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sábado, 19 de abril de 2025

.: Entrevista com Rosane Svartman, autora de "Dona de Mim", próxima novela das sete


Em "Dona de Mim", Rosane Svartman promete mais uma vez envolver os telespectadores com uma história poderosa, que reflete sonhos, desafios e a força de protagonistas femininas. Foto: Globo/ Débora Santiago

Rosane Svartman, conhecida pelo talento e sensibilidade ao contar histórias, é a autora de "Dona de Mim", a nova novela das sete da TV Globo, que estreia no dia 28 de abril. A trama chega cercada de grandes expectativas, já que Rosane é responsável por sucessos como "Totalmente Demais", "Bom Sucesso" e "Vai na Fé", novelas que conquistaram o público e a crítica com enredos emocionantes, personagens marcantes e diálogos afiados.

Com uma sólida trajetória como autora, diretora e produtora, Rosane tem se destacado por abordar temas atuais com profundidade e leveza, sempre colocando em cena representatividade e questões sociais relevantes. Agora, com "Dona de Mim", ela promete mais uma vez envolver os telespectadores com uma história poderosa, que reflete sonhos, desafios e a força de protagonistas femininas. A estreia marca mais um capítulo importante na carreira da autora, que tem se firmado como uma das principais vozes da teledramaturgia brasileira contemporânea.

O que a inspirou para criar a história de "Dona de Mim"?
Rosane Svartman - Acredito que a criação está ligada ao instinto. O desafio é ter a sensibilidade de intuir o espírito do momento, os assuntos de interesse, as trajetórias e os personagens que a sociedade deseja acompanhar. E, assim, contamos histórias. Leona é uma personagem que entra em um buraco e sai gigante. Como ela fará isso é a sua trajetória na novela. O título está relacionado a esse esforço de tentar tomar as rédeas de sua vida em uma sociedade acelerada e repleta de violências.


Qual são os temas centrais de "Dona de Mim"? 
Rosane Svartman
 - Através da Leona (Clara Moneke), a história fala sobre a maternidade de forma prismática, abordando diferentes possibilidades do que é ser mãe, inclusive a escolha de não ser, e o seu impacto direto na vida das mulheres da trama. A Leo é uma mulher que passou pelo trauma de ter uma gravidez tardia interrompida. Ela já tinha comprado roupinha, feito chá de fralda, já se sentia mãe. E, quando ela perde essa criança, abre mão de tudo. Do casamento, da faculdade, ela realmente não consegue seguir adiante. Mas isso é a história pregressa da Leo. Quando a trama começa, ela é uma mulher batalhadora e alto-astral que tenta esconder sua dor, mas nem sempre consegue. Ela quer não só ajudar a família dela, mas também superar esse trauma. Ela não sabe, mas a felicidade sempre encontra um caminho, e conhecer Sofia é o começo de uma grande transformação. Além desse conflito em relação à maternidade da Leo (Clara Moneke), a gente tem os encontros e desencontros amorosos, claro. A gente tem conflitos da sociedade, também, e pela sucessão da fábrica de lingeries Boaz, que se torna uma grande briga por poder em família. 

  

Como você acha que esses temas vão se conectar com o público? 
Rosane Svartman - Eu acho que o desafio de qualquer pessoa que cria, que faz novela, é justamente trazer temas que o público vai curtir e comentar depois que o capítulo terminar. Eu acredito que o poder está sempre no espectador. É ele que vai pegar qualquer cena que eu colocar numa novela e fazer uma leitura de acordo com a sua própria trajetória, com a sua própria experiência de vida. Além das diversas formas de maternidade, vamos falar de segurança pública, envelhecimento, saúde mental, esporte e outros temas que provocam conversa, mostrando pontos de vista e reflexões. Tudo isso sem deixar de lado o entretenimento e o objetivo de contar uma boa história. 
 

Pode falar mais sobre a relação especial entre a Leo (Clara Moneke) e a Sofia (Elis Cabral)? 
Rosane Svartman - Por um lado, a Sofia vive em uma “ilha”, em vários sentidos. Ela mora numa casa dentro de um condomínio, cercada por adultos. Por causa disso, no começo da novela, para chamar atenção, ela faz muita bagunça e traquinagem, principalmente com as babás. Os adultos estão muito ocupados, ninguém tem realmente tempo para ela. E, por outro lado, a Leo é essa mulher que já quis muito ser mãe, que teve um trauma enorme e tem medo de voltar a engravidar. Com a Sofia, ela começa uma relação de afeto que, aos poucos, vai ajudá-la a superar esse trauma. 

E o que você destaca na relação entre a Sofia (Elis Cabral) e o Abel (Tony Ramos), que não é o pai biológico dela? 
Rosane Svartman - O Abel promete para Ellen (Camila Pitanga) que vai ser o melhor pai que ele consegue ser para a Sofia. E ele é. O problema é que ele não tem tempo para essa menina, mas ele a ama, se considera o pai dela e quer o seu bem. Mas é claro, o pai biológico vai aparecer em algum momento. Então, isso vai se tornar um desafio para Abel. 


Quais são os principais desafios que Abel (Tony Ramos) e Filipa (Cláudia Abreu) enfrentam como casal na trama? 
Rosane Svartman - O Abel cursava Letras, pertencia a um grupo de poesia na faculdade, mas precisou abandonar tudo para cuidar do chão de fábrica na Boaz. Ele tem saudades dessa época. Conheceu a Filipa num sarau, e, em seis meses, já estavam com o casamento marcado. No dia da cerimônia, Ellen (Camila Pitanga) chega com Sofia no colo, à beira da morte. Abel assumiu a criança e nunca contou para Filipa que não era o pai biológico de Sofia. Já Filipa teve de aceitar de uma hora para outra ser madrasta de uma bebê de colo. Isso mudou completamente a relação deles. A Filipa tem uma filha que foi morar em Portugal com a avó, e ela acaba se frustrando novamente por não conseguir ser mãe, cuidar de Sofia. O Abel, neste casamento, sente muita falta dos olhos brilhando, da felicidade da mulher com quem ele se casou, e ele não sabe o que fazer para trazer isso de volta. 
 

Sobre a amizade entre Leo (Clara Moneke), Kami (Giovanna Lancellotti) e Pam (Haonê Thinar), que é um ponto central da novela: como descreveria cada uma? 
Rosane Svartman - Kami é uma periguete vencida, de bom coração; Leo é a enrolada que tenta ajudar todo mundo; e a Pam, a amiga gentil, mas que não leva desaforo para casa. É muito legal poder falar de amizade feminina. São mulheres jovens, amigas de colégio, uma relação de longa data. O que traz muita intimidade, mas, ao mesmo tempo, também faz com que seja mais fácil se machucarem. 

 
Em resumo, o que o público pode esperar de "Dona de Mim"? 
Rosane Svartman - O que o público pode esperar de uma novela: entretenimento, diversão, romance, informação, temas relevantes, identificação, um pouco de escapismo, talvez. A gente gosta de assistir a uma história e se imaginar em outro lugar. E digo a gente porque sou noveleira e, para mim, "Dona de Mim" traz os ingredientes que eu também gosto em uma novela.

.: "Pecadores" vem sacudindo os cinemas brasileiros em plena Semana Santa


"Pecadores", o novo filme da Warner Bros. Pictures, invadiu as telonas da rede Cineflix e de cinemas de todo o Brasil. Estrelado pelo sempre incrível Michael B. Jordan, em dose dupla (sim, ele vive dois personagens!), e dirigido pelo premiado Ryan Coogler, diretor indicado ao Oscar por “Pantera Negra” “Creed: nascido para Lutar”, o longa-metragem já chegou com moral: 100% de aprovação no Rotten Tomatoes. Ou seja, a crítica amou, e agora é a sua vez de sentir esse impacto.

Na trama, Jordan interpreta os gêmeos Smoke e Stack, que voltam para a cidade natal tentando deixar o passado pra trás. Só que o que era pra ser um novo começo vira um pesadelo cheio de segredos sombrios e forças sinistras que estavam só esperando eles voltarem...


“'Pecadores' é tantas coisas, tem tantas camadas. Quero que as pessoas levem com elas tudo o que filmamos, fizemos, criamos. É uma experiência divertida. Eu quero que elas se divirtam, mas também reflitam”, conta Michael B. Jordan, que não veio para brincadeira nesse filme. “Quero que pensem no filme e nos personagens mesmo depois da sessão, e que sintam a música em seus ossos. A trilha é parte viva da narrativa”

Escrito e dirigido por Ryan Coogler, o filme marca a estreia do cineasta no gênero de terror com uma obra que ele define como sua “carta de amor ao cinema”. “Foi na experiência coletiva do medo, dentro de uma sala escura cheia de desconhecidos, que nasceu minha paixão pelo cinema. Pecadores foi feito para ser visto assim — com uma multidão. É sobre o medo, mas também sobre pertencimento”, conta Coogler. 

Antes da estreia oficial, o filme rolou em pré-estreias especiais nas principais capitais brasileiras. Em Salvador, a sessão ainda teve um bate-papo com nomes como João Sales (@maratonize), Donna Paula Soares (@donnacachos), o jornalista João Paulo Barreto e Gleissia Santos, do Instituto Cultural Steve Biko. Foi papo sério sobre o impacto social da história e suas camadas mais profundas.

Além de Jordan, o elenco está pesadíssimo: Hailee Steinfeld, Miles Caton, Jack O'Connell, Wunmi Mosaku, Jayme Lawson, Omar Miller, Li Jun Li e Delroy Lindo. E a equipe criativa é um show à parte, com velhos parceiros de Coogler, como a diretora de fotografia Autumn Durald Arkapaw, a figurinista ganhadora do Oscar Ruth E. Carter, e o compositor Ludwig Göransson, que já assinou trilhas memoráveis. "Pecadores" é uma produção da Proximity Media e está sendo lançado nos cinemas do mundo todo pela Warner Bros. Pictures.

Assista no Cineflix mais perto de você
As principais estreias da semana e os melhores filmes em cartaz podem ser assistidos na rede Cineflix CinemasPara acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica no Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SANO Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021.


"Pecadores" (legendado)
Título original: "Sinners". Classificação: 16 anos. Ano de Produção: 2025. Idioma: inglês. Diretor: Ryan Coogler. Duração: 2h18m. Com: Michael B. Jordan, Hailee Steinfeld e Jack O'Connell e outros. Distribuição: Warner Bros. Pictures.


"Pecadores" no Cineflix Santos
17/3/2025 - Quinta-feira: 18h10 e 21h00
18/3/2025 - Sexta-feira: 18h10 e 21h00
19/3/2025 - Sábado: 18h10 e 21h00
20/3/2025 - Domingo: 18h10 e 21h00
21/3/2025 - Segunda-feira: 18h10 e 21h00
22/3/2025 - Terça-feira: 18h10 e 21h00
23/3/2025 - Quarta-feira: 18h10 e 21h00


segunda-feira, 14 de abril de 2025

.: "Carga Viva" entrelaça poesia, crise climática e ecos da redemocratização


No romance, que combina realismo e elementos fantásticos, passado e presente se conectam através de um livro de poesias, resgatando marcos históricos do Brasil e narrando o país de hoje. Na imagem, capa de Carga Viva ao lado da autora. Ana Rüsche. Foto: Luiza Sigulem


A premiada escritora Ana Rüsche lança o romance "Carga Viva". Além de marcar os 40 anos da eleição de Tancredo Neves, a obra integra os lançamentos que comemoram os 50 anos de atividades da editora Rocco. Com uma linguagem densa, o livro alterna entre diferentes núcleos narrativos e explora a paisagem e a natureza como elementos centrais. 

"Carga Viva" entrelaça dois núcleos narrativos conectados por um livro de poesias. O primeiro, ambientado em 1985, apresenta uma história de amor entre dois homens isolados em Ubatuba. Um deles, advogado e poeta, vive seus últimos dias após contrair o vírus HIV, enquanto o Brasil vive o conturbado período da eleição indireta de Tancredo Neves (1910 - 1985), presidente da república eleito em um Colégio Eleitoral, mas não empossado por circunstância de sua morte. 

O segundo núcleo se passa nos dias atuais, em São Paulo, onde duas irmãs afastadas precisam viver juntas por força das circunstâncias — um marido agressor e uma gravidez em curso em meio ao agravamento da crise climática e o fantasma do vírus da Covid-19. O elo entre esses dois núcleos é um livro de poesia escrito pelo poeta em 1985 e estudado no futuro por uma das irmãs.

O tratamento dado à trama é realista, mas incorpora elementos insólitos, o que é comum na bibliografia de Ana Rüsche, autora que discute por meio de literatura e textos não-ficcionais sustentabilidade e o agravamento da crise climática mundial. Em "Carga Viva", o elemento insólito é o “prata viva”, substância que, quando ingerida, provoca alucinações, fortalece o sistema imunológico e altera o sonho. Esse elemento dá ao poeta uma vida mais longa e, no presente, é consumido por uma das irmãs, despertando reações sociais preconceituosas. 

A história se completa com um amigo alemão, dono da casa de praia onde o casal de 1985 se abriga. Ao ser demitido, ele desce a serra para viver uma temporada consumindo o "prata viva" e tendo contato com poesia pela primeira vez. Essa interseção entre o insólito e o estrangeiro cria um suspense narrativo que altera os rumos das histórias conhecidas, abrindo a imaginação a desfechos alternativos.

O livro terá lançamentos presenciais ao longo de 2025 em cidades como Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro. A agenda da escritora começa com o lançamento do livro em Brasília, dia 25 de abril, sexta-feira, às 19h00, na Livraria Circulares (Comércio Local Norte 113, BL A, loja 7 - Asa Norte). No dia 8 de maio, quinta-feira, 19h00, segue para São Paulo, com evento na Livraria da Tarde (R. Cônego Eugênio Leite, 956 - Pinheiros). Compre o livro "Carga Viva" neste link.

Referências estéticas
A obra é baseada em eventos políticos expressivos, como a morte de Tancredo Neves em 1985, as Diretas Já, manifestações ocorridas entre 1983 e 1894; e as motociatas bolsonaristas, iniciadas em 2021. Essa abordagem dialoga com a literatura contemporânea de autores, que revisitam acontecimentos históricos, como Maria Valéria Rezende, Mariana Enriquez e Maryse Condé. 

Na construção da narrativa homoafetiva, referências importantes foram os textos de Alberto Guzik, Caio Fernando Abreu e João Silvério Trevisan, além da pesquisa histórica de Renan Quinalha e dos ensaios de Eduardo Jardim e Susan Sontag sobre a representação literária sobre HIV/AIDS. 


Sinopse de "Carga Viva"
Um livro de poesia une duas histórias: a de um poeta com HIV à beira da morte em 1985 e a de sua leitora, uma professora grávida de um namorado violento. Do início da redemocratização à crise climática, um livro com elementos fantásticos une duas histórias para narrar o Brasil atual.

Sobre a autora
Ana Rüsche é finalista do Prêmio Jabuti com "A Telepatia São os Outros" (Monomito, 2019), livro vencedor do prêmio Odisseia de Literatura Fantástica. O livro foi publicado na Itália pela FutureFiction com o título "Telempatia" (2023), com lançamento no Salão do Livro de Turim. À época da publicação, mesmo com a Flip, o Estadão incluiu o livro como um dos “dez livros essenciais” em julho de 2019. Recentemente, um colunista da Folha da área de ciência, Reinaldo José Lopes, sublinhou a hipótese e a pesquisa feita na obra.

Estreou em 2005, publicando poesia, gênero no qual possui quatro títulos. O primeiro foi também publicado no México e uma seleção do Furiosa, publicada nos EUA de forma independente. A prosa poética "Do amor: o Dia em que Rimbaud Decidiu Vender Armas" (Quelônio, 2018) foi finalista do Prêmio Nascente USP. 

Foi uma das escritoras convidadas da última WorldCon - World Science Fiction Convention, em Chengdu, China. Possui contos publicados na Coreia do Sul, Colômbia, México, Itália e no Brasil, destacando-se “Canção da Autora”, publicado na antologia "O Dia Escuro: contos Inquietantes de Autoras Brasileiras", organizado por Fabiane Secches e Socorro Acioli (Companhia das Letras, 2024). 

Concluiu o Pós-Doutorado em Teoria Literária da FFLCH-USP sobre crise climática e literatura. Realiza o segundo Doutorado na UnB — Universidade de Brasília, na área de ecocrítica . É doutora em Letras pela USP com a tese “Utopia, Feminismo e Resignação em 'The Left Hand of Darkness' (de Ursula Le Guin) e 'The Handmaid’s Tale' (de Margaret Atwood)”. É formada em Letras e também em Direito pela USP, sendo mestre em Direito Internacional. Ministra cursos para diferentes instituições, como o Centro de Pesquisa e Formação do Sesc, a Poiesis e CLACSO - Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales. Colaborou com o Suplemento de Pernambuco e com a Revista 451 com resenhas e artigos de crítica, entre outros veículos. Garanta o seu exemplar de "Carga Viva" neste link.

.: "Nunca Desista de Seus Sonhos", com Nizo Neto, até dia 19, no Teatro Bor


Sucesso absoluto de público e crítica, comédia baseada no Best Seller de Augusto Cury, em turnê há quatro anos, retorna a São Paulo para curta nova temporada. Foto: Gilberto Rosa

“Vale a pena viver a vida, mesmo quando o mundo parece ruir aos nossos pés. Para isso, devemos usar nossos sonhos para temperar a existência, nossas dores para nos construir e não para nos destruir”. Esse pensamento de Augusto Cury, médico psiquiatra e considerado o autor mais lido da década, nos dá apenas um aperitivo do que o público pode esperar ao assistir à comédia reflexiva “Nunca Desista de Seus Sonhos”. A peça, baseada no livro homônimo de Cury, propõe ao público uma viagem de autoconhecimento, reflexão sobre a sua própria vida e sobre a necessidade de uma orientação psicológica diante de problemas auto sabotadores, além do entendimento de seus sonhos como objetivos a serem buscados em qualquer tempo.

No palco, os protagonistas Maximiliana Reis e Nizo Neto experimentam uma verdadeira salada de emoções, indo do riso à angústia, passeando por mensagens de resiliência, motivacionais e de muita esperança. Em busca da felicidade, mesmo quando tudo parece dar errado.  “Devemos gritar em silêncio que os melhores dias estão por vir, enfrentar os períodos mais tristes da vida não como pontos finais, mas como vírgulas para continuar a escrever nossa trajetória”, completa Cury, que adaptou o texto para a linguagem do teatro, ao lado de Ingrid Zavarezzi. A direção é assinada por Rogério Fabiano. No elenco, também estão Marília Machado e Murilo Cunha. A classificação é livre.

A trama conta a trajetória da psicóloga Carol, de 60 anos, que vive em pé de guerra com a filha, de 16, típica representante da Geração Z, mimada e viciada em redes sociais. Usando a metodologia do Dr. Cury, Carol tem um enorme sucesso nos tratamentos de seus pacientes, porém, ela não consegue aplicar esses ensinamentos para resolver a sua vida. Além de Carol, temos um leque de personagens: Breno, um empreendedor falido, que luta contra o estigma de ser um derrotado; uma senhora de mais de 80 anos que desistiu de viver; uma secretária, de 35, que sonha ser mãe, mas vive um casamento inter-racial e tem medo de colocar uma criança negra numa sociedade preconceituosa; um estudante de Medicina, de 32, que pensa em largar tudo por não concordar com a doutrina da faculdade; e um menino, de 12, que odeia estudar e começa a ter questionamentos sobre a vida e o futuro.

A história ainda mistura ficção com situações reais. Passagens de vida do próprio Cury, de Abraham Lincoln, Martin Luther King e Jesus Cristo ilustram a produção. Como, por exemplo, numa cena em que o Dr. Augusto Cury (vivido por Nizo Neto) conversa com o neto. “É uma obra que fala sobre a importância de sonhar com disciplina, tomar as rédeas da vida, entender que nosso universo pessoal não é uma ilha e que isso vale para todas as gerações. Grandes figuras da história da humanidade vivenciaram as mesmas dúvidas e problemas que nós, hoje, vivenciamos, e nossos personagens também”, detalha a autora e roteirista Ingrid, que, em 25 anos de carreira, coleciona trabalhos na TV, no teatro e na web. Entre os destaques: escreveu o seriado “Beijo me liga” para o Multishow (vencedor do prêmio Converge Mobile Marketing); foi autora de “Malhação conectados (Globo); e para a web, escreveu para o canal de humor teenager “Planeta das gêmeas”, com milhões de visualizações. Ela ainda recebeu o prêmio Profissão Entretenimento IATEC/ SENAC/ TV Globo na categoria Roteiro.


Sinopse de "Nunca Desista de Seus Sonhos"
A psicóloga Carol, de 60 anos, vive em pé de guerra com a filha adolescente, viciada em redes sociais. Seguidora da metodologia de Augusto Cury, tem sucesso no tratamento com seus pacientes, porém, ela mesma não consegue aplicar os ensinamentos para resolver a sua vida. Além de Carol, há outros personagens: um empreendedor falido, de 58, que luta contra o estigma de ser um derrotado; uma senhora, de 80, deprimida; uma secretária, de 35, que sonha ser mãe, mas vive um casamento inter-racial e tem medo de colocar uma criança negra numa sociedade preconceituosa; um estudante de Medicina, de 32, que quer largar tudo por não concordar com a doutrina da faculdade; e um menino, de 12, que odeia estudar e começa a ter questionamentos sobre a vida e o futuro.


Ficha técnica
Espetáculo “Nunca Desista de Seus Sonhos”
Adaptação: Augusto Cury e Ingrid Zavarezzi
Direção: Rogério Fabiano
Elenco: Maximiliana Reis, Nizo Neto, Marília Machado e Murilo Cunha
Direção geral de produção: Luciano Cardoso
Cenário e criação de luz: Rogério Fabiano
Técnico responsável: Nando
Direção musical e Trilha Sonora: Miguel Briamonte
Produção administrativa financeira: Rafael Sandoli
Assistente de produção: Magnus Nicollas
Tour manager: Maximiliana Reis
Design gráfico: Lucas Peixoto
Edição de vídeo: Agência Alwa
Gestão Tráfego Digital: ATMKT
Assessoria jurídica: SVM Advocacia
Assessoria registro de marcas: Ranzolin - Propriedade Intelectual
Realização: Applaus Arte Y Alma


Serviço

Espetáculo “Nunca Desista de Seus Sonhos”
Direção: Rogério Fabiano
Elenco: Maximiliana Reis, Nizo Neto, Marília Machado e Murilo Cunha
Duração:  70 min
Recomendação: Livre
Gênero: Comédia
Temporada: de 5 a 19 de abril. Sábado, às 20h e domingos, às18h
Ingressos: entre R$ 40 e R4 140
Ingressos online: https://bileto.sympla.com.br
Local: Teatro Bor | 470 lugares
R. Domingos de Morais, 2970 - Vila Mariana, São Paulo
Telefone: (11) 5589-5444 | (11) 96312-6722

.: CCBB SP recebe espetáculo "Nebulosa de Baco", inspirado em Luigi Pirandello


Montagem da Cia.Stavis-Damaceno revela o conturbado processo de duas atrizes ao interpretar pai e filha no teatro. No elenco, estão Rosana Stavis e Helena de Jorge Portela. Foto: Renato Mangolin

Depois de passar pelo Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte, "Nebulosa de Baco", o novo trabalho da premiada Cia.Stavis-Damaceno tem sua estreia paulistana no CCBB São Paulo, no dia 24 de abril, às 18h30. O espetáculo, com dramaturgia e direção de Marcos Damaceno e atuação de Rosana Stavis - atriz frequentemente apontada pela crítica como uma das melhores do teatro brasileiro - e Helena de Jorge Portela, segue em cartaz até 8 de junho, com sessões às quintas e sextas-feiras, às 19h00, e aos sábados e domingos, às 17h00.

Inspirada na obra do premiado autor italiano Luigi Pirandello, vencedor do Nobel de Literatura, e em relatos de “histórias reais”, a montagem, que se alterna entre o drama e a comédia, apresenta o difícil processo de duas atrizes ao interpretarem os papéis conturbados de uma filha e o seu pai. A encenação traz à cena uma atriz que não consegue chorar. Ajudada por outra artista mais experiente, ela se prepara para atuar em uma peça sobre a difícil relação entre uma filha e o seu pai. Trata-se de uma peça dentro de outra (uma dramática, a outra cômica) em que – como é próprio dos textos de Pirandello e muito atual para o tempo presente – são constantemente embaralhadas as noções entre o que é real e o que é inventado, entre o que é verdade e o que é mentira, entre o que é e o que parece, mas não é.

Essas duas mulheres, duas atrizes, estão em seu “habitat natural”, uma sala de ensaio, que é, nas palavras de Damaceno, “espaço fascinante de caos e criação, onde atrizes reconhecidamente fortes revelam suas fragilidades e inseguranças”. Nessa sala, elas tentam descobrir a melhor forma de interpretar em uma peça que se equilibra entre o riso e o choro e que, por vezes, levanta questões delicadas e difíceis de se lidar, como os traumas causados pela violência e o abuso sexual na infância. Uma peça que, como é comum nas montagens de Damaceno, chama a atenção para o contraste entre os momentos hilariantes e outros angustiantes e perturbadores.

A encenação reúne outras características que são próprias da companhia Stavis-Damaceno, como o ritmo vertiginoso de pensamentos aparentemente desordenados; o apreço pela dramaturgia contemporânea que nos apresenta novos olhares acerca das relações humanas em nossos dias; e a excelência do trabalho do elenco, trazendo ao público espetáculos contundentes que impactam quase que exclusivamente pela força dos atores e das palavras. “A Aforista” - que ganhou alguns dos principais prêmios do teatro brasileiro, entre eles o de Melhor Espetáculo, conferido pela APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) -, é um exemplo recente dessas características. 

O nome “Nebulosa de Baco” tem inspiração na astronomia e na mitologia. As nebulosas são onde nascem as estrelas; entre as mais conhecidas estão a Nebulosa de Orion e a Nebulosa Olho de Deus. Já Baco, na mitologia greco-romana, é não apenas o deus do vinho e do teatro: ele representa a fertilidade criativa e a dualidade humana entre controle e entrega. É ele quem inspira a transformação do caos interno em beleza e expressão.

“É para isso que nascem as atrizes, para mostrar, a cada noite, aos olhos do público, o mundo visto sob outra luz. Não a luz acachapante do sol, mas feito a delicadeza, a suavidade da luz da lua”, conclui Damaceno. A peça tem patrocínio do Banco do Brasil, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet).

Sinopse de "Nebulosa de Baco"
Inspirado na obra do Nobel de Literatura Luigi Pirandello, e em relatos de “histórias reais”, o espetáculo traz à cena uma atriz que não consegue chorar. Ajudada por outra atriz mais experiente, ela se prepara para atuar em uma peça sobre a conflituosa relação entre uma filha e o seu pai. Uma peça dentro de outra (uma dramática, a outra cômica) em que, como em nossos dias, são constantemente embaralhadas as noções entre o que é real e o que é inventado, entre o que é verdade e o que é mentira, entre o que é e o que parece, mas não é.

Ficha técnica
Espetáculo "Nebulosa de Baco"
Texto e direção: Marcos Damaceno
Elenco: Rosana Stavis e Helena de Jorge Portela
Iluminação: Beto Bruel e Ana Luzia Molinari de Simoni
Figurino: Karen Brusttolin
Visagismo: Claudinei Hidalgo
Cenário: Marcos Damaceno
Produção executiva: Bárbara Montes Claros
Produção de cenários: Carla Berri
Criação e produção: Cia. Stavis-Damaceno
Assistente administrativo/Financeiro: Edilaine Maciel
Produção local (São Paulo): Augusto Vieira
Realização: Centro Cultural Banco do Brasil e Ministério da Cultura
Patrocínio: Banco do Brasil

Serviço
Espetáculo "Nebulosa de Baco", com Cia Stavis-Damaceno
Temporada: 24 de abril a 8 de junho de 2025*
Às quintas e sextas, às 19h00, e aos sábados e domingos, às 17h00
*Excepcionalmente na estreia, no dia 24/4, a apresentação acontece às 18h30
Local: Teatro CCBB SP (Rua Álvares Penteado, 112 – Centro Histórico – São Paulo/SP)
Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia) disponível em bb.com.br/cultura e na bilheteria do CCBB | Meia-entrada: para estudantes, professores, profissionais da saúde, pessoa com deficiência - e acompanhante, quando indispensável para locomoção, adultos maiores de 60 anos e clientes Ourocard).
Classificação indicativa: 18 anos
Duração: 90 minutos


Informações CCBB SP
Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo  
Endereço: Rua Álvares Penteado, 112 - Centro Histórico | São Paulo/SP  
Funcionamento: Aberto todos os dias, das 9h às 20h, exceto às terças    
Contato: (11) 4297-0600 | ccbbsp@bb.com.br 
Acessibilidade: espaço acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida
Estacionamento: o CCBB possui estacionamento conveniado na Rua da Consolação, 228 (R$ 14 pelo período de 6 horas - necessário validar o ticket na bilheteria do CCBB). O traslado é gratuito para o trajeto de ida e volta ao estacionamento e funciona das 12h às 21h.    
Van: ida e volta gratuita, saindo da Rua da Consolação, 228. No trajeto de volta, há também uma parada no metrô República. Das 12h às 21h.    
Transporte público: o CCBB fica a 5 minutos da estação São Bento do Metrô. Pesquise linhas de ônibus com embarque e desembarque nas Ruas Líbero Badaró e Boa Vista.    
Táxi ou Aplicativo: desembarque na Praça do Patriarca e siga a pé pela Rua da Quitanda até o CCBB (200 m).

sábado, 12 de abril de 2025

.: Crítica: "Sambabook Beth Carvalho", uma receita irresistível de samba


Por
 Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural. 

Uma seleção de sambas consagrados, interpretados por nomes conhecidos desse estilo. Com essa receita, certamente o resultado será acima da média. O "Sambabook" em tributo a Beth Carvalho, inclui, além de um álbum com versões primorosas de sambas, um caderno de partituras, com transcrição dos arranjos originais dos sambas; ambiente na web, com portal e redes sociais, além do livro "Uma Vida pelo Samba", escrito pelo jornalista e pesquisador Rodrigo Faour, que cataloga os álbuns de carreira e as participações de Beth em discos de outros artistas, compactos e projetos especiais, desde sua estreia, no final de 1965. 

O "Sambabook Beth Carvalho" reúne artistas de diferentes gerações e estilos, a começar por Zeca Pagodinho e Jorge Aragão, homenageados em edições anteriores. Compositores ligados à trajetória da cantora, como Sombrinha e Fundo de Quintal, se uniram a artistas consagrados e novos expoentes do samba e do pagode neste tributo, marcado pela saudade e pela emoção. O samba foi representado por Leci Brandão, Xande de Pilares, Teresa Cristina, Diogo Nogueira, Péricles, Arlindinho, Ferrugem, Mumuzinho, Marina Iris, Prettos, Mosquito e Lu Carvalho.

Como a diversidade já é tradição no Sambabook, artistas que transitam por outros estilos brilharam na seleção musical, como Fagner, Maria Rita, Seu Jorge, Paula Lima, Luciana Mello, Zelia Duncan, Luedji Luna e a jovem cantora baiana Agnes Nunes. Luana Carvalho, acompanhada pelos Golden Boys, reeditou “Andança”, clássico que sua mãe lançou com o trio, no ano de 1968. Já os músicos Gabriel Grossi, Hamilton de Holanda, Nicolas Krassik, Marcelinho Moreira e Rildo Hora criaram versões instrumentais especialmente para o projeto.

Ouvir as faixas desse álbum é um puro deleite. Nos faz lembrar com saudade da voz e presença marcante de Beth Carvalho, que como intérprete não só influenciou toda uma geração de músicos, mas também deixou um legado importante ao abrir as porás para outros talentos que se consolidaram com o passar dos anos.

"Andança" - Luana Carvalho r GoldenBoys

"1800 Colinas" - Xande de Pialres

"A Chuva Cai" - Zeca Pagodinho

.: Sucesso de público e crítica, premiada "Tebas Land" volta a São Paulo


Com direção de Victor Garcia Peralta, peça é uma autoficção que acompanha os encontros entre um jovem parricida e um dramaturgo interessado em escrever a história do crime. Foto: Rodrigo Lopes

Ao retratar a instigante relação entre um jovem parricida e um dramaturgo interessado em escrever a história de seu crime, o espetáculo "Tebas Land", escrita pelo conceituado dramaturgo uruguaio Sergio Blanco, conquistou o público brasileiro desde a sua estreia, em 2018, ganhando temporadas em diversos cantos no país até a chegada da pandemia de covid-19. Agora, o espetáculo, dirigido por Victor Garcia Peralta e estrelado por Otto Jr. e Robson Torinni, está de volta a São Paulo para mais uma temporada no Teatro Vivo, de 15 de abril a 28 de maio, com apresentações às terças e quartas-feiras, às  20h. A nova temporada é realizada com recursos da Lei Rouanet, do Ministério da Cultura, e conta com o patrocínio da Vivo.

Sucesso de crítica, a peça conquistou os prêmios Shell RJ de melhor ator (Otto Jr.) e Botequim Cultural de melhor espetáculo, direção e ator (Robson Torinni). Também foi indicado ao Botequim Cultural de Melhor Ator (Otto Jr.) e Cesgranrio de Melhor Direção e Melhor Ator (Robson Torinni). Além disso, participou do Festival de Avignon, na França, um dos eventos de teatro mais importantes do mundo. “Tivemos que parar o espetáculo, com plateias lotadas, no começo da pandemia. E é com muita alegria que voltamos com esse texto, que ganhou adaptações premiadas em uma série de países”, celebra Torinni, idealizador da peça ao lado de Peralta. 

Na trama, em um presídio de segurança máxima, um dramaturgo coleta o relato de um jovem condenado por assassinar o próprio pai com 21 golpes de garfo. O cenário reproduz a quadra de basquete de uma prisão, onde ocorrem os encontros quase documentais entre os dois personagens, duas pessoas de mundos completamente distintos. Assim, começa uma peça dentro da peça, com Robson Torinni na pele tanto do jovem assassino quanto do ator que o representa. Com esse jogo de metalinguagem e autoficção, características tão marcantes nas obras de Blanco, a montagem propõe uma reflexão sobre a construção da dramaturgia, o universo teatral e os limites entre ficção e realidade.

“O texto nos cativou pelos dois diferentes planos, razão e emoção, e pelo processo criativo imbuído neles, em que a dramaturgia é construída durante a ação da peça, oscilando, quase que paralelamente, entre a discussão do fato ocorrido e a construção do texto da peça que será baseada no crime”, conta o diretor. O espetáculo é inspirado no mito do Édipo e na vida de São Martinho de Tours, santo europeu do século IV e também revisita textos que abordam o tema da paternidade, como “Os Irmãos Karamazov”, de Dostoievski; “Um Parricida”, de Maupassant; e “Dostoievski e o Parricídio”, de Freud. 

Como de praxe nas dramaturgias do autor, a peça nos faz refletir sobre problemas sociais, sempre com sensibilidade e inteligência, como a importância da paternidade, a falta de afeto na contemporaneidade, a solidão, as famílias disfuncionais e a falência dos sistemas prisionais. “A peça aborda uma questão que muito nos toca: as ligações com os pais. Nem todos podemos ser pais, mas todos somos filhos e, portanto, todos temos a experiência da descendência. É também um trabalho sobre a dinâmica do que é a engenharia da construção de uma peça, como o texto pode ser escrito”, define o dramaturgo Sergio Blanco. 

Tebas Land também nos alerta sobre as consequências dos abusos (físicos, sexuais e psicológicos) sofridos na infância, que perduram durante a vida toda das vítimas. No Brasil, um estudo revelou que, apenas no primeiro semestre de 2022, 84% das violações contra crianças de até 6 anos foram cometidas por familiares. Essas agressões têm impacto negativo a curto, médio e longo prazo na saúde física e mental das vítimas e em suas práticas parentais futuras. 

O sucesso da peça, para Peralta, deve-se justamente às reflexões e diálogos sobre esses temas sociais e culturais tão relevantes, promovendo a conscientização e estimulando o pensamento crítico. "Além disso, a história conecta duas pessoas de diferentes origens, criando um espaço de empatia pelo público. Acho que o espetáculo reforça a importância da arte como veículo de transformação social, influenciando positivamente a percepção coletiva e a compreensão dos desafios atuais”, acrescenta. 


Ficha técnica
Espetáculo "Tebas Land"
Autor: Sergio Blanco
Tradutor: Esteban Campanela, Robson Torinni e Victor Garcia Peralta
Direção: Victor Garcia Peralta
Atores: Otto Jr. e Robson Torinni
Cenógrafo: José Baltazar 
Iluminador: Maneco Quinderé
Figurino: Criação coletiva
Trilha sonora: Marcello H
Operador de luz: Rodrigo Lopes
Operador de som: Rodrigo Pinho
Assessoria de imprensa: Pombo Correio 
Designer gráfico: Alexandre de Castro
Fotografia: Rodrigo Lopes e billnog.biz 
Direção de produção: Sérgio Saboya e Silvio Batistela 
Produção: Galharufa Produções Culturais
Produção executiva: João Eizô Y Saboya
Realização: REG'S Produções Artísticas
Idealização: Robson Torinni e Victor Garcia Peralta


Serviço
Espetáculo "Tebas Land", de Sergio Blanco
Temporada: 15 de abril a 28 de maio. Às terças e quartas, às 20h.
Teatro Vivo - Av. Dr. Chucri Zaidan, 2460 - Vila Cordeiro, São Paulo
Ingressos: Preço Popular - R$ 40,00 (inteira) e R$ 20,00 (meia-entrada) | Ingressos regulares: R$ 120,00 (inteira) e R$ 60,00 (meia-entrada*)
*meia-entrada é válida para participantes do programa Vivo Valoriza (resgatar o voucher pelo app), estudantes, professores, idosos, pessoas com deficiências, funcionários Vivo mediante à apresentação de comprovante
Bilheteria: funciona apenas nos dias de peça e abre 2h antes da apresentação
Telefone: (11) 3279-1520
Capacidade: 274 lugares
Duração: 1h40 minutos
Classificação: 16 anos
Acessibilidade: Teatro acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida.  Os ingressos dos assentos reservados para acessibilidade poderão ser adquiridos através de reserva pela bilheteria 11 3430-1524 - (Funcionamento somente nos dias de peça 2h antes da apresentação) ou pelo e-mail teatrovivo@trimitraco.com.br
*Obs. O ingresso Preçp Popular é válido para todos os clientes e segue o plano de democratização da Lei Rouanet, havendo uma cota deste valor promocional. O comprovante de meia entrada deverá ser apresentado na entrada do espetáculo.

quinta-feira, 10 de abril de 2025

.: "Brigada Ligeira", 1° livro de Antonio Candido, é relançado pela Todavia


O livro "Brigada Ligeira", publicado em meados de 1945 na coleção Mosaico da Livraria Martins Editora, foi o primeiro livro de Antonio Candido e reúne alguns artigos da sua coluna semanal “Notas de Crítica Literária”, na Folha da Manhã, atual Folha de S.Paulo, jornal de que foi “crítico titular”, como se dizia, de janeiro de 1943 a janeiro de 1945, tendo começado esta atividade em 1941 na revista Clima.

Salvo dois artigos, o primeiro sobre "O Amanuense Belmiro" (1936), de Ciro dos Anjos, outro sobre "Monsieur Ouine" (1943), de Georges Bernanos, eles formam um conjunto sobre a narrativa brasileira da década de 1940, rica no gênero, representado aqui por obras que vão do realismo urbano de Érico Veríssimo em um de seus melhores livros, "O Resto É Silêncio", até o curioso experimento de cunho surrealista de Rosário Fusco, "O Agressor", tendo de permeio "A Quadragésima Porta", de José Geraldo Vieira, exemplo raro entre nós de romance cosmopolita, saturado de cultura. Além destes, há artigos sobre dois exemplos da ficção “nordestina”, que foi um dos veios mais importantes da literatura brasileira imediatamente posterior ao Modernismo: "Terras do Sem Fim", de Jorge Amado, e a maior obra de José Lins do Rego, "Fogo Morto".

Devem ser destacados também o ensaio sobre Oswald de Andrade, primeira tentativa de análise do conjunto da sua obra ficcional, e os artigos sobre os livros de dois jovens autores então desconhecidos: "Perto do Coração Selvagem", de Clarice Lispector, e "A Marca", de Fernando Sabino. Ao avaliá-los positivamente, sobretudo ao chamar a atenção para o caráter inovador do primeiro, Antonio Candido estava não apenas prevendo a grande voga de ambos, mas cumprindo uma das tarefas principais do “crítico titular”, isto é, localizar novos talentos. 

Naquela mesma altura, aliás, ressaltaria o valor de outro estreante, este em poesia: João Cabral de Melo Neto. Quanto ao romance "Monsieur Ouine", é interessante lembrar que durante a Segunda Guerra Mundial pelo menos dois editores franceses publicaram no Rio de Janeiro livros na sua língua, inclusive este, cujo autor viveu no Brasil de 1938 a 1945. Mais tarde, certos críticos da França admitiram que seus colegas brasileiros souberam avaliar melhor, desde logo, a importância de "Monsieur Ouine", publicado aqui de maneira imperfeita e considerado posteriormente, por muitos, a obra-prima de Bernanos. Compre o livro "Brigada Ligeira" neste link.


Sobre o autor
Antonio Candido de Mello e Souza
 nasceu no Rio de Janeiro, em 1918. Crítico literário, sociólogo, professor, mas sobretudo um intérprete do Brasil, foi um dos mais importantes intelectuais brasileiros. Candido partilhava com Gilberto Freyre, Caio Prado Jr., Celso Furtado e Sérgio Buarque de Holanda uma largueza de escopo que o pensamento social do país jamais voltaria a igualar, aliando anseio por justiça social, densidade teórica e qualidade estética. Com eles também tinha em comum o gosto pela forma do ensaio, incorporando o legado modernista numa escrita a um só tempo refinada e cristalina. É autor de clássicos como "Formação da Literatura Brasileira" (1959), "Literatura e Sociedade" (1965) e "O Discurso e a Cidade" (1993), entre diversos outros livros. Morreu em 2017, em São Paulo. Garanta o seu exemplar de "Brigada Ligeira" neste link.

Ficha técnica
Livro "Brigada Ligeira"
Autor: Antonio Candido
Lançamento: 7 de maio de 2025
Gênero: não-ficção brasileira
Categoria: literatura brasileira - ensaio
Capa: Oga Mendonça
Número de páginas: 120
ISBN: 978-65-5692-805-0
E-ISBN: 978-65-5692-796-1
Compre o livro neste link.

segunda-feira, 7 de abril de 2025

.: Globoplay: De "Ainda Estou Aqui" a documentário sobre o rapper Diddy

O mês de abril começou em grande estilo e com gostinho premiado no Globoplay com a estreia de "Ainda Estou Aqui", primeiro filme Original da plataforma. Sucesso nos cinemas e em festivais ao redor do mundo, o longa nacional já está disponível no catálogo trazendo uma narrativa potente e atuações memoráveis de um elenco estelar, incluindo Fernanda Torres, Selton Mello e Fernanda Montenegro. Com direção de Walter Salles, o título fez o país vibrar com prêmios como a inédita estatueta de ‘Melhor Filme Internacional’ no Oscar, o de ‘Melhor Roteiro’ no Festival de Veneza e o Globo de Ouro de ‘Melhor Atriz de Drama’ para Fernanda Torres. 

No dia 12, tem mais um destaque desembarcando no streaming da Globo. A descontração toma conta do clima com "Os Farofeiros 2", comédia estrelada por Cacau Protásio, Aline Campos, Danielle Winits, Antônio Fragoso, Paulinho Gogó (Maurício Manfrini), Charles Paraventi e Nilton Bicudo. Quando o quarteto de amigos Alexandre (Antônio Fragoso), Lima (Maurício Manfrini), Rocha (Charles Paraventi) e Diguinho (Nilton Bicudo) se junta, é confusão na certa. A aventura da vez é pela Bahia, e o quarteto e suas famílias se envolvem em uma sequência de imprevistos hilários.

Para os amantes de documentários, o fim de semana reserva uma estreia especial. No domingo (13), a plataforma disponibiliza "Diddy: Como Nasce um Bad Boy", filme que descortina a trajetória de Sean ‘Diddy’ Combs, desde sua infância até o auge da fama. A produção oferece uma visão abrangente da vida do rapper, revelando sua transformação e o impacto na indústria musical, através de imagens e depoimentos inéditos. Em cena, o passado de Diddy, sua ascensão e as controvérsias que o cercam.

A sessão em família também está garantida com a animação "Shrek Para Sempre", destaque a partir do dia 19 no Globoplay. Nostálgico dos tempos em que era um "ogro de verdade", o famoso personagem faz um acordo com Rumpelstiltskin que promete transformar seu destino. Preso em uma realidade alternativa onde nunca conheceu Fiona, ele precisa reverter o feitiço antes que seja tarde demais.

A lista de dicas aumenta no dia 26. "Mallandro - O Errado que Deu Certo" acompanha o comediante Sergio Mallandro enfrentando uma fase ruim da vida. Quando começa em um novo programa de TV, se vê em uma situação ao perceber que não consegue mais emplacar seus famosos bordões. O filme conta com as participações de Marianna Alexandre, Guilherme Garcia, Marino Rocha, Kizi Vaz, Ana Paula Tabalipa, Xuxa, Zico e André Mattos.


Confira o calendário das estreias de filmes de abril no Globoplay:

6 de abril- "Ainda Estou Aqui"

Filme Original Globoplay

Sinopse: Rio de Janeiro, início dos anos 70. O país enfrenta o endurecimento da ditadura militar. Estamos no centro de uma família, os Paiva: Rubens, Eunice e seus cinco filhos. Vivem na frente da praia, numa casa de portas abertas para os amigos. Um dia, Rubens Paiva é levado por militares à paisana e desaparece. Eunice - cuja busca pela verdade sobre o destino de seu marido se estenderia por décadas - é obrigada a se reinventar e traçar um novo futuro para si e seus filhos. Baseada no livro biográfico de Marcelo Rubens Paiva, a história emocionante dessa família ajudou a redefinir a história do país.     

Elenco: Fernanda Torres, Selton Mello, Fernanda Montenegro, Marjorie Estiano, Maeve Jinkings, Dan Stulbach, Humberto Carrão, Thelmo Fernandes, Drica Moraes, Bárbara Luz, Gabriela Carneiro da Cunha, Valentina Herszage, Luiza Kosovski, Maria Manoella, Antônio Saboia, Guilherme Silveira, Irandhir Santos.     

Ano: 2024     

 

12 de abril  - "Os Farofeiros 2"

Filme nacional

Sinopse: Alexandre, Lima, Rocha e Diguinho embarcam com suas famílias em uma viagem para a Bahia, cortesia da empresa. O que deveria ser um passeio dos sonhos logo se transforma em uma sequência de confusões e imprevistos hilários, tornando a aventura inesquecível, mas não do jeito que esperavam.

Elenco: Cacau Protásio, Aline Campos, Danielle Winits, Marcos Pitombo, Elisa Pinheiro, Sulivã Bispo, Antônio Fragoso, Paulinho Gogó (Maurício Manfrini), Charles Paraventi, Nilton Bicudo.

Ano: 2024

 

13 de abril - "Diddy: Como Nasce um Bad Boy"

Filme documental

Sinopse: Com imagens e depoimentos inéditos, o documentário lança uma nova luz sobre a vida do rapper Sean ‘Diddy’ Combs ao explorar seu passado, sua ascensão e as polêmicas que o cercam.

Elenco: Lisa Bloom, Kim Osorio, Sara Rivers, Al B. Sure!.

Ano: 2025

 

19 de abril - "Shrek Para Sempre"

Filme licenciado

Sinopse: Sentindo falta da vida de ogro temido, Shrek faz um acordo com Rumpelstiltskin e acaba preso em uma realidade alternativa onde nunca conheceu Fiona. Agora, ele precisa reverter o feitiço antes que seja tarde demais.

Elenco: Mike Myers, Eddie Murphy, Cameron Diaz, Antonio Banderas, Mike Mitchell, Walt Dohrn, Conrad Vernon, Craig Robinson.

Ano: 2010

26 de abril - "Mallandro - O Errado que Deu Certo"

Filme nacional

Sinopse: O comediante Sergio Mallandro passa por uma fase ruim da vida. Até que surge uma oportunidade de voltar à televisão, mas ele acaba em uma enrascada e não consegue mais dizer nenhum bordão.

Elenco: Sergio Mallandro, Marianna Alexandre, Guilherme Garcia, Marino Rocha, Kizi Vaz, Ana Paula Tabalipa, Xuxa, Zico, André Mattos.

Ano: 2024


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domingo, 6 de abril de 2025

.: "Temporada de Curtas" leva ao Sesc Digital produções celebradas


Com curadoria do CineSesc, programação disponibiliza, toda primeira sexta-feira do mês, curtas-metragens recentes, com passagem e prêmios em importantes mostras e festivais do país . Na imagem, “Kabuki”, de Tiago Minamisawa, estreia no Sesc Digital

 
Desde março de 2025, o Sesc Digital disponibiliza uma seleção de curtas-metragens brasileiros a cada primeira sexta-feira do mês. Com curadoria do CineSesc, a “Temporada de Curtas” traz em sua programação produções reconhecidas pela crítica, que revelam a pluralidade do cinema contemporâneo feito no Brasil. O serviço de streaming gratuito do Sesc São Paulo pode ser acessado em todo o país, pelo site sesc.digital ou por meio do aplicativo Sesc Digital, disponível para download nas lojas Google Play e App Store.

Com o objetivo de aumentar os canais de exibição para o curta-metragem brasileiro, a "Temporada de Curtas” oferece uma seleção de títulos recentes, mapeando a produção cinematográfica de diversos estados brasileiros, com variedade de propostas, formatos e narrativas. A programação tem a intenção de difundir e de fazer circular o cinema produzido nesse formato, com filmes que estiveram nos principais festivais do país, muitas vezes sendo premiados, e, entretanto, com cada vez menos espaços de exibição. Na plataforma Sesc Digital, essas produções estarão disponíveis em todo o território brasileiro para que o público tenha acesso às diversas construções e narrativas dos diferentes lugares do país.

Uma das estreias de abril é a animação premiada "Kabuki" do cineasta Tiago Minamisawa, onde a personagem-título reside em um corpo masculino que não reconhece. Tiago escreveu e dirigiu o curta durante nove anos, tendo estreado no 57° Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, de onde saiu vencedor de três prêmios. Inspirado nas muitas histórias reais de pessoas trans mortas todos os dias pela intolerância, o filme acompanha a busca de Kabuki por autoaceitação e identidade frente a um mundo violento e machista.

O curta documental "Elizabeth", de Alceu Luís Castilho, Luis Indriunas e Vanessa Nicolav, é um retrato de Elizabeth Teixeira e das mulheres que dão prosseguimento à sua luta. Líder das Ligas Camponesas, na Paraíba, ela protagonizou o clássico "Cabra Marcado para Morrer", de Eduardo Coutinho, em 1984, e gravou seu nome na história da luta pela reforma agrária no Brasil. O documentário é uma produção do "De Olho nos Ruralistas", filmado em julho de 2023, em João Pessoa e Sapé, quando Elizabeth Teixeira havia completado 98 anos.

Em "Maremoto", de Cristina Lima e Juliana Bezerra, após frustrar-se com a paixão pelo mergulho em alto-mar, Léo, a filha mais nova de um pescador, decide mudar o curso da sua vida e abre uma oficina de motos. Porém, a volta do irmão, Maço, com o GPS do pai que se encontra doente, faz com que Léo considere realizar um último mergulho para resgatar um tesouro esquecido.

Por fim, "Confluências", de Dácia Ibiapina e Nêgo Bispo, apresenta os modos de festejar e outros modos de vida do quilombo Saco-Curtume, território situado no Estado do Piauí/Brasil, a partir do qual Nêgo Bispo anunciou seus saberes e sua poética sobre a preservação da vida no planeta Terra e sobre as cosmologias quilombolas. O filme foi exibido na Mostra de Cinema de Tiradentes, entre outros festivais, e tem como coprodutor o cineasta brasileiro Adirley Queirós. Confira a programação completa das estreias da “Temporada de Curtas” no Sesc Digital.

"Confluências"
Direção: Dácia Ibiapina e Nêgo Bispo | Brasil | 2024 | 26 min | Documentário | Livre
Confluências apresenta os modos de festejar e outros modos de vida do quilombo Saco-Curtume, território situado no Estado do Piauí/Brasil, a partir do qual Nêgo Bispo anunciou seus saberes e sua poética sobre a preservação da vida no planeta Terra e sobre as cosmologias quilombolas. Disponível até 4 de maio de 2025.


"Elizabeth"
Direção: Alceu Luís Castilho, Luis Indriunas e Vanessa Nicolav | Brasil | 2023 | 19 min | Documentário | Livre
O curta documental "Elizabeth" é um retrato de Elizabeth Teixeira e das mulheres que dão prosseguimento à sua luta. Líder das Ligas Camponesas, na Paraíba, ela protagonizou o clássico "Cabra Marcado para Morrer" (Eduardo Coutinho, 1984) e gravou seu nome na história da luta pela reforma agrária no Brasil. O documentário é uma produção do De Olho nos Ruralistas, filmado em julho de 2023, em João Pessoa e Sapé, quando Elizabeth Teixeira havia completado 98 anos. Disponível até 4 de maio de 2025.


"Kabuki"
Direção: Tiago Minamisawa | Brasil | 2024 | 20 min | Animação | 14 anos
Kabuki reside em um corpo masculino que não reconhece. Sem identidade desperta a Alma. Se nutre do mundo. Na impermanência do corpo material Transcende. Disponível até 4 de maio de 2025.

"Maremoto"
Direção: Cristina Lima, Juliana Bezerra | Brasil | 2023 | 24 min | Ficção | Livre
Após frustrar-se com a paixão pelo mergulho em alto-mar, Léo, a filha mais nova de um pescador, decide mudar o curso da sua vida e abre uma oficina de motos. Porém, a volta do irmão, Maço, com o GPS do pai que se encontra doente, faz com que Léo considere realizar um último mergulho para resgatar um tesouro esquecido. Disponível até 4 de maio de 2025. 

.: Marcelo Médici retorna aos palcos com “Cada Um Com Seus Pobrema”


O mês de abril contará com o retorno de Marcelo Médici ao teatro, na premiada comédia “Cada Um Com Seus Pobrema”. O espetáculo terá apresentações entre os dias 8 de abril a 27 de maio, no Teatro Frei Caneca, às terças-feiras, e os ingressos serão disponibilizados pela Bilheteria Express. No espetáculo, o ator dá vida a oito personagens marcantes.

Estão de volta o corintiano Sanderson (do "Vai que Cola"), a vidente Mãe Jatira (famosa no YouTube), a infantil Tia Penha e outros tipos hilários. Sucesso absoluto, a peça já fez mais de um milhão de pessoas rirem pelo Brasil, misturando improviso, crítica e muito carisma no palco.

Formado no Teatro Escola Célia Helena e no CPT (Centro de Pesquisas Teatrais), o artista é ator, autor e diretor. Já protagonizou grandes musicais e participou de novelas da Rede Globo, além da própria peça em cartaz ter ganhado muitos prêmios desde que estreou em 2004. Com um humor inteligente e dinâmico, a linguagem moderna do show contagia o público, que dá gargalhadas do início ao fim. Para adquirir os ingressos, basta acessar o link.


Serviço
Espetáculo “Cada Um Com Seus Pobrema”
De 8 de abril a 27 de maio, às terças-feiras, 20h00
Teatro Frei Caneca - R. Frei Caneca, 569 - Consolação
Inscrições: acessar o link.

quinta-feira, 3 de abril de 2025

.: Cineflix Cinemas Santos estreia "Um Filme Minecraft" e "Um Dia Daqueles"


A unidade Cineflix Cinemas Santos, localizada no Miramar Shopping, bairro Gonzaga, estreia hoje, dia 3 de abril duas produções nas telonas: a aventura baseada no jogo querido por grande público, "Um Filme Minecraft" e a comédia "Um Dia Daqueles", com Keke Palmer e Sza.

Seguem em cartaz o drama francês "Quando chega o outono" e o romance, fantasia "Parthenope: Os Amores de Nápoles", a aventura "Branca de Neve", o drama nacional "Vitória", com Fernanda Montenegro.

Na sexta-feira, a aventura "Branca de Neve" será exibida em sessão especial para mamães e bebês, "Bebê a Bordo", às 15 horas.

Programe-se, confira detalhes  e compre os ingressos aqui: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN. Você pode assistir as estreias com pipoca quentinha, doce ou salgada, tendo em mãos o balde colecionável de "Um Filme Minecraft" ou de "Branca de Neve".


O Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021. Para acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica no Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN.


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.: Gregório Duvivier estreia "O Céu da Língua" no Teatro Sérgio Cardoso, em SP

Depois de passar por Lisboa, Porto, RJ, Curitiba, Porto Alegre e interior de SP, O Céu da Língua, com texto e interpretação de Gregório Duvivier estreia em São Paulo no dia 1º de maio  Dirigido por Luciana Paes, espetáculo é uma comédia sobre a presença quase invisível da poesia no nosso cotidiano

Gregório Duvivier. Foto: Demian Jacob


"Uma ode à língua portuguesa e ao poder da palavra. É comédia da boa, apesar de por vezes ser difícil rir, estando tão assoberbados com tudo o que acontece em palco", - crítica Suzana Verde, no jornal O Observador.


Quem tem medo de poesia? Gregorio Duvivier não faz parte deste grupo e usa seu discurso sedutor para mostrar que esse assunto pode ser prazeroso e divertido no solo "O Céu da Língua". O espetáculo, que estreou em Portugal e já passou pelo Rio de Janeiro, Curitiba e Porto Alegre, agora desembarca em São Paulo para uma temporada no Teatro Sérgio Cardoso, de 1º de maio a 1º de junho, com sessões de quinta a sábado, às 19h, e aos domingos, às 16h.

Essa comédia poética estreou em Lisboa no contexto das comemorações ao aniversário de 500 anos de Luis de Camões e roubou a cena por lá. Gregorio Duvivier, que não estreava uma peça nova há cinco anos, fez essa peça para homenagear sua língua-mãe. 

E, ao fazer isso, encontrou uma legião de pessoas que compartilham dessa paixão. “A poesia é uma fonte de humor involuntário, motivo de chacota”, reconhece o ator, que cursou a faculdade de Letras na PUC do Rio de Janeiro e publicou três livros sobre o gênero literário. “Escrevi uma peça que pode ajudar alguém a enxergar melhor o que os poetas querem dizer e, pra isso, a gente precisa trocar os óculos de leitura”.  

A direção é da atriz Luciana Paes, que já foi parceira de Duvivier no espetáculo de improvisação Portátil e nos vídeos do canal Porta dos Fundos. Se no seu solo anterior, Sísifo (2019), escrito junto com Vinicius Calderoni, Gregorio subia uma grande rampa dezenas de vezes, agora, o que se tem é uma encenação desprovida de qualquer cenário. 

No palco, totalmente limpo, o instrumentista Pedro Aune cria ambientação musical com o seu contrabaixo, e a designer Theodora Duvivier, irmã do comediante, manipula as projeções exibidas ao fundo da cena. O resto é só o comediante e sua devoção pelas palavras. “Acredito que ele tem ideias para jogar no mundo e, com essa crença, a coisa me move independentemente de qualquer rótulo”, diz Luciana, uma das fundadoras da celebrada Cia. Hiato, que estreia na função de diretora teatral.   

"O Céu da Língua" não é um recital, mas não deixa de ser poética. “O stand-up comedy aqui é uma pegadinha pra falar de literatura”, como descreve a diretora. "A peça fica na esquina do poema com a piada", arremata o ator.

O Gregorio comediante está no palco ao lado do Gregorio intelectual com seu fluxo de pensamento ininterrupto e, por isso, a plateia embarca na proposta”, explica a diretora, que compartilha com o ator a paixão pelo nome das coisas. “Graças aos seus recursos de ator, ele pega o público distraído. Ninguém resiste quando é surpreendido por alguém apaixonado.

O humorista, desde a infância, carrega uma obsessão pela palavra, pela comunicação verbal, pela língua portuguesa. Assim, o protagonista brinca com códigos, como aqueles que, em sua maioria, só são decifrados por pais e filhos ou casais enamorados. 

As reformas ortográficas que tiram letras de circulação e derrubam acentos capazes de alterar o sentido das palavras inspiram o artista em tiradas bem-humoradas. O mesmo acontece quando ele comenta a ressurreição de palavras esquecidas, como “irado”, “sinistro” e “brutal”, que voltaram ressignificadas ao vocabulário dos jovens. E aquelas que só de ouvi-las geram sensações estranhas, a exemplo de afta, íngua, seborreia, ou outras, inventadas, repetidas à exaustão, como “atravessamento”, “disruptivo” ou “briefings”? Até destas, extrai humor.

Para o artista, a língua é algo que nos une, nos move, mas raramente damos atenção a ela. É só pensar nas metáforas usadas no cotidiano – “batata da perna”, “céu da boca”, “pisando em ovos”. Nesta hora, usamos a poesia e nem percebemos. Para provar que a poesia é popular, Gregório chama atenção para os grandes letristas da música brasileira, como Orestes Barbosa e Caetano Veloso, citados através das canções “Chão de Estrelas” (1937) e “Livros” (1997). 

A massa ainda há de comer o biscoito fino que fabrico", disse Oswald de Andrade. Infelizmente a literatura no Brasil nunca encheu estádios. Mas a palavra cantada, essa sim, ganhou multidões. “Foi a nossa música popular quem conseguiu realizar o sonho oswaldiano de levar poesia para as massas”, festeja o ator. 

Nesta cumplicidade com a plateia, Duvivier mostra gradativamente que a poesia não tem nada de hermética e que a nossa língua não deve nada a nenhuma outra. Muito pelo contrário. Temos um manancial de poesia desperdiçada em cada conversa jogada fora. 

"Minha pátria é a língua portuguesa", diz Fernando Pessoa. Caetano continua: "e eu não tenho pátria, eu tenho mátria e quero frátria". Gregorio constrói o espetáculo em torno dessa fraternidade, e nos lembra que, apesar de todas as nossas diferenças, temos uma língua em comum que nos irmana. E também pode nos fazer gargalhar. 


Ficha Técnica

Interpretação e Texto: Gregorio Duvivier

Direção e Dramaturgia: Luciana Paes

Assistência de Direção e projeções: Theodora Duvivier

Direção Musical e Execução da Trilha: Pedro Aune

Cenografia: Dina Salem Levy

Assistente de Cenografia: Alice Cruz

Figurino: Elisa Faulhaber e Brunella Provvidente

Iluminação: Ana Luzia de Simoni

Diretor Técnico: Lelê Siqueira

Diretor de Palco: Feee Albuquerque

Visagismo: Vanessa Andrea

Fotos de Divulgação: Demian Jacob

Fotos de Cena: Joana Calejo Pires e Raquel Pellicano

Design Gráfico Publicação: Estúdio M-CAU – Maria Cau Levy e Ana David

Identidade Visual Divulgação: Laercio Lopo

Assessoria de Imprensa: Pombo Correio

Marketing Digital: Renato Passos

Redes Sociais: Lucas Lentini e Theodora Duvivier

Administração: Fernando Padilha e Lucas Lentini

Produção Executiva: Lucas Lentini

Direção de Produção: Clarissa Rockenbach e Fernando Padilha

Produção: Pad Rok 


Serviço

O Céu da Língua, de Gregorio Duvivier

Temporada: 1º a 25 de maio

De quinta a sábado, às 19h, e aos domingos, às 16h

Teatro Sérgio Cardoso - Rua Rui Barbosa, 153, Bela Vista

Sala Nydia Lícia (827 lugares)

Plateia: R$ 140,00

Balcão: R$ 100,00

Vendas online em Sympla

Bilheteria: vendas antecipadas, de terça a sábado, das 14h às 19h; e vendas para o espetáculo do dia, das 14h até o horário da atração.

Contato bilheteria: (11) 3288-0136

Duração: 85 minutos

Classificação: 12 anos

Acessibilidade: Teatro acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida


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