quarta-feira, 29 de setembro de 2021

.: 3x4: A hora da ligação de "American Crime Story: Impeachment"

Por: Mary Ellen Farias dos Santos 

Em setembro de 2021


"The Telephone Hour", o quarto episódio de "American Crime Story: Impeachment", leva o público para o mês de agosto de 1977. Assim, Monica (Beanie Feldstein) é convidada a entrar numa sala por outra mulher, quem se identifica como alguém próxima ao presidente, que aliás, o conhece desde a adolescência. O que a jovem foi tentar ali? Resgatar a vaga de trabalho na Casa Branca. 

De volta ao ambiente de trabalho, Linda Tripp (Sarah Paulson), já tendo uma lista de nomes, demonstra toda indignação a respeito da tentativa de Monica e deixa muito claro que dedicou anos da vida e, no fim, foi tratada igual a lixo. Em casa, diante da TV, uma ligação para Linda. É Monica pedindo desculpas pelo desentendimento com a amiga de trabalho. E assim começa o que o título do episódio promete.

Do outro lado da linha telefôncia, a ideia é plantada na mente de Linda por Lucianne Goldberg (Margo Martindale): fazer um livro sobre a relação de Monica e Clinton. Assim, ela tem todas as dicas de como gravar as conversas e ter material para o livro. Enquanto Monica solta tintin por tintin aos prantos, com direito a cabelos molhados de chuva, do outro lado, Linda é puro deboche da situação.

Resultado: a amiga ursa decide fazer um livro e começa a gravar as conversas. Assim, chega em quem pode escrever: um jornalista. Ele reluta, uma vez que as gravações foram feitas sem o consentimento de Monica e ainda se trata de sexo oral. Sem alguém para escrever a história, numa nova conversa via telefone, Linda traz a verdadeira situação de Monica que fica revoltada. Monica não voltará a trabalhar na Casa Branca. Assim, a moça mete os pés pelas mãos a ponto de Clinton reforçar se eles ainda podem ser amigos.

Linda segue se fazendo de amiga até acumular material suficiente quando estoura com Monica. Sem entender, a moça deixa diversas mensagens para Linda na secretária eletrônica. Até que Linda, preparada, liga para Monica, explica ausência no trabalho e ainda faz uma confissão: perdeu três quilos.

Num encontro de amigas, Monica solta mais histórias sobre as relações anteriores que teve antes do presidente, mas é no closet que Linda se depara com um vestido da marca GAP sem lavar. Por quê?! Lembrança de quando fez sexo com Clinton.

Embora tudo pareça ser um prato cheio de diversão para Linda ela cai em si e se dá conta de não conseguir manter mais a farsa. Eis que Paula Jones (Annaleigh Ashford) aparece no televisor para mais uma vez costurar o escândalo de Monica e Clinton. Para a alegria da futriqueira da história, ela recebe uma intimação, enquanto que o presidente, na Casa Branca, percebe que seu casamento está por um fio.


Seriado: American Crime Story: Impeachment
Temporada: 3
Episódio 4: "
The Telephone Hour"
Exibido em: 28 de setembro de 2021, EUA.
Elenco: Sarah Paulson (Linda Tripp), Beanie Feldstein (Monica Lewinsky), Annaleigh Ashford (Paula Jones), Margo Martindale (Lucianne Goldberg), Edie Falco (Hillary Clinton), Clive Owen (Bill Clinton), Billy Eichner (Matt Drudge), Elizabeth Reaser, Judith Light (Susan Carpenter-McMillan), Anthony Green (Al Gore), Cobie Smulders (Ann Coulter), Colin Hanks, Taran Killam (Steve Jones), Mira Sorvino (Marcia Lewis), Kathleen Turner (Susan Webber Wright), Dan Bakkedahl (Kenneth Starr), Joseph Mazzello (Paul Begala), Blair Underwood (Vernon Jordan), Kevin Pollak (Bernie Nussbaum), Patrick Fischler (Sidney Blumenthal)

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do www.photonovelas.com.br. Twitter:@maryellenfsm

.: Entrevista: Tony Ramos fala sobre "Pai Herói", que chega ao Globoplay


Trama protagonizada por Tony Ramos e  Elizabeth Savalla, novela foi escrita por Janete Clair e exibida originalmente em 1979 está disponível na plataforma. Foto: TV Globo / Nelson Di Rago


Um homem em busca da verdade sobre o seu pai é o mote principal de "Pai Herói". Escrita por Janete Clair, a trama que foi exibida originalmente em 1979 passa a integrar o projeto de resgate dos clássicos da dramaturgia do Globoplay a partir desta segunda-feira, dia 27. Dirigida por Walter Avancini, Roberto Talma e Gonzaga Blota, a história conta com Tony Ramos, Elizabeth Savalla, Lima Duarte, Glória Menezes, Carlos Zara, Beatriz Segall, Paulo Autran, Isabela Garcia, Jorge Fernando, Emiliano Queiroz, entre outros, no elenco. 

André Cajarana (Tony Ramos) foi criado no interior de Minas Gerais pelo avô paterno. O jovem cresceu acreditando que seu pai era um grande homem. Com a morte do avô, André parte para o Rio de Janeiro com o objetivo de esclarecer as circunstâncias da morte de seu pai, Malta Cajarana (Lima Duarte). Ao chegar à cidade, ele descobre que o pai é acusado de roubo e assassinato. 

Tudo que ele quer então é provar que seu pai não é o que o acusam. André acredita que Malta foi um herói e não um bandido, como dizem. Ao longo da história, ele se envolve com duas mulheres. Catarina (Elizabeth Savalla) é bailarina profissional de sucesso e faz parte de uma rica família do Rio de Janeiro. Já Ana Preta (Glória Menezes) é uma mulher do subúrbio, dona de uma casa de samba. Os três formam o principal triângulo amoroso da história. Nesta entrevista, Tony Ramos fala sobre "Pai Herói".


Qual a principal lembrança que você tem da novela "Pai Herói"?
Tony Ramos - 
São várias lembranças! A turma com quem eu contracenava, a possibilidade das conversas de alta qualidade que tínhamos nos bastidores, a direção inspirada... Eu lembro claramente dessa direção inspirada. As conversas criativas que eu tinha com o Paulo Autran, com a Maria Fernanda, que fazia a mãe do André, com a Savalla, com a Gloria Menezes, minha querida Gloria no Cabaré da Ana Preta, que era um lugar que quando aparecia na novela as pessoas ficavam encantadas com a espontaneidade de todo aquele elenco. Gravávamos às vezes algumas externas lá na Beija-flor de Nilópolis. São várias lembranças. 


Como era trabalhar em uma novela de Janete Clair?
Tony Ramos - 
Dona Janete era uma pessoa muito espontânea, muito clara. Ela mandava recados pelos diretores, às vezes telefonava para contar de uma cena que tinha visto e tinha gostado. Sempre muito generosa, era uma doçura de pessoa. E, ao mesmo tempo, uma criadora. Ela não fazia nenhum tipo de juízo de valor de uma telenovela. Ela apenas queria sempre passar, através do folhetim, quadros da vida real. Claro que, quando fala de telenovela, você diz “ah... isso é coisa de novela” ou “isso é coisa de cinema”. Mas, na verdade, o folhetim, a dramaturgia, espia, olha para a realidade que nos cerca. Claro que é importante colocar um pouco de fantasia no meio disso, como é até hoje. Se você assistir a qualquer série, você vai perceber que tudo é folhetim: quem matou quem, quem vai ficar com quem, como vai ser o próximo episódio, como vai acabar, e assim por diante. Folhetim, dramaturgia pura. Dona Janete respeitava muito essa imaginação, esse sonhar, esse folhetim da própria vida que o espectador tem. Espectador que sonhava e sonha. Era uma alegria poder trabalhar com Dona Janete, com sua determinação e espontaneidade. 

 
A novela traz diversos nomes importantes da dramaturgia brasileira. Como eram os bastidores das gravações?
Tony Ramos - Os bastidores eram fantásticos. Na hora do almoço, você sentava-se à mesa com Maria Fernanda, com Paulo Autran e falava sobre teatro, vida, sociologia, filosofia. Aí chegava nossa querida Gloria Menezes para almoçar e o papo continuava. Falava-se de música, porque Gloria é uma excelente pianista também. Poucos sabem ou lembram disso. Também contávamos piada, falávamos de esporte, de tudo um pouco... Cada um com seu projeto teatral e com planos para depois da novela. Como foi meu caso. Acabou "Pai Herói" e eu fui fazer “O Pagador de Promessas” no teatro. Paulo Autran foi fazer outra peça e assim por diante. 


Você lembra como era a abordagem do público nas ruas em relação ao André?
Tony Ramos - 
Se eu ia ao teatro, ao cinema ou se eu arriscasse passear com meus filhos, àquela altura com seus oito, nove aninhos, sempre era isso: “Você tem que limpar o nome do seu pai”. “Estou gostando". “Você tem que ver o que está acontecendo”. “Aquele Baldaracci guarda o segredo”. “O teu pai sempre foi um homem bom”. Eu sempre ouvia isso nas ruas e eu dizia “Mas André Cajarana está atrás disso” (risos). Uma relação muito bonita numa época em que ninguém poderia imaginar que um dia teríamos internet. 

 
Depois de tantos personagens, cerca de 138 pelo que você já comentou em entrevistas, o André tem um lugar especial em sua trajetória? 
Tony Ramos - 
Claro que o André tem um lugar especial. Grandes novelas foram importantes na minha vida, como “Ídolo de Pano”, que depois a Globo refez. “A Viagem”, que fiz com a Eva Wilma, e que a Globo refez também. Novelas importantes na minha vida profissional. Como “Nino, o Italianinho”, com Juca de Oliveira de Geraldo Vietri, uma novela muito importante. Aí venho para a Globo onde estou há 45 anos seguidos. Fiz muitas coisas que foram importantes. Agora imaginem fazer uma novela como “O Astro” e, em seguida, estrear uma como "Pai Herói". Fiz ambas de Janete Clair seguidamente e com sucesso maciço em todo território nacional, tramas vendidas para o mundo inteiro. Claro que isso tudo muda a relação com a profissão. Mas "Pai Herói" entra naquele lugar especial onde solidifica-se o meu nome junto ao grande público. Assim como vieram outras, como os gêmeos de “Baila Comigo”, o Juca de “A Próxima Vítima”. Aí, enfim, a carreira caminhou. Mas sem dúvida o André Cajarana está ali como está também, em 1985, a minha personagem Riobaldo de “Grande Sertão Veredas”, seis anos depois de "Pai Herói". Um outro marco divisório na minha carreira. É bonito olhar para a carreira, é bonito olhar para o tempo e ser feliz com os desafios que topei e, ao mesmo tempo, pensar na gratidão que tenho por essa caminhada. 

 
Qual cena você lembra com mais carinho?
Tony Ramos - 
São várias. Uma é a perseguição no início da novela. André Cajarana é envolvido num assalto inadvertidamente. Ele não está sabendo que a personagem do Osmar Prado está envolvida nisso. Ele fala “corre, corre, corre”. Eles saem correndo. A polícia perseguindo, aquilo é um momento muito bonito com esse grande ator que é o Osmar. Houve outros momentos líricos, românticos com a Ana Preta. Outros momentos que, ao fugir da polícia, ele se esconde na cobertura onde mora quem? Carina, personagem da Elizabeth Savala. Há vários momentos... O final da novela, que não vou dizer aqui, é surpreendente pela forma que o Roberto Talma marcou, como os diretores criaram aquele final, como foi dirigido e o local escolhido. É um final surpreendente.

 
Muitas novelas estão sendo revisitadas no momento. Mas "Pai Herói" foi exibida há mais de 40 anos. É uma oportunidade de os noveleiros conhecerem esse trabalho, que fez muito sucesso à época, estando agora no streaming?
Tony Ramos - 
Sem dúvida é muito bom para mim, principalmente no caso de "Pai Herói", que foi exibida de janeiro a agosto de 79, um sucesso estrondoso. É uma história linda que se um dia a Globo resolver fazer um remake, não tenha dúvida que dará certo. E os noveleiros que viram esse trabalho, vão poder rever cenas importantes. E a molecada que não faz nem ideia do que é "Pai Herói", talvez tenha ouvido falar, vai poder constatar que grande novela é.


O que você destacaria em "Pai Herói" como um atrativo?
Tony Ramos - 
O atrativo de "Pai Herói" é esse: suspense, amor e, ao mesmo tempo, aquela velha pergunta “como será que vai terminar?”. Valeu a pena demais para mim. Sou grato a todos os trabalhos que fiz, mas tem alguns que são pontos de virada, pontos que saem da curva. "Pai Herói" é um deles, sem dúvida alguma.

.: "As Princesas Encaracoladas": mãe cria história para empoderar as filhas


Empoderamento na primeira infância: o que pais e mães têm feito para promover a aceitação de seus filhos? Claudia Kalhoefer usou a literatura como estratégia para promover a inclusão. Ela escreveu a obra "Princesas Encaracoladas" com o objetivo de ajudar todos os pequenos que passam por bullying por causa da forma do cabelo e da cor da pele. A pauta também pode contar com a participação de mães leitoras que usam os livros para preparar os filhos para serem antirracistas.

Agatha, de seis anos, e Alice, de quatro, são duas meninas que amam contos de princesas. Um dia, Agatha voltou da escola triste e pensativa. Lá, ela escutou que não poderia ser uma princesa, já que não tinha o cabelo liso e loiro. Esperta e curiosa, a pequena perguntou para a mãe: “Por que ela tinha os cabelos cacheados e por que não poderia ser como as personagens dos contos?". Claudia Kalhoefer não se contentou em apenas explicar o motivo também escreveu o livro infantil "As Princesas Encaracoladas", para empoderar várias outras crianças a se amarem do jeito que são e respeitarem umas as outras.

Claudia Kalhoefer sentiu a necessidade de empoderar suas meninas porque não queria que elas passassem pelo que passou na infância. Ela sofreu bullying na idade escolar por causa do cabelo e pediu para a mãe que alisasse as madeixas. Durante mais de 30 anos, utilizou vários métodos para deixar os cabelos lisos.  Ao se deparar com o drama semelhante das filhas resolveu que era a hora de educar pelo exemplo e iniciou sua transição capilar.

"Acho que você também deve se amar do jeitinho que é. Com sua cor de pele, os traços do seu rosto e do seu corpo e com a beleza que seu cabelo tem. Não existe cabelo mais feio ou mais bonito. Muito menos cabelo bom ou ruim." ("As Princesas Encaracoladas", p. 19)

O propósito da autora foi para além do livro. Ela utiliza outras formas de interagir com meninas de cabelos crespos e cacheados. Seja por meio do Instagram @asprincesasencaracoladas ou da música. A canção "Toda Cacheada", escrita pelo compositor Flávio Augusto da Silva e com participação especial de Agatha e Alice, é uma das formas que Claudia encontrou para tornar sua obra ainda mais interativa.

A música pode ser conferida no link: https://youtu.be/qnXPKpbv8OU. Claudia também é mãe de Noah, de oito anos e mora em Springfield, nos Estados Unidos, com os filhos e o marido, Eric.


Ficha técnica:
Livro: 
"As Princesas Encaracoladas"
Autora: 
Claudia Kalhoefer
ISBN/ASIN:
978-65-00-10426
Formato: 16x16
Páginas: 20
Link de venda no Amazon: https://amzn.to/3zSTgsJ

"Toda Cacheada" - Lyric video

.: Últimos dias da exposição "A Terceira" da artista Marcia de Moraes no CCBB


Últimos dias para visitar a exposição A Terceira, da artista visual Marcia de Moraes, que encerra na próxima segunda-feira, dia 4 de outubro. "O Êxtase" - 2021. Foto de Filipe Berndt.


Em “A Terceira”, a artista Marcia de Moraes conjuga questões da arte e da psicanálise. Através do desenho, a artista encontra destino ao que transborda: para o vazio e para o excesso, para o que é radicalmente seu e para aquilo que é pura alteridade. As perguntas que seus desenhos e colagens sustentam encontram-se nas entranhas e nas vísceras, no dentro e no fora, na superfície e na espessura das coisas.

No traçado das primeiras formas, Marcia de Moraes  abriga o espaço em branco. O intervalo revelado pelo traço do grafite e a cor como preenchimento desfiguram o figurativo, fazendo com que as coisas possam se imiscuir e perder seu contorno fixo. 

O nome da exposição é uma referência à conferência feita por Jacques Lacan no VII Congresso da Escola Freudiana de Paris, no dia 1º de novembro de 1974. Na conferência que também recebeu o nome “A Terceira”, Jacques Lacan trata de um ponto central para a psicanálise: a maneira singular como cada sujeito escreve um corpo.  “Dentro da minha interpretação, ele falou sobre o aquilo que não cabe dentro das pessoas. Provavelmente ele está falando de pulsões emocionais, mas no meu caso, eu transponho isso para o desenho, quando eu digo que o que eu desenho é aquilo que não cabe dentro de mim”, comenta a artista.

A exposição acontece no subsolo do CCBB-SP, ocupando inclusive o antigo cofre da agência, que hoje se tornou um dos espaços expositivos mais desafiadores da cidade. O subsolo tem área útil de 133 metros quadrados e o espaço interno do cofre possui 33 metros quadrados. Toda essa área do prédio construído em 1901 será ocupada pelas obras inéditas de Marcia, desenhos e colagens criados especialmente para a exposição.

“O cofre é um lugar que sempre me chamou muito a atenção, ele tem um formato quase octogonal que me interessa muito, ele permite que o público tenha uma proximidade muito intensa com o desenho, assim como eu tenho no ateliê. Isso acontece pela própria geografia do espaço”.

Desde 2010, Marcia direciona sua arte na pesquisa do desenho. "Já ouvi muito que o desenho não poderia ir além do que um determinado tamanho do papel, ou de uma determinada situação de esboço, de planejamento, e eu insisti de uma forma muito teimosa, e continuo insistindo até hoje, e essa exposição mostra o quanto isso é possível, acho que ela é o lugar mais longe que já cheguei no meu trabalho com o desenho”, completa. “A Terceira” até dia 4 de outubro, todos os dias, das 9h às 18h, exceto às terças, e contará com um catálogo virtual completo. 

.: Bomba: o livro de Solange Gomes, a participante polêmica de "A Fazenda 13"

Antes de entrar na 13ª edição de "A Fazenda", a modelo Solange Gomes lançou uma polêmica autobiografia: "Sem Arrependimentos"

Com a personalidade forte que pode ser assistida todas as noites no reality show da Record, Solange é, hoje, considerada uma das participantes favoritas ao prêmio de R$ 1,5 milhão. O livro tem prefácio de Gugu Liberato e conta histórias interessantes, como a que ela ficou desidratada.

Espontânea e divertida, a veterana carioca criada no bairro de Botafogo conta tudo nesta autobiografia cativante. Desde muito nova, a vida de Solange Gomes se tornou um caldeirão de paixões explosivas, polêmicas e decisões tomadas sempre com emoções à flor da pele. 

Neste livro, a modelo da banheira do Gugu do programa "Domingo Legal" relata, com a sincera que lhe é peculiar, os fatos capitais da vida que foram expostos pela mídia, agora sem filtros da própria mídia ou de terceiros. O principal deles, responsável pela grande reviravolta de sua vida, entre muitas histórias, foi a escolha pela maternidade durante o auge de sua carreira e fama.

Solange Gomes foi convencida a escrever este livro pelos amigos e colegas de profissão que a veem como uma guerreira, que busca seus objetivos com muita determinação e fé, e que sua inspiradora capacidade de dar a volta por cima tem o potencial para animar e motivar leitores e leitoras nos momentos mais difíceis. No mínimo, uma leitura divertida. Você pode comprar e se divertir com o livro "Sem Arrependimentos", que conta as histórias de Solange Gomes, neste link.


terça-feira, 28 de setembro de 2021

.: 5x2: "9-1-1" faz horas desesperadas de Athena com animais à solta


Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em setembro de 2021

O segundo episódio da quinta temporada de "9-1-1", que leva o nome de "Desperate Times", começa com o helicóptero pendurado no telhado do hospital, quando a equipe do 118 corre em socorro. Dentro? Alguém precisa de atendimento. Para tornar tudo ainda mais arrepiante, a porta do helicóptero se abre e Bobby Nash (Peter Krause) banca o herói. Antes do grande feito, faz o público roer as unhas com direito a ouvir que aquilo foi "surpreendente". Afinal, Bobby, a coragem em forma de homem, se sai bem e ainda salva o órgão para transplante que estava à espera.



O episódio tem espaço para o drama familiar de Athena, uma vez que certa atitudade de Harry (Marcanthonee Reis), filho de Athena está em pauta pelo pai Michael Grant (Rochmond Dunbar). Contudo, mesmo que em período de trabalho, a diva Athena não brinca em serviço e descobre que seu parceiro de trabalho está internado após ser atacado por Jeffrey Hudson (Noah Bean). 

Impressionante, uma vez que o finalzinho do episódio de estreia da quinta temporada foi bem assustador. Não é mesmo? Sendo assim, o estuprador está livre. Logo, numa cena de invasão estilo cinematográfico, tal qual o clássico "S.W.A.T", um crime de mansão. Pois é justamente a casa da advogada de Jeffrey Hudson. Sim! 

Numa discussão encabeçada por Buck (Oliver Stark) e Bobby, a equipe do 118 conclui com um sorriso, sugerido por Henrietta "Hen" Wilson (Aisha Hinds). Com o grupo de volta para a Boulevard, o cenário de destruição e o som alto da trilha sonora é de "Welcome to the jungle", Guns N´Roses, e um revival do que foi apresentado no primeiro episódio.

Contudo, a equipe está em busca de algum humano para socorrer em meio a tantos animais livres e soltos. Surge o primeiro que diz ter sido envenenado a ponto de não ver nada. Barulhos e outra vítima é encontrada. O causador? Uma alpaca. Ok. Ela não estava sozinha.

O segundo episódio não deixa a crise pós-parto de Maddie (Jennifer Love Hewitt) de fora, mas o foco é nitidamente a história de Athena. Também pudera, ela é a protagonista da série. Enquanto ela faz ronda na casa de uma groupie fã do estuprador, encontra um tempinho para papear com seu amado Bobby. Eis que Catherine aparece por lá, dizer se sentir responsável por Jefrey estar livre e avisa que Athena tem um novo chamado no hospital.

E numa convera por troca de olhares, anotações e sussurros, Athena liga toda a história, percebendo que a família dela está em perigo. Sim, ela se preocupou com as vítimas a ponto de se esquecer de que era uma vítima também. Ao chegar em casa, escuridão e sem mais convidados da festa. Assim, Athena se dá conta de que Jeffrey raptou Harry. Ufa! Que venha o próximo episódio, pois já está claro que Jeffrey Hudson será o demônio da história de Athena, enquanto que a equipe do 118 terá um cenário apocalíptico para remediar!


Seriado: 9-1-1
Temporada: 5
Episódio: 2, Desperate Times
Exibição: 27 de setembro de 2021
Emissora original: Fox Broadcasting Company
Criadores: Ryan Murphy, Brad Falchuk, Tim Minear
Produtores executivos: Ryan Murphy, Brad Falchuk, Tim Minear, Alexis Martin Woodall, Bradley Buecker
Elenco: 
Angela Bassett (Athena Grant), Peter Krause (Bobby Nash), Jennifer Love Hewitt (Maddie Buckley), Oliver Stark (Evan "Buck" Buckley), Aisha Hinds (Henrietta "Hen" Wilson), Kenneth Choi (Howie "Chimney" Han), Noah Bean (Jeffrey Hudson) Marcanthonee Reis (Harry Grant), Ryan Guzman, Rockmond Dunbar.


*Editora do site cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm

Trailer

.: Diário de uma boneca de plástico: 28 de setembro de 2021



Querido diário,

Posso dizer que sou "Ryan Murphete". Sabe, diário, eu me dei conta de que acompanho as séries dele há tanto tempo... Acompanhei "Estética", "Glee", "Feud", "Pose", "American Horror Stories" e tantas outras...

Foi justamente por causa da série "American Horror Story" que criei o hábito de assistir a estreia dos episódios simultaneamente. O que também fiz com o seriado "Glee". É assim, estreia lá, mas eu, daqui, assisto e, claro, minha dona faz as anotações e prepara o texto dela para o Resenhando.com.

Eis que ontem, enquanto aguardava a estreia do segundo episódio da quinta temporada de "9-1-1", assistimos alguns episódios do sitcom "Last Man Standing". Eu e minha dona roemos as unhas e nos empolgamos com "9-1-1". O que foi aquela cena do helicóptero no telhado do hospital, né?! Estupenda!

Mas, com o fim do episódio, tivemos o prazer de conhecer outra série que estreou semana passada, junto com a quinta temporada de "9-1-1", chama-se "The Big Leap". No elenco estão Scott Foley, gatinho por quem minha mãe foi apaixonada no seriado "Felicity", além de Teri Polo, a noiva de Ben Stiller no filme "Entrando Numa Fria" e Piper Perabo, a protagonista do longa clássico musical "Show Bar". 

Não bastando tudo isso, a série de televisão musical americana, criada por Liz Heldens, tem drama, mas é carregada de comédia, sendo baseada na minissérie britânica Big Ballet. Sinceramente? Já vou correr atrás do primeiro episódio!!

Beijinhos pink cintilantes e até amanhã,

Donatella Fisherburg


.: Giovanna Antonelli: "Sempre alguém me reconhece como Jade"


Em entrevista, a 
atriz relembra o sucesso da personagem. A partir do dia 4 de outubro, a obra divide a faixa com as emoções finais de "Ti Ti Ti" no "Vale a Pena Ver de Novo". Foto: Globo/Divulgação

Depois do sucesso como Capitu em "Laços de Família", exibida pela primeira vez em 2000, Giovanna Antonelli deu um grande salto na carreira. No ano seguinte, ganhou sua primeira protagonista, a muçulmana Jade em "O Clone", que está de volta a partir de 4 de outubro no "Vale a Pena Ver de Novo". O sucesso foi ainda maior e até hoje ela é lembrada pela personagem, seja no Brasil ou no exterior, já que a novela foi vendida para mais de cem países. "Não importa em que lugar do mundo estou, sempre alguém me reconhece como Jade", conta.   

"O Clone" tem como fio condutor a história de amor vivida por Jade com o brasileiro Lucas (Murilo Benício). A trama tem início na década de 1980, quando os dois se conhecem no Marrocos. Filha de muçulmanos nascida e criada no Brasil, Jade foi viver com o tio Ali (Stênio Garcia) após a morte da mãe. Os dois jovens se apaixonam à primeira vista, mas são impedidos de ficar juntos por causa dos costumes muçulmanos, defendidos com rigor pelo tio de Jade. Uma história de amor cheia de reviravoltas que gerou enorme torcida e engajamento do público.  "Dentro de culturas tão ricas, nasceu uma linda história de amor! A junção do Oriente com o Ocidente trouxe muitos ingredientes saborosos para a minha personagem e sua trajetória", relembra Giovanna. Em entrevista, a atriz conta mais sobre as lembranças do trabalho que marcou sua carreira.

De volta a partir do dia 4 de outubro, "O Clone" é escrita por Gloria Perez, com direção de núcleo e geral de Jayme Monjardim, direção geral de Mário Márcio Bandarra e Marcos Schechtmann, e direção de Teresa Lampreia e Marcelo Travesso. Nesta entrevista, Giovanna Antonelli relembra a Jade de "O Clone".


Como foi o processo de trabalho para viver a Jade e qual foi o maior aprendizado para interpretar uma jovem muçulmana?
Giovanna Antonelli - 
Foi um trabalho que exigiu muito esforço, muita dedicação, muito comprometimento de toda a equipe e ao mesmo tempo proporcionou uma grande experiência de vida profissional e pessoal. Mergulhar numa cultura diferente da sua sempre é um desafio e ao mesmo tempo traz magia, novas descobertas, e um novo olhar.


Relembre um pouco a trajetória da Jade e seu encontro com o Lucas.
Giovanna Antonelli - 
Dentro de culturas tão ricas, nasceu uma linda história de amor! A junção do oriente com o ocidente trouxe muitos ingredientes saborosos pra minha personagem Jade e sua trajetória.


Jade é a personagem mais marcante de sua carreira? 
Giovanna Antonelli - 
Jade foi muito marcante, minha primeira protagonista, mas tive várias personagens muito populares.


De que forma ela impactou sua trajetória profissional?
Giovanna Antonelli - 
Levo a Jade com muito carinho na minha trajetória.


Qual a principal lembrança que você tem do período de gravação da trama? 
Giovanna Antonelli - Nos divertíamos muito. Minha principal lembrança é a viagem. Imagina ficar quase 50 dias aos 20 anos de idade, no Marrocos. Que aventura!


Até hoje o público fala da Jade com você? 
Giovanna Antonelli - 
Sim, até hoje. 

Como são essas abordagens?
Giovanna Antonelli - 
As pessoas comentam muito da dança do ventre. Mas é interessante porque cada um tem sua preferência por alguma personagem que já fiz.


Com a venda da novela para muitos países, em suas viagens você deve ter sido bastante reconhecida. Em quais países que visitou o público foi mais caloroso?
Giovanna Antonelli - Não importa em que lugar do mundo estou, sempre alguém me reconhece como Jade (risos).


"O Clone" é uma das novelas de maior sucesso da história da teledramaturgia. A que você atribui o êxito da obra?
Giovanna Antonelli - Gloria Perez é uma mulher à frente do tempo. Sempre trazendo temas relevantes e interessantes para o público. Uma inovadora. Acredito que o sucesso nunca vem sozinho. É resultado do esforço coletivo. "O Clone" é a prova de que boas histórias nunca envelhecem.


Você pretende assistir novamente à trama? 
Giovanna Antonelli - 
Sabe que não? Não vivo do que já passou, seria uma perda de tempo. Estou trabalhando muito nas gravações da próxima novela das sete, mas sempre que der vou dar uma espiada em "O Clone".


Jade tinha um figurino que lançou moda, como muitos de sua carreira. Ainda guarda peças do figurino de Jade como recordação?
Giovanna Antonelli - 
Sim! Guardei um pano lindo dela.




.: Shakira lança single "Don't Wait Up" com DJ e produtor Riton



Shakira lançou dia 27 de setembro, pelo selo Sony Music/RCA Records, o single“Don’t Wait Up” com o DJ e produtor Riton, também vencedor do Grammy. Ouça aqui. O remix vem acompanhado do sucesso de “Don't Wait Up”, lançada em julho, que já contabiliza 66 milhões de reproduções nas plataformas de streaming até o momento. 

A versão original da canção ganhou um clipe filmado em Tenerife, Espanha. Para assistir, clique aqui.  “Don't Wait Up” é resultado de uma parceria entre Ian Kirkpatrick e Emily Warren. A direção do clipe é assinada por Warren Fu.

Sobre Shakira: Cantora e compositora colombiana de enorme sucesso, Shakira vendeu mais de 80 milhões de discos em todo o mundo e ganhou inúmeros prêmios, incluindo três GRAMMYs®, onze GRAMMYs Latinos®, e vários World Music Awards, American Music Awards e Billboard Music Awards, apenas para citar alguns. Shakira é a única artista da América do Sul a ter uma música em primeiro lugar nas paradas dos EUA, com quatro dos 20 hits mais vendidos da última década, sendo uma das dez maiores artistas do YouTube de todos os tempos, ostentando um total de mais de 20 bilhões de visualizações.

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Assista a lyric video




.: "Anos de Chumbo e Outros Contos", de Chico Buarque, chega às livrarias


Em novo livro, Chico Buarque põe seu conhecido domínio da linguagem a serviço da concisão da forma. O resultado é arrebatador.

Já está em pré-venda o novo livro de Chico Buarque, "Anos de Chumbo e Outros Contos". A estreia na forma breve do autor de incontornáveis romances como Leite derramado e Essa gente chega às livrarias em 22 de outubro, mesma data de lançamento da edição especial comemorativa de 30 anos de "Estorvo", que traz textos de Roberto Schwarz, Sérgio Sant'Anna, Marisa Lajolo e Augusto Massi e projeto gráfico especial.

Uma jovem e seu tio. Um grande artista sabotado. Um desatino familiar. Uma moradora de rua solitária. Um passeio por Copacabana. Um fã fervoroso de Clarice Lispector. Um casal em sua primeira viagem. Um lar em guerra.

Imersos na elogiada atmosfera da ficção de Chico Buarque, caracterizada pela agudeza da observação e a oposição frequente entre o poético e o cômico, os oito contos que formam este volume conduzem o leitor pela sordidez e o patético da condição humana. Com alusões ocasionais à barbárie do presente, o autor ergue um labirinto de surpresas, em que o sexo, a perversidade, o desalento e o delírio são elementos constitutivos da trama.

Leia o texto de Alejandro Chacoff sobre "Anos de Chumbo e Outros Contos"

“No entanto, ser um artista detestável por fora o fazia se sentir intimamente mais limpo; ele às vezes suspeitava que se deixar amar por desconhecidos é uma forma de corrupção passiva.” A frase é dita pelo “grande artista” — codinome algo irônico, menos alter ego do autor do que evocação do símbolo nacional conflituoso que ele se tornou. O grande artista perde o seu passaporte um pouco antes de embarcar para Paris. Tem a sua identidade manuseada e escarrada por um desconhecido. Voltando ao banheiro do aeroporto para procurar o documento, fita-se no espelho com um misto de angústia e nostalgia, “bem no momento em que estava envelhecendo”.

Edward Said era refratário ao truísmo de que o estilo tardio de grandes artistas (aqui o termo é sem aspas) produz reconciliação ou um senso de serenidade. Casos como o de Ibsen, que no fim da vida escrevia peças cada vez mais irresolutas, eram o tipo de estilo tardio que mais lhe interessava — o da intransigência, do ímpeto de ruptura e autoexílio que deixa leitores ansiosos e complica uma obra que já parecia resolvida. Em Anos de chumbo, sua nova coleção de contos, Chico Buarque parece flertar com essa segunda tradição. O simbolismo da perda e manuseio de sua identidade — tão bem executado em “O passaporte” — não diz respeito apenas à posição ingrata de ser um receptáculo de projeções alheias, mas reflete também uma espécie de reinvenção. A sinuosidade veloz do conto e os truques elegantes da forma servem como uma luva a um estilo tardio mais seco e desencantado, em que idílios aparentes — o tio levando a sobrinha para passear na praia; o encontro de primos viciados em futebol a cada verão — revelam sempre algo mais sombrio.

A reinvenção talvez sirva para impor certa distância, ou causar algum desconforto naqueles que julgam conhecer Buarque profundamente, seja como pessoa seja como ficcionista (o seu sobrenome me soa agora estranhamente formal, tão acostumados estamos a nutrir uma falsa intimidade chamando-o por seu primeiro nome). Em “Para Clarice Lispector, com candura”, um dos contos mais potentes da coleção, o autor narra a história de um jovem aspirante a poeta que um dia é convidado à casa de sua escritora favorita. A assimetria meio trágica do encontro e a catalisação do delírio mostram os riscos embutidos em se deixar seduzir por uma imagem. Uma pergunta que tanto o conto como o livro suscitam é o que ocorre quando um país inteiro — metade numa direção, metade em outra — se deixa levar por esse tipo de sedução.

Mas "Anos de Chumbo" não é um autorretrato elíptico, tampouco um livro de ruptura ou um acerto de contas. Pois há muita força também em suas continuidades: a atmosfera melancólica de ficções anteriores persiste, e há espaço até para a ternura — “Cida”, sobre a amizade sincera e ao mesmo tempo superficial entre um morador do Leblon e uma moradora de rua, tem algo de atemporal, assim como muitos outros contos que prescindem de datas. O grotesco se revela um pouco mais, mas o autor mostra que o nosso instinto de tratá-lo com naturalidade — de banalizá-lo para melhor digeri-lo — é bem mais longevo e difícil de localizar no tempo. Num ambiente literário cheio de apocalipses estrondosos, Buarque evoca o presente sombrio com alguns deslocamentos sutis, seguindo a máxima dos grandes contistas: a de extrair o máximo de efeito com o mínimo de movimento. Anos de chumbo são estes nossos.


Serviço:
"Anos de Chumbo e Outros Contos", de Chico Buarque

Lançamento: 22 de outubro de 2021
Páginas: 168

"Estorvo - Edição Comemorativa de 30 Anos", de Chico Buarque
Lançamento: 22 de outubro de 2021
Páginas: 208 páginas


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