy James”.

Em 2010, fundou a Jethro Compton Pruduction para desenvolver o próprio trabalho como escritor, diretor e produtor. Até o momento, dirigiu todas as produções da companhia, como “The Bunker Trilogy” e “The Capone Trilogy” e os próprios textos “The Man Who Shot Liberty Valence”, “The Frontier Trilogy”, “Sirenia” e “Wolf’s Blood”.

Em 2017, Jethro dirigiu sua primeira produção em língua estrangeira, traduzida da própria adaptação de “Fuzzy Mud”, de Lois Sachar, em Viena. Ele já dirigiu mais três produções em alemão, em Viena: uma adaptação de “A Pequena Princesa”, de Frances Hodgson Burnett; a adaptação de “Oliver Twist”, de Charles Dickens; e seu texto original “Blutrache”.


Sobre Mário Bortolotto
Ator, diretor, autor, sonoplasta, iluminador e vocalista e compositor de rock, Mário Bortolotto escreve para o teatro desde 1981. Nascido em Londrina, no Paraná, tem 13 livros publicados: os romances “Bagana na Chuva” e “Mamãe Não Voltou do Supermercado”; as coletâneas de poesias “Para os Inocentes que Ficaram em Casa”, “Um Bom Lugar para Morrer” e “O Pior Lugar que Eu Conheço É Minha Cabeça” ; o compilado de matérias escritas para jornais “Gutemberg Blues”; a reunião de textos de seu blog “Atire no Dramaturgo”; os livros de crônicas “Os Anos do Furacão” e “Esse Tal de Amor e Outros Sentimentos Cruéis”, a série de contos “DJ - Canções para Tocar no Inferno”, além de cinco volumes com seus textos de teatro.Entre os reconhecimentos no teatro que recebeu, estão o Prêmio Shell de melhor autor em 2000, pelo texto “Nossa Vida Não Vale Um Chevrolet”, e o Prêmio APCA em 2000 pelo conjunto de sua obra. 

É diretor do grupo de teatro Cemitério de Automóveis e vocalista e compositor das bandas de rock e blues “Saco de Ratos” e “Tempo Instável”. Escreveu as peças “Música para Ninar Dinossauros”, "À Meia-noite um Solo de Sax na Minha Cabeça”, “Nossa vida não vale um Chevrolet”, “Hotel Lancaster”, “Brutal”, “Leila Baby”, entre outras.


Sinopse
Twotrees, 1890. Velho Oeste. O Saloon de Hallie recebe a visita inesperada do velho pistoleiro Bert Barricune. Ele carrega no lombo do seu cavalo a carcaça maltratada de Ransome Foster, que foi brutalmente espancado no deserto. Foster é um jovem educado de Nova Iorque. Ele parte rumo ao oeste selvagem em busca de uma nova vida, mas é recebido pela dura realidade das planícies empoeiradas. Ao ser salvo por Hallie Jackson, Twotrees se torna seu lar, onde os fora-da-lei imperam e as armas decidem o destino de muitos. Foster encontra propósitos na figura de Hallie, mas será suficiente para enfrentar a gangue de Valance?


Ficha técnica
Dramaturgia:
Jethro Compton
Direção artística: Mário Bortolotto
Elenco: Bianca Bin, Sergio Guizé, Carcarah, Mário Bortolotto, Heloisa Lucas, Eldo Mendes e Walter Figueiredo
Concepção de iluminação: Caetano Vilela
Concepção cenográfica: Mariko Ogawa e Seiji Ogawa
Sonoplastia original: Noa Stroeter
Figurino: Vanessa Deborah Hudepohl 
Produção executiva e coordenação de pesquisa: Carcarah
Gestão do projeto e produção: Isabela Bortolotto
Direção de produção: Paula Klaus
Operador técnico: Ademir Muniz
Cenotécnico: Caique Duran
Direção, captação e edição audiovisual: Cauê Angeli
Tradução: Ana Hartmann
Fotos para divulgação: Cri Jatobá
Programação visual: Vanessa Deborah Hudepohl
Assessoria de imprensa: Agência Fática - Bruno Motta Mello e Verônica Domingues
O espetáculo “O Homem que Matou Liberty Valance” foi contemplado com o edital ProAc LAB 47/2020.


Serviço
"O Homem que Matou Liberty Valance" 
Teatro Sérgio Cardoso Digital
Temporada:
2 a 19 de dezembro
De quinta a domingo*, às 21h
Ingressos: grátis, devem ser retirados antecipadamente pelo link https://site.bileto.sympla.com.br/teatrosergiocardoso/
Duração:
90 minutos
Gênero: drama
Classificação etária: 16 anos
Acessibilidade: legendagem descritiva
*Há um bate-papo on-line com o elenco todos os domingos após a sessão



.: "A Crônica Francesa": seis curiosidades sobre o filme de Wes Anderson

"A Crônica Francesa", o mais recente filme do diretor americano Wes Anderson, chega ao Cineflix Cinemas com todas as características que os fãs esperam de uma história criada pelo icônico cineasta: elenco renomado formado de colaboradores frequentes, personagens peculiares, uma estética visual única, roteiro espirituoso e altas doses de humor sarcástico, entre outros.

O novo filme acompanha as aventuras de um grupo de jornalistas de "A Crônica Francesa", uma prestigiosa publicação americana sediada em uma pequena cidade da França. Estruturada em torno das crônicas incluídas em uma determina edição da revista, a história imerge o público nas circunstâncias em que aconteceram cada um dos artigos escritos, conhecendo, assim, tanto os jornalistas que os escreveram quanto as personas que os protagonizam. Estas seis curiosidades sobre a produção de "A Crônica Francesa" são perfeitas para entrar no “modo Wes” antes da tão esperada chegada da história nos cinemas.

Inspiração tripla
Como o próprio Anderson indica, seu novo filme tem três fontes de inspiração: a prestigiosa publicação americana The New Yorker, o cinema francês e a estética da França, país que adotou o cineasta nos últimos anos. “Lembro-me de uma entrevista que li uma vez com Tom Stoppard em que alguém o perguntou de onde tinha vindo uma de suas obras e ele disse que sempre foram duas ideias de origem diferente que ele reuniu e transformou em seu próximo trabalho. Isso é exatamente o que acontece comigo todas as vezes. E este filme é, na verdade, três coisas: uma coleção de contos, algo que sempre quis fazer; um filme inspirado na The New Yorker e o tipo de repórter que sempre foi conhecido por publicar; e, tendo passado muito tempo na França ao longo dos anos, sempre quis fazer um filme francês, e um filme que fosse relacionado ao cinema francês”, conta o diretor.

O ator Owen Wilson, companheiro de quarto de Anderson na universidade e colaborador recorrente de seus filmes, conta que em seus anos na universidade, o diretor lia o The New Yorker constantemente. “Ele lia o The New Yorker o tempo todo, o que era bastante incomum. Acredito que ele não era um assinante, porque isso estaria fora do seu alcance financeiro, mas ficava completamente absorvido por aquela revista. Que presente mais atencioso a todos aqueles escritores”, diz Wilson.

Por sua vez, Andrew Weisblum, editor de longa data de Anderson, comenta: “O filme nasceu de seu amor pelo cinema, pela literatura e a cultura francesa e suas experiências na França durante os últimos dez anos ou mais, e acredito que é isso que ele queria evocar e compartilhar neste filme”.


Uma coleção de crônicas
O filme é estruturado em quatro seções, dedicadas às quatro crônicas incluídas na revista. Trata-se de uma coleção de histórias repletas de visuais requintados, hilárias reviravoltas no enredo e performances comoventes. A primeira é uma crônica colorida do jornalista Herbsaint Sazerac (Owen Wilson) sobre Ennui-sur-Blasé, a encantadora cidade onde se passa o filme.

A segunda gira em torno da obra de arte do pintor criminoso Moses Rosenthaler (Benicio del Toro e, quando jovem, Tony Revolori), que é implacavelmente promovido e vendido a preços cada vez mais astronômicos pelo negociante de arte Julian Cadazio (Adrien Brody) e seus dois tios (Bob Balaban e Henry Winkler).

A terceira crônica, da ensaísta Lucinda Krementz (Frances McDormand), é um relato pessoal das reinvindicações e paixões, políticas e sexuais, que leva a romântica e desencantada juventude de Ennui à guerra com seus professores adultos, e a iniciar uma tumultuada greve geral que leva ao fechamento de todo o país. A coleção é completada pelo retrato do lendário chef Nescaffer (Stephen Park), o cozinheiro do policial da cidade, que repentinamente se torna em um relato de suspense contra o relógio.


Bem-vindos a Ennui-sur-Blasé
Após considerar a possibilidade de criar a cidade de Ennui-sur-Blasé na sala de edição a partir de várias locações, Anderson e sua equipe decidiram se estabelecer na cidade de Angoulême, na região sudoeste da Nova-Aquitânia.

“Angoulême tinha a antiguidade a arquitetura adequadas, mas, mais especificamente, tinha todas as curvas, esquinas, escadas e pequenos viadutos; todo esse empilhamento vertical único de marcos históricos. Isso produzia belos quadros e também sugeria certas áreas de Paris, Lyon e outras cidades francesas”
, diz o designer de produção Adam Stockhausen. Em Angoulême, Anderson e sua equipe encontraram uma antiga fábrica de feltro que transformaram em um estúdio de cinema em miniatura, montando uma oficina de construção, uma oficina de criação de maquetes e dois cenários.


Com o selo do Kansas
De uma forma ou de outra, os caminhos de "A Crônica Francesa" também levam ao Kansas, estado do centro-oeste dos Estados Unidos que atravessa o filme. Por um lado, o nome em inglês da publicação centro da trama é The French Despatch of the Liberty Kansas Evening Sun, uma clara referência às origens dos criadores da lendária The New Yorker. Harold Ross, o cofundador da revista e William Shawn, seu sucessor, foram inspiração para o personagem de Bill Murray no filme e são ambos nativos do centro-oeste.

“Para mim, o Kansas é o lugar mais norte-americano dos Estados Unidos”
, diz Anderson. Outra referência? “Uma Obra-Prima Concreta”, a primeira história prolongada apresentada no filme, é enquadrada por uma conferência da autora da história, J.K.L. Berenson (Tilda Swinton) em um centro cultural do Kansas.

130 sets
Alinhado com os demais filmes de Wes Anderson, "A Crônica Francesa" segue as características de enquadramento do diretor, no estilo de dioramas vivos. “Quando li o roteiro, já nas primeiras trinta páginas ficou claro para mim que cada frase exigia um novo set. Isso veio diretamente da animação, onde cada cena é realmente seu próprio cenário e há uma atenção microscópica constante para cada detalhe visual”, explica Weisblum.

O produtor Jeremy Dawson acrescenta: “Acho que neste filme havia cerca de 130 sets diferentes, a maior criação de set e preparação de cenários que já fiz. Cada um tinha seu próprio estilo e a única maneira de fazer isso de forma econômica era mantar as coisas bem próximas umas das outras, reutilizando coisas sempre que possível e fazer isso de maneira inteligente... e ter uma equipe de design de produção extraordinariamente talentosa liderada por Adam Stockhausen e sua incrível equipe francesa, todos esses artesãos e criadores de placas e artistas de cenário de ópera. Todos eles fizeram um trabalho incrível”.


Veteranos e estreantes
De acordo com o estilo de Wes Anderson, "A Crônica Francesa" conta com um elenco excepcional. Aos renomados atores e atrizes que colaboram assiduamente com o cineasta, como Bill Murray, Adrien Brody, Owen Wilson, Jason Schwartzman e Tilda Swinton, acrescenta-se outros nomes famosos que fazem sua estreia no “universo Anderson”. E quem são alguns deles? 

Benicio del Toro, com quem Anderson desejava trabalhar há muito tempo, a atriz francesa Léa Seydoux e o ator Timothée Chalamet, que descreve a experiência de fazer parte de um dos filmes do diretor: “É uma máquina muito bem azeitada. Nada é desperdiçado, cada parafuso e cada fio funcionam, e todos trabalham juntos, desde (o operador de Steadycam) Sanjay e o (diretor de fotografia) Bob Yeoman até (a figurinista) Milena e Adam Stockhausen e suas equipes. E, claro, Wes, que é sempre inspirador – e um pouco intimidante, seu papel de capitão, porque tem uma atmosfera circense de comunidade boêmia, mas absolutamente tudo funciona como um relógio – todos estão unidos por trás da visão de Wes. E todos contribuem para que isso ganhe vida”.


Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em 
Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link.



.: Dulce María é a fera por trás da leoa do reality "The Masked Singer México"


A mexicana rebelde alcançou trends de cinco países e global, em todas as apresentações.

É ela! Desde a primeira apresentação da personagem “Leona”, leoa em português, no programa "The Masked Singer México", que o público aposta no nome da cantora Dulce María como a artista por trás da máscara e, no último domingo ela finalmente foi revelada. 

Com apresentações impecáveis dos grandes hits “Si Te Vas” da Shakira, “No Querías Lastimarme” da Gloria Trevi, e os sucessos “Tiempos Mejores” da mexicana Yuri e “No Soy Una Señora” da mexicana Maria José, Dulce María se destacou no programa sendo um dos nomes mais comentados nas redes sociais em todos os episódios em que apareceu, na primeira apresentação se manteve nos Trends Topics do Twitter por 36 horas seguidas, alcançou os Trends de mais de cinco países, além de ser Trend Global.

“Sim sou eu! A todos que sabiam e aos que não sabiam, sim sou eu. Agradeço muito por todo o apoio e mensagens! Vocês podem não acreditar mas essa máscara de leoa pesa muito. Muito obrigada!”, confessou Dulce María. Dona de uma voz inconfundível e de anos de experiência no palco, ela se jogou no reality musical do momento e proporcionou aos fãs e espectadores um verdadeiro show de carisma, humildade, simpatia e talento.

.: "Medea" estreia versão moderna e revolucionária no Sesc Pompeia


Estreia de "Medea", com direção de Zé Henrique de Paula e montagem da Cia do Sopro. Será neste final de semana: sexta e sábado, às 21h, e domingo, às 18h, no Teatro do Sesc Pompeia. Texto de Mike Bartlett, uma versão inglesa e contemporânea para o clássico de "Eurípedes". A peça faz reflexões acerca da condição da mulher nos dias de hoje. Foto: Murilo Alvesso

Formada por Fani Feldman, Rui Ricardo Diaz, Plínio Meirelles, Osvaldo Gazotti e Antonio Januzelli a Cia. do Sopro, que tem em sua trajetória os espetáculos "A Hora e Vez" e "Como Todos os Atos Humanos", convida Zé Henrique de Paula e um time de artistas, para levar à cena "Medea" do dramaturgo inglês Mike Bartlett (mesmo autor de “Love, Love, Love”, “Contractions” e “Bull”). O referido autor é um dos mais ousados dramaturgos da geração emergente da Europa, e a versão desse clássico grego, suscita reflexões acerca da condição da mulher nos dias de hoje. 

Com tradução de Diego Teza, a peça tem no elenco Fani Feldman (Medea), Daniel Infantini (Jasão), Juliana Sanches (Pam), Maristela Chelala (Sarah), Plínio Meirelles (Andrew) e Bruno Feldman (Nick Carter). "Medea" estreia presencialmente no Teatro do Sesc Pompeia na próxima sexta-feira, dia 26 de novembro, às 21h, para somente três apresentações presenciais e segue para temporada online de 29 de novembro a 7 de dezembro. 

Ao adaptar este clássico grego, Mike Bartlett transporta o território e a realidade originais da Grécia antiga a um terreno suburbano localizado em um conjunto habitacional, análogo aos bairros que bordejam as áreas centrais de cidades grandes ao redor do mundo. E o faz não por mera similaridade, nem tampouco para assegurar a fruição do espectador com artifícios referenciais deste tempo, mas para tratar de matérias próprias da contemporaneidade, sem que, por conta disso, perca de vista o alicerce mitológico que respalda sua obra. 

Bartlett reloca o mito ao presente e se desvia do tecido dramático original, revelando, desse modo, particularidades imprevistas, rumores inéditos e problemáticas exclusivas do modus operandi deste nosso tempo. Revisita a fábula, os arquétipos e suas potências e os recondiciona num jogo disposto em um tabuleiro não mais coletivizado, como é próprio da Grécia antiga. As condições agora estão circunscritas pela lógica particular, individualista e degradante, capaz de tornar ainda mais complexo o emaranhado de vetores que fabricam a tragédia de Medea.

“Em tempos tão alarmantes e retrógrados como os que estamos vivendo, nos quais as chagas sociais pululam a olhos vistos, não há dúvida de que a tragédia grega está absolutamente presente na sociedade moderna assim como esteve na Grécia antiga, mas, para além da manutenção das linhas de força que conduzem o mito, na obra composta por Bartlett há evidências contemporâneas prementes que necessariamente estão consideradas nesta empreitada”, conta Fani Feldman, atriz do espetáculo. 

“O estado geral desta Medea agrega condições análogas às de eventos, cotidianamente assistidos por muitos de nós, que tendem a terminar de modo trágico. São pungentes, nesse caso ainda mais, por não ocorrerem num palácio real com uma visão panorâmica da paisagem circundante, mas dentro dos limites de um ambiente suburbano, cotidiano e coalhado de tensões subjacentes e normatizadas”, afirma a atriz. “A mulher de nosso tempo é atuante nas diversas esferas da realidade, mas tem seu espaço ainda subjugado pelas forças contrárias à emancipação efetiva de seus direitos e lugar de fala. É por esta vereda e seus meandros que a Cia do Sopro investiu seu intento e elegeu esta Medea, como uma potência radical capaz de refletir sobre o estado de coisas da condição atual da mulher”, conclui. 


Sobre a direção
“Um clássico é aquele tipo de obra que nunca para de dizer o que tem para dizer, que se ressignifica o tempo todo, que serve à sociedade de quando foi escrito e, ao mesmo tempo, ao nosso ‘zeitgeist’. 'Medeia' é um dos grandes clássicos do teatro grego. A protagonista acuada, traída, vilipendiada, eviscerada por uma sociedade alicerçada pelo machismo estrutural fala integralmente aos dias de hoje. E infelizmente, fala demais ao Brasil de 2021, um país aterrorizado permanentemente por notícias diárias de abuso e feminicídio”, conta o diretor Zé Henrique de Paula. “Dirigir essa peça sendo um homem é exercitar a humildade e servir meramente de canal para que a voz - no nosso caso, o grito - das mulheres seja ouvido. Ouvido de verdade, o que significa permitir que esse grito, esse lamento, esse coro, sejam ferramentas de modificação de uma tremendamente injusta situação social”, finaliza. 

Grande parte do trabalho recente de Bartlett está situado em um futuro distópico próximo. Recorrer à Grécia clássica para se inspirar é ponto de partida inusitado, mas não menos coeso com sua abordagem acerca do homem contemporâneo, tratado sem condescendência, por seus atos mordazes, ambivalentes, nem sempre justificáveis, tal como se afigura o sujeito da época em que vivemos. Não é à toa que o dramaturgo vai beber na fonte de Eurípides que, segundo ele, escreveu sobre as pessoas como elas são - não sobre reis idealizados, rainhas e deuses, seus personagens foram os primeiros a não culpar os deuses por seus infortúnios; em vez disso, eles são responsabilizados por suas ações. 

No último espetáculo da Cia do Sopro, “Como Todos os Atos Humanos”, numa alusão inversa a Electra, a Cia. levou à cena uma narrativa tétrica na qual uma filha, obcecada por seu pai e por ele subjugada, ao contrário do que dita sua paixão e admiração, o extermina furando seus olhos com um estilete. Depois deste “parricídio ocular”, que simbolicamente termina por incidir no aniquilamento arquetípico do patriarcado e de toda a vigília que a redoma masculina exerce sobre a mulher, torna-se, agora conexa a escolha por esta Medea, um poderoso emblema de todas as mulheres juguladas pela falocracia.

Seu filho com Jasão é utilizado como barganha recorrentemente e acaba sacrificado por vingança. Bartlett desvela ainda as engrenagens do universo masculino, mostra como os homens são claramente incapazes de negar sua luxúria sexual, mesmo quando confrontados pelo ódio proclamado de mulheres extenuadas pela violência diária, como faz Medea ao expor, não sem altiva ironia, suas chagas diante de Jasão: "Eu divido os homens em três grupos: idiotas, tios e estupradores. Os idiotas precisam de uma mãe, os tios nos tratam como crianças e os estupradores querem nos foder, gostemos ou não".


Sinopse do espetáculo
Medea está em depressão, o marido Jasão a deixou por outra mulher mais jovem, seu filho, Tom, perdeu a fala. O desamparo dá a ela um ar que mistura poder e impotência. Suas atitudes inspiram empatia e repulsa, ambivalência que se reflete na vida real: ela se vinga da nova esposa de Jasão e mata seu próprio filho. Incapaz de reaver o homem que ama, ela destrói tudo o que é remotamente querido para ele, e faz isso sem se importar, tomada por uma fúria nitidamente alocada neste tempo no qual a violência é vestida por sentidos polivalentes e, no mais das vezes, empenhada com a frieza da apatia.


Sobre a Cia. do Sopro
A Cia. do Sopro estreou com o espetáculo “A Hora e Vez”, a partir de "A Hora e Vez de Augusto Matraga", de Guimarães Rosa, com direção de Antonio Januzelli e atuação de Rui Ricardo Diaz. O espetáculo teve sua estreia em 2014 no projeto Teatro Mínimo no SESC Ipiranga-SP. Em seguida, em 2015 e 2016 o espetáculo realizou duas novas temporadas em São Paulo. Em 2017 integrou a Mostra “Solos e Monólogos no CCBB” entre outras realizações.

O segundo trabalho da Cia. do Sopro, “Como Todos os Atos Humanos”, fez sua estreia em agosto de 2016 no Teatro do Núcleo Experimental, permanecendo em cartaz por três meses na cidade de São Paulo. Em 2018 abriu a Mostra Solos Monólogos no CCBB, e esteve em diversos lugares como Itaú Cultural na Av. Paulista, Sesc São José dos Campos entre outros.

Entre março e abril de 2020 os dois trabalhos entraram em cartaz no Teatro Poeira, no Rio de Janeiro, ambas as peças tiveram sucesso de público e crítica, além de sessões esgotadas, mas infelizmente tiveram suas temporadas interrompidas pela pandemia. Em maio o solo “Como Todos os Atos Humanos”, retornaria a São Paulo para mais uma temporada, na Oficina Cultural Oswald de Andrade, mas dadas as circunstâncias pandêmicas, a Cia. transformou o espetáculo em uma peça/filme (nome adotado para a versão online da peça) para sua veiculação. 


Ficha técnica
"Medea"
Texto:
Mike Bartlett
Tradução: Diego Teza
Idealização: Fani Feldman e Cia. do Sopro
Direção: Zé Henrique de Paula
Fani Feldman (Medea), Daniel Infantini (Jasão), Juliana Sanches (Pam), Maristela Chelala (Sarah), Plínio Meirelles (Andrew) Bruno Feldman (Nick Carter) e David Uander (TOM)
Preparação: Inês Aranha
Trilha original: Fernanda Maia
Assistência de direção: Marcella Piccin
Iluminação: Fran Barros
Cenário: Bruno Anselmo
Figurino e visagismo: Daniel Infantini
Direção de vídeo, montagem e fotografia: Murilo Alvesso
Direção audiovisual: Murilo Alvesso | Câmeras: Murilo Alvesso, Jorge Yuri e Ju Lima | Som direto: Tomás Franco | Assistênica de câmera e grafismos: João Marcello Costa | Produção audiovisual: Assum Filmes
Concepção do projeto: Fani Feldman e Bruno Feldman
Produção: Quincas e Cia. do Sopro
Direção de produção: Fani Feldman e Rui Ricardo Diaz
Assistente de produção: Laura Sciulli
Realização: ProAc | Quincas I Cia. do Sopro
Assessoria de imprensa: Pombo Correio
Agradecimentos e apoios: Teatro do Núcleo Experimental, Teatro Santa Cruz/ Raul Teixeira, teatro FAAP/ Cláudia Hamra, Cláudia Miranda,Tati Marinho/ Casa dos Achados - Brechó, Refúgios Urbanos/ Bárbara Tegone, Una Muniz Viegas/ Cristiane Viegas, Jairo Leme, Marina Feldman, e Ariel Moshe.
Cia. do Sopro: Fani Feldman, Rui Ricardo Diaz, Plínio Meirelles, Osvaldo Gazotti e Antonio Januzelli.


Serviço:

"Medea"
Presencial: estreia 26 de novembro
Sesc Pompeia
26, 27 e 28 de novembro. (Sexta e Sábado 21h00 e domingo 18h00)
Rua Clélia, 93 – Pompéia, São Paulo – SP. 

Temporada online: dia 29 de novembro a 7 de dezembro, com sessões diárias, sempre às 21h (ingressos pelo Sympla). Haverá bate-papo após as transmissões, nos dias 29 de novembro e 7 de dezembro. O link do Zoom estará disponível para acesso no Canal da Cia. do Sopro no YouTube. 

.: Grátis: Susana Vieira faz apresentação on-line de "Uma Shirley Qualquer"


Com versão brasileira de Miguel Falabella, peça celebra os 60 anos de carreira da atriz. No formato on-line e ao vivo, apresentação será gratuita, no dia 2 de dezembro, às 20h30, nos Canais YouTube do Sesc em Minas, Teatro Claro Rio e Pólobh Produtora e pelo Canal 500 da Claro TV. Fotos: Roberto Filho

Sucesso de público, com mais de três mil espectadores em apenas quatro semanas atualmente em cartaz no Rio de Janeiro, a peça “Uma Shirley Qualquer”, com Susana Vieira, encerra a temporada 2021 do projeto Palco Instituto Unimed-BH em Casa, com única apresentação on-line e gratuita. O êxito do espetáculo confirma a atualidade do texto escrito em 1986, com versão nacional de Miguel Falabella e direção de Tadeu Aguiar, para celebrar os 60 anos de carreira da atriz, uma das mais importantes da dramaturgia brasileira. Apresentação será on-line e ao vivo, na quinta-feira, dia 2 de dezembro, às 20h30, nos canais YouTube do Sesc em Minas, Teatro Claro Rio e Pólobh Produtora e pelo Canal 500 da Claro TV.

A montagem é uma nova leitura para o clássico "Shirley Valentine", de Willy Russel, que já teve encenações premiadas no Brasil e um filme de sucesso. Susana fez uma breve turnê nacional em 2016, chegando a São Paulo em 2017, com direção do próprio Miguel Falabella. Tadeu Aguiar assina a nova encenação, que teve estreia em outubro no Jockey Club, no Rio de Janeiro. Depois da temporada inicial, o espetáculo seguirá para Portugal, em fevereiro de 2022. 

O espetáculo conquista plateias do mundo inteiro desde sua primeira versão, em 1986, quando estreou em Londres, tendo sido agraciado com o prêmio Laurence Olivier Awards de melhor comédia e de melhor atriz (Pauline Collins). Em 1989, entrou em cartaz na Broadway e Pauline Collins levou para casa o Tony Award. No mesmo ano, estreou a versão cinematográfica, também com Pauline Collins, indicada ao Oscar e ao Globo de Ouro e vencedora do British Academy Film Award.

Casada, mãe de dois filhos, Shirley Valentim convive com o pior tipo de solidão: aquela que se sente mesmo estando acompanhado. Atire a primeira pedra quem nunca conversou com as paredes em uma situação como essas! Elas podem não ser as companheiras mais eloquentes, mas ao menos sabem ouvir, qualidade cada vez mais rara. Que o diga Shirley! É com elas que a protagonista divide suas angústias, relembra as situações inusitadas - e mesmo engraçadas - que marcam sua trajetória e busca entender para onde foram os seus sonhos.

A peça traz essa protagonista solitária que decide conhecer a Grécia, ao lado de sua melhor amiga Wanda, sem a família, nem mesmo Joel, o marido controlador. Shirley decide embarcar nessa viagem – uma divertida jornada ao encontro do seu verdadeiro eu. Shirley está cansada da indiferença do marido, cuja principal preocupação é saber se terá carne no jantar. Os filhos, Milandra e Jorge, cresceram e só lembram da mãe na hora dos problemas. Com o passar dos anos, no lugar da mulher cheia de anseios e vontade de viver, só resta aquela que se deixa levar por situações comuns do dia a dia, que nem de longe se parece com a figura que protagoniza as boas memórias que tem da juventude.

Quando Shirley Valentim transformou-se em uma Shirley qualquer?  Atrás dessa resposta, ela cria coragem e embarca com destino à Grécia escondida de Joel. É um voo rumo à liberdade, à possibilidade de reencontro com a menina sonhadora e cheia de vida que Shirley foi um dia.

A protagonista fala do ser humano, daquele instante em que se percebe que o tempo passou e a vida ficou parada em alguma esquina. Mostra que nunca é tarde para recomeçar e tomar um bom vinho branco para encarar os fatos com leveza e bom humor, até quando tudo parece estar dando errado. Os dilemas de Shirley são tão dela quanto nossos e podem fazer parte da rotina de qualquer espectador.

O encontro de Susana e Shirley
Susana Vieira
apaixonou-se pela peça à primeira leitura. “Quando Miguel me entregou o texto, fiquei encantada, fascinada pelo humor da personagem, pela força e coragem que ela tem de ir atrás da felicidade. Shirley vai à luta. Todas nós mulheres temos várias coisas dela, por mais diferentes que possamos ser”, conta. A atriz ressalta que, apesar da dureza da vida, Shirley jamais perde o bom humor. E, se as paredes são a companhia da personagem, Susana tem a plateia como confidente: “É um monólogo, mas não me vejo sozinha em cena. Somos o público e eu”, celebra.

O texto passeia pela comédia com muita sutileza, gerando uma identificação imediata do público. A versão de Miguel Falabella, assim como o original de Willy Russel, traz um olhar afetivo sobre o ser humano e as relações familiares. Com uma abordagem longe de estereótipos e personagens cheios de verdade e sede de vida, o espectador é levado da gargalhada ao nó no peito em segundos. “O humor é a forma mais verdadeira e humana de chegar ao coração das pessoas”, exalta Falabella.

A parceria entre Susana e Miguel tem uma longa história e rendeu um dos maiores sucessos do teatro brasileiro: a peça "A Partilha" (1990), que gerou a bem-sucedida continuação "A Vida Passa" (2000). “Eu e Susana tivemos um encontro de vida e estamos sempre juntos, é uma festa”, vibra Falabella. A recíproca é verdadeira e a atriz garante que trabalhar com o autor e diretor mudou sua carreira. “A minha vida artística se divide entre antes e depois do Miguel. Tenho uma carreira muito feliz, mas a ‘A Partilha’ nos uniu para sempre. É um prazer imenso, porque ele é um grande autor. E, como somos dois comediantes, damos risada de tudo o tempo todo. Temos o mesmo tempo de comédia. Somos amigos para sempre”, festeja Susana.


Ficha Técnica
"Uma Shirley Qualquer"
Versão Brasileira:
Miguel Falabella | Direção: Tadeu Aguiar
Figurino: Karla Vivian | Trilha sonora: Sérvulo Augusto
Cenografia: Natália Lana | Designer de luz: Daniela Sanchez
Programação visual: Letícia Andrade | Produtor executivo: Edgard Jordão
Realização: Pólobh e Jordão Produções
Classificação: 14 anos | Duração: 80 minutos. 


segunda-feira, 22 de novembro de 2021

.: Crônica sobre o musical "Charlie e a Fantástica Fábrica de Chocolate"


Por: Mary Ellen Farias dos Santos 

Em novembro de 2021


Sábado tive o prazer de adentrar num mundo mágico. Pude me deliciar com o musical "Charlie e a Fantástica Fábrica de Chocolate", baseado na obra de Roald Dahl, um dos mais importantes escritores do mundo. O espetáculo da Atelier de Cultura é puro deleite e que, com carinho, leva o público para um universo de imaginação, assim que se passa da porta para dentro do Teatro Renault, em São Paulo.

No hall de entrada, espaços para fotos com personagens, bilhetes dourados para registrar cliques e alguns até no chão afixados, além de faixas com os atores devidamente paramentados. Não bastasse, há também uma lojinha com itens exclusivos e oficiais do espetáculo, além de uma mini fábrica de chocolate em que Willy Wonka aguarda por você para registrar um clique e lhe presentear com... Claro! Chocolate. Moedas grandes de R$ 1,00!!

Dentro, o teatro que oferece excelentes acomodações, apresenta no palco uma linda moldura com um gigante "W" no topo, completo com engrenagens e, ao centro, o tão cobiçado bilhete dourado. Quando o espetáculo começa, é fácil embarcar na história de Charlie para conseguir entrar na fábrica do senhor Wonka, ao lado do sonhador vovô Joe (Rodrigo Miallaret). 


Tudo no palco é muito enriquecedor, sempre permitindo que a história flua e envolva o público de 0 a 100 anos. O elenco, visivelmente, muito bem selecionado, com entrosamento perfeito, inclui os atores mirins a grandes nomes do teatro musical como o de Sara Sarres e Cleto Baccic. 

É lindo de se ver a explosão de cores nos cenários e figurinos, além dos efeitos que acontecem diante dos olhos de todos. Seja quando Violet vai inflando tal qual uma goma de mascar ou na cena mágica de Wonka e Charlie flutuando pelo palco num elevador transparente, num cenário estrelado

Em tempo, ver os Oompa Loompas dançando é de encher o coração de alegria de tão especial que é. Embora executem coreografias, por conta do tamanho das figuras, o fofurômetro chega no nível máximo. Uma mexedinha nas mãos de um ou nos pés de outro, já tornam a cena encantadora. 

Ter a oportunidade de vivenciar algo tão lindo é um presente que só pode acontecer até o dia 19 de dezembro, quando a temporada acaba. Eu aconselho: garanta seu ingresso!


* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do www.photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm





.: Edição especial "Rua do Medo" chega com três livros arrepiantes


Não leia à noite!!! Edição especial em capa dura e com fitilho, reunindo três das histórias mais aterrorizantes da série que inspirou os filmes de sucesso da Netflix. Festa de Halloween. O convite chegou em um envelope com uma tarja...

Uma edição especial em capa dura e com fitilho do livro "Rua do Medo", reunindo três das histórias mais aterrorizantes da série de R.L. Stine que inspirou os filmes de sucesso da Netflix. Confira as três histórias.

"Festa de Halloween"
O convite chegou em um envelope com uma tarja preta. Dentro, havia um cartão com o desenho de um caixão funerário, onde estava escrito: “Reservado para você.” Era perfeito para uma festa de Halloween na "Rua do Medo". Mas Terry e a namorada, Niki, não sabiam por que tinham sido convidados. Afinal, mal conheciam a bela e misteriosa Justine Cameron, a anfitriã. No auge da animação, as luzes se apagam. Nada a estranhar em se tratando de uma festa de Halloween. Mas, quando a energia volta, lá está aquele garoto, com uma faca enterrada nas costas. Seria apenas uma brincadeira de Halloween?

"Paixão Mortal"
Ela é pálida como um fantasma, loura e estranhamente bela. Cory Brooks não consegue tirar Anna Corwin da cabeça. E o problema está só começando. Por causa da misteriosa menina, o astro da ginástica olímpica do colégio Shadyside vem agindo de maneira estranha. Todos notam, mas só Lisa, amiga de Cory, sabe a verdade: Anna Corwin mora na Rua do Medo, mas está morta. Cory precisa ter coragem de explorar a escuridão para descobrir a verdade. E até já recebeu um aviso ameaçador: se for à Rua do Medo, vai morrer.


"Fim de Semana Alucinante"
“Não vai acontecer nada demais”, Della O’Connor garantiu aos amigos do Clube de Campo sobre a viagem para a ilha. Se pudessem ir sozinhos, melhor ainda. Mas quando Della se perde no bosque e um estranho homem surge, levando-a a cometer um ato violento, a viagem perde a graça. Todos viram prisioneiros do silêncio, tentando esconder a verdade. Mas alguém viu o que Della fez. E agora essa pessoa os ameaça, obrigando-os a voltar à ilha para encontrar aquilo que esqueceram de enterrar... Você pode comprar o livro neste link.


Livro: "Rua do Medo - Edição Especial"
Editora: Rocco
Autor: R.L. Stine
Páginas: 448
Edição: 1ª edição
Capa: brochura
Lançamento: 2021



.: Paula Febbe lança o livro "Vantagens que Encontrei na Morte do Meu Pai"



"Vantagens que Encontrei na Morte do Meu Pai" é um lançamento que vai mergulhar dentro da mente de uma mulher após o choque da perda do pai ausente e abusivo. Novo livro da autora e roteirista Paula Febbe, lançado pela Darkside Books, mostra como Débora, a narradora do romance, acaba por nutrir e perpetuar os abusos cotidianos sofridos. 

Desamparo paterno, traumas e hiatos. Cortes e marcas que os homens imprimem quando invisibilizam a existência feminina. Se um pai já se foi, como uma cicatriz pode ainda doer tanto? Será mesmo o fim da história? Onde mora esse luto que não aconteceu como deveria ter sido? Onde reside o alívio que nunca a abraçou? 

Débora trabalha como enfermeira, mas os pacientes que passam pelos seus cuidados estão destinados a permanecer bem longe da cura desejada. Como curar o outro quando o maior desejo não é a cura? “A verdade é que certas doenças trazem a paciência que algumas pessoas sempre deveriam ter tido”, pensa Débora cada vez que a porta se abre trazendo um novo rosto. 

A mentira vive quando a verdade parece insuportável. Os abusos provocam distorções e cuidar também pode significar matar. Mata-se a dor, o abuso e o desejo, mata-se a vida ainda não concebida e a possibilidade de vermos tudo por outro ângulo. Mata-se a saudade de um pai que nunca esteve lá, a saudade de um pai que nunca existiu.

Na narrativa de "Vantagens que Encontrei na Morte do Meu Pai", surge um espelho, uma face mais perversa. Com uma voz única, repleta de verdade e experiência, a escritora Paula Febbe produz uma literatura cruel e ao mesmo tempo necessária, pois todos os indivíduos são as marcas, os delírios e os desejos mais perversos dos pais. A autora também é roteirista premiada e colaborou com diretores como Fernando Sanches e Heitor Dhalia.

Ao longo de nove anos, a DarkSide Books cultivou muitos talentos brasileiros e agora se prepara para levar ao público novas obras viscerais. Você pode comprar o livro neste link.

Sobre a autora
Paula Febbe estudou roteiro no Goldcrest ProductionTheater, em Nova Iorque, e psicanálise no Centro de Estudos Psicanalíticos (CEP), em São Paulo. Sua escrita brutal e única explora as perversões e psicoses da consciência humana, em narrativas expositivas que levam seu fiel público a imergir nas mentes patológicas das personagens. 

A escritora recebeu diversos prêmios com o filme “5 Estrelas”, que coescreveu com o diretor Fernando Sanches. Finalista no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro 2021, o filme fez parte da seleção oficial do festival LABRFF, de Los Angeles e do Festival FANTASPOA, em 2020.

Ao lado do diretor Heitor Dhalia, a autora roteirizou a obra “Fetiche”, inspirada em livro de sua autoria. A parceria promete ser duradoura, uma vez que os direitos audiovisuais de seu novo livro, "Vantagens que Encontrei na Morte do Meu Pai", foram adquiridos pela Paranoid Films, produtora do diretor.


O que disseram sobre o livro
“Paula Febbe não tira o fôlego do leitor, ela o asfixia, com as duas mãos. Com suas frases pulsantes, elipses narrativas surpreendentes e imagens impossíveis, Febbe nos joga em mundos nunca antes percorridos, onde cruzamos com personagens desafiadores, estranhos e complexos. Nada é fácil ou dado de mão beijada ao leitor. A literatura dessa autora tem a precisão de um punhal e o alvo é o meio do seu coração, caro leitor. Como diria Dante na porta do inferno: “Deixai toda esperança, vós que entrais!” – Heitor Dhalia, cineasta.



Livro: "Vantagens que Encontrei na Morte do Meu Pai"
Autora: Paula Febbe
Editora: DarkSide Books
Edição: 1ª
Especificações: 224 páginas, 16 x 23 cm, capa dura



.: Em "Diário de Um Banana: Bola Fora", Greg Heffley enfrenta os esportes

Os fãs de Greg Heffley, ansiosos pela animação do personagem que estreia na Disney em dezembro deste ano, podem comemorar a chegada do livro "Diário de Um Banana: Bola Fora" no Brasil. A 16ª edição da coleção conversa com o jovem leitor apaixonado pela prática dos esportes e também com aquele que foge antes mesmo de ver uma bola.

No novo enredo publicado pela VR Editora, o autor Jeff Kinney desafia o personagem a enfrentar os esportes. Depois de uma competição desastrosa na escola, Greg acredita que encerrou a carreira de atleta. Incentivado pela mãe, ele concorda em participar dos testes de seleção para um time de basquete e consegue uma vaga na pior equipe.

Recheada de quadrinhos, diálogos afiados e  humor, marca registrada de toda a série, a história direciona o lance decisivo de uma partida nas mãos de Greg. Acertar ou desperdiçar a bola do jogo, na verdade, não é o que importa realmente: o recado que fica para os jovens leitores é sobre se esforçar ao máximo e continuar sempre.

A série "Diário de Um Banana", lançada em 2007, já foi traduzida para 62 línguas em 74 territórios. Só no Brasil vendeu 12,5 milhões de cópias e conquistou leitores fiéis que, mesmo depois de ultrapassarem a faixa etária alvo dos livros, continuaram a acompanhar com carinho as histórias e experiências de Greg e seus amigos. Você pode comprar o livro neste link.



Sobre o autor
Jeff Kinney é um dos mais importantes autores da literatura infantojuvenil mundial contemporânea. A série "Diário de Um Banana", lançada em 2007, já foi traduzida para 62 línguas e está em 74 territórios. Desde o primeiro volume, suas obras constam entre as mais vendidas do jornal The New York Times. Já figurou na lista de personalidades mais importantes da revista norte-americana Times. Kinney é proprietário da livraria independente An Unlikely story. Vive em Massachusetts com a companheira e dois filhos. 

Trecho do livro
"Ouvi dizer que atletas nascem com genes especiais e que, por isso, são bons nos esportes. Bom, sejam quais forem esses genes, acho que nasci SEM eles.

Mamãe vive dizendo que todo mundo que faz parte de um time tem um papel importante a cumprir. Mas pelo visto minha função é fazer os OUTROS parecerem bons". ("Diário de um Banana: Bola Fora", página 1)


Livro: Diário de um Banana: Bola Fora
Autor: Jeff Kinney
Editora: VR Editora
ISBN: 978-65-86070-62-0
Páginas: 224
Formato: 14 x 21 cm



.: O mundo é uma fábrica de pessoas ridículas (e eu posso provar porquê)


Por 
Helder Moraes Miranda, editor do Resenhando. 

As pessoas estão ridículas. Ri-dí-cu-las, e eu posso provar. Outro dia, estava no banco para receber meu salário. Quase em frente ao caixa eletrônico, enquanto um homem, que não estava na fila, fazia alguma coisa.

Quando a pessoa que estava na minha frente desocupou o caixa, a criança se planta na minha frente por uns bons cinco segundos, tempo suficiente de o homem, que estava na minha frente, mas não na fila e sim na lateral do caixa  (fazendo alguma coisa) entrou na minha frente com seu corpo de triângulo e sua perna de saracura.

Não havia ninguém atrás de mim. Ele bem que poderia esperar, mas por algum motivo ridículo como ele, sentiu-se no direito de me ultrapassar e, de certo, orientou o menininho que se plantou na minha frente para fazer aquele papelão. Um ridículo em miniatura. 

Como se não bastasse, o ridículo com pernas de saracura tinha uns dez papéis de depósito. Sacava, colocava no envelope e escrevia coisas com uma letra que, imagino eu, eram garranchos ridículos. Tudo para não deixar o próximo, que coincidentemente era eu, mas poderia ser qualquer pessoa, não passar na sua frente.

Afinal, na cabeça pequena e de maus-modos dele, era a sua vez e os outros que esperassem. As pessoas andam ridiculamente territorialistas. E idiotas... e meio abobalhadas na ânsia de preencher um espaço que consideram ser delas mas que, invariavelmente, acabam invadindo o dos outros. Eu só queria fazer um saque e liberaria o caixa eletrônico para ele continuar com suas ridicularidades da maneira que lhe apetecesse. 

No segundo envelopinho em que ele fazia o ritual saque-envelope-caneta, eu desisti, enfrentei outra fila e saí antes do coitado que se dispôs a esperar as peripécias do triângulo vivo que, ainda por cima, ostentava uma autoestima tão ridícula quanto tudo o que ele representava. Essa parte eu não sei, ridículo fazer juízo de valor dos outros, mas quando se está com raiva abre-se a brecha para uma trincheira de pensamentos, digamos... ridículos. 

O ridículo está em tudo. Na mulher que invade a selfie dos outros porque os filhos pequenos são ensinados a não respeitar o espaço dos outros porque desde cedo são intolerantes à espera justa. Aquela em que não se "furou a fila" de ninguém. Está no hit "Shallow", da Lady Gaga, em versão forró. Está em mim batendo a cabeça quase sempre no teto da garagem do prédio em que moro porque ele foi construído em uma época em que a estatura do brasileiro era menor. Está naquele que chora na chuva porque é um lugar seguro para as lágrimas não aparecerem, ou naquele que abafa as lágrimas no travesseiro quando sente saudade de alguém. 

E você ainda se pergunta o porquê de eu não ter reclamado nada para o cara na minha frente no caixa eletrônico, ou para a mulher que ficava incentivando um projeto de gente ridícula a invadir uma foto...

Porque tempos atrás eu xinguei um homem que furou fila no mesmo banco, e não tenho orgulho disso porque não sei xingar ninguém. Era um senhor metido a "novinho" que furou fila e as pessoas reclamaram. Por algum motivo ridículo ele pensou que era eu quem estava reclamando. 

Nunca seria, porque fui ensinado a nunca retrucar com mais velhos, por mais que eu esteja com a razão. Ele me chamou de idiota e, naquele dia, eu coloquei o dedo na ferida do calcanhar de Aquiles dele e o chamei de "seu velho babaca" em alto e bom som. Ele paralisou e saber que ofendi alguém não me fez bem. Mesmo depois de minha irmã dizer que "babaca" não era xingamento e que eu não sabia ofender as pessoas. Talvez para aquele senhor tenha doído mais pelo "velho", mas considero "babaca" bem ofensivo. E quando você fala o quanto alguém está sendo "desagradável". Basta usar essa palavra e você neutraliza a pessoa, que fica bem sem graça. Afinal, ninguém quer ser desagradável. 

Também não falei nada porque tenho escolhido bem minhas guerras para não me desgastar sobre o que não vale a pena. Xingar mentalmente é falsidade ou uma maneira civilizada de estabelecer uma convivência cordial? Não sei, mas tenho certeza de que quando me deparo com esses tipinhos, eu me vingo nas crônicas...


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