sábado, 6 de novembro de 2021

.: Peça "Charles Aznavour, Um Romance Inventado', com Sylvia Bandeira, grátis


Idealizado pela atriz Sylvia Bandeira, musical escrito pelo dramaturgo paraense Saulo Sisnando, resgata as músicas mais icônicas do artista francês, como "La Bohème", "She" e "Que C'est Triste Venise". Espetáculo será apresentado ao vivo, no dia 18 de novembro, às 20h30, nos Canais Youtube do Sesc em Minas, Teatro Claro Rio e Pólobh Produtora e pelo Canal 500 da Claro TV. Foto: Luciana Mesquita


Um texto com humor e leveza sobre o universo da saudade, das paixões e da passagem do tempo, a partir das músicas mais icônicas do artista francês Charles Aznavour. Assim é o musical romântico “Charles Aznavour, Um Romance Inventado”, idealizado pela atriz Sylvia Bandeira e escrito pelo dramaturgo paraense Saulo Sisnando, que teve sua estreia em setembro deste ano e agora será apresentado online e ao vivo pelo Palco Instituto Unimed-BH em Casa. 

Embalado por clássicos de Charles Aznavour, como "La Bohème", "She", "Que C'est Triste Venise" e outras mais de dez músicas, a montagem faz com que cada canção executada espelhe algum momento alegre, triste ou romântico da vida dos personagens e do público. Apresentação será gratuita, no dia 18 de novembro, quinta-feira, às 20h30, nos Canais Youtube do Sesc em Minas, Teatro Claro Rio e Pólobh Produtora e pelo Canal 500 da Claro TV.

Na montagem, Sylvia Bandeira divide o palco com o "formidable" Mauricio Baduh, sob a direção de Daniel Dias da Silva, além de Liliane Secco, que também assina a direção musical, no piano, e de Ulisses Nogueira no violino. Apaixonada pela obra do compositor, Sylvia conta que procurou um texto alegre e comovente, que a partir das canções de Charles Aznavour, contasse uma história para falar sobre o efêmero da juventude, das paixões proibidas e assim proporcionar bons momentos."'Charles Aznavour, Um Romance Inventado' é um delicioso bombom recheado com lindas músicas e uma bela história de amor”, adianta a atriz.

Saulo Sisnando, que pesquisou a vida e a obra do cantor e compositor para compor o roteiro do espetáculo, conta que escreveu uma história sobre quantas ilusões somos capazes de inventar para fazer feliz a quem amamos e quantas canções de Charles Aznavour são necessárias para despertar mais uma vez paixões e novos caminhos em corações inquietos.”

Trazendo ao público as mais marcantes canções do chansonnier, “Charles Aznavour, Um Romance Inventado” acompanha a história de Isabel, uma conceituada atriz de teatro, que, entediada com a própria vida, mantém-se reclusa por vontade própria. E Heitor, um jornalista tímido, que, às vésperas de perder a mãe, consegue uma entrevista com a estrela. Ambos descobrem que suas vidas se entrelaçam em torno da trajetória de Charles Aznavour e suas canções. O repórter lhe pede que reconte em detalhes o romance que ela viveu na juventude com Charles Aznavour, então uma série de lembranças emergem dos recantos mais profundos de sua alma e faz com que a plateia mergulhe em seus amores passados.

A história acompanha o encontro dos personagens que têm em comum segredos ligados ao cantor romântico que jamais conseguiram superar. Cartas trocadas entre a atriz e o cantor, descobertas por acaso, são o ponto de partida da peça. Cartas extraviadas, memórias inventadas e mentiras contadas começam a surgir, revelando que a vida da atriz e de seu entrevistador possuem muito mais semelhanças do que eles foram capazes de supor e, quando o jornalista revela seu maior segredo, a atriz percebe que Charles Aznavour nunca esteve tão vivo.


Charles Aznavour, considerado o cantor francês mais conhecido no mundo, vendeu mais de 100 milhões de discos e conquistou o público com a canção "Tous les visages de l'amour" (ou "She"). Começou a atuar aos nove anos de idade e logo assumiu o nome artístico Charles Aznavour. Seu grande estouro aconteceu quando a cantora Édith Piaf o ouviu cantar e o levou consigo numa turnê pela França e Estados Unidos. Escreveu musicais e mais de mil canções, gravou mais de 100 álbuns e apareceu em 60 filmes, incluindo ‘Atirem no pianista e ‘O Tambor’. Nos anos 70, sua canção "She," saltou para o número um nas paradas de sucessos. Aznavour canta em muitas línguas, o que o ajudou a se apresentar nas mais prestigiadas casas de espetáculos mundo, inclusive em turnês vitoriosas no Brasil.


Sylvia Bandeira 
atuou em diversas peças teatrais como: “Brasil da Censura à Abertura”, de Jô Soares, Manoel Costa e José Luiz Arcanjo - direção de Jô Soares; “Calúnia”, de Lillian Helmann - direção de Bibi Ferreira; “Eu Posso”, de Reynaldo Loy - direção de Luiz Carlos Ripper, “Não Explica que Complica”, de Alan Ayckbourn - direção de Bibi Ferreira, “Se Eu Fosse Você”, de Maria Adelaide Amaral - direção de Roberto Frota, “Vita & Virginia”, de Eileen Atkins - direção de Ítalo Rossi; “Divinas Palavras”, de Ramón del Valle Inclán - direção de Moacyr Góes; “O Doente Imaginário”, de Molière - direção de Moacyr Góes; “Rádio Nacional - As Ondas que conquistaram o Brasil” - direção de Fábio Pillar e supervisão de Bibi Ferreira, “Marlene Dietrich - As Pernas do Século”, texto de Aimar Labaki - direção William Pereira, entre outras. Por sua atuação como Marlene Dietrich, Sylvia Bandeira recebeu o Prêmio Heloneida Studart da ALERJ de Melhor Atriz e foi indicada ao Prêmio Shell. No cinema, ganhou o Prêmio Kikito de Melhor Atriz Coadjuvante no Festival de Gramado pelo filme “Bar Esperança”. Na TV Globo atuou em novelas como: “Um Sonho a Mais”; “Roda de Fogo”; “Suave Veneno”; “Bebê a bordo", "História de amor” e “Sol Nascente”. Na Record trabalhou em “Balacobaco”, “Escrava Isaura”, “Vidas Opostas” e “Amor e Intrigas”, entre outras.


Mauricio Baduh é hoje o nome mais representativo da Canção Francesa no Rio de Janeiro. Viveu em Paris na década de 70 onde foi alfabetizado no idioma de Molière que o levou a apresentar seu espetáculo solo FORMIDABLE. Com ele, até 2019, lotou teatros como Maison de France, Prudential, Imperator, NET Rio e das Artes. Entre outros trabalhos significativos está “Sinatra – Olhos Azuis”, assistido por mais de 80 mil pessoas entre 2004 e 2005. Em 2006 atuou na “Ópera do Malandro”, em sua temporada em Portugal. Participou de telenovelas como “Pé na Jaca”, “Paraíso Tropical” e “A Favorita”. Atuou no espetáculo “4 Faces do Amor” em 2012 no Teatro das Artes, com canções de Ivan Lins. Em 2015 integrou o elenco do Musical “Andança” em homenagem a Beth Carvalho. Atuou em São Paulo, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro ao lado de Françoise Forton nos espetáculos ‘Um Amor de Vinil”, de Flávio Marinho e “Nós Sempre Teremos Paris”, de Arthur Xexéo. Integrou o elenco de ‘Estúpido Cupido” de Flávio Marinho que encerrou temporada em 27 maio de 2018 no Rio e “Marlene Dietrich – As Pernas do Século” em temporadas no Rio de Janeiro e São Paulo em 2019.

Saulo A. Sisnando é escritor, dramaturgo, ator e diretor teatral. Nasceu no Ceará, mas, ainda na infância, mudou-se com a família para Belém tornando-se um dos mais populares dramaturgos do estado do Pará. Autor de mais de uma dezena de peças, dentre elas “Susto”, “Desertos” e “A outra irmã”, e premiado diversas vezes, Saulo A. Sisnando também publicou romances e teve vários de seus contos premiados. Em 2016, ganhou o prêmio de melhor direção no Festival Internacional do Rio de Janeiro - Rio Webfest - pela Webserie “A Solteirona”. No mesmo ano, ganhou o Prêmio Literário do Estado do Pará pela dramaturgia “O Príncipe Poeira e a Flor da Cor do Coração”. Vencedor do Prêmio Botequim Cultural de 2019 pelo texto e direção do espetáculo “O Príncipe Poeira e a Flor da Cor do Coração”. Atualmente faz parte do grupo Teatro de Apartamento com sede em Belém do Pará.


Palco Instituto Unimed-BH Em Casa
O projeto é uma iniciativa da Pólobh, produtora sediada em Belo Horizonte, MG, tem patrocínio do Instituto Unimed-BH, viabilizado por mais de 5,2 mil médicos cooperados e colaboradores, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Tem realização do Ministério do Turismo e Governo Federal, patrocínio da Pottencial Seguradora e apoio cultural do Sesc em Minas e Hypofarma, promoção exclusiva da Rádio Alvorada e apoio da Coreto Cultural, Fredizak, Jornal O Tempo, Rádio Super Notícia e SouBH.


Sobre o Instituto Unimed-BH
Associação sem fins lucrativos, o Instituto Unimed-BH, desde 2003, desenvolve projetos socioculturais e ambientais visando a formação da cidadania, estimular o bem-estar e a qualidade de vida das pessoas, ampliar o acesso à cultura, valorizar espaços públicos e o meio ambiente. Ao longo de sua história, o Instituto destinou cerca de R$140 milhões por meio das Leis municipal e federal de Incentivo à Cultura, viabilizado pelo patrocínio de mais de 5,2 mil médicos cooperados e colaboradores. No último ano, mais de 7 mil postos de trabalho foram gerados e 3,9 milhões pessoas foram alcançadas por meio de projetos em cinco linhas de atuação: Comunidade, Voluntariado, Meio Ambiente, Adoção de Espaços Públicos e Cultura, que estão alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030. Neste ano, todas as iniciativas do Instituto celebram os 50 anos da Unimed-BH. Clique aqui e conheça mais sobre os resultados do Instituto Unimed-BH.

Roteiro musical
01 - Que C'est Triste Venise 02 - Hier Encore 03 - Comme Ils Disent 04 - Sur Ma Vie 05 - Je T’attends 06 - La Mamma 07 - Les Deux Guitares 08 - Il Faut Savoir 09 - La Bohème 10 - Et pourtant 11 - The Old Fashioned Way 12 - Je Voyage 13 - Les Comédiens 14 – She


Ficha técnica:
Idealização: Sylvia Bandeira Texto: Saulo Sisnando Elenco: Sylvia Bandeira e Mauricio Baduh Direção: Daniel Dias da Silva Direção Musical e Arranjos: Liliane Secco Músicos: Liliane Secco e Ulisses Nogueira Iluminação: Felício Mafra Cenário e Figurinos: Gisele Batalha Direção de Movimento: Marluce Medeiros Direção de Produção: Cacau Gondomar e Sandro Rabello. Classificação: 14 Anos | Duração: 70 minutos.


Palco Instituto Unimed-BH Em Casa - 2ª Temporada
Espetáculo “Charles Aznavour – Um Romance Inventado” – 18 de novembro (quinta-feira), às 20h30.
Gratuito | Exibição pelos canais no Youtube do Sesc em Minas (SescemMinasGerais), do Teatro Claro Rio (TeatroClaroRio) e da Pólobh (Polobhprodutora), e pelo Canal 500 da Claro TV.


.: Scalene mescla underground e mainstream no palco do Sesc Santos


Em 2021, Scalene, traz uma nova roupagem e as guitarras voltam a ganhar forças somadas a detalhes de trip hop já notadas no lançamento FEBRIL (setembro/21). Atualmente nomeados aos Grammy Latino 2021 como "Melhor Álbum de Rock ou de Música Alternativa em Língua Portuguesa". A banda toca no dia 6 de novembro, sábado, às 20h, no teatro do Sesc Santos.

Agora em nova formação, com a saída do baterista Philipe "Makako" Nogueira, a banda composta por Gustavo Bertoni (voz), Tomás Bertoni (guitarra) e Lucas Furtado (baixo) mantém a regularidade de lançamentos fonográficos, tendo em sua discografia: "Real/Surreal" (2013), "Éter" (2015), "magnetite" (2017) e o EP "+gnetite" (2018), "Respiro" (2019, slap), além do DVD "Ao Vivo em Brasília" (2016). 

Os trabalhos possibilitaram turnês nacionais com passagem por importantes festivais, como o Lollapalooza recentemente e o Rock in Rio, e também shows em eventos no exterior, entre eles o SXSW (EUA) e o Indie Week (Canadá). O disco "Éter" rendeu ao grupo o Grammy Latino na categoria "Melhor Álbum de Rock em Português"; e fez com que a banda circulasse do underground ao mainstream, tornando-se um ponto de encontro entre as duas esferas.

Scalene intercala ainda lançamentos de discos com parcerias com outros artistas. Entre as collabs já realizadas estão: "Trans Aparecer" (2014), gravada com o Supercombo; o single "Relentless Game" (2015), feito com o Far From Alaska; "Clareia" (2018), criada com a francisco, el hombre e "Desarma", junto ao rapper BK.

Spotify


Clipe "Febril"

Clipe "Surreal"

Ao vivo "Vultos"

Serviço:
Show Scalene
Dia 6 de novembro. Sábado, às 20h,
Classificação: 18 anos.
Duração: 90 minutos.
Teatro.
Sesc Santos - Rua Conselheiro Ribas, 136. Bairro: Aparecida.

Ingressos
R$ 20 (credencial plena. Estudantes, servidores de escola pública, idosos, aposentados e pessoas com deficiência) R$ 40 (visitantes). Limite de venda: quatro ingressos por pessoa.

Sobre apresentação do comprovante de vacina
Será necessário apresentar comprovante de vacinação contra covid-19 (pelo menos a primeira dose) para ingressar nas unidades do Sesc no estado de São Paulo.

Poderá ser apresentado:
• Comprovante de vacinação físico, recebido no ato da vacinação;
• Comprovante de vacinação impresso ou digital, disponibilizado pelas plataformas VaciVida e ConecteSUS ou pelo aplicativo e-saúdeSP. Para mais informações, acesse: sescsp.org.br/voltagradual. O distanciamento físico, a utilização de máscara cobrindo boca e nariz,n assim como a medição de temperatura dos visitantes na entrada da unidade, seguem sendo obrigatórios.

Teatros - Capacidade reduzida
Os teatros das unidades Santos, Consolação, Pompeia, Pinheiros, Vila Mariana, Guarulhos, Rio Preto e Jundiaí estão sendo reabertos com capacidade reduzida, seguindo os protocolos de segurança frente à covid-19.

sexta-feira, 5 de novembro de 2021

.: Entrevista com Vera Fischer: "O meu lado ingênuo aflorou"


Em entrevista, a atriz relembra o trabalho que está de volta no "Vale a Pena Ver de Novo". Foto: Globo/João Miguel Júnior


Prestes a completar 70 anos de idade, a atriz Vera Fischer conta que a reexibição de "O Clone" no "Vale a Pena Ver de Novo" a faz lembrar de sua personalidade jovem, alegre. Segundo a atriz, sua personagem, a inconsequente Yvete, tem um lado menina que ela emprestou. "Yvete chega chegando, fazendo o que tem vontade. Esse trabalho me deu a chance de mostrar, um pouco, a Vera menina, botar para fora a sensação de não ter culpa, de ser alegre, de querer ser feliz. Eu tirei de dentro de mim a Vera menina, adolescente. A Vera de hoje ainda é um pouco assim também. Eu amei fazer essa novela porque acho que tenho esse lado ingênuo, meio bobão, e ele aflorou com a personagem", revela a atriz.

A relação de Yvete com Leônidas (Reginaldo Faria), que ela chama de leãozinho, arrebatou o público na época da exibição original e também nos países onde a novela foi exibida. Vera acredita que o amor verdadeiro entre os personagens e sua química com Reginaldo Faria contribuíram para o sucesso do casal. "A Yvete e o Leãozinho formam um casal que, decididamente, abala estruturas. Seja na América Latina ou na Rússia, onde a novela fez muito sucesso, as pessoas ficaram apaixonadas. É um casal muito divertido, muito gostoso, e que se ama de verdade. Eu e o Reginaldo combinamos muito bem, ele é uma pessoa incrível. Um homem muito gentil, um lorde", elogia.  Em entrevista, a atriz relembra mais sobre a personagem, os bastidores da novela e a viagem para o Marrocos.   


O que sentiu quando soube que "O Clone" iria ao ar novamente 20 anos após a exibição original?
Vera Fischer - 
Eu fiquei super, superfeliz!  "O Clone" é uma novela que fala sobre milhões de assuntos diferentes e não tem fronteiras, de cultura ou idioma. Ela é sucesso em vários lugares do mundo. Eu amo a novela e as pessoas também, porque nunca pararam de falar sobre ela.


O que você recorda do processo de construção da Yvete?
Vera Fischer - 
A personagem foi construída à medida em que as situações iam acontecendo. Eu fui chamada para a novela e logo em seguida a gente já começou a gravar no Marrocos. Eu tinha feito, anteriormente, em "Laços de Família", uma personagem forte, trágica, dramática e, então, a personagem que me veio em "O Clone" era alegre, livre, ingênua, infantil e até um pouco sem noção (risos). Eu amei fazer porque acho que tenho esse lado ingênuo, meio bobão, e ele aflorou com a Yvete.


Como você descreveria a Yvete e como analisa a trajetória da personagem na trama, sua personalidade e seus conflitos?
Vera Fischer - 
A Yvete ama dinheiro e ama o leãozinho, mas começa a novela ficando com um dos filhos dele na festa, sem saber da coincidência, claro, o que causa problemas. Yvete chega chegando, fazendo o que tem vontade. Eu acho que a importância da Yvete nessa novela é a de ser engraçada e apaixonada ao mesmo tempo, contrapondo o drama dos outros personagens. Então isso me deu chance de mostrar, um pouco, a Vera menina, e botar para fora a sensação de não ter culpa, de ser alegre, de querer ser feliz. Eu tirei de dentro de mim a Vera menina, adolescente. A Vera de hoje ainda é um pouco assim também.


O casal Yvete e Leônidas caiu no gosto do público. Como era a relação deles e sua troca com o Reginaldo Faria?
Vera Fischer - 
A Yvete e Leãozinho formam um casal que, decididamente, abala estruturas. Seja na América Latina ou na Rússia, onde a novela fez muito sucesso, as pessoas ficaram apaixonadas. É um casal muito divertido, muito gostoso, e que se ama de verdade. Eu e o Reginaldo combinamos muito bem, ele é uma pessoa incrível. Um homem muito gentil, um lorde. Infelizmente, depois dessa novela nós não trabalhamos mais juntos. Apenas em "Espelho da Vida", mas quase não tínhamos cenas juntos.


Qual a principal lembrança que você tem do período de gravação da trama? Como eram os bastidores?
Vera Fischer - 
Eu amava todo mundo do elenco. Era incrível como a gente se dava bem desde o Marrocos, quando começamos com uma equipe um pouco menor. Era tão engraçado, tão gostoso. Eu lembro que tirei muitas fotos do elenco e dei de presente para as pessoas, que diziam que não estavam mais acostumadas a ganhar fotos em papel. “Isso não existe mais”, diziam. E eu insistia: “Sim, existe!”.


Como eram os bastidores?
Vera Fischer - 
Era uma comunhão. A direção do Jayme Monjardim e do Marcos Schechtman foi brilhante. Todo mundo no set era de uma educação, de uma elegância, foi tudo maravilhoso. Tínhamos atores brilhantes: Juca de Oliveira, Murilo Benício, Giovanna Antonelli, Leticia Sabatella, enfim, foi muito, muito gostoso fazer a novela.


Quais as lembranças da viagem para o Marrocos?
Vera Fischer - 
As melhores possíveis. Além da experiência incrível com a equipe técnica e elenco, eu sou apaixonada por muitas coisas da cultura árabe. Pelas cores, espaços, monumentos, movimentos, sons... acho tudo lindo! A gente tinha dias de folga e visitávamos as Medinas, fazíamos contato com uma cultura rica e diversa.


Até hoje o público fala desse trabalho com você? Como são essas abordagens?
Vera Fischer - 
A abordagem das pessoas é constante e muito boa até hoje. Muita gente ama a Yvete. Ela é muito diferente, cabeça de vento, apaixonada e passional. Na Rússia, particularmente, Yvete fez um sucesso absurdo e eu fico louca pra visitar o país e sentir mais de perto a reação das pessoas. Saber o que elas têm pra falar.


O que mais te atraiu em fazer parte da novela e na personagem?
Vera Fischer - 
Definitivamente foi o convite da Gloria Perez. Eu tinha feito a minissérie "Desejo", que é inquestionavelmente maravilhosa, com uma personagem fantástica. E eu não iria recusar, jamais, fazer um trabalho da Gloria Perez. Eu fiz sorrindo, nem sabia muito da personagem quando aceitei. Depois que eu vi que ela era engraçada e um pouco avoada, apaixonada, botava os sentimentos para fora, batendo nas portas, quebrando as coisas, falando alto, eu fiquei apaixonada. Pensei que era tão diferente do que eu tinha acabado de fazer... eu amei fazer essa personagem. E foi assim até o final da novela.


Você é muito autocrítica ao rever um trabalho antigo?
Vera Fischer - 
Eu sou autocrítica sim, em relação a muitas coisas. Mas lembro da Yvete, de todas as cenas, e não tenho crítica nenhuma a fazer. Eu acho que fiz tudo muito bem-feito. Eu gosto muito do resultado, gosto muito da personagem, gosto muito de como eu, Vera, consegui ser a Yvete. Sem tirar nem pôr. Eu não censurava a Yvete, não me interessava se ela estava certa ou errada, aliás, eu não costumo fazer isso porque a gente tem de acreditar sempre na personagem.


Você guarda alguma recordação desse trabalho? Alguma peça do figurino da personagem ou objeto comprado no Marrocos, por exemplo?
Vera Fischer - 
Eu comprei muita coisa no Marrocos. Milhões de colares, aqueles que depois viraram moda, kaftas e Djellabas. Agora eu sou menos consumista, mas naquela época eu era mais. E chegando no Marrocos, não tem como não querer comprar aquelas coisas maravilhosas, que têm uma apresentação fantástica, de milhares de anos de história.


Quais são seus próximos projetos? Existe algo planejado para marcar os seus 70 anos?
Vera Fischer - 
Sim! Vou comemorar com um projeto maravilhoso, onde o grande público conhecerá uma Vera que atua, pinta, escreve, desenha joias, cuida da beleza, canta, dirige filmes trash e conduz a concepção de sua biografia.

Exibida no "Vale a Pena Ver de Novo", a novela "O Clone" é escrita por Gloria Perez, com direção de núcleo e geral de Jayme Monjardim, direção geral de Mário Márcio Bandarra e Marcos Schechtmann, e direção de Teresa Lampreia e Marcelo Travesso.

.: “Freud sem Traumas” descomplica as teorias do pai da psicanálise


Com pitadas de humor inteligente, livro descomplica as principais teorias do pai da psicanálise, mostrando a atualidade do pensador na vida contemporânea.

Por que será que Sigmund Freud continua a marcar presença no nosso cotidiano e nas manifestações culturais? Ideias como ato falho, complexo de Édipo, “sexualidade reprimida” e “negação”, usadas de maneira equivocada, estão o tempo todo por aí. O jornalista e pesquisador Alexandre Carvalho, então, ajuda a entender as tantas confusões que fazemos no dia a dia em "Freud sem Traumas: Para Você Entender, de Uma Vez, as Teorias que Desvendaram a Mente Humana e Mudaram o Mundo – E as Nossas Vidas", lançado pela editora LeYa Brasil.

Descomplicar as principais teorias de Freud e corrigir mitos associados ao pensador austríaco é o objetivo do livro. Mas a obra vai além. Alexandre Carvalho ainda explica para o público não especializado como o pai da psicanálise segue mais perto do mundo contemporâneo do que se imagina: desde sua influência na criação do marketing moderno e da nossa visão da sexualidade até, por exemplo, na explicação dos impulsos destrutivos do indivíduo em sociedade, que podem se manifestar em fenômenos de massa (como no nazismo e em movimentos recentes no Brasil e em outros países).

Em "Freud sem Traumas", o autor propõe uma jornada de autoconheci­mento, “afinal, sonhos, sexualidade, emoções e conflitos de personalidade são o material sofisticado de que somos feitos – o estofo da nossa própria humanidade, e elucida muitas das questões da sociedade atual”.

Para Alexandre Carvalho, rever as ideias de Sigmund Freud – cujo legado terapêutico se impõe em tempos tão à flor da pele – é indispensável num planeta que bate recordes de distúrbios emocionais como ansiedade e depressão, seja pela pandemia, seja pela quebra de autoestima provocada pelas redes sociais. Como caminhar na descoberta de quem somos, então?

“Seria o Instagram um portal de acesso ao nosso inconsciente? Quanto de neurose, atos falhos e perversões é possível adivinhar numa selfie?”, provoca o autor, ao apontar a psicoterapia como antídoto à ilusão das redes e garimpo do eu verdadeiro e (sempre) imperfeito.

Com um texto embasado em vasta pesquisa, ao mesmo tempo acessível e atraente, e com pitadas de humor inteligente, este livro vai ajudar o leitor a enten­der de vez conceitos como interpretação dos sonhos, id, ego e superego, o desenvolvimento da sexualidade na mente humana, perversões, pulsão de morte e o mal-estar do indivíduo em meio às exigências da vida em sociedade... além dos pilares da psicanálise como terapia, que apontou caminhos para todas as que vieram depois dela. Você pode comprar o livro neste link.


Sobre o autor:

Alexandre Carvalho é jornalista, au­tor de "Os Sete Pecados - Inveja: Como Ela Mudou a História do Mundo" (LeYa Brasil, 2015). Escreve para as revistas "Você S/A", "Vida Simples", "Aventu­ras na História" e "Empresário Digital". Cola­borador fixo da "Superinteressante", editou uma série de publicações especiais, como "A Vida e as Lendas dos Santos" (2018) e "Os 50 Filmes Mais Inteligentes de Todos os Tempos" (2020). Estudioso da psicanálise, Alexandre acredita que todas as pessoas deveriam fazer terapia.

Livro:
"Freud sem Traumas: Para Você Entender, de Uma Vez, as Teorias que Desvendaram a Mente Humana e Mudaram o Mundo – E as Nossas Vidas"
Autor: Alexandre Carvalho
Editora: LeYa Brasil
Formato: 15,5x22,5x1,2cm
Páginas: 240


.: Ana Cañas canta Belchior e celebra clássicos do compositor cearense


Batizado de "Ana Cañas Canta Belchior", o projeto que surge da repercussão do público e o seu mergulho profundo na obra do artista se desdobrou em um novo disco com os sucessos compostos por Belchior (1946-2017) como "Alucinação", "Na Hora do Almoço", "Sujeito de Sorte" e "Como Nossos Pais". A homenagem ao compositor cearense, acontece nesta sexta-feira, dia 5 de novembro, às 20h, no palco do Sesc Santos.

O trabalho teve início durante a quarentena e nasceu com a ideia de uma live única. Logo, transformou-se em um álbum e uma turnê integralmente dedicados ao compositor cearense. A repercussão de público e o mergulho profundo que a artista fez na obra de Belchior foram fundamentais para que a iniciativa se desdobrasse no novo disco da cantora.

Ana Cañas começou a fazer teatro ainda jovem e cursou Artes Cênicas na ECA-USP. Foi nos tablados que ela entrou em contato com a música: ao fazer um teste para um musical, ouviu pela primeira vez um standard de jazz interpretado pela cantora Ella Fitzgerald (1917-1996). Ana diz que, ao ouvir a americana cantar, ficou profundamente tocada e que sentiu que aquele era uma espécie de ¿momento-colisão': "Tudo se esclareceu no meu coração, na minha alma. Eu sabia que tinha encontrado meu caminho através do profundo amor que senti pela beleza e transcendência do canto de Ella.". 

Depois disso, não teve volta: Ana Cañas começou a cantar jazz na noite paulistana. No mercado fonográfico desde 2007, foram lançados cinco discos de estúdio - sendo que o último deles, "Todxs", concorreu ao Grammy Latino 2019 na categoria Melhor Álbum de Pop Contemporâneo - e um DVD. Para o lançamento do sexto álbum, no qual canta as canções de Belchior, a artista contou com financiamento coletivo.


Serviço:
Show - Ana Cañas
Sexta-feira, dia 5 de novembro, às 20h
Classificação: 18 anos
Duração: 90 minutos
Teatro do Sesc Santos - Rua Conselheiro Ribas, 136. Bairro: Aparecida.

Ingressos
R$ 20 (credencial plena. Estudantes, servidores de escola pública, idosos, aposentados e pessoas com deficiência) R$ 40 (visitantes). Limite de venda: quatro ingressos por pessoa.

Sobre apresentação do comprovante de vacina
Será necessário apresentar comprovante de vacinação contra covid-19 (pelo menos a primeira dose) para ingressar nas unidades do Sesc no estado de São Paulo.

Poderá ser apresentado:
• Comprovante de vacinação físico, recebido no ato da vacinação;
• Comprovante de vacinação impresso ou digital, disponibilizado pelas plataformas VaciVida e ConecteSUS ou pelo aplicativo e-saúdeSP. Para mais informações, acesse: sescsp.org.br/voltagradual. O distanciamento físico, a utilização de máscara cobrindo boca e nariz,n assim como a medição de temperatura dos visitantes na entrada da unidade, seguem sendo obrigatórios.

Teatros - Capacidade reduzida
Os teatros das unidades Santos, Consolação, Pompeia, Pinheiros, Vila Mariana, Guarulhos, Rio Preto e Jundiaí estão sendo reabertos com capacidade reduzida, seguindo os protocolos de segurança frente à covid-19.

.: "Extra!Ordinárias" estreia no Clube Barbixas de Comédia


Um time de mulheres roteiristas formado por Luiza Yabrudi, Nathalia Cruz, Paula Rocha, Renata Corrêa, Helen Ramos e Tatá Lopes vão tratar de temas do cotidiano no show de humor "Extra!Ordinárias".  Helen Ramos (conhecida pelo canal Hel Mother) e Tatá Lopes estão no elenco ao lado das atrizes Carla Zanini, Cecília Villar, Fafá Rennó e Jamile Godoy. 


Toda a sagacidade feminina ao olhar para as pautas do nosso cotidiano é empregue no show de humor "Extra!Ordinárias", idealizado por Juliana Mesquita, que estreia em apresentação única no Clube Barbixas de Comédia  no dia 10 de novembro, às 21h, e passa a integrar a programação da casa nas noites de quarta-feira, a partir do dia 9 de março de 2022.

O espetáculo reúne um time de roteiristas formado por Luiza Yabrudi, Nathalia Cruz, Paula Rocha, Renata Corrêa, Helen Ramos e Tatá Lopes, que assina a redação final dos textos. As duas últimas também estão no elenco ao lado das atrizes Carla Zanini, Cecília Villar, Fafá Rennó e Jamile Godoy.

“Sou muito criativa, tenho mil ideias por minuto e, às vezes, a ideia nasce totalmente fluída e combina com um momento propício. O Joca Paciello, um dos sócios do Clube Barbixas de Comédia, me propôs uma noite lá e eu tinha este desejo de ver um show só de mulheres, de humor, que não fosse nem improviso, nem stand up. Logo chamei as roteiristas e começamos a trabalhar”, revela Juliana Mesquisa sobre o surgimento do espetáculo.

Composto por dez esquetes de, no máximo, dez minutos, que não é improviso e nem stand up, "Extra!Ordinárias" se propõe a tratar de temas universais do cotidiano a partir do olhar feminino. Embora todas as personagens sejam mulheres, as situações também falam sobre homens. E as atrizes se dividem em cena em várias configurações – às vezes, sobem todas juntas ao palco. E, quando o espetáculo passar a ocupar as noites de quarta-feira da casa, todas as cenas cômicas serão renovadas a cada semana. Além disso, sempre contará com roteiristas, atrizes e diretoras convidadas. E toda a equipe é composta por mulheres.

O título do espetáculo surgiu coletivamente. “Nome é sempre difícil, né? Ficamos semanas experimentando nomes, então, um dia uma das roteiristas falou Ordinárias e a outra já respondeu de pronto Extra!Ordinárias. Esse nome destaca toda a potência feminina e humor. Para mim, uma 'Extra!Ordinária' é uma mulher que atravessa o seu tempo com coragem, que tem a escuta e o coração abertos para as mudanças e que entende que juntas somos mais fortes”, acrescenta Mesquita. 

Ficha técnica de "Extra!Ordinárias":
Idealização: Juliana Mesquita. Roteiristas: Helen Ramos (@ahelenramos), Luiza Yabrudi (@luyabrudi), Nathalia Cruz (@nathaliapontocruz), Paula Rocha (@paularochaeu), Renata Corrêa (@recorrea) e Tata Lopes (@a_tata_lopes). Atrizes:  Carla Zanini (@carlamzanini), Cecília Villar (@ceciliasvillar), Fafá Rennó (@fafarenno), Helen Ramos (@ahelenramos), Jamile Godoy (@eijamile) e Tata Lopes (@a_tata_lopes). Luz: Lica Barros. Som: Lays Somogyi. Direção de arte: Maria Carolina Marchi. Mídias sociais: Ana Luísa de Oliveira. Fotografia: Amanda Mirella. Maquiagem: Kalinka Esteves. Apoio: Converse via Agência Lema. Realização: Extra!Ordinárias (@extraextraordinarias).


Serviço de "Extra!Ordinárias":
Quarta-feira, dia 10 de novembro, às 21h.

Clube Barbixas de Comédias – Rua Augusta, 1129, Cerqueira César, São Paulo.
Ingressos: entre R$20 e R$50 (couvert artístico), vendas pelo site https://bileto.sympla.com.br/event/69562/d/112811
Classificação etária:
16 anos.
Duração: 80 minutos.
Bilheteria: segunda a Sábado, das 19h às 21h; Domingos e feriados, das 17h às 21h

quinta-feira, 4 de novembro de 2021

.: Crítica: "Eternos" é a continuação de um universo com novos super-heróis

Por: Mary Ellen Farias dos Santos 

Em novembro de 2021


"Eternos" chega ao Universo Cinematográfico da Marvel com uma nova roupagem dada pelas mãos mágicas e mente brilhante da diretora Chloé Zhao. Inicialmente, letreiros num fundo preto contextualizam a história que apresenta a quarta fase dos heróis Marvel. Nos primeiros minutos, o longa segue a receita de introduzir os personagens para depois, impactar com uma sequência de muita ação e efeitos especiais. 

Com Sersi (Gemma Chan), Ikaris (Richard Madden), Ajak (Salma Hayek), Thena (Angelina Jolie), Kingo (Kumail Nanjiani), Duende (Lia McHugh), Phastos (Brian Tyree Henry), Druig (Barry Keoghan), Makkari (Lauren Ridloff) e Gilgamesh (Don Lee) reunidos, conhecemos os inimigos Deviantes e, ao público, cabe ficar com os olhos grudados na tela do cinema. Sim! Esse é o tipo de longa para se ver bem grande.

Os Eternos, raça de seres imortais que viveram durante a antiguidade da Terra, é um grupo de defensores secretos, aqui presente desde o início da humanidade -o que é retratado, detalhadamente, até de modo didático. Seguindo essa linha do tempo do Planeta Terra, há espaço para uma fotografia de muita beleza ao longo de 2h37min de filme.

No entanto, a luta dos Eternos não está restrita a aparição de seres também capazes de evoluírem, os malignos Deviantes. Por trás de tudo há "deuses" chamados de modo divino: os Celestiais. Eles são os primeiros seres vivos do universo, extraterrestres poderosos, sendo que alguns chegaram ao ponto de criarem outras raças ou experimentos com as já existentes.

No entanto, é sempre bom lembrar que se trata de uma adaptação de personagens de HQs para os cinemas em pleno 2021, quando a humanidade se julga altamente moderna, mas age de modo tão retrógrado e, às vezes, como primatas. Assim, em "Eternos", o lado humano e falho ganha foco na narrativa para, então, explodir a força dos super poderes dos Eternos, que também se passam por seres mortais -até a página 2, pois os Deviantes voltam a atacar. Assim, cabem características diversas como o fato de um dos Eternos ser gay -Phastos (Brian Tyree Henry)- e outra ser surda-muda -Makkari (Lauren Ridloff). Há representatividade em "Eternos"!

Não há como negar que a leveza na trama é trazida por Kingo (Kumail Nanjiani, de "Goosebumps"), de traços árabes. Ao longo dos séculos decidiu incorporar um ator de Bollywood -uma família, na verdade-, o que garante uma linda sequência bastante colorida e coreografada com muitas pessoas em cena, capaz de fazer as produções do gênero se orgulharem da homenagem. 

A necessidade de Kingo registrar o que viverá com os Eternos, o faz levar um humano junto da missão. Assim, o amo tem registros hilários com câmeras filmadoras que simplesmente brotam do estoque de seu criado. Tal registro faz lembrar e muito o filme que, atualmente, é uma série de sucesso: "What We Do In The Shadows". Seja pela forma em que as filmagens são exibidas ou pela situação de amo e criado. Aqui não temos o humano Guillermo de la Cruz e o vampiro Nandor, embora, Kingo revele que seu criado tenha pensado que ele fosse um. Essa dupla em cena garante boas risadas. Outro personagem que torna a trama leve é Gilgamesh (Don Lee, "Invasão Zumbi"), quem cuida da dupla personalidade de Thena, mas é capaz de trazer piadas que suavizam a trama de embates.

Contudo, é muito gratificante reencontrar Angelina Jolie no posto de heróina, aqui ela é Thena. Poderosíssima e de movimentos precisos, faz o queixo do público cair durante confronto final. É inevitável, mesmo após anos, deixar de observar as poses dela após os duelos e não recordar sua atuação em "Tomb Raider". Outra figura da velha guarda do meio cinematográfico que integra os Eternos é a atriz de traços latinos: Salma Hayek. Como Ajak ela é a cabeça do grupo e quem fala diretamente com deus. Apesar de certo desfecho, a presença da personagem é constante na película.

Druig (Barry Keoghan, da série "Chernobyl") é um herói que tem consciencia de sua responsabilidade, porém tem bom coração e quer interferir na ação do homem impedindo brigas e, claro, assassinatos. Entre ele e Makkari rola um afeto maior do que de amizade, mas não evolui, nesse longa. É Phastos (Brian Tyree Henry), o cérebro do grupo, que em sua humanidade consegue formar uma família ao lado de outro homem tendo um filhinho para criar. 


Aos corações apaixonados da plateia, cabe o reencontro com o príncipe da "Cinderella", Richard Madden, que interpreta Ikaris. Em "Eternos" ele é um dos membros de destaque, com os poderes do "Super-Homem", seja por voar e ter visão de calor. Em tempo, por vezes, a Marvel brinca com a DC seja fazendo uma comparação entre Ikaris e "Superman" ou por mencionar o Batman.

E não é que Ikaris é desenhado no próprio "Eternos" como que um Peter Pan?! Tendo o amor de Sersi, que seria a Wendy e da Sininho/Tinkerbell, no caso, Duende/Sprite -quem mostra devoção a ele até o fim da história?! Ao declarar ciúmes, Duende traz para a tela o seu lado Claudia de "Entrevista com o Vampiro", ao menos ela tem o desejo de se tornar mulher realizado.

A relação de amor entre Ikaris e Sersi (Gemma Chan, de "Capitã Marvel") tem encontros que, por vezes, lembram a relação conturbada de Aragorn e Arwen, de "O Senhor dos Anéis". E não se surpreenda, há tempo até para uma cena de amorzinho do casal. Essa mulher de coração partido é quem irá salvar a humanidade. Ela é capaz de transformar lava, acredite!

O longa com orçamento de 200 milhões tem uma apresentação estética belíssima, embora, por vezes, escura. Algo bem diferente do visto recentemente em "Shang Chi e a Lenda dos Dez Anéis", mas há traços dessa última produção do UCM em "Eternos". Não somente por retratar um herói longe da sua essência que precisa ser resgatada diante do perigo, mas pela estética de como os poderes ganham força em cena quando colocados em ação. 

"Eternos" é uma produção mais madura com heróis passíveis de erros, ainda que sejam robôs. Aos fãs, fica só a expectativa do que está por vir com essa nova fase! Afinal, as duas cenas pós-créditos prometem. Não somente com a inserção do irmão de Thanos, Eros (Harry Styles), mas um papel de maior peso para Kit Harington, quem revela ter um árvore genealógica complicada de explicar!

Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link.

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm


.: Reedição especial da série Ripley em dois livros é festa para a literatura


A editora Intrínseca relançou dois livros da série estrelada por Tom Ripley com acabamentos de luxo e nova tradução. O primeiro deles é "O Talentoso Ripley", de Patricia Highsmith, com tradução de José Francisco Botelho. 

Desde a primeira publicação de "O Talentoso Ripley", em 1955, e as posteriores adaptações para o cinema, como a estrelada por Matt Damon, Jude Law e Gwyneth Paltrow, de 1999, o personagem conquista fãs ao redor do mundo, sendo reconhecido como um dos maiores sociopatas da literatura. 

Neste primeiro volume da série de cinco livros, Ripley tenta se estabelecer em Manhattan após fugir de seu lar mais do que disfuncional. Bom de lábia, exímio imitador e piadista, praticante de furtos e pequenos golpes, Tom vê sua sorte mudar ao receber uma proposta inusitada. Ele deve ir a uma aldeia na Itália e convencer Dickie Greenleaf, o filho de um rico industrial, a voltar para casa e assumir os negócios da família. O problema é que o vigarista é seduzido pelo estilo de vida refinado do playboy.

A relação de amizade entre os dois se complica com a interferência de Marge, a típica boa menina americana, rica e apaixonada por Dickie. Não demora para que o fascínio de Tom pela vida de Dickie assuma contornos de obsessão. Quando este percebe o perigo e tenta se afastar, já é tarde demais: Tom vê na rejeição a motivação que faltava para dar vazão aos seus desejos mais sombrios e rouba não só o dinheiro do amigo, mas também sua vida e personalidade.

Com "O Talentoso Ripley", a escritora Patricia Highsmith faz a introdução sangrenta e repleta de adrenalina dos percalços desse jovem capaz de tudo para manter seu estilo de vida. Matar ou se reinventar em diversas personalidades não serão empecilhos. Você pode comprar "O Talentoso Ripley" neste link.


Segundo volume da série confirma vocação para crimes
"Ripley Subterrâneo", o segundo volume da série, já foi lançado. Nesta história envolvente de Patricia Highsmith, Tom Ripley está morando em uma confortável propriedade no Sul da França ao lado da esposa, Heloise, a jovem herdeira de uma fortuna. Além de circular pelo jet set europeu e colher os frutos do roubo da identidade de Dickie Greenleaf, ele administra um esquema de falsificação de quadros.

Tudo começa com a súbita valorização das obras do recluso pintor Phillip Derwatt, graças ao trabalho de divulgação dos amigos Jeff Constant e Ed Banbury. O que os compradores não sabem é que Derwatt está morto. Quando os quadros originais são quase todos vendidos, Tom propõe à dupla que, com a ajuda do pintor Bernard Tufts, passem a criar obras inéditas atribuídas ao falecido.

O esquema parece perfeito, até que um dos compradores desconfia da falsificação e ameaça ir à polícia. Como sempre, Tom cria um plano: ele simplesmente assume a identidade de Derwatt e tenta convencer o comprador da legitimidade da peça. Um plano infalível, não fossem o descontrole emocional e a culpa de Tufts, que forçam Tom a mais uma vez adotar medidas surpreendentes e embarcar em uma trama marcada por sangue e reviravoltas. Você pode comprar "Ripley Subterrâneo" neste link.


.: Figurino e caracterização de "Verdades Secretas II" mexem com imaginário


Novela mostra a moda em seu universo. Em cena, uma imagen do desfile de Betty (Deborah Evelyn) - importante personagem da trama. Foto: João Miguel Júnior

O visual ousado da novela Original Globoplay "Verdades Secretas II", escrita por Walcyr Carrasco,  apresenta-se em diversos elementos que compõem a obra. Com uma forte linguagem de moda e uma grande liberdade estética, os personagens usam looks que carregam sensualidade, atemporalidade e que, por vezes, não fazem distinção de gênero.


A monocromia está presente em boa parte das composições do figurino que criam a identidade de cada um – algumas mais realistas, outras nem tanto. Na paleta de cores escolhida pela direção de arte, cinza e preto predominam, mas também aparecem tons de marrom, vermelho e metálico. “De modo geral, a novela possui uma estética mais dark, sexual e atemporal. Nós usamos a expressão ‘neon noir’ para definir esse caminho que tomamos”, explica a figurinista Mariana Sued.

A passagem de tempo na narrativa – seis anos após a primeira temporada – introduz mudanças marcantes tanto na caracterização, quanto no figurino de alguns personagens, como Giovanna (Agatha Moreira) e Visky (Rainer Cadete), que tiveram transformações impactantes. A filha de Pia (Guilhermina Guinle) e Alex (Rodrigo Lombardi) chega com um novo corte de cabelo, bem curto e platinado. “A Giovanna vem quase como uma personagem de desenho japonês. Ela traz essa proposta moderna, irreverente e agressiva. Isso até complementa a personalidade contestadora, que gostar de causar”, comenta Marcelo Dias, que assina a caracterização junto com Carla Biriba. 

Já Rainer volta a dar vida ao booker, agora com cabelos azuis – mais modernos e atuais – e investe em itens de maquiagem como gloss, batom e glitter nos olhos. Apesar de contemporânea, a beleza dos personagens tem um aspecto fantasioso e lúdico, bastante inspirada na noite, com muito brilho e cor. Esse traço se manifesta, principalmente, nos núcleos da agência e da casa noturna. 

Na nova temporada, Angel (Camila Queiroz) ganha um visual moderno e clássico, que não entrega sua sensualidade à primeira vista. Porém, em determinados momentos da trama, a protagonista vai despertar surpresas em relação à sua imagem. De volta ao "book rosa", as perucas serão um diferencial que ajudarão a compor looks ousados para essas ocasiões, como se sua própria atitude se transformasse, dando vida a uma outra mulher.

Carla Biriba aposta na incorporação do brilho e das cores intensas no dia a dia. “Eu acho que vamos sair desse lugar de que só nos é permitido usar brilho e cores mais diferentes no carnaval e trazer essa coisa lúdica, que é uma delícia, para o nosso dia a dia, até para trabalhar. Quando a gente traz isso para o cotidiano numa cor, numa forma, acabamos alegrando o olhar do próximo. E quando vamos ver, já está todo mundo mais colorido, mais brilhoso. Eu acho que isso pode ser uma grande tendência de ‘Verdades Secretas II’”, pontua.

Como não poderiam faltar, os desfiles são eventos à parte na história. Nesses momentos de destaque na trama, a liberdade criativa alcança voos ainda mais altos. Estilistas brasileiros foram convidados a colaborar no processo de produção das roupas e sapatos para as apresentações. Entre eles, estão Rober Dognani, Koia, Mayara Bozzatto, Jal Vieira, Leandro Benites e a marca Bold Strap. Na ficção, é a estilista Betty quem assina as coleções, mas os designers convidados, responsáveis pelas peças, não vão deixar de estar presentes nas telas: eles podem aparecer nos bastidores dos eventos, como parte da equipe da personagem interpretada por Deborah Evelyn.

O primeiro desfile da trama, já disponível na plataforma, aposta no “peladismo”, um estilo em que há mais exposição do corpo nos looks, imprimindo o lado sexy que a obra propõe. Numa mistura de vinil com tule e náilon esportivo, as peças ganham transparência e volumes extremos. 

A aparência inesperada do visual é construída também pelos cabelos, que vêm com uma textura molhada, e nas maquiagens, todas pretas com destaques em roxo, azul e prateado. “Há uma evolução de onde a gente começou – no primeiro desfile – até o último. É lógico que nós estamos respeitando o DNA da Betty, que é quem faz os desfiles na trama, mas ao mesmo tempo, acrescentando coisas novas a cada evento. Está sendo legal ver essa transformação, de degrau a degrau”, analisa Dani Ueda, que assina o conceito de moda.

Na cenografia do evento, o que chama atenção é a neve (projetada em um fundo de LED) e as árvores secas, que combinam com a coleção mágica do figurino. A inspiração para o cenário partiu do Pavilhão da Bienal, no Parque Ibirapuera, localizado na cidade de São Paulo. Seguindo a linha conceitual, outros desfiles da trama terão formato de performance, distanciando-se das apresentações convencionais.

Os shootings também são momentos que fazem parte do dia a dia da agência de Blanche (Maria de Medeiros) e, na história, vários modelos do casting participam de ensaios fotográficos usando peças que, em sua maioria, foram produzidas exclusivamente para a obra, assim como acontece nos desfiles. Os figurinos mostram uma quebra de padrões ao sair do tradicional com a liberdade de se encaixar em diferentes corpos. “Hoje estamos falando muito da moda no gender (sem gênero), algo que está acontecendo de verdade: uma roupa que é tanto para homem, quanto para mulher. Vamos falar bastante disso na nossa moda. Você olha e não distingue o que é de homem e o que é de mulher. Estamos fazendo peças que podem transitar”, destaca Ueda.

"Verdades Secretas 2" é uma novela original Globoplay, desenvolvida pelos Estúdios Globo, criada e escrita por Walcyr Carrasco, com Nelson Nadotti, Márcio Haiduck e Vinicius Vianna. A direção artística é de Amora Mautner, com direção de Isabella Gabaglia, Bruno Safadi, Fellipe Barbosa e Gabriela Amaral. A produção é de Barbara Monteiro e Isabel Ribeiro, e a direção de Gênero é de José Luiz Villamarim.


.: Grazi Massafera: "A desconstrução fez com que ela brilhasse"


Atriz relembra as dores e alegrias de interpretar a Larissa de "Verdades Secretas": "Acreditar que eu era capaz de fazer alguma coisa de diferente do que já tinha feito. Sempre creditavam a mim um personagem de acordo com o meu estereótipo. A Larissa não é diferente, o meu estereótipo ajudou a construção dela". Foto: Globo/João Miguel Júnior

A oportunidade de interpretar uma modelo que se afunda no mundo das drogas na primeira temporada de "Verdades Secretas", novela de Walcyr Carrasco, foi determinante para a carreira de Grazi Massafera. Indicada ao Emmy Internacional de Melhor Atriz pela atuação no papel, ela conta que passou a perceber seu ofício de outra forma depois desse trabalho. "A Larissa foi um divisor na carreira e de profissão até. Com ela eu entendi muita coisa da profissão. É um trabalho e uma personagem com uma grande função social e eu acho que as pessoas também receberam dessa forma. Eu me orgulho disso", revela. 

Grazi diz que só sentiu a repercussão de seu trabalho tempos depois das gravações e que na época da indicação ao prêmio a ficha custou a cair. "A ficha só caiu quando eu estava lá, no dia da cerimônia. Foi muito louco isso. Hoje eu tenho essa indicação como um dos maiores orgulhos da minha carreira. Na época eu estava meio anestesiada, as pessoas falavam e parecia que não era eu, era tão grande que eu não percebia", explica. 

O resultado do trabalho foi fruto de muito esforço. A preparação para a personagem repleta de complexidades exigiu um intenso trabalho físico e mental. "Li sobre cada processo químico, de cada droga. Primeiro fui estudando, conversei com especialistas, fiz um amplo estudo de imagens de filmes já consagrados, clássicos do tema. Fui até a cracolândia, conversei com os dependentes químicos. Depois fui para o processo corporal, estudei sobre como era a sensação de cada droga no corpo e aí fui explorando o meu corpo, um processo bem exaustivo. Quando me aproximava do resultado, criava a memória corporal. Depois disso é que eu parti para o texto. Foi um processo bem interessante, bem esmiuçado", relembra Grazi, que credita o sucesso desse trabalho especialmente à disponibilidade em desconstruir sua imagem.

"O maior desafio foi acreditar que eu era capaz de fazer alguma coisa de diferente do que já tinha feito. Sempre creditavam a mim um personagem de acordo com o meu estereótipo. A Larissa não é diferente, o meu estereótipo ajudou na construção dela, mas foi a desconstrução que fez com que ela brilhasse". Em entrevista, a atriz conta um pouco mais sobre a experiência na novela e os bastidores. 


Como você descreve a personagem e qual a importância da Larissa para sua carreira?
Grazi Massafera - É uma personagem muito complexa para descrever. A Larissa é uma modelo em momento de decadência, vazia, sem apoio familiar, sem estrutura emocional nenhuma. A história dela não tem nenhum paralelo com a minha, eu tenho uma estrutura familiar bem forte. Foi realmente um desafio muito grande passar por todo esse processo e eu não esperava que isso fosse acontecer de forma tão bonita. A Larissa foi um divisor na carreira e de profissão até. Com ela eu entendi muita coisa da profissão. É um trabalho e uma personagem com uma grande função social e eu acho que as pessoas também receberam dessa forma. Eu me orgulho disso.

Como foi o trabalho de composição da personagem? Você chegou a conversar com dependentes químicos e terapeutas?
Grazi Massafera - Essa personagem me levou primeiramente para um processo mais mental, com leituras, li sobre cada processo químico, de cada droga. Primeiro fui estudando, conversei com especialistas, fiz um amplo estudo de imagens de filmes já consagrados, clássicos do tema. Fui até a cracolândia, conversei com os dependentes químicos. Depois fui para o processo corporal, estudar como era a sensação de cada droga no corpo e aí fui explorando o meu corpo, um processo bem exaustivo. Quando me aproximava do resultado, criava a memória corporal. Depois disso é que eu parti para o texto. Foi um processo bem interessante, bem esmiuçado.


Qual é a principal lembrança que você tem do período de gravação?
Grazi Massafera - De uma coisa que as pessoas não acreditam: do processo de gravação em si, que era leve e prazeroso. Todo mundo acha que foi pesado, mas pelo contrário, eu já passei por personagens, especialmente as protagonistas, muito mais pesadas. A Larissa não tinha o peso da protagonista, eu gravava menos, tinha mais tempo para organizar as cenas, para me concentrar. Os bastidores eram muito bons, os atores eram muito legais. Eu adoro a Marieta (Severo)! A minha caracterizadora, a Dayse Teixeira, é maravilhosa, toda a equipe de direção também, e eu tinha muito contato com os câmeras. Tem um câmera que se chama Marconi e lembro que na época tiveram cenas em que a gente respirava ao mesmo tempo, sabe? Foi incrível demais.


Como foi receber a indicação ao Emmy como Melhor Atriz?
Grazi Massafera - Quando me disseram fiquei meio aérea. Não caiu a ficha, só caiu quando eu estava lá, no dia da cerimônia. Foi muito louco isso. Hoje eu tenho essa indicação como um dos maiores orgulhos da minha carreira. Na época eu estava meio anestesiada, as pessoas falavam e parecia que não era eu, era tão grande que eu não percebia.


Qual foi o grande desafio desse trabalho como um todo?
Grazi Massafera - 
Acreditar que eu era capaz de fazer alguma coisa de diferente do que já tinha feito. Sempre creditavam a mim um personagem de acordo com o meu estereótipo. A Larissa não é diferente, o meu estereótipo ajudou a construção dela, mas foi a desconstrução que fez com que ela brilhasse.


O público a abordava muito nas ruas por conta da trama quando ela foi exibida originalmente?
Grazi Massafera - 
Acredita que não? Eu ficava tão concentrada nas gravações na época que não saía muito, quase não tive contato com o público. Agora estou tendo essa chance! (Risos)


É muito autocrítica ao rever um trabalho antigo? Como está sendo a experiência agora?
Grazi Massafera - 
Sim, eu sempre fui assim, vejo uma cena minha e é difícil dizer que está bom, eu sempre vejo algo que eu poderia melhorar. Mas não me martirizo. Eu tenho um pensamento, uma estratégia de atleta: assisto a minha performance e vejo o que posso melhorar para as próximas. Já fui de ficar me martirizando, hoje não mais.


"Verdades Secretas" é escrita por Walcyr Carrasco, com direção de núcleo de Mauro Mendonça Filho e direção geral de André Felipe Binder, Natália Grimberg e Mauro Mendonça Filho, direção de Allan Fiterman, Mariana Richard e André Barros. A obra vai ao ar às segundas após "Império", às terças e quintas depois de "The Voice Brasil" e às sextas após o "Globo Repórter".


← Postagens mais recentes Postagens mais antigas → Página inicial
Tecnologia do Blogger.