quinta-feira, 26 de agosto de 2021

.: Entrevista: Marcelinho Carioca, o Coqueiro do "The Masked Singer Brasil"


Marcelinho Carioca já foi cantor nos anos 90, era jogador de futebol e até já participou do "Dança dos Famosos". Fotos: Globo/Sergio Zalis (estúdio). Globo/Kelly Fuzaro (durante o programa)

Terceira noite de apresentações e mais um desmascarado no "The Masked Singer Brasil". Na última terça-feira, dia 25, foi a vez do Coqueiro ser revelado. Com muito bom humor e animação, o ex-jogador de futebol Marcelinho Carioca deu vida ao personagem que encantou a todos com suas brincadeiras. “Os jurados ficaram muito entusiasmados e me receberam muito bem. Eu me joguei! Me diverti! Teve um momento antes de entrar no palco que eu estava falando sozinho, como se eu fosse cobrar uma falta decisiva em uma final para poder me concentrar, entrar no palco e dar tudo de mim”, conta Marcelinho. 

"The Masked Singer Brasil" é uma coprodução TV Globo e Endemol Shine Brasil e tem supervisão artística de Adriano Ricco (TV Globo) e direção artística de Marcelo Amiky (Endemol Shine Brasil). Com apresentação de Ivete Sangalo, com Camilla de Lucas nos bastidores, o reality vai ao ar às terças-feiras na TV Globo, após "Império", e também é exibido no Multishow, às quartas-feiras.
  


Você já foi cantor nos anos 90, era jogador de futebol e até já participou do "Dança dos Famosos". Conta um pouco da experiência de participar do "The Masked Singer Brasil"? 
Marcelinho Carioca - Eu nasci para jogar futebol. O meu dom sempre foi nas pernas, mas eu já tive a experiência de montar um grupo de samba gospel. Eu acho que isso demonstra a capacidade do ser humano de se superar e se adaptar. No "The Masked Singer" eu fui pego de surpresa porque eu não canto nada, mas a direção me convenceu porque é a performance que vale, não é a voz. Eu tive uma equipe maravilhosa, a coreógrafa, as bailarinas, o produtor vocal... Todo mundo muito atencioso e me passando segurança. Alguns não sabiam quem eu era, mas sempre me apoiaram e me falaram para dar vida ao personagem. A minha guardiã foi brilhante, até maçã para melhorar a voz ela me deu. Tudo de altíssimo nível.  


Como é ver todo mundo e não ser visto? E ver as pessoas chutando nomes diferentes do seu?
Marcelinho Carioca - É muito louco! Você não pode se comunicar com ninguém. Eu só tinha palpites e via que as pessoas cantavam demais. Foi aí que comecei a criar uma estratégia para levar para o palco: se eu não tenho uma voz tão boa, vou colocar o carisma mais extrovertido e fazer coreografia. É muito diferente não poder falar com ninguém, ver todo mundo e ninguém te ver.  


Como foi ser desmascarado e ver a reação do público? Ninguém esperava que você estaria ali. 
Marcelinho Carioca - Ninguém sabia! Os jurados ficaram muito entusiasmados e me receberam muito bem. Eu me joguei! Me diverti! Teve um momento antes de entrar no palco que eu estava falando sozinho, como se eu fosse cobrar uma falta decisiva em uma final para poder me concentrar, entrar no palco e dar tudo de mim.  


Como foi a reação dos seus amigos quando te viram na TV vestido de coqueiro?
Marcelinho Carioca - Meu celular ontem não parou (risos). Há algumas semanas eles ficaram me perguntando se eu estava no programa porque acharam a voz parecida, eu só falava que não estava. Meus filhos ficaram desconfiados também falando que a voz era minha e que eu estava escondendo alguma coisa deles. Ai quando eu fui desmascarado todo mundo foi pego de surpresa e ficaram felizes de me ver lá.  


E entrando no bolão, tem suspeita de quem sejam os outros participantes?
Marcelinho Carioca - Tenho sim! Mas prefiro ficar em off e deixar o público falar. Mas no bolão eu vou acertar bastante.

.: "Gramática da Fantasia": uma introdução à arte de inventar histórias


Um mestre que se dispôs a traduzir a relação entre os efeitos das histórias e da criatividade na infância, Gianni Rodari, que morreu em 1980, permanece como referência de educador que precisa ser revisitada. O livro, em sua 12ª edição, teve a tradução revista com capricho, para abarcar conceitos essenciais, especialmente em tempos de ideologias em pauta. A leitura é inspiradora para pais e educadores.

Quando se pesquisa sobre como as crianças se formam por meio das fábulas, Gianni Rodari é uma referência mundialmente reconhecida. Portanto, a reedição da obra clássica da Summus Editorial recebeu tratamento refinado na tradução para enaltecer a genialidade do mestre. A escritora Ruth Rocha apresenta a leitura indispensável para educadores que entendem a relevância do autor para além do processo de incentivo à criatividade.

Gianni Rodari (1920 – 1980) foi um gênio criativo e um ser humano absolutamente devotado à justiça social e às crianças. Sua obra é permeada pela necessidade de explorar a inventividade sem limites inerente à infância, em benefício de uma sociedade melhor. No livro "Gramática da Fantasia - Uma Introdução à Arte de Inventar Histórias", o educador, jornalista e escritor de literatura infantil compartilha as teorias que o tornam, ainda hoje, um bálsamo na condução do imaginário das crianças. Publicada no mundo todo, a reedição brasileira é lançada com notas explicativas, especialmente elaboradas para complementar a tradução.

As ideias de Rodari vão muito além do ambiente escolar, fustigando o binômio fantástico, a importância dos contos populares e lendas, do quão transformadora pode ser a fase de descoberta dos contos de fadas, parlendas, poemas, livros infantis e o quanto sugerem expansão à personalidade. A primeira parte do livro traz uma seleção de atividades para que tanto professores e pais desenvolvam histórias enquanto interagem, como mostra maneiras de motivar as crianças a criarem suas próprias fantasias e contos.

“Toda essa atividade tem como objetivo não só um contato afetivo com a criança — contato esse que não deve ser desprezado —, o desenvolvimento da linguagem, da lógica, da estética, mas, principalmente, a liberação da criatividade, da imaginação, da fantasia.

Mas é no final do livro [...] que o autor realmente nos desvenda os objetivos desse trabalho, objetivos basicamente educacionais e, por isso mesmo, revolucionários. Chamando-nos a atenção para o fato de que a psicologia — e eu diria a pedagogia, também — preocupa-se muito mais com a atenção e a memória do que com a imaginação e a fantasia, Gianni Rodari nos diz textualmente: “[…] a escuta paciente e a memória escrupulosa constituem as características do aluno-modelo, que, em geral, é o mais conveniente e mais dócil”.

“E nos mostra que os setores mais poderosos da sociedade realmente não têm nenhuma intenção de privilegiar a imaginação e a criatividade, pois não desejam que as pessoas aprendam a pensar, já que o pensamento criativo seria a arma mais eficaz de transformação do mundo e, portanto, de ameaça a uma ordem social conhecida, estabelecida e vantajosa para eles”, trecho extraído da apresentação da obra feita pela escritora de livros infantis, Ruth Rocha.

“A presente “gramática da fantasia” [...] não é nem uma teoria da imaginação infantil (seriam necessárias mais coisas…) nem uma coleção de receitas, nem um compêndio de histórias, mas, sustento, uma proposta capaz de conviver com tantas outras que procuram enriquecer com estímulos o ambiente (casa ou escola, não importa) em que as crianças crescem”, na definição de Gianni Rodari.

O autor
Giovanni Francesco Rodari
, que ficaria conhecido como Gianni Rodari, nasceu em 23 de outubro de 1920 em Omegna, aldeia do noroeste da Itália. Formado professor em 1937, cursou no ano seguinte a Faculdade de Idiomas da Universidade Católica do Sagrado Coração, em Milão, mas logo abandou o curso e dedicou-se ao ensino de crianças em cidades vizinhas. Convocado para lutar pelo ditador Benito Mussolini durante a Segunda Guerra Mundial, Gianni abandonou a farda oficial e entrou para a Resistência italiana. 

No ano final da guerra, em 1945, resolveu abandonar o magistério e dedicar-se inteiramente à militância política. Depois, trabalhou como jornalista e encontrou o que chamava de “segunda carreira”: a de escritor. Três anos depois, publicou sua primeira obra infantil. Inicialmente atacado por ser de esquerda, com o passar dos anos e a mudança do clima político Rodari passou a ser reconhecido na Itália como um autor de literatura infantil que encantava as crianças.

Lançada em 1973, sua "Gramática da Fantasia" se tornaria a obra‑prima do autor para professores, pais e profissionais da educação. Em 10 de abril de 1980, Rodari foi internado em uma clínica para operar uma trombose na perna esquerda. Quatro dias depois, morreu de choque cardiogênico, um dos casos mais graves de infarto. Tinha 59 anos.

Você pode comprar "Gramática da Fantasia - Uma Introdução à Arte de Inventar Histórias", escrito por Gianni Rodari, publicado pela Summus Editorial, neste link.

Ficha técnica
Livro: "Gramática da Fantasia - Uma Introdução à Arte de Inventar Histórias" | Autor: Gianni Rodari |  Editora: Summus Editorial | Páginas: 208 | Formato: 17 x 21 cm | ISBN: 978-65-5549-040-4 | Link do livro na Amazon: https://amzn.to/3jignIg.

.: Grupo Teatro Geográfico apresenta “A Leveza Está no Final”, de Milan Kundera


Da esquerda para direita: Thiago Prade, Carol Andrade, Frederico Vasques, Gabs Ambròzia e Carol Kern em cena fotografada por Betânia Dutra. Grupo teatral encerra investigação da obra de com peça em que cada personagem ganha um novo final.

“A Leveza Está no Final” é o espetáculo que encerra a pesquisa do grupo acerca da obra “A Insustentável Leveza do Ser”, de Milan Kundera, em temporada virtual que estreia em 23 de agosto e vai até dia 1º de setembro, às segundas, terças e quartas, às 20h. As apresentações, transmitidas pelo Zoom, são gratuitas e online, com retirada de ingressos pelo Sympla.

Tereza, Tomas, Franz e Sabina estão confinados desde 1982 na obra de Milan Kundera “A Insustentável Leveza do Ser”. Não será este o mito do eterno retorno? Um livro que permanece intocável por mais de 30 anos reverberando a sua história como verdade absoluta?

Para responder as questões acima “A Leveza Está no Final” divide com o público o destino de Tereza, Tomas, Franz e Sabina, que recebem um final diferente daquele concebido por Kundera. Por meio de enquete eletrônica no Zoom, a plateia é quem decide qual personagem merece ter seu novo final encenado ao vivo, a cada apresentação.

Propor que a plateia vote a cada apresentação pelo destino de determinada personagem de “A Leveza Está no Final” é imprimir no formato virtual uma marcante característica da companhia que é trazer o público de forma ativa, fazendo do espectador um vivenciador.

Estes quatro novos desfechos, assim como toda dramaturgia do espetáculo, foram criação colaborativa entre a diretora Tatiana Vinhais e o elenco Carol Andrade, Carol Kern, Gabs Ambròzia, Frederico Vasques e Thiago Prade. O grupo construiu estes novos finais incorporando suas percepções mais subjetivas aos seus cinco anos de pesquisa sobre a obra.

Esta montagem também dá continuidade às questões provocadoras do fazer teatral nestes tempos pandêmicos, como o peso e a leveza que o livro propõe e a escolha de recontar a história questiona o ponto de vista do autor. O trabalho anterior que esteve em cartaz no início deste ano, “Onde Está a Leveza?” buscou traçar um arco poético de reflexões sobre o papel da mulher na sociedade de 2020 a partir do livro de Kundera, escrito na década de 80 e ambientado em Praga no final da década de 60, após a invasão da União Soviética, em 1968.

Quatro personagens estão no enredo do romance: Tereza, Tomas, Franz e Sabina. Tereza e Tomas formam um casal em que ele a trai diariamente e Tereza tece sua vida com a angústia dos dias. Já Franz e Sabina são amantes ocasionais, ela prefere a liberdade, Franz quer ter Sabina como uma deusa. Sabina, entretanto, liberta-se de tudo e vai viver longe das aflições políticas da Tchecoslováquia ocupada pelas tropas do Pacto de Varsóvia e também longe de Franz.

A pesquisa do grupo em torno da obra de Kundera iniciou em 2016, ano de estreia da montagem teatral “Sobre a Insustentável Leveza dos Seres”, no Clube da Empatia – espaço cultural alternativo localizado na região central de São Paulo, voltando ao cartaz também nos anos seguintes. Para 2020 estava programada uma nova ocupação, desta vez no Estúdio Lâmina, espaço de arte contemporânea localizado no Vale do Anhangabaú – porém, não foi possível em decorrência da pandemia. A partir daí a pesquisa do grupo ingressou numa etapa de experimentações cênicas digitais tendo como pergunta norteadora “Onde Está a Leveza?” e dois trabalhos homônimos apresentados ao vivo e online.


Trajetória artística do Teatro Geográfico
Com 11 anos de trabalho continuado, o Teatro Geográfico está sediado e atuante em São Paulo desde 2014. Dirigido por Tatiana Vinhais, ao longo de sua trajetória integrou programações como da Bienal do Mercosul, Festival Internacional POA Em Cena (RS) e Sede das Cias (RJ). O espetáculo de estreia do grupo, “O Mapa” (dramaturgia Diones Camargo e Tatiana Vinhais), recebeu nove indicações ao Prêmio Açorianos – melhor espetáculo, dramaturgia, atriz (2 indicações), ator coadjuvante, iluminação, cenografia, figurino e produção.

No repertório, além de cinco temporadas de "O Mapa", destacam-se também os trabalhos “Onde Está a Leveza?”, “Sobre a Insustentável Leveza dos Seres”, “Geocoreografia: Cidade Não Vista”, “Duetos”, “RockHamlet”, “PopHamlet”, “Jerusalém”, “Serenata Geográfica” e “Atentados”. Em “O Mapa”, o público dividia-se em dois grupos desde a bilheteria recebendo um passaporte e um mapa que indicavam rotas diferentes durante a peça: dois pontos de vista da mesma história.

Inspirada no livro “O Céu que nos Protege” de Paul Bowles e em sua adaptação para o cinema de Bernardo Bertolucci (1990), a peça era apresentada simultaneamente através do Caminho do Tempo (sob a ótica do personagem Port) e o Caminho dos Espelhos (aos olhos da personagem Kit). Este foi o espetáculo de fundação do Teatro Geográfico, em 2010, ainda em Porto Alegre. Já sediado em São Paulo, o grupo apresenta “Sobre a Insustentável Leveza dos Seres”, espetáculo em que o público é etiquetado com seus próprios nomes e dividido em três grupos ao escolher entre os caminhos cênicos construídos no espaço: Peso/Leveza, Corpo/Palavras e Adão/Eva.

A diretora Tatiana Vinhais radicada em São Paulo foi criadora e gestora artística dos espaços culturais “Clube da Empatia” e “Cabaret Uranus”, promovendo mais de 40 apresentações entre teatro, música, circo, fotografia e performances. É ministrante das oficinas “Meu Corpo Político: A Revolução pelo Silêncio” e “Cenas Apunhaladas de Imagens Mofadas”. Entre suas direções mais recentes, destacam-se: lançamento do CD “Três” - Mustache e os Apaches, com apresentações no Auditório Ibirapuera e Casa Natura Musical; CD “Mantras da Mata” - Carolina Zingler; banda teatral “Nice e os Gonçalves”; espetáculo musical “Cósmica”.

O espetáculo integra o projeto selecionado na 1ª Edição do Prêmio Aldir Blanc de Apoio à Cultura da cidade de São Paulo, módulo Maria Alice Vergueiro. Para realização da imersão, todos os presentes precisaram realizar testes de Covid-19.


Ficha técnica
Espetáculo: 
“A Leveza Está no Final” | Dramaturgia: Teatro Geográfico  | Montagem inspirada em “A Insustentável Leveza do Ser” de Milan Kundera | Direção: Tatiana Vinhais | Elenco: Carol Andrade, Carol Kern, Frederico Vasques, Gabs Ambròzia e Thiago Prade | Figurinos: Carol Andrade e Gabs Ambròzia | Iluminação, ambientação cênica e trilha sonora pesquisada: Teatro Geográfico | Supervisão técnica: Pedro Marini | Fotos: Betânia Dutra | Programação visual: André Senna | Assessoria de imprensa: Adriana Monteiro (Ofício das Letras) | Direção de produção: Luísa Barros | Realização: Teatro Geográfico.


Serviço:
Espetáculo: 
“A Leveza Está no Final” | Temporada: de 23 de agosto a 1º de setembro de 2021 (segundas, terças e quartas) | Horário: 20h | Apresentações gratuitas e online pelo Zoom, com retirada de ingressos em https://www.sympla.com.br/teatrogeografico | Gênero: drama | Duração: 80 minutos | Classificação: não recomendado para menores de 16 anos.



quarta-feira, 25 de agosto de 2021

.: Jornalista cultural, Adriana Balsanelli lança primeiro livro infantil da carreira


Grande nome do jornalismo cultural em São Paulo, a jornalista Adriana Balsanelli lança o primeiro livro infantil, “A Galinha Bira-bira”, que ensina aos pequenos a importância de se conviver com a diferença. Publicada pela editora Flamingo e ilustrada por Marco Martins, a história é inspirada na infância que a autora teve no interior de São Paulo e trata de um pintinho que perdeu os dedinhos e é acolhido por uma família bem carinhosa.

Com 25 anos de atuação como assessora de imprensa na área cultural, Adriana Balsanelli aventura-se no universo da literatura infantil e lança seu primeiro livro: “A Galinha Bira-bira”, pela editora Flamingo. A obra ganhou belas ilustrações de Marco Martins e já está disponível em pré-venda online. Inspirada na infância que Adriana teve no interior de São Paulo, a história trata de um pintinho que é encontrado no meio da chuva por uma menina no quintal do sítio da família. Ela leva o bichinho para dentro da casa, o enrola em um paninho e o deixa perto do fogão a lenha para que ele possa se aquecer.

Por um incidente, o pintinho vai parar na chapa quente do fogão e acaba perdendo os dedinhos da patinha. Depois do susto, a menina cuida bem do animal e a família acaba adotando-o. O nome escolhido para ele foi Biro-biro, por causa do jogador de futebol com o icônico cabelo cacheado e bem amarelo.

O que a menina não esperava é que Biro-biro era, na verdade, uma pintinha. E é claro que isso não importa para a família, que acabou pegando afeto pelo bichinho. A galinha Bira-bira cresce feliz e tem uma vida plena, já que a “falta dos dedinhos nunca lhe impediu de andar pela casa, de ciscar pelo quintal, e de cacarejar quando quisesse e o mais importante, de ser uma galinha bem galinha mesmo, assim como todas as outras”, diz a história.

A singela e lúdica narrativa carrega uma série de ensinamentos importantes para os pequenos leitores, conta Balsanelli. “Acho que tem três mensagens importantes nessa história. A primeira e mais evidente é a da superação. A criança entender que uma pessoa com deficiência pode ter uma vida feliz. A segunda é o acolhimento de uma família não-tradicional. E a terceira e menos evidente é a transição do que aparentemente era um menino, mas na verdade tratava-se de uma menina, no caso, uma pintinha”.

A autora revela que a ideia de escrever o livro surgiu em um momento terno com a sobrinha, que ama ouvir histórias. “Um dia, quando eu já tinha esgotado todo meu repertório de fábulas conhecidas e famosas, falei que ia contar um caso que tinha acontecido comigo na infância. Contei para ela a aventura da galinha Bira-bira. Ela estava com quatro anos na época, mas senti que ficou muito empolgada e interessada. Ao final, me pediu para contar de novo! Percebi, então, que tinha potencial para fazer algo com essa história”.

“Tive uma infância maravilhosa no interior de São Paulo. Até os dez anos, morei num sítio onde não havia muitas crianças na vizinhança, então meus amigos de brincadeiras eram os animais: cavalo, cachorro, gato, um papagaio e, claro, a galinha Bira-bira, que virou o xodó da casa. O contato com a natureza, tendo os bichos como amigos de aventuras, foi muito importante para criar laços e essa memória afetiva com os animais”, acrescenta Adriana.

Ela ainda conta que a sua experiência de assessora com a divulgação de eventos culturais, sobretudo de peças de teatro infantis, a ajudou a compreender melhor esse universo recreativo da infância. “Frequentar os teatros com espetáculos infantis me fez ver como o lúdico envolve e desperta a curiosidade das crianças. O desejo pela arte e pelo conhecimento é inspirador”, revela.

Sobre a autora
Graduada em Comunicação Social pela Universidade Paulista, Adriana Balsanelli atua desde 1996 como produtora e assessora de imprensa de projetos culturais no segmento de música, teatro, dança, circo e artes visuais. Paulista do interior, mudou-se para a capital em 1985 com o desejo de fazer faculdade de veterinária, mas o destino a levou para a graduação em Comunicação Social. Em 1996, começou a trabalhar como produtora de eventos, direcionando o foco para a produção musical. Durante esse processo, encontrou seu lugar na assessoria de imprensa da área cultural. Foto: Jonatas Marques.

Você pode comprar “A Galinha Bira-bira”, escrito por Adriana Balsanelli , publicado pela editora Flamingo, neste link.


Ficha técnica
Livro: “A Galinha Bira-bira” | Autora: Adriana Balsanelli | Ilustrações: Marco Martins  |  Editora: Flamingo | Páginas: 44 | Indicação etária: de 7 a 10 anos |  Link do livro na Amazon: https://amzn.to/3sHVOIh.

.: O Tudum está de volta e com novidades da Netflix para os fãs



Ele está de volta, desta vez celebrando 10 anos dos melhores fãs do Brasil. O aniversário é da Netflix, mas quem ganha presente são os fãs: a terceira edição do Tudum tem Almanaque e uma batalha épica entre fandoms. Fotos: Rodrigo Sacramento / Netflix


O Tudum Netflix chega à sua terceira edição. E nada mais justo do que celebrar esses 10 anos de muitas risadas, lágrimas, emoções e alegrias com os melhores filmes, séries e realities, presenteando quem esteve sempre ao nosso lado: os nossos fãs. O Tudum se reinventa novamente e, desta vez, além de uma nova versão celebratória do Almanaque, os fãs poderão mostrar sua paixão em uma Batalha de Fandoms, e mais surpresas ainda vão ser divulgadas em breve. 

Sucesso absoluto no ano passado, o Almanaque Tudum ganha mais uma edição. Ainda mais divertido e interativo, o Almanaque traz a participação de atores e atrizes queridos pelo público, dos criadores mais incríveis da internet e muito material inédito dos filmes e séries Netflix que já estrearam e que ainda estão por vir. O público poderá pedir sua unidade de forma totalmente gratuita a partir das 00h01 desta terça-feira (24) pelo site: www.tudumnetflix.com.br. Mas não dê bobeira! São mais de 200 mil unidades, mas que podem acabar num piscar de olhos. Se você não conseguir o seu, a partir do dia 30 de agosto ele vai estar disponível no formato digital - e com algumas surpresinhas - lá no site Tudum.

E como somos fãs dos nossos fãs, que tal uma competição para movimentar as redes sociais?! A Batalha Tudum de Fandoms começa no dia 6 de setembro e terá a participação dos nossos maiores aliados: as páginas e fãs clubes dos filmes e séries mais amados da Netflix. Vamos descobrir qual é a galera mais animada, engajada e apaixonada do país.

Por meio de votação online pelo site do Tudum - www.tudumnetflix.com.br - 13 perfis de fã clubes vão disputar essa batalha épica para se tornarem a página oficial do título no Brasil! Com direito a selinho de certificação em todas as redes sociais, mentoria durante seis meses da equipe de redes sociais da Netflix Brasil e material exclusivo em primeira mão para divulgação. É isso mesmo: vamos ganhar um parceiro para contar todas as novidades para vocês.

A votação acontece entre os dias 6 e 13 de setembro, com o grande vencedor sendo revelado no dia 14. Fique de olho no site do Tudum para conhecer em breve as páginas selecionadas para a competição e prepare a sua torcida. E a comemoração não termina por aqui. Em breve, mais novidades do Tudum vão ser anunciadas: #Aguardem.

.: Japan House lança almanaque gratuito de atividades lúdicas para crianças


A programação online da Japan House São Paulo segue apresentando conteúdo para toda a família! A novidade agora é o almanaque Kokoro, com atividades lúdicas e educativas para as crianças, disponível para download gratuito no site da instituição. Desenvolvido pela equipe do Educativo da instituição, o almanaque Kokoro apresenta elementos, costumes e valores do Japão, e está disponível para download gratuito no site da Japan House São Paulo.

Como forma de aproximar as crianças da cultura japonesa, a Japan House São Paulo lança um almanaque de histórias e atividades lúdicas baseadas nos elementos, costumes e valores tradicionais do Japão. O público pode fazer o download gratuito do material no site da instituição.

Nesta primeira edição, as crianças são convidadas a aprender sobre o verão nipônico e a profunda relação dos japoneses com a natureza e com a passagem das quatro estações. As páginas também são recheadas de brincadeiras e curiosidades típicas do país como aprender a escrever kanji, encontrar a saída de um labirinto inspirado pela fachada de hinoki da Japan House São Paulo e colorir um Daruma.

“As crianças podem se divertir com as aventuras e descobertas de Kokoro, personagem principal e de seus amigos Wabi e Sabi e aprender mais sobre o Japão enquanto fazem atividades, brincadeiras, pinturas e desafios. Cada detalhe foi extremamente pensado, até mesmo os nomes dos personagens têm importantes significados dentro da cultura japonesa, homenageando por exemplo conceitos como transitoriedade, beleza na imperfeição e os bons sentimentos”, conta Natasha Barzaghi Geenen, diretora cultural da instituição, que se orgulha especialmente da produção ter sido toda realizada pela equipe interna da Japan House São Paulo.

Além de apresentarem às crianças particularidades do Japão, as atividades também estimulam a curiosidade de maneira divertida e leve, exercitando sua criatividade, capacidade de comunicação e de observação do mundo e da natureza.

Kokoro – Almanaque da Japan House São Paulo
Download pelo site: www.japanhousesp.com.br/artigo/almanaque-jhsp-1/


Sobre a Japan House São Paulo (JHSP):
A Japan House é uma iniciativa com a finalidade de divulgar os diversos atrativos, atividades e medidas governamentais do Japão, ampliando o conhecimento de toda a comunidade internacional referente à cultura japonesa. Inaugurada em 30 de abril de 2017, a Japan House São Paulo foi a primeira a abrir as portas, seguida por Londres (Inglaterra) e Los Angeles (EUA). Atua como plataforma pública na geração de oportunidades de cooperação e intercâmbio entre o Japão e o Brasil, nas mais diversas áreas como artes, negócios, esportes, design, moda, gastronomia, educação, turismo, ciência e tecnologia.

Apresentando o Japão, promove exposições, seminários, workshops e inúmeras outras atividades em sua sede, em outros espaços e digitalmente. Em fevereiro de 2020, a Japan House São Paulo alcançou a marca de 2 milhões de visitantes, sendo considerada uma das principais instituições culturais da Avenida Paulista. Desde abril de 2020, a instituição possui a Certificação LEED na categoria Platinum - o mais alto nível de reconhecimento do programa - concedida a edificações sustentáveis.

.: Flipoços Educação: literatura e educação são temas nesta quarta


Para quem acompanha o Flipoços nesses quase 17 anos, sabe o quanto a Curadoria do Festival dá importância para o tema Educação. O Flipoços realiza anualmente o Flipoços Educa em que oferece aos diversos profissionais da área de educação oportunidades de reciclagem e novos conhecimentos durante o Festival. Sempre com a parceria de editoras, empresas do segmento e renomados convidados, a programação busca atrair esse público de forma gratuita à novas discussões e aprendizagens.

O Flipoços Temático, projeto lançado em 2020 com o objetivo de oferecer ao público do Festival mais opções ao longo do ano relacionadas à Literatura. Já foram realizadas duas temporadas no primeiro semestre desse ano e na semana que vem acontece a terceira temporada. Esse novo projeto temático tem como foco destacar algum gênero específico da literatura buscando discussões diversas e com convidados os mais variados.

O programa foi inaugurado em abril com o Flipoços Clássicos e depois em junho o Flipoços Verde: https://www.youtube.com/c/feira-flipocos/playlists para rever todos os encontros. Confira a programação completa do Flipoços Educação no http://www.flipocos.com.br.

Acompanhe a programação:
Quarta-feira, dia 25 de agosto
10h as 11h - Mesa "A Metade do Meu Enzo - O que os Pais Separados Deveriam Saber Antes de Danificar o Bem-estar Físico e Emocional dos Seus Filhos".
Uma conversa de pais para pais, com o autor Antonio Voorhees e a psicóloga infantil Barbara Martins. (livro disponível na Livraria Flipoços www.livrariaflipocos.com.br na aba escritores poços-caldenses).


14h30 às 15h30 - Mesa "Carta de Cipriano: da Fonte Primária à Rota Literária"
apresentação do livro "Cypriano Joseph da Rocha: Uma Vida entre Portugal e o Brasil na Idade do Ouro", de António Andresen Guimarães. Com Priscila Moraes e Decio Zylberstajn. Mediação Thiago Bittencourt.

16h30 às 17h30 - "Os Super-heróis na Sala de Aula" com Leandro Ribeiro Nogueira e Lívia Jacob. Will Eisner, um dos grandes mestres das HQs, definiu seu ofício como “arte sequencial”, a fim de diferenciá-lo da literatura. Hoje, a fronteira entre as duas artes se mostra cada vez maisbranda, visto que diversas séries de livros dedicadas ao público jovem, a exemplo de Wild Cards (ed. George R.R.Martin) são inspiradas no universo das HQs. Assim, surge a pergunta: o que podemos aprender e ensinar com os super-heróis das clássicas histórias pops, tais como Super-Homem, Mulher-Maravilha, Wolverine etc? Populares desde os antigos gibis da DC Comics, que começaram a circular no Brasil em 1937, tais personagens ganharam diversas roupagens ao longo da história, espelhando fatos da geopolítica, sociologia e filosofia dos séculos XX e XXI. Nesse minicurso, pretendemos abordar alguns desses aspectos. Oferecimento Nós Educação.


18h30 às 19h30 – Mesa "Euclides da Cunha: Uma Ponte para o Sertão que Virou Mar" com José Huguenin.

Oferecimento Nós Educação. Toda a programação é gratuita e a transmissão vai acontecer na redes sociais do Flipoços (YouTube e Facebook) e com retransmissão nos parceiros: Nós Educação; Município de Óbidos (Portugal); Publishnews; The Book Company (Portugal); Elicer (Festival do Cerrado); Museu da Língua Portuguesa (SP); Resenhando e Secult Poços. E para ver e rever toda programação do maravilhoso Flipoços Virtual que aconteceu em julho acesse o site www.flipocos.com. Aproveitem ainda as promoções exclusivas da www.livrariaflipocos.com.br. Para mais informações os interessados podem entrar em contato pelo (35) 3697-1551 na GSC Eventos Especiais, Poços de Caldas. Legenda: Programação do Flipoços Educação traz mesa sobre Euclides da Cunha com a presença de José Huguenin.


terça-feira, 24 de agosto de 2021

.: Capítulo 6: "As Winsherburgs" em "Isso é tudo o que sei até agora"


Por: Mary Ellen Farias dos Santos


O incidente com Mary no banheiro do Colégio Santa Helena virou um segredo da jovem Winsherburg que foi guardado a sete chaves com Tarissa.

Em casa, com Ellen, mãe de Mary, as garotas almoçaram as sobras do churrasco de domingo que ganhou um molho extra especial acrescido a um arroz clarinho, mas salpicado de orégano, que ainda fumegava enquanto a mãe soltava os grãos da panela e colocava no prato das meninas. De barriguinha cheia, a dupla que era carne e unha, deixou o material escolar para encontrar com Juliette e Íris na lanchonete.

No trajeto, caminhando tranquilamente pelas ruas arborizadas de São Francisco de Assis, Mary e Tarissa aproveitaram a chance para cochichar “o tal segredinho”.

A verdade é que Mary estava muito preocupada com a possibilidade mínima do susto seguido de desmaio virar um gigantesco boato protagonizado por ela. Não saberia lidar com as meninas bestinhas do 2º e 3º ano do Ensino Médio. Isso a preocupava, não as marcas arroxeadas que tinha ganhado nos cotovelos pela queda. Se virasse alvo de fofoca, como iria encarar todos na escola?

- Será que tem câmeras naquele banheiro?! Amiga, não quero ser chamada de “Carrie, a Estranha”!, confessou Mary.

- Calma! Não estudamos em um reality show. Como teria câmera no banheiro?! Acho que nem pode. E, a propósito, você não tem o poder da telecinesia. Ou tem?, questionou Tarissa virando-se preocupada para Mary.

Num tom indignado, a pequena Winsherburg retrucou imediatamente:

- É claro que não! Adoraria ter o poder da invisibilidade ou a capa mágica do Harry Potter. Acho que iria me cair bem... Agora, sem brincadeirinha, Tari, aquele rosto... Tudo o que sei até agora é que aquilo não era humano.

- Ai, pode parar com isso, Mary!, repreendeu Tarissa que logo lembrou que elas madrugaram na live da escola quando as duas e mais nove alunos da turma assistiram a versão estendida do clássico “O Exorcista”.

- Hum. Sabe o que você teve? Uma resposta pela privação do sono. Eu dormi um monte, mesmo naquela gritaria do filme. Os pulmões do padre estavam em dia, né?! A propósito, não entendi nada. Acredita que eu acordei quando aquela menina estava vomitando verde?! Que nojo! Fiquei pensando, colocaram em dúvida a ingestão de vegetais. Eu acho. E você, minha amiga, relaxa!

- Será, Tatá?! Pode ser. Vi essas coisas e dormi pouco. Ah! Sabe o que eu assisti antes? O sexto episódio de “American Horror Stories”, Feral. Levei cada susto. E o fim da história?!

Tarissa manteve a carinha de confusa e preferiu silenciar para que a conversa não evoluísse para o lado assustador da força, a ponto de garantir um pesadelo naquela noite. Ainda mais que Mary era craque na descrição e contação de histórias de terror. Em nome de preservar a própria paz de espírito, Tarissa comentou:

- Opa! Não venha me contar nada do que viu nesse seriado aí. Não que eu vá assistir. Sabe que eu não sou fã dessas histórias com coisas nojentas. Nem pense em começar a me contar os detalhes asquerosos. Da última vez que você me contou sobre o episódio “Baal”... #peloamor. Stop!

*  *  *

Não tão distante do Colégio Santa Helena, Lolita estava sem palavras diante do roteirista Helder Lee. Ali, em carne e osso. Era grande admiradora. Aliás, Lee sempre foi a maior fonte de inspiração para ela que sonhava um dia roteirizar um filme famoso. E, claro, ganhar o Oscar.

Com o ídolo da escrita sorrindo, Lolita deixou o lado “admiradora secreta” e o cumprimentou, tentando controlar a euforia da situação inusitada. Não que o roteirista quisesse cerimônia, afinal era amigo de Apollo, mas Lolita ficou impactada pela situação a ponto de não saber o que dizer. E, principalmente, o que fazer.

Samantha desinibida, serviu um donut a Lee enquanto Apollo esclareceu tudo.

- Signo do destino, meu parça. Como iria imaginar que encontraria você na fila da cafeteria daqui? Justo de São Francisco de Assis?!, questionou Apollo quebrando o breve silêncio no ambiente.

Com uma risada um pouco solta, Lee respondeu:

- Vim visitar a família da minha noiva. Precisei fazer hora no Centro da cidade, de carro. Ela está no salão de beleza. Dei uma voltinha no quarteirão e quando vi a vitrine de guloseimas daquela loja. Não resisti.

- Olha, eu entendo perfeitamente, comentou Samantha enquanto soltava leves risadinhas de felicidade. Posso estar sem fome, mas se eu olhar o que a Berenice acabou de fazer, fresquinho, exposto na vitrine... Ah! Eu automaticamente quero comer, nem que seja um pedacinho.

Um pouco mais calma, mas como uma sensação de medo e não receio, talvez por saber exatamente o que estava vivendo naquele momento, Lolita propôs:

- Que tal aproveitar a oportunidade e conhecer a agência?!

Helder Lee assentiu com a cabeça, pois terminara de degustar o donut e estava com o copo de refrigerante completamente vazio.

*  *  *

Mesmo longe, Mary e Tarissa avistaram Juliette e Íris, no balcão do fast-food. Deram uma corridinha para antecipar o reencontro. O quarteto era dividido em duas escolas: Mary e Tarissa no Colégio Santa Helena enquanto que Juliette e Íris estudavam no Colégio São Bento. Elas não se viam pessoalmente desde o ano passado, mas agora, já vacinadas e com o fim da pandemia, puderam ser livres novamente. A conversa iria rolar mais solta sem a tela do celular ou do computador para separar a turminha.

Após muitos abraços e beijos, Mary, uma matraqueira que só, jogou Íris na roda.

- Amiga, como anda de papo com o Caio?

Íris, com uma carinha triste, respondeu:

- Sabe... Ele era mais velho e devia estar com segundas intenções, enquanto que eu estou nas primeiras. Fora que ele está caindo de amores mesmo é pela moto que comprou com ajuda do paizinho dele. O Caio até me levou na garupa, parou no estacionamento do supermercado que é super arborizado e fiquei sem entender. Eu quase perguntei se iríamos fazer as compras do mês. E aconteceu algo bizarro: ele mandou eu ficar ao lado dele, segurando um rebatedor de luz que ele sacou não sei de onde. Começou a fotografar a motoca e ainda disse que seria o wallpaper dele. Não tinha como ser diferente, todo o romance subiu no telhado.

Tarissa fez cara de surpresa e exclamou: - Que babaca!

Mary ficou sem reação, foi surpreendida com o rumo dessa “quase” história de amor.

Juliette, a brincalhona do grupo, logo soltou uma pérola:

- Ok! Aceitem! A Íris não vai mais ser a primeira daqui a se casar, ter filhos, ser uma jovem, recatada e do lar.

Foi automático. As meninas trocaram olhares e gargalharam.

E assim aconteceu na próxima uma hora e meia daquele dia histórico que marcou o reencontro do quarteto. Ao vivo e a cores. Sem WhatsApp ou por lives.

 

*  *  *

Enquanto conhecia o espaço, Helder Lee soube da situação da agência, mas o que mais o intrigou foi algo na parede, o famoso quadro do menino chorando, de Bruno Amadio. Prestes a perguntar se fora presente, o telefone dele sinalizou uma ligação. O rostinho no aparelho era conhecido: Petra.

- Com licença! É a minha noiva!, exclamou enquanto se afastava dos primos. Helder conversava com alguém que demonstrava bastante empolgação com a ideia de se encontrar com ele ali.

Lolita tentou disfarçar, inventando uma ocupação com os livros da prateleira e ouviu ele dizer:

- Pê, tem certeza?!

Após uma pausa na fala do roteirista, combinou:

- Sim, gata! Espero você!

Na sequência, Helder quis saber onde era o banheiro da agência. Planejava avisar a todos que Petra estava a caminho dali ao sair, mas não deu tempo. Em menos de 7 minutos, Apollo abriu a porta e lá estava ela:

- Oi! Você..., disse Apollo.

Petra respondeu a saudação entrando como um furacão até soltar um sorrisinho de lado para as gêmeas Samantha e Lolita. Antes que as duas entendessem toda a situação, Helder falou:

- Como foi rápida. Amor, vou apresentar você aos meus futuros sócios!

No entanto, os primos conheciam Petra de outros Carnavais... As gêmeas que o digam!

 

And when the storms out

You run in the rain

Put your sword down

Dive right into the pain

Stay unfiltered and loud

You be proud of that skin full of scars

That's all I know so far

 

All I know so far, Pink 



*~~~~ Capítulo 7: "As Winsherburgs" em "Não é fim do mundo" ~~~~*


*Mary Ellen Farias dos Santos é criadora e editora do portal cultural Resenhando.com. É formada em Comunicação Social - Jornalismo, pós-graduada em Literatura, licenciada em Letras pela UniSantos - Universidade Católica de Santos e formada em Pedagogia pela Universidade Cruzeiro do Sul. Twitter: @maryellenfsm


Assista em vídeo como história ilustrada





.: Diário de uma boneca de plástico: 24 de agosto de 2021

Querido diário,

Ontem foi uma segunda-feira, porém muito especial. Eu e Auden assistimos dois filmes em sequência no Cineflix em Santos, que fica no Miramar Shopping. O novo espaço é super agradável e tem longas incríveis em cartaz. 

Tanto é que já estreei com "Free Guy", a minha carteirinha anual que permite assistir filmes em cartaz sem me preocupar com o valor do ingresso. Assim, na segunda, assistimos "O Labirinto" com o medalhão Dustin Hoffman e emendei com  irreverente "O Esquadrão Suicida".

E o que tenho a dizer? Foi sensacional! Primeiro um filme cabeça que mexe com a mente o tempo todo, uma vez que tudo na tela é uma provocação e o público é quem precisa conectar os pontos. Na história, a jovem de 15 anos, Samantha Andretti (Valentina Bellè) é raptada no caminho para a escola quando fazia algo muito comum a toda garota e mulher: aproveitar o reflexo do vidro de um carro para passar batom.

Assim, quinze anos depois, a moça acorda no hospital em estado de choque diante do doutor Green (Dustin Hoffman) que pretende resgatar as memórias da moça no Labirinto. Numa caça a um homem-coelho, com direito a investigador particular que cobra dívidas e descobre traições, um esconderijo subterrâneo, aparentemente sem saída, mantém a jovem num jogo de enigmas, recompensando sucessos e punindo fracassos, mas mantendo a liberdade inalcançável.

Ufa! Achei um filmão de tirar o fôlego. Ainda que falem tanto de coelho no longa, tudo é sobre uma alucionante caça psicológica de gato e rato! Aliás, falando de rato... Em "O Esquadrão Suicida" os ratos marcam presença e até fazem a diferença no desfecho da trama. A propósito, que filme incrível. Não desgrudei os olhos da tela por um momento que fosse.

Na produção "ilegal" de heróis DC, os personagens excêntricos e engraçados, fazem sangue jorrar pela tela, do início ao fim do longa de 2h 17. Ruim? Nem um pouco. Muito pelo contrário. "O Esquadrão Suicida" de 2021 é totalmente sem defeitos. Muito por resgatar o vilão Starro e ainda representá-lo grandemente -o que por vezes remete aos clássicos monstros inimigos de produções japonesas, embora aqui, Starro não tem o duelo final com alguém de seu tamanho.

E não há como deixar de comentar, Harley (Margot Robbie), quando dá o ar de sua graça, rouba a cena. Sinceramente, por vezes eu pensei: "Esse filme é dela!". Ela vai de princesinha, num traje vermelho, chegando até limousine, a uma assassina num piscar de olhos. E é maravilhoso de se ver na telona!

No novo longa o governo americano mantém preso, na remota ilha de Corto Maltese, o supervilão mais perigoso do mundo. Para tanto, seleciona outros super vilões e lhes dá armas de alta tecnologia para uma missão na selva perigosa ao lado do Coronel Rick Flag.

Ah! Eu amei curtir esses filmes no Cineflix e já estou me organizando, pois preciso assistir "Caminhos da Memória" com Hugh Jackman!! E... senta que lá vem história!!

Beijinhos pink cintilantes e até amanhã,

Donatella Fisherburg

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Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link.




.: Trailer de "Homem-Aranha: Sem Volta para Casa" revela cinco vilões

Por: Mary Ellen Farias dos Santos


O filme "Homem-Aranha: Sem Volta para Casa" que estreia em 16 de dezembro de 2021, com direção de Jon Watts e roteiro de Chris McKenna e Steve Ditko revela trailer, após algumas horas antes ter vazado na internet e revela cinco vilões.

O novo longa de Peter Parker, estrelado por Tom Holland, promete enlouquecer todo fã da Marvel, pois terá o Doutor Estranho para brincar com o multiverso e garantir mexidas importantes na história do teioso. Na verdade, Parker precisará lidar com as consequências de ter a identidade como aracnídeo ser revelada pela reportagem do Clarim Diário. 

A jovem contará com a ajuda de MJ (Zendaya) e Ned (Jacob Batalon), mas enfrentará vilões como Octopus, Duende Verde, Lagarto, Electro e Homem-Areia! Que venha o mês de dezembro belo e formoso!


*Mary Ellen Farias dos Santos é criadora e editora do portal cultural Resenhando.com. É formada em Comunicação Social - Jornalismo, pós-graduada em Literatura, licenciada em Letras pela UniSantos - Universidade Católica de Santos e formada em Pedagogia pela Universidade Cruzeiro do Sul. Twitter: @maryellenfsm

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