domingo, 15 de outubro de 2017

.: “Heaven Upside Down”, o novo disco de inéditas do Marilyn Manson

Acaba de ser lançado em todas as plataformas digitais o mais novo álbum de Marilyn Manson, “Heaven Upside Down”, composto por canções que abordam temas como sexo, romance, violência e política. Antes do lançamento do disco completo, Manson divulgou duas faixas do trabalho: “KILL4ME” e o single e vídeo de “We Know Where You Fucking Live”.  

A direção e produção do clipe ficaram por conta do diretor e fotógrafo britânico Perou, que já havia trabalhado em outras ocasiões com o cantor. “Heaven Upside Down” chega dois anos após “The Pale Emperor”, de 2015. A versão física do álbum chega em breve no Brasil. 

“We Know Where You Fucking Live”

.: “Come On” é escolhido como 1o single do álbum “On Air”, dos Rolling Stones

No dia 1º de dezembro será lançada a “The Rolling Stones - On Air”, uma coletânea que traz gravações raras da banda ainda em seus anos de formação. O disco inclui músicas que Mick Jagger e companhia nunca gravaram em estúdio, nem lançaram comercialmente. 

As canções foram apresentadas originalmente em shows como na BBC do Reino Unido e em clubes famosos da região, entre os anos de 1963 e 1965. Além das músicas que nunca foram gravadas oficialmente, o disco traz ainda sete faixas conhecidas dos fãs. Entre as 32 escolhidas, “Come On”, o primeiro single dos Stones é a faixa que apresenta “On Air”. Outros destaques do disco são “Fannie Mae” (originalmente gravada por Buster Brown em 1959), “Hi Heel Sneakers”, de Tommy Tucker, e “Cops And Robbers”, de Bo Diddley.

.: A autobiografia do primeiro-ministro canadense Justin Trudeau

Em 2016, Donald Trump foi eleito presidente dos Estados Unidos com um discurso extremamente conservador em relação aos mais diversos assuntos – entre eles imigração, política externa e saúde das mulheres. 

Cerca de um ano antes, Justin Trudeau havia liderado o Partido Liberal do Canadá numa vitória histórica, garantindo importante maioria parlamentar e tornando-se o primeiro-ministro do país. Embora sejam contemporâneos e governem países vizinhos, os dois são constantemente citados em posições antagônicas, já que o canadense tem chamado a atenção do mundo por sua abordagem política liberal e altamente progressista. 

A ideia de que uma das maiores forças do Canadá é sua diversidade é um dos pilares do seu discurso, e permeia todo o texto de “Tudo Aquilo Que Nos Une”, autobiografia de Trudeau, que a BestSeller coloca nas livrarias em outubro.

Quando Justin Trudeau nasceu, seu pai, Pierre Trudeau, era o primeiro-ministro do Canadá. Um dos mais admirados líderes políticos da história do país, Pierre foi uma influência determinante na vida de Justin. Ele começa o relato narrando as aventuras ao ar livre com o pai e os dois irmãos, os altos e baixos da infância na residência oficial, suas viagens pelo mundo ao lado de Pierre e alguns engraçados encontros infantis com nomes importantes da política na época, como o presidente americano Ronald Reagan e a Princesa Diana.

Mas, apesar de não negar sua influência, o líder canadense faz questão de apontar suas diferenças – que ficaram claras pela primeira vez, ele conta, ao ser reprovado em uma matéria na escola, onde o pai também havia estudado e sido um aluno exemplar. O jeito rígido de lidar com as pessoas e a intelectualidade um tanto conservadora não foram hereditárias: ao contrário de seu pai, Justin diz gostar de estabelecer conexões pessoais, nas ruas. E é famoso também por gostar de cultura pop – ele causou comoção na internet ao aparecer vestindo uma blusa de “O Guia do Mochileiro das Galáxias”, por exemplo.

Justin Trudeau não foge de momentos difíceis, e fala no livro sobre a separação dos pais, que foi prato cheio para os jornais à época, quando ele ainda era criança. O político conta como a luta da mãe contra o transtorno bipolar moldou sua relação com os filhos, e destaca ainda as divergências irreconciliáveis de personalidade entre os pais, cuja diferença de idade era de 30 anos.  Outra passagem emocionante é a morte de Michel, seu irmão mais novo, aos 23 anos. Ele desapareceu após uma avalanche enquanto esquiava, e a perda foi especialmente difícil para o pai, que acabou falecendo dois anos depois.

Em ordem cronológica, o premier canadense fala ainda da adolescência, com suas divertidas “tentativas de desenvolver uma identidade social”, a “acne terrível”, e o mau jeito com as meninas; conta sobre seu período na faculdade e a “breve fase de farra”; e narra como foi afetado por uma viagem de um ano pelo mundo feita em meio à faculdade. Trudeau relata ainda suas experiências como professor em escolas e instrutor de snowboard, seu amor pelo boxe e o começo de sua família, ao conhecer a hoje esposa, Sophie.

A entrada para a política, que sempre pareceu inevitável, acabou vindo mais tarde. Relutante em seguir os passos do pai, foi só em 2006 que ele decidiu participar mais de perto: quando os liberais perderam a eleição em janeiro, Trudeau sentiu que poderia oferecer algo à renovação do partido. Começou fazendo pesquisas, elaborando relatórios e, no ano seguinte, decidiu disputar um cargo no parlamento pelo distrito de Papineau, em Montreal. Desacreditado pelo próprio partido, por comentaristas e jornalistas, investiu numa campanha de “corpo a corpo”, conhecendo os eleitores nas ruas. A estratégia deu certo e, a partir daí, sua subida foi constante.

No relato, ele faz uma autocrítica importante da atuação do Partido Liberal que, em 2011, sofreu uma grande derrota. “O principal motivo foi o Partido Liberal ter perdido o contato com os canadenses, e nós estávamos ocupados demais com brigas internas para perceber. Acabamos pagando caro pelo erro”, escreve. Em suas campanhas seguintes, para a liderança do partido e, por fim, para o cargo de primeiro-ministro, Trudeau investiu em ouvir os jovens, abraçar as minorias e usar a internet com inteligência – algo muito parecido com o que Barack Obama havia feito nos EUA anos antes.

O livro ajuda a entender por que Trudeau é personagem habitual de reportagens que destacam suas opiniões progressistas sobre a legalização do aborto e da maconha, por exemplo, ou sua decisão de abrir as portas do país para mais de 40 mil refugiados em meio à crise no Oriente Médio e na Europa. Seu gabinete, um grupo heterogêneo formado por homens e mulheres das mais distintas ascendências e etnias, também chamou atenção na época de sua posse. Ao ser perguntado por que havia escolhido um grupo tão diverso, ele respondeu apenas: “Porque estamos em 2015”.

O livro traz ainda um encarte com dezenas de fotos, oficiais e pessoais, que ilustram desde a infância de Trudeau até sua relação com os filhos e suas campanhas políticas; além de um apêndice que reproduz cinco de seus principais discursos. 

Trecho:
“Quando eu tinha uns 17 anos, o grupo saiu para uma de nossas primeiras refeições chiques em um restaurante sofisticado no centro de Montreal. Como a maioria dos atos feitos por garotos de 17 anos, a saída foi organizada para impressionar garotas. Eu pedi carnard au vinaigre de framboise [pato com vinagre de framboesa] e fiz questão de inspirar profundamente ao emitir essas palavras para o garçom. Até hoje, meus amigos ainda falam em “bater no Justin até o pato sair” quando parece que estou deixando a situação me subir à cabeça. É um ótimo puxão de orelhas. Nos anos seguintes, independentemente de eu ser aluno, professor, monitor de acampamento ou de partido, esses bons amigos sempre me trataram da mesma forma. Para eles eu sou, e sempre serei, ‘apenas Justin’.”

Justin Trudeau é primeiro-ministro do Canadá e líder do Partido Liberal. Antes de ser eleito, foi professor, defensor do meio-ambiente e porta-voz da juventude. Nascido em 25 de dezembro de 1971, é o filho mais velho do ex-primeiro ministro Pierre Elliot Trudeau. É casado com Sophie Grégoire desde 2005, e eles têm três filhos: Xavier, Ella-Grace e Hadrien.

.: Sesc Santos apresenta musical em homenagem a Ariano Suassuna

O Sesc Santos apresenta musical em homenagem aos 90 anos de Ariano Suassuna. Com canções inéditas de Chico César, Beto Lemos e Alfredo Del Penho, encenação de Luiz Carlos Vasconcelos e texto de Bráulio Tavares, "Suassuna – O Auto do Reino do Sol" traz no elenco a companhia Barca dos Corações Partidos. 


Dias 19 e 20 de outubro, o Sesc Santos recebe em seu Teatro o espetáculo musical "Suassuna – O Auto do Reino do Sol", uma homenagem da cia. Barca dos Corações Partidos a Ariano Suassuna, que completaria 90 anos, em 2017. As apresentações serão na quinta-feira, dia 19 de outubro, às 21h, e sexta-feira, dia 20, às 19h. 

"Suassuna – O Auto do Reino do Sol" traz na essência uma série de características de seu homenageado. Ariano Suassuna (1927- 2014) defendeu incansavelmente a brasilidade e a valorização da cultura nacional, ao mesclar a arte popular e o universo erudito em todas as suas obras. Idealizadora deste tributo ao escritor paraibano, a produtora Andrea Alves, da Sarau Agência, lançou o desafio para a Cia. Barca dos Corações Partidos e convidou três ilustres conterrâneos de Ariano para criar algo totalmente inédito, inspirado em seu legado e desenvolvido em um processo coletivo. 

Desta forma, nasceu o musical, que chega a Santos nos dias 19 e 20 de outubro, no Teatro do Sesc Santos, com canções de Chico César, Beto Lemos e Alfredo Del Penho, encenação de Luís Carlos Vasconcelos e texto de Bráulio Tavares. Em 2007, a Sarau Agência realizou uma grande programação para festejar os 80 anos de Ariano e, desde então, foi criado um vínculo do escritor com Andrea, responsável por todas as montagens da "Barca dos Corações Partidos" e por uma série de projetos que celebraram a arte brasileira nos últimos 25 anos. 

"Há algum tempo, Ariano me falou: ‘Não venha comemorar meus 85 anos, eu não vou morrer, quero que você festeje os meus 90!’. Naquele momento me senti condecorada e com uma grande missão pela frente", conta a produtora. A ideia inicial surgiu em conversas de Andrea com Ariano, que se confessava um palhaço frustrado e que elegeu o palhaço de "O Auto da Compadecida" como um dos seus personagens prediletos. "Assim, surgiu a ideia de uma grande homenagem ao palhaço de Ariano e pensei na reunião da 'Barca dos Corações Partidos' com o que eu chamo de 'trio paraibano'. Assim foi sendo criada esta peça inédita, com músicas e texto originais, mas totalmente inspirada no legado de Ariano’, resume. A escolha de Ariano Suassuna foi também coerente com toda a trajetória da Barca dos Corações Partidos, fiel defensora de um repertório nacional e de um teatro que privilegia o intercâmbio de linguagens. 

Recentemente, o grupo arrebatou os principais prêmios da temporada (Prêmio APTR de Melhor Espetáculo, Música e Produção; Prêmio Shell de Direção para Duda Maia; Prêmio Cesgranrio de Direção, Direção Musical e Espetáculo; Prêmio Botequim Cultural de Melhor Espetáculo Musical, Direção, Autor, Ator (coletivo de atores), Me) com ‘Auê’ (2016), espetáculo construído apenas com músicas originais dos membros do grupo, responsáveis por utilizar no palco elementos de teatro, música, dança e performance. O grupo se formou no processo de "Gonzagão – A Lenda" (2012), celebração de outro ícone nordestino, Luiz Gonzaga, e logo em seguida reviveu um clássico de Chico Buarque ("Ópera do Malandro", 2014), ambos com direção de João Falcão. Chico César, Braulio Tavares e Luís Carlos Vasconcelos assistiram aos três trabalhos e aceitaram na mesma hora o convite para se unir nesta nova empreitada. 

"Além de ser um espetáculo que homenageia os 90 anos de Ariano Suassuna, quero falar do meu fascínio com essa trupe. Sempre trabalho com meus atores, com o meu grupo. Sempre tive receio de pegar um trabalho de outra companhia, mas tudo se dissipou em nosso primeiro encontro. É fascinante observar todas as possibilidades que estes atores tem como músicos, cantores, atores e palhaços", diz Luís Carlos, fundador do celebrado grupo Piollin e diretor de montagens emblemáticas, como "Vau da Sarapalha", em repertório desde a estreia, em 1992. 

O texto e as canções do musical foram produzidos ao longo do processo de ensaios, que começou ainda no ano passado, quando o elenco fez uma série de oficinas circenses e também excursionou pelo Nordeste brasileiro no que foi chamado de Circuito Ariano Suassuna. Guiados por Dantas Suassuna, filho de homenageado, a trupe esteve em Casa Forte (Recife), conheceu a famosa Pedra do Ingá e visitou a fazenda de Taperoá (Paraíba). 

Entre muitas palestras e oficinas, o grupo se preparou para o intenso processo criativo, em que se reuniram por oito horas diárias e apenas uma folga semanal nos últimos quatro meses. Neste período, Braulio Tavares idealizou a história central da montagem, centrada em uma trupe de circoteatro e nos acontecimentos de uma noite de apresentação do grupo. O picadeiro de um circo é o cenário perfeito para aparecerem personagens de Ariano, como João Grilo e Chicó ("O Auto da Compadecida") e outros conhecidos tipos da Literatura Clássica, além de servir como pano de fundo para as histórias dos integrantes da companhia fictícia. 

O projeto sempre quis falar de Ariano sem, no entanto, apresentar um espetáculo biográfico ou mesmo uma adaptação de suas obras. "Quando entrei na história, já estava decidido que não seria um espetáculo Armorial e que teríamos a liberdade de subverter, de trazer o Ariano de outras formas. A criação foi toda impregnada de Ariano, de seus personagens e de seu universo", relata Luís Carlos Vasconcelos, que trouxe toda a sua imensa bagagem como palhaço para o processo. "É uma homenagem ao Ariano palhaço. O público é guiado por uma espécie de Palhaço Mestre de Cerimônias, como era habitual em seu teatro", diz. A parte musical seguiu pelo mesmo caminho. Os textos poéticos e as letras das músicas usam as formas tradicionais de poesia popular que foram cultivadas por Ariano, como a sextilha, a décima, o martelo e o galope. 

Chico César, Beto Lemos e Alfredo Del Penho, mostravam as melodias e algumas letras surgiam de improviso, outras cabiam exatamente em alguns trechos do texto. A maioria das letras ficou a cargo de Bráulio Tavares, mas também tem canções de outros integrantes da companhia, como Adrén Alves e Renato Luciano. "Contaminação foi a palavra que define todo este projeto. As melodias foram contaminadas pelas letras e vice-versa. Criamos algo novo, mas totalmente contaminado por Ariano", analisa Chico, a quem o escritor chegou a dedicar um livro de poesias. O espetáculo está indicado em várias categorias do prêmio CESGRANRIO, inclusive Melhor Espetáculo.

Ficha Técnica 
"Suassuna – O Auto do Reino do Sol", Uma Encenação de Luiz Carlos Vasconcelos
Texto:
Bráulio Tavares
Música: Chico César, Beto Lemos e Alfredo Del Penho
Idealização e Direção de Produção: Andrea Alves Com a Cia. Barca dos Corações Partidos (Adrén Alves, Alfredo Del Penho, Beto Lemos, Fábio Enriquez, Eduardo Rios, Renato Luciano e Ricca Barros).
Atriz convidada: Rebeca Jamir
Artistas convidados: Chris Mourão e Pedro Aune
Cenografia: Sérgio Marimba
Iluminação: Renato Machado
Figurinos: Kika Lopes e Heloisa Stockler

Serviço: Dia 19, quinta-feira, às 21h | Dia 20, sexta-feira, às 19h. Local: Teatro Sesc Santos ( 750 lugares ) Duração: 120 minutos Não recomendado para menores de 12 anos Vendas Site: desde o dia 10 de Outubro. Bilheteria: desde o dia 11 de outubro. Valores R$ 20 (inteira) R$ 10 ( meia ) R$ 6 (Credencial plena)


sábado, 14 de outubro de 2017

.: "Tcheckov É Um Cogumelo" numa viagem alucinógena


Por Mary Ellen Farias dos Santos, em outubro de 2017

Cada vez mais, relaxar parece ser um verbo proibido de conjugar, assim como refletir. Contudo, o espetáculo teatral  "Tcheckov É Um Cogumelo", da Cia Estudio Lusco-Fusco, em cartaz no Teatro Sesc Santos até esse sábado, 14 de outubro, provoca o público a curtir a paz do silêncio, acalmar o corpo, apreciar os detalhes da vida e relaxar os nervos mesmo diante das reflexões originadas dos questionamentos humanos. Então, qual é o sentido da vida se dormimos, comemos e bebemos vodca?

Entretanto, antes das reflexões despontarem, o diretor André Guerreiro Lopes se apresenta usando um capacete de eletrodos, os quais exibirão numa tela gigante as ondas cerebrais dele. Em total silêncio, o passo-a-passo para relaxar o necessário e alcançar a reflexão é dado somente em palavras escritas.


Após levar o público para dentro da mente do diretor, chega a vez de entender a admiração dele por Tchekhov, claramente despertada por José Celso Martinez. Em meio a depoimentos, entram em cena "As Três Irmãs", da peça teatral do escritor russo.


A narrativa regada de reflexões provocantes é repleta de complementos. Nada em cena sobra. Desde a sonoplastia compassada até a interpretação sem falas, "Tchekhov É Um Cogumelo", é completo. É a alucinação perfeita do encanto que faz a mágica do teatro da vida.


O espetáculo que cria um vínculo com o público, brinca com sons e imagens da melhor e impressionante forma possível. Diante de uma grande tela, como se fosse um cinema ao vivo, que três mulheres demonstram seus anseios, medos e curiosidades. Retratam que independente de nacionalidade ou época, o protagonismo feminino sempre existiu. E você, está preparado para esse cogumelo?


Serviço

Peça ‘Tchekhov é um Cogumelo’
Quando: última apresentação - sábado, 14 de outubro
Horário: sexta, às 21h, e sábado, 20h
Onde: Sesc Santos
Endereço: rua Conselheiros Ribas, 136, Aparecida
Ingressos: de R$ 6 a R$ 20
Observações: não recomendado para menores de 14 anos
Os ingressos custam de R$ 6 a R$ 20.

Elenco: Djin Sganzerla, Helena Ignez e Michele Matalon, atrizes de gerações distintas, dividem o palco com o cantor Roberto Moura e os dançarinos Samuel Kavalerski e Fernando Rocha, com participação especial do grupo Embatucadores. Apresentação do diretor André Guerreiro Lopes, que interfere de forma inusitada na peça. 

* Mary Ellen Farias dos Santos é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do site www.photonovelas.com.br. Twitter: @maryellenfsm 


.: Noel Gallagher’s High Flying Birds anuncia “Who Built the Moon?”

Noel Gallagher’s High Flying Birds anunciou nesta semana o lançamento de seu terceiro disco. “Who Built the Moon?”, que já está disponível em  pré-venda, será o sucessor de “Chasing Yesterday”, lançado em 2015, e chega às lojas no dia 24 de novembro. 

O novo trabalho de Noel terá a produção do norte-irlandês David Holmes, conhecido no meio eletrônico, e ainda conta com a participação de Paul Weller e Johnny Marr, nas faixas “Holy Mountain” e “If Love Is The Law“, respectivamente. Em outubro o cantor virá ao Brasil para fazer a abertura dos quatro shows que o U2 fará no estádio do Morumbi, em São Paulo. 

Noel também divulgou a tracklist completa do disco. Confira: "Fort Knox" / "Holy Mountain" / "Keep On Reaching" / "It’s A Beautiful World" / "She Taught Me How To Fly" / "Be Careful What You Wish For" / "Black & White Sunshine" / "Interlude" ("Wednesday Part 1") / "If Love Is The Law" / "The Man Who Built The Moon" / "End Credits" ("Wednesday Part 2") / Bonus Track: "Dead In The Water" (Live at RTÉ 2FM Studios, Dublin).

.: Historiador contesta versão oficial sobre assassinato dos Romanov

Em 1917, a Revolução Russa mudou a configuração do país – e depois, consequentemente, do mundo – ao derrubar a monarquia e alçar o partido bolchevique e seu regime socialista soviético ao poder. 

Durante pouco mais de um ano, o tsar deposto, Nicolau II, viveu em prisão domiciliar e posterior exílio com a família – a esposa e cinco filhos. Em julho de 1918, toda a família foi executada na cidade de Ecaterimbugo, num dos mais emblemáticos episódios da revolução. 

Embora essa seja a história oficial, sempre houve teorias de que alguns dos membros do clã Romanov pudessem ter, secretamente, escapado da morte. O historiador Marc Ferro é um dos que questiona esta narrativa, como mostra em “A Verdade Sobre a Tragédia dos Romanov”, que a Record lança em outubro.

Em intenso trabalho de pesquisa, Ferro consultou documentos, depoimentos e diários, analisou casos como os de juízes e testemunhas subitamente mortos ou executados, peças do dossiê de instrução subutilizadas e testes de DNA controversos. Por fim, chegou à conclusão de que a tsarina e suas filhas teriam sido salvas graças a um acordo secreto entre bolcheviques e alemães, a partir do qual – e para sempre – elas deveriam se calar sobre terem sobrevivido.

No livro, o especialista em história européia do início do século XX e em história da Rússia e da União Soviética constrói a sua tese: ele detalha seu processo de apuração, revisita as tensões da época e analisa a posterior investigação conduzida pela Rússia. O livro traz ainda um apêndice com a íntegra de alguns dos documentos citados por Ferro, uma cronologia dos acontecimentos e a genealogia da família Romanov, entre outros extras.

Trecho:

“Neste inverno, recebi o telefonema de uma colega americana que ainda não conhecia, Marie Stravlo. De um fôlego só, ela disse: ‘Olá, Marc Ferro, encontrei o rastro de Olga, filha do tsar. Os documentos estão no Vaticano. Você tinha razão em Nicolau II. Suas filhas não foram executadas.’
Há um mês, Marie Stravlo bateu à minha porta, orgulhosa e feliz por ter em mãos o diário de Olga Romanov, escrito nos anos 1950 e intitulado 'Io Vivo'... ['Eu Vivo']. ‘Como você conseguiu descobrir a verdade?’, perguntou ela.
Eu lhe respondo neste livro.
Para ser honesto, minha hipótese, formulada pela primeira vez em 1990 em uma biografia de Nicolau II, foi recebida na França com uma indiferença e um silêncio glaciais. ‘Uma farsa!’, escreveu um jornal londrino.
Como se poderia pôr em dúvida o que se sabia há muito tempo, ou seja, que em 16 de julho de 1918, na casa Ipatiev, em Ecaterimburgo, Nicolau II, sua esposa, seu filho e suas quatro filhas foram selvagemente executados pelos bolcheviques?”

Marc Ferro é historiador e diretor acadêmico da Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais, em Paris, codiretor da revista Les Annales e coeditor do Journal of Contemporary History. É autor, entre outros, de “Cinema e História” e “Reviravolta da História: a queda do muro de Berlim e o fim do comunismo, ambos pela Paz & Terra.

.: A infância retratada na obra de Clarice Lispector

Apesar de pouco abordado pela crítica, o tema da infância percorre, de forma significativa, toda a obra de Clarice Lispector. Grande parte dos textos que compõem a coletânea “Felicidade Clandestina” traz os anos iniciais da vida para o primeiro plano da narrativa, seja em contos em que a autora fala das lembranças do seu tempo de menina, seja em outros em que retrata as reverberações de experiências fundadoras, como o primeiro beijo.

Uma palestra ministrada pela editora do selo infantil da Companhia das Letras, Mell Brites, no Centro de Pesquisa e Formação do Sesc, no dia 19 de outubro, aborda alguns dos contos que integram essa obra, como "Felicidade Clandestina", "Restos do Carnaval" e "Cem Anos de Perdão", e os livros infantis da autora, possibilitando uma visão ampla e diversificada do olhar de Clarice perante essa época em que se experimenta o mundo pela primeira vez.

Mell Brites é mestre em literatura brasileira pela Universidade de São Paulo, com pesquisa sobre a infância e os livros infantis de Clarice Lispector. Sobre o tema, já publicou artigos na Revista Emília, no periódico uruguaio SIC, na revista argentina Cultura LIJ, entre outros.

Sobre o CPF Sesc: Inaugurado em agosto de 2012, o Centro de Pesquisa e  Formação do Sesc é uma unidade do Sesc São Paulo voltada para a produção de conhecimento, formação e difusão e tem o objetivo de estimular ações  e desenvolver estudos nos campos cultural e socioeducativo.

Além do Curso Sesc de Gestão Cultural - que visa a qualificação para a gestão cultural de profissionais atuantes no campo das Artes, tanto de instituições públicas como privadas - a unidade proporciona o acesso à cultura de forma ampla, tematicamente, por meio de cursos, palestras, oficinas, bate-papos, debates e encontros nas diversas áreas que compreendem a ação da entidade, como artes plásticas e visuais, ciências sociais, comportamento contemporâneo e cotidiano, filosofia, história, literatura e artes cênicas, voltadas para o público em geral.

"As Infâncias de Clarice Lispector"
Dia 19 de outubro de 2017, quinta, das 19h30 às 21h30.
Recomendação etária: 16 anos. Número de vagas: 30.
R$ 15 (inteira); R$ 7,50 (aposentado, pessoa com mais de 60 anos, pessoa com deficiência, estudante e professor da rede pública);  R$ 4,50 (trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo credenciado no Sesc e dependentes).
Tradução em Libras disponível. Faça sua solicitação com no mínimo dois dias de antecedência da atividade através do e-mail centrodepesquisaeformacao@sescsp.org.br.
Informações e inscrições pelo site (sescsp.org.br/cpf) ou nas unidades do Sesc no Estado de São Paulo.

Centro de Pesquisa e Formação do Sesc
Rua Dr. Plínio Barreto, 285 – 4º andar.
Horário de funcionamento: de segunda a sexta, das 10h às 22h. Sábados, das 9h30 18h30.
Telefone: (11) 3254-5600

.: Poeta e cantora, Branca Lescher lança álbum no Teatro Guarany


Com 12 canções inéditas de sua autoria e uma de Marcelo Segreto, a cantora, compositora e poeta Branca Lescher lançará "Branca", seu segundo álbum, em show no Teatro Guarany, em Santos, nesse sábado, dia 14 de outubro, às 21h. Com arranjos de Zeca Loureiro e Sidney Ferraz Jr. e projeto gráfico de Artur Lescher, "Branca" conta com parcerias de Marcelo Beba Zanettini, Sérgio Molina, Fábio Madureira, Herbert Allucci, Paulo Pascali Jr. Sidney Ferraz e Zeca Loureiro. 

"Desatino" (Branca Lescher / Sergio Molina), "Cola em Mim" (Branca Lescher), "Seu Rosto Bonito" (Branca Lescher / Paulo Pascali Jr.), "O Que É Que Eu Faço Contigo?" (Branca Lescher / Paulo Pascali Jr.), "Não Te Enganes" (Branca Lescher / Herbert Allucci), "Por Um Instante Apenas" (Branca Lescher / Marcelo Beba Zanettini), "Polaroid" (Branca Lescher / Sidney Ferraz), "Fora do Ar" (Marcelo Segreto), "Barra de Guaratiba" (Branca Lescher / Zeca Loureiro), "Moldura" (Branca Lescher / Fábio Madureira), "Domingo" (Branca Lescher) e "O Tempo Varreu em Mim" (Branca Lescher) formam o repertório do disco. 

“Depois do primeiro CD lançado em 2005, só mesmo uma razão muito especial me faria gravar um outro álbum. Então eu comecei a compor, e essa foi a razão para um novo trabalho”, conta Branca, que agora inicia uma turnê de lançamento. O álbum já está nas lojas e nas plataformas digitais. 

Branca iniciou sua carreira musical nos anos 1990. Com personalidade inquieta e uma particularidade que a favorece, a artista é extremamente estudiosa, está em constante busca de aperfeiçoamento tanto na música quanto na poesia. Especializou-se em canção popular, criação, produção musical e performance pela Faculdade Santa Marcelina. Foi aluna de Regina Machado na escola “Canto do Brasil” além de ter sido aluna de Inês Stockler, Cida Moreira e Beth Amin. Faz parte do “Projeto Cantora Integral”. 

No seu CD de estreia “Intimidade e Silêncio” - 2005, produzido por Leandro Bomfim, interpretou canções de Ary Barroso, Tom Jobim, Geraldo Vandré, Caetano Veloso entre outros. Em 2016, lançou o seu primeiro livro de poesias “Fibromialgia” pela editora Benfazeja com prefácio de Marcelo Segreto. 

Serviço:
Data e horário: sábado, 14 de outubro,  às 21h
Local: Teatro Guarany – Praça dos Andradas, 100 - Centro, Santos/SP 
Telefone: (13) 3219-3828

Para ouvir: 

sexta-feira, 13 de outubro de 2017

.: "Oswaldo", nova animação da Cartoon, sobre pinguim criado como garoto


Série animada original da Birdo Studio, “Oswaldo” mostra o dia a dia de um garoto de 12 anos que, com os amigos, enfrenta o desafio de sobreviver à escola. Esse cenário seria bem normal, se Oswaldo não fosse um pinguim. Sim, um pinguim que usa óculos e está no sexto ano do colégio. 

Com humor ágil e recheada de piadas da cultura pop, a série acompanha o personagem título e a sua imensa habilidade de transformar as mais simples situações da vida em jornadas épicas. As esquisitices do Oswaldo são parte do cotidiano da sua família e amigos que entendem que são as nossas excentricidades que tornam cada um de nós especial. Com indicação etária de 9 a 12 anos, a primeira temporada é composta de 13 episódios de 11 minutos e vai estrear em outubro no Cartoon Network e na TV Cultura.

Uma criança meio estranha
Oswaldo foi encontrado na praia quando era um filhotinho adorável e cresceu numa família humana curtindo videogames, pizza, RPG e piadas da internet. Seus pais - uma mãe médica um tanto controladora e um pai atlético e tranquilão com um trabalho difícil de entender - não dão muita bola para as maluquices do filho, criado como uma criança qualquer. “Todo mundo já se sentiu meio pinguim na vida, especialmente na época da escola. O Oswaldo se sente meio deslocado mas nem percebe que é diferente dos outros porque vive num mundo só dele em que tudo que a imaginação cria pode ser realidade”, comenta Pedro Eboli, criador da série.

Seu jeito desastrado e superempolgado o aproximou de Leia e Tobias, duas crianças tão peculiares quanto o próprio Oswaldo. Leia adora RPG, miniaturas e jogos de tabuleiro e essa animação toda a deixa com altas expectativas, principalmente em relação às suas notas. O fato de ser a filha da diretora também não facilita as coisas. Um tanto avoado, Tobias pode ser meio sem noção e sua agitação triplica qualquer loucura inventada por Oswaldo. “O fato de os três aceitarem com tranquilidade as peculiaridades dos outros é o que cria uma afinidade imediata entre eles. A amizade é tão forte e verdadeira que os três só precisam deles mesmos para se acharem os mais descolados do mundo”, explica Luciana Eguti, sócia da Birdo Studio. “Essa dinâmica entre se sentir deslocado e encontrar uma turma que te acolhe é uma experiência comum a muitas crianças e acreditamos que será a grande identificação do Oswaldo com o seu público”, complementa Paulo Muppet, também sócio da Birdo.

Como tudo começou
A motivação da série veio da infância de Pedro Eboli, que se sentia meio pinguim no Rio de Janeiro dos anos 1980 e 1990. A atmosfera do Rio se tornou a locação para situações que muitas crianças (de qualquer idade) já passaram, como lidar com professores rígidos, tirar um desconhecido no amigo secreto, lidar com micos públicos, desafiar um campeão invicto do colégio, entre outras desventuras. “Oswaldo é um projeto com um DNA bem brasileiro mas com metáforas universais da infância. Usamos elementos característicos de 20 anos atrás - como a locadora de games e o jogo de bafo - que são quase relíquias hoje, mas as crianças ainda entendem e curtem”, explica Antônio Linhares, diretor da série em conjunto com Pedro Eboli.

A animação mobilizou uma equipe de 54 profissionais, entre animadores, designers e produtores da Birdo, além de roteiristas convidados. A direção das vozes originais ficou a cargo de Melissa Garcia, da Ultrassom Music Ideas, reconhecida pelo trabalho nas animações Irmão do Jorel e S ítio do Picapau Amarelo . Além de dirigir, Melissa dá voz à Leia. Oswaldo é protagonizado pelo ator Joel Vieira e Vini Wolf dá vida a Tobias. A trilha sonora e mixagem foram desenvolvidas pela Submarino Fantástico, responsável pelas séries infantis dos canais Discovery Kids, Nickelodeon e Gloob.

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