quarta-feira, 10 de novembro de 2021

.: Exposição "Tudo de Novo Vira Começo" aborda o centro de São Paulo

Edifício Vera, tradicionalmente comercial, se transforma em espaço voltado para a arte contemporânea e recebe obras sobre o cotidiano e aspectos históricos da região central da capital paulista. Foto: Mariana Ferrero


Até 18 de dezembro, o primeiro andar do Edifício Vera, localizado no centro da cidade de São Paulo, recebe uma exposição de artes pela primeira vez e após passar por uma restauração. “Tudo de Novo Vira Começo”, com curadoria de Carolina Mikoszewski, coordenação de Cynthia Loeb e participação de 13 artistas, é resultado de uma residência artística que teve início de forma virtual, em função das restrições impostas pela pandemia, e que, com a liberação gradual das atividades presenciais, passou a ser feita nos ateliês que agora fazem parte do centro histórico.

A partir de diferentes linguagens, como pinturas, esculturas, fotografias e instalações, os artistas abordam a memória do centro de São Paulo a partir da observação artística do passado e do presente da região. “A residência começou em um momento em que a cidade estava vazia e o centro desocupado. Esse contexto foi mudando com o passar do tempo e os artistas tiveram a oportunidade de fazer uma leitura poética do que existe no centro de São Paulo com ou sem restrições. Quem visitar a exposição vai encontrar obras que trazem a realidade cotidiana e também alguns aspectos históricos desse local, que é tão importante para a cidade”, conta a curadora.

A exposição “Tudo de Novo Vira Começo” será realizada no espaço expositivo, que fica no primeiro andar do Edifício Vera e traz obras de Adriana Amaral, Carolina Colichio, Carolina Mikoszewski, Cynthia Loeb, Élcio Miazaki, Gustavo Prata, Lilian Villanova, Luana Lins, Mariana Ferrero, Miriam Bratfisch Santiago, Roberta Cardoso, Sheila Kracochansky e Yohana Oizumi. A coordenadora da exposição explica que “O Edifício Vera é tradicionalmente conhecido por ser um prédio comercial, que sempre abrigou muitos escritórios, mas que agora está se transformando em um espaço dedicado a artistas, um ponto de concentração de ateliês e um abrigo para as mais diversas artes, não apenas as visuais. Esta é a primeira de uma série de exposições que faremos nesse novo ambiente artístico”.

A visitação, gratuita, pode ser feita de segunda a sábado, das 11h às 17h, mas é necessário fazer agendamento prévio via WhatsApp ou Instagram para visitar a exposição nos dias úteis – aos sábados, não é necessário agendar. O espaço segue as recomendações das autoridades de saúde e a máscara é um acessório obrigatório. A exposição também pode ser visitada de forma virtual, por meio de um tour 3D, também gratuito.

Sobre o Edifício Vera: Construído em meados de 1950, o Edifício Vera está localizado no centro de São Paulo, em frente ao Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) e próximo a locais como Teatro Municipal, Museu da Cidade, Farol Santander, Praça das Artes e Estúdio Lâmina. Tradicionalmente, a região sempre concentrou escritórios e instituições financeiras, mas com a reconfiguração da cidade, as construções passaram a receber outras atividades. Após ter alguns ambientes restaurados, além de abrigar escritórios, o Edifício Vera passa a ser um espaço artístico e cultural, que conta com biblioteca, ateliês e uma sala de exposições. Com foco em diferentes linguagens, o Vera abre espaço para a arte contemporânea produzida em programas de residência e por artistas que se interessam em pensar sobre a cidade e a região, que vem ganhando reconhecimento por ser um polo nacional dedicado às artes. Instagram @edificiovera

Serviço

Exposição “Tudo de Novo Vira Começo”

Curadoria: Carolina Mikoszewski

Coordenação: Cynthia Loeb

Local: Edifício Vera – 1º andar – Rua Álvares Penteado, 87 – Centro, São Paulo/SP

Data: até 18 de dezembro de 2021

Horário: Presencial - de segunda a sexta das 11h às 17h (mediante agendamento) e sábado das 11h às 17h

Agendamento e mais informações: DM @edificiovera ou WhatsApp (11) 99902-4477

Entrada gratuita












Edifício Vera, tradicionalmente comercial, se transforma em espaço voltado para a arte contemporânea e recebe obras sobre o cotidiano e aspectos históricos da região central da capital paulista


Até 18 de dezembro, o primeiro andar do Edifício Vera, localizado no centro da cidade de São Paulo, recebe uma exposição de artes pela primeira vez e após passar por uma restauração. “Tudo de Novo Vira Começo”, com curadoria de Carolina Mikoszewski, coordenação de Cynthia Loeb e participação de 13 artistas, é resultado de uma residência artística que teve início de forma virtual, em função das restrições impostas pela pandemia, e que, com a liberação gradual das atividades presenciais, passou a ser feita nos ateliês que agora fazem parte do centro histórico.


A partir de diferentes linguagens, como pinturas, esculturas, fotografias e instalações, os artistas abordam a memória do centro de São Paulo a partir da observação artística do passado e do presente da região. “A residência começou em um momento em que a cidade estava vazia e o centro desocupado. Esse contexto foi mudando com o passar do tempo e os artistas tiveram a oportunidade de fazer uma leitura poética do que existe no centro de São Paulo com ou sem restrições. Quem visitar a exposição vai encontrar obras que trazem a realidade cotidiana e também alguns aspectos históricos desse local, que é tão importante para a cidade”, conta a curadora.


A exposição “Tudo de Novo Vira Começo” será realizada no espaço expositivo, que fica no primeiro andar do Edifício Vera e traz obras de Adriana Amaral, Carolina Colichio, Carolina Mikoszewski, Cynthia Loeb, Élcio Miazaki, Gustavo Prata, Lilian Villanova, Luana Lins, Mariana Ferrero, Miriam Bratfisch Santiago, Roberta Cardoso, Sheila Kracochansky e Yohana Oizumi. A coordenadora da exposição explica que “O Edifício Vera é tradicionalmente conhecido por ser um prédio comercial, que sempre abrigou muitos escritórios, mas que agora está se transformando em um espaço dedicado a artistas, um ponto de concentração de ateliês e um abrigo para as mais diversas artes, não apenas as visuais. Esta é a primeira de uma série de exposições que faremos nesse novo ambiente artístico”.


A visitação, gratuita, pode ser feita de segunda a sábado, das 11h às 17h, mas é necessário fazer agendamento prévio via WhatsApp ou Instagram para visitar a exposição nos dias úteis – aos sábados, não é necessário agendar. O espaço segue as recomendações das autoridades de saúde e a máscara é um acessório obrigatório. A exposição também pode ser visitada de forma virtual, por meio de um tour 3D, também gratuito.


Serviço


Exposição “Tudo de Novo Vira Começo”


Curadoria: Carolina Mikoszewski


Coordenação: Cynthia Loeb


Local: Edifício Vera – 1º andar – Rua Álvares Penteado, 87 – Centro, São Paulo/SP


Data: até 18 de dezembro de 2021


Horário: Presencial - de segunda a sexta das 11h às 17h (mediante agendamento) e sábado das 11h às 17h


Agendamento e mais informações: DM @edificiovera ou WhatsApp (11) 99902-4477


Entrada gratuita


 


Sobre o Edifício Vera


Construído em meados de 1950, o Edifício Vera está localizado no centro de São Paulo, em frente ao Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) e próximo a locais como Teatro Municipal, Museu da Cidade, Farol Santander, Praça das Artes e Estúdio Lâmina. Tradicionalmente, a região sempre concentrou escritórios e instituições financeiras, mas com a reconfiguração da cidade, as construções passaram a receber outras atividades. Após ter alguns ambientes restaurados, além de abrigar escritórios, o Edifício Vera passa a ser um espaço artístico e cultural, que conta com biblioteca, ateliês e uma sala de exposições. Com foco em diferentes linguagens, o Vera abre espaço para a arte contemporânea produzida em programas de residência e por artistas que se interessam em pensar sobre a cidade e a região, que vem ganhando reconhecimento por ser um polo nacional dedicado às artes.


Instagram @edificiovera 

terça-feira, 9 de novembro de 2021

.: 5x7: "9-1-1" tem enterrado vivo e confusão em "Cell Block 9-1-1"


Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em novembro de 2021

"Cell Block 9-1-1", o sétimo episódio, da quinta temporada da série "9-1-1" da FOX trabalha com a adrenalina aliada a emoção. Para tanto, inicia com uma chamada de socorro, um homem está enterrado vivo, ou melhor, Edgar. A equipe do 118 entra em ação, enquanto que May Grant (Corinne Massiah) permanece na linha com a vítima que também levou um tiro. May pede para que ele não se agite, por conta do pouco ar que tem disponível, mas, desesperado, Edgar age totalmente de modo contrário. 

É Buck quem detecta, na floresta, onde o homem está. Que cena empolgante! O acontecimento tem cobertura da imprensa, a parceira de Buck, a repórter Taylor Kelly (Megan West) está no local cobrindo tudo e também  reencontramos o parceiro de Athena de volta ao trabalho: o detetive Lou (Sasha Roiz).

Na escola, Harry aguarda a chegada do pai, Mike (Rochmond Dunbar), mas é assombrado por visões de Jeffrey Hudson (Noah Bean). É a irmã, May quem vai buscá-lo. Harry segue no atendimento psicológico para ajudá-lo a superar o trauma que passou com o sequestrador. O garoto até reclama com a psicóloga sobre o fato de todos quererem que ele volte a viver como se nada tivesse acontecido.

É o detetive Lou quem cuida do caso do homem resgatado em um caixão enterrado. Contudo, a vítima não colabora. Diz não recordar de como foi parar dentro do caixão ou como tomou um tiro. O mais engraçado nessa situação ainda está por vir, quando a repórter Taylor Kelly (Megan West) chega. Uma disputa velada é iniciada entre Lou e Taylor. Detetive X Repórter!

Howie "Chimney" Han (Kenneth Choi), ao volante, torna a aparecer na série, mesmo a distância, em um papo por celular com Henrietta "Hen" Wilson (Aisha Hinds). O tempo de conversa é suficiente para ele expressar a raiva que sente de Buck, enquanto que Maddie (Jennifer Love Hewitt) continua em busca do passado. Alguns minutos de episódio depois, Howie volta a atuar, mas dessa vez socorre um boneco -mesmo com o jogo de câmeras e a boa atuação de Kenneth Choi, fica nítido que ali há um bonequinho simulando um bebê. Vixi!

No aconchego do lar, May e o Michael conversam sobre o que aconteceu com Harry e sobre a falta de diálogo na família. No entanto, um fantasma do passado volta para assombrar Hen, Eva (Abby Brammel). Em casa, Hen reencontra a parceira Karen (Tracie Thoms) e conta que Eva a procurou para pedir perdão por tudo o que fez. Pois é! Hen teve um caso com Eva no passado e quem errou uma vez, sempre manterá acessa a chama da dúvida no outro. Por fim, Karen confessa não confiar mais em Hen. 


E não é que Athena consegue ajudar o parceiro da polícia, o detetive Lou, a juntar os pontos na história de Edgar. E logo sabemos que o enterrado vivo tem muita história escondida. Longe, Taylor e Buck discutem sobre o caso Edgar. O jogo de falas isoladas das duplas completa a história de Edgar, um homem com dívidas. Eis que em um certo momento, o diálogo parece ser somente entre o policial e a repórter. Bela sacada!


A ex-amante de Hen procura Karen para dizer o quanto ela, a atual parceira, é amada pela bombeira. Ao menos Eva voltou para a história e conseguiu limpar sua entrada. Resultado: Karen faz um recepção romântica para Hen com direito a declaração de amor. 


Novo embate entre Taylor e Lou que reforça que ela é uma repórter com a função de noticiar, não de investigar. No fim, o caso de Edgar é ainda mais confuso do que qualquer um poderia pensar -com direito a um terceiro elemento que vivia numa van. Tem até um toque de história de amor pra lá de conturbada. No fim, todos os três envolvidos estão mais sujos do que pau de galinheiro.


Harry tenta encarar seu medo maior que o faz ver Eddie em todas as outras pessoas e o desfecho da situação é inusitado, a ponto de ele chegar a pedir socorro a Athena. Pois é, não era ela uma péssima mãe?! Resgatado e com o braço imobilizado, Harry conversa com Lou sobre ver Jeffrey nos outros. Nesse papo de "homem para homem" as coisas parecem ficar mais calmas para o filho de Athena que deseja voltar para casa e tudo. O desfecho é um abraço entre os Grant e Bobby Nash. Lindo!!


Seriado: 9-1-1
Temporada: 5
Episódio: 7 
Exibição: 8 de novembro de 2021
Emissora original: Fox Broadcasting Company
Criadores: Ryan Murphy, Brad Falchuk, Tim Minear
Produtores executivos: Ryan Murphy, Brad Falchuk, Tim Minear, Alexis Martin Woodall, Bradley Buecker
Elenco: 
Angela Bassett (Athena Grant), Peter Krause (Bobby Nash), Jennifer Love Hewitt (Maddie Buckley), Oliver Stark (Evan "Buck" Buckley), Aisha Hinds (Henrietta "Hen" Wilson), Kenneth Choi (Howie "Chimney" Han), Marcanthonee Reis (Harry Grant), Ryan Guzman, Rockmond Dunbar.

*Editora do site cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm


.: Entrevista: Maurício Farias, diretor de "Um Lugar ao Sol" revela bastidores


As tramas e conflitos que vêm por aí em "Um Lugar ao Sol" foram tema da conversa com o profissional, que retorna às novelas depois de mais de 20 anos. Foto: Globo/João Miguel Júnio
r

Nascido em uma família tradicional do cinema brasileiro, Maurício Farias se interessou cedo pela sétima arte. Quando tinha 11 anos foi ator no longa-metragem "As Aventuras com Tio Maneco" (1970), dirigido por Flávio Migliaccio e produzido por seu pai, o cineasta Roberto Farias. Mesmo apaixonado por cinema, prestou vestibular para desenho industrial na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Não concluiu.


No quinto período do curso, aceitou ser assistente de direção do pai em um especial da TV Globo, exibido na faixa de programação Quarta Nobre, e nunca mais deixou a televisão. Na emissora, dirigiu obras como "Tenda dos Milagres" (1985), "As Noivas de Copacabana" (1992), "A Viagem" (1994), "Quatro Por Quatro" (1994 e 1995), "Cara e Coroa" (1995), "Salsa e Merengue" (1996), "Hilda Furacão" (1998), "Pecado Capital" (1998), "Esplendor" (2000). Maurício também dirigiu episódios de "Você Decide" e “Brava Gente”. Em 2002, assumiu a direção de "A Grande Família", em que permaneceu até 2011, quando se tornou diretor de Núcleo.

De 2011 a 2015, realizou em seu núcleo "Tapas & Beijos", "Aline", "Encontro com Fátima Bernardes", "Casseta e Planeta", "A Mulher do Prefeito" e "Mr. Brau", ao mesmo tempo em que foi um dos criadores do "Tá no Ar, a TV na TV" e do novo "Zorra". A partir de 2017, já como diretor artístico, esteve à frente de "Filhos da Pátria", "Cidade Proibida" e "Hebe".  Ao longo de sua carreira, dirigiu sete longas-metragens, entre eles "O Coronel e o Lobisomem", "A Grande Família - O Filme", "Veronica", "Vai que Dá Certo""Hebe". Com "Um Lugar ao Sol", novela de Lícia Manzo, Maurício volta às novelas, como diretor artístico.

Com "Um Lugar ao Sol", você retorna às novelas depois de 20 anos. Como está sendo essa volta?
Maurício Farias - Desde que parei de fazer novelas, acabei me dedicando à direção das séries, seriados, programas de humor. Foram anos maravilhosos, onde encontrei grandes parceiros e pude me dedicar a direção desses gêneros. Até que há uns três anos, na época em que eu estava filmando "Hebe", recebi do Silvio de Abreu o convite para dirigir "Um Lugar ao Sol". Agora estou trazendo essa experiência com séries para a direção da novela. E a parceria com a Lícia tem sido espetacular. É uma grande autora, com uma narrativa forte e moderna, com um olhar apurado e sensível para todas as questões que ela aborda.

Fora a viagem para a Praga, na República Tcheca, no início de 2020, toda a novela foi gravada durante a pandemia. Como foi esse processo?
Maurício Farias
 - Começamos a gravar a novela no início de 2020, em janeiro, e o resultado é surpreendente. Nos aproveitamos dos limites que a pandemia nos impôs para criar novas formas de trabalhar nas questões artísticas e técnicas. Eu tenho certeza de que isso está impresso na novela. Não foi fácil atravessar a pandemia. Foram meses de tensão, mas também de muita satisfação. Afinal, com tantas limitações, conseguimos realizar o trabalho.


Como foi o trabalho de "duplicar" Cauã Reymond e colocar em cena os gêmeos Christian e Renato?
Maurício Farias
 - Usamos alguns efeitos muito interessantes e arrojados. A câmera se movimenta o tempo todo. Os dois personagens gêmeos se mexem a todo momento em cena e você realmente acredita que são duas pessoas. Têm horas que esquecemos que é o mesmo ator interpretando dois personagens. Eu estou muito feliz com o resultado. Temos um trabalho de computação muito sofisticado.


Fale um pouco sobre a escolha do elenco e o trabalho com esses atores.
Maurício Farias
 - Temos um elenco maravilhoso, de grandes atores, muitos com quem eu já tinha trabalhado. Acredito em parcerias no trabalho. O trabalho em televisão é em grande parte coletivo. Por isso uma equipe e um elenco com afinidades é tão importante. E ainda encontrei novos parceiros como Cauã Reymond, Alinne Moraes e Andreia Horta, com os quais nunca tinha trabalhado. Além de talentos jovens como o Juan Paiva e a Lara Tremouroux.


Como foi a parceria com Lícia Manzo?
Maurício Farias
 - É a primeira vez que trabalhamos juntos. Foi um encontro incrível com a Lícia, que é uma autora muito especial. Ela desenvolve as ações e as personagens de maneira espetacular, além de ser muito observadora e provocadora. Estou bastante contente com a parceria.


O que o público pode esperar de "Um Lugar ao Sol"?
Maurício Farias
 - Eu acho que a novela, por ter sido gravada durante este período da pandemia, gera ainda mais expectativa. O público está ansioso e saudoso das novelas. "Um Lugar ao Sol" marca a volta das novelas completamente inéditas no horário das nove. Nós estamos felizes porque fizemos o nosso melhor. É uma trama com um texto maravilhoso, um grande elenco e um padrão altíssimo.


.: "Marighella" já é o filme brasileiro mais visto desde o início da pandemia

Em uma semana, filme acumulou a marca de 100 mil espectadores em 300 salas por todo o país. Foto: divulgação


Primeiro longa-metragem de Wagner Moura como diretor, "Marighella" estreou oficialmente nos cinemas brasileiros na última quinta-feira, 4 de novembro de 2021, exatamente 52 anos após o assassinato de Carlos Marighella pela Ditadura Militar Brasileira, em 1969. Desde então, o filme alcançou 100 mil espectadores em 300 salas, incluindo as sessões de pré-estreias.

A marca já é responsável por tornar "Marighella" o filme brasileiro mais visto desde o início da pandemia, em março de 2020. O longa chegou ao Brasil depois de passar por importantes festivais mundo afora (Berlim, Seattle, Hong Kong, Sydney, Santiago, Havana, Istambul, Atenas, Estocolmo, Cairo, entre cerca de 30 exibições em países dos cinco continentes).

"Marighella" traz no elenco Seu Jorge, no papel-título, Bruno Gagliasso, Luiz Carlos Vasconcellos, Herson Capri, Humberto Carrão, Adriana Esteves, Bella Camero, Maria Marighella, Ana Paula Bouzas, Carla Ribas, Jorge Paz, entre outros. O filme conta a história dos últimos anos de Carlos Marighella, guerrilheiro que liderou um dos maiores movimentos de resistência contra a ditadura militar no Brasil, na década de 1960.

Comandando um grupo de jovens revolucionários, Marighella (Seu Jorge) tenta divulgar sua luta contra a ditadura para o povo brasileiro, mas a censura descredita a revolução. Seu principal opositor é Lucio (Bruno Gagliasso), policial que o rotula de inimigo público nº 1. Quando o cerco se fecha, o próprio Marighella é emboscado e morto - mas seus ideais sobrevivem nas ações dos jovens guerrilheiros, que persistem na revolução.

O filme tem produção da O2 Filmes e coprodução da Globo Filmes e Maria da Fé. A distribuição é da Paris Filmes e da Downtown Filmes.

Sinopse: 1969. Marighella não teve tempo pra ter medo. De um lado, uma violenta ditadura. Do outro, uma esquerda intimidada. Cercado por guerrilheiros 30 anos mais novos e dispostos a reagir, o líder revolucionário escolheu a ação.

Em "Marighella", o inimigo número 1 da Ditadura Militar tenta articular uma frente de resistência enquanto denuncia o horror da tortura e a infâmia da censura instalados por um regime opressor. Em uma experiência radical de combate, ele o faz em nome de um povo cujo apoio à sua causa é incerto — enquanto procura cumprir a promessa de reencontrar o filho, de quem por anos se manteve distante, como forma de protegê-lo.

Filme: Marighella

Elenco: Seu Jorge como Marighella; Adriana Esteves como Clara; Ana Paula Bouzas como Maria; Bruno Gagliasso como Lúcio; Bella Camero como Bella; Herson Capri como Jorge Salles; Humberto Carrão como Humberto; Jorge Paz como Jorge; Luiz Carlos Vasconcelos como Branco

Direção: Wagner Moura

Produção: Bel Berlinck, Andrea Barata Ribeiro, Wagner Moura, Fernando Meirelles

Produtor Associado: Fernando Meirelles

Produtora Executiva: Cristina Abi

Roteiro: Felipe Braga e Wagner Moura

Direção de Fotografia: Adrian Teijido, ABC

Direção de Arte: Frederico Pinto, ABC

Produtor de Elenco: Hugo Aldado

Preparadora de Elenco: Fátima Toledo

Trilha: Antonio Pinto

Figurino: Verônica Julian

Maquiagem: Martin Macías Trujillo

Produtora: O2 Filmes

Coprodutoras: Globo Filmes e Maria da Fé

Distribuidoras: Paris Filmes / Downtown Filmes


.: Teatro Bradesco recebe tributo a Elton John por Rafael Dentini


O espetáculo “Elton por Rafael Dentini”, maior tributo a Elton John da América Latina, foi desenvolvido com base na excelência e admiração ao cantor e compositor, dono de dezenas de sucessos e um dos músicos de maior sucesso no mundo, vendendo mais de 300 milhões de discos.

“My gift is my song and this one's for you”. Essa é a mensagem principal que o espetáculo passa ao público e fãs de Elton John: sua música é um presente e juntos celebramos sua vida e obra.

O tributo é uma experiência única, pois traz um setlist com músicas que englobam os maiores hits de Rocket Man durante as 5 décadas de sua carreira, desde o primeiro álbum Empty Sky - de 1969, até Wonderful Crazy Night, trigésimo terceiro álbum, lançado em 2016.

Mesmo revisitando toda sua carreira musical, o espetáculo mantém em sua essência a energia contagiante, as características e os figurinos dos anos 70, que foram os mais marcantes e gloriosos anos de Elton John. Os figurinos e adereços são todos feitos sob medida com base em fotografias e vídeos de época. Todos os detalhes foram levados em consideração.

Para tornar a atração ainda mais rica, todas as músicas são acompanhadas por telões personalizados, além de arranjos e orquestrações reescritas para levar ao público a mais fiel possível experiência audiovisual. É como entrar em uma verdadeira máquina do tempo e ver Sir Elton John na sua melhor forma e época de ouro.

Para complementar o espetáculo, a banda é formada por músicos de qualidade ímpar que são grandes amigos, além de já acompanharem Rafael Dentini há anos em sua carreira.

Sobre o artista: Poder interpretar e homenagear Elton John sempre foi o desejo do cantor e pianista Rafael Dentini.

Seu primeiro contato com as músicas do ídolo foi no ano de 1994, aos 5 anos de idade, quando assistiu pela primeira vez o filme “O Rei Leão”. Este também foi o ano em que começou a estudar e tocar seu instrumento de formação, o piano.

De lá pra cá foram mais de 25 anos de paixão, muita pesquisa, dedicação e estudo, possibilitando então interpretar esse que é um dos maiores artistas de todos os tempos.

Em sua carreira, Rafael passou por várias bandas de grande nome no cenário “Cover / Tributo” nacional. Entre elas destacam-se a Queen Tribute Brazil e a These Days Bon Jovi Cover, sempre com muito profissionalismo e fidelidade aos seus personagens e músicos das bandas originais.

O sonho de Rafael Dentini então se torna realidade. A ideia de representar um de seus maiores ídolos se concretiza com um grande espetáculo em homenagem a Sir Elton Johneltoncover.com.br | Instagram @eltonjohncover | Facebook  eltoncoverbr


“ELTON por Rafael Dentini”

Data: 25 de novembro - Quinta-feira

Horário: 21h

Local: Teatro Bradesco 

Bourbon Shopping Săo Paulo - Rua Palestra Itália, 500 - Loja 263, 3° Piso


.: “Os Diálogos de Uma Cena de Crime”: um romance policial brasileiro

Em “Os Diálogos de Uma Cena de Crime”, o escritor Diego Rates usa de sua experiência como funcionário da polícia para criar uma narrativa própria para a realidade brasileira. A literatura policial brasileira vive um boom recente com cada vez mais autores jovens interessados nesse gênero. Muitos têm buscado inspiração na realidade brasileira, saturada de violência endêmica e crimes não resolvidos.

Dentre eles se destaca Diego Rates, autor que tem uma passagem profissional como funcionário da polícia federal. Lançado como e-book, sua obra “Os Diálogos de Uma Cena de Crime” parte de uma solução imersiva sobre a investigação criminal. Ele traz as minúcias sobre as pistas e soluções que envolvem o crime. Tudo isso dialogando com a realidade violenta do país.


Polícia e literatura
O livro vem como resultado de uma criatividade explosiva e um amor recente pela literatura. “Comecei a ler em 2020, antes da pandemia. Desde então, eu li exatos 100 livros até agora. Entre os meus autores favoritos estão Machado de Assis, Neil Gaiman, Ray Bradbury e Isaac Asimov, entre outros”, comenta Diego sobre os autores que o tem inspirado.

Mas uma de suas principais fontes de criatividade vem da experiência na Polícia Federal. “Eu trabalhava no setor de passaporte da Polícia Federal e em plena pandemia, onde as pessoas não podiam sair do país, os números de pessoas que atendíamos era absurdo”, esclarece Diego Rates sobre essa situação que o inspirou para escrever seus primeiros livros. Ao ter testemunhado essa realidade inacreditável o autor foi descobrindo seu ímpeto para a literatura.


Pandemia
Além de insatisfação com o seu trabalho, a pandemia foi o motivo catalizador que inspirou o hábito de leitura e escrita de Diego. O primeiro livro de Diego Rates foi "As Últimas Memórias de um Morto-Vivo", é uma ficção de horror que dialoga diretamente com os problemas desencadeados pela pandemia.

Já “Os Diálogos de Uma Cena de Crime” tem como proposta um desenvolvimento metalinguístico de uma narrativa criminal. Isso sem ignorar suas inquietações pessoais. “Um acontecimento factual que eu traçaria com minha narrativa seria a corrupção e a brutalidade policial, além da ineficiência da justiça em nosso país”, relaciona Diego. Assim, “Os Diálogos” surge como um romance subversivo, mas antenado com as questões da realidade.


segunda-feira, 8 de novembro de 2021

.: 1x7: "The Big Leap" tem "Revenge Plot" e alerta sobre câncer de mama

Por: Mary Ellen Farias dos Santos 

Em novembro de 2021


O sétimo episódio da primeira temporada de "The Big Leap", da Fox, intitulado "Revenge Plot" começa com a história do pequeno Reggie (Ser'Darius Blain). Para tanto, conhecemos a mãe e o pai dele. Família de comercial de margarina. Já adulto, tendo os pais ao lado compondo ainda uma linda família, em consequência de seu sucesso como jogador, Reggie presenteia os pais com uma casa dos sonhos -do tipo mansão. Na sequência, ele e Gabby (Simone Recasner) levam a relação além dos beijos. Lembra de como terminou o episódio anterior?! Pois é.

Quando Gabby chega para as filmagens, Brittney (Anna Grace Barlow) corre para pedir desculpas. Afinal, a exposição da "ex-quase-amiga" foi no nível máximo. Ela é solenemente ignorada. Qual a resposta de Gabby? Ela vai até Nick e exige a saída de Brittney do reality show. Ainda mais se considerarmos que a loirinhha mexeu com o filhinho da outra. Em resposta, Gabby explica para ele que vai botar para quebrar. Opa! 

Longe da competição de dança que está cheia de vaidades, Paula (Piper Perabo) faz exame de mama. Pois é! Ela tem cancer e a situação não está tão boa. Legal fazer um alerta importante para as mulheres em um seriado! O legal é que Julia (Terri) segue Paula, uma vez que nota a mudança de comportamento da "amiga". 

Ao menos no episódio anterior elas se aproximaram. Lindo de se ver uma mulher apoiando a outra num momento delicado assim. Julia e Paula vão a um bar. E o cenário é o de uma mulher sem marido tentando conversar com a amiga que se trata de um câncer. Nada como uma boa troca de ideias entre amigas que concluem ser melhor fazerem compras.

Gabby parece ter uma plano e tanto a ponto de Nick (Scott Foley) -aparentemente- despertar interesse em colocar em prática. Então, Nick informa Monica (Mallory Jansen) de que acontecerá uma disputa dentro do programa. 

Mike (Jon Rudnitsky) chega para as gravações e chama Paula de amiga, trazendo café para ela, enquanto que Brittney apenas fica sozinha. Ninguém quer sentar-se ao lado dela. Bom, isso tem sentido. Quem procura, acha. Quem planta, colhe. Eis que a competição começa e o prêmio envolve "camarão". Exatamente! 



Monica chega para a gravação do progama tão fofa e calma a ponto de Fontaine (Kevin Daniels) questionar o que aconteceu com ela. Bem, ao menos, nós do lado de cá sabemos bem a quem ela procurou para estar tão relaxada e em paz. 

Justin (Raymond Cham Jr.) e Simon (Adam Kaplan) são puro love, mas Monica acaba testemunhando da situação de um modo bastante curioso. Calma e na paz, Monica diz que a alma de Justin é muito especial, que tem muito o que ensinar a ela, enquanto que ele tem o que ensinar a ela também. Lindo! Mas toda essa declaração tomará outro rumo na trama. 

Enquanto Brittney segue sendo hostilizada por ter agido tão mal com Gabby, Nick joga todas as fichas que tem para gerar um caos maior entre as duas. Bingo! Só que a maior bomba a estourar envolve o nome do próprio Nick, pois Monica, ainda na vibe paz e amor, abre o microfone do reality show e conta a todos os presentes que ela e Nick estão saindo há tempos, mas escondem de todos. Babado!

Eis que começa o concurso de dança tendo Simon, Justin e Brittney julgando. Gabby é participante e dá tudo na dança, mas a participante a seguir, Marion faz uma apresentação e tanto. Com direito ao item do prêmio: camarão. Hilário! Marion vence e, para colocar o plano em prática, Marion fica com o carro de Gabby. Por quê?! Gabby quer desafiar Brittney para um número. 

Um grande confronto entre as duas é iniciado e garante uma sequência incrível de movimentos de dançar com direito a chuva artificial e tudo. O duelo começa tendo a música a escolha de Brittney, vencedora no cara ou coroa: "Move Bitch", de Ludacris. O número tem até chuva artificial. Sensacional!

Apesar de todo o espetáculo, Fontaine fala para Nick que se trata da apresentação de "O Lago dos Cisnes", não de algo para se degladear. Para melhorar ainda mais o quesito de dança, Monica recobra seu estado "natural" -mais ou menos-, mas com uma visão. Aliás, que super número de dança para se assistir na tv. De um rap parte para o balé. Belíssimo!

Monica, insana, é quem decide a vencedora: Gabby. Ela será o cisne branco de "O Lago dos Cisnes". Bem, os planos de Gabby deram certo o que garante a saída de Brittney, mas surge uma nova informação. Justin precisará abandonar o programa. Justin se despede de Simon, mas Brittney está de volta, uma vez que Nick não pode perder dois dançarinos principais.

Gabby fica possessa, fez o que fez para dar em nada e tira satisfação com Nick, o produtor informa que o programa é o trabalho dele, não ser amigo dela. Vixi! Que fora, não é?! Contudo, a situação pessoal para Gabby melhora, ela e Reggie se nomeiam namorados.

Para fechar a história de um modo lindo e tocante, Mike vai até o hospital visitar Paula e faz uma linda declaração de amor. Que apaixonante!! Ela se desculpa por ter sido má e declara seu amor por Mike. Que venha "Big Dumb Life", o próximo episódio! 


Seriado: The Big Leap
Temporada: 1
Episódio 7: 
"Revenge Plot"
Exibido em: 1 de novembro de 2021, EUA.
Elenco: Piper Perabo (Paula Clark), Scott Foley (Nick Blackburn), Teri Polo (Julia Perkins), Mallory Jansen (Monica Suillvan), Ser'Darius Blain (Reggie Sadler), Kevin Daniels (Wayne Fontaine), Simone Recasner (Gabby Lewis), Anna Grace Barlow (Brittney Lovewell), Jon Rudnitsky (Mike Devries), Raymond Cham Jr. (Justin Reyes), Adam Kaplan (Simon Lovewell), Tom Lennon (Zach Peterman), Robert Wisdom (Earl)

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm




.: "Os Tradutores" é filmaço com quebra-cabeças insano. Imperdível!


Por: Mary Ellen Farias dos Santos 

Em novembro de 2021


Livros em chamas. Esse é o pontapé inicial do longa francês "Os Tradutores", que em 1h45m, apresenta uma trama incendiária, com reviravoltas em sequência esbanjando criatividade narrativa a ponto de fisgar a atenção até dos mais desatentos. No novo longa dirigido por Régis Roinsard -de "A Datilógrafa"-, um grande editor de livros contrata nove tradutores para traduzir simultaneamente o último livro de uma famosa trilogia: Dedalus. 


Embora a situação em si pareça extrema ao máximo, para realizar o trabalho com o livro bestseller, nove tradutores adentram um bunker de luxo com quartos separados e uma área de lazer dos sonhos, incluindo uma piscina. Os desconhecidos ingressam no trabalho incrível até a página 2. Todos ali caem de cabeça num enigmático pesadelo quando as primeiras páginas ultrassecretas do bestseller são publicadas na internet. 


Nesse jogo de caça ao rato, ou melhor, ao "ladrão", que, definitivamente está entre os tradutores, o editor inescrupuloso se dispõe a tudo, seja suspendendo a alimentação de todos até o culpado se entregar, apontando uma arma para quem lhe intimidar ou parecer suspeito ou até forçand-os a ficarem em roupas íntimas. O que faz roear as unhas, com tempo suficiente para que ocorra um suicídio. Enquanto as pistas vão surgindo e as explicações dos fatos são entregues com o máximo de detalhes, é despertada uma agitação em quem assiste. A pergunta que mais martela é: "Como essa conta vai fechar?" E, sim! "Os Tradutores" é uma história redondinha de perfeita.

A trama inovadora, aos não fãs de leitura, pode não ser atraente e até muito irreal, uma vez que está pautada no universo literário -tão valorizado na Europa, por exemplo. Ainda mais se considerarmos a forma que o mercado editorial é encarrado aqui no Brasil. No entanto, a apresentação da narrativa elaborada e com diversas revelações que completam as lacunas tornam o filme completamente indispensável a todos. Definitivamente, "Os Tradutores" é filmaço com quebra-cabeças insano. 


Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link.


* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm


Filme: Os Tradutores (Bélgica, França)

Título original: Les Traducteurs

Direção: Regis Roinsard

Gênero: Suspense 

Classificação indicativa: 14 anos 

Duração: 105 min

Elenco: Lambert Wilson, Olga Kurylenko, Riccardo Scamarcio

.: Entrevista com Lícia Manzo, a autora de "Um Lugar ao Sol"


Autora da próxima novela das nove responde todas as curiosidades sobre a novela e abre o jogo sobre o que o públicao pode esperar. Foto: Globo/João Cotta

Lícia Manzo estreou como autora aos 15 anos, assinando o primeiro texto encenado pelo grupo "Além da Lua", fundado por ela e vencedor do Prêmio Molière como o melhor grupo de teatro para crianças, em 1984.  Há 20 anos na Globo, escreveu para os humorísticos "Sai de Baixo", "Retrato Falado", "A Diarista", entre outros, e foi criadora do seriado "Tudo Novo de Novo", com direção geral de Denise Saraceni, em 2009. 

Em 2011, Lícia emplacou sua primeira novela, o sucesso "A Vida da Gente", reprisada recentemente em edição especial na faixa das seis. Em 2015, foi ao ar sua segunda novela, "Sete Vidas", também das seis. Agora, com "Um Lugar ao Sol", se prepara para estrear sua primeira obra no horário das nove.

Mestre em Literatura Brasileira pela PUC/Rio, Lícia publicou o ensaio biográfico "Era Uma Vez: Eu - a Não-Ficção na Obra de Clarice Lispector", indicado para o Prêmio Jabuti, em 2003. É ainda autora do sucesso teatral "A História de Nós 2" (indicado para o Prêmio Shell na categoria melhor texto), e do espetáculo "Aquela Outra", com direção de Clarice Niskier. 


Como surgiu a ideia de escrever "Um Lugar ao Sol"? Quais foram as referências e inspirações?
Lícia Manzo
 - Difícil saber de onde vêm as ideias. Lembro que havia terminado um trabalho, em 2017, e viajei de férias para São Miguel dos Milagres. Sentada na praia, ouvi uma canção de Tracy Chapman, ‘Mountain of Things’. Lembro de ter pensado pela primeira vez, ali, nas linhas gerais da história, que anotei no bloco de notas do celular. De volta ao Rio, assisti na Globonews ao documentário ‘Meus 18 Anos’, sobre jovens que, ao completarem a maioridade, precisam deixar o abrigo para menores onde foram criados. Lembro de ter ficado comovida com os depoimentos desses jovens: alguns sonhavam ser advogados, médicos, engenheiros, enfim. Aos 18 anos, estavam sozinhos no mundo, entregues à própria sorte. Ainda assim, sonhavam se tornar alguém, fazer diferença, ter um lugar ao sol. A partir daí, acredito, foi se formando para mim o novelo central da novela: dois irmãos gêmeos, idênticos, separados no nascimento. Um deles, Christian, encaminhado a um abrigo. O outro, Renato, adotado por um casal abastado. Ao trazê-los para o centro da trama, ou mais que isso, ao fundi-los em um só (na medida em que o primeiro deverá tomar para si a vida e identidade do segundo) questões como integridade, ética, desigualdade social são levantadas na novela, não de um ponto de vista estatístico ou factual, mas íntimo, subjetivo e humano. 


Você disse há algum tempo em uma entrevista: “Relações humanas, familiares, tendem a ser, desde sempre, meu principal interesse”. Isso tem sido uma marca sua – e já foi até tema de monografia. Como isso está presente em "Um Lugar ao Sol"?
Lícia Manzo
 Não saberia, eu acho, abordar qualquer assunto a partir de uma perspectiva macro. A chave de compreensão, para mim, está sempre na perspectiva micro, particular, íntima. O fato importando menos, eu acho, que a repercussão do fato no indivíduo.


Outra característica das suas obras é retratar com profundidade o universo feminino, trazendo a força da mulher. "Um Lugar ao Sol", apesar de ter um protagonista masculino, mantém essa linha de várias personagens femininas centrais na trama. É uma escolha ou isso vai surgindo naturalmente?
Lícia Manzo
 Mais que naturalmente. Mulheres representam metade da humanidade, embora até hoje sejam tratadas como uma espécie de minoria. Escrever uma trama sem personagens femininas centrais, seria escrever sobre um mundo manco. Um mundo que não conheço.


Seu processo de trabalho durante a pandemia foi muito diferente do habitual? Quais foram os maiores desafios?
Lícia Manzo Sim e não. O autor de novelas, de certo modo, já vive uma espécie de quarentena. Você não viaja, não vai a festas, não sai para beber com os amigos. O maior impacto, para mim, foi não poder encontrar minha equipe. Durante um ano e meio trabalhamos remotamente – o que num processo humano, sensível, criativo, pode ser desafiador. De todo modo, durante quase um ano, me refugiei no mato e escrevi de lá, cercada de cachorros, galinhas – o que ajudou a restaurar minha humanidade.


"Um Lugar ao Sol" é a sua primeira novela das nove. A expectativa (ou o frio na barriga) está sendo diferente das suas novelas anteriores?
Lícia Manzo
 Sim e não, novamente. Sem frio na barriga não existe criação. Mas a pandemia, nesse sentido, foi um desafio a mais. E ao assistir os primeiros capítulos em casa, me flagrei surpresa, incrédula, com o resultado impecável e com a capacidade de adaptação da equipe e da empresa, que rapidamente criou condições seguras para que o trabalho pudesse seguir.


Como foi a escolha do elenco?
Lícia Manzo
 Muito harmônica, junto com a direção. Se eu e Maurício divergimos em algum nome, eu nem me lembro. Desde que estive nas primeiras leituras, saí aliviada e com a certeza de que tínhamos feito as escolhas certas.


Como foi a parceria com o diretor Maurício Farias durante essa jornada?
Lícia Manzo
 Sou admiradora do trabalho dele. Me sinto muito feliz com esse encontro.


.: Inspirado na obra-prima “All That Jazz”, ‘Evoé - O Musical’ estreia


"Evoé - O Musical", produção do CEFTEM (Centro de Estudos e Formação em Teatro Musical) que faz curta temporada de 10 à 24 de novembro, com sessões às terças, quartas e quintas às 20h, domingos às 16h e 19h, no Teatro Prudential (RJ). Foto: Roberto Cardoso


O CEFTEM (Centro de Estudos e Formação em Teatro Musical) retoma as suas produções de musicais com "Evoé - O Musical", que faz curta temporada às terças, quartas e quintas às 20h, domingos às 16h e 19h, no Teatro Prudential, de 10 a 24 de novembro.

Inspirado na obra-prima de Bob Fosse “All That Jazz”, filme premiado em Cannes e indicado ao Oscar, "Evoé - O Musical" também usa referências da vida do diretor João Fonseca. A produção conta com músicas originais compostas por Tony Lucchesi e João Fonseca, além de adaptações de obras presentes na carreira de Fonseca. O musical ganha um novo colorido e uma nova potência ao colocar o público em um território conhecido, adaptando para a realidade brasileira a história originalmente americana.

"‘Evoé’ surgiu do desejo do João Fonseca de falar do universo de um diretor de teatro e de cinema. Ele sempre me falou do filme All that Jazz e da mágica existente no ofício do diretor. O papel do diretor é muito importante, e esse espetáculo traz isso, a importância desse profissional que faz a história existir de fato. Todos os espetáculos e filmes que assistimos partem do ponto de vista de algum diretor. Por que não contar a história de um profissional que faz todas estas outras histórias nascerem? Comprei a ideia de cara e ele escreveu o texto e me convidou para ser um dos atores que interpreta Jô, um diretor de teatro e de cinema livremente inspirado na própria trajetória de João Fonseca. Não é uma obra autobiográfica, mas João se utiliza de momentos e experiências de sua própria vida para dar vida ao protagonista", ressalta Reiner Tenente, que vive o protagonista Jô junto a atriz Luiza Carneiro.

Aliás, usar um casal a cada sessão para viver o protagonista é outra peculiaridade do espetáculo. Além de Reiner e Luiza, o diretor é vivenciado também por Pablo Marcell e Ligia Bié. A trama conta a história de Jô, um diretor de teatro que ao sofrer um infarto durante a criação de um novo espetáculo, devido a uma vida repleta de excessos, começa a fazer reflexões sobre o significado da vida e da morte. 

"Evoé - O Musical" explora questões como gênero, relações humanas e, principalmente, o conflito de ideias em torno da morte. Será um musical metalinguístico, além de ser uma grande declaração de amor ao teatro musical, com todas as suas situações e tipos característicos.

"Depois de tanto tempo fora dos palcos por causa da pandemia sinto como se a vida tivesse saído de um “congelamento”. Não fazer o que mais amamos, e escolhemos como missão, faz com que a gente sinta que a vida não está no seu máximo potencial. Voltar para o palco nesse momento tem um sabor de vida. Que bom que estamos entrando na “primavera do teatro” depois de um inverno tão rigoroso, ‘Evoé’", finaliza Reiner sobre voltar aos palcos com o musical.

Os ingressos para "Evoé - O Musical" já estão à venda pelo https://bileto.sympla.com.br/event/69731/d/113768 


Ficha técnica
"Evoé - O Musical"
Elenco Reiner / Luiza
REINER TENENTE / LUIZA CARNEIRO - Jô; RONALDO BORGES - Morte; CAROL VANNI - Carmem (ex mulher); VICTOR CORREA - Iago (Namorado); DARILTON ALMEIDA - Claudinho (produtor); VALLÉRIA FREIRE - Rogéria (produtora); RUAN GUIMARÃES - Vitor (ator ruim); CLARA TAVARES - Ana (filha); MARIANNA LOBO - Mãe; RUAN GUIMARÃES / CLARA TAVARES - Jô Adolescente; FLÁVIO MORAES - Marcos Antônio (diretor Musical); ARIANE ROCHA - Assistente 1; GABRIEL KAWARÚ - Assistente 2; ANADRE CELANT - Theo (Ator Rejeitado); VICTOR CORREA - Robson Rodrigo;  LIGIA BIÉ - Atriz "puxa saco"; ANDRE CELANT - Apresentador; CAROL VANNI – Estágio Raiva; FLÁVIO MORAES – Estágio Negação; VALLÉRIA  FREIRE - Estágio Barganha;  DARILTON ALMEIDA - Estágio Depressão; ANDRE CELANT - Garoto do Camarim; DARILTON ALMEIDA / FLÁVIO MORAES / LIGIA BIÉ – Médicos.
Coro Abertura - Andre Celant/ Gabriel Kawarú/ Pablo Marcell/ Ligia Bié / Marianna Lobo / Ariane Rocha/ Ruan Guimarães/ Clara Tavares
Coro Airótica - Andre Celant / Victor Correa / Lígia Bié / Pablo Marcell / Ruan Guimarães / Marianna Lobo / Ariane Rocha/ Clara Tavares


Elenco Pablo / Ligia
PABLO MARCELL / LIGIA BIÉ – Jô;  RONALDO BORGES – Morte; CAROL VANNI - Carmem; GABRIEL KAWARÚ - Iago (Namorado); – DARILTON ALMEIDA - Claudinho (produtor); VALLÉRIA FREIRE Rogéria (produtora); ARIANE ROCHA - Vitória; CLARA TAVARES - Ana (filha); MARIANNA LOBO -Mãe; RUAN GUIMARÃES / CLARA TAVARES - Jô Adolescente; FLÁVIO MORAES - Marcos Antônio (Diretor Musical); RUAN GUIMARÃES - Assistente 1; VICTOR CORREA - Assistente 2; ANDRE CELANT -  Theo (Ator Rejeitado); VICTOR CORREA - Robson Rodrigo; LUIZA CARNEIRO - Atriz puxa saco; ANDRE CELANT - Apresentador; CAROL VANNI – Estágio Raiva; FLAVIO MORAES - Estágio Negação; VALLÉRIA FREIRE - Estágio Barganha; DARILTON ALMEIDA - Estágio Depressão; ANDRE CELANT - Garoto do Camarim; DARILTON ALMEIDA / FLÁVIO MORAES / LUIZA CARNEIRO – Médicos.
Coro Abertura - Andre Celant/ Victor Correa / Luiza Carneiro / Marianna Lobo/ Ariane Rocha/ Ruan Guimarães
Coro Airótica - Andre Celant / Victor Correa / Gabriel Kawarú / Luiza Carneiro / Ruan Guimarães/ Marianna Lobo/ Ariane Rocha/ Clara Tavares


Idealização:
João Fonseca e CEFTEM
Direção: João Fonseca e Nello Marrese
Direção musical: Tony Lucchesi
Direção de movimento: Alex Neoral
Texto e adaptação: João Fonseca
Letras e músicas: João Fonseca e Tony Lucchesi
Coordenação geral: Reiner Tenente
Direção de produção: Joana Mendes
Assistência de direção: André Celant
Desenho de som: André Breda
Cenografia: Nello Marrese
Figurino: Composição Coletiva
Assistência de figurino: Lígia Bié
Programação visual: Miriã Sant'Anna
Fotos: Roberto Cardoso
Assessoria de imprensa: Ribamar Filho (MercadoCom)
Mídias Sociais: Clara Tavares, Flávio Moraes, Miriã Sant'Anna, Pablo Marcell e Luísa Rossi

Serviço
"Evoé - O Musical"
Teatro Prudential
Rua do Russel, 804, Rio de Janeiro
Temporada: De 10 a 24 de novembro. Às terças, quartas e quintas às 20h, domingos às 16h e 19h
Ingressos: a partir de R$ 25
Duração: 120 Minutos
Classificação: 14 anos
Capacidade: 368 lugares
Vendas pelo https://bileto.sympla.com.br/event/69731/d/113768


← Postagens mais recentes Postagens mais antigas → Página inicial
Tecnologia do Blogger.