quinta-feira, 9 de setembro de 2021

.: Tati Quebra-Fazenda: a mulher que irá unir o Brasil e outros seis de "A Fazenda"

Por Helder Moraes Miranda, editor do Resenhando.

Em um Brasil polarizado por times de futebol, religiões e política, somente ela, uma mulher com a intensidade de uma dinamite, conseguirá unir os coraçõezinhos dos brasileiros. Essa façanha, por incrível que pareça, irá acontecer a partir de uma emissora declaradamente bolsonarista! Tati Quebra-Barraco, ou melhor, como ela se autointitula agora: Tati Quebra-Fazenda! 

Uma mulher capaz de aglomerar paixões de ame-a ou deixe-a, a indiferença passa longe dela, que deu uma repaginada no lookinho para ficar gata no reality. Certa ela, que tem tudo para ser uma ilustre participante que promete, até o final do ano, puro suco de entretenimento. 

Há no elenco sete participantes que parecem ter saído do filme de Quentin Tarantino - "Os Sete Odiados", lembra? Por coisas que fizeram fora do confinamento e querem uma narrativa de redenção à la Biel - mulheres, esqueçam, a Record dá o benefício da dúvida apenas aos homens - ou você se lembra de alguém do sexo feminino que fez algo controverso fora do confinamento e não foi eliminada rapidinho?

Na verdade, são seis odiados por atitudes de fora e um que é detestado por não ter feito absolutamente nada. Este é Arcrebiano, que não marcou presença enquanto esteve confinado em dois realities da Globo e agora é promessa de ser uma planta em mais um, ou pelo menos estar na galeria dos primeiros eliminados no panteão dos reality shows.

No elenco, também estão confirmados Victor Pecoraro - ex-"As Aventuras de Poliana", Mussunzinho, o Mussum Júnior, Liziane Gutierrez, aquela que ficou famosa por desacatar policiais em uma festinha clandestina durante a pandemia, Nego do Borel, ex-best friend da "Anira", Mileide Mihaile, ex do Safadão. Um elenco promissor, só faltaram as musas do "Barraco no Leblon" mas, quem sabe, elas estão entre os outros 14 a serem divulgados. Sonhar não custa nada e, sendo assim, Tati Quebra-Fazenda tem a missão de pacificar o país.


.: O bufê de sangue de "American Horror Story: Double Feature"


Por: Mary Ellen Farias dos Santos 

Em setembro de 2021

No quarto episódio de "American Horror Story: Double Feature", intitulado "Blood Buffet", o público vai direto ao passado, há cinco anos, no mês de outubro, quando The Chemist (Angelica Ross) chega a Provincetown e negocia com o fã das cores, Holden Vaughn (Denis O´hare), uma casa. Afinal, o ambiente dali é calmo. O bisbilhoteiro faz perguntas necessárias para que o público entenda mais da personagem com poder de mudar a trama. Assim, temos The Chemist na cidade dos vampiros artistas.

 
Identificando-se como química biológica, The Chemist aborda Mickey (Macaulay Culkin) e o leva até a casa dela. Por quê? O objetivo é descobrir o nível de ambição do rapaz. Para tanto, quer saber de sonhos, não os que temos ao dormir, mas os de vida. Assim, os dois estabelecem um acordo com remuneração. Mickey fica responsável por levar artistas até a mulher das misturas.


Em tempo, a aparição de Tuberculosis Karen (Sarah Paulson) é rápida, mas fortalece a amizade dela com Mickey, como quem divide o consumo de drogasTambém pudera, ontem Sarah brilhou no episódio de estreia de "American Crime Story: Impeachment", tão irreconhecível quanto no visual de drogada.

Um cantor do bar "Muse" vira alvo de Mickey. Logo, temos a primeira vítima do experimento. Antes uma nova música entra para a trilha sonora da série: "Don´t Go Change Me", de Billy Joel. Nessa volta ao passado,  a história de uma grande figura dessa décima temporada, Belle Noir (Frances Conroy), é apresentada. 



Sem sucesso, vende somente um livro, ainda que a escritora tenha feito uma linda leitura interpretativa de um capítulo de "Martha´s Cherry Tree", para uns gatos pingados. No finalzinho do evento, The Chemist se apresenta e vê potencial no talento de Belle. Já o marido, sem fazer sexo como ela há dois anos, humilha, apenas a esposa do modo mais cruel possível, incluindo a produção escrita. 

Para afogar as mágoas, Belle chega ao "Muse', desabafa com Mickey e é possuída pelo ritmo que não é o ragatanga. Drogada, dança como se estivesse em outra dimensão. Até querer mais e ter em mãos a pílula que exterioriza talentos. E acontece a mágica Com Belle Noir, a ponto de escrever um livro de uma só vez. Como não amar Frances Conroy nessa sequência?! Missão impossível! 


Como todo objeto de estudo, Bella que se destaca, tem um atendimento diferenciado do primeiro experimento. Por outro lado, as coisas fogem do controle por conta da intensa sede por sangue. "Abandonado" e proibido de voltar a falar com The Chemist, o ex-cantor do "Muse", a primeira vítima da química, ataca moradores e faz jus ao nome do episódio. 



E como sempre dá para melhorar, na tela surge Austin Sommers (Evan Peters) de drag queen, cantando "Magic Man", da clássica banda Heart. Contudo, uma participação especialíssima é a da drag queen Eureka. Como não amar a junção de RuPaul´s Drag Race e American Horror Story?! OK. Em "RuPaul´s Drag Race: All Stars 6", foi feita uma paródia de AHS. Mas ver uma drag como Eureka numa história de horror é de deixar qualquer fã dos dois programas pra lá de empolgado. Sensacional!



Em meio a drag queens, descobrimos que foi Belle quem iniciou Austin na pílula do talento. Nele, o efeito é praticamente automático, assim como a sede. Eis que num momento "Rocky Horror Picture Show", Austin de corpete, meia-calça e botas enormes, persegue Eureka, mas o desfecho é de fazer o queixo cair por ser pra lá de inesperado. Que venha o quinto episódio logo, please!!


Seriado: American Horror Story
Temporada: 10
Episódio 4: "Blood Buffet"
Exibido em: 8 de setembro de 2021, EUA.
Elenco: Sarah Paulson (Tuberculosis Karen), Evan Peters (Austin Sommers), Lily Rabe (Doris Gardner), Finn Wittrock (Harry Gardner), Frances Conroy (Belle Noir),  Billie Lourd (Lark), Leslie Grossman (Ursula), Adina Porter (Chefe Burleson), Angelica Ross (The Chemist), Macaulay Culkin (Mickey), Ryan Kiera Armstrong (Alma Gardner)


* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do www.photonovelas.com.br. Twitter:@maryellenfsm





.: "Upstate" acrescenta uma dose a mais de humanidade aos dramas familiares


Por 
Helder Moraes Miranda, editor do Resenhando.

Escrever um romance deve ter uma dose a mais de exposição para o crítico literário James Wood, autor do emblemático livro "Upstate", lançado recentemente no Brasil pela SESI-SP Editora. Qualquer deslize ou passo em falso pode ser um atrativo para as críticas mais contundentes. Em um livro fala sobre relações familiares em rota de colisão, o risco é ainda maior.

Felizmente, não é o que acontece em "Upstate", e a diferença está na sutileza do texto e dos detalhes que permeiam a obra. Não se sabe se o livro é tão bom porque Wood, entre os mais influentes críticos da língua inglesa, sabe as técnicas para encantar, emocionar e prender o leitor, ou se o autor é realmente este poço de sensibilidade que emana em cada uma das 248 páginas que saltam aos olhos dos leitores. 

A impressão é que James Wood uma mistura alguém que sabe todas as técnicas, mas tem um diferencial: tem sensibilidade e talento - sem essas características, não adiantaria nada ter todas as técnicas disponíveis. Mas não é só isso. O autor dos livros "A Coisa Mais Próxima da Vida" e "Como Funciona a Ficção" acrescenta em "Upstate" uma dose a mais de humanidade aos dramas familiares. É por isso que os personagens são tão profundos e críveis. 

Há um drama famliliar e um clima de tensão que ronda as histórias e o inconsciente de cada personagem, mas existe, também, uma catarse que faz com que o leitor, que torce para que a bomba exploda e os conflitos apareçam, passe a se identificar e queira colocar a própria vida em pratos limpos. 

Longe de ser um livro de autoajuda, "Upstate" conduz o leitor a uma jornada interna e paralela aos conflitos do livro. Enquanto lê, é possível questionar dúvidas existenciais e rir de si mesmo, já que o livro não é um dramalhão - mas uma espécie de catalisador de mudanças. Há uma maneira fácil de viver a vida? Por que não vivê-la, então? Há dramas que são desnecessários ou é preciso vivê-los com toda a intensidade possível? Quando a tristeza em doses cavalares torna as pessoas insuportáveis?

O livro gira em torno do investidor imobiliário bem-sucedido Allan Querry que, já em idade avançada, precisa enfrentar uma crise familiar em uma viagem com as filhas ao longo de seis dias. Confinados em um mesmo espaço, eles precisam se enfrentar. Nada é o que parece, pois há diversas camadas entre o personagem principal e as filhas Vanessa, uma filósofa com depressão desde a adolescência, e Helen, executiva de uma gravadora. Apesar de bem-sucedidas, as irmãs nunca se recuperaram do divórcio amargo dos pais e da morte precoce da mãe. Mais do que um romance, "Upstate" é um livro para aqueles que precisam enfrentar questões e resolver as próprias dores para seguir em frente. 

Você pode comprar o livro "Upstate", de James Wood, publicado pela SESI-SP Editora, neste link.

Ficha técnica
Livro: "Upstate" | Autor: James Wood | Tradutor: Leonardo Fróes | Editora: SESI-SP Editora | 
Páginas: 248 | Formato: 14 x 21 cm | Link na Amazon: https://amzn.to/2Vk4WpW

.: Crítica: "Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis”, novo filme Marvel

Por: Mary Ellen Farias dos Santos 

Em setembro de 2021


"Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis" é a história de um herói que poderia ser qualquer um. Tanto é que ganha a simpatia do público com rapidez. Embora retrate a humanidade de um jovem asiático, que trabalha como manobrista e aproveita o mínimo de lazer para curtir a vida em karaokês com a amiga Katy (Awkwafina), a trama inclui um universo fantástico com direito a dragões -um chega a lembrar o do clássico "A História Sem Fim"- e seres fofos, mesmo sem cabeça surgem na telona -algo como em "Animais Fantásticos e Onde Habitam"- que fazem a história acontecer e rendem lindas imagens.

A nova produção do estúdio Marvel apresenta o jovem chinês, Shang-Chi (Simu Liu), criado pelo pai em reclusão, sendo treinado em artes marciais para a grande vingança da família. Ao concretizar o plano, percebe que o pai não é o humanitário que dizia ser. Para tanto, opta manter distância. Daí o fato de ser um rapaz comum, igual a qualquer um.

Contudo, o enredo está enraizado nos desencontros em família, assim como os diferentes pontos de vistas para o fato trágico que pai, filho e filha compartilham. "Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis", é uma linda homenagem à cultura asiática e artes marciais. Embora tenha muita ação, é um longa também pautado no feminino, bem intensificado com sequências importantes tendo a mãe, a irmã e a amiga do herói. 

"Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis" estabelece muitas conexões com o Universo Marvel, algumas claras como a participação de Wong (Benedict Wong). O longa de 2h12m apresenta duas cenas pós-créditos empolgantes que se conectam com o futuro da Marvel. Que venham os novos Vingadores!


Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link.


Filme: Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis

Data de lançamento: 2 de setembro de 2021 (Brasil)

Diretor: Destin Cretton

Roteiro: David Callaham; Destin Daniel Cretton; Andrew Lanham

Produção: Kevin Feige; Jonathan Schwartz

Baseado em: Shang-Chi; de Steven Englehart; Jim Starlin

Companhia(s) produtora(s): Marvel Studios

Elenco: Simu Liu, Awkwafina, Meng'er Zhang, Fala Chen, Florian Munteanu, Benedict Wong, Michelle Yeoh, Tony Leung


* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do www.photonovelas.com.br. Twitter:@maryellenfsm


Trailer de "Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis"



.: Das tranças da Rapunzel ao black da princesa: os contos de fada de 2021


Os cabelos loiros e lisos dos tradicionais contos de fadas foram substituídos pelos volumosos blacks nos lançamentos da escritora Isabel Cintra. Publicados em janeiro nos EUA e em julho no Brasil, "A Princesa e Espelho""O Pequeno Grande Alfaiate" se destacam quando o objetivo é representar as crianças pretas que nunca se enxergaram nas tradicionais produções do gênero.

Além das mensagens de amor, coragem e perseverança dos clássicos contos de fadas, os protagonistas de "O Pequeno Grande Alfaiate" e "A Princesa e Espelho" se apresentam ao público infantil com um objetivo a mais: representar as crianças pretas que nunca se enxergaram nas produções do gênero. A proposta é da coleção da escritora paulista Isabel Cintra, que vive atualmente em Estocolmo, capital da Suécia.

Publicadas inicialmente em inglês e ilustradas por Zeka Cintra, irmão da autora, as produções exibem rainhas e princesas com seus poderosos blacks e tudo que eles simbolizam. Apesar de estar sutilmente representado nas narrativas, o racismo não é a temática central dos enredos. “Quero que as crianças pretas vejam que também podem ser as rainhas, princesas e protagonistas de qualquer história”, explica a autora.

Em "O Pequeno Grande Alfaiate", o pequeno Akim mostra ao pai Jafar, e também para todos os pequenos leitores, que é preciso muita coragem e otimismo para enfrentar os desafios da vida. Já "A Princesa e Espelho" revela que a beleza está na sua forma mais pura, sem qualquer tipo de padrão: o sentimento amor sempre resistirá, sendo maior que todas as vaidades do mundo.

Isabel lançou seu primeiro livro em 2015 e, até o momento, são sete título publicados, todos com o apoio do talento nato do irmão. Tem participado de produções e eventos que divulgam a literatura em língua portuguesa fora do Brasil, especialmente na Europa, em cidades como Frankfurt, Paris e Londres. Além da coleção de contos de fadas, é autora de "Corvo-Correio", também lançada na Angola.


Sobre a autora
Paulista de São Joaquim da Barra, Isabel Cintra acredita no poder dos livros em mudar pessoas, bem como na importância da representatividade estar presente em sua escrita. É autora de Bem-vindo à cidade, Lisboa, 2016, participou da I Antologia Internacional do Mulherio das Letras – Contos e Poesias, do IV Sarau da Paz – Ausburg, 2018 e, com o conto "Corvo-Correio", esteve entre os premiados do Prêmio Off Flip de Literatura 2017, em Paraty (RJ). Atualmente vive em Estocolmo, Suécia.

Sinopse de "O Pequeno Grande Alfaiate"
Havia uma pequena e humilde aldeia nos arredores do Castelo do poderoso Rei Raidar. Local onde Jafar e o pequeno Akim construíram sua simples casa. A vida era difícil para pai e filho, até que a grande e única oportunidade de suas vidas aparece de repente. Com o coração cheio de esperança, Akim mostrará a seu pai que é preciso muita coragem e otimismo para enfrentar os desafios da vida. Você pode comprar "O Pequeno Grande Alfaiate", escrito por Isabel Cintra, publicado pela editora Underline Publishing, neste link.


Ficha técnica
Livro: "O Pequeno Grande Alfaiate"
Autora: Isabel Cintra
Editora: Underline Publishing
Páginas: 
45 páginas
Formato:  25,5 x 20,25
Link do livro no Amazon: https://amzn.to/3l6gBBI

Sinopse de "A Princesa e o Espelho"
Quando o desejo pela beleza extrema tenta superar o amor e a vaidade torna-se o bem mais precioso, uma fada doce e muito sábia aparece para transformar tudo em harmonia novamente. Um lindo conto de fadas com reis, rainhas, princesas, muita magia, representatividade e tanto a nos ensinar! Você pode comprar "A Princesa e Espelho", escrito por Isabel Cintra, publicado pela editora Underline Publishing, neste link.


Ficha técnica
Livro: "A Princesa e Espelho"
Autora: Isabel Cintra
Editora: Underline Publishing
Páginas: 51 páginas
Formato:  25,5 x 20,25
Link do livro no Amazon: https://amzn.to/3nchSdh

.: "Medley": Roteirista premiada Keka Reis estreia na literatura juvenil


Depois da indicação ao Prêmio Jabuti em 2018 e 2019 com dois livros infantis, a escritora Keka Reis lança pela VR Editora, selo Plataforma21, "Medley ou Os Dias que Aprendi a Voar", livro de estreia na literatura juvenil. A obra é inspirada no primeiro longa-metragem adolescente da roteirista, premiado em festivais estrangeiros como o México Internacional Film Festival e top 10 no Bluecat Screenplay Contest, um dos mais prestigiados concursos de roteiro dos Estados Unidos.


Roteirista premiada Keka Reis , finalista do Jabuti 2018 e 2019, explora amadurecimento infantojuvenil, luto, relacionamentos amorosos e o despertar para a sexualidade em lançamento publicado pelo selo jovem da VR Editora. Depois da indicação ao Prêmio Jabuti em 2018 e 2019 com dois livros infantis, a escritora Keka Reis mergulha em "Medley ou Os Dias que Aprendi a Voar", livro de estreia na literatura juvenil.

A obra é inspirada no primeiro longa-metragem adolescente da roteirista, premiado em festivais estrangeiros como o México Internacional Film Festival e top 10 no Bluecat Screenplay Contest, um dos mais prestigiados concursos de roteiro dos Estados Unidos. Como sugere o título e capa da produção, a protagonista é nadadora.

A presença do esporte na vida da jovem permeia a narrativa para além das piscinas: a atividade é como um grande espelho da subjetividade de Lola e dos desafios que precisa enfrentar durante a fase de transição da infância para a vida adulta. A notícia da morte do pai, por exemplo, recebida sem muita explicação por parte da mãe aos quase quatro anos, mudou para sempre a vida da personagem. 

É na viagem de férias, longe da mãe e do irmão, que a relação de Lola com a vida, e com ela mesma, começa a se transformar. Em Salto Bonito, cidade imaginária que ganhou até um mapa no início do livro, a protagonista se expõe a novas amizades, a primeira paixão e ao despertar para a sexualidade, sempre com a problemática da perda precoce e inexplicada do pai como pano de fundo.

Ambientada no início dos anos 1990 e repleta de referências musicais, literárias e cinematográficas, "Medley ou Os Dias que Aprendi a Voar" retrata o adolescer da protagonista tímida em uma época de conexões estabelecidas presencialmente. Memórias há muito esquecidas e outras partes de uma nova Lola emergem durante as 232 páginas da narrativa.


Sinopse do livro:
Lola é uma menina que não sente nada. Ela se considera um forno autolimpante entupido. Isso, ao menos, é o que ela acha. Mas basta Lola começar a contar sua história e logo percebemos que sente tudo e mais um pouco. Lola é o tipo de garota capaz de entrar numa piscina gelada antes das cinco da manhã para treinar. Ela é campeã de natação. Forte, estoica, disciplinada e cheia de inseguranças.

A beleza dessa história está em acompanhar o desenvolvimento de Lola, dentro e fora da piscina. Um desenvolvimento gradual e alucinante. Sozinha numa cidade do interior, ela faz um mergulho profundo nas lembranças (que não tem) do pai, e no mistério que envolve a morte dele. A verdade é que Lola é uma adolescente de sentimentos represados, mas ao se apaixonar, vai desbravar um oceano de novas emoções.


Sobre a autora:
Keka Reis é escritora, roteirista e dramaturga. Nos anos 1990, escreveu, produziu e dirigiu programas na MTV. Como roteirista, tem colaborado desde 2006 em filmes e inúmeras séries para a TV. Estreou na literatura com "O Dia em que a Minha Vida Mudou por Causa de Um Chocolate Comprado nas Ilhas Maldivas", seguido por "O Dia em que a Minha Vida Mudou por Causa de Um Pneu Furado" em Santa Rita do Passa Quatro", finalistas do Prêmio Jabuti em 2018 e 2019, respectivamente. Seu primeiro livro também virou peça de teatro, eleita a melhor na categoria infantojuvenil em 2019. "Medley ou Os Dias que Aprendi a Voar" surgiu de um roteiro cinematográfico premiado em diversos festivais internacionais.

Você pode comprar o livro "Medley ou Os Dias que Aprendi a Voar", escrito por Keka Reis, publicado pela VR Editora, neste link.


Ficha técnica
Título: "Medley ou Os Dias que Aprendi a Voar" | Autora: Keka Reis | Editora: VR Editora 
- selo Plataforma21º | Páginas: 232 páginas | Formato: 21 x 14 cm. | Link do livro na Amazon: https://amzn.to/2X89pwW.



.: Os Satyros estreiam "Cabaret Dada": dadaísmo x os dias de hoje


O espetáculo parte do estudo do Dadaísmo, movimento vanguardista do início do século XX, de protesto contra valores burgueses, nacionalistas e capitalistas, com espírito anárquico e caráter irônico, que surgiu motivado pelo panorama de destruição da Primeira Guerra Mundial  e da epidemia da gripe espanhola, que matou milhões de pessoas.  

O Cabaré Voltaire, berço dos Dadaístas, foi um espaço de resistência de artistas em Zurique, Suíça, onde escritores, poetas e artistas plásticos se encontravam para criar eprotestar. Hoje, 100 anos depois, os artistas se defrontam com uma pandemia e graves crises políticas, e  os Satyros investigam a conexão entre a vida dos artistas hoje e no tempo dos dadaístas, e quais os desafios atuais de se fazer arte.

"Cabaret Dada" é a terceira parte da "Trilogia Cabaret", iniciada por "Cabaret Stravaganza", em 2011, e continuada em 2016, com "Cabaret Fucô". Desde o início da pandemia, a cia Os Satyros já estreou 14 espetáculos de forma online, além do Festival Satyrianas, com mais de 400 atrações, se tornando uma das companhias mais ativas do momento, e referência em teatro digital. Por estes trabalhos digitais, já recebeu 6 prêmios e 14 indicações nacionais e internacionais. É  também uma das mais antigas e importantes em São Paulo - em 32 anos já são mais de 100 espetáculos em 27 países e mais de 100 prêmios, incluindo APCA, Shell, Mambembe, APETESP e Governador do Estado de São Paulo.

O espetáculo "Cabaret Dada", 15ª criação  da cia desde o início da pandemia, com dramaturgia  de Ivam Cabral e Rodolfo García Vázquez, e direção de Rodolfo García Vázquez, estreia online e ao vivo no dia 11 de setembro. No elenco,  dezenove artistas: Alessandra Nassi, Alex de Felix, Andre Lu, Anna Kuller, Beatriz Medina, Bruno de Paula, Cristian Silva, Dominique  Brand, Elisa Barboza, Felipe Estevão, Guilherme Andrade, Heyde Sayama, Ícaro Gimenes, Ingrid Soares, Julia Francez, Karina Bastos, Luis Holiver e  Vitor Lins. Há ainda a participação em vídeo  do ator Roberto Francisco, que ensaiava o espetáculo antes de falecer, ao final do mês de julho. 

Durante o processo, a equipe se debruçou sobre o Dadaísmo e suas relações na sociedade atual. Em cena nesse cabaré, obras de arte ganham vida própria, marionetes controlam e são controladas, cabeças se revoltam, corpo e palavra se ressignificam. 


Palavra do diretor
“Cabaré Voltaire foi um espaço de resistência de artistas em Zurique, na Suíça, no começo do século XX, há cem anos atrás, quando tinham enfrentado a primeira guerra mundial, e estavam enfrentando a epidemia da gripe espanhola, que matou milhões e milhões de pessoas pelo mundo todo, e tentavam dar algum sentido ao futuro e às próprias vidas.

Cem anos depois, os artistas se defrontam com graves crises políticas, revoluções sociais, enfrentamentos e uma grande pandemia que também está isolando e matando muito. Nós decidimos fazer uma correlação entre a vida que estamos levando hoje, como artistas, e a vida que os artistas levavam há cem anos atrás. O principio básico do espetáculo é esse - o que nos une aos dadaístas e o que nos separa deles, e quais são os desafios de fazer a arte no momento tão difícil.”, explica Rodolfo García Vázquez.


O dadaísmo
O dadaísmo é considerado a mais radical das vanguardas artísticas do século XX. O movimento dadaísta - ou dadá - tinha a ruptura como meta e “a destruição também é criação” como lema. A proposta dadaísta relaciona-se ao fim da estética, ou seja, à desvinculação da produção artística com aquilo que até então se entendia como arte. A proposta era a negação de todas as regras e de todas as tradições. A palavra “Dadá” significa nada – e, portanto, pode também significar tudo. 

A destruição causada pela Primeira Guerra Mundial  foi o motor principal para o movimento. Os artistas dadaístas franceses e alemães exilaram-se na Suíça, por não concordarem com o posicionamento de seus países de origem durante a guerra, e levaram para a arte esse protesto contra uma cultura e uma civilização incapazes de evitar o aniquilamento massivo, a desgraça e a ruína. A arte, portanto, deveria negar os valores vigentes, levantar a bandeira do absurdo e chocar, escandalizar, já que a ruína da guerra não parecia chocante o suficiente para que os governantes europeus cessassem fogo.


O Cabaré Voltaire
Clube noturno criado em fevereiro de 1916 em Zurique (Suíça), era dirigido pelo filósofo, poeta e romancista Hugo Ball e pela sua companheira, a cantora e poeta Emmy Hennings. Com o Cabaret Voltaire, surgia também, oficialmente, o Dadaísmo, movimento de vanguarda modernista. O grupo fundador desse movimento ficou conhecido pelo nome do clube. O espaço dava a escritores, poetas e artistas plásticos condições de liberdade artística e experimentação.  


Os Satyros na Pandemia
Desde o início do período de isolamento, com o advento da pandemia do covid-19, Os Satyros mergulharam no teatro digital, se tornando uma das companhias mais ativas durante esse momento. Já estreou 14 espetáculos de forma on-line, além de realizar o Festival Satyrianas no mesmo formato, reunindo mais de 400 atrações, das mais variadas expressões artísticas. Por estes trabalhos digitais, já recebeu 6 prêmios e 14 indicações nacionais e internacionais.

A primeira peça a ser pensada para a plataforma do Zoom, "A Arte de Encarar o Medo”, criada e apresentada em 2020, recebeu três montagens: as versões brasileira, afro-europeia e norte-americana, todas dirigidas e ensaiadas remotamente pelo diretor brasileiro Rodolfo García Vázquez, e vistas por mais de 30 mil pessoas pelo mundo. 

A cia. de teatro Os Satyros é também uma das mais antigas e importantes em São Paulo, já produziu em 32 anos mais de 100 espetáculos, se apresentou em 27 países e ganhou mais de 100 prêmios – incluindo os maiores do teatro brasileiro, como APCA, Shell, Mambembe, Apetesp e Governador do Estado de São Paulo.


Ficha técnica
Espetáculo: 
"Cabaret Dada" | Dramaturgia: Ivam Cabral e Rodolfo García Vázquez | Direção: Rodolfo García Vázquez | Atuantes: Alessandra Nassi, Alex de Felix, Andre Lu, Anna Kuller, Beatriz Medina, Bruno de Paula, Cristian Silva, Dominique Brand, Elisa Barboza, Felipe Estevão, Guilherme Andrade, Heyde Sayama, Ícaro Gimenes, Ingrid Soares, Julia Francez, Karina Bastos, Luis Holiver, Vitor Lins | Participação em vídeo: Roberto Francisco | Assistência de direção: Elisa Barboza | 
Diretora de arte: Adriana Vaz | Assistência de direção de arte: Letícia Gomide | Produção de vídeos: Maiara Cicutt | Fotografia: André Stefano | Designer: Diego Ribeiro | Produção geral: Silvio Eduardo | Produção executiva: Maiara Cicutt | Social media: Isabella Garcia | Assessoria de imprensa: JSPontes Comunicação - João Pontes e Stella Stephany.


Serviço
Espetáculo:
"Cabaret Dada" | Estreia: sábado, dia 11 de setembro, às 18h | Ingressos gratuitos | Onde retirar e assistir: Espaço Satyros Digital – Sympla/Zoom | www.sympla.com.br/espacodigitaldossatyros | Horários: sábados e domingos, às 18h e segundas às 21h | Gênero: comédia | Classificação indicativa: 12 anos | Duração: 70 minutos | Temporada: até 31 de outubro.


.: Inacreditável: "MasterChef" comemora 500 temporadas no ar


Formato original da Banijay, fenômeno da culinária global atinge marco histórico. Já participaram do programa Dalai Lama, Michelle Obama e alguns dos melhores chefs do mundo, como Massimo Bottura, Heston Blumenthal, Marco Pierre White, Gordon Ramsay, Rick Stein e Nigella Lawson.


Por meio da Endemol Shine Brasil, a Banijay anuncia hoje que um de seus maiores formatos de sucesso ultrapassou a marca de 500 temporadas no ar desde seu relançamento em 2005. Programa de culinária icônico, vencedor de vários prêmios e criado por Franc Roddam, o "MasterChef" tem impressionado o público há mais de 30 anos.

Considerado o formato de televisão de culinária de maior sucesso pelo World Guinness Record, em 2017, houve até hoje 64 versões locais e mais de 10 mil episódios foram ao ar em todo o mundo. E, agora, o programa chega ao marco das 500 edições. Somente no ano passado, apesar das restrições de filmagem por conta da pandemia, houve 43 produções em 30 mercados.

Lucas Green, Chefe Global de Operações de Conteúdo da Banijay, diz: "Atingir este marco é uma conquista fantástica para a família 'MasterChef'. Embora ele permaneça fiel aos valores centrais do formato, cada versão é única, adaptando-se para celebrar as culturas individuais de cada região. As incríveis equipes em todas as 500 produções criaram oportunidades de mudança de vida para os participantes e proporcionaram entretenimento e momentos icônicos para milhões de telespectadores ao redor do mundo".

Nani Freitas, COO da Endemol Shine Brasil, complementa: 'MasterChef' é um fenômeno global na televisão e nas plataformas digitais. Só aqui no Brasil já produzimos mais de dez edições, entre as temporadas de amadores, profissionais e junior. É um orgulho imenso representar esse formato no país e fazer parte dessa história de sucesso”.

A série original do "MasterChef" foi vista pela primeira vez na BBC em 1990, sendo exibida por 11 anos. Em 2005 Franc Roddam, em parceria com a Shine TV, redesenhou o formato da BBC Two, que depois passou para a BBC One em 2009. No mesmo ano, a Austrália tornou-se o primeiro território a adaptar o formato, sendo o final da temporada o programa de televisão mais assistido do ano no país. Mais de uma década depois, o remake do programa ainda desfruta de enorme sucesso, sendo o reality mais procurado de 2020 (Parrot Analytics).

Franc Roddam, criador do "MasterChef", acrescenta: "Estou imensamente orgulhoso de 'MasterChef', programa que tem entretido milhões e transformado a vida de milhares de pessoas. Sou muito grato a todos que contribuíram para seu sucesso global e ajudaram a manter sua popularidade e frescor ao longo dos anos".

"MasterChef" é um formato versátil, que continua evoluindo ano após ano, com versões que incluem "MasterChef Junior," "MasterChef Profissionais", "MasterChef All Stars", "MasterChef Celebrity" e, mais recentemente, "MasterChef Sênior", provando ser incrivelmente popular. Além disso, seu alcance de mercado está em constante expansão, com novos territórios e incluindo quatro versões na Índia.

Não há dúvidas de que o "MasterChef" é um show que transforma vidas, com mais de 100 ex-participantes que tornaram-se chefs profissionais. Entre os ex-alunos notáveis estão Thomasina Meirs, co-fundadora do grupo de restaurantes Wahaca e a premiada chef com deficiência visual, Christine Ha, que venceu a 3ª temporada nos Estados Unidos e abriu recentemente o restaurante "The Blind Goat" em Houston, Texas. Além delas, os chefs premiados com estrelas Michelin, Marko Gajski ("MasterChef Croácia"), Elizabeth Haigh ("MasterChef Reino Unido") e Carlos Maldonado (Espanha).

O programa também contou com vários rostos conhecidos, dentre eles, Dalai Lama, Michelle Obama, Príncipe Charles e sua mulher, Camilla Rosemary Shand (Duquesa da Cornualha), e alguns dos melhores chefs do mundo, incluindo Massimo Bottura, Heston Blumenthal, Marco Pierre White, Gordon Ramsay, Rick Stein e Nigella Lawson.

Além disso, as produções de "MasterChef" em todo o mundo estão com foco na sustentabilidade, com mais de 75% de reaproveitamento de alimentos sendo doados. Na temporada 12 do "MasterChef Austrália", um total de 95% de resíduos alimentares e mais de 39.000 pedaços de papel foram poupados. A versão mais recente na Alemanha construiu seu estúdio inteiramente a partir de materiais reciclados e/ou ecologicamente corretos, economizando pelo menos 3,7 toneladas de plástico.

Finalmente, com mais de 90 licenciados em todo o mundo, a marca "MasterChef" também se estende a uma enorme gama de atividades comerciais de sucesso. Milhões de produtos de consumo têm sido vendidos globalmente, a extensa linha editorial tem se mostrado lucrativa, e o público em todo o mundo pode se envolver com "MasterChef" por meio de experiências ao vivo, desde restaurantes a cruzeiros e passeios.


Sobre a Banijay
Banijay é a maior produtora e distribuidora internacional de conteúdo; lar de mais de 120 empresas de produção em 22 territórios, e um catálogo multi-gênero com mais de 100.000 horas de programação original.

Um coletivo de empreendedores criativos, o grupo representa algumas das maiores marcas globais incluindo Survivor, Big Brother, Peaky Blinders, Temptation Island, MasterChef, Wallander, The Kardashians, Mr Bean, The Wall, Hunted, Black Mirror, Extreme Makeover: Home Edition e Deal or No Deal entre outros. Imaginando e fornecendo IP multi-gênero de alta qualidade que nasceu localmente e viaja globalmente, a empresa oferece as melhores histórias contadas da melhor maneira.

Construída sobre independência, liberdade criativa, empreendedorismo e perspicácia comercial, a empresa, lançada em 2008, opera sob a direção do Diretor Geral, Marco Bassetti.


Sobre a Endemol Shine Brasil
Além de criar, produzir e desenvolver produções originais, a Endemol Shine Brasil traz para o país formatos internacionais, adaptando-os ao mercado local. A empresa também é especializada em licenciamento de marcas, projetos de Branded Content e digital, criando estratégias e conteúdos multiplataforma dinâmicos para marcas e canais. 

A Endemol Shine Brasil, uma divisão da Endemol Shine North America, faz parte da potência global Banijay, a maior produtora e distribuidora de conteúdo internacional do mundo, presente em 22 territórios com mais de 120 empresas de produção, além de apresentar um vasto catálogo com diversos gêneros e inventário com mais de 100 mil horas de conteúdos originais de excelência.

A empresa cria conteúdo para todas as plataformas e tem em seu catálogo sucessos mundiais, incluindo títulos variados de ficção e não ficção como "MasterChef"', "The Masked Singer", "The Bridge", "Queen Stars Brasil", "Big Brother", "Canta Comigo", "Casamento às Cegas", "Survivor", "The Kardashians", "Wife Swap", 'Extreme Makeover", "Peaky Blinders", "Versailles" e "Mr. Bean".


quarta-feira, 8 de setembro de 2021

.: "American Crime Story: Impeachment" na raiz do assédio sexual de Clinton


Por: Mary Ellen Farias dos Santos 

Em setembro de 2021


A terceira temporada de ACS, "American Crime Story: Impeachment ", apresenta o maior escândalo dos anos 90. Para tanto, volta em 1998. Tal qual um grande e envolvente drama, "Exiles" começa com chuva escorrendo na janela e lágrimas da personagem que está no olho do furacão: Monica Lewinsky (Beanie Feldstein, de "What We Do In The Shadows"). 

Simpática e atlética, enquanto a jovem sai da malhação, Ryan Murphy consegue inserir uma música do fim dos anos 90: Ace of Base, "Beautiful Life". Com a adrenalina dos exercícios físicos, Monica atende o chamado de um bip e é Linda Tripp (Sarah Paulson). Como é bom reconhecer a voz da dona de um talento gigante para versatilidade! 

E é num encontro perturbado que a trama ganha ritmo de suspense policial com tensão pura em um corredor de hotel. Mas o que levou todos para aquele momento? Uma volta ao passado em mais cinco anos. Em 1993, outros personagens surgem com sua histórias, inclusive uma grave denúncia de assédio sexual cometido pelo presidente dos Estados Unidos. Com o caso de Paula Jones (Annaleigh Ashford) nas mãos, um advogado leva o fato a conhecimento público. Que nervoso a coletiva!


Nessa volta do tempo, fica claro o quanto Linda não é florzinha que se cheire. Assim, a astúcia em pessoa avança a ponto de ganhar, inclusive, uma sala própria -apesar dos pesares- enquanto descobre a ponta do iceberg da história que pauta a série. Para tanto, Linda inicia amizade com a jovem Monica. Enquanto Beanie consegue imprimir a inocência de uma adolescente que solta seus segredos a desconhecidos, com direito a voz de mocinha, Sarah traz a firmeza no falar.


A verdade é que Sarah Paulson, mesmo debaixo de uma aparência irreconhecível e com todo o jeitão de tiazona, fazendo caretas, ainda consegue dar um show de interpretação na pele de Linda. Seja no postural e até no modo de andar totalmente diferente do que ela apresentou em temporadas anteriores de "American Crime Story", por exemplo. Em tempo, é uma atriz completíssima. Impecável! 


E o final do episódio de estreia?! Tem ligação do próprio Bill Clinton (Clive Owen, de "Sin City", ator que também está irreconhecível) querendo saber como foi o primeiro dia da estagiária. Tomo a liberdade de responder, que esse foi incrível. A terceira temporada de "ACS" está aprovada. Que venha o próximo o episódio, por favor!!



Seriado: American Crime Story: Impeachment
Temporada: 3
Episódio 1: "Exiles"
Exibido em: 7 de setembro de 2021, EUA.
Elenco: Sarah Paulson (Linda Tripp), Beanie Feldstein (Monica Lewinsky), Annaleigh Ashford (Paula Jones), Margo Martindale (Lucianne Goldberg), Edie Falco (Hillary Clinton), Clive Owen (Bill Clinton), Billy Eichner (Matt Drudge), Elizabeth Reaser, Judith Light (Susan Carpenter-McMillan), Anthony Green (Al Gore), Cobie Smulders (Ann Coulter), Colin Hanks, Taran Killam (Steve Jones), Mira Sorvino (Marcia Lewis), Kathleen Turner (Susan Webber Wright), Dan Bakkedahl (Kenneth Starr), Joseph Mazzello (Paul Begala), Blair Underwood (Vernon Jordan), Kevin Pollak (Bernie Nussbaum), Patrick Fischler (Sidney Blumenthal)

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do www.photonovelas.com.br. Twitter:@maryellenfsm





.: "Conatus": Eduardo Ramos parte em viagem para curar a depressão

À beira do suicídio, autor enfrenta a doença com autoconhecimento e filosofia 


“A viagem fora programada há seis meses e nela havia uma convicção: ou voltaria um novo homem, ou não voltaria ninguém". Em Conatus e as conotações do deserto que há em mim, da Editora Autografia, o escritor Eduardo Ramos conta de forma corajosa sua luta para vencer a depressão. A obra de estreia do brasiliense traz um momento crucial vivido no deserto do Atacama quando o autor esteve a um passo de cometer suicídio e foi salvo por uma desconhecida. O fato desencadeia uma busca desenfreada para encontrar a mulher misteriosa.

Com uma narrativa envolvente, que mistura autobiografia e ficção, Eduardo Ramos coloca o leitor no cenário árido e enigmático do deserto, ao mesmo tempo em que discute os males da construção social que, muitas vezes, colabora com estatísticas negativas impactantes. De acordo com o relatório Suicide worldwide, da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2019, 700 mil pessoas tiraram a própria vida. Uma em cada 100 mortes no mundo ocorre por suicídio. É uma das principais causas de morte entre jovens de 15 a 29 anos.

Porém, é da filosofia do holandês Baruch Spinoza que o autor traz o conceito de "conatus" que, entre outras interpretações, significa a força empregada por qualquer ser para preservar e aprimorar a própria existência. É por meio do conatus e da ideia do Deus de Spinoza, que é a própria natureza, que o autor reflete sobre a possibilidade do ser humano se adaptar e conviver melhor com os obstáculos da vida.

Compartilhando experiências pessoais, Eduardo Ramos desmistifica a depressão e mostra que por trás de uma rotina comum, podem estar indivíduos doentes. "A pessoa com depressão também sorri. A depressão não é só estar triste. É estar em sofrimento", afirma.

Entender isso, conforme ele, colabora com o combate ao preconceito que ainda gira em torno da doença, ajuda familiares enlutados a não se culparem, além de servir de alerta para que as pessoas olhem para o outro com mais atenção.

Alguém como eu e você: A obra é dividida em duas partes. A primeira é essencialmente autobiográfica. Conta a trajetória de vida dele. “A ideia no livro era mostrar que mesmo pessoas bem-sucedidas, como eu, podem desenvolver, através de uma sociedade doente, uma lógica distorcida da sua própria realidade”, descreve o autor. A segunda parte é ficcional: por meio de uma misteriosa mulher, ele tem contato com diversos pensadores da história humana e com as ciências, onde foi apresentado ao Deus de Spinoza.

O autor faz uma crítica contundente ao sistema de recompensas que rege a vida das pessoas, falando inclusive do uso exacerbado das redes sociais e de como isso, por exemplo, pode levar à ansiedade, depressão e, em último caso, ao suicídio. “Estava vendo um show do David Gilmour, porque eu gosto muito do Pink Floyd, e as pessoas da plateia estavam com as mãos levantadas e assistindo ao mesmo show pela telinha do celular. Você tem a chance de estar ali, assistindo àquela apresentação incrível, e você fica limitado à telinha do seu celular, porque você precisa registrar, mostrar que estava lá. Isso é tão doentio, porque você deixa de aproveitar o momento ao vivo, sendo que, quando você estiver em casa, poderá assistir ao show novamente com amigos, desta vez sem a aura presencial”, reclama.

Para ele, essa necessidade de aceitação faz parte, cada vez mais, da vida em sociedade. “Eu falo muito disso: para uma sociedade formatada em recompensas, tem sempre uma “cenoura” na frente da boca, sabe? Então a gente fica ali à espera de uma retribuição, mesmo sendo migalha, para que haja o sentimento de pertencimento e aceitação. Isso é o suficiente para que se renuncie a todo e qualquer senso crítico. Satisfaz o ego quando se ganha o like do dia, por exemplo, mas se ninguém o der, você fica péssimo, porque fica frustrado”, pondera. 

Na parte final, o diálogo com a mulher misteriosa ajuda a racionalizar as coisas. Tanto que agora, o próprio autor consegue falar de maneira aberta sobre o seu sofrimento. “Ele é único, pessoal e intransferível. Então, por mais que você tenha empatia, você não vai conseguir sentir a dor que a pessoa está sentindo. Uma pessoa que tem depressão, não necessariamente está triste, ela está sofrendo”

No caso de Eduardo, o próprio livro foi um pouco remédio. “Escrever pra mim é um ato terapêutico, porque escrever é mais ou menos você colocar pra fora tudo isso”. Em um mundo onde a depressão chama cada vez mais atenção, é importante notar como cada um consegue lidar com as suas dores. Você pode comprar "Conatus e as conotações do deserto que há em mim", de Eduardo Ramos, aqui: 


Serviço

Livro: Conatus e as conotações do deserto que há em mim

Autor: Eduardo Ramos

Editora Autografia 

182 páginas 

Amazon: amzn.to/3tmwo36


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