sábado, 25 de setembro de 2021

.: "Aldir Blanc Inédito" reúne Chico Buarque, Maria Bethânia e João Bosco


O álbum "Aldir Blanc Inédito" é  uma maravilha que reúne 12 canções compostas a partir de letras inéditas do artista. Além da versão digital, em outubro a Biscoito Fino lançará uma edição física em CD. Também hoje estreia o clipe da canção inédita Bosco e Blanc, no YouTube.


Já se tornou um clichê dizer que Dorival Caymmi chamava Aldir Blanc de “Ourives do Palavreado”. Mas é impossível não lembrar da declaração ao imaginar quantas pepitas de ouro o prolífico compositor carioca deixou guardadas, à espera de quem pudesse lapidá-las. Algumas dessas joias vêm à tona agora, no álbum "Aldir Blanc Inédito", em que grandes nomes da música brasileira, amigos e admiradores de Aldir interpretam 12 canções inéditas. Na sexta-feira, dia 24, o projeto estreia nas plataformas de música para, em outubro, ganhar edição física, e, CD, pela gravadora Biscoito Fino.

Com arranjos de Cristóvão Bastos e produção musical de Jorge Helder, o projeto gravado de julho a agosto deste ano, seguindo todos os protocolos necessários, estabelece uma transversal do tempo dos parceiros de Aldir. Vai de João Bosco (com quem fez diversos clássicos desde que se conheceram, na virada para 1970), passa por Guinga, Moacyr Luz e Cristóvão Bastos, e chega a Alexandre Nero, último parceiro de Aldir.

A ideia do álbum surgiu quando Mary Lúcia de Sá Freire, viúva do compositor morto em maio de 2020, vítima de complicações da Covid-19, voltou de uma viagem ao sul do País, no início deste ano. Determinada a rever sua nova jornada e honrar a memória de Aldir, Mary reuniu manuscritos, letras e poesias inéditas, material que chegou até a gravadora carioca pelas mãos da cantora e compositora Ana de Hollanda e de Sônia Lobo, administradora da Nossa Música, braço editorial da Biscoito Fino. Aldir Blanc Inédito tomou forma a partir da contribuição de parceiros e amigos de Aldir Blanc: algumas músicas já estavam finalizadas, outras ganhariam melodias neste ano. O projeto foi gravado em tempo de celebrar os 75 anos do compositor e cronista, nascido em 2 de setembro de 1946.

"Aldir Blanc Inédito", que tem capa do designer gráfico e ilustrador Elifas Andreato,  abre com João Bosco interpretando um daqueles típicos sambas da parceria Bosco/Blanc, que retratam o clima da boemia carioca. A música foi feita para uma campanha publicitária de cerveja por volta de 2013/2014, mas não foi aproveitada. João juntou várias ideias de Aldir e fez uma segunda parte. Ao completar a canção, batizou-a de “Agora eu Sou Diretoria”. Para João, agora que está lá em cima, Aldir é diretoria. Moacyr Luz, outro parceiro de Aldir, assina três músicas do álbum. 

Em 2017, Aldir fez a letra existencial e espiritualista de “Palácio de Lágrimas” pensando na voz de Maria Bethânia, que já incluíra canções da dupla em seus discos. “Moa, você quer encarar?”, perguntou ao amigo naquele ano, por e-mail. Moacyr encarou e é de Bethânia o registro da música no novo projeto. Acompanhada pelo violão de 7 cordas de João Camarero e pela viola caipira de Paulo Dáfilin, Bethânia dá a interpretação exata às palavras de Aldir. 

Moacyr ainda participa como intérprete do samba-canção “Mulher Lunar”, parceria com Luiz Carlos da Vila e Aldir. Entre as que nunca tiveram registro oficial, essa era uma das favoritas do letrista, que se perguntava quem iria gravá-la um dia. “Acalento”, cujo título é uma homenagem a Dorival e Nana Caymmi, faz alusão a “Acalanto”, clássico do compositor baiano, e ganhou melodia de Moacyr e João, a quem a letra havia sido entregue inicialmente, resultando no bolero interpretado por Ana de Hollanda.

Os encantos da cidade de Armação de Búzios (RJ), inspiraram Aldir em vários poemas e letras criados em suas passagens por lá. No verão de 1993 escreveu “Provavelmente em Búzios”, gravada agora como samba canção por Dori Caymmi. A música é de Cristóvão Bastos, com quem Aldir fez “Resposta ao Tempo”, maior sucesso popular de, veja só, Nana Caymmi. Diz o trecho final, “Contra o mundo, contra o tempo/tenho a música e o verso/cada história que acabar/viro a folha e recomeço”

Na inspiradora cidade, Aldir criou também, para melodia de Guinga, "Catavento e Girassol", que deu nome ao antológico disco de Leila Pinheiro (de 1996), com repertório composto pelos dois. Uma fita cassete preservada no acervo da cantora há mais de 25 anos guardava “Navio Negreiro”, que não entrou naquele álbum. Em Aldir Blanc Inédito, Leila se junta a Guinga na interpretação da música que retrata a história de um negro escravizado, repleta de referências culturais e que reforça a ainda hoje tão necessária luta contra o racismo.

A relação afetuosa de Chico Buarque com Aldir começou nos anos 70. Anos mais tarde, participou do álbum Simples e Absurdo (1991), primeiro compilado das canções de Guinga e Aldir. Ao saber do projeto de inéditas do letrista, escolheu “Voo Cego”, um soneto com o eu-lírico feminino musicado por Leandro Braga. Chico, um dos compositores brasileiros que melhor entendeu os sentimentos das mulheres, era mesmo a pessoa ideal para interpretá-la.

Duas grandes compositoras brasileiras da geração dos festivais também participam do álbum. Em conversa com Mary, Sueli Costa lembrou-se de” Ator de Pantomima”, de 1978, única das cinco músicas compostas com Aldir jamais registrada em disco. Coube a ela interpretar a canção repleta de metáforas que aludem aos suplícios dos porões da ditadura militar. “A farsa perante a corte/Não disfarça o meu calvário/Muito ao contrário, o realça/Ridiculariza a morte em cada ato/Que o rei real realiza”.

Joyce Moreno e Aldir, apesar de terem convivido por décadas em batalhas como a luta por direitos autorais mais justos, nunca foram parceiros. Durante a preparação de "Aldir Blanc Inédito", Joyce musicou uma poesia de Aldir, publicada em 1986 no jornal Tribuna da Imprensa. Daí nasceu “Aqui, Daqui”, uma exaltação ao poder do feminino que dialoga com uma parte importante da obra de Joyce. Uma das cantoras do coração de Aldir, que gravou um disco dedicado às parcerias dele e de Cristóvão Bastos, Clarisse Grova interpreta “Outro Último Desejo”, de 2012. 

O letrista parte do conceito de “Último Desejo”, clássico de Noel Rosa. Mas se o Poeta da Vila pedia à pessoa amada para elogiá-lo às pessoas amigas e rebaixá-lo a quem o detestava, Aldir segue o caminho oposto. “Aos canalhas que eu odeio/ Diga que fui seu esteio/ Que pensa em voltar pra mim (...)/ Mas se a figura me preza/ Pragueje e diga que reza/ Pro meu fim ser de indigente”. De forma sagaz, Clarisse recorre a passagens melódicas daquele tema.

Nos últimos anos de vida, Aldir engatou uma parceria com Moyseis Marques. O “Baião da Muda”, que Moyseis gravou em "Aldir Blanc Inédito", foi feito pelos dois com Nei Lopes e representa a pluralidade de ritmos com a qual o letrista trabalhou ao longo da carreira. O álbum termina com “Virulência”, composta a partir de um mosaico de ideias que Aldir compartilhava comAlexandre Nero, que pretendia montar um espetáculo teatral com obras do compositor carioca. A letra retrata as mazelas dos nossos tempos, que tanto afligiam o compositor: “Que falta me faz meus pais/Que falta nos faz a paz/Que falta nos faz um país”. A canção ganhou ainda um terceiro parceiro, o músico Antônio Saraiva. "Aldir Blanc Inédito" é a prova de que a poesia de Aldir permanecerá reverberando. A esperança equilibrista sabe que o show de todo artista tem que continuar.

Por Renato Vieira, em setembro de 2021.

Repertório e intérpretes

1. Agora Eu Sou Diretoria (João Bosco e Aldir Blanc) - João Bosco
2. Palácio de Lágrimas (Moacyr Luz e Aldir Blanc) - Maria Bethânia
3. Baião da Muda (Moyseis Marques, Nei Lopes e Aldir Blanc) - Moyseis Marques
4. Voo Cego (Leandro Braga e Aldir Blanc) - Chico Buarque
5. Navio Negreiro (Guinga e  Aldir Blanc)- Leila Pinheiro / Guinga
6. Provavelmente em Búzios (Cristóvão Bastos e Aldir Blanc)- Dori Caymmi
7. Acalento (João Bosco, Moacyr Luz e Aldir Blanc)– Ana de Hollanda
8. Aqui, Daqui (Joyce/Aldir Blanc) – Joyce Moreno
9. Mulher Lunar (Luiz Carlos da Vila, Moacyr Luz e Aldir Blanc) - Moacyr Luz
10. Outro Último Desejo (Clarisse Grova e Aldir Blanc) - Clarisse Grova
11. Ator de Pantomima (Sueli Costa e Aldir Blanc) - Sueli Costa
12. Virulência (Alexandre Nero, Antônio Saraiva e Aldir Blanc) - Alexandre Nero


Ficha técnica
Idealização e pesquisa:
Mary Sá Freire
Arranjos: Cristóvão Bastos
Produção musical: Jorge Helder
Produção executiva: Ana Basbaum
Gravado, mixado e masterizado no estúdio da Biscoito Fino por Lucas Ariel, exceto a faixa “Palácio de Lágrimas”, gravada por Edu Costa.
Assessoria de Imprensa: Coringa Comunicação
Link para o álbum: https://orcd.co/aldirblancinedito


.: Espetáculo “Helena Blavatsky, a voz do silêncio” encerra temporada

Com texto da filósofa Lucia Helena Galvão e encenação de Luiz Antônio Rocha, o monólogo com Beth Zalcman já foi visto por mais de 7 mil espectadores desde o ano passado. Conhecida por confrontar as correntes ortodoxas da ciência, da filosofia e da religião, a visionária Blavatsky influenciou inúmeros pensadores e artistas


Helena Petrovna Blavatsky foi uma das figuras mais notáveis do mundo nas últimas décadas do século 19, tornando-se imprescindível para o pensamento moderno. A vida e obra desta renomada personalidade russa inspirou o monólogo “Helena Blavatsky, a voz do silêncio”, que faz mais duas apresentações: neste domingo (26/09) e na terça-feira (28/09). Visto por mais de 7 mil pessoas, o espetáculo, estrelado por Beth Zalcman sob a direção de Luiz Antonio Rocha, mexe com os espectadores ao instigar uma profunda reflexão sobre a busca do homem pelo conhecimento filosófico, espiritual e esotérico. Este é o primeiro texto teatral da filósofa e poetisa Lucia Helena Galvão, cujas palestras na internet são acompanhadas por milhões de admiradores. As sessões do espetáculo são aos domingos, às 19h30, e às terças, às 20h, com venda de ingressos pelo Sympla (sympla.com.br/produtor/helenablavatskyavozdosilencio) e transmissão pelo Zoom. Logo após cada sessão, haverá um bate-papo com o diretor, a autora e a atriz do espetáculo sobre o legado deixado pela escritora. 

Helena Blavatsky foi, antes de tudo, uma incansável buscadora de sabedoria antiga e atemporal, revolucionando o pensamento humano. Sua vasta obra influenciou cientistas como Einstein e Thomas Edison; escritores como James Joyce, Yeats, Fernando Pessoa, T. S. Elliot; artistas como Mondrian, Paul Klee, Gauguin; músicos como Mahler, Jean Sibelius, Alexander Criabrin; além de inúmeros pensadores, como Christmas Humphreys, C. W. Leadbeater, Annie Besant, Alice Bailey, Rudolf Steiner e Gandhi.

“Considerando que vivemos num período de caos mundial, no qual o fundamentalismo, as tecnologias e as crises políticas e climáticas do planeta invadem nossa dignidade com tanta violência, resgatar os pensamentos de Blavatsky é de extrema importância”, afirma o diretor Luiz Antônio Rocha. “Segundo Blavatsky, o universo é dirigido de dentro para fora, pois nenhum movimento ou mudança exterior do homem pode ter lugar no corpo externo se não for provocado por um impulso interno”.

“A montagem procura nos levar do irreal ao real, das ilusões à verdade espiritual, da ignorância à sabedoria que ilumina o propósito da existência. Interpretar Helena Petrovna Blavatsky é mergulhar no improvável, no intangível. Nada mais desafiador para uma atriz realizar um texto que demanda extrema sensibilidade, concentração e imaginação e transportar a plateia para um universo de possibilidades”, define a atriz Beth Zalcman. “Desde o início da minha busca pelo conhecimento através da filosofia, me deparei com pensadores que se dedicaram a buscar, compilar e transmitir ideias que entrelaçam nossas vidas e compõe parte do que somos. Esta peça é uma forma comovida e contundente para homenagear esta mulher tão especial”, conclui a autora Lucia Helena Galvão, professora voluntária de filosofia na organização Nova Acrópole do Brasil há 30 anos.

O monólogo retoma a parceria entre a atriz Beth Zalcman e o encenador Luiz Antônio Rocha, depois do sucesso da peça “Brimas”, pelo qual a atriz foi indicada ao prêmio Shell de melhor texto. A encenação propõe uma dramaturgia inspirada no conceito desenvolvido pelo artista Leonardo Da Vinci em suas obras, conhecido como “sfumato”. Da Vinci descreveu a técnica como: “sem linhas ou fronteiras, na forma de fumaça ou para além do plano de foco”. O ponto de partida para a direção de arte, cenário e figurinos foram baseados em algumas pinturas do artista impressionista Édouard Manet que traduz com beleza a solidão deste último instante de vida de Helena.

Sinopse – “Helena Blavatsky, a voz do silêncio”

A luz da vela ilumina o cenário e revela um lugar simples no frio de Londres no final do séc. 19. É um recorte do quarto de Helena Blavatsky, que se encontra sozinha, no seu último dia de vida. Ela revisita suas memórias, seu vasto conhecimento adquirido pelos quatro cantos do mundo, se depara com a força do comprometimento com sua missão de vida e as consequências de suas escolhas. Relembra sua forte ligação com a Índia e seu encontro, em Londres, com Gandhi. “Helena Blavatsky, a voz do silêncio”, é um mergulho no universo que existe dentro de nós.


Depoimentos sobre o espetáculo

“Fiquei impactada e muito emocionada com esse espetáculo inspirador. Mesmo sendo por transmissão online, a força do teatro estava presente. Espetáculo imprescindível, necessário, mais do que nunca nesse momento tão delicado. Encontrar essa luz que vocês acendem em cada um de nós é fundamental para que o ser humano encontre o caminho de volta, o caminho do crescimento para o processo evolutivo do verdadeiro amor. As palavras de Blavatsky ditas por vocês, atriz, texto, direção... tocam a nossa mente e o nosso coração para o despertar da consciência desse novo tempo” – Beth Goulart (atriz).

“Linda a integração Helena Blavatsky/Beth Zalcman no palco. Onde começa o amor de uma, o amor de outra, difícil dizer. Estão amalgamadas. A gente entende e admira a dimensão do trabalho de Blavatsky, na entrega de corpo e alma de Zalcman. Lindo de ver.” – Clarice Niskier, atriz

“Exuberante, traz a possibilidade de um vislumbre do Himalaia espiritual, uma delicadeza de sentimentos. O texto e a atriz transportam a gente para voos onde é possível enxergar os silêncios da alma. Esse trabalho é essencial num momento tão embrutecido” – Bruna Lombardi, atriz e escritora

“Uma peça com qualidades ímpares, uma grande personagem para uma grande atriz, uma direção delicada e um texto arrebatador, mesmo para os que nunca ouviram falar ou desconhecem a história” – Caio de Andrade, autor e diretor de teatro

“A arte salva, não é?! Como diria o querido Ferreira Gullar, a vida não basta apenas, se não fosse a arte, seria mais difícil! O bonito no trabalho de vocês, em meio a essa pandemia, é mostrar que a resistência não vem através do radicalismo, mas do valor à vida. E a vida, sobretudo, se manifesta através da arte” – Carlos Vereza, ator

“Grandiosa e comovente a interpretação de Beth Zalcman. Cada palavra é legitimada pelo gesto, pela presença espiritual. A encenação de Luiz Antônio Rocha é de uma sensibilidade admirável. Não é a câmera que produz o close, é a personagem que se aproxima do interlocutor. O texto da professora Lúcia Helena é primoroso, construído de forma a privilegiar na medida correta tudo o que é relevante na história da personagem” – Paulo Figueiredo, ator.


Programa Criança para o Bem: A equipe doará 20% da bilheteria para o programa Criança para o Bem (PCPB), que beneficia crianças e jovens do Distrito Federal e é mantido pela Nova Acrópole. Criando em 2007, o programa já atendeu mais de 3 mil crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social da periferia do Distrito Federal.  Atualmente, atende 200 crianças na faixa etária de 4 a 16 anos em 500 oficinas artísticas e esportivas por mês, entre outras atividades. São oferecidos também, de forma gratuita e sistemática, transporte, lanche e assistências médica, psicológica e odontológica.  Na pandemia, as oficinas estão sendo realizadas por teleaulas, aulas on-line e entrega de kit de recreação e escolar. Mais informações: https://criancaparaobem.org.br



Ficha técnica:

Texto original: Lucia Helena Galvão

Interpretação: Beth Zalcman

Encenação: Luiz Antônio Rocha

Cenário e Figurinos: Eduardo Albini

Iluminação: Ricardo Fujji

Assistente de Direção: Ilona Wirth

Visagismo: Mona Magalhães

Fotos: Daniel Castro

Consultoria de movimento (gestos): Toninho Lobo

Operador Técnico: Toninho Lobo

Assessoria de Imprensa: Rachel Almeida (Racca Comunicação)

Idealização: Beth Zalcman e Luiz Antônio Rocha

Parceria: Nova Acrópole

Realização: Espaço Cênico Produções Artísticas e Mímica em Trânsito Produções Artísticas.



Serviço:

Helena Blavatsky, a voz do silêncio – Apresentações virtuais

Monólogo teatral inspirado na trajetória e na obra da escritora russa Helena Blavatsky

Temporada: De 22 de agosto a 28 de setembro. Aos domingos, às 19h30, e às terças-feiras, às 20h.

Ingressos: a partir de R$ 30

Duração: 1h

Onde comprar e assistir: sympla.com.br/produtor/helenablavatskyavozdosilencio

Classificação etária: 14 anos


.: Musical “O Pequeno Príncipe em versão brasileira” estreia dia 26

O projeto teve início em outubro de 2020 e passou por quatro etapas: oficinas, audições, ensaios e montagem. Os alunos inscritos são pessoas com deficiência e sem deficiência. A partir desta vivência, todos foram convidados para integrar o projeto final, a montagem do espetáculo “O Pequeno Príncipe em Versão Brasileira”, com quatro apresentações


O projeto conta com o incentivo da SKY, maior operadora de TV via satélite do país, pelo segundo ano consecutivo. Criado em 2019, Do Singular ao Plural alcança sua segunda edição conduzido pela arte, inclusão e convívio. A partir da participação de pessoas com deficiência (PCD) e pessoas sem deficiência, a montagem cênica musical é uma ação de afirmação à diversidade e à equidade, juntas em uma mesma experiência.

“O Pequeno Príncipe em Versão Brasileira” é inspirada na obra de Antoine de Saint-Exupéry, O Pequeno Príncipe, e exalta em sua narrativa a valorização da cultura, da história e das regiões brasileiras. A direção é de André Sampaio Hardman e as apresentações acontecem dias 26 de setembro e 03 de outubro, com duas sessões a cada dia.

A peça é dividida em dois atos e traz 25 canções autorais que foram compostas pelo maestro Marco Aurêh, privilegiando os ritmos brasileiros, nossa língua portuguesa e instrumentos musicais também nacionais. O cenário criado pela Banda do Fuxico, é composto por paisagens brasileiras, e o figurino assinado por Néia Barbosa foi inspirado no livro O Pequeno Príncipe. O elenco acompanha esse conceito de ser brasileiro e plural, unindo atores com experiência cênica e alunos das oficinas de teatro, canto e dança que aconteceram nas primeiras etapas do projeto. Com direção geral de André Sampaio Hardman e direção artística e produção de Nildo Hardman, o espetáculo leva a plateia ao universo lúdico “multirregional” do Brasil. 

O elenco é composto por Guigo Farias, André Sampaio Hardman, Cília, Júlia Ferreira, Alex Sorlino, Rosy Aragão, Cida Barbosa, Totó Rasmuson, Taty Queiroz, Luiza Gomes, Rafael Barbosa, Luise Máximo, Marina Guimarães e Cia Ballet de Cegos, com participação especial de Adriana Godoy, Lola Hardman, Alberto Garcya, Alex Sorlino, Alpheu Neto, André Noto, Bebel Arudrev, Carmelita Ferreira, Cida Barbosa, Deny Nascimento, Gabriela Andolfato, Giulliana Granado, Ivone Simplício, Izabella Camazano, Izaura Alimari, Juliana Bessa, Luiza Gomes, Margarete Jardim, Maria Auxiliadora, Maria Canuto, Mauro Braga, Totó Rasmuson, Paloma Fonseca, Rafael Barbosa.

As audições para integrar o elenco do espetáculo foram voltadas ao público experiente das artes cênicas, com ou sem deficiência, e não necessariamente com DRT. Tais atores estão em cena junto aos alunos das oficinas, este encontro entre profissionais e amadores é um dos motes do projeto.  

As inscrições foram abertas para adultos e crianças de todas as idades, mesmo que ainda não tivessem tido nenhuma experiência com a arte e para artistas amadores, sendo eles e elas pessoas com ou sem deficiência (PCD). Ao todo tivemos 170 inscritos dos quais 115 são PCDs.

A fase preparatória, sob coordenação de Nildo Hardman Sampaio, proporcionou oficinas gratuitas no formato híbrido (online e presencial) durante 6 meses, oferecendo experiências de canto, dança e teatro a todos os interessados, a partir de práticas, aprendizados, convivência com a diversidade e quem sabe até, um despertar pelo ofício da arte. 

“O Projeto Do Singular ao Plural, para o público que atende, às vezes se revela como única alternativa para a formação de um artista com deficiência. Esta situação agravada pela pandemia nos fez adotar a modalidade de ensino on-line por 6 meses, prolongando assim um projeto que seria de 4 meses em um projeto de 12 meses (o presencial também foi alongado). A importância do projeto independe do momento atual porque nossa busca é explorar as eficiências de cada um, colocando-os no ambiente em que tenham a sensação real de pertencimento, ainda que singulares (e jamais diferentes) dentro do mundo que é plural.” Destaca Nildo.

As oficinais foram ministradas por Adriana Godoy, Alberto Garcya e Alex Solino, profissionais reconhecidos nas artes do canto, da dança e do teatro, respectivamente. 

O aprendizado adquirido nas oficinas e aulas ministradas reverberam na cena. “Todos os participantes receberam aulas de canto, teatro e dança e o resultado está vindo na forma de um grande musical! Nossa versão brasileira para O pequeno Príncipe explora a capacidade artística de cada integrante do elenco. Eles cantam, dançam e interpretam de uma forma totalmente singular. Tal experiência está proporcionando a esses participantes uma nova forma de ver e de viver a vida, onde os limites, muitas vezes impostos, são pra gente meros trampolins para o sucesso de cada um! Nosso projeto é assim: uma maneira mais curta e concreta de realizar os sonhos!”, comenta o diretor do espetáculo, André Sampaio.

O projeto é apoiado pela SKY através da área de Responsabilidade Social, que promove uma série de iniciativas que mobilizam e envolvem os colaboradores, parceiros, funcionários e clientes no desenvolvimento das novas gerações através da educação e da cultura. Entre as principais ações estão o Pedra, Papel, Tesoura, programa regional de voluntariado corporativo da empresa, o Escola Plus, que defende a televisão como um método de ensino efetivo para crianças e o Faciuni Bolsas, concurso cultural para valorizar e apoiar estudantes de audiovisual e cinema em todo o Brasil. Para conferir essa e outras ações de Responsabilidade Social da SKY, acesse os perfis no Instagram e Facebook. Os conteúdos trazem detalhes das iniciativas já existentes na companhia e de projetos recentes que visam o bem-estar da sociedade. 

Sobre a SKY: A SKY é a maior operadora de TV paga via satélite do país. Com a missão de oferecer e democratizar a diversão para todos os brasileiros, investe continuamente na oferta de produtos e serviços que sejam mais adequados para cada Brasil e suas necessidades individuais de consumo de conteúdo e entretenimento. Distribui programação 100% digital em todos os municípios do país, e busca, cada vez mais, ampliar e otimizar os serviços prestados e a experiência para seus 4.6 milhões de clientes. Com o SKY Play, plataforma de vídeo sob demanda da operadora, consumidores pós e pré-pago podem assistir conteúdos ao vivo e uma biblioteca com o DNA de curadoria da SKY onde e quando quiserem. Em 2019, a SKY foi reconhecida como uma das melhores empresas para se trabalhar no ranking Great Place To Work e também foi vencedora, na categoria TV por Assinatura, do ranking de Melhores Serviços do jornal O Estado de S. Paulo nos últimos 5 anos, do Folha Top of Mind por oito anos consecutivos, e do prêmio Consumidor Moderno em Excelência em Serviços ao Cliente há 18 anos seguidos. Acesse www.sky.com.br

Ficha Técnica: 

Diretor Geral: André Sampaio Hardman

Diretor Artístico e Produtor: Nildo Hardman

Coordenação: Lola Hardman

Diretor Musical: Oscar Gonzalez

1º Assistente de Direção: Alex Sorlino

2º Assistente de Direção: Rosy Aragão

Roteiro Adaptado: André Sampaio Hardman

2º Roteirista: Nildo Hardman e Alex Sorlino

Músicas e Melodias: Marco Aureh, Nildo Hardman, Alex Sorlino e Tati Queiroz

Elenco: Guigo Farias, André Sampaio Hardman, Cília, Júlia Ferreira, Alex Sorlino, Rosy Aragão, Cida Barbosa, Totó Rasmuson, Taty Queiroz, Luiza Gomes, Rafael Barbosa, Luise Máximo, Marina Guimarães e Cia Ballet de Cegos

Professor de Artes Cênicas: Alex Sorlino 

Professora de Canto: Adriana Godoy

Professor de Dança: Alberto Garcya

Participação especial: Adriana Godoy, Lola Hardman, Alberto Garcya, Alex Sorlino, Alpheu Neto, André Noto, Bebel Arudrev, Carmelita Ferreira, Cida Barbosa, Deny Nascimento, Gabriela Andolfato, Giulliana Granado, Ivone Simplício, Izabella Camazano, Izaura Alimari, Juliana Bessa, Luiza Gomes, Margarete Jardim, Maria Auxiliadora, Maria Canuto, Mauro Braga, Totó Rasmuson, Paloma Fonseca, Rafael Barbosa.

Músicos: Eduardo Leão, Aninha Dias, Rodrigo Simplício e Fernando Garcia.

Preparadora Corporal: Patrícia Celanti.

Preparador Vocal: Rogerio Urquizas

Coreógrafo: André Sampaio Hardman

Assistente de coreografia: Guigo Farias

Engenheiro de Som: Oscar Gonzalez

Equipe Técnica: Tom Brasil

Figurino: Néia Barbosa

Cenário: Banda do Fuxico

Maquiagem: Camila Ferrarini

Ilustração: VOR Inteligência Coletiva

Assistentes: Tchê Júnior e Rebeca Gonzalez

Administração: Izildo Casaroto

Produção Executiva: Oficina da Alegria

Assessoria de Imprensa: Pombo Correio

Idealização, Autoria e Realização: Grupo Prismma


Serviço:

TOM Brasil - R. Bragança Paulista, 1281 - Santo Amaro 

Apresentações: dia 26 de setembro e dia 03 de outubro. Domingos. 

Duas apresentações por dia. 

Horários:às 11h e às 16h.

Duração: 2h45min com intervalo de 15 minutos entre os dois atos.

Classificação etária: livre

Lotação: 500 lugares

Ingresso: gratuito - reservas pelo email: contato@dosingularaoplural.com.br ou pelo WhatsApp: (11) 9 8215-9970


sexta-feira, 24 de setembro de 2021

.: Crítica: "Mate ou Morra" é jogo da vida com elenco estelar



Por: 
Mary Ellen Farias dos Santos 

Em setembro de 2021


O jogo da vida é um só, mas no filme "Mate ou Morra" não é bem assim. Para tanto, o protagonista segue a aparência bombada de músculos de Ken e Ryu do clássico jogo "Street Fighter". Esse é Roy Pulver (Frank Grillo), um ex-agente das forças especiais que vive diversas vezes o mesmo dia até morrer. Por quê? Para entender melhor é necessário levar em consideração o título original, pois Roy tem como meta alcançar o "Boss Level", ou seja, precisa passar de nível. 

Com efeitos de interferência dos jogos antigos, incluindo o marcador de nível na cor verde, todo dia, Roy é acordado por assassinos. Todos tem o objetivo de dar fim no mocinho musculoso, de roupas justinhas com casaco de couro. Ao conhecermos Jemma Wells (Naomi Watts) notamos que o herói tem muito de humano, uma vez que é pai, mas nunca se preocupou com o filho, por exemplo.


Contudo, Jemma é uma cientista que trabalha para Col. Clive Ventor (Mel Gibson) e está prestes a fazer uma descoberta revolucionária. Nem tudo sai como o esperado e a apaixonada de Roy realiza um experimento e deixa algumas pistas para o amado, a primeira é relacionada aos deuseus egípcios Ísis e Osíris. 

Com a mãe de seu filho fora de cena e preso na mesma fase em que é o alvo de assassinos, tendo momentos em que todos se reúnem para dar cabo do protagonista, Roy acaba encontrando formas de viver mais tempo, acumula informações importantes para fazer o a trama seguir adiante, incluindo uma vivência com o filho dele e Jemma. E nesse caminho também conhecemos os vilões assassinos, desde o "montanha" Brett (Will Sasso) a nervosa das espadas Guan Yin (Selina Lo).

Não há dúvida de que sobra pancadaria, explosão, muitos efeitos especiais -alguns não tão bem executados-, mas no longa dirigido por  Joe Carnahan há espaço para uma história de amor e de família. Outro ponto atraente para a produção de Frank Grillo, Joe Carnahan, Randall Emmett e George Furla é a presença de Mel Gibson na pele de um vilão com 100% pegada de game, com direito a terno, mesa e uma tremenda cara de malvado.

"Matar ou Morrer" pode não ser o filme que vai marcar a sua vida, mas garante muito entretenimento e envolve, o que não há como negar. Afinal, recomeçar pode ser uma excelente oportunidade para um homem que não soube valorizar mulher e filho. 

Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link.


Filme: Mate ou Morra (Boss Level, )

Data de lançamento: 16 de setembro de 2021 (Brasil)

Gênero: Ação/Ficção científica

Diretor: Joe Carnahan

Duração: 1h 40m

Música composta por: Clinton Shorter

Produção: Frank Grillo, Joe Carnahan, Randall Emmett, George Furla

Produção executiva: Meadow Williams, Jennifer Lucas

Roteiro: Joe Carnahan, Chris Borey, Eddie Borey

Elenco: Frank Grillo, Mel Gibson, Naomi Watts, Will Sasso, Selina Lo


* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do www.photonovelas.com.br. Twitter:@maryellenfsm


Trailer de "Mate ou Morra"



Crítica: "Escape Room 2: Tensão Máxima" faz roer as unhas

Por: Mary Ellen Farias dos Santos 

Em setembro de 2021


Presos e provocados aos extermos. Essa continua sendo a máxima na sequência do thriller psicológico que foi sucesso de bilheteria e assustou o público por todo o mundo: "Escape Room 2: Tensão Máxima"No novo filme dirigido por Adam Robitel, seis pessoas acabam presas num vagão de metrô que descarrila e começa uma nova série de jogos cruelmente mortais.

Assim, Zoey Davis (Taylor Russell), Logan Miller (Ben Miller), Rachel Ellis (Holland Roden), Brianna Collier (Indya Moore), Theo (Carlito Olivero) e Nathan (Thomas Cocquerel) são desafiados a sobreviverem a uma nova série de escape rooms, uma vez que todos ali são sobreviventes ao jogo.

Embora o encontro dos seis dentro do vagão aconteça de modo completamente mágico e totalmente certeiro, as situações criadas em cada escape room é de fazer grudar os olhos na telona. Não há como negar e, por vezes, também remete e muito aos clássicos "Jogos Mortais", "Premonição" ou "Vidas em Jogo". Seja por reunir sobreviventes, além de garantir a "final girl" ou expor vidas humanas a atos máximos de sobrevivência.

O thriller psicológico que foi sucesso de bilheteria em 2019 é resumido rapidamente no início dessa sequência. Caso não tenha assistido o filme anterior, o novo longa de 1h28m facilita bem o entendimento. "Escape Room 2: Tensão Máxima" alimenta o público como promete no subtítulo: tensão máxima, o que já é um mérito. Afinal, um filme juvenil que faz roer as unhas merece créditos. Aos fãs de terror e suspense a produção é um prato cheio.


Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link.


Filme: Escape Room 2: Tensão Máxima (E.U.A.)

Gênero: Terror, suspense

Data de lançamento: 17 de setembro de 2021 (Brasil)

Duração: 1h28m

Diretor: Adam Robitel

Roteiro: Will Honley e Oren Uziel e Maria Melnik & Daniel Tuch

Produção: Neal H. Moritz

Produtor executivo: Adam Robitel, Karina Rahardja e Philip Waley

Elenco: Taylor Russell, Logan Miller, Indya Moore, Holland Roden, Thomas Cocquerel e Carlito Olivero


* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do www.photonovelas.com.br. Twitter:@maryellenfsm


Trailer de "Escape Room 2: Tensão Máxima"


.: Rita Lee tem acervo exposto em mostra cheia de surpresas no MIS


"Que flagra! Que flagra! Que flagra!". Estreia exposição no MIS da Rainha do Rock | Foto: Guilherme Samora

Uma explosão de cores, de música e de alegria. Assim pode ser descrita a exposição Samsung Rock Exhibition Rita Lee realizada pela Dançar Marketing em parceria com o Ministério do Turismo por meio da Secretaria Especial da Cultura, com patrocínio máster da Samsung, patrocínio da XP e Porto Seguro e apoio UNINASSAU. A mostra sobre a maior roqueira do planeta, abre na quinta-feira (23) no MIS (Museu de Imagem e do Som), Instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo.

"Sou dessas acumuladoras que não jogam fora nem papel de embrulho e barbante. Vou adorar abrir meu baú e dividir as histórias que as traquitanas contam com quem for visitar. Tenho recebido ajuda de uma turma da pesada: o grand maestro da cenografia é do meu querido Chico Spinosa, meu figurinista e carnavalesco da Vai-Vai; a direção é do meu multitalentoso Guilherme Samora e a curadoria é do meu filho João", conta Rita.

"É muito emocionante. Tem uma parte dessa história que vivi com ela e tem outra que não estava aqui ainda. Então, ver essas roupas, esses momentos tomarem vida, é muito emocionante. São personagens, também, de meus sonhos e imaginação. E é a história de vida da minha mãe. E isso mexe diretamente com minha emoção", avalia João Lee, o curador.

E essa mistura deu à exposição um jeito muito próprio, como conta Guilherme Samora, o diretor artístico. "Acredito que as pessoas vão se surpreender. Existe tanto acervo da Rita que o que enfrentamos nessa exposição foi justamente a edição do que ficaria de fora. Artigos preciosos e raridades não faltam. Por isso, ela foge do estilo de exposições com muitas reproduções ou essencialmente virtuais. Durante a montagem, fiquei arrepiado em diversos momentos, só de sentir o valor de cada peça, de cada sala. Tudo lá tem um motivo. E uma das grandes preciosidades é justamente ter o Chico Spinosa, que trabalhou com a Rita pela primeira vez em 1982, nessa viagem com a gente".

Spinosa é um artista. Ao visitar a exposição, nada ali é fruto de um padrão, de uma forma ou de escala industrial. Tudo foi pensado, feito e readaptado para uma realidade colorida, seguindo o roteiro da direção: uma roqueira cheia de cor que chega à Terra em um disco voador. Detalhes, como uma aura de Aparecida ou das estrelas feitas à mão, assim como a recriação do palco giratório da tour 1982/1983 (ou O Circo, como ficou conhecida), tudo é feito para a mostra. Artesanal, no melhor sentido da palavra. A equipe colocou o trabalho em cada letra pintada na parede, em cada figurino que precisou ser restaurado ou em cada peruca: todas, com cores e cortes estudados.

Spinosa fala da emoção desse momento: "Encontrar com Rita Lee foi primordial para minha carreira. Alguns anos atrás, nos encontramos para fazer o especial ‘O Circo’, da TV Globo. Eu, paulista, chegando na Globo vindo da TV Tupi, fui fazer o figurino desse especial e foi um marco. Foi como tomar um lisérgico. Rita mudou totalmente a minha maneira de ver. Eu conheci o pop, eu fiquei encantado com a energia, com o colorido e com a estética que essa mulher tem. Nos encontramos outras vezes, em outros trabalhos: no manto de Nossa Senhora Aparecida para o Hollywood Rock de 1995, na Marca da Zorra, nas cabeças de Santa Rita de Sampa, na Erva Venenosa... hoje, com esse convite para a cenografia e o restauro dos figurinos para a exposição, tenho certeza de que Rita sempre foi o melhor do pop e o melhor de mim. Revendo toda a sua obra, me coloco de quatro a essa poetisa. A quem respeito muito. Nesse encontro, aos meus 70 anos, ela me dá energia e me faz mais criativo".

Um dos destaques? As manequins, com estudos de Spinosa e Samora, e feitas uma a uma por Clívia Cohen, em posições de Rita, com o rosto da artista em todas elas, com uma precisão surreal e excelente interpretação artística.

A divisão das salas é temática e, em tantos casos, afetiva. E Rita tem suas preferências: "Todas as peças contam uma história diferente e engraçada. Mas o vestido de noiva que Leila Diniz usou e a bota prateada da Biba eu dou valor. E ambos são produtos de roubo", diverte-se Rita, ao lembrar que nunca devolveu o vestido depois de usar numa apresentação dos Mutantes e da famosa história das botas, com as quais saiu andando da butique Biba, de Londres, em 1973. Ela não só foi perdoada pela estilista Barbara Hulanicki, a criadora das botas, como ganhou dela os figurinos da tour Babilônia (1978) que também estão expostos. Assim como o piano de mais de 100 anos que era da mãe de Rita, Chesa, que foi o instrumento com o qual ela teve seu primeiro contato com a música.

O encontro e o amor de Rita e Roberto de Carvalho; a repressão da ditadura (Rita é a compositora mais proibida, segundo dados da época) e a prisão; a família; a causa animal e obras de arte da Rita têm destaque. Assim como estruturas criadas especialmente para a mostra, como o palco giratório, a manequim que levita, o Peter Pan que sobrevoa a entrada…

O estúdio é um caso à parte: terá uma experiência de áudio imersivo que utiliza a tecnologia Dolby Atmos, com projeto desenvolvido pela ANZ Immersive Audio, trazendo uma experiência sonora imersiva para a sala da exposição baseada em um estúdio. Ultrapassando a reprodução de som da maneira convencional, o áudio imersivo proporciona uma escuta similar à vida real, com sons acima, abaixo, aos lados, na diagonal, em toda sua volta. A ANZ espacializou músicas da rainha do rock em 3D, e preparou uma instalação na qual as caixas de som, de altíssima qualidade, foram perfeitamente posicionadas para o público escutar algumas de suas obras como nunca: vindas de todas as direções. "É uma tecnologia que permite que a gente consiga ouvir vários detalhes da música que antigamente a gente não conseguiria. Vai dar claridade aos elementos e muito mais profundidade. E vai ser superinteressante: ao invés de a música te pegar só na direita e esquerda, ela te pega em 360°", explica João.

Um detalhe especial - e que vai levar a exposição a outro nível - é a visita guiada pela própria Rita Lee. Através de QRCodes, os visitantes poderão ouvi-la contando sobre alas, peças, histórias... "Achamos que ia ficar simpático ter minha voz narrando as histórias das peças, me sinto mais íntima do visitante. Não seria exagero dizer que esta exposição vai ser a mais bacana até agora, porque foi pensada para dar alegria às pessoas no meio de tantas tristezas".

Guilherme Samora chama atenção para um fato: "Rita é especial. Grande estrela desse universo. Uma mulher cheia de luz e de camadas. Ela representa a liberdade, o colorido, o amor. E é justamente isso que queremos passar na exposição. Portanto, destaco aqui a liberdade criativa que a Dançar Marketing nos concedeu. É essencial ter essa liberdade e esse apoio num projeto que envolva Rita".

Para Pedro Bianco, presidente da Dançar Marketing, o projeto é especial. "Sem dúvida alguma é uma das exposições mais significativas e marcantes na história da música brasileira. É imperdível! ‘Agora só falta você’", afirma.

"Na Samsung, entendemos que a conexão com os consumidores vai além dos produtos: ela é baseada em experiências únicas, como proporciona o Samsung Rock Exhibition. Temos o compromisso em fornecer serviços e estabelecer relações que inspirem as pessoas a fazerem o impossível. Estamos muito contentes em marcamos presença em mais uma edição como patrocinador máster. Rita Lee é sinônimo de sucesso e temos certeza que a exposição será inesquecível para o público", afirma Débora Yang, gerente de marketing de Brand Experience e Eventos da Samsung Brasil.

Sobre a Dançar Marketing
Com uma história repleta de pioneirismo, a Dançar Marketing movimenta o mercado de marketing cultural brasileiro há 40 anos. A empresa firmou um marco importante para a democratização cultural, sendo a primeira a realizar grandes apresentações open air no país, como "Concertos de Vinólia", o maior evento itinerante de música clássica ao ar livre já realizado no Brasil. O projeto inaugurou o Parque Ibirapuera como ponto cultural das manhãs de domingo, colocando-o como um dos principais palcos para grandes eventos em São Paulo.

A relevância e sucesso do projeto conquistou também a mídia brasileira, contando com transmissões em emissoras de rádio e canais de TV, como Cultura e Bandeirantes. Fundada em 1982 a partir da criação do primeiro periódico especializado em dança da América Latina - a Revista Dançar -, a empresa reúne milhões de espectadores em seus incontáveis espetáculos, shows, projetos proprietários e sociais. Atualmente, o grupo formado por 4 empresas oferece diversos serviços na área de entretenimento e cultura, prestando consultoria para empresas como Deloitte, Vale, Ambev, IBM entre outras. 

Já realizou mais de 35 projetos proprietários como Avon Women in Concert, Criação Teatral Volkswagen, Dupont Basic Sound, Viagem Nestlé pela Literatura, entre outros; exposições como Riachuelo Mostra Moda e Samsung Rock Exhibition, festivais como HSBC Music Series, Telefônica Open Jazz, C&A Pop Music, Carrefour Music Fest, Festival da Padroeira e Samsung Best of Blues and Rock, além de grandes turnês internacionais de artistas icônicos como Andrea Bocelli, Luciano Pavarotti, Sarah Brightman, Ray Charles, Buddy Guy, George Benson, Joss Stone, Diana Krall, Norah Jones, Ben Harper, Chris Cornell, Jeff Beck, Richie Sambora, Seal, Joe Satriani, Tom Morello, Zakk Wylde, entre outros.


Serviço | Samsung Rock Exhibition Rita Lee
Data:
a partir de 23 de setembro de 2021
Local: MIS - Museu da Imagem e do Som - Avenida Europa, 158, Jardim Europa - São Paulo/SP
Horário: de terça a domingo, das 10h00 às 18h00
Ingressos: a partir de R﹩ 25,00, nas plataformas da Ingresso Rápido e INTI
Classificação indicativa: livre

.: Tudo sobre "Um Lugar ao Sol", estreia com conflitos humanos e familiares


Cauã Reymond interpreta os gêmeos Christian e Renato, separados na infância. Foto: Globo/Fabio Rocha.

Todos tecemos nossas vidas com o mesmo novelo: o da realização dos sonhos. Mas, e quando, ao invés de possibilidades e caminhos, surgem barreiras e entraves? Se para você todas as portas estivessem fechadas e subitamente uma se abrisse, sob a condição de deixar sua identidade para trás, você iria adiante? Esses questionamentos irão ecoar na trama central da próxima novela das nove da TV Globo, "Um Lugar ao Sol" – primeira obra completamente inédita, nesta faixa horária, desde o início da pandemia do coronavírus. 

Criada e escrita por Lícia Manzo, a história mantém a marca dos trabalhos da autora, em que conflitos humanos e familiares são o fio condutor da narrativa. Os gêmeos Christian e Christofer (Cauã Reymond) encarnam realidades polares: a dos sonhos realizados e a dos que foram cruelmente frustrados. Ao perderem a mãe no parto, em Goiânia, os irmãos são separados prestes a completarem um ano de idade. Um deles é adotado por um casal do Rio de Janeiro; o outro é encaminhado pelo pai, sem recursos, a um abrigo. 

Assim, Christofer - rebatizado Renato pelos pais adotivos - e Christian crescem em realidades opostas, sem saber da existência um do outro. “No momento em que o abismo que separa pobres e ricos no Brasil é tamanho, me parece um desafio oportuno dar protagonismo a Christian, socialmente excluído e invisível, e Renato, seu extremo oposto”, afirma Lícia Manzo. A direção artística é de Maurício Farias que, após 20 anos à frente de séries e programas de humor na Globo, retorna à dramaturgia diária. “Fiquei muito feliz quando fui convidado para dirigir a novela da Lícia porque ela era uma das autoras que eu tinha vontade de trabalhar. Adoro fazer novelas e espero, nesse projeto, conseguir unir a experiência que tenho na dramaturgia com os anos no humor”, comenta o diretor.

Em "Um Lugar ao Sol", os caminhos dos irmãos Christian e Renato finalmente convergem quando os dois completam 18 anos. Ao se despedir no leito de morte do homem que sempre acreditou ser seu pai, Renato descobre sua verdadeira origem, assim como a existência do irmão gêmeo de quem fora separado. Revoltado, confronta a mãe adotiva, Elenice (Ana Beatriz Nogueira), que mente ao filho, dizendo que seu irmão e o pai biológico estão mortos. Ao mesmo tempo, Christian, que com 18 anos é obrigado a deixar o abrigo para menores onde cresceu, em Goiânia, também descobre ter sido separado do irmão. 

Inteligente e dedicado aos estudos, Christian deixa o abrigo e, sozinho no mundo e sem perspectivas, é rapidamente confrontado com a realidade do país.  Subempregado, vê-se obrigado a arquivar seus sonhos, e apenas a existência do irmão afortunado – seu extremo oposto – parece iluminar sua vida. Na esperança de encontrar Christofer, decide partir então para o Rio de Janeiro. Antes, despede-se de Ravi (Lauan do Amaral), seu irmão de coração, dez anos mais novo, criado no abrigo com ele.

Christian desembarca no Rio movido pela esperança de encontrar o irmão, enquanto o destino lhe prega uma peça: Renato segue para a Europa com uma passagem só de ida, disposto a ficar longe da vida que descobriu ser uma farsa. Dez anos se passam. Dez anos em que Christian peregrina como ambulante na porta do Engenhão, em jogos do Botafogo, na esperança de encontrar o irmão. Sua única pista: um recorte de revista onde um jovem idêntico a ele, com a camisa alvinegra, assiste a uma partida na Tribuna de Honra do estádio. Uma busca vã, como o tempo logo irá lhe ensinar...

Aos 28 anos, Christian segue para a rodoviária para receber Ravi (Juan Paiva), que acaba de completar a maioridade. Por intermédio de Ravi, que passa a morar com ele, Christian conhece Lara (Andréia Horta). A conexão entre os dois é instantânea. Batalhadora, Lara foi criada em Minas Gerais pela avó, Noca (Marieta Severo), e veio para o Rio de Janeiro cursar Gastronomia. Apaixonado, o jovem reconcilia-se então com a própria vida, desistindo da busca inglória pelo irmão perdido. Voltando a acalentar o sonho de um futuro melhor e possível, dentro da própria realidade, planeja casar-se com Lara para, juntos, abrirem um pequeno negócio.  

Novamente, no entanto, o destino se interpõe: Ravi é preso injustamente, acusado por um roubo que não cometeu, e Christian precisa levantar o dinheiro da fiança. Sem alternativa, acaba aceitando fazer um carreto para o tráfico e, inadvertidamente, contraindo uma dívida ainda maior. Ameaçado de morte e num beco sem saída, aceita a proposta de Lara: venderem o que têm para livrar Ravi, fugindo em seguida para a casa da avó em Minas Gerais.

Contrariando o impossível, no entanto, na noite marcada para a fuga, Christian encontra, ao acaso, Renato (que acaba de voltar ao Brasil). Após uma intensa madrugada juntos, os irmãos serão novamente separados, mas, desta vez, em caráter definitivo. Instável e problemático, ao tomar conhecimento da dívida do irmão, Renato sobe o morro em seu lugar. Tomado pelo irmão, é morto pelos traficantes.

“É um conflito entre manter sua essência, seguir as coisas que você acredita, e aproveitar uma oportunidade que a vida te dá de romper com tudo isso. Com alguns custos, é claro, como abandonar uma série de valores e também um grande amor”, analisa o diretor Maurício Farias.

Idêntico ao irmão recém falecido, e, num primeiro momento, tomado por ele pelo porteiro do prédio, por sua namorada (a exuberante Bárbara, Alinne Moraes), e pela mãe adotiva, Christian aplica-se então a emular personalidade e comportamento do irmão, tornando-se seu duplo. Decidido a deixar o passado para trás, assume a identidade de Renato, tendo Ravi como único confidente.

Incógnito, assiste a Lara enterrar o suposto corpo de Christian e segue rumo a uma nova vida, onde terá que lidar com as consequências de sua escolha. “Gostaria de trazer para a conversa diária de quem nos assiste questões como integridade, ética, corrupção e desigualdade social – não de um ponto de vista estatístico ou factual, mas íntimo, subjetivo e humano”, avalia a autora Lícia Manzo. "Um Lugar ao Sol" é uma novela criada e escrita por Lícia Manzo, com direção artística de Maurício Farias e com direção geral de André Câmara e Maurício Farias.

.: CCXP Worlds 21 abre inscrições para o Artists’ Valley

Artistas interessados em expor seus trabalhos no maior festival de cultura pop do planeta têm até 13 de outubro para se inscrever gratuitamente no site do evento


A CCXP Worlds 21 já abriu, quinta-feira, 23 de setembro, as inscrições para o Artists’ Valley by Santander. Os artistas de quadrinhos interessados em expor seus trabalhos na edição virtual do maior festival de cultura pop do mundo, que no ano passado contou com mais de 3,5 milhões de visitantes em sua plataforma, têm até as 23h59 do dia 13 de outubro para realizar as inscrições por meio do site do evento: https://www.ccxp.com.br/artists-valley . Assim como em 2020, as inscrições para os artistas do Artists’ Valley da CCXP serão gratuitas. O line-up completo com os nomes dos selecionados será divulgado no dia 5 de novembro. Para acessar o manual do artista e entender todas as regras, cliqu e aqui . A CCXP Worlds 21 acontece nos dias 4 e 5 de dezembro, de forma totalmente virtual.

Para Ivan Costa, cofundador da CCXP e curador do Artists' Valley, o coração da CCXP ficará marcado, em 2021, como um espaço com um conteúdo ainda mais diverso e muita interatividade. "Teremos uma plataforma reformulada e contemplando inúmeras melhorias apontadas pelos próprios artistas em 2020", explica Costa. Entre as atualizações, estão o aumento de itens que o artista poderá exibir e vender, além de uma interface que irá permitir ao usuário marcar como favoritas as mesas que mais gostar de visitar. A personalização da mesa pelo expositor e a possibilidade de interagir com o cliente fora do site, por meio de um aplicativo de mensagens, são outros atrativos no momento de fechar o negócio.

Em 2020, a CCXP Worlds contou com mais de 600 artistas. Ivan Costa confirma que o Artists’ Valley seguirá ampliando o protagonismo das artistas mulheres e LGBTQIAPN+. "No ano passado, 4,3% dos trabalhos tinham como temática a diversidade e artistas mulheres representaram 36,4% deste palco. Acreditamos que os números devem ser maiores em 2021", destaca Costa.

Sobre o Artists’ Valley by Santander: Considerado o coração do festival, o local recebe quadrinistas e ilustradores, promovendo a interação entre fãs e artistas, que comercializam suas artes originais, prints e sketchbooks, entre outros materiais. Dentre as obras, estão uma vasta gama de temas como super-heróis, jornalismo, charge, aventura, erótico e ficção-científica, entre outros. Na plataforma, os visitantes poderão buscar os trabalhos não só pelo nome do quadrinista, mas também por assunto, gênero, etc. Cada artista terá uma página onde será possível conversar com o fã por chat e abrir a câmera para realizar sua própria live. Para este ano, um novo feature envolvendo as lives será incorporado na página de Artists’ Valley dentro da plataforma. As sessões abertas ficarão destacadas para o internauta.

Artistas do mundo inteiro poderão apresentar seus trabalhos, interagir com os fãs e vender artes originais. O Artists' Valley by Santander da CCXP Worlds 21 contará com convidados para entrevistas ao vivo, bate-papos e conteúdos inéditos. Também estão previstas lives simultâneas de artistas do mundo todo, masterclasses exclusivas e batalhas de quadrinistas.

Outro produto da CCXP aguardado pelos fãs é o Road to Artists’ Valley, um documentário de quatro episódios que fará um aquecimento para o festival, contando como esta área se tornou, em poucos anos, o maior Artists' Alley do mundo. O conteúdo inédito terá imagens de arquivo exclusivas e depoimentos das maiores lendas dos quadrinhos, que prometem emocionar os apaixonados por cultura pop.

Assim como todo conteúdo on demand, as mesas virtuais do Artists’ Valley by Santander da CCXP Worlds 21 ficarão abertas mesmo após o término do evento. O prazo de fechamento é no dia 05 de janeiro de 2022.

Sobre a CCXP: Em 2020, a CCXP Worlds: A Journey of Hope recebeu 3,5 milhões de pessoas em seu primeiro ano no formato virtual devido à pandemia da Covid-19. Com alcance de 139 países e mais de 30 milhões de visualizações nos palcos ao vivo, o evento bateu recordes e se estabeleceu novamente como o maior festival de cultura pop do planeta. Outras informações podem ser encontradas em ccxp.com.br.

quinta-feira, 23 de setembro de 2021

.: 10x6: "Red Tide" de AHS mostra que o "inverno mata", inclusive em Hollywood


Por: Mary Ellen Farias dos Santos 

Em setembro de 2021



Homens ao mar de Provincetown, California, um achado: o corpo da Chefe Burleson (Adina Porter). Esses são os primeiríssimos minutos do sexto episódio de  "American Horror Story: Double Feature", batizado de "Winter Kills" que encerra a primeira parte de "Red Tide". Na sequência, em uma reunião de habitantes reencontramos a treinadora Beiste de "Glee", (Dot-Marie James), que aqui é uma policial sedenta por trazer justiça à cidade em que coisas estranhas acontecem durante o inverno. 

Em tempo, a nova personagem é muito mais durona e corajosa até ser alertada que é melhor "deixar as coisas como estão, pois o inverno é a paga do verão". Afinal, os cabeças da sala sabem o que é melhor para a região. Sim! Logo, nada mais será feito por ela.



Enquanto isso, no núcleo do talento da escrita, Ursula (Leslie Grossman) sugere que Harry (Finn Wittrock) deve se matar, afinal nunca produzirá algo tão incrível. Uma dica do que está por vir?! Bem, ao menos Harry decide que ele e a filha, Alma (Ryan Kiera Armstrong) irão parar com as pílulas pretas que realçam o talento. Qual a desculpa dele? Querer ter uma família normal. É quando pensamos: Sério?! Depois de fazer o que fez com a tão bondosa Doris (Lily Rabe)? Assim, deseja-se ardentemente que Harry tenha a paga.



Eis que na conversa "em família", Ursula fala do código moral de Harry no tempo errado. Certíssima, embora seja uma mulher de atitudes totalmente questionáveis. Contudo, o combinado entre Harry e Alma é o de parar a ingestão das pílulas, mas é num abraço de urso e um sorrisinho para Ursula que assustam tanto quanto Reagan na cama do clássico "O Exorcista". Assim, Belle Noir (Frances Conroy) deixa um recadinho no berço do bebê para Harry que cai feito um pato. 

Contudo, Ursula com seu discurso ácido vai até os zumbis vampirescos sem talento e tal qual uma mulher de bom coração, oferece uma saída aos vagantes. Uma nova fórmula para modificar a situação dos seres assustadores. Verdade?! Juntando o útil ao agradável, Ursula atrai tanto Harry e Alma, que pretende resgatar o filhinho recém-nascido para voltar a antiga vida, quanto os sem talento e a desgraça acontece diante dos olhos do público e o desfecho é entregue exatamente como o imaginado. 



Três dias depois, em Hollywood, um massacre acontece em plena luz do dia com direito a filmagens amadoras e, numa casa chique e grande, está o clube da Luluzinha do mal, que inclui Alma na discussão dos problemas que levaram para a terra das produções cinematógraficas. Seguindo o modo Ryan Murphy de séries musicais, Alma faz uma apresentação de violino diante de uma mesa julgadora. A escolha é entre a menininha e um rapaz. Numa salinha, os dois frente e frente e sabemos mais uma vez como a história acabará para o corrente de Alma. Não é mesmo?!



Num encontro com um mestre o arte da escrita, Ursula é convidada ao palco. Empunhando o microfone aos participantes, associa a escrita ao fato de sangrar. Claro! Ursula entende muito disso. Para tanto, A verdade é que ela aproveita a ocasião de estar diante de aspirantes a escrita para oferecer a eles a pílula preta. E ainda reforça que a escolha é deles, cuspir ou engolir, e assim surgem pragas sem talento por toda a cidade. Algo que remete ao episódio de "American Horror Stories", o spin-off de AHS, no episódio "Drive-In"



Vale lembrar a minissérie "Hollywood", de Ryan Murphy, em que aborda os bastidores podres das produções hollywoodianas. Como a mente criadora faz seus personagens circularem por ambientes similares, assim termina a primeira parte de "American Horror Story: Double Feature". Com um desfecho insosso ao colocar os pálidos sem talento espalhados por Hollywood. Decepcionante, mas o jeito é esperar a segunda parte da décima temporada!


Seriado: American Horror Story
Temporada: 10
Episódio 6: "Winter Kills" "Inverno Mata)""
Exibido em: 22 de setembro de 2021, EUA.
Elenco: Sarah Paulson (Tuberculosis Karen), Evan Peters (Austin Sommers), Lily Rabe (Doris Gardner), Finn Wittrock (Harry Gardner), Frances Conroy (Belle Noir),  Billie Lourd (Lark), Leslie Grossman (Ursula), Adina Porter (Chefe Burleson), Angelica Ross (The Chemist), Macaulay Culkin (Mickey), Ryan Kiera Armstrong (Alma Gardner)


* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do www.photonovelas.com.br. Twitter:@maryellenfsm






.: "Canção da Mudança", de Amanda Gorman, a poetisa da posse de Biden

Poetisa que marcou a posse de Joe Biden estreia na literatura infantojuvenil.

Ativista em prol da educação, do meio ambiente e da equidade racial, Amanda Gorman ficou conhecida em todo o mundo ao declamar seu poema “The Hill We Climb” na cerimônia de posse do presidente americano Joe Biden. Agora a prestigiada poetisa faz sua estreia na literatura infantojuvenil com "Canção da Mudança", livro ilustrado que convida as crianças a construírem um mundo mais inclusivo.        

Uma jovem corajosa não teme a mudança. Ela sabe que o medo é paralisante e que o novo traz também a esperança. Em uma jornada musical, a menina descobre o legado da ancestralidade, o valor da tolerância e do amor, e encontra personagens que, juntos, percebem que quando unimos diferentes vozes temos mais força para escrever a história. 

Com belas ilustrações do renomado artista Loren Long, "Canção da Mudança" é uma obra comovente e inspiradora, que aborda temas como empatia, diversidade e cidadania. De forma sensível, Amanda Gorman compõe uma melodia esperançosa que convida à ação todos que desejam mudar o mundo, independentemente da idade.

O que disseram sobre o livro

“Uma canção que vai inspirar leitores de qualquer idade a ter esperança no futuro e iniciativa para melhorá-lo.” ─ Publishers Weekly

Sobre a autora
Amanda Gorman
 é a poetisa mais jovem a ter participado da cerimônia de posse presidencial dos Estados Unidos. É defensora do meio ambiente, da equidade racial e da igualdade de gênero. O ativis­mo e a poesia de Gorman receberam destaque em diversos programas e veículos, como The Today Show, PBS Kids, CBS This Morning, New York Times, Vogue, Essence e O, The Oprah Magazine. Em 2017, foi a primeira escritora a receber o título de National Youth Poet Laureate, da Urban Word, um programa que apoia jovens poetas.

Também é autora da coletânea de poemas "Call Us What We Carry" e de uma edição especial do poema “The Hill We Climb”. Após terminar a graduação na Universidade Harvard com distinção cum laude, Amanda  voltou a mo­rar em sua cidade natal, Los Angeles, na Califórnia. Foto: Danny Williams.

"Canção da Mudança", de Amanda Gorman e Loren Long
Tradução: Stephanie Borges
Páginas:32 páginas
Editora: Intrínseca
Link do livro na Amazon: https://amzn.to/3o37cxY



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