segunda-feira, 13 de setembro de 2021

.: "O Poderoso Chefinho 2: Negócios da Família" e a vida de irmãos adultos




Por: Mary Ellen Farias dos Santos 

Em setembro de 2021


A animação "O Poderoso Chefinho 2: Negócios da Família" é uma sequência do sucesso da Dreamworks, porém tem brilho próprio. Numa história que dá sequência ao primeiro longa animado, o bebê Ted (voz de Alex Baldwin, no original) e menino Tim (voz de James Marsden, no original), agora, são adultos e, ainda que irmãos, vivem suas vidas bastante afastadas. Ted é um solteiro riquíssimo que envia presentes caros para as filhas do irmão mais velho.

Não! Eles não se falam e por pura falta de interesse de ambas as partes. 
Zero contato. Seguindo vidas separadas, Tim constrói uma família com Carol, e as filhas, Tabitha e Tina, enquanto que Ted é um mega empresário capaz de resolver tudo com dinheiro. Contudo, é a admiração da filha mais velha pelo tio que deixa Tim intrigado, fazendo-o pensar não ser um bom pai a ponto de despertar um novo ciúme do irmão. 

No entanto, o personagem agente da trama não é a filha mais velha, Tabitha, mas a bebezinha, Tina. É por uma ligação dela que a reviravolta acontece para que aconteça o reencontro de Tim e Ted. A verdade é que a filha caçula de Tim é agente BabyCorp e precisa de uma forcinha dos irmãos.


A animação de 105 minutos é mais do que uma aventura fantasiosa. "O Poderoso Chefinho 2: Negócios da Família" é uma reflexão a respeito da relação de irmãos. Enquanto crianças, vivem juntos com os pais, brincam, brigam e fortalecem o laço de união que parece ser inquebrável, sendo que o tempo da vida adulta traz a distância e vidas até opostas. 

Apesar de seguir a estrutura do longa anterior, "O Poderoso Chefinho 2: Negócios da Família" funciona muito e provoca o público. Não há como negar, a produção de Ramsey Ann Naito, Jeff Hermann, com roteiro de Michael McCullers e Marla Frazee consegue emocionar com uma lição de amor fraternal tratada com originalidade em animação. É para ver e rever! Imperdível!

Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link.


Filme: O Poderoso Chefinho 2: Negócios da Família (The Boss Baby: Family Business )

Gênero: Animação  

Data de lançamento: 12 de agosto de 2021 (Brasil)

Diretor: Tom McGrath

Roteiro: Michael McCullers, Marla Frazee

Produção: Ramsey Ann Naito, Jeff Hermann

Elenco (vozes): Alec Baldwin, Jeff Goldblum, Ariana Greenblatt, Eva Longoria, James Marsden, Amy Sedaris, Jimmy Kimmel, Lisa Kudrow

Séries de filmes: The Boss Baby

Duração: 105 min

Classificação: Livre


* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do www.photonovelas.com.br. Twitter:@maryellenfsm


Trailer



.: "Hamnet": livro de Maggie O’Farrell conta a história do filho de Shakespeare


Arrebatador, o premiado romance histórico sobre uma família destroçada pelo luto conta como a morte do filho teria inspirado Shakespeare a escrever "Hamlet".


Em 1596, o filho de 11 anos de William Shakespeare, Hamnet, morreu em Stratford-upon-Avon, pequena cidade na Inglaterra, de causa desconhecida. Poucos anos depois, o famoso dramaturgo inglês escreveu a peça considerada por muitos sua obra-prima, dando a seu herói trágico uma variação do nome de seu filho morto. Passados quase quatro séculos, Maggie O'Farrell era adolescente, quando, na escola, ouviu falar do menino pela primeira vez.

A semente da curiosidade plantada há 30 anos se transformou em um romance premiado e arrebatador que, sem mencionar o nome do dramaturgo, mergulha profundamente na história da família ― focando na trajetória da mãe da criança, a quem a autora chama de Agnes (outra variação do nome da esposa de Shakespeare seria Anna), e nas suas tentativas desperadas de salvar o filho.

É a partir dessas poucas referências disponíveis sobre a vida do bardo que Maggie O'Farrell cria magistralmente a trama protagonizada por Agnes, uma mulher excêntrica e selvagem que costumava caminhar pela propriedade da família com seu falcão pousado na luva e tinha dons extraordinários, como prever o futuro, ler pessoas e curá-las com poções e plantas. Enquanto isso, o personagem mais famoso do romance não tem nome; ele é chamado de “seu marido”, “o pai”, “o tutor de latim”.

Filho de um luveiro caído em desgraça e com péssima reputação na cidade, ele casou-se com a protagonista, detentora de uma generosa porção de terra e alguns anos mais velha. Tiveram uma filha e um casal de gêmeos. Após o casamento, Agnes se torna uma mãe superprotetora e a força centrífuga na vida do marido, que seguira para Londres com o objetivo de se estabelecer como dramaturgo. A vida do casal é gravemente abalada quando o filho Hamnet sucumbe a uma febre repentina.

Saudado pela crítica e vencedor do Women’s Prize for Fiction em 2020, "Hamnet" chega às livrarias brasileiras no dia 8 de setembro, pela Intrínseca. Em julho, o romance foi lançado com exclusividade para os assinantes do clube do livro da editora - o intrínsecos. O livro é um retrato brilhante de um casamento, uma evocação devastadora de uma família destroçada pelo luto e pela perda e uma reconstituição delicada e memorável de um menino cuja vida foi esquecida, mas cujo nome intitula uma das peças mais celebradas de todos os tempos.

O que disseram sobre o livro
'Hamnet' é a prova de que sempre há novas histórias a serem contadas até quando se trata de uma das figuras históricas mais conhecidas. A obra também revela a escrita extremamente versátil de O’Farrell, com um entendimento profundo dos laços humanos ― qualidades atribuídas também a um certo professor de latim de Stratford.” ―The Observer


Sobre a autora

Nascida na Irlanda do Norte em 1972, Maggie O'Farrell cresceu no País de Gales e na Escócia e mora atualmente em Edimburgo. Também é autora de "A Mão que me Acariciou Primeiro" (vencedor do Costa Novel Award); "Instructions for a Heatwave""This Must Be the Place" e, mais recentemente, "Existo, Existo, Existo: Dezessete Tropeços na Morte". Foto: Murdo MacLeod.


Você pode comprar o livro "Hamnet", escrito por Maggie O'Farrell, publicado no Brasil pela editora Intrínseca neste link.

Ficha técnica
Livro: "Hamnet" | Autora: Maggie O'Farrell | Editora: Intrínseca | Tradução: Regina Lyra | Páginas: 384 | Link do livro na Amazon: https://amzn.to/2XiOBmG



.: "O Livro dos Amigos Perdidos", um romance emocionante de Lisa Wingate


Autora de "Segredos de família" lança livro sobre mulheres fortes e as dolorosas heranças deixadas pelo regime escravagista que persistem até os dias de hoje. "Negros precisam tomar cuidado nesse mundo. Mulheres também precisam tomar cuidado. Eu sou as duas coisas, então preciso ter em dobro..."


Globo Livros lança "O Livro dos Amigos Perdidos", novo romance de Lisa Wingate, autora de "Segredos de Família". A obra é uma saga emocionante sobre mulheres à frente do seu tempo, as consequências sangrentas da escravidão que afetam vidas até os dias de hoje e como as lições do passado jamais devem ser esquecidas.

No fim do século XIX, em meio ao caos deixado pela Guerra Civil Norte-Americana, três jovens com histórias e origens bastante diversas têm seus destinos unidos pela necessidade de realizar juntas uma perigosa jornada. Hannie, uma ex-escravizada recém-liberta; Lavinia, a herdeira mimada de uma imensa fazenda falida e sua relutante meia-irmã de origem creole precisam chegar ao Texas e, para isso, atravessar estradas repletas de homens que insistem em manter acesa uma guerra que perderam dez anos antes.

Enquanto as irmãs veem no Texas uma forma de fugir do estigma da bancarrota, Hannie foi separada da sua família antes do fim da escravidão e, desde então, segue em uma busca frenética por aqueles a quem mais ama. Para essas três mulheres, a esperança vive além dos pântanos da Luisiana.

Mais de um século depois, Benny é uma jovem professora que, desesperada para pagar as dívidas da época de universidade, aceita um emprego em uma escola primária na minúscula cidade de Augusta, na Luisiana. Nesse lugar perdido no mapa, onde todos desconfiam de forasteiros e de ideias que vão de encontro à tradição, Benny é recebida de forma hostil por seus novos vizinhos.

Tentando entender as regras que regem Augusta e compreender como um lugar antes tão próspero se transformou em uma cidade miserável, cercada pelas ruínas dos velhos casarões das fazendas exauridas, ela resgata a história daquelas três mulheres que se aventuraram e quebraram as convenções em nome de uma vida melhor e descobre que elas e seus alunos têm muito mais em comum do que poderia imaginar.

Combinando passado e presente e uma pesquisa histórica minuciosa, elementos que se tornaram a marca registrada de Lisa Wingate, O livro dos amigos perdidos é um romance inesquecível sobre mulheres fortes e as dolorosas heranças deixadas pelo regime escravagista que persistem até os dias de hoje.


Sobre a autora:
Lisa Wingate trabalhou durante anos como jornalista até se tornar escritora em tempo integral. É autora de mais de vinte best-sellers e ganhou diversos prêmios por seu trabalho. Ela vive no estado norte-americano do Arkansas e também é autora de "Segredos de Família", publicado pela Globo Livros.


Você pode comprar "O Livro dos Amigos Perdidos", escrito por Lisa Wingate, publicado pela editora Globo Livros neste link.

Ficha técnica
Livro:
 "O Livro dos Amigos Perdidos" | Autora: Lisa Wingate | Editora: Globo Livros | Páginas: 416 | Formato: 16X23cm | ISBN: 9786586047851 | 


.: "Amor & Azeitonas", o novo livro de Jenna Evans Welch, de "Amor & Gelato"


Com 150 mil livros vendidos no Brasil, autora de "Amor & Gelato" lança livro que se passa na Grécia.

Depois de levar seus leitores para os campos da Toscana e as estradas irlandesas, chegou a vez de Jenna Evans Welch apresentá-los à Ilha de Santorini, na Grécia. Em seu mais recente livro, "Amor & Azeitonas", a autora de "Amor & Gelato" e "Amor & Sorte" apresenta a história da greco-americana Liv Varanakis e seu pai, Nico, um homem obcecado pela lenda da cidade perdida de Atlântida. 

Durante a infância de Liv, encontrar a cidade era o grande sonho que os unia. Após ser abandonada pelo pai, a jovem reconstrói sua vida sem qualquer vestígio de Nico ou de sua fantasia antiga. Tudo muda quando Liv recebe um postal do pai convidando-a para ir à Grécia ajudá-lo a gravar um documentário sobre seu assunto favorito. A contragosto, Liv aceita o convite e terá que lidar não só com sentimentos reprimidos, mas também deixar para trás a vida que construiu e mergulhar no inesperado. 

Em meio a milhares de perguntas, emoções difíceis e momentos constrangedores, Liv tenta desfrutar as praias paradisíacas e outras atrações locais, além de aproveitar a companhia de Theo, o charmoso assistente de seu pai. Mas à medida que os dias passam, a jovem percebe que algo muito mais importante que Atlântida a levou até lá. "Amor & Azeitonas" é mais uma história leve, divertida e tocante de Jenna Evans Welch.

Sobre a autora
Jenna Evans Welch 
é uma leitora voraz desde criança, então não teve escolha a não ser virar escritora. Seus livros "Amor & Gelato" e "Amor & Sorte" se tornaram best-sellers e foram publicados em cerca de vinte países. Ela mora em Salt Lake City, nos Estados Unidos, com o marido e os dois filhos. Foto: Maggie Herbst.

Você pode comprar o livro "Amor & Azeitonas", escrito por Jenna Evans Welch, publicado no Brasil pela editora Intrínseca neste link.

Ficha técnica
Livro: "Amor & Azeitonas" | Autora: Jenna Evans Welch | Editora: Intrínseca | Tradução: Viviane Diniz | Páginas: 448 | Link do livro na Amazon: https://amzn.to/2XaI4dP


.: Entrevista: Debora Bloch fala sobre a 2ª temporada de "Segunda Chamada"


“O público vai entrar em contato com personagens que são invisíveis na nossa sociedade”, adianta Debora Bloch sobre "Segunda Chamada". Evelyn (Nataly Rocha), Palito (Gustavo Luz), Valdinei (Pedro Wagner), Sandro (Flávio Bauraqui). Embaixo, da esquerda para a direita: Leandro (Tamirys O’hanna), Lúcia (Debora Bloch), Neia (Rejane Faria), Hélio (Angelo Antônio). Foto: Mauricio Fidalgo/Globo

A partir desta sexta-feira, dia 10, Debora Bloch volta a dar vida à professora de português Lucia, na nova temporada da série Original Globoplay "Segunda Chamada". Nesta sequência, a docente regressa à Escola Estadual Carolina Maria de Jesus após o divórcio do marido e o fim do mistério envolvendo a morte do filho decidida a evitar a suspensão do curso noturno para jovens e adultos. 

Pela interpretação na primeira temporada da obra, a atriz foi eleita Melhor Atriz pela APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte). Na entrevista abaixo, Debora fala sobre os conflitos que sua personagem vai enfrentar, sua preparação para o papel e a expectativa para a segunda temporada.

A Lúcia chega nesta segunda temporada com alguns conflitos internos resolvidos, mas com novos desafios profissionais. Qual é a sua percepção da professora nesta segunda temporada?
Debora Bloch - 
Nessa segunda temporada, o grande problema da escola é a falta de alunos e o risco de ser fechada por causa disso. Lucia vai estar empenhada em trazer alunos para a escola e assim impedir o fechamento. Ela vai trazer pessoas em situação de rua e se envolver com esses alunos e suas questões. 
  

Na sua opinião, qual é a principal mensagem desta nova fase de "Segunda Chamada" e o que o público pode esperar da série?   
Debora Bloch - 
A série é sobre educação, mas principalmente sobre pessoas que não tiveram acesso a ela. O público vai entrar em contato com personagens que são invisíveis na nossa sociedade e que a gente não costuma ver retratados na TV. 
  

Como é voltar ao set e dar continuidade à história de "Segunda Chamada"?   
Debora Bloch - 
Depois de um ano de confinamento, voltar ao set foi um alívio e um alento. Com toda a dificuldade que é gravar na pandemia, poder voltar ao nosso trabalho foi muito bom. Foi uma alegria.    

Como foi a sua preparação para voltar a viver a professora Lúcia nesta nova fase?   
Debora Bloch - 
Tivemos muitas leituras e ensaios, mas a novidade foi a pesquisa e os encontros para conhecer a realidade da população em situação de rua. Tivemos palestras com pessoas que trabalham com essa população e também conversas com algumas pessoas que vivem nas estradas. Aprendi muito com esse processo, e acho que fui transformada por ele. 
  

"Segunda Chamada" ficou conhecida por tratar de diversas questões sociais, além da problemática do ensino noturno para jovens e adultos. Agora, uma nova realidade vem à tona com a chegada dos alunos em situação de rua. Como você avalia a forma como esse debate é abordado na série? 
Debora Bloch - 
Fizemos um trabalho bastante realista. A série trata do assunto sem preconceito ou julgamento, que é como acredito que deve ser tratado. Essas pessoas se tornam invisíveis para a sociedade, são desumanizadas e isso precisa ser mudado. Aprendi muito fazendo essa temporada e lidando com esse assunto. E espero, do fundo do meu coração, que as pessoas em situação de rua se sintam representadas.
  


Original Globoplay, "Segunda Chamada" é uma série da Globo em parceria com a O2, criada por Carla Faour, Julia Spadaccini e Jo Bilac. A segunda temporada de "Segunda Chamada" é escrita por Carla Faour e Julia Spadaccini, com Dino Cantelli, Gionana Moraes, Maira Motta e Marcos Borges. A direção é de Joana Jabace, Henrique Sauer e Pedro Amorim; com direção artística de Joana Jabace, e direção geral de Pedro Amorim. A produção na TV Globo é de Isabela Bellenzani e na O2, de Bel Berlinck. 


.: Sesc Bom Retiro traz exposição com obras de artistas da região da Luz


O Sesc Bom Retiro exibe a exposição coletiva "Birico - Poéticas Autônomas em Fluxo", composta por obras de mais de 40 artistas, coletivos e grupos que têm em comum a vivência, preocupação social e atuação sociocultural na região central de São Paulo, no território da chamada Cracolândia, no bairro da Luz. As criações são de diversas linguagens artísticas, como lambe-lambes, fotos, peças sonoras, obras tridimensionais e peças gráficas. Na imagem, a obra sem título, de Indio Badaross, Lambe-lambe

O Sesc Bom Retiro exibe a exposição coletiva "Birico - Poéticas Autônomas em Fluxo", composta por obras de mais de 40 artistas, coletivos e grupos que têm em comum a vivência, preocupação social e atuação sociocultural na região central de São Paulo, no território da chamada Cracolândia, no bairro da Luz. As criações são de diversas linguagens artísticas, como lambe-lambes, fotos, peças sonoras, obras tridimensionais e peças gráficas.

As pessoas que colaboram com a exposição trazem histórias e trajetórias sociais diversas, algumas delas enfrentando situações de rua e de vulnerabilidade social, e se reuniram por conta da relação com o território, suas transformações e desigualdades. O grupo de artistas que integra ou colabora com o coletivo Birico foi criado para dar suporte e gerar renda emergencial a artistas da comunidade local, frente à crise sanitária de covid-19. A curadoria e organização da exposição são assinadas por integrantes do coletivo em parceria com a equipe do Sesc.

"Birico - Poéticas Autônomas em Fluxo" apresenta impressões de obras produzidas por artistas urbanos, como Mundano, Mag Magrela e Paulestinos; trabalhos originais de nomes da arte contemporânea como Renata Felinto e Monica Ventura; e de veteranos pouco conhecidos fora da Boca do Lixo (um dos apelidos dados à região do bairro da Luz), como Yori Ken, Índio Badaross e a poetisa Joh Bittencourt. A mostra conta, também, com registros de ações sociais organizadas pelo coletivo Birico na área conhecida por Cracolândia e recortes históricos que remontam aos últimos anos de presença cultural no bairro.

O lambe está entre as principais linguagens presentes na exposição. Este destaque se dá por sua relevância na arte da região. De acordo com um dos membros da comissão curatorial, Raul Zito, "a linguagem de lambe-lambe entrepassa toda a exposição e foi adotada pelo seu caráter informativo, que acompanha a história da presença artística no Território e é uma técnica acessível, que possibilita várias maneiras de intervenção e demonstra a potência de fala e resistência".

No espaço expositivo há, ainda, trabalhos inéditos que propõem uma reação sensível às tentativas de invisibilização da subjetividade do território chamado por Cracolândia e aos preconceitos locais. O nome do coletivo, Birico, é utilizado para falar sobre a solidariedade entre artistas que atuam para fortalecer projetos na região. Segundo Julio Dojcsar, integrante da comissão curatorial da exposição, Birico é resultado de laços longínquos de parceria. "A formação do coletivo só foi possível pela confiança estabelecida nas contínuas ações executadas desde 2008, sejam elas de afeto e reconhecimento humano ou de uso da prática artística urbana como protesto ou instrumento para o cuidado do próximo", comenta.

Para Pablo Vieira, outro membro da comissão curatorial, Birico - Poéticas autônomas em fluxo é um posicionamento da criativa coletividade do Território. "[A mostra procura demonstrar que] existe uma coletividade fecunda de imaginação e criatividade [na região]". A exposição conta com 158 trabalhos - entre lambe-lambes, fotos, peças sonoras, obras tridimensionais e peças gráficas -, com colaborações dos coletivos Tem Sentimento, É de Lei e Craco Resiste.

"Birico - Poéticas Autônomas em Fluxo" extrapola os limites do espaço expositivo, com obras que podem ser vistas nos gradis externos da unidade do Sesc Bom Retiro, no Teatro de Contêiner Mungunzá (Rua dos Gusmões, 43, Santa Ifigênia, São Paulo), ou pela Internet, nos conteúdos audiovisuais criados exclusivamente para a exposição.


Artistas e coletivos colaboradores da exposição Birico - Poéticas autônomas em fluxo (em ordem alfabética)
Alberto Pereira, Aline Motta, Aluízio Marino, Ananda Giuliani, Chip Thomas, Cleverson I. Salvaro, Coletivo Transverso, Daniel Mello, Dentinho, Equipe do filme "Diz A Ela Que Me Viu Chorar" , Fábio Rodrigues, Felipe Risada, Frederico Filippi, Grupo Mexa, Helen Salomão, Hideki Nomies, Índio Badaross, Iskor, Jaick MC, João Leoci, Joh Bittencourt, Juliana Dos Santos, Julio Dojcsar, MC Kawex, Kelly Reis, Kika Carvalho, Lau Guimarães, Mag Magrela, Maré de Matos, Mônica Ventura, Mundano, Ozi, Pablo Vieira, Paty Bonani, Paulestinos, Paulo Pereira, Pri Barbosa, Raphael Escobar, Raul Zito, Renata Felinto, Sato do Brasil, Sol Casal e Yori Ken.


Sobre os coletivos integrantes:

É de Lei - https://edelei.org/
O Centro de Convivência É de Lei é uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, que atua desde 1998 na promoção da redução de riscos e danos sociais e à saúde associados à política de drogas. Com o propósito de promover a perspectiva ética do cuidado no campo das drogas, ampliando a possibilidade de escolha das pessoas, desconstruindo preconceitos, e incentivando uma cultura garantidora de direitos e diferenças.


Coletivo Tem Sentimento - https://www.instagram.com/coletivo_temsentimento
Coletivo que propõe o acolhimento, reconhecimento e a valorização de mulheres cis e trans, o Tem Sentimento é fruto do atendimento contínuo a esta população em situação de vulnerabilidade, pela assistente social Carmen Lopes. Transformou-se em uma cooperativa de costura e realiza formação em oficinas de moda.


Craco Resiste - https://naoeconfronto.weebly.com/
A Craco Resiste é um coletivo autônomo que atua desde dezembro de 2016 contra a violência policial na região da Cracolândia. Foi constituído por militantes e pessoas que vivem, frequentam e trabalham nesse Território para se opor às ações da Prefeitura e do governo do estado, que buscam expulsar a população mais pobre dos bairros da Luz, Campos Elíseos, Bom Retiro e Santa Efigênia.

Polo cultural construído com 11 contêineres em 2016 pela Cia Mungunzá de Teatro na região da Boca do Lixo, buscando caminhos alternativos no âmbito arquitetônico, urbanístico e social por meio da sustentabilidade e da democratização do acesso à cultura. Criada em 2008, a Cia. Mungunzá de Teatro desenvolve há treze anos uma pesquisa focada no teatro contemporâneo, onde a organização, produção e criação artística é executada por um núcleo de 7 artistas e educadores que, além das montagens teatrais, também propõem uma permanente reflexão sobre o universo social e cultural. A Cia. já circulou por 19 dos 26 estados brasileiros e se apresentou em Coimbra (Portugal) e em Kerala (Índia).


Blocolândia
Blocolândia é o bloco de carnaval do território conhecido como Cracolândia. Foi fundado em 2014 na junção de ativistas, trabalhadores, usuários e moradores da região e tem como objetivo mostrar que a cracolândia tem muito mais assuntos do que o crack. O bloco pretende assim desestigmatizar os usuários a partir da música. O cortejo do bloco passa em frente a todas as instituições culturais do território com o objetivo de mostrar a cultura da rua.


Sobre Birico
Birico é um coletivo formado por mais de 40 artistas que vivem, trabalham ou se relacionam com a Cracolândia, e foi formado em 2020 como forma de gerar renda por meio da venda de obras de arte impressas. O coletivo realiza ações continuadas no Território visando facilitar o acesso a moradia, alimentação e trabalho para as pessoas atendidas por sua rede. Desde o começo de 2021, Birico trabalha para a construção da "Escola Livre de Artes", projeto que oferecerá aos membros da comunidade formação e capacitação em artes visuais. Saiba mais - https://www.instagram.com/birico.arte/


Orientações para visitantes presenciais
O Sesc São Paulo retoma, de maneira gradual e somente por agendamento prévio online, a visitação gratuita e presencial a exposições em suas unidades na capital, na Grande São Paulo, no interior e litoral. Para tanto, foram estabelecidos protocolos de atendimento em acordo com as recomendações de segurança de órgãos de saúde pública.

Para diminuição do risco de contágio e propagação do novo coronavírus, conforme as orientações do poder público, foram estabelecidos rígidos processos de higienização dos ambientes e adotados suportes com álcool em gel nas entradas e saídas dos espaços. A capacidade de atendimento das exposições foi reduzida para até 5 pessoas para cada 100 m², com uma distância mínima de 2 metros entre os visitantes e sinalizações com orientações de segurança foram distribuídas pelo local.

A entrada na unidade é permitida apenas após confirmação do agendamento feito pelo app Credencial Sesc SP ou, pelo computador, no portal do Sesc São Paulo. A utilização de máscara cobrindo boca e nariz durante toda a visita, assim como a medição de temperatura dos visitantes na entrada da unidade serão obrigatórias. Não será permitida a entrada de acompanhantes sem agendamento. Seguindo os protocolos das autoridades sanitárias, os fraldários das unidades seguem fechados nesse momento e, portanto, indisponíveis aos visitantes.


Mesa Brasil Sesc São Paulo 
 Paralelamente à campanha Ação Urgente contra Fome, a rede de solidariedade que une empresas doadoras e instituições sociais cadastradas segue suas atividades, buscando onde sobra e entregando em lugares onde falta, contribuindo para a redução da condição de insegurança alimentar de crianças, jovens, adultos e idosos e a diminuição do desperdício de alimentos. 

Hoje, 19 unidades do Sesc no estado - na capital, interior e litoral - operam o Mesa Brasil. As equipes responsáveis pela coleta e entrega diária de alimentos foram especialmente capacitadas para os protocolos de prevenção à Covid-19, com todas as informações e equipamentos de proteção individuais e coletivos necessários para evitar o contágio. Saiba+  sescsp.org.br/mesabrasil


Serviço:
"Birico - Poéticas Autônomas em Fluxo" | Local:
Sesc Bom Retiro | Curadoria: Comissão curatorial do coletivo Birico e Equipe Sesc | Período expositivo: até 27 de fevereiro de 2022 |  Funcionamento: terça a sexta, das 14h às 20h. Sábados, das 10h às 16h | Tempo de visitação: até 45 minutos | Agendamento de visitas: no app Credencial Sesc SP ou, pelo computador, no site sescsp.org.br/bomretiro | Classificação indicativa: não indicado para menores de 14 anos | Grátis | 
Sesc Bom Retiro - Alameda Nothmann, 185, Bom Retiro | Estacionamento: Alameda Cleveland, 529 | Valores estacionamento: com apresentação de credencial plena - R﹩ 5,50 até uma hora; R﹩2 adicional por hora. Não credenciados - R﹩ 12,00 até uma hora; R﹩ 3,00 adicional por hora | Para mais informações, acesse o portal: sescsp.org.br/bomretiro.


domingo, 12 de setembro de 2021

.: Entrevista: as "Verdades Secretas" de Drica Moraes e um sucesso arrebatador


"O mais desafiador foi entrar no projeto em tão pouco tempo. O primeiro capítulo todo era em cima da minha personagem, quilos de texto pra estudar e tudo mais", afirma a atriz. Foto: Globo/divulgação.

Drica Moraes coleciona trabalhos importantes em sua extensa e bem-sucedida carreira, e considera "Verdades Secretas" um dos mais especiais. Entre os motivos, a qualidade da produção e a repercussão positiva de sua personagem com o público. Ela conta que era muito abordada na época da exibição original. "O público enlouquecia nas ruas e nas redes sociais. Me pediam pra abrir os olhos e enxergar! Parecia teatro infantil: 'Olha o lobo mau!'. O público esperava a queda da personagem, mas com muito amor pela Carolina e compaixão pela sua inocência", relembra.     

Na trama de Walcyr Carrasco, a personagem de Drica, Carolina, é mãe de Angel (Camila Queiroz) e se envolve com o milionário Alex (Rodrigo Lombardi) acreditando que está vivendo um conto de fadas, sem imaginar que ele é apaixonado por sua filha. "A Carolina é ingênua, doce, que acredita no amor romântico. Ela é enganada pelo marido e pela filha e fica sempre tentando acreditar que está tudo certo. O público espera o tempo inteiro ver a sua queda, a sua dor. Mas acompanha com carinho porque ela é uma mulher de bem e embarca em um casamento de conto de fadas por acreditar nas pessoas sem questionamento", analisa Drica. Em entrevista, a atriz relembra um pouco mais o trabalho e os bastidores.


O que você sentiu quando soube que "Verdades Secretas" seria reexibida na TV Globo?
Drica Moraes - 
É uma alegria ver este trabalho que me trouxe tantas alegrias ser reprisado nas noites da TV Globo. Tenho enorme orgulho dele. Acho um dos melhores trabalhos que fiz na vida.


Como você descreveria sua personagem?
Drica Moraes - 
A Carolina é a mulher ingênua, doce, que acredita no amor romântico. Ela é enganada pelo marido e pela filha e fica sempre tentando acreditar que está tudo certo. O público espera o tempo inteiro ver a sua queda, a sua dor. Mas acompanha com carinho porque ela é uma mulher de bem. Embarca em um casamento de conto de fadas por acreditar nas pessoas sem questionamento.


Como a Carolina marcou a sua carreira?
Drica Moraes - 
Eu entrei substituindo a Deborah Secco quando ela engravidou, e em uma semana comecei a trabalhar. A preparação foi muito rápida. Dei conta de um trabalho intenso, física e emocionalmente, e tive enorme reconhecimento. Foi uma glória para mim.


Qual a principal lembrança que você tem do período de gravação?
Drica Moraes - 
Fui muito cuidada pelo Mauro Mendonça Filho e pelo Walcyr Carrasco. Essa parceria foi fundamental para que tudo fluísse bem. Maurinho é um dos melhores diretores com quem já trabalhei na TV. E Walcyr é uma espécie de padrinho, me deu grandes personagens ao longo da carreira.


Como era a relação com o elenco nos bastidores?
Drica Moraes - 
Lembro de muito carinho e amor envolvido na relação com Camila (Queiroz), Ana Lúcia (Torre), e Bel Kutner. Fizemos um núcleo familiar de mulheres fortes, apaixonadas. Lembro muito de abraços e beijos, coisas que estamos tão carentes atualmente no nosso trabalho. O encontro físico, o calor do encontro. Em todas as cenas nos abraçávamos, nos beijávamos, ríamos e chorávamos.


O público o abordava muito nas ruas por conta da trama quando ela foi exibida originalmente?
Drica Moraes - 
O público enlouquecia nas ruas e nas redes sociais, me pediam para abrir os olhos e enxergar! Parecia teatro infantil: “Olha o lobo mau!”. O público esperava a queda, mas com muito amor pela Carolina e compaixão pela sua inocência.


Qual o maior desafio desse trabalho?
Drica Moraes - 
Acho que o mais desafiador foi entrar no projeto em tão pouco tempo. O primeiro capítulo todo era em cima da minha personagem, quilos de texto pra estudar e tudo mais.


A trama fez muito sucesso em 2015 e está sendo muito bem recebida agora. A que você atribui o sucesso da história?
Drica Moraes - 
Acho que poder, sexo, dinheiro, família, traição, amor, desejo, vingança… são temas que sempre atraíram e sempre atrairão o público. É sobre eles que foram escritas todas as grandes obras literárias. É o que há de mais humano entre os seres humanos.


Você está assistindo novamente à trama? É muito autocrítico ao rever um trabalho antigo?
Drica Moraes - 
Sim. Amo rever meus trabalhos. Não sou muito crítica comigo nos trabalhos antigos. Sofro mais e sou mais exigente quando estou executando. Me perdoo por todos os meus erros e excessos. Vibro com meus acertos!


Quais são seus próximos projetos?
Drica Moraes - 
Espero o lançamento de dois filmes prontos: "Pérola", de Murilo Benício e "As Verdades" de José Eduardo Belmonte.



"Verdades Secretas" é escrita por Walcyr Carrasco, com direção de núcleo de Mauro Mendonça Filho e direção geral de André Felipe Binder, Natália Grimberg e Mauro Mendonça Filho, direção de Allan Fiterman, Mariana Richard e André Barros.  A obra vai ao ar às segundas após "Império", às terças depois de "The Masked Singer Brasil", às quintas na sequência de "Sob Pressão", e às sextas após o "Globo Repórter".


.: A nova edição de "Má Feminista", o clássico contemporâneo de Roxane Gay


Obra reúne ensaios incisivos, engraçados e corajosos sobre raça, identidade, gênero, sexualidade, cinema, literatura e a forma como a cultura que consumimos molda quem somos. "Estou tão empenhada em lutar ferozmente pela igualdade quanto estou em romper a noção de que existe um feminismo essencial."

"Má Feminista" já se tornou um clássico contemporâneo com seu olhar sincero, irônico e sem preconceitos sobre o que significa ser mulher no início do século, os novos desafios e as barreiras que ainda precisam ser quebradas pelas mulheres para garantir seu lugar em uma sociedade cada vez mais multifacetada e que, em contrapartida, tem passado por uma série de retrocessos.

Lançada pela Globo Livros, a obra elevou Roxane Gay a um dos maiores e mais relevantes nomes do feminismo graças à autenticidade, ao olhar crítico, à impressionante história pessoal e à forma mordaz e pungente com que cobre uma vasta gama de assuntos que fazem parte do universo feminino.

Nos ensaios ao mesmo tempo afiados e divertidos reunidos em "Má Feminista", Roxane trata de temas urgentes, como sua experiência como mulher negra vinda de uma família de classe média alta de origem haitiana, sua relação íntima com o cinema e a literatura, a maneira como a cultura do estupro assombra o desenvolvimento das mulheres, suas vivências como professora universitária e a busca constante entender a si mesma e a sociedade em que vivemos.


Sobre a autora:
Roxane Gay é autora best-seller do jornal The New York Times e vencedora de diversos prêmios de prestígio. PhD em Comunicação pela Universidade Técnica do Michigan, Roxane, além de escritora e palestrante, é editora e professora de Escrita Criativa na Universidade de Purdue. Atualmente, mora em Lafayette, Indiana, e, de vez em quando, em Los Angeles. Dela, a Globo Livros publicou "Fome" e "Mulheres Difíceis". Ela também é editora da coletânea "Precisamos Falar Sobre Abuso: Conversas e Memórias Sobre a Cultura do Estupro".


Você pode comprar o livro "Má Feminista", escrito por Roxane Gay, publicado pela editora Globo Livros neste link.

Ficha técnica:
Livro:
 "Má Feminista" | Autora: Roxane Gay | Editora: Globo Livros | Páginas: 320 | Formato: 16X23cm |  ISBN: 9786586047820.

.: Arquitetura para as tretas: como isso influencia no confinamento dos realities


Nesta terça-feira, dia 14, estreia "A Fazenda", da Record, e o arquiteto Leandro Rhiaff fez uma análise das casas de reality, como "A Fazenda", "Big Brother Brasil", "Soltos em Floripa", e o quanto elas podem influenciar na harmonia do programa.  O profissional afirma que a arquitetura é pensada para que algumas tretas aconteçam: "Não seria bem planejado se só proporcionasse conforto e paz".


Na próxima terça-feira, dia 14 de setembro, começa mais uma edição do reality show “A Fazenda”. E todos os olhos já estão voltados tanto para as celebridades que participarão do programa, quanto para a decoração da nova sede do reality. Saiba que, das cores até o tipo de grama usada, tudo tem um propósito, seja aflorar os sentimentos, ou trazer um clima de harmonia. Cada cômodo traz um projeto arquitetônico com finalidades específicas e Leandro Rhiaff, arquiteto renomado, comenta quais fatores podem influenciar nos ânimos dos confinados.

“Os indivíduos atribuem significados específicos a tudo. Há símbolos, cores, aromas e formas que nos remetem a lembranças e estimulam sensações e até emoções específicas. Figuras pontiagudas, cores primárias e quentes, deixam os ânimos mais exaltados, as emoções mais à flor da pele, por exemplo”, explica Leandro Rhiaff chamando a atenção no quanto as cores e a iluminação podem interferir nos sentimentos dos moradores: 

“Luzes muito intensas geram agitação ou estimulam a concentração, luzes muito fracas costumam dar sono. Assim como cores fortes, primárias, podem causar irritação, euforia e até vontade de comer”, esclarece o arquiteto que demonstra o que deve ser usado para estimular bons sentimentos: “Sugiro que se observe o uso de cada ambiente. Indico luz branca mais intensa em ambientes de trabalho ou de estudo e luzes amarelas em ambientes de repouso ou conversas casuais. Já em relação às cores, encontraremos paz e harmonia nos tons pastéis, cinzas e branco”.

A estreia de “A Fazenda” também é aguardada por conta da confusão que, muitas vezes, acontece entre os participantes. Leandro Rhiaff analisa algumas fotos de outras edições do programa e diz se as cores fortes da decoração da casa podem influenciar nessas tretas dos “fazendeiros”: “Posso afirmar que a intenção é essa. O projeto arquitetônico de um cenário para um reality show não seria bem planejado se só proporcionasse conforto e paz. Preto, vermelho, amarelo, laranja, marrom e alguns tons de verde mais amarelados são a chave para agitar os ânimos”, revela o arquiteto que pondera, no entanto, que algumas cores usadas em cenários, podem não ser ideal em uma casa normal.

“Há uma nova expressão em arquitetura que são os chamados ambientes Instagramáveis. Gosto quando clientes ousados pedem por projetos mais livres, artísticos. Não sugiro que essas cores fortes sejam utilizadas nos ambientes de repouso porque podem atrapalhar o sono tranquilo”.


Do reality para a casa
Outra tendência são os papéis de parede que, segundo o arquiteto, estão em alta e podem ser levados para os lares e dá um toque para quem quer apostar nesses adesivos. “A minha dica é que se opte por estampa proporcional à área em que será aplicado o papel. Padrões de estampa muito grandes em áreas muito pequenas ou pequenos padrões em áreas muito grandes geram desconforto visual”, enfatiza.

Outro ponto forte são os enormes sofás. Quem não fica apreensivo conforme as pessoas são eliminadas e o local, que antes era ocupado por diversos participantes, vai ficando vazio? Leandro Rhiaff pontua que esse tipo de móvel é ideal que seja feito sob medida e tem como objetivo estimular que os moradores e convidados encontrem na sala um local de encontro.

“A própria experiência dos realities nos mostra que o sofá imenso é maravilhoso quando a casa está cheia e gera uma sensação de vazio quando a casa está vazia. Sugiro um sofá feito sob medida para os grandes encontros, para estimular que a casa se torne o centro das grandes comemorações”, pondera.

No reality “Soltos em Floripa'', o grafite enorme na casa é um dos destaques do ambiente trazendo jovialidade e dinamismo. O arquiteto diz que é uma boa opção para quem quer um toque moderno em sua residência.

“Sem dúvida o grafite é uma manifestação artística jovial e muito moderna. É uma expressão de alegria, da alma do próprio artista ou de quem encomenda o grafite. Eu indico para ambientes de encontro, lounges. Reservar uma parede para grafite ao invés do famoso muro inglês ou jardim vertical seria um bom desafio”, responde Leandro Rhiaff que levanta a questão dos inúmeros espelhos das casas de reality: “Os espelhos em todas as paredes ou quase todas jamais deverão ser utilizados numa casa comum, mas em paredes específicas, estimulando a vaidade e até um narcisismo saudável, é permitido. Aconselho que evitem somente colocar espelho diante de espelho para evitar o efeito de visão infinita”.

Voltando a falar de “A Fazenda”, um ponto que chama a atenção é que a sede tem dois chuveiros no banheiro, Leandro Rhiaff conta que é uma tendência em alta nos projetos de arquitetura. “Ter dois chuveiros em suítes para casal visa estimular que haja sempre mais intimidade e tranquilidade na vida a dois. Sobre o custo, não é muito significativo o aumento. O sistema hidráulico já suporta dois chuveiros. O custo mais alto ocorrerá somente por causa do próprio chuveiro em duplicidade, a escolha do modelo em si”.


Proibidão
Apesar dos projetos lindos que vemos na televisão, nem tudo o que tem nas casas de reality show dá para levar para a nossa realidade. O arquiteto assinala alguns pontos para ficar atento. “Câmeras indiscretas, jamais! Mas, brincadeiras à parte, iluminação exagerada, espelhos por toda parte, chuveiros sem privacidade e quartos comunitários seriam coisas que eu evitaria”, finaliza Leandro Rhiaff.


Sobre Leandro Rhiaff
Carioca de 37 anos, Leandro formou-se na Universidade Federal do Rio de Janeiro há 13 anos, mas sua paixão pela arquitetura vem desde a infância. Com apenas 10 anos, seus desenhos começaram a chamar a atenção de amigos e familiares. Hoje, com mais de 80 projetos concluídos, Rhiaff tornou-se destaque entre a classe A+ carioca e carrega em seu currículo a especialização em Arquitetura de Luxo, formação completa em Coaching, formação em Análise de Perfil Comportamental e palestrante.

.: Claudia Ohana e Juliana Knust em "Parabéns Sr. Presidente, In Concert"


As atrizes estreiam, respectivamente, nos papéis de Maria Callas e Marilyn Monroe  na temporada 2021 do Palco Instituto Unimed-BH em Casa. Fotos: Pino Gomes

Com texto de Fernando Duarte e Rita Elmôr, nova versão do espetáculo transporta a plateia para o ano de 1962 ao narrar o encontro de Maria Callas e Marilyn Monroe nos bastidores da festa do presidente Kennedy. Montagem será transmitida ao vivo, online e gratuitamente no dia 23 de setembro, quinta-feir), às 20h30, pelos canais no YouTube do Sesc em Minas, do Teatro Claro Rio e da Pólobh Produtora, e pelo Canal 500 da Claro TV.

O 45º aniversário do então presidente americano John Kennedy, comemorado em 19 de maio de 1962, ficou marcado na mitologia dos anos 1960 com a imagem de Marilyn Monroe cantando um “Happy Birthday” tão sexy quanto histórico. Naquela noite, Maria Callas foi ovacionada ao cantar “Habanera” da ópera “Carmen”.  

Callas e Monroe se conheceram rapidamente nos bastidores do Madison Square Garden. Esse encontro é o ponto de partida da remontagem “Parabéns Senhor Presidente, In Concert”, que traz Claudia Ohana e Juliana Knust estreando como Maria Callas e Marilyn Monroe, próximo espetáculo do Palco Instituto Unimed-BH em Casa, que será apresentado ao vivo, online e gratuitamente no dia 23 de setembro (5ª feira), às 20h30, direto do palco do Teatro Claro Rio, com transmissão pelos canais no Youtube do Sesc em Minas, do Teatro Claro Rio e da Pólobh Produtora, e pelo Canal 500 Claro TV.

Com texto de Fernando Duarte e Rita Elmôr, música original de Maíra Freitas e direção de Fernando Philbert, o espetáculo transporta a plateia para o ano de 1962 e narra o encontro de Maria Callas e Marilyn Monroe nos bastidores da festa do Presidente Kennedy. “Quem nunca viu a cena clássica de Marilyn Monroe cantando Happy Birthday Mr. President? A loira fez a versão de “Parabéns pra Você”, entrar para a história. Antes dela subir ao palco, com seu vestido de sereia rosa chá, grandes artistas se apresentaram, entre eles, Maria Callas, a atração mais aplaudida da noite”, diz Fernando Duarte.

O texto organiza um diálogo que expõe, ao mesmo tempo, as distâncias e as proximidades entre as duas mulheres, ressaltando a beleza do universo feminino em sua complexidade. Em cena, dois dos maiores mitos da feminilidade do século XX: Marilyn Monroe, a mais absoluta encarnação da carência afetiva, e Maria Callas, uma voz de diamante em forma de mulher. Dividindo o mesmo espaço por uma hora, as duas mulheres mais famosas do mundo, conversam e cantam sobre o universo particular de cada uma, sem imaginar que Marilyn iria falecer dois meses depois.

Em cena, duas mulheres icônicas que tiveram grande projeção e fins trágicos, de universos tão distintos, se relacionando e expondo olhares diferentes a uma série de situações.  Independentes e bem-sucedidas – o que era raro nos anos 1960, estas personagens falam com franqueza sobre assuntos ainda em pauta nos dias de hoje. Mais do que falar de Callas e Monroe, o texto aborda temas relevantes sobre o universo feminino. O espetáculo explora, graças ao duelo verbal entre as duas, o drama feminino dos tempos recentes, a divisão entre afeto e realização, o conflito diante do papel a desempenhar em um mundo ainda regido pelos homens. A partir da diferença inicial entre as duas, a trama desnuda, com humor, ironia e deliciosas sutilezas de raciocínio o drama único que envolve muitas mulheres em nosso tempo. Fala de mulheres, hoje e não apenas de figuras célebres. A história está na esquina dos dias de todos os que enfrentam a luta da vida.  


Maria Callas
A mulher que traduzia fielmente o feminino no que dizia respeito à força e fragilidade. Nesta obra teatral, são compartilhados as dúvidas e os medos de “La Divina Callas”, a imperatriz do Bel Canto, que nos deixou como herança sua voz imortal. Callas, a diva das divas. Única. Uma força da natureza. A indomável Callas, geniosa e intempestiva, era regida pelos sentimentos. Sua história de vida foi tão dramática quanto as personagens que interpretou nas óperas. A maior soprano da história e um dos maiores mitos do século XX, teve sua vida marcada por glórias e tragédias. Ela revolucionou a história da ópera e ainda hoje é considerada a maior cantora lírica de todos os tempos.


Marilyn Monroe
A simples menção ao nome Marilyn Monroe já desperta o imaginário de muitas formas.  Para alguns, sugere o padrão absoluto da sensualidade feminina. Beleza. Graça. Sofisticação. Para outros, vem à mente insegurança. Infelicidade. Tragédia. Mas para apreciar a vida complexa e fascinante dessa mulher enigmática é preciso deixar de lado quaisquer noções preconcebidas sobre ela, tarefa, com certeza, difícil, considerando o seu status de iconoclasta.  Dizer que nenhuma outra atriz vendeu tanto quanto ela, nem começa a explicar a importância que teve para o mundo do cinema. Ainda hoje é vista nas vitrines da vida como uma referência que nunca sai de moda. No entanto, por trás do sorriso fotogênico, era uma pessoa frágil e vulnerável, tinha uma combinação de esplendor e anseio que a destacava. Longe dos holofotes, sem a maquiagem que a transformava no mito Marilyn Monroe, às vezes, passava despercebida.

A transmissão do espetáculo conta com tradução de libras e áudio descrição para garantir o acesso das pessoas com deficiências auditivas e visuais. Assim como nos demais espetáculos promovidos pelo projeto, nesta transmissão o público poderá realizar doações para o Mesa Brasil Sesc (por meio de QR Code), em benefício dos profissionais do teatro, associados ao Sated MG, que permanecem impossibilitados de exercer integralmente as suas funções em virtude da pandemia da Covid-19.   


Ficha técnica
Espetáculo:
“Parabéns Senhor Presidente, In Concert” | Texto - Fernando Duarte e Rita Elmôr | Direção - Fernando Philbert | Elenco – Claudia Ohana e Juliana Knust Música original – Maíra Freitas | Preparação vocal – Paolla Soneghetti | Cenário e figurinos – Fernando Duarte | Iluminação – Vilmar Olos  | Projeções - Aníbal Diniz | Visagismo – Chico Toscano |  Perucas  – Alessandra Amorim | Fotos – Pino Gomes | Cenotécnico – André Salles e equipe  | Operador de som – Bob Nascimento | Operador de luz – Luiz Martins | Diretor de cena - Ricardo Silva | Operação de vídeos – Aníbal Diniz | Designer gráfico – Thiago Ristow | Coordenação de produção – Fernando Duarte | Direção de produção – Fabrício Chianello | Produção – Vissi Darte Produções | Realização – Smille Produções Artísticas e Experiência Entretenimento | Classificação: 14 anos | Duração: 75 minutos.


Serviço
Palco Instituto Unimed-BH em Casa | Espetáculo: “Parabéns Senhor Presidente, In Concert”, com Claudia Ohana e Juliana Knust – 23  de setembro (quinta-feira), às 20h30 |  Gratuito | Exibição pelos canais no Youtube do Sesc em Minas (SescemMinasGerais), do Teatro Claro Rio (TeatroClaroRio) e da Pólobh (Polobhprodutora), e pelo Canal 500 da Claro TV.


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