quinta-feira, 21 de outubro de 2021

.: Bryan Adams anuncia disco e lança single e clipe “So Happy It Hurts”

Ícone canadense lançará seu 15° disco de estúdio


O aclamado e multi premiado cantor e compositor Bryan Adams lança a faixa-título de seu próximo álbum de estúdio “So Happy It Hurts”. A música é uma composição empolgante inspirada no legado do rock sessentista que se tornou uma das marcas do artista nos últimos quarenta anos. Este é um lançamento BMG.

“A pandemia e o lockdown nos fizeram pensar que de um momento para outro o que temos como rotineiro e confortável pode mudar. De uma hora pra outra, ninguém conseguia pular no carro e ir embora por aí”, diz Adams. “A música título ‘So Happy It Hurts’ é sobre liberdade, autonomia, espontaneidade e a emoção da estrada aberta novamente. O álbum de mesmo nome aborda muitas das coisas efêmeras da vida que são realmente o segredo da felicidade, o mais importante, a conexão humana”.

Em suas décadas de serviço à música, Adams conseguiu liderar as paradas de sucesso em mais de quarenta países. Prestes a lançar seu 15° álbum de estúdio, ele acumula em sua carreira 3 indicações ao Oscar, 5 ao Globo de Ouro, um Grammy, um AMA e uma estrela na calçada da fama de Hollywood. Além da música, ele se consolidou como um fotógrafo de renome internacional, assinando a atual edição do conceituado calendário Pirelli.

Com clipe da faixa-título dirigido pelo artista, o álbum “So Happy it Hurts” já está em pré-venda e será lançado no dia 11 de março de 2022.


Ouça “So Happy It Hurts”: bryanadams.lnk.to/SoHappyItHurts

Garanta o disco em pré-venda: bryanadams.lnk.to/SoHappyItHurtsAlbum

Siga Bryan Adams: bryanadams.com

Assista ao clipe “So Happy It Hurts”




.: Livro "O Exorcismo da Minha Melhor Amiga", de Grady Hendrix, vai virar filme


Primeira obra de Grady Hendrix publicada no Brasil vai virar filme distribuído pelo Amazon Studios.

Após anos de expectativa, os leitores brasileiros finalmente poderão ter seu primeiro contato com um dos principais escritores de terror da atualidade, Grady Hendrix. Autor de "O Exorcismo da Minha Melhor Amiga", que a Intrínseca lança em outubro, e de best-sellers como "The Southern Book Club’s Guide to Slaying Vampires" e "The Final Girl Support Group"Hendrix nos apresenta uma trama nostálgica, comovente e demoníaca com uma trilha sonora memorável.

 A história se passa em outono de 1988. As melhores amigas Abby e Gretchen cursam o ensino médio em uma prestigiosa escola católica, mas são meninas populares que idolatram Madonna e odeiam os pais. Quando as duas experimentam alucinógenos, Gretchen decide nadar nua no riacho, mas acaba desaparecendo a noite inteira e volta… estranha. Está carrancuda, irritadiça, cheia de espinhas e cicatrizes e usa sempre as mesmas roupas largas e feias. Não demora muito para eventos bizarros e sangrentos começarem a acontecer por onde ela passa.

Preocupada com a amiga, Abby decide investigar o que aconteceu naquela noite. Suas descobertas são aterrorizantes, e tudo indica que Abby não vai escapar ilesa se não se afastar de Gretchen. Agora, o destino das duas depende de uma única pergunta: a amizade delas é forte o bastante para derrotar o diabo?

Eleito um dos 50 melhores livros de terror de todos os tempos pela revista Paste, "O Exorcismo da Minha Melhor Amiga" vai ganhar um filme com distribuição do Amazon Studios e direção de Damon Thomas ("Killing Eve" e "Penny Dreadful"). Na obra, Grady Hendrix explora as dinâmicas sociais de Charleston nos anos 1980 — tão assustadoras quanto o próprio diabo — e constrói uma história emocionante sobre o poder da amizade.


Sobre o autor
Grady Hendrix é um premiado escritor e roteirista, autor de obras de terror como "Horrorstör", "We Sold Our Souls" e dos best-sellers do New York Times "The Southern Book Club’s Guide to Slaying Vampires" e "The Final Girl Support Group". O exorcismo da minha melhor amiga é sua primeira obra publicada no Brasil e será adaptada para as telas com distribuição do Amazon Studios. Por "Paperbacks from Hell", em que narra a explosão das brochuras de terror nos anos 1970 e 1980, foi agraciado com o Bram Stoker de não ficção, o principal prêmio para obras de terror em língua inglesa. Hendrix mora em Nova York e também escreve para revistas de destaque, como Variety e Playboy.


"O Exorcismo da Minha Melhor Amiga", de Grady Hendrix
Tradução: Edmundo Barreiros
Páginas: 320
Editora: Intrínseca

.: Estreia: "Ron Bugado" é muito fofo e nós podemos provar


Nesta quinta-feira, dia 21 de ouitubro, estreia nos cinemas o filme "Ron Bugado", a nova animação da 20th Century Studios, em parceria com a Locksmith Animation. A produção traz uma linda e divertida história de amizade, com muita aventura e emoção, além de personagens pra lá de fofos.


No dia 21 de outubro, os fãs de animação poderão conferir a mais nova produção da 20th Century Studios, em parceria com a Locksmith Animation: “Ron Bugado”, uma aventura fofa, emocionante e muito divertida. O filme conta a história de Barney, um estudante do ensino fundamental que tem dificuldade de fazer novos amigos, e Ron, seu novo dispositivo digitalmente conectado que anda, fala e é seu “Melhor Amigo Pronto Pra Uso”. 

Os divertidos problemas de funcionamento de Ron, em contraste com a era das redes sociais, lançam a dupla em uma jornada repleta de ação, onde menino e robô aceitam a maravilhosa confusão de uma amizade verdadeira. E quando falamos que o filme fofo e divertido, não exageramos. Para provar, confira, em nosso Instagram, uma galeria de imagens que provam isso – e conheça um pouco mais dos dois personagens principais, que formam uma linda amizade num filme para rir, se emocionar e se identificar! Aproveita e segue a gente na arroba @portalresenhando para ficar por dentro dos acontecimentos mais relevantes nas áreas de cultura e entretenimento.

Barney Pudowski é um adolescente de 13 anos resiliente e timidamente sagaz, que enfrenta dificuldades para fazer amigos na escola. Sua vida em casa, com seu distraído pai, que trabalha de casa, e sua vó supersticiosa, não ajuda em nada. Barney adoraria, mais que tudo, ser como as outras crianças que possuem um B-Bot, o “Melhor Amigo Pronto Pra Uso”, da Bubble Inc., que anda, fala e é digitalmente conectado.

Trailer de "Ron Bugado":


quarta-feira, 20 de outubro de 2021

.: 3x7: "ACS: Impeachment" queima em "The Assassination of Monica Lewinsky"


Por: Mary Ellen Farias dos Santos 

Em outubro de 2021


Estamos em janeiro de 1998, na sala da Casa Branca com Bill Clinton (Clive Owen) que diz estar pronto. Não se sabe para o que, até que Paula Jones (Annaleigh Ashford) e a advogada caminham lado a lado por um corredor e chegam numa sala. Depois é a vez de o presidente adentrar o mesmo espaço com uma grande mesa. Assim, promete dizer que falará a verdade, nada mais do que a verdade. E ao ser questionado sobre ter feito sexo oral com Paula, ele nega e nega. Assim começa o sétimo episódio de "American Crime Story: Impeachment""The Assassination of Monica Lewinsky".

Eis que entra em pauta o relacionamento do presidente com Monica Lewinsky (Beanie Feldstein). Questionado, revela conhecê-la, uma vez que trouxe coisas para ele por duas vezes, talvez, num final de semana. Contudo, quando a conversa se estreita e é questionado sobre ter beijado a estagiária, Clinton até parece um pouco "divertidinho" para responder. No entanto, quando o tema chega no tema relação sexual, Clinton nega tantas outras vezes. Estampando um sorriso, diz não saber do que estão tratando ali. Aham, senta lá, Cláudia!?


Em um restaurante, Monica e a mãe conversam com o advogado que irá assumir o caso. Qual é a preocupação maior da jovem?! Pegar prisão por 28 anos. E assim, as orientações do advogado brotam  e desenham mais a história. Contudo, nós somos levamos também para a redação de um jornal e a discussão é sobre publicar uma notícia que abrange a vida do presidente. E se tudo for mentira?! Resultado: o texto é derrubado.

Na Casa Branca, Clinton conversa com Betty Currie (Rae Dawn Chong), ou melhor, cria um álibi para que a mulher diga que nunca esteve sozinho com a estagiária. Em casa, Monica recebe mensagens no pager, mas o aparelho fica com a mãe. Enquanto o advogado de Monica tenta negociar com os membros do FBI, Linda Tripp (Sarah Paulson) aguarda ansiosamente para que a história de Monica e Clinton apareça no Drudge Report, site de Matt Drudge (Billy Eichner) -tem até a demora clássica da internet discada para carregar a página. Para tanto, a mulher que trouxe a contenda para o foco, reúne os filhos e conta, do jeito dela, que Monica tem culpa no cartório e ela fez o certo em expor a "amiga". 

Embora a relação de Clinton e Monica não exploda por completo, outro caso dele já estampa a manchete do The Washington Post. De mansinho, vai até Hillary Clinton que está na cama, leva o jornal, fala do caso de Paula e comenta sobre a possibilidade de surgir outro caso dele, com uma mulher chamada Monica Lewinski. Estopim iniciado. O caso Clinton e Monica pega fogo e sobram arrepios a nós que estamos assistindo a tudo. 

Para conseguir lidar, Monica é orientada pelo advogado a fechar as janelas e porta. Claro, o principal é não sair, afinal, a imprensa começou a montar um cerco. Trancada em casa, de cortinas fechadas, Monica tem somente a TV para se conectar com o mundo de fora, quando se dá conta do tamanho inferno que se envolveu. Até na porta de Linda Tripp aparecem equipes jornalísticas.


Aos que circundam o presidente fica a necessidade de saber se houve relação sexual ou não. O que Clinton destaca?! Não ter nada a esconder, assim, na Casa Branca, Clinton dá uma coletiva e nega tudo repetidas vezes. Contudo, o entrevistador comenta que se tudo é mentira, não haveria motivação para tais alegações. Apesar da manter a mentira, o assunto é a pauta de todos os jornais. 

Mesmo encurralado, Clinton segue negando. Até que revela não poder simplesmente dizer ter feito sexo e pedir desculpas, pois isso acabaria com Hillary (Edie Falco). No entanto, nova ressalva é destacada: Clinton cometeu crime de perjúrio, não pode de modo algum dizer a verdade. Ao menos, a seu lado, há a palavra de Betty.

Para piorar a situação de Monica, surgem entrevistas com conhecidos da moça até que usam a cena clássica do abraço dos dois. Contudo, na TV também brotam paródias esdrúxulas da relação, o que não satiriza somente Monica e Clinton, mas também Linda Tripp. Monica entra em parafuso. Sequência de cenas arrepiantes. De fato, terrível ser pauta dos mais diversos programas televisivos e sempre da pior forma. Que venha logo "Stand By Your Man"!




Seriado: American Crime Story: Impeachment
Temporada: 3
Episódio 7: "
The Assassination of Monica Lewinsky"
Exibido em: 19 de outubro de 2021, EUA.
Elenco: Sarah Paulson (Linda Tripp), Beanie Feldstein (Monica Lewinsky), Annaleigh Ashford (Paula Jones), Margo Martindale (Lucianne Goldberg), Edie Falco (Hillary Clinton), Clive Owen (Bill Clinton), Billy Eichner (Matt Drudge), Elizabeth Reaser, Judith Light (Susan Carpenter-McMillan), Anthony Green (Al Gore), Cobie Smulders (Ann Coulter), Colin Hanks, Taran Killam (Steve Jones), Mira Sorvino (Marcia Lewis), Kathleen Turner (Susan Webber Wright), Dan Bakkedahl (Kenneth Starr), Joseph Mazzello (Paul Begala), Blair Underwood (Vernon Jordan), Kevin Pollak (Bernie Nussbaum), Patrick Fischler (Sidney Blumenthal)

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm

.: "Ás de Espadas", best-seller protagonizado por negros e queers

"Ás de espadas", thriller publicado no Brasil pela Plataforma21, denuncia preconceitos e exalta luta contra o sistema racista


A escritora inglesa Faridah Àbíké-Íyímídé estreou na literatura young adult com "Ás de espadas" e conquistou a lista dos best-sellers do New York Times. O thriller publicado no Brasil pela VR Editora, selo Plataforma21, traz à tona temas sobre o racismo estrutural, preconceito de classe e homofobia. É uma história com protagonismo negro e LGBTQIA+: Devon e Chiamaka são personagens queer.

A cada capítulo, as vozes narrativas são intercaladas para que o leitor possa acompanhar a história sob o ponto de vista de Devon e de Chiamaka. Eles são alunos da Academia Particular Niveus, selecionados como parte da alta hierarquia escolar. Pouco tempo depois da importante nomeação, alguém chamado Ases começa a enviar mensagens para todos os alunos da escola e revelar segredos dos dois jovens.

O que parecia apenas uma brincadeira de mau gosto rapidamente transforma-se em um jogo perigoso e assustador. Com todas as cartas contra eles, os protagonistas serão capazes de parar Ases? Não à toa, a obra tem sido descrita mundialmente como uma mistura de "Gossip Girl" com "Corra!", dois sucessos mundiais, por misturar a tradicional fofoca escolar com a temática racista e o suspense.

Faridah é uma escritora do sul de Londres, Inglaterra, que sempre sonhou escrever livros sobre crianças pretas que salvam o mundo. Atualmente, cursa Literatura Inglesa no norte da Escócia. Entre as aclamações, Ás de espadas foi elogiado por Nic Stone, autora best-seller de “Cartas para Martin” e Aiden Thomas, autor best-seller de “Os garotos do cemitério”.

Sinopse: Quando Chiamaka e Devon, alunos da Academia Particular Niveus, são selecionados como parte da alta hierarquia escolar e passam a ser chefes de turma, parece um excelente começo de ano para os dois. Afinal, isso representa muito em seus currículos para entrar em boas universidades. Pouco tempo depois da importante nomeação, no entanto, alguém chamado “Ases” começa a enviar mensagens para todos os alunos da escola, revelando segredos dos dois jovens. São detalhes íntimos de suas vidas, ameaçando seus futuros planejados com tanto esforço. E o que parecia apenas uma brincadeira de mau gosto rapidamente transforma-se em um jogo perigoso e assustador. Com todas as cartas contra eles, Chiamaka e Devon serão capazes de parar Ases? Suspense intenso, Ás de espadas é uma contundente crítica social que escancara o racismo, a homofobia e o preconceito de classe ainda presentes na nossa sociedade, colocando Faridah Àbíké-Íyímídé entre as mais importantes vozes da atualidade.

Sobre a autora: Faridah Àbíké-Íyímídé é uma escritora do sul de Londres, Inglaterra, que sempre sonhou escrever livros sobre crianças pretas salvando (ou destruindo) o mundo. Ás de espadas é sua estreia na literatura young adult, e também um sucesso absoluto, tendo entrado na lista dos mais vendidos do New York Times. Atualmente, Faridah cursa Literatura Inglesa no norte da Escócia.

Você pode comprar aqui: amzn.to/3G93MjI

FICHA TÉCNICA

Título: Ás de espadas

Autora: Faridah Àbíké-Íyímídé

Tradução: Jim Anotsu

Editora: VR Editora – selo Plataforma21

Páginas: 448 páginas

Formato: 16 x 23 cm 

Preço: R$61,66

.: Estreia “Insânia”, suspense psicológico protagonizada por Carol Castro


Star+ anuncia a estreia exclusiva da sua nova produção de suspense psicológico, “Insânia”, protagonizada por Carol Castro (Mulheres Apaixonadas; Carcereiros), Rafaela Mandelli (O Negócio), Bella Camero (Malhação), Eucir de Souza (Rua Augusta), Rafael Losso (Rotas do Ódio e Rio Heroes) e Samuel de Assis (#MeChamadeBruna). A série produzida pela Star Original Productions é composta por oito episódios e estreará no Star+ em 03 de dezembro no Brasil, e chegará em breve para os demais países da América Latina. 

“Insânia” acompanha a história de Paula, uma policial científica que é internada em uma misteriosa clínica psiquiátrica após uma tragédia familiar. Lá, sua mente vagueia por caminhos sombrios e duvidosos, chegando à beira da insanidade, enquanto investiga o verdadeiro motivo de sua hospitalização desvendando uma conspiração aterrorizante.  

Ravel Cabral, Thomas Aquino, Lourinelson Vladimir, Fabio Marcoff, Leonardo Goulart, Rosana Stavis, Luthero Almeida e Pedro Inoue completam o elenco da série. 

Com ideia original de Lucas Vivo e roteiro de Marcelo Slavich, Walter Slavich, Flor Canosa, García Lagos e Lucas Vivo, a série é dirigida por Gustavo Bonafé (Irmandade e O Doutrinador) realizada localmente pela Intro Pictures saindo do eixo Rio-São Paulo, buscando locações incríveis no Paraná, perto de Curitiba e Lapa. Parte da série foi também gravada no Uruguai. 

A temporada completa de “Insânia” chega ao Star+ como parte de sua robusta oferta de conteúdo original de alta qualidade criado para a América Latina, incluindo histórias localmente relevantes em uma grande variedade de gêneros para o público adulto. 


.: Em homenagem a Sergio Mamberti, exibição de "Visitando o Sr. Green"


Grande sucesso do teatro com o inesquecível Sergio Mamberti e direção de Cassio Scapin. Exibição acontecerá no dia 4 de novembro, quinta-feira, às 20h30, nos Canais YouTube do Sesc em Minas, Teatro Claro Rio e Pólobh Produtora e pelo Canal 500 da Claro TV. Foto: Ale Catan

Em homenagem ao inesquecível Sergio Mamberti, a temporada 2021 do projeto Palco Instituto Unimed-BH em Casa exibe o grande sucesso “Visitando o Sr. Green”. Uma oportunidade de reviver um dos grandes trabalhos deste ator nos palcos, que foi (e sempre será) um dos maiores nomes do teatro, da tv e do cinema brasileiros. A montagem será exibida gratuitamente no dia 04 de novembro (5ª feira), às 20h30, nos Canais Youtube do Sesc em Minas, Teatro Claro Rio e Pólobh Produtora e pelo Canal 500 da Claro TV.

Carlos Mamberti, filho de Sérgio Mamberti e diretor de produção do espetáculo, fala da homenagem ao pai e da importância da montagem na sua atemporalidade. “Visitando o Sr. Green tem uma temática muito importante. É uma peça que fala sobre tolerância, tanto religiosa quanto de identidade. Hoje, o texto é mais atual do que quando foi escrito. É gratificante poder rever o meu pai em cena nesse personagem que para ele foi tão importante. Esse espetáculo precisa e será remontado por outro grande ator, assim como foi pelo meu pai e Paulo Autran. Fora que é uma peça divertida e, ao mesmo tempo, contundente.”

O texto de Jeff Baron, com Sergio Mamberti e Ricardo Gelli, no elenco, e direção de Cassio Scapin, conta sobre um pequeno acidente de trânsito nas ruas de Nova York, que quase resultou num atropelamento, acaba provocando a aproximação entre o Sr. Green, um velho e solitário judeu ortodoxo, e Ross Gardner, um jovem executivo de 29 anos que, graças ao juiz Kruger, foi acusado de negligência na direção e considerado culpado pela ocorrência. A pena consiste em fazer com que Ross Gardner deva prestar serviço comunitário junto à vítima uma vez por semana, pelos próximos seis meses.

A ação da peça se passa no velho apartamento do Sr. Green, tipicamente nova-iorquino, atulhado entre outras coisas de inúmeras edições de listas telefônicas já em desuso, jornais espalhados, pilhas de correspondências e um buquê de flores secas. Tudo parece ter sido adquirido nos anos 50 e mantido intocável desde então. A circunstância legal que os uniu involuntariamente, envolve os dois em situações inusitadas, com traços de fino humor e de profunda emoção.

Revelando pouco a pouco a personalidade de cada um, suas realizações e suas frustrações acabam por constituir a trama central da peça por meio da riqueza da narrativa e dos instigantes diálogos de Jeff Baron. Retratam também, magistralmente, os aspectos mais pitorescos da cultura judaica, bem como os encontros e desencontros de dois habitantes de uma metrópole como Nova York.

O resultado dessa história é estimulante e provocador, surpreendendo aos espectadores, pela originalidade das situações e a oportunidade de oferecer ao público um espetáculo de alta qualidade e de comoventes e inesquecíveis atuações.

A exibição no “Palco Instituto Unimed-BH em Casa” conta com tradução de libras e áudio descrição para garantir o acesso das pessoas com deficiências auditivas e visuais. Assim como nos demais espetáculos promovidos pelo projeto, nesta transmissão o público poderá realizar doações para o Mesa Brasil Sesc (por meio de QR Code), em benefício aos profissionais do teatro, associados ao Sated MG, que permanecem impossibilitados de exercer integralmente as suas funções em virtude da Pandemia da Covid-19.

Ficha técnica
Autor: Jeff Baron Tradutora: Rachel Ripani Elenco: Sergio Mamberti e Ricardo Gelli Direção: Cassio Scapin Assistente de direção: Ando Camargo Figurino: Fabio Namatame Luz: Wagner Freire Trilha sonora: Daniel Maia Adereços: Nilton Araújo Fotografia: Ale Catan Programação Visual: Marcelo- Cordeiro Estúdio Bogari Vídeo: Leandro Goddinho Produção executiva: Daniel Palmeira Assistente de Produção: Uli Alcântara Direção de produção: Carlos Mamberti. Classificação: 14 Anos | Duração: 90 minutos.


.: Peça teatral "O Ovo de Ouro" faz sessões no Sesc Santos


Último espetáculo de Sérgio Mamberti nos palcos trata sobre o conflito vivido por judeus que eram obrigados a auxiliar na aniquilação de seu próprio povo e, ao mesmo tempo, ter que conviver com o medo da morte. Duda Mamberti substitui o pai em cena ao lado de Leonardo Miggiorin, Rita Batata, Ando Camargo, além do autor Luccas Papp. A direção é de Ricardo Grasson. Foto: Kim Leekyung


"O Ovo de Ouro", com texto de Luccas Papp e direção de Ricardo Grasson, faz duas sessões presenciais no Sesc Santos nos dias 23 e 24 de outubro, sábado, às 20h e domingo, às 19h. As vendas iniciaram nesta terça-feira, dia 19, pelo site da unidade.

Com direção de Ricardo Grasson, peça traz no elenco Duda Mamberti, Leonardo Miggiorin, Rita Batata, Ando Camargo, além do próprio autor. O público também poderá adquirir o livro "Sérgio Mamberti: Senhor do Meu Tempo" (Edições Sesc), escrita pelo ator, junto ao jornalista Dirceu Alves Jr.

O espetáculo que estreou em 2018 celebrando os 80 anos de Sérgio Mamberti, morto em setembro de 2021, trouxe à tona a função do Sonderkommando ou comandos especiais, unidades de trabalho formadas por prisioneiros selecionados para trabalhar nas câmaras de gás e nos crematórios dos campos de concentração nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.

Obrigados a tomar as atitudes mais atrozes para acelerar a máquina da morte nazista, esses prisioneiros conduziam outros judeus à câmara de gás, queimavam os corpos e ocultavam as provas do Holocausto. Quem se recusava a desempenhar esse papel era morto, quem não conseguia mais desempenhar a função, era exterminado com os demais.

Contada em diferentes momentos, a trama revela a vida de Dasco Nagy, interpretado agora por Duda Mamberti, que foi Sonderkommando e sobreviveu ao campo de concentração de Auschwitz-Birkenau. Em cena, dois planos são apresentados – a realidade e a alucinação – para retratar a relação do protagonista Dasco Nagy quando jovem (Luccas Papp) com seu melhor amigo Sándor (Leonardo Miggiorin), com a prisioneira Judit (Rita Batata) e com o comandante alemão Weber (Ando Camargo). No presente, Dasco é entrevistado, já em idade avançada, por uma jornalista, narrando os acontecimentos mais horrorosos que viveu no campo de concentração e descrevendo a partir do seu ponto de vista os horrores e tristezas da Segunda Guerra Mundial.

“O texto surgiu da minha necessidade de não deixar morrer esse pedaço tão importante da História que é a Segunda Guerra Mundial, o nazismo e o Holocausto. A ideia de escrever a peça começou em 2014, quando eu fui apresentado ao universo do Sonderkommando por meio de um pequeno artigo em uma revista. Essa figura do judeu que tem que auxiliar com o extermínio do próprio povo mexeu muito comigo e minha noção de humanidade, e me incentivou a tentar entender por que eles faziam isso, por que eles não se recusavam”, explica Luccas Papp. 

Para Duda Mamberti, o espetáculo é especial, pois foi o último trabalho do seu pai em cena nos palcos. “Estudamos juntos a peça, pois durante o processo de montagem eu batia texto com ele. Já fiz alguns personagens que ele viveu no teatro ou no cinema, mas esse trabalho é mais uma homenagem que eu presto a ele. Eu estou muito feliz por isso. O espetáculo também é especial por ser o primeiro depois da pandemia. É um momento de felicidade, voltar a sentir o teatro, viver aquele frio na barriga, são sensações de prazer indescritível. Além da importância do texto do Luccas, que serve para alertar as pessoas que o que vale é o amor e não o ódio e que a gente tem que seguir o caminho do amor".

A dualidade interna entre ser obrigado a auxiliar na aniquilação de seu próprio povo e o medo da morte transforma o Sonderkommando em um complexo personagem a ser debatido. Nesse contexto são muitas as questões discutidas, desde o significado real de humanidade, o medo da morte, os limites da mente e da alma humana e a perda da própria identidade.

A peça, que cumpriu temporada no Sesc Santo Amaro e no Teatro Porto Seguro, está indicada ao Prêmio Bibi Ferreira nas categorias Melhor Ator para Sérgio Mamberti, Texto para Luccas Papp e Ator Coadjuvante para Leonardo Miggiorin.


A encenação
A montagem tem como inspiração e referência, a sétima arte, em todos os seus desdobramentos, nuances e dezenas de relatos deixados pelos sobreviventes dos campos de extermínio. “Apontamos no tempo presente, o encontro entre a jornalista e o sobrevivente, de forma fantasmagórica, alucinógena, imprimindo uma atmosfera vibratória, de vida pulsante às cenas e aos personagens. Quando nos transportamos, ilusoriamente, ao campo de concentração, ao passado concreto, vivido pelos personagens apontamos uma atmosfera fria, enclausurada, suspensa e sem vida, que nos conduz imageticamente àquelas sensações de crueldade”, explica o diretor Ricardo Grasson.

A dramaturgia foi inspirada em uma pesquisa sobre obras que discutiam os temas do Holocausto e da Segunda Guerra Mundial. Entre elas, destacam-se os livros Sonderkomamando: No Inferno das Câmaras de Gás, de Shlomo Venezia, e Depois de Auschwitz, de Eva Schloss; e o filme O Filho de Saul, de László Nemes, vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro de 2016.

Para que não se repita
“Em tempos de pouco diálogo, imposição de ideias e ideologias, censura e extremismos é fundamental debatermos esses temas tão duros e atrozes para que os erros que provocaram tanto sofrimento no passado não se repitam. É necessário e quase que um dever recordarmos as atrocidades do holocausto nazista, para que a história vivida no final dos anos trinta e início dos quarenta, não volte a nos assombrar. Para que as novas gerações, não testemunhas deste período da história, saibam o que aconteceu e onde a intolerância pode nos conduzir. Auschwitz e outras tristes lembranças do holocausto, podem até escapar da memória, mas jamais deixarão os corações de quem viveu a tragédia, especialmente de quem se atribui a responsabilidade de manter viva, por gerações, as imagens da perversidade humana. Uma das formas de evitar a repetição de tais tragédias coletivas é recordá-la, para que não ressurjam no horizonte, sinais do restabelecimento de ódios raciais, extremismos comportamentais e ideologias sectárias, formando o caldo cultural do qual o nazismo se alimentou e  cresceu”, completa Ricardo Grasson.


Ficha técnica
Texto: Luccas Papp. Direção: Ricardo Grasson. Elenco: Duda Mamberti, Leonardo Miggiorin, Rita Batata, Ando Camargo e Luccas Papp. Voz em off: Eric Lenate. Cenografia e visagismo: Kleber Montanheiro e Edgar Cardoso Desenho de Som e Trilha sonora original: L.P. Daniel. Desenho de luz: Wagner Freire. Videomapping: André Grynwask e Pri Argoud (Um Cafofo).  Figurinos e adereços: Rosângela Ribeiro. Assistente de Direção: Heitor Garcia. Operação de Luz: João Delle Piagge. Operação de Som: Karine Spuri. Camareira: Elizabeth Chagas. Posticeria Facial: Feliciano San Roman. Assistência de Palco: Pedro Didiano e Hel Prudencio. Cenotécnico: Alicio Silva. Aderecista: Ronaldo Dimer. Costureiras: Vera Luz e Noeme Costa. Alfaiataria: JC. Assistente de iluminação: Alessandra Marques. Assistente de Figurino: Eduardo Dourado. Supervisão de Conteúdo: Vinicius Britto. Conteúdo Histórico: Lucia Chermont, Marcio Pitliuk Franthiesco Ballerini e Priscila Perazzo. Assessoria Linguística e Fonética de Liturgia Judaica: Beto Barzilay. Idealização: Luccas Papp e Ricardo Grasson. Produção: NOSSO cultural. Direção de produção: Ricardo Grasson. Produção Executiva: Heitor Garcia e Fernando Maia. Gestão de Projeto: Lumus Entretenimento. Assessoria de Imprensa: Adriana Balsanelli e Renato Fernandes. Fotos: Leekyung Kim.


Serviço:
"O Ovo de Ouro" no Sesc Santos
Dias 23 e 24 de outubro, sábado, às 20h e domingo, às 19h.
Classificação: 12 anos.
Duração: 90 minutos.
https://www.sescsp.org.br/unidades/20_SANTOS

SESC Santos - Rua Conselheiro Ribas, 136, Aparecida – Santos. Telefone - (13) 3278-9800
Ingressos – R$ 40 inteira. R$ 20 meia (estudante, servidos de escola pública, +60 anos, aposentados e pessoas com deficiência


terça-feira, 19 de outubro de 2021

.: Capítulo 10: "As Winsherburgs" em "Cega, surda e muda"

Por: Mary Ellen Farias dos Santos


No escritório das Winsherburgs adentra Petra, desafeto das meninas desde o jardim de infância do antigo Colégio Santa Helena. Petra sabia identificar todo erro e converter em acerto. Quando a professora se aproximava para resolver as desavenças da menina com as gêmeas, sempre dava um jeito, rapidinho, de reverter toda a história e fazia a culpa do desentendimento recair nas costas das irmãs. Claro! Eram duas contra uma. Quem mais poderia ser a vítima ali?!

Tudo  começou quando se cruzaram na vida pela primeira vez, as gêmeas tinham um pirulito colorido cada nas mãos. Petra quis tomar ambos de Lola e Sam. Por um doce, Petra passou a ser um ticket sem volta com direito a Coca-Cola quente descendo bem pelas gargantas de Lolita e Samantha. Assim foi por anos, até que o destino deu um jeitinho de afastá-las. 

Alguns encontros aconteceram por puro deslize das Winsherburgs. Na verdade, Samantha era a mais distraída, enquanto que Lola identificava o perigo com muita distância, com tempo suficiente de mudar a rota antecipadamente.

Contudo, agora, ali, no escritório, não havia outra opção. 

Ao menos estavam juntas e assim iriam enfrentar esse fantasma do passado. Fora que o primo Apollo também seria um anjo protetor. As irmãs se olharam, passando coragem, mas, simultaneamente engoliram em seco, quando direcionaram toda a atenção para Petra.

Com aquele ar de quem sempre se alimenta de pretextos, Petra passou os olhos por todo o escritório como que se aquilo fosse um monte de lixo e começou:

- Fiz questão de dar uma passada aqui nesse lugarzinho...

No estilo máximo de bruxa má e mergulhada no sarcasmo, Petra abriu um sorriso claramente diabólico e ainda bateu o indicador suavemente nas pontas dos narizes de Lola e Sam.

- Saibam que irei fiscalizar o trabalho de vocês. Meu noivo Helder Lee me designou a fazer esse meio de campo. Contei a ele o quão amigas de infância somos. Afinal, vocês me trataram tão bem aqui, da última vez, né?!, aproveitou para provocar as gêmeas.

Enquanto as Winsherburgs seguiam em total silêncio e com um sorriso amarelo estampado, Petra sentenciou:

- A partir de agora, receberei toda sexta-feira a programação de trabalho para a semana seguinte. Quem se habilita a cumprir esse primeiro trato?!

Apollo que pretendia mostrar a forma que trabalhavam ali, levantou a mão esquerda e antes que falasse qualquer coisa, foi interrompido pela nova chefe.

- Ah! Você. Combinado. Aqui está o meu cartão!, falou deixando o pedaço de papel sob a mesa enquanto dirigia-se até a porta. Mantinha a mão esquerda erguida na altura dos ombros e balançava os dedos sinalizando um adeus.

Assim que Petra sumiu por completo, Apollo suspirou e disse:

- É! Temos uma Miranda de “O Diabo Veste Prada” para chamar de nossa!

*  *  *

Lá fora a chuva caia forte. Cega, surda e muda. No quarto, sob a cama, Mary seguia inconsciente. 

Ao abrir os olhos lentamente, notou a figura de uma linda mulher de voz suave que cantarolava uma canção de ninar quando acariciava seu rosto com muita delicadeza. Não era a mãe dela ou as irmãs mais velhas.

Serena, a mulher apenas sinalizou que estava tudo bem, sorriu e ergueu o dedo indicador em direção a testa da menina que começou a recobrar a memória. 

- Temos que conversar! –falou baixinho a mulher misteriosa. 

Confusa, Mary quis saber quem ela era.

- Sou Evangeline. Um anjo do Senhor. Fui enviada para proteger você de Azazel. 

Mary não se contém e começa a rir enquanto responde:

- Que história é essa? Anjos só existem nos filmes e seriados. E eu lá conheço esse “Aza” alguma coisa aí?!

Sentando-se à beira da cama, Evangeline respira fundo e complementa em poucas palavras:

- Conhece e esteve com ele. 

Mary ri novamente e dispara:

- Fala logo! Quem é você? Pensa que eu não sei o que quer de mim?

Evangeline segue suave na fala:

- Estou aqui porque a ordem celestial me ordenou. Você fez o ritual de invocação do prisma. Tentei alertar suas irmãs várias vezes para impedir que se colocasse em perigo, mas ninguém me deu ouvidos. Usei até uma blogueira de quem você é fã. Todas as três irmãs sempre perdidas em problemas pessoais, sem permitir que a sensibilidade aflorasse um pouquinho somente. Assumi essa forma em nome de cumprir essa missão e retornar ao meu verdadeiro propósito.

*  *  *

Quando o relógio marcava 17:57, na cozinha, Ellen começava a preparar a janta, pois Bernardo iria chegar. Tinham combinado de ter sorvete de passas ao rum e pistache de sobremesa.

*  *  *

Antes de anoitecer, Lola e Sam chegaram em casa. Como de costume foram ao quarto de Mary para dar um beijo na irmã mais nova. Somente após se aproximarem bem que notaram Evangeline. Era a mulher atropelada no dia do cinema, no hospital. 

Lolita ficou incrédula a ponto de levar as mãos até a boca que estava aberta, enquanto que Samantha, cheia de atitude e grande jornalista investigativa, pergunta:

- Vocês se conhecem?! O que está acontecendo aqui?! Quem é você?

Erguendo o indicador em direção à testa de Lolita e depois de Samantha, Evangeline começa a repetir, calmamente, tudo o que disse a Mary.

Lolita, ainda sem acreditar no que acontecia ali, encheu Evangeline de perguntas novamente:

- Você tentou falar conosco pelo aparelho de som e celulares?! Depois assumiu essa forma, mas quando eu lhe atropelei, você simplesmente sumiu no hospital...  Olha isso é muito papo-furado. De onde tirou essa história surreal?! Acha mesmo que vou acreditar...

A revolta de Lolita é bloqueada por um novo clarão e zunido alto que ecoou no quarto. Era Azazel.

- Olá, anjinha!, fala Azazel diretamente para Evangeline. E complementa tendo as mãos juntas:

- Que momento oportuno! Essas Winsherburgs e você, todas juntinhas. Sabe que não me importo se tiver que ser drástico, né, mensageira de boas notícias?!

Evangeline não responde, apenas se coloca diante das três Winsherburgs assumindo a posição de protetora. 

- Você sabe que só tenho interesse nessa pequenininha, aí! Por que assume a guarda das outras?! Desnecessário, anjinha. Cedo ou tarde elas terão um destino trágico...

Escondida atrás da mensageira celestial, Mary segura firme a pedra, relembra tudo o que lhe foi dito pela protetora e toca nela para que inicie as orações em hebraico. 

Azazel sorri e mostra ter o corpo fechado com o sinal da forma do Sol.

Sem cogitar qualquer reação, Azazel deu as costas, foi quando Mary encontrou coragem e força. Saiu muito rápido de trás de Evangeline e encostou o prisma no símbolo tatuado. Pequena e leve, o movimento da jovem foi tão ágil que ninguém foi capaz de entender o que acontecia. Assim, o encarregado de contar o número de faltas humanas foi enviado para o lugar de onde nunca deveria ter saído.

*  *  *

Naquela noite, Mary, Lolita, Samantha e Ellen assistiram juntinhas, no sofá grande da sala, os três primeiros episódios do seriado “The Big Leap”, enquanto que Bernardo assistia no quarto do casal “Batatinha-frita 1, 2, 3” de “Round 6”. É como diz a Dorothy: “Não há lugar igual a nossa casa!”.


Si pudiera exorcizarme de tu voz

Si pudiera escaparme de tu nombre

Si pudiera arrancarme el corazón

Y esconderme para no sentirme

Nuevamente

Ciega, Sordomuda, Shakira


.: Confira todos aqui o primeiro capítulo de "As Winsherburgs"!


*Mary Ellen Farias dos Santos é criadora e editora do portal cultural Resenhando.com. É formada em Comunicação Social - Jornalismo, pós-graduada em Literatura, licenciada em Letras pela UniSantos - Universidade Católica de Santos e formada em Pedagogia pela Universidade Cruzeiro do Sul. Twitter: @maryellenfsm 


Assista em vídeo como história ilustrada


.: Entrevista: Walcyr Carrasco revela tudo sobre "Verdades Secretas II"


Autor de "Verdades Secretas II", Walcyr Carrasco revela o que o público pode esperar da obra. Foto: Globo/Victor Pollak

Faltam dois dias para a chegada dos 10 primeiros capítulos da novela Original Globoplay "Verdades Secretas II", a partir do dia 20. Para aplacar a curiosidade de quem está contando os dias, o autor Walcyr Carrasco adianta o que o público pode esperar da história. Com mais de 60 livros publicados, o jornalista, autor e dramaturgo assinou peças de sucesso como "Batom" (1995) e "Êxtase" (1997), pela qual recebeu o prêmio Shell de melhor autor.

Em 2008, Walcyr Carrasco ingressou na Academia Paulista de Letras e, em 2010, ganhou o prêmio da União Brasileira dos Escritores pela tradução e adaptação de "A Megera Domada", de Shakespeare. Para a TV, Walcyr começou a escrever no final da década de 1980. A primeira novela na Globo foi "O Cravo e a Rosa" (2000), dirigida por Walter Avancini, com quem repetiu a parceria em "A Padroeira" (2001). As novelas "Chocolate com Pimenta" (2003), "Alma Gêmea" (2005), e "Êta Mundo Bom!" (2016), dirigidas por Jorge Fernando, consagraram o autor no horário das seis. A estreia na faixa das sete foi com a comédia romântica "Sete Pecados" (2007). Depois, escreveu "Caras & Bocas" (2009) e "Morde e Assopra" (2011). 

 A primeira novela das nove foi "Amor à Vida" (2013), grande sucesso de crítica e público. Para a faixa das onze, Walcyr Carrasco escreveu ‘Gabriela’ (2012) e "Verdades Secretas" (2015), que conquistou o Emmy Internacional, além do Troféu APCA e do Prêmio Extra de Televisão como Melhor Novela. Além disso, recebeu o Prêmio Jabuti, em 2017, pela tradução e adaptação de Romeu e Julieta. Voltou ao horário das nove com "O Outro Lado do Paraíso" (2018) e "A Dona do Pedaço" (2019). Agora retoma a parceria com a diretora Amora Mautner em "Verdades Secretas II", continuação da premiada novela de 2015 atualmente no ar na TV Globo. Confira abaixo a entrevista com o autor.


O que o motivou a escrever 'Verdades Secretas II' e como foi o processo de reencontro com a trama tanto tempo depois?
Walcyr Carrasco - 
O extraordinário sucesso de 'Verdades Secretas' e o desejo do público de assistir à continuação da história foi o que mais me motivou para escrever esta nova temporada. Acredito que o processo de realizar esse trabalho seria um desafio grande a qualquer momento, pois é preciso conseguir manter a trama viva e surpreendente.   


Quais foram os critérios para decidir os personagens que estariam nessa sequência?
Walcyr Carrasco - Os critérios foram determinados pela dramaturgia. Ou seja, com quem a história continuaria, quais personagens tinham histórias que possibilitavam sequência. Cada temporada tem uma história diferente, mas juntas elas se entrelaçam. 


Quase todos os personagens vivem de forma politicamente incorreta e têm uma moral própria. Por isso, acabam seguindo caminhos tortuosos. Existe algo maior que os move para que escondam sua "verdade secreta"?
Walcyr Carrasco - A vida é que move a todos, porque todo mundo tem sua verdade secreta, mesmo que escondida no fundo do coração.


Para além do book rosa, é possível ver que as cenas de sexo entre os personagens estão sendo retratadas de diferentes formas nessa nova fase da trama, especialmente na relação entre Angel e Percy. O que poderia falar a respeito?
Walcyr Carrasco - A questão da venda do corpo pode ultrapassar os limites do que é psicológica e fisicamente saudável. É o que o mostro nessa relação.


Assim como na primeira fase, "Verdades Secretas II" vai abordar o uso de drogas e você tem experiência em tratar desse tema, inclusive em livros. Existe algo novo envolvendo a questão que será mostrado na continuação da trama?
Walcyr Carrasco - Acho importante falar da droga que a pessoa toma sem ter consciência do perigo, como no caso de alguns remédios de emagrecimento, por exemplo. Esse é o principal alerta, além da dependência química.


O que o público, que está na maior expectativa por "Verdades Secretas II", pode esperar da obra?
Walcyr Carrasco - O público será surpreendido por novos aspectos da misteriosa Angel e novas histórias envolvendo a agência, com os lançamentos de jovens atores. 

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