sábado, 4 de setembro de 2021

.: La Class Excêntrico nas "Experiências Domincômicas" todos os domingos


Espetáculo de humor circense guiado pelos anfitriões Dani Rocha-Rosa e Marcelo Lujan entra em cartaz semanalmente na nova casa de entretenimento de São Paulo, localizada na Rua Augusta 


Um espetáculo com o melhor do humor circense no teatro: Experiência Domincômica, da companhia LaClass Excêntricos, chega aos palcos do Clube Barbixas de Comédia, recém-inaugurado espaço de entretenimento localizado na Rua Augusta 1.129, em São Paulo. A atração comandada pela dupla excêntrica Dani Rocha-Rosa e Marcelo Lujan ocupa a casa aos domingos, às 18h, a partir do dia 12 de setembro. 

“O espetáculo tem um estilo glamouroso, circense, kitsch, night, poético, cômico e amoroso. É uma proposta de vaudeville contemporâneo de palhaçaria que provoca uma revisitação do humor, com uma dinâmica requintada, envolvente e inteligente”, contam os anfitriões Dani Rocha-Rosa e Marcelo Lujan, dupla de cômicos que também compõe o elenco do Circo Zanni e Circo Amarillo. 

A proposta para o espetáculo é criar um espaço aconchegante e receptivo para a noite dominical do Clube Barbixas de Comédia, com atmosfera inspiradora e restauradora gerada por esse estilo de humor. Dani e Marcelo finalizam: “a proposta é clara: o sonho da alegria continua a cada dia. Um espetáculo acolhedor, que a plateia possa sentir-se entre amigos, em uma espécie de clube do riso, vivendo uma experiência domincômica que inspire a semana e, porque não dizer, que inspire o bom humor na vida?”


Sobre o Clube Barbixas de Comédia
Novo espaço de entretenimento em São Paulo, o Clube Barbixas de Comédia inaugura no dia 3 de setembro de 2.021. Localizada na Rua Augusta, 1.129, a casa é um espaço de humor com apresentações artísticas e conta com serviços de alimentação e bebidas. A fachada será semestralmente renovada para que novos coletivos/artistas mostrem diferentes olhares sobre o humor. Com capacidade para 280 pessoas, a casa tem uma curadoria cultural diversificada com apresentações de diferentes linguagens artísticas (improviso, stand-up, esquetes, palhaçaria, varietês e magia). O Clube Barbixas de Humor é uma sociedade entre os três Barbixas (Anderson Bizzocchi, Daniel Nascimento e Elidio Sanna) e o produtor Joca Paciello. 


Ficha técnica
Espetáculo:
 "Experiências Domincômicas" | Concepção e direção: LaClass Excêntricos | Elenco: Daniela Rocha-Rosa e Marcelo Lujan | Convidados especiais durante o mês de setembro


Serviço
Espetáculo: 
"Experiências Domincômicas" | A partir de 12 de setembro de 2021 | Domingos, às 18h | Classificação indicativa: 18 anos | Duração: 60 minutos | Clube Barbixas de Comédia - Rua Augusta, 1129 - Centro - São Paulo | Telefone: (11) 2892-8584 | Venda de Ingressos: sympla.com.br | Programação: www.clubebarbixas.com.br

.: Ator Luiz Damasceno comemora 80 anos com peça e exposição

Um dos mais importantes atores de teatro de sua geração, o gaúcho Luiz Damasceno comemora seus 80 anos com o espetáculo "Só Ópera" e a exposição "O Sopro", a partir do dia 10 de setembro. Ambos no formato virtual. Prêmio Shell de teatro, o artista é reconhecido por sua atuação nos palcos do Brasil e do mundo, e também pela formação de grandes atores do teatro brasileiro, como professor da Escola de Arte Dramática EAD/USP por mais de 25 anos. Fotos: Ronaldo Gutierrez

Aluno de Eugênio Kusnet e Gerd Bornheim, nos palcos atuou com diretores como Ademar Guerra, Maurice Vaneau, Gerald Thomas, Mauro Mendonça Filho, Sérgio Ferrara, Bete Coelho, Bob Wilson, William Pereira, Otávio Martins e Jô Soares. Resultado de pesquisa sobre humor radiofônico, que contou com a presença da diretora e pesquisadora Neyde Veneziano, a montagem tem texto e direção de Giovani Tozi

Novas mídias e redes sociais cada vez mais modernas evidenciam o conflito de gerações, no campo profissional. É o caso de dois radialistas que lutam, cada um à sua maneira, para salvar um tradicional programa de ópera. Inspirado pelo humor radiofônico, "Só Opera" revisa os clássicos do gênero, como "A Flauta Mágica" e "Carmen", e pela via da paródia, lança um outro olhar sobre o herói. 

Gravado com três câmeras no Teatro João Caetano, o espetáculo de 70 minutos de duração estreia dia 10 de setembro para temporada online de sexta a domingo até o próximo dia 19. A ação de passa nos dias atuais, no estúdio de uma emissora. Em cena os atores Luiz Damasceno e Giovani Tozi encarnam dois radialistas, apresentadores de um programa de rádio sobre ópera, respectivamente, o veterano e respeitado Luiz Pavarinni e o novato recém-formado Enzo Valentim.

Entre um e outro número musical, os personagens dramatizam, em diálogos fictícios, paródias de óperas, entre elas "Macbeth"  (de Verdi, baseada na peça homônima de Shakespeare), "A Flauta Mágica" (de Mozart), "Carmen" (de Georges Bizet, baseada na romance homônimo de Prosper Mérimée), "Romeu e Julieta" (de Charles Gounod, baseada na obra de Shakespeare) e "Arca de Noé" (de Benjamin Britten).  

"Só Opera" estreia em 2021 como uma das comemorações dos 80 anos de Luiz Damasceno. O ator e diretor, responsável por dezenas de atores através da EAD, onde foi professor por mais de 25 anos, tem uma longa parceria com Giovani Tozi. A dupla trabalhou junto pela primeira vez em 2009, em  “O Colecionador de Crepúsculos”, de Vladimir Capella, quando Giovani Tozi foi contemplado pelo Prêmio Coca-Cola ao interpretar o filho caipira de Damasceno. Eram contos de Câmara Cascudo e o elenco contava também com Selma Egrei.

“Na peça ele me provocava o tempo todo, entendi ali o que era jogo. Damasceno é uma pessoa muito importante na minha vida. Foi uma baita escola. Devo a ele muito da minha trajetória profissional no teatro”. De lá pra cá, somam-se vários trabalhos e projetos, incluindo a mostra de artes plásticas "Sopro", projeto de Tozi que compartilhará, pela primeira vez, um pouco das mais de 50 obras que Luiz Damasceno produziu durante toda sua trajetória. Sobre a montagem, pelo fato dos dois artistas terem feito vários trabalhos juntos, a direção é um processo desenvolvido a quatro mãos e com delicadeza. “Nossa dupla dá certo porque sou mais da encenação, enquanto Dama foca na direção de ator. A gente se complementa”, conta Tozi.

“É muito divertido fazer a peça, é brincadeira em cima de brincadeira”, diz Damasceno. Mesmo sendo comédia, a peça abriga uma camada densa na trama. Ao revelar a dificuldade do ser humano de mais idade com as novas mídias, a história mostra o personagem de Damasceno perdendo o controle, o domínio absoluto de uma situação vivenciada durante muitos anos. Luiz Damasceno, que recentemente dirigiu Tozi em Peixe Cabeça de Cobra e fez participação em Não se Mate, ambas no formato virtual. 

Damasceno acredita que o risco do online é cair no teatro filmado (“aí não dá para aguentar”). Sua expectativa para o novo espetáculo é que a edição consiga chegar na linguagem televisiva, com a possibilidade de cortes proveniente da diversidade de tomadas. “A esperança é levar a peça para o espaço de um teatro”. Quando não está no palco ao lado de Giovani, Damasceno atua como coach do parceiro, que sempre dá um jeito de convidar o amigo para entrar na equipe de suas produções.

 "Só Ópera" se apoia no rádio, para desenrolar uma história sobre progresso e inovação. Contudo, o veículo "rádio" figura como um elemento sintético, de todos os demais canais de comunicação, seja ele do terreno do entretenimento, como a televisão, seja no campo das artes, como o próprio teatro. Refletir sobre tecnologia em áreas essencialmente humanas, gera uma série de controvérsias, afinal, em que medida algo que depende da interlocução entre duas pessoas pode sofrer uma interferência positiva da máquina? 

Responder qualquer questão re lacionada a esse entrave pode ser precipitado, uma vez que a popularização e o acesso massivo do fenômeno digital tem raízes curtas. Só Opera propõe, portanto, que pensemos sobre esse movimento, e oferece a comédia, gênero mais popular dos palcos brasileiros, para que isso seja feito. 

Giovani Tozi assina o texto e a direção, consolidando seu quarto trabalho na condução de espetáculos de teatro e dança, criados para o ambiente on-line, durante a pandemia. Seu último trabalho teatral, Não Se Mate, monólogo protagonizado por Leonardo Miggiorin, foi apontado pela crítica como uma das mais importantes estreias da temporada, com destaque para a dramaturgia de Tozi, pelo Observatório do Teatro, no Uol.

Sobre o embate geracional de "Só Opera", o autor comenta: "Escrever um texto teatral sobre a influência que uma geração causa a outra é uma ótima oportunidade para pensar sobre um assunto cada vez mais evidente em nossos dias. Atualmente, tivemos a viralização do termo “cringe" nas redes sociais, ele foi criado por jovens da geração z (aqueles nascidos entre 1995 e 2010), para denominar atitudes ou opiniões que consideram vergonhosas dos millenials (nascidos entre as décadas de 1980 e 1990). Essa disputa sempre existiu, seja entre os de 60 com os de 70; ou o dos 80 contra o dos 90. É normal que tenhamos afeto pelos anos de nossas vidas que são relacionados ao período das descobertas. O que a contemporaneidade atualizou sobre essa questão é que não são mais as afetividades que dividem as opiniões, mas a rapidez com que as tecnologias avançam e as novas maneiras de se comunicar se estabelecem. O resultado pode ser uma incompatibilidade de diálogo, e um abismo cultural e social entre as gerações”.  

"Só Opera" é consequência de uma pesquisa sobre humor radiofônico iniciada em 2018 por Giovani Tozi. Tozi, que é doutorando e mestre em artes da cena pela Unicamp,  na ocasião, investigava os manuscritos de Dario Fo da década de 1950, quando o Nobel italiano apresentava um programa de rádio, em Milão. A partir deste estudo, Giovani entendeu ser a palavra a maior ferramenta a se explorada na encenação. Desse modo, outros elementos como cenário, figurino e luz foram concebidos como suporte à palavra e a peça valoriza os efeitos vocais, as variações de timbre e as modulações de voz dos atores. 

No programa Quiquiriqui, Fo parodiava histórias populares, dando voz aos oprimidos, que ele chamava de “poer nano”, ou seja, “pobre coitado”. Tozi selecionou alguns desses textos, especialmente os relacionados à opera, algumas muito famosas, outras mais desconhecidas. O trabalho contou com a presença luminosa da diretora e pesquisadora Neyde Veneziano, que esteve presente em todo o processo de dramaturgia. Veneziano, que foi orientadora de Tozi no mestrado, traduziu e adaptou as paródias de Dario Fo, ao lado do especialista em ópera, Sérgio Casoy.

O espetáculo Quiquiriqui estreou em 2019, com direção da própria Neyde Veneziano. O elenco era formado por Giovani Tozi e Luiz Damasceno, e por Eugênio La Salvia, que, além de atuar, era responsável por executar a trilha sonora ao vivo. Veneziano, que dedicou seu pós-doutorado a Dario Fo, percebeu que o que era feito em Quiquiriqui não era mais Dario Fo, e sim um desdobramento de uma das páginas de sua vasta obra. Diante dessa percepção, Tozi iniciou um processo de reescrita da obra, almejando a aplicação de sua pesquisa em direção teatral e sobre a autonomia dramatúrgica, descolando-se dos manuscritos de Fo. 


Temporada
Teatro Arthur Azevedo
Dias 10, 11 e 12 de setembro de 2021. Sexta e Sábado às 21h e Domingo às 19h.
Ingresso: gratuito (evento online).

Teatro João Caetano
Dias 17, 18 e 19 de setembro de 2021. Sexta e Sábado às 21h e Domingo às 19h.
Ingresso: gratuito (evento online).
Duração: 70 minutos. Classificação Indicativa: 12 anos.


Ficha técnica 
Espetáculo:
"Só Ópera" | Texto e direção: Giovani Tozi | Elenco: Luiz Damasceno e Giovani Tozi | Luz: André Lemes | Diretor de vídeo: Matheus Luz | Fotografia: Ronaldo Gutierrez | Edição: João Martinez | Produção: Bruno Tozi | Assessoria de imprensa: Maria Fernanda Teixeira e Macida Joachim - Arteplural | Administração: Carlos Gustavo Poggio | Contadora: Andressa Cherione | Realização: Tozi Produções Artísticas.



Exposição online "O Sopro" reúne parte dos 70  quadros produzidos na pandemia
Um dos mais importantes atores de teatro de sua geração, o gaúcho Luiz Damasceno comemora seus 80 anos revelando a segunda grande paixão de sua vida com a exposição "O Sopro", a partir de 24 de setembro, com visitação virtual pelo Espaço Cultural Bricabraque online, de graça.

Desde garoto o ator e diretor Luiz Damasceno gosta de pintar. Um dia chegou em casa e disse ‘olha me inscrevi na escolinha de arte’. O garoto desenvolto devia ter uns 9 anos, procurou a professora e falou que queria participar. “Olhei pelas janelas e vi todo mundo brincando, pensei ‘que mundo maravilhoso é esse’. E nunca parei de pintar. Sempre que tinha um tempo disponível eu pintava”.  

Gaúcho de Porto Alegre, quando chegou em São Paulo, em 1971, aos vinte e poucos anos precisou escolher entre pintar e fazer teatro. Ficou com o segundo. “Sem pintura eu sobrevivo, sem teatro não”. A escolha não freou sua produção e a pintura seguiu como hobby até que veio a pandemia e Damasceno produziu 70 quadros em acrílico sobre tela. “Foi enlouquecedor. Tem muito material. A mostra vai exibir alguns.”

Todas as obras estão na sua casa. Só na sala ele contou 29, pendurados ou no chão, encostados na parede. Outros tantos ficam no quarto da área de serviço. “Parei de comprar tela, ou páro de pintar ou terei de sair do apartamento, pensei. A mostra online servirá como um aperitivo, pois o sonho é levar 'O Sopro' para um espaço físico, onde os quadros possam ser comercializados. Se na exposição quiserem comprar será ótimo, não tenho mais lugar aqui em casa. Daqui a pouco não dá mais para abrir a porta.”

"O Sopro" ganhou este título, conferido pelo ator e diretor Giovani Tozi, responsável pela produção da exposição, pela própria técnica desenvolvida pelo artista. Pincel em punho, Luiz Damasceno começa o processo por manchar a tela, aleatoriamente, com tinta acrílica bem aguada. A partir do que a imagem lhe sugere, ele segue sua inspiração. “Não gosto de formas realistas, proporcionais, prefiro figuras fantásticas”.

Alegres em sua maioria, devido à escolha das cores, os quadros exibidos nesta mostra online seguem o recorte temático As Mulheres. Alguns trazem figuras de animais (“pequenos ou não, eles estão lá”) e tem também o tema circo (“eu achava mágico ir ao circo”). "A Mulher de Luva Laranja", "A Velha Senhora", "O Caminho de Casa", "Passeio no Parque Público", "Que horas são?", "Retrato de Josephine Baker", "A Lagarta", "Folhetim" e "Ensaio Geral" são algumas das obras.


Serviço
Exposição:
"O Sopro"
Estreia: 24 de setembro de 2021 | sexta, 20h
Espaço Cultural Bricabraque online
Acesso: www.youtube.com/giovanitozi
Grátis | * após o lançamento o conteúdo ficará liberado para a visitação


Ficha técnica
Exposição:
 "O Sopro" |  Obras: Luiz Damasceno | Direção e concepção geral: Giovani Tozi | Performance: Louise Helène | Direção de audiovisual: Matheus Luz | Trilha sonora: Invisible - NTO | Produção: Bruno Tozi | Administração: Carlos Gustavo Poggio | Idealização: Giovani Tozi | Assessoria de Imprensa: Maria Fernanda Teixeira - Arte Plural


.: Online: debate com o escritor François Dosse e a história intelectual da França


A trajetória da intelligentsia francesa na segunda metade do século XX, face aos acontecimentos do pós-Segunda Guerra Mundial aos eventos de 1989, permeiam o universo de "A Saga dos Intelectuais Franceses 1944-1989", cujo lançamento acontece no dia 14 de setembro, terça-feira, às 16h, com transmissão online pelo Zoom. Organizado pela Estação Liberdade, editora do livro, e Aliança Francesa de São Paulo, o evento é gratuito e tem a participação do autor François Dosse, Renato Janine Ribeiro (professor de filosofia) e Angel Bojadsen (Diretor editorial da Estação Liberdade).

A Aliança Francesa de São Paulo e a editora Estação Liberdade promovem debate com o escritor François Dosse e a história intelectual da França. Na obra "A Saga dos Intelectuais Franceses 1944-1989", o pesquisador documenta quarenta e cinco anos de batalhas lideradas pelos intelectuais franceses, da Libertação à abertura do Muro de Berlim.

A trajetória da intelligentsia francesa na segunda metade do século XX, face aos acontecimentos do pós-Segunda Guerra Mundial aos eventos de 1989, permeiam o universo de A Saga Dos Intelectuais Franceses 1944-1989, cujo lançamento acontece no dia 14 de setembro, terça-feira, às 16h, com transmissão online pelo Zoom. Organizado pela Estação Liberdade, editora do livro, e Aliança Francesa de São Paulo, o evento é gratuito e tem a participação do autor François Dosse, Renato Janine Ribeiro (Professor de filosofia) e Angel Bojadsen (Diretor editorial da Estação Liberdade).

A publicação aborda a evolução das ideias que dominaram cada momento da história intelectual da França e, em grande parte, da Europa e do mundo. O panorama vai da Libertação e do fim da Segunda Guerra Mundial ao bicentenário da Revolução Francesa à queda do muro de Berlim.

O primeiro volume, "A Prova da História (1944-1968)", abarca os anos de Albert Camus, Jean-Paul Sartre e Simone de Beauvoir e as suas controvérsias, as relações contrastantes com o comunismo, o choque de 1956, as revoluções chinesa e cubana, a Guerra da Argélia, a consolidação do terceiro-mundismo, a irrupção do momento gaulliano e a sua contestação: é um período dominado pelo teste da história, a influência do movimento comunista e a progressiva desilusão subsequente. 

Já o segundo volume, "1968-1989", vai das utopias esquerdistas e do combate contra o totalitarismo, à “nova filosofia”, ao advento de uma consciência emancipadora e ecológica e à desorientação da década de 1980: um tempo marcado pela crise do futuro e que vê se instalar a hegemonia das ciências humanas.A saga ainda engloba um dos períodos mais efervescentes e criativos do establischment intelectual francês, de Sartre a Lévi-Strauss e Michel Foucault e de Jacques Lacan a Roland Barthes e Jacques Derrida.

Em sua carreira, François Dosse se dedica principalmente aos estudos na área de história intelectual, com ênfase em historiografia e estruturalismo. Destaca-se em sua obra a produção de uma série de biografias de grandes filósofos e historiadores franceses, como Paul Ricœur, Gilles Deleuze e diversos outros. "História do Estruturalismo em Dois Volumes (1991 e 1992)" marcou época. É um dos fundadores da revista EspacesTemps. "A Saga dos Intelectuais Franceses 1944-1989" rendeu-lhe em 2019 o Prêmio Eugène-Colas, concedido pela Academia Francesa.

O evento é apresentado pela Ticket, uma marca Edenred e tem realização da editora Estação Liberdade, Aliança Francesa de São Paulo, Pro-Mac, São Paulo Capital da Cultura e Prefeitura Municipal de São Paulo.


Serviço
Debate: 
"A Saga dos Intelectuais Franceses 1944-1989"
Data:
14 de setembro, terça-feira, às 16h (online)
Inscrições gratuitas pelo site: https://www.sympla.com.br/teatroaliancafrancesa/
Tradução: FR/BR e Libras disponível.


.: Maria Bopp em nova temporada do podcast "Só Acho Engraçado Que"


Semanalmente, o podcast aborda temáticas atuais da sociedade com um humor rápido e descontraído e, nessa temporada, em uma instigante viagem ao tempo.

Bafafás do Twitter? Nudes dos famosos? CPI da Covid? Alta da gasolina? Memes da semana? Tudo isso estará de volta na nova temporada do "Só Acho Engraçado Que" , podcast original da Deezer. Apresentado por Maria Bopp, famosa pela personagem "Blogueirinha do Fim do Mundo" que viralizou em seu Instagram, o podcast já é sucesso desde sua estreia, em setembro de 2020, e voltou para a terceira temporada.

Os comentários sobre as notícias jornalísticas mais atuais do momento e ambientadas como áudios de WhatsApp continuam, mas desta vez o programa também terá viagens no tempo: tanto para o passado quanto para o futuro. Será que teremos outra pandemia? Como vai ser a vida quando tudo voltar ao "normal"? Quem irá ganhar as eleições de 2022? Como foram mesmo as "Diretas Já"? E quem era a estrela daquela novela de sucesso de 1995? Será que conseguiremos encontrar alguns indícios do futuro em nosso próprio passado?

"Vai ser divertido manter nossa linguagem de falar sobre assuntos da semana, mas com uma perspectiva temporal diferente. 'Presenciar' momentos históricos, brincar de prever o futuro. Eu tô animada!", conta Maria Bopp. "Só Acho Engraçado Que", tem roteiro de Afonso Cappellaro, ex-redator do Greg News, e produção da Trovão Mídia. Serão 20 episódios inéditos de aproximadamente 10 minutos para você ouvir sempre que tiver uma brechinha na sua rotina, seja lavando a louça, cozinhando ou até mesmo durante o exercício físico.

"Mais do que nunca, o humor tem sido necessário para o nosso dia a dia. E como estamos todos cansados do excesso de telas, nada mais agradável do que dar risada ouvindo um podcast, o formato de conteúdo perfeito para as nossas vidas contemporâneas. Ainda mais se for para rir das notícias e dos memes da semana, que são sempre as referências mais frescas da vez. Por isso acreditamos que esse programa é um acerto", conta Laura Capanema, Gerente de Podcasts e Audiobooks da Deezer Brasil.

Então já deixa marcado aí na sua agenda: o podcast terá um episódio novo liberado toda quinta-feira. Com um roteiro afiado e um humor de qualidade, a nova temporada de "Só acho engraçado que" é uma ótima pedida para se distrair da rotina.


sexta-feira, 3 de setembro de 2021

.: Crítica musical: Marisa Monte revive sonoridade dos anos 90


Por
 Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico musical.

Depois de um curto período de hiato, Marisa Monte traz um novo trabalho com novas composições autoriais. O CD intitulado "Portas" mostra uma sonoridade que remonta aos seus trabalhos iniciais e confirma a sua competência como intérprete.

Esse trabalho era para ter sido iniciado em maio de 2020. Os planos foram alterados em função da pandemia do Covid-19. Somente em novembro, seguindo todos os protocolos de segurança e com uma equipe reduzida, ela conseguiu entrar em estúdio para gravar as bases das canções.

Contando com a co-produção do amigo e experiente Arto Lindsay, que trouxe a sua banda, Marisa arriscou inicialmente gravar duas músicas, "Calma" e "Portas", com os músicos a distância, via aplicativo zoom. A coisa deu tão certo que acabaram repetindo a experiência em outras faixas.

Ela seguiu então alternando gravações presenciais no Rio, (mais bases, complementos e os arranjos do experiente maestro Arthur Verocai e do trombonista Antonio Neves) e as gravações remotas em Lisboa (com arranjos do Marcelo Camelo).

Para Marisa, gravar o CD "Portas" acabou sendo um grande desafio, reinventando métodos de produção e abrindo novos caminhos em um momento tão duro e de tantas incertezas. O álbum ficou pronto entre fevereiro e março.

Destaco as canções "Calma", "Portas" e "A Língua dos Animais" como pontos positivos desse novo trabalho, além da sentimental Totalmente Seu, que tem aquele tipo de sonoridade suave que você se acostumou a ouvir nos discos de Marisa. Sua capacidade de interpretação segue intacta. E ela ainda se interessa em produzir material autoral e em parceria com outros músicos como Arnaldo Antunes e Dadi Carvalho. Só por isso já valeria a pena conferir esse seu trabalho.  Ouvir a sua voz suave e afinada acaba sendo um santo remédio contra o tédio nesses tempos de distanciamento social.

"Portas"

"Calma"

"A Língua dos Animais"

.: Tudo o que você precisa saber sobre “Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis”

Está em cartaz o primeiro herói asiático do MCU. O longa é estrelado por Simu Liu, com direção de Destin Daniel Cretton


Desde quinta-feira (2), nos cinemas "Shang-Chi e A Lenda dos Dez Anéis", a nova produção da Marvel Studios conta a história de Shang-Chi, um jovem chinês criado por seu pai em reclusão, sendo treinado em artes marciais. Quando ele tem a chance de entrar em contato com o resto do mundo, logo percebe que seu pai não é o humanitário que dizia ser, vendo-se obrigado a se rebelar.

Para entrar no clima de estreia, confira abaixo alguns pontos da história do novo herói da Marvel para saber antes de assistir ao filme.



História do personagem: A primeira aparição de Shang-Chi aconteceu nos 1973 em um quadrinho da Marvel, na revista Special Marvel Edition #15. O personagem nos quadrinhos era filho do famoso guerreiro, feiticeiro e lorde do crime, Wenwu, e foi treinado desde pequeno para ser uma arma de combate.

Nada de poderes: Shang-Chi não possui poderes mágicos, apenas habilidades que foram aperfeiçoadas com anos de treinamento. Considerado um dos maiores lutadores de artes marciais da Terra, ele é familiarizado com muitos estilos de luta, especialmente os chineses, como Kung Fu - o que lhe rendeu, inclusive, o título de Mestre do Kung-Fu.

Os Dez Anéis: A lenda dos Dez Anéis diz respeito aos anéis criados por uma raça alienígena chamada de Makluans, que foram descobertos por Wenwu nos destroços de uma espaçonave. Em cada anel foi preso um guerreiro cósmico diferente e cada um dos artefatos confere com poderes únicos a quem os usa.

Elenco e direção: Shang-Chi é o primeiro herói asiático da Marvel e grande parte do elenco e da equipe de produção do filme são de ascendência asiática. Além de Simu Liu que dá vida a Shang-Chi, o filme também é estrelado por Tony Leung, Awkwafina, Michelle Yeoh, Fala Chen, Meng’er Zhang, Florian Munteanu e Ronny Chieng.

A produção é dirigida por Destin Daniel Cretton e produzido por Kevin Feige e Jonathan Schwartz, com Louis D'Esposito, Victoria Alonso e Charles Newirth como produtores executivos, e David Callaham, Destin Daniel Cretton e Andrew Lanham como roteiristas.

O que esperar do filme: Com aprovação de 91% no site Rotten Tomatoes, "Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis" tem recebido ótimas críticas nacionais e internacionais. Segundo a imprensa, um dos grandes destaque do filme são as cenas de ação, resultado de uma grande preparação do ator Simu Liu, que treinou ao menos oito tipos diferentes de artes marciais - como Kung Fu chinês tradicional, Wushu, Hong Chen, Muay Thai, Silat, Krav Maga e Jiu-Jitsu, além de boxe e lutas de rua - para se preparar para o personagem.

Além disso a química entre Katy (Awkwafina) e Shang-Chi também foi destacada junto com a atuação impecável de Tony Leung e do restante do elenco.


HEROÍSMO NO SANGUE: AS FAMÍLIAS MAIS MARCANTES DO UNIVERSO CINEMATOGRÁFICO DA MARVEL

Da família real de Wakanda à imaginária de Wandavision, relembre as famílias icônicas das produções da Marvel Studios, enquanto se prepara para conhecer uma nova em “Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis”, que estreia dia 02 de setembro nos cinemas

Nem só de missões para salvar o mundo vivem os super-heróis. Ter uma família para voltar depois de um grande desafio torna tudo mais fácil. E quando falamos em famílias dentro do Universo Cinematográfico da Marvel (MCU), logo pensamos em Loki, Thor e Odin; T’Challa e o rei T'Chaka; Homem de Ferro e a Morgan, não é mesmo? Entretanto, eles não são os únicos parentes que tem o heroísmo no sangue e que deixam o MCU ainda mais divertido e amoroso.

Em 02 de setembro, fãs e espectadores de todo o Brasil vão conhecer uma nova família que vai abalar as estruturas do MCU com a estreia de “Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis”. O filme traz Shang-Chi (Simu Liu), um jovem chinês criado por seu pai em reclusão e treinado em artes marciais. Quando ele tem a chance de entrar em contato com o resto do mundo, logo percebe que seu pai não é o humanitário que dizia ser, vendo-se obrigado a se rebelar.

Enquanto Shang-Chi e sua família não invadem as telonas, preparamos uma lista com as famílias mais marcantes da Marvel Studios:



THOR, LOKI, ODIN E FRIGGA

Em Thor (2011) fomos apresentados a Thor, Loki, Odin e Frigga, a família real de Asgard, no primeiro filme do Deus do Trovão. Logo de cara vemos a tensão entre Thor e Loki, já que o Deus da Mentira desejava ser o herdeiro do trono de Asgard, tomando o lugar de Thor. No filme também vemos a dinâmica e carinho de Frigga com seus dois filhos e como eles querem agradar a mãe e ao pai.



YELENA, MELINA E ALEXI

Recentemente o público viajou para o passado e conheceu a família de Natasha Romanoff. Em "Viúva Negra" – no Disney+ para todos os assinantes desde 25 de agosto – fãs do mundo inteiro conheceram Yelena Belova, a irmã de Natasha que assim como ela foi treinada ainda jovem pela Sala Vermelha para ser uma espiã. Já Melina Vostokoff, que também é espiã da Sala Vermelha assume o papel de mãe das duas meninas, Alexei Shostakov ou Guardião Vermelho completa a família como o pai e marido da Melina.


SCOTT E CASSIE LANG

Em o "Homem-Formiga" (2015), fãs do mundo inteiro foram apresentados a Scott e Cassie Lang! A dupla tem uma das relações de pai e filha mais bonitas do MCU E que foi crescendo ao longo dos filmes do herói. Em "Vingadores: Ultimato" (2019) vemos o emocionante reencontro dos dois após o estalo de Thanos que dizimou metade da população mundial.


T’CHALLA, RAMONDA, SHURI e T’CHAKA

Em Capitão América Guerra Civil (2016), vemos o amado rei T’Chaka morrer em uma armação de Zemo, deixando o trono de Wakanda para T’Challa. Agora, T’Challa, Ramonda e Shuri são a atual família real de Wakanda. Em "Pantera Negra" (2018), o novo rei de Wakanda tem o apoio incondicional de Ramonda, sua mãe, e de Shuri, sua irmã que é responsável pela criação do seu traje e por grande parte das inovações tecnológicas do país africano.


MORGAN E TONY STAR

Prepare os lencinhos! Em "Vingadores: Ultimato" (2019) conhecemos Morgan Stark, a filha de Tony Stark e Pepper Potts. Apesar da aparição rápida, foi possível perceber que a garotinha é esperta, tem pensamento rápido e é engraçada igual seu pai. Até hoje é impossível esquecermos da cena do “I love you 3000”.


THANOS, GAMORA E NEBULOSA

Essa é uma das famílias mais impactantes e surpreendentes do Universo Cinematográfico da Marvel. Thanos adotou Gamora quando criança após matar metade de seu planeta. O vilão também tem Nebulosa como filha adotiva, porém seu afeto é muito mais profundo por Gamora, o que causou um sentimento de inveja em Nebulosa durante toda a vida. Apesar de amar a filha, Thanos mata Gamora para conseguir a Joia da Alma em "Vingadores: Guerra Infinita" (2018). Já Nebulosa que era apegada à irmã, ‘trai’ o pai ao se juntar aos Vingadores para desfazer suas ações destruidoras.

WANDA E VISÃO

A Feiticeira Escarlate (Wanda Maximoff) e o Sintozóide (Visão) são vistos juntos desde Vingadores: Era de Ultron (2015), porém descobrimos que são um casal apenas em "Vingadores: Guerra Infinita" (2018), filme que – inclusive - marca a trágica morte de Visão pelas mãos de Thanos. Por amá-lo incondicionalmente, Wanda cria uma realidade paralela em Wandavision (2021), em que Visão está vivo e eles vivem uma vida perfeita de casal com dois filhos.

 

GAVIÃO ARQUEIRO E FAMÍLIA

Clint Barton (Gavião Arqueiro) sempre deixou claro o seu amor pela família, tanto que sua esposa e seus filhos vivem em um local longe da civilização e dos perigos que seu trabalho proporciona. Após o estalo do Thanos em "Vingadores: Guerra Infinita" (2018), toda a família de Clint é blipada, o que faz o herói ficar devastado e sair pelo mundo matando assassinos e pessoas fora da lei, até ser resgatado por sua melhor amiga Natasha Romanoff para participar da missão de recuperar as pessoas que se desintegraram, incluindo sua amada família.


PETER QUILL, YONDU E EGO

Peter Quill, também conhecido por Senhor das Estrelas, é um humano que desde criança foi criado na galáxia por Yondu Udonta – líder de um grupo de bandidos estelares denominados como Saqueadores. Peter passa a vida toda acreditando que seu verdadeiro pai era uma boa pessoa até descobrir em "Guardiões da Galáxia: Vol. 2" (2017) que seu pai é EGO – um planeta vivo egoísta (como diz o nome) que assume uma forma humana e tem o objetivo de dominar toda a galáxia. Apesar de Peter e Yondu não terem uma relação de pai e filho, Yondu se sacrifica para salvar a vida do Senhor das Estrelas.

SHANG-CHI E WENWU

E, para finalizar a lista, não podíamos deixar de dar um spoiler sobre "Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis", no qual seremos apresentados a Shang-Chi e a Wenwu. Na trama vemos Wenwu, pai de Shang-Chi e o temido líder da Organização dos Dez Anéis, que faz sua estreia oficial no MCU. No longa veremos Shang-Chi confrontando o passado que ele pensou ter deixado para trás quando é atraído de volta para a teia de ações controversas de seu pai.

.: Diário de uma boneca de plástico: 3 de setembro de 2021



Querido diário,

Assisti a animação "O Poderoso Chefinho 2: Negócios da Família", no conforto da sala de cinema da Cineflix que fica dentro do Shopping Miramar em Santos e, acredita que fiquei mexida? Pois é! A comédia infantil provoca diversas reflexões. Não é uma bobeirinha, não!

Primeiro que já aponta algo que tenho pensado há um certo tempo. O afastamento que, fatalmente, ocorre entre as relações. 

A produção que totaliza 1h 47m, começa com o bebê e o menininho do primeiro filme, adultos e tocando suas vidas totalmente distantes. Ainda que sejam irmãos.

Sim! "O Poderoso Chefinho 2: Negócios da Família" aborda o afastamento entre irmãos, na vida adulta, assim como a que ocorreentre pai e filha, quando a menina começa a crescer.

E não é que a Dreamworks deita e rola em referências, inclusive da concorrente, a Disney com o telefininho e o dinossauro de "Toy Story"? 

Ah! Amei ouvir, mesmo dublado, a fala do mago despertador, que é parecido com o Gandalf de "O Senhor dos Anéis", "You shall not pass", quando "morre" e depois ressuscita como o Branco, deixando de ser cinzento... 

Super recomendo!!

Beijinhos pink cintilantes e até amanhã,

Donatella Fisherburg

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Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link.


.: Expo CCBB Nise da Silveira: acessibilidade online e presencial


Realizada pela Inclusive Acessibilidade de forma amorosa, a “Experiência Sonora Descritiva” recria os ambientes da exposição no formato de dramaturgia, como uma radionovela, com dubladores de personagens famosos do cinema e das séries americanas.

Sucesso de crítica e público, a exposição "Nise da Silveira – A Revolução pelo Afeto", em  cartaz no CCBB Rio de Janeiro até  15 de novembro, ganha  projeto pioneiro em acessibilidade, intitulada “Experiência Sonora Descritiva” quando, de forma amorosa, recria o ambiente da exposição no formato de dramaturgia, como uma radionovela.

Um elemento diferenciado e inédito dos programas de audiodescrição, com equipe coordenada pela Inclusive Acessibilidade, de Georgea Rodrigues, jornalista e dubladora, especialista em projetos acessíveis. Nesta prorrogação, a mostra também ganha o mundo com a possibilidade de ser vista em 360º, através do site do CCBB (abaixo). A “Experiência Sonora Descritiva também pelo link: www.nisenoccbb.com.br/audiodescricao

Com quase uma hora, a experiência de áudio nas três salas (e no corredor) de "Nise da Silveira – A Revolução pelo Afeto", foi idealizada para pessoas com deficiência visual, mas também uma experiência para todos os visitantes. O processo foi desenvolvido coletivamente por toda e equipe de acessibilidade e composta também por atores e dubladores que reconstituem imagens do universo particular da Dra. Nise, como seu pai, seu marido, a própria Dra., a faxineira do atelier, o fotógrafo, dentre outras pessoas que se transformaram em personagens reais da “Experiência Sonora Descritiva”. Abaixo, sinopse das salas, serviço, bem como ficha técnica com a equipe da “Experiência”.

Sob a orientação da portuguesa Josélia Neves, professora, doutora em Estudos de Tradução pela Roehampton University (Reino Unido) e Universidade de Aveiro (Portugal), e professora e pró-reitora na Hamad bin Khalifa University, no Catar, a mostra também conta com a roteirista Georgea Rodrigues e Letícia Schwartz, o desenho de som da editora de cinema Maria Muricy, da ABC e dois usuários do recurso de audiodescrição e consultores com deficiência visual: Rafael Bráz, que também é psicólogo e, Cida Leite, consultora em acessibilidade. Vozes de atores dubladores reconhecidos por personagens famosos do cinema e de séries, como "Capitão América", "Tocha Humana", "Grey’s Anatomy", "Billie Holliday","O Rei Leão", entre outros, fazem parte dessa equipe. Abaixo, ficha técnica, bem como a referência dos seus personagens, na mostra e no audiovisual.

“Trabalhar com uma equipe em que o rigor, a criatividade, a responsabilidade e a dedicação são totais, é a maior realização pessoal que se pode ter. Neste projeto aprendi, mais uma vez, como é produtiva a força do trabalho colaborativo. E como é único qualquer trabalho feito com amor”, reflete Josélia Neves 

A abordagem amorosa da psiquiatra Nise da Silveira ultrapassou os muros do hospital e ganhou o mundo. Com cerca de 90 obras surpreendentes de artistas do Museu de Imagens do Inconsciente estão dispostas em três salas do CCBB, ao lado de peças de Lygia Clark, Abraham Palatinik e Zé Carlos Garcia, retratos de Alice Brill, Rogério Reis e Rafael Bqueer, vídeos de Leon Hirzsman e Tiago Sant’Ana, reproduções de desenhos de Carl Gustav Jung, aquarelas, fotos e uma instalação de Carlos Vergara. A curadoria de Nise da Silveira – A revolução pelo afeto é do Estúdio M’Baraká, com consultoria do psiquiatra Vitor Pordeus e do museólogo Eurípedes Júnior. 

“Quando recebemos a proposta de acessibilizar a exposição 'Nise da Silveira – A Revolução pelo Afeto' para as pessoas com deficiência visual, imaginei que não poderia ser nada igual ao que vínhamos fazendo. Teria que ser algo inovador, diferente, 'transgressor' como a própria obra da Dra. Nise da Silveira sugere. E assim, convidei Joselia Neves, doutora em Audiodescrição e pessoa do mundo, para nos levar para algo novo. Ela nos perguntou: Tens coragem? E eu respondi: tenho medo mas sou cheia de coragem! No entanto, nosso desejo era realizar o trabalho além da Audiodescrição, um serviço que contemplasse também videntes. Que fosse de fato uma 'Experiência Sonora Descritiva', que fosse de fato inclusivo. E para todos!”, declara emocionada Georgea Rodrigues

Sinopse das salas e corredor:

Sala 1 - A sala 1 sugere o desejo da observadora de entrar nela e a angústia que pressente nesse ambiente. Aos poucos, a tensão cede lugar à beleza e à profundidade das obras dos clientes da Drª Nise da Silveira, e a observadora se deixa afetar por aquilo que vê.

Corredor - É através do olhar dos fotógrafos - todos eles personagens fictícios - que percorremos uma galeria de fotos e mergulhamos na trajetória pessoal e profissional de Nise. 

Sala 2 - O ateliê transmite uma sensação imediata e profunda de acolhimento. Os objetos parecem ter vida: os panos sobre as molduras, os bustos, o cavalete... Essa sensação impulsionou a criação de uma personagem capaz de protagonizar tanto afeto: uma funcionária, responsável pela limpeza e organização do local, alguém com quem Nise mantivesse um forte vínculo e que transbordasse a intimidade com esse espaço de trabalho e criação.

Sala 3 - Propusemos aqui um encontro com a loucura que habita em cada um de nós. A complexidade desta sala revela-se na figura do “louco”, responsável pela metamorfose da observadora. A fuga ao estereótipo, tão avesso à todas as lutas encampadas pela Drª Nise, nos conduz à carta do Tarô. O Louco - ou Louque, nessa identidade ambígua conferida pelas distorções na voz - nos acompanha na observação do poço, das mandalas, do descamar-se em pétalas e do renascer em pleno Carnaval.


Ficha técnica
Exposição "Nise da Silveira - A Revolução pelo Afeto"
Essa experiência sonora é uma criação coletiva, produzida a partir de obras e textos que compõem a exposição Nise da Silveira, com a participação de:
Orientação: Josélia Neves | Roteiro: Georgea Rodrigues e Letícia Schwartz | Consultoria de acessibilidade: Cida Leite e Rafael Braz | Captação de Imagens: Bernardo Dutra | Consultoria de tarô: Pedro Poncioni | Vozes (por ordem alfabética): Alexandre Maguolo (Personagens: Luis Carlos Mello e Pai de Nise), Carla Pompilio  (Personagem: Louque), Clecio Souto (Personagens: Lima Barreto e Fotógrafo da Faculdade), Daniel Mackline (Personagens: Policial e Médico do Eletrochoque), Flávio Bach (Personagem: Intérprete do Samba), Georgea Rodrigues (Personagem: Observadora), Letícia Schwartz (Personagens: Narradora Prelúdio e Textos de Parede), Mckeidy Lisita (Personagens: Mario Pedrosa e Carlos Pertuis), Monica Rossi (Personagem: Nise da Silveira), Rodrigo Teixeira (Personagem: Marido da Nise), Paula Muricy (Personagem: Fotógrafa) e Sarito Rodrigues (Personagem: Faxineira do Ateliê) | Captação de áudio: Beatriz Rodrigues e Herbert Faria | Direção de vozes: Georgea Rodrigues e Leticia Schwartz | Design de som: Maria Muricy | Coordenação de produção: Georgea Rodrigues | Realização: Inclusive Acessibilidade


Serviço:
Exposição "Nise da Silveira - A Revolução pelo Afeto" | CCBB Rio de Janeiro | Acessibilidade para pessoas com deficiência visual: “Experiência Sonora Descritiva” | Tempo: 41`08`` | “Experiência Sonora Descritiva” Online pelo endereço: www.nisenoccbb.com.br/audiodescricao | Presencial pelo endereço: https://ccbb.com.br/rio-de-janeiro/programacao/nise-da-silveira-a-revolucao-pelo-afeto/ 

.: Entrevista: Camila Queiroz festeja a volta de Angel em "Verdades Secretas"


Na história que arrebatou o público e conquistou o Emmy 2016 de Melhor Novela, Camila vive com muita desenvoltura a jovem tímida e romântica que se envolve com o submundo do glamour e da moda. Foto: Globo/Zé Paulo Cardeal

Interpretar Angel em "Verdades Secretas" mudou a vida de Camila Queiroz tamanho o sucesso da obra e sua personagem. A partir de hoje, quando a trama de Walcyr Carrasco começa a ser reexibida na TV Globo, a atriz reviverá esse momento e, pela primeira vez desde 2015, irá rever seu trabalho de estreia. "Eu sempre fui muito autocrítica, mas tenho tentado cada vez mais ter empatia e compaixão por mim mesma e entender que eu fiz o melhor que podia ser feito naquele momento", revela.

Na história que arrebatou o público e conquistou o Emmy 2016 de Melhor Novela, Camila vive com muita desenvoltura a jovem tímida e romântica que se envolve com o submundo do glamour e da moda. Oportunidade que agarrou com unhas e dentes e trouxe muitas conquistas em sua trajetória profissional. "A Angel é uma personagem muito desafiadora. Ela tem muitas nuances e camadas. Eu acredito que todo ator sonhe com personagens complexos, que exijam mais de nós. Eu amo desafios, eles tornam o trabalho mais estimulante para mim", explica.

O trabalho de estreia trouxe também a oportunidade de contracenar com atores consagrados, como Marieta Severo, Drica Moraes, Ana Lucia Torre e Rodrigo Lombardi. Camila conta que estava sempre atenta a todos os ensinamentos e situações em que poderia se desenvolver cada vez mais. "Eu me lembro de tudo, de cada detalhe do período de preparação e gravação. Por ter sido o meu primeiro trabalho como atriz, quis absorver tudo e curtir muito cada momento que vivi. Eu tive a sorte e o privilégio de tê-los ao meu lado. Foram meu apoio, escola. Aprendi tanto. Tenho muita gratidão por cada um e por tudo o que me ensinaram", revela. Em entrevista, Camila relembra mais sobre o trabalho na trama, os bastidores, e a repercussão com o público.


Como você descreveria a Arlete (Angel) e como foi o processo de construção dela?
Camila Queiroz -
No começo da história temos uma menina de 16 anos que vive no interior de São Paulo com os pais e sonha em ser modelo. Arlete chega em São Paulo em busca dos seus sonhos depois de uma dura separação dos pais e percebe que as coisas não são tão simples assim, as pessoas são bem mais cruéis do que poderia supor. Acho que a partir daí ela descobre um novo mundo e passa a ter de fazer escolhas, mas escolhas sempre geram consequências. Paralelamente, vemos a personagem amadurecendo e se descobrindo também como mulher e sobre sua própria sexualidade.


Qual a principal lembrança que você tem do período de gravação da trama?
Camila Queiroz - 
Eu me lembro de tudo, de cada detalhe. Por ter sido o meu primeiro trabalho como atriz, quis absorver tudo e curtir muito cada momento que vivi. Uma coisa que era dominante nos nossos bastidores era a intimidade e união do elenco. Construímos uma relação muito boa e isso fazia com que os nossos bastidores fossem leves e cheio de amor.


Qual foi o principal desafio desse trabalho?
Camila Queiroz - 
Todo o trabalho. Do início ao fim. A Angel é uma personagem desafiadora. Ela tem muitas nuances e camadas. Eu acredito que todo ator sonhe com personagens complexos, que exijam mais de nós. Eu amo desafios, eles tornam o trabalho mais estimulante para mim.


O que mais aprendeu do ofício ao interpretar a primeira vez uma personagem com tanto peso?
Camila Queiroz - 
Aprendi a respeitá-lo mais do que nunca. Aprendi muito sobre mim também. Minha auto concentração. Sempre fui amante das telenovelas e sempre tive paixão por esse trabalho.


O público a abordava muito nas ruas por conta da trama quando ela foi exibida originalmente?
Camila Queiroz - 
Muito. Muito mesmo. E eu ao mesmo tempo que amava toda essa reação e carinho com o meu trabalho, me assustava, porque nunca imaginei que um dia isso pudesse acontecer e que de repente tantas pessoas fossem se interessar em saber sobre mim ou meu trabalho. Mas isso só mostra o quanto o público recebeu bem a história e a personagem e eu tenho muita gratidão por isso.

 
"Verdades Secretas" fez muito sucesso em 2015. A que você atribui o êxito da história, e como acha que será a recepção do público agora?
Camila Queiroz - Acho que "Verdades" foi inovadora. Tudo era muito encaixado e afinado. Texto, direção, fotografia. Sua ousadia. Trouxemos questões para serem discutidas pela sociedade. Falamos sobre a hipocrisia, falta de ética.... Colocamos o dedo em algumas feridas que provocaram discussões e ainda provocam. E essa é uma das funções da arte: gerar debates, opiniões, críticas, discussões, enfim, trazer os mais diferentes temas. Seis anos depois parece tão pouco, mas sinto que evoluímos muito de lá pra cá. Talvez algumas coisas não sejam mais aceitas ou vistas da mesma maneira que foram, que bom. Serão novos pontos de vistas da história e eu estou doida pra acompanhar tudo isso.


Você pretende assistir novamente à trama? É muita autocrítica ao rever um trabalho antigo?

Camila Queiroz - Pretendo sim, eu sou apaixonada por esse projeto e será a primeira vez que verei depois de 2015. Dessa vez pretendo conseguir assistir tudo. Eu sempre fui muito autocrítica, mas tenho tentado cada vez mais ter empatia e compaixão por mim mesma e entender que eu fiz o melhor que podia ser feito naquele momento.


Os bastidores dos desfiles e da agência eram agitados e cheios de intrigas. E como eram os bastidores de gravação? O que lembra com mais carinho? 
Camila Queiroz - Eram mesmo (risos). Todos nós éramos muito unidos e todos queríamos que o projeto fosse um sucesso, então cada um deu o seu melhor e vibrávamos juntos o sucesso e a aceitação do público. Um fato curioso é que o primeiro desfile da Angel levou cinco dias para ser gravado no total. Entre bastidores e passarela. Em três locações diferentes. Um show mesmo!


Como era para você contracenar com veteranos em seu primeiro papel?
Camila Queiroz - 
Eu tive a sorte e o privilégio de tê-los ao meu lado. Me estenderam a mão. Foram meu apoio, escola. Aprendi tanto. Tenho muita gratidão por cada um e por tudo o que me ensinaram.


.: Entrevista: Tato Gabus Mendes fala sobre a alegria de rever "Ti Ti Ti"


Em entrevista, o ator comenta sua experiência na trama do "Vale a Pena Ver de Novo". Foto: TV Globo / Blenda Gomes.

É com muita alegria que Tato Gabus Mendes está revendo "Ti Ti Ti" no "Vale a Pena Ver de Novo".  Não apenas por ser um trabalho em que se divertiu muito dentro e fora de cena, mas também por se tratar de uma novela que homenageia algumas obras de seu pai, o saudoso Cassiano Gabus Mendes: "Ti Ti Ti" (1985), "Plumas e Paetês" (1980) e "Locomotivas" (1977). "Qualquer referência ao trabalho do meu pai na teledramaturgia é sempre muito bem-vinda para relembrar quem ele foi e o que realizou. É muito importante para mim que as obras dele sejam lembradas sempre", revela Tato.

Na trama escrita por Maria Adelaide Amaral, Tato interpreta Breno, um homem de caráter duvidoso que tem uma relação tumultuada com a ex-mulher Jaqueline (Claudia Raia) e inventa uma doença grave para conquistar Rebeca (Christiane Torloni). No capítulo que vai ao ar nesta sexta-feira, porém, o feitiço vai virar contra o feiticeiro e ele descobre que está doente de verdade. "Vejo o Breno como um homem oportunista, com poucos escrúpulos, mas não acho que ele seja um mau-caráter", defende o intérprete.

Exibida no "Vale a Pena Ver de Novo", "Ti Ti Ti" é escrita por Maria Adelaide Amaral, com direção de núcleo de Jorge Fernando e direção de Marcelo Zambelli, Maria de Médicis e Ary Coslov. Em entrevista, Tato relembra o trabalho na novela, os bastidores, a repercussão com o público e comenta sobre a importância de o trabalho do pai ser lembrado. 


Como está sendo a experiência de rever "Ti Ti Ti"?
Tato Gabus Mendes -
Estou muito contente de rever a novela, o "Vale a Pena Ver de Novo" é exibido em um horário bom para mim, eu sempre consigo assistir. Foi um trabalho muito divertido. Gosto demais de fazer humor, me sinto muito confortável fazendo comédia, então está sendo delicioso relembrar.


Para você qual a importância de o trabalho do seu pai continuar sendo lembrado?
Tato Gabus Mendes - Qualquer referência ao trabalho do meu pai na teledramaturgia é sempre muito bem-vinda para lembrar quem ele foi e o que realizou. É muito importante para mim que as obras dele sejam lembradas sempre.


Como eram as abordagens do público a você na época da exibição e como está sendo agora na reprise?
Tato Gabus Mendes - Os comentários continuam muito bons. A novela é muito divertida, mesmo quando me criticam pelo personagem é em tom de brincadeira, as pessoas já chegam rindo. Acho que isso acontece porque o Breno tem um certo cinismo, e não há uma rejeição com ele.

Qual foi a sua cena mais marcante na trama?
Tato Gabus Mendes - Uma cena que eu me lembro muito bem, porque nos divertimos muito fazendo, é a que a Jaqueline joga uma bandeja de espaguete na cabeça do Breno. É uma cena muito engraçada e ficou marcada na minha memória. Outras cenas também me marcaram, mas, como gosto muito de fazer humor, essa ficou mais presente na minha lembrança. 


Como enxerga as atitudes do Breno com a Jaqueline e a Rebeca? Vê o personagem como um mau-caráter?
Tato Gabus Mendes - Vejo o Breno como um homem oportunista, com poucos escrúpulos, mas não acho que ele seja um mau-caráter.

Conte um pouco como foi a experiência nos bastidores e o contato com o elenco. Fez amizades que duram até hoje?
Tato Gabus Mendes - A novela era muito divertida também nos bastidores, foi um grande prazer contracenar com Claudia Raia e Christiane Torloni, atrizes que admiro há muito tempo. Além de me divertir, aprendi muito com elas. Foi uma novela realmente incrível, fiz muitas amizades, o elenco todo era maravilhoso de se conviver.


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