quinta-feira, 4 de novembro de 2021

.: Entrevista com Irene Ravache: “A alegria nos uniu até hoje"


Irene Ravache revisita a vilã Sabine na edição especial de "Pega Pega". Foto: Globo/João Miguel Júnior

Se em "Pega Pega" a Sabine, personagem de Irene Ravache, é arrogante, como a própria veterana descreve, na vida real esse comportamento ficou de lado durante as gravações da novela. Em papo sobre a edição especial, a atriz relembra a trama e destaca o clima de amizade e descontração entre o elenco: “A alegria com que gravávamos marcou a todos, nos uniu até hoje. A prova é que, mesmo à distância, não nos largamos. Somos os ‘Peguenses’”, comemora Irene, referindo-se ao grupo que os artistas mantêm ativo desde a primeira exibição da novela.  

Ravache também revela que guardou uma recordação do Carioca Palace (hotel da trama), conta como se inspirou para viver Sabine e comenta a personalidade da personagem, desde sua relação com o filho adotivo, Dom (David Junior). "Pega Pega" é escrita por Claudia Souto, com direção artística de Luiz Henrique Rios, direção de Ana Paula Guimarães, Dayse Amaral Dias, Luis Felipe Sá, Noa Bressane, e direção geral de Marcus Figueiredo. 


Você gosta de revisitar e rever seus trabalhos?
Irene Ravache - É a oportunidade que o profissional tem de reavaliar seu desempenho, ver se alguma cena faria diferente. As coisas mudam e a visão do ator sobre seus personagens, também.  


Com tantos personagens marcantes na carreira, o que destacaria de diferente em Sabine? 
Irene Ravache - Sabine é uma vilã de novela que, graças à competência da autora, Claudia Souto, tem leveza e humor. Mas não se enganem com ela! Sabine é arrogante, o espectador pode sentir isso desde a primeira cena. Compensa com um ferino senso de humor e como ama o seu filho adotivo! Pelo Dom, faz qualquer coisa, até loucuras! 


Você se inspirou em alguém? 
Irene Ravache - Fazer a Sabine foi uma delícia, gravar essa novela foi uma experiência muito boa para todos nós, tanto que nos tornamos amigos. Eu não me inspirei em ninguém em particular, porém, já vi muitas pessoas com o nariz empinado, com atitudes arrogantes do gênero “sabe com quem você está falando?”. Essas pessoas quase sempre são muito complexadas, porque quem reconhece seu próprio valor não tem esse tipo de atitude, não precisa demonstrar. É cafona essa demonstração. É lamentável, mas ainda existe bastante gente a nossa volta com essa atitude de menosprezo.  


Como você descreve a relação dela com o filho, Dom? 
Irene Ravache - É uma relação muito doente por parte dela, começa porque ela roubou essa criança de uma família. Ela causou essa infelicidade. É uma atitude de amor? Não. É uma atitude de um extremo egoísmo, pensando apenas nela, e sem levar em conta o sofrimento que causou. Esse tipo de gente até diz que agiu por amor, mas é um amor que absolutamente não interessa, porque é um amor doentio. Ela comete loucuras, mas isso revela a personalidade desequilibrada dela. 


Qual a principal lembrança que ficou da época das gravações?
Irene Ravache - A alegria com que gravávamos marcou a todos, nos uniu até hoje. A prova é que, mesmo à distância, não nos largamos. Somos os "Peguenses"! "Pega Pega" marcou seu elenco; estamos juntos, nos curtimos.  


Guarda alguma recordação da personagem, como peça de roupa ou objeto? 
Irene Ravache - O guarda-roupa da Sabine era muito elegante, mas fiquei com uma almofada com a marca do Carioca Palace. Inesquecível para todos nós!



quarta-feira, 3 de novembro de 2021

.: 3x9: "ACS: Impeachment" deixa machismo gritar em "The Grand Jury"


Por: Mary Ellen Farias dos Santos 

Em novembro de 2021

"The Grand Jury", o nono episódio de "American Crime Story: Impeachment"começa e logo reencontramos Linda Tripp (Sarah Paulson) sem perder a chance de ser uma mulher de postura inspuportável. Fica a pergunta: Quantas vezes ela passou na fila da chatice?! Ao menos sem bom humor faz uma boa ação a uma estranha, também hóspede do hotel em que está morando. Para a sorte dela, a filha se importa. E numa conversa entre mãe e filha sabemos de um discurso que será feito publicamente para que Linda conte a história na própria visão.


Monica Lewinsky (Beanie Feldstein) chega ao julgamento e segue o procedimento de jurar dizer a verdade somente a verdade erguendo a mão e tudo. E após algumas perguntas, a ex-amante do presidente dos Estados Unidos precisa explicar como começou o primeiro contato: um beijo até ela fazer sexo oral nele. Apesar da extrema vergonha, Monica descreve a relação de modo carinhoso, a ponto de atribuir o adjetivo de gentil a Bill Clinton (Clive Owen). 

Falas de Monica são repassadas para os presentes, de quando ela disse a Linda Tripp que iria negar tudo, mesmo que precisasse mentir. Diante do grande júri, ela revela, inclusive que ninguém pediu para que mentisse. Eis que uma senhora pergunta se a mãe de Monica alguma vez a incentivou a terminar o relacionamento com ele, por ser o presidente, um homem casado e ter uma família. E claro, para todos do júri, assim como Monica, a relação dos dois era errada. No entanto, a culpa é sempre atribuída a ela, não a ele. Pensamentos machistas que levarão décadas para serem trabalhados. Imagine como não era nos anos 90?

Quando questionada pelo júri, sobre o dia em que foi mantida num quarto de hotel pelo F.B.I., sem chamar um advogado, embora tenha desejado fazê-lo, apenas sendo informada de que estava com problemas e que até a mãe dela poderia ser punida. Monica conta a verdade, implicando na saída da sala do agente ali presente. Monica conta como foi detida com a ajuda de Linda Tripp por agentes do F.B.I.. 

E como ela está proibida de mentir ali, confessa: "Eu odeio Linda Tripp". E quem não odiaria, né?! Antes do fim do episódio, descobrimos exatamente que a  relação deles começou com uma atração física até se tornar uma relação sexual -e todos os detalhes são expostos. 

Reencontramos Paula Jones (Annaleigh Ashford) numa cama de hospital e seguimos sem saber o que, de fato, ela faz ali. Entretanto, é Linda Tripp quem chega de mala e cuia em casa. Antes de comer, abre uma correspondência maior, dentro há uma revista, folheia as páginas e encontra um texto com uma caricatura dela bem assustadora: uma bruxa. 

Hillary Clinton (Edie Falco) comparece a eventos ao lado do marido, Bill Clinton (Clive Owen), mas a relação dos dois não é mais a mesma. Tudo se resume a aparências. Até que ele a chama na sala da Casa Branca, fala e fala sobre como se sentia em relações aos acontecimentos e diz não saber quem é sem ela. Com direito a lágrimas escorrendo dos olhos dele, mas Hillary apenas pergunta se é tudo, ele nega e se declara para a senhora Clinton que, simplesmente, sai da sala.

Linda volta ao trabalho na marra e a situação dela é colocada às claras. Eis que agentes vão ao encontro de uma testemunha que esteve em "American Crime Story: Impeachment" anteriormente. Ela não diz uma palavra, permanece com a cara de assustada e entendemos que precisam da assinatura dela num documento -que na verdade é para criar um documento a favor do presidente.

Eis que Paula Jones volta para casa, mas com marcas no rosto e um curativo cobrindo as narinas. No hospital, ela fez uma cirurgia para afinar o nariz. Então, uma discussão entre marido e mulher de lavar roupa suja, pois o dinheiro que receberiam foi perdido. Paula não receberá mais nada. Em meio a xingamentos por parte de Paula, Steve, o marido, sai de casa. 

É a vez de Linda ser interrogada pelo grande júri tendo uma das conversas entre ela e Monica lida para todos os presentes. E o depoimento vai para um caminho mais interessante quando os jurados começam a fazer as perguntas diretamente a ela. Linda age tal qual Clinton, torce e retorce os fatos a seu favor. 

Linda é sabatinada e diz ter sentido medo por saber o que acontecia entre Clinton e Monica. A ex-amiga de Monica revela ter ficado apavorada não só por perder o emprego, mas de até ser assassinada. Em outra sala, Monica ouve uma fita com conversa entre as duas, assina nela e sai. Enquanto que longe dali, Linda permanece sendo esmagada com perguntas desconfortáveis. Fica a ideia de que ela, de fato, acreditava estar agindo muito bem ao trazer todo o assunto a público.

Fora da sala dos jurados, diante de jornalistas equipados, num púlpito, fora da sala do grande júri, Linda lê um discurso que escreveu a seu modo sobre a situação em que se envolveu por ser amiga de Monica. Declara amor à patria e reforça a necessidade de dizer a verdade. Pois é!

Na Casa Branca, Clinton está à mesa da famosa sala da presidência quando Hillary se aproxima dele, mantendo uma certa distância até que se mostra aliada a ele. E como a história de Clinton é cheia de passagens nebulosas, perto do fim do episódio descobrimos que a outra mulher, a da assinatura é Juanita Broaddrick. Procurada anteriormente confessa ter mentido, pois não queria se envolver com o caso, porém, no passado, foi estuprada por Clinton. Quando a situação de Clinton parece estar entrando nos eixos, sempre um novo escândalo escabroso surge. 

No entanto, "The Grand Jury" deixa uma provocação maravilhosa para refletirmos sobre a figura feminina ser sempre massacrada. Seja Monica, uma mulher solteira, envolvendo-se com o presidente, um homem casado, Linda sendo ridicularizada pela imagem, assim como Paula Jones, levando a segunda a fazer uma cirurgia plástica. É assustador perceber que estamos em 2021 e nem tanta coisa mudou na sociedade, seja americana ou brasileira. Que venha o episódio final de "American Crime Story: Impeachment": "The Wilderness"!


Seriado: American Crime Story: Impeachment
Temporada: 3
Episódio 9: "
The Grand Jury"
Exibido em: 2 de novembro de 2021, EUA.
Elenco: Sarah Paulson (Linda Tripp), Beanie Feldstein (Monica Lewinsky), Annaleigh Ashford (Paula Jones), Margo Martindale (Lucianne Goldberg), Edie Falco (Hillary Clinton), Clive Owen (Bill Clinton), Billy Eichner (Matt Drudge), Elizabeth Reaser, Judith Light (Susan Carpenter-McMillan), Anthony Green (Al Gore), Cobie Smulders (Ann Coulter), Colin Hanks, Taran Killam (Steve Jones), Mira Sorvino (Marcia Lewis), Kathleen Turner (Susan Webber Wright), Dan Bakkedahl (Kenneth Starr), Joseph Mazzello (Paul Begala), Blair Underwood (Vernon Jordan), Kevin Pollak (Bernie Nussbaum), Patrick Fischler (Sidney Blumenthal)

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm

.: Continuação de "A Família Addams" grita: "Esqueçam o primeiro filme!"


Por 
Helder Moraes Miranda, editor do Resenhando.

Em cartaz no Cineflix Santos, "A Família Addams 2 - Pé na Estrada" é tudo o que um adulto quer ver em uma animação que se preze. Ao contrário do primeiro filme, que é bem arrastado, este se supera. A começar pela qualidade das imagens e dos cenários - é tudo lindo e faz com que você queira morar no desenho. Mas também é uma animação esperta, sacaninha e clássica ao mesmo tempo. 

Clássica porque é impossível ver este desenho e não se lembrar do seriado de TV de 1964 produzido por David Levy, do desenho animado e até dos filmes da década de 1990 com Anjelica Houston, Raúl Júlia, Christopher Lloyd, Christina Ricci e companhia limitada sem sentir um pingo de nostalgia. 

A animação de 2021 é "esperta" porque não camufla os defeitos dos personagens, pelo contrário, utiliza traços da personalidade para humanizá-los. Além de "sacaninha" porque o filme utiliza muitos trocadilhos - que as crianças podem não perceber. 

Esta continuação de "A Família Addams" é infinitamente melhor que a primeira e, mais uma vez, gira em torno de Wandinha. Há, nesta personagem, uma espécie de vulnerabilidade que a aproxima do público. Wandinha é detestável, mas todos a adoram porque ela é peculiar.

Os outros personagens, embora bem desenhados, só servem de contorno para um quadro que será pintado a partir dos anseios e dos passos que Wandinha dará - e isto se repetirá em todas as continuações. Parece que esta animação, de tão superior à primeira, grita: "Esqueçam o primeiro filme!". É um belo recomeço.


Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em 
Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link.




.: DarkSide® Books lança "Cinema Panopticum" pela primeira vez no Brasil


DarkSide® Books apresenta pela primeira vez no Brasil o universo de sombras e histórias silenciosas do mestre Thomas Ott. Em "Cinema Panopticum", os leitores são conduzido por uma jovem menina e sua curiosidade até uma cabine escura repleta de caixas com pequenos filmes. Thomas se apropria da mágica dos cinetoscópios, considerado o primeiro equipamento a conseguir capturar imagens em movimento e nos leva as origens do seu cinema ilustrado. Uma narrativa gráfica cativante, bela e aterradora.

O cinema que conhecemos não se aplica aqui. Em "Cinema Panopticum" o observador se torna o grande espetáculo e sob os olhos da eterna vigilância alheia aplaudimos o grotesco. É diante dessa dicotomia entre entretenimento e paranoia que se desenvolve a narrativa peculiar desta graphic novel.

O artista é um grande narrador visual acostumado à publicação de histórias curtas, domina o universo das sombras em um preto e branco único e fantasmagórico onde a ausência intencional de balões e recordatórios cria vozes em nossa mente capazes de manifestar no silêncio o verdadeiro espanto diante do horror.

No texto que acompanha a edição da DarkSide® Books, a pesquisadora Maria Clara Carneiro comenta a técnica de trabalho de Ott: “Seus desenhos parecem gravuras, em que as ranhuras pretas contribuem para esse ambiente lúgubre de suas histórias. Ele usa a técnica do scratchboard (ou carte à gratter): primeiro, faz o desenho em uma folha, o copia sobre o papel de riscar e, enfim, talha o papel escuro com um estilete, criando esse efeito rasgado, das pequenas linhas sobre a superfície”. Um verdadeiro assombro visual. Prontos para começar a sessão?

A DarkSide® Graphic Novel é uma expansão do universo sombrio e fantástico da editora, lar de Charles Burns, autor de "Black Hole" e "Big Baby", e de quadrinistas de renome como Dave McKean, Nagabe, Junji Ito, Kate Evans, Emily Carroll, Danilo Beyruth, Bernie Wrightson, Joe Hill, Derf Backderf (de "Meu Amigo Dahmer"), entre outros. Se você é fanático pela arte sequencial, prepare-se para se surpreender novamente com sua velha paixão. Os que não têm o hábito de ler HQs, não vão se arrepender. Quem aposta no escuro com a DarkSide® costuma virar fã. Você pode comprar o livro neste link.


.: Grátis: "Em Casa a Gente Conversa", teatro com Cássio Reis e Juliana Knust


Em tempo de pandemia muitos relacionamentos chegaram ao fim. Os guerreiros que mantiveram os seus relacionamentos tiveram que conversar muito em casa para suportar o processo de convivência. Após circular por 13 cidades brasileiras, a montagem fará uma temporada online e gratuita pelo Sympla entre os dias 5 de novembro e 10 de dezembro. Foto: Paulo Reis


Após várias turnês de sucesso, a comédia romântica "Em Casa a Gente Conversa", estrelada por Juliana Knust e Cássio Reis, faz temporada online e gratuita, de 5 de novembro a 10 de dezembro. Os ingressos devem ser reservados pela plataforma Sympla. “E viveram felizes para sempre”. O que ninguém sabe é o que aconteceu no dia seguinte. Como será que os casais dos contos de fadas encararam a rotina nos palácios da vida?

Com patrocínio do grupo JSL, o espetáculo apresenta  as aventuras e desencontros de um casal, já em processo de separação, que revê a sua própria história durante os encontros para definir detalhes do divórcio, criando sequências hilárias. Com direção de Fernando Philbert, texto de Fernando Duarte e Tatá Lopes, a montagem estreou em setembro de 2018, no histórico teatro Amazonas, Manaus, e circulou por por treze cidades brasileiras.

Entre os dias 5 de novembro e 10 de dezembro a peça estará disponível na plataforma Sympla - sympla.com.br – de quinta a sábado às 21h e aos domingos, 19h. Os ingressos deverão ser reservados para assistir ao espetáculo de forma gratuita. Em cena, Malu e Carlos Alberto, aos olhos de muitas pessoas, formam um casal perfeito, daqueles de comercial de margarina. Mas eles vivem na vida real e enfrentam todas as alegrias e agruras de um jovem casal. Com a maior sinceridade abrem suas vidas com humor, contrapontos e riqueza de detalhes.

Carlos Alberto é um homem dividido entre o desejo de ascender profissionalmente, a vontade de manter um casamento e o sonho de se manter eternamente livre. Já Malu é uma mulher que se desdobra entre carreira, casamento e a maternidade. No decorrer do espetáculo, eles falam com muito bom humor sobre assuntos pertinentes a qualquer casal: almoço em família, dia dos namorados, a vida sexual, TPM, o cotidiano da casa, a divisão de tarefas, as brigas, o balanço da relação e de amor.

Fernando é autor dos espetáculos, “Callas” e “Depois do Amor”, ambos com direção de Marília Pêra, “Além do que os nossos olhos registram”, protagonizado por Priscila Fantin, Luiza Tomé e Silvia Pfeifer, “Parabéns sr. Presidente in concert”, com Claudia Ohana e Juliana Knust. A direção artística é de Fernando Philbert que assinou a direção dos espetáculos “Em nome do jogo” e “O escândalo de Philipe Dussaert”, ambos com Marcos Caruso, “O topo da montanha” com Lazaro Ramos e Taís Araújo, entre outros.

"Em Casa a Gente Conversa" se vale do humor para mostrar o abismo que separa o universo feminino do universo masculino, como os sonhos se constroem e se desfazem ao longo da vida e aborda questões universais no amor. O casal expõe suas questões com transparência. A identificação do público com a história é imediata.


Serviço / Ficha técnica
"Em Casa a Gente Conversa"
Plataforma Sympla:
sympla.com.br
Temporada online: de 5 de novembro a 10 de dezembro
Horários: de quinta a sábado às 21h e aos domingos, 19h.
Texto: Fernando Duarte e Tatá Lopes
Direção: Fernando Philbert
Elenco: Juliana Knust e Cássio Reis
Participação em vídeo: Grace Gianoukas
Gratuito
Duração: 60 minutos
Classificação: 14 anos



.: Documentário "Meus 18 Anos" inspirou história de "Um Lugar ao Sol"


"Todo mundo tem sonho. A coisa que o ser humano sabe bem é sonhar. Tem sonhos que você fala: ‘Eu vou batalhar o máximo pra conseguir’. E tem aqueles que você deixa meio que no bolso, que você gostaria de levar adiante, mas não dá’.
(Depoimento de Christofer Francis – Documentário "Meus 18 Anos")

Impactada com o depoimento deste e de outros jovens que, ao completarem a maioridade, tiveram de deixar o abrigo para menores onde foram criados, a autora Lícia Manzo, ao assistir ao documentário "Meus 18 anos", da GloboNews, começou a tecer o novelo central de "Um Lugar ao Sol". "Ao perceber na maioria daqueles jovens a esperança preservada de estudar e ter um futuro, uma pergunta me veio de imediato: no Brasil de hoje, com apenas 14% dos adultos com curso superior, cerca de 13 milhões de desempregados, e um quarto da população vivendo em situação de pobreza – serão seus sonhos realizáveis?", reflete Lícia. 

Assim nasceu a história dos gêmeos Christian e Christofer, separados na primeira infância. Enquanto Christian cresce em um abrigo em Goiânia, Christofer é adotado por uma família abastada do Rio de Janeiro, passando a se chamar Renato. No início da trama, aos 18 anos, Christian acaba de deixar o abrigo para menores onde foi criado e se vê sozinho no mundo. Subempregado e sem perspectivas, viverá um dilema ético e moral quando a vida lhe apresentar a seguinte equação: livrar-se do que o oprime tomando para si o lugar e a identidade de outra pessoa.

"Se fosse possível trocar sua vida, carente e desvalida, pela de outra pessoa, rica e privilegiada – o que você faria? Se para você as portas estivessem todas fechadas e subitamente uma se abrisse, sob a única condição de deixar sua identidade para trás – você iria adiante?", indaga a autora. Além da trajetória dos irmãos precocemente separados, "Um Lugar ao Sol" aborda temas contemporâneos diversos, destacando as relações humanas em torno deles - uma marca de Lícia Manzo. Entre os assuntos abordados na trama estão gordofobia, preconceito social e racial, abuso emocional, os dilemas da mulher moderna após os 50 anos, gravidez na adolescência, liderança feminina, entre outros. 

"Um Lugar ao Sol" é uma novela criada e escrita por Lícia Manzo, com direção artística de Maurício Farias e com direção geral de André Câmara e Maurício Farias. Estreia dia 8 de novembro. A obra é escrita com Leonardo Moreira e Rodrigo Castilho, com colaboração Carla Madeira, Cecília Giannetti, Dora Castellar e Marta Goés. A direção geral é de André Câmara e direção de Vicente Barcellos, Clara Kutner, João Gomez, Pedro Freire e Maria Clara Abreu. A produção é de Andrea Kelly e a direção de gênero de José Luiz Villamarim.


.: De Pablo Manzi, peça-filme "Onde Vivem os Bárbaros" estreia


Coletivo Labirinto estreia a peça-filme "Onde Vivem os Bárbaros", do chileno Pablo Manzi, pelos canais do Youtube dos Teatros da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo. Foto: Mayra Azzi


Desde sua fundação em 2013, o Coletivo Labirinto tem como pesquisa o olhar para as relações do sujeito com o seu panorama social através da dramaturgia latino-americana contemporânea. "Onde Vivem os Bárbaros", de Pablo Manzi, é a terceira montagem do grupo e estreia de forma online e gravada no dia 4 de novembro de 2021. A direção e tradução são de Wallyson Mota, que também integra o elenco ao lado de Abel Xavier, Carol Vidotti, Ernani Sanchez e Ton Ribeiro.

Após estudos e passagens do grupo pela dramaturgia argentina e uruguaia, a peça escrita no Chile  apresenta uma ampla base de reflexão para traços determinantes de nosso percurso social, tais como a normalização e a validação da violência dentro de contextos supostamente democráticos. O texto traz ainda uma oportuna reflexão sobre o arquétipo do bárbaro – o ser que está sempre fora da sociedade “civilizada”, excluído de seu epicentro político e social.  

A obra conta a história de três primos que, depois de vários anos sem se ver, decidem se encontrar no Chile, em 2015. O anfitrião, diretor de uma ONG reconhecida por realizar ações de estabelecimento da democracia em zonas de conflito, se vê envolvido no estranho homicídio de uma jovem ligada a movimentos neonazistas. Este fato desencadeia atitudes inesperadas das personagens e um extenso debate sobre a ideia que cada um constrói sobre o outro, que culmina na deflagração das diferentes formas de violência entre os convidados. 

"Onde Vivem os Bárbaros" apresenta uma sociedade que busca respostas rápidas para assuntos complexos, mesmo que para isso se arrisque pelo terreno das injustiças e se expresse por gestos inequívocos de silenciamento do que lhe é diferente – entendido então como um inimigo.  

Qualquer semelhança com o que vivemos não é mera coincidência. Ao conhecer essa dramaturgia, de diálogos ágeis e sinuosos, o Coletivo Labirinto pôde novamente (assim como tinha lhe parecido com o Argumento Contra a Existência de Vida Inteligente no Cone Sul, seu espetáculo anterior) deparar-se com um material que trata diretamente e de maneira vertical dos desdobramentos de nosso percurso social, estabelecendo assim uma ponte de interlocução com a realidade chilena – comum e ao mesmo tempo diversa a nós.


Sobre o coletivo
O Coletivo Labirinto nasceu em 2013, no ano das emblemáticas manifestações políticas pelo preço do transporte público (e que logo em seguida se pasteurizam em reivindicações genéricas e pouco objetivas), e acompanhou a transformação dos processos sociais no Brasil que culminaram na deposição da ex-presidenta Dilma Rousseff em 2016, no avanço das pautas neoliberais e na discussão um tanto incerta sobre os rumos políticos do país. 

O grupo pôde, com isso, perceber semelhanças entre essa trajetória e a de seus países vizinhos – com disputas políticas igualmente polarizadas, avanço de medidas econômicas similares e o crescimento de um pensamento conservador também assentado na moral. Dessas observações e vivências - no cotidiano e nas suas ações criativas -, conseguiu amadurecer a necessidade de entender-se como brasileiro e latino-americano, não uma coisa pela outra. 

A dramaturgia de Pablo Manzi, autor e diretor chileno que tem conseguido gerar interesse pelas suas discussões em seu país e fora dele (com participações frequentes em Mostras e Festivais Internacionais de Teatro), ofereceu ao Coletivo Labirinto uma ampla base de reflexão para as questões ditas acima, tanto pelos assuntos que trata e quanto pela maneira como os provoca.  


Palavras do diretor 
A pesquisa e montagem de "Onde Vivem os Bárbaros" tem sua origem em 2019, quando estávamos em cartaz com o nosso espetáculo presencial anterior. Ali, pudemos perceber de maneira muito viva a necessidade de retratarmos em cena o avanço de uma lógica de raciocínio imediatista, sentenciador e moralista em nossa sociedade. Mais ainda, de trazermos a público as diferentes vias de discursos políticos, a fim de que possam gerar debate e fricção entre nós, desvelando as controvérsias sobre o delicado momento histórico que vivemos. Nos últimos anos, pudemos observar o aumento das desigualdades concomitante ao desenvolvimento de uma conduta moral que visa um comportamento "puro" entre as pessoas, numa espécie de lógica neofascista. Expor essa situação e colocá-la para discussão nos pareceu fundamental. 

Esta obra discute, portanto, que ideias temos hoje sobre civilização e barbárie. O que seria uma sociedade civilizada e o que seria uma sociedade bárbara? A quem interessaria estabelecer essas definições, essas fronteiras entre uma coisa e outra? Quem são os cidadãos dessa sociedade e quem são os seus selvagens? E mais, quem pode ocupar esses espaços – de uma pressuposta cidadania? 

Apesar de tocar em discussões complexas e nada pacíficas, o espetáculo as apresenta através de uma dramaturgia fluida e ágil, apoiada em uma situação ficcional bastante reconhecível: um encontro familiar entre três primos que há muito tempo não se veem. Cada um levou a sua vida de maneira distinta, tem histórias e experiências diferentes e ao se reencontrarem percebem o quão diferentes são. E o quanto essas diferenças, no modo de vida contemporâneo, podem representar uma ameaça; a ideia de que o outro (o diverso) é um inimigo a ser eliminado. 

Esta obra integra o projeto “Histórias de Nossa América”, do Coletivo Labirinto, contemplado pela 35ª. edição da Lei de Fomento ao Teatro Para a Cidade de São Paulo. Este projeto foi elaborado antes da pandemia da covid-19 mas viabilizado em 2020 – já com os teatros fechados e as medidas de distanciamento social em nossas vidas. Nele, o Coletivo tem promovido um amplo passeio pela dramaturgia latino-americana contemporânea através de leituras encenadas, laboratórios de pesquisa e agora a criação desta peça-filme. 

Os encontros, ensaios e processos de criação com toda a equipe de “Onde Vivem os Bárbaros” tiveram início de fato em julho deste ano – com o leve arrefecimento da segunda onda do vírus sobre o país e certo avanço da vacinação. Então pensamos esta peça-filme como o anúncio de uma volta nossa ao teatro dentro dos limites de segurança sanitária que enxergávamos no período. Sendo assim, projetamos uma obra que fosse criada e ensaiada totalmente à distância (em vídeo chamadas e ligações), sem encontros presenciais entre os artistas envolvidos. Elenco, figurinista, iluminador, músico, todos criando de suas casas. Ao fim dessas nove semanas de trabalho criativo remoto, nos juntamos para uma semana de trabalho presencial e imersivo dentro de um teatro. Juntos novamente no palco.

A peça-filme é, portanto, uma espécie de ficção-documental que traz toda a narrativa original de “Onde Vivem os Bárbaros”, mas também um olhar sobre como foi colocar em pé essa obra nesses dias ali, juntos e imersos em apenas uma semana depois de tanto tempo criando à distância. Wallyson Mota


Sinopse do espetáculo
Depois de anos sem se ver, três primos se reencontram. O anfitrião, diretor de uma ONG reconhecida, revela estar envolvido em um estranho assassinato, fato que desencadeia manifestações de violência entre os convidados. Este encontro aparentemente familiar torna-se cada vez mais terrível com o aparecimento de personagens que vão agravar as ideias que cada um construiu sobre o outro, sobre o inimigo.


Ficha técnica de "Onde Vivem os Bárbaros":
Direção:
Wallyson Mota
Dramaturgia: Pablo Manzi
Tradução: Wallyson Mota
Elenco: Abel Xavier, Carol Vidotti, Ernani Sanchez, Ton Ribeiro e Wallyson Mota
Assistente de direção: Carolina Fabri
Direção defotografia: Raphael B. Gomes
Som direto: Tomás Franco
Montagem (edição): Laíza Dantas
Cenografia e figurino: Lu Bueno
Iluminação: Matheus Brant
Concepção sonora: Gregory Slivar
Cenotécnico: Armando Júnior
Aderecista: Jésus Seda
Visagismo: Fábia Mirassos
Técnico de luz: Guilherme Soares
Designer gráfico: Alexandre Caetano – Oré Design
Assessoria de imprensa: Pombo Correio
Fotos: Mayra Azzi
Assistente de produção: Luiza Moreira Salles
Produção: Carol Vidotti
Realização: Coletivo Labirinto


Serviço de "Onde Vivem os Bárbaros":
4 de novembro a 5 de dezembro de 2021
Gratuito
Transmissão pelos canais do Youtube dos Teatros da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo
Duração: 75 minutos
Classificação indicativa: 14 anos


Teatro João Caetano - Link
Datas: 4, 5, 6 e 7 de novembro de 2021.
Horário: Quinta, Sexta e Sábado às 21h e domingo, às 19h.
Valor do ingresso: gratuito (evento online).

Teatro Paulo Eiró - Link
Datas: 12, 13 e 14 de novembro de 2021.
Horário: sexta e sábado, às 21h, e domingo, às 19h.
Valor do ingresso: gratuito (evento online).

Teatro Alfredo Mesquita - Link
Datas: 19, 20 e 21 de novembro de 2021.
Horário: sexta e sábado, às 21h, e domingo, às 19h.
Valor do ingresso: gratuito (evento online).

Teatro Cacilda Becker - Link
Datas: 26, 27 e 28 de novembro de 2021.
Horário: sexta e sábado, às 21h, e domingo, às 19h.
Valor do ingresso: gratuito (evento online).

Teatro Arthur Azevedo - Link
Datas:
 3, 4 e 5 de dezembro de 2021.
Horário: sexta e sábado, às 21h, e domingo, às 19h.
Valor do ingresso: gratuito (evento online).

Toda quinta-feira (exceto dia 4 de novembro) vão ter lives pelo Instagram do @coletivo.labirinto e do teatro da semana. 

terça-feira, 2 de novembro de 2021

.: 5x6: "9-1-1" traz história mirabolante com "Ghost Stories"

 


Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em novembro de 2021

O sexto episódio, da quinta temporada de "9-1-1", após uma semana de hiatus, leva o público até uma prisão americana. Para ambientar melhor a trama, um guarda chega para um dia de trabalho e vai passando por vários parceiros. Ele será responsável por abrir a porta da cela de um prisioneiro para o banho de Sol. E, os fãs de "Supernatural" sacam na hora de quem se trata, o ator intérprete de "Lúcifer" (Mark Pellegrino). Aqui ele é Mitchel. Logo, uma confusão começa, assim como fogo e caos instaurados ali. Esse é o início de "Ghost Stories"!

A equipe do 118 é convocada para controlar o fogo. Prisioneiros tentam fugir, até que dois deles colocam um plano em ação. Sequência de fazer grudar os olhos na tela uma vez que há feridos em resgate também. Sim! Contudo, uma surpresa desagradável, uma dupla de prisioneiros está no caminhão dos bombeiros com Buck (Oliver Stark) e Eddie (Ryan Guzman). 

Enquanto Buck está sob a mira de uma arma, uma rápida volta ao passado para detalhar exatamente como que os dois prisioneiros conseguiram pegar as roupas e armas dos guardas. Ainda na prisão, Bobby Nash (Peter Krause), fica alerta sobre o perigo que todos ali correm, uma vez que para os prisioneiros não existe segurança máxima suficiente. Uma verdade! 

Longe, Athena (Angela Basset) busca informações sobre Mitchel e puxa todo o histórico de crimes dele, até que esbarra num nome importante e que envolve um dos prisioneiros fugitivos: Savannah Richards. Trancafiados numa sala com o médico da prisão, parte da equipe 118 segue atendendo uma das vítimas dos fugitivos, um dos guardas que foram agredidos pelos criminosos que tentam colocar o plano em prática.

Com o carro de resgate, Mitchel e seu parceiro de fuga, chegam ao hospital tendo ao lado Buck e Eddie. Enquanto Mitchel permanece no veículo com Eddie, Buck leva uma vítima para atendimento tendo o outro criminoso junto a ele. O lugar está totalmente vazio, o que faz Buck desconfiar, mas tudo  acontece muito rápido, pois policiais partem para cima dos dois. Sim! Buck chega a ser algemando.

Eis que o verdadeiro deseja de Mitchel de ir ao hospital é detalhado nos pormenores: ele quer doar o coração ao filho, Nolan, que espera por um há mais de um ano. Não é que o criminoso de lista extensa tem bom coração?! Enquanto Bob busca pelo armário com cilindros de gás, Hen permanece na sala com o médico da prisão que está com uma das mãos machucadas. Resultado: é Hen quem faz um procedimento na vítima sendo guiada pelo médico. Modesta, Hen recebe os parabéns como sendo uma doutora, mas logo responde a ele que ainda não é. Eis que no fim desse episódio temos mais informações sobre isso.

Por meio do sistema de tubulação da prisão, o gás é espalhado deixando os prisioneiros inconscientes -e até alegrinhos. E toda a história de Mitchel ganha mais informações. Ele quer ser morto pelo Estado para poder doar o coração ao filho. "Preso" no veículo dos bombeiros com ele, Eddie tenta negociar com o pai desesperado e ponto de convencê-lo que irá buscar um coração para o filho dele. Em tempo, durante a conversa, Mitchel diz "Family Bussiness"?! É uma fala tão de "Supernatural". Sensacional!

Uma nova sequência de fazer cair o queixo acontece. Eddie desce do carro de resgate, seguido por Mitchel. Por um momento, Mitchel ergue a arma e parece que irá atirar em Eddie, mas na sequência entendemos o que, de fato, aconteceu. Eddie dá o melhor para manter o coração de Mitchel funcionando. Assim, o plano final de Mitchel é concretizado. 

Buck, ferido no rosto, volta para casa e reeencontra a namorada. Ela que é jornalista, quer mais detalhes sobre o ocorrido, uma vez que ele esteve envolvido numa história policial e tanto. Abraços mostram que ter a oportunidade de estar mais uma vez com quem se ama é uma grande chance da vida. Para tanto, Eddie vai até o filho e faz o episódio terminar com uma cena bem fofa. Que venha o episódio "Cell Block 9-1-1", por favor!!


Seriado: 9-1-1
Temporada: 5
Episódio: 6 
Exibição: 1 de novembro de 2021
Emissora original: Fox Broadcasting Company
Criadores: Ryan Murphy, Brad Falchuk, Tim Minear
Produtores executivos: Ryan Murphy, Brad Falchuk, Tim Minear, Alexis Martin Woodall, Bradley Buecker
Elenco: 
Angela Bassett (Athena Grant), Peter Krause (Bobby Nash), Jennifer Love Hewitt (Maddie Buckley), Oliver Stark (Evan "Buck" Buckley), Aisha Hinds (Henrietta "Hen" Wilson), Kenneth Choi (Howie "Chimney" Han), Noah Bean (Jeffrey Hudson) Marcanthonee Reis (Harry Grant), Ryan Guzman, Rockmond Dunbar.

*Editora do site cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm


.: Romulo Estrela entrega spoillers dos próximos capítulos de "VS II"


Mais dez capítulos chegam na plataforma nesta quarta-feira, dia 3 de novembro, e o ator fez questão de contar mais sobre a nova leva de episódios. Foto: Pedro Pinho

A segunda parte da novela Original Globoplay "Verdades Secretas II", novela de Walcyr Carrasco, chega ao catálogo na próxima quarta-feira, dia 3, e Cristiano (Romulo Estrela) segue dividido entre razão e emoção. Ele está cada vez mais envolvido com Angel (Camila Queiroz), enquanto continua investigando a modelo a mando de Giovanna (Agatha Moreira). Nesta sequência de capítulos inéditos, ele será uma peça fundamental para a nova façanha da empresária: colocar Angel atrás das grades.

O intérprete do personagem, Romulo Estrela, adianta um pouco da trama que vem pela frente. “O segundo bloco é onde a situação fica mais difícil ainda para o Cristiano porque a Angel descobre que ele é um investigador e ela tenta entender o que ele está fazendo na vida dela, o que dificulta muito a relação deles dois. Ao mesmo tempo que se intensifica a relação do Cristiano com a Giovanna. O público pode esperar esse triangulo mais forte ainda entre esses personagens”, o ator adianta.

Desde que os primeiros capítulos foram liberados, um item do visual de Cristiano tem chamado atenção do público: a body chain. “A ideia do body chain era brincar com esse jogo de revelar e esconder. Com o Cristiano vestido, ele parece apenas um colar. Quando tira a roupa, revela uma joia mais ousada e que mostra que ele não é um cara só do jeans e camiseta. Aos poucos essa 'ousadia' vai aparecer no restante da roupa dele também”, explica a figurinista Mariana Sued.

“A body chain foi uma grande surpresa. Eu não imaginava que esse acessório fosse cair no gosto do público tão rápido. É muito legal ver quando as pessoas se identificam com algo assim, um cordão, um anel ou a própria body chain. É algo estético, mas tem também o fator inusitado que a Mari Sued, nossa figurinista gênia, trouxe: quebrar o básico do personagem. O Cristiano usa muito camiseta, jeans e bota. Quando ele tira a camisa é que você reconhece que ele não é tão básico assim.  Fiquei muito feliz com esse elemento que dá uma estranheza e coloca o personagem em outro lugar”, Romulo comenta. 

“O retorno do público em relação ao primeiro bloco de capítulos para mim foi uma surpresa. Achei que fossem ver o Cristiano como um cara cheio de conflitos, com dualidades e difícil compreensão. Mas acho que as pessoas se apegam ao sentimento honesto e verdadeiro que é o amor pela Angel. Isso já vem latente no primeiro encontro deles na passarela. E fico feliz porque era o que eu queria e foi a leitura que o público fez. Tenho recebido um retorno muito carinhoso em relação aos primeiros capítulos. E isso é só combustível pra gente seguir firme e forte”, finaliza o ator.


.: Todos os contos de Lygia Fagundes Telles reunidos em um único livro


Os contos completos da grande escritora Lygia Fagundes Telles são reunidos pela primeira vez em um único volume.

Considerada pela crítica uma das maiores escritoras brasileiras de todos os tempos e, sobretudo, uma contista extraordinária, Lygia Fagundes Telles lançou pela Companhia das Letras o livro "Os Contos". Pela primeira vez, o leitor tem acesso à mais completa antologia de contos da escritora, em uma edição especial que inclui, além de suas principais coletâneas, diversos escritos esparsos, há tempos fora de catálogo. 

Dos primeiros contos, concebidos na juventude, até a produção mais madura, Lygia exibe sua maestria na narrativa curta, sempre com sensibilidade e sutileza, em textos impecáveis e narrativas repletas de sensibilidade e sutileza. "Lygia Fagundes Telles sempre teve o alto mérito de obter, no romance e no conto, a limpidez adequada a uma visão que penetra e revela, sem recurso a qualquer truque ou traço carregado, na linguagem ou na caracterização", revela o crítico literário Antonio Candido.

"Essas pequenas obras-primas, de tão fremente inquietação íntima e que exalam um desespero tão profundo, ganham a clássica serenidade das formas de arte definitivas", disse Paulo Rónai, tradutor, revisor, crítico e professor húngaro naturalizado brasileiro. “Os Contos”, publicado pela Companhia das Letras, reúne pela primeira vez os principais livros e outras tantas histórias esparsas desta que é uma das maiores escritoras da literatura brasileira contemporânea. 

Esta edição especial em capa dura é a mais completa antologia de contos da autora, incluindo contos esparsos e os livros “Antes do Baile Verde” (1970), “Seminário dos Ratos” (1977), “A Estrutura da Bolha de Sabão” (1991), “A Noite Escura e Mais Eu” (1995), “Invenção e Memória” (2000) e “Um Coração Ardente” (2012), além de posfácio de Walnice Nogueira Galvão.

Você pode comprar o livro neste link.

Sobre a autora
Lygia Fagundes Telles nasceu e vive em São Paulo. Considerada pela crítica uma das mais importantes escritoras brasileiras, publicou ainda na adolescência o seu primeiro livro de contos, "Porão e Sobrado" (1938). Estudou direito e educação física antes de se dedicar exclusivamente à literatura. Foi eleita para a Academia Brasileira de Letras em 1985 e em 2005 recebeu o Prêmio Camões, o mais importante da literatura de língua portuguesa.

Livro: "Os Contos"
Páginas: 752
Formato: 16.00 X 23.00 cm
Peso: 1.354 kg
Acabamento: Livro capa dura
Editora: Companhia das Letras




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