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sexta-feira, 22 de novembro de 2024

.: Renato Teixeira e Fagner: quando os destinos se encontram


Por Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural. Foto: divulgação.

Raimundo Fagner e Renato Teixeira retomam a parceria no álbum "Destinos", que também está disponível nas plataformas de streaming. Depois de "Naturezas", disco lançado em 2022, a dupla volta a apresentar novas canções e releituras, desta vez, com participações especiais. E o resultado ficou acima da média.

A atriz Isabel Teixeira (filha de Renato Teixeira) interpreta "Magia e Precisão", enquanto Zeca Baleiro empresta sua voz para o tema "O Prazer de Lembrar de Mim". Também participam do disco a cantora Roberta Campos (em "Quando for Amor"), Chico Teixeira, filho de Renato ("Travesseiro e Cafuné"), Evandro Mesquita ("Blues 73") e Roberta Spindel (em "Arde Mas Cura").

Destaques para "Dominguinhos" (um belo tema em homenagem ao saudoso mestre sanfoneiro) e para a canção que abre o disco, "Romaria", clássico de Renato na voz de Fagner. Assinalaria ainda a já citada "Quando For Amor", uma balada no estilo folk, com Fagner e Renato Teixeira unindo forças com a voz doce de Roberta Campos.

A produção musical e os arranjos são assinados por Maurício Novaes. A capa e a arte do disco são de Bento Andreato. Ao final da audição, o ouvinte fica na torcida para a dupla voltar a se reunir para lançar mais um disco.

"Quando For Amor"

"Amor Amar"

"Magia e Precisão"


domingo, 3 de novembro de 2024

.: Zeca Baleiro e Wado lançam "Coração Sangrento", álbum de parcerias inéditas


Zeca Baleiro
e Wado liberaram hoje o álbum de parcerias inéditas “Coração Sangrento” (ouça neste link). Produzido pelos artistas com Sérgio Fouad, o álbum reúne uma nova safra de canções, todas compostas por Wado e Baleiro a partir do período da pandemia, quando a parada dos shows deu espaço para novas criações. Wado e Zeca Baleiro lançam ‘Coração Sangrento’ e fazem uma pequena turnê, começando por Maceió, São Paulo e Recife (Wado, crédito Brenda Guerra + Zeca, crédito Necka Ayala)

"Coração Sangrento", por Wado
Muito animado em apresentar “Coração Sangrento”, novo álbum em parceria com Zeca Baleiro. É um disco que morro de orgulho. Nele, reunimos dois punhados de canções inéditas, resultado de um encontro verdadeiro, canções feitas muito no bate bola dos áudios e vídeos trocados por WhatsApp. Essa amizade e a admiração mútuas colocam esse disco num lugar único; paira no ar uma vontade de praticar a canção bonita.

O léxico dos acordes do Brasil, talvez o país de diversidade harmônica mais sofisticado do mundo, está presente aqui neste disco. Embora estes acordes da nossa história venham do burilar do samba e resulte na bossa nova, “Coração Sangrento" não soa como tal. Muito pela produção arejada de Sérgio Fouad, o disco ganha um punch de rock, trazendo ainda mais frescor às composições.

As letras também seguem essa escola da canção bonita brasileira, apresentando uma paleta ampla de temas, mais existencial do que romântico. O álbum trata de pertencimentos, tecnologia, realidade virtual, coletividade e questões morais. É um disco contra o individualismo, mais na onda da construção de algo com menos ego, como num jogo de frescobol, onde o lance é manter a bola no ar.

A canção título, "Coração Sangrento", trata do ímpeto de mergulhar nas coisas que importam. Ela convida todos a viver intensamente, mergulhando nelas sem as redes de contenção. As cordas escritas pelo maestro Pedro Cunha acrescentam uma camada de riqueza sonora que eleva as canções a um outro patamar. Essa é uma das quatro músicas do disco que contém cordas gravadas por um quarteto no estúdio Midas de Rick Bonadio.

É um álbum que se ergue do charco do que é mediano e se coloca forte na cena. Estou numa ansiedade boa de que nossos ouvintes mergulhem nas nuances de “Coração Sangrento”, disco grande que celebra a amizade de dois compositores que se admiram.

A parceria, por Zeca Baleiro
Apesar de no início da minha discografia assinar quase todas as canções sozinho – letra e música -, sempre amei compor em parceria. Fiz música com parceiros os mais diversos, de Hyldon a Fagner, de Arrigo Barnabé a Frejat, de Vicente Barreto a Lô Borges. E falo isso com descarada vaidade, porque me orgulho da diversidade musical com que ergui meu trabalho ao longo dos anos.

Agora é chegada a hora de lançar um disco inteiro ao lado de um querido parceiro, um dos maiores compositores da geração que sucedeu a minha, Wado. Essa parceria se iniciou lá atrás, quando gravei "Era", com melodia dele e letra minha, que fazia alusão ao 11 de setembro e que gravei no álbum duplo "O Coração do Homem-Bomba" (2008).

Depois vieram outras tantas. E agora, depois de 15 anos de amizade, chegamos ao "Coração Sangrento", álbum com canções compostas no início da pandemia e refinadas ao longo dos últimos anos. O disco versa sobre o momento confuso que o mundo atravessa, essa aparente "transição de eras", mas sem esquecer temas eternos como o amor, a amizade e o pertencimento.

São dez canções onde se vê rastros de referências várias, que fizeram nossa cabeça desde a infância até a nossa atuação como músicos profissionais: Trio Mocotó, Clube da Esquina, Paulo Diniz, Pessoal do Ceará e pitadas de rock indie, sempre buscando um invólucro lírico para as canções, buscando fazer jus ao histórico repertório da "grande música brasileira".

Tenho que mencionar que o disco não existiria - não como existe, pelo menos – sem a produção e incrível empenho (e criatividade) de Sergio Fouad, outro parceiro querido e indispensável nessa aventura artística. Wado é um craque, e foi um prazer dividir este álbum com ele. Há algo de muito especial na nossa parceria, uma sintonia cósmica, indecifrável. Chegou a hora de dividi-lo com o público. Evoé, Wado!


Como tudo começou
Eles se conheceram no início dos anos 2000, quando Wado surgiu na cena musical com seu emblemático “Manifesto da Arte Periférica”. “Seu universo estético particular, com melodias líricas e às vezes tomadas de certa estranheza, sua poesia crua e visceral, e seu despudor de passear por muitos mundos musicais, do axé ao samba, do rock à bossa, me chamaram a atenção”, relembra Baleiro. “Eu li numa revista IstoÉ de 2002, estupefato, que Zeca gostava do meu trabalho. A partir disso eu o procurei num show em Maceió e vide nossa verve e paixão por copos e bons assuntos, nos tornamos imediatamente amigos”, completa Wado.

A primeira parceria é de 2002, a primeira gravação é “Era”, lançada por Baleiro em “O coração do Homem-Bomba Vol.2” (2007), e de lá pra cá fizeram outras tantas canções, apresentações conjuntas e feats. O primeiro single do álbum juntos, “Dia de Sol", chegou nas plataformas digitais dia 20 de setembro deste ano (2024) e “Alma Turva” foi liberado em 11 de outubro. Agora, lançam “Coração Sangrento” dia  1º de novembro e fazem uma pequena turnê de lançamento, que começa por Maceió (23 de novembro, Teatro Gustavo Leite), São Paulo (7 de dezembro, Bona Casa de Música) e Recife (13 de dezembro, Teatro do Parque).


"Coração Sangrento" | Wado + Zeca Baleiro

1 - "Coração Sangrento"
2 - "Carrossel do Tempo"
3 - "Avatar"
4 - "Dia de Sol"
5 - "Incêndios"
6 - "Congelou"
7 - "Quebra-mar"
8 - "Alma Turva"
9 - "Zaratustra"
10 - "Amores e Celulares"


Produzido por Sergio Fouad
Coproduzido por Wado e Zeca Baleiro
Arranjos de cordas por Pedro Cunha
Arranjos de base por Sérgio Fouad, Jair Donato, Wado, Zeca Baleiro, com colaboração dos músicos
Gravado nos estúdios Donamix (Maceió), Al Gazarra e Midas Estúdio (São Paulo) e SoundPie (São Carlos/SP) por Jair Donato, Sergio Fouad e Zeca Baleiro
Mixado por Sérgio Fouad no Estúdio SoundPie
Masterizado por Sergio Fouad e Gabriel Galindo no Midas Estúdio
Confira o encarte digital: https://tinyurl.com/EncarteCoracaoSangrento
Ilustrações: Moisés Crivelaro
Projeto gráfico: Andrea Pedro
Lançamento Saravá Discos | Distribuição ONErpm

sexta-feira, 13 de setembro de 2024

.: Entrevista com Fagner, muito além do futuro


Por
 Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural.

O cantor e compositor Raimundo Fagner está em plena atividade. Depois de realizar um disco conceitual com canções da época da seresta e trabalhos em parceria com Zeca Baleiro, Elba Ramalho e Renato Teixeira, o cearense lançou um tributo ao amigo Belchior, um novo (e ótimo) disco de canções autorais ("Além do Futuro") e já está finalizando um novo disco com canções de forró pé de serra. Trabalhos esses que mostram não só a sua versatilidade mas também o seu apreço pelo som popular sem perder a força da poética e do romantismo. Em entrevista para o portal Resenhando.com, Fagner conta um pouco do conceito do seu trabalho autoral e seus planos para o futuro, ou melhor, além do futuro. "A música sempre esteve presente na minha vida".

Resenhando.com - Com 50 anos de carreira, você ainda encontra força para lançar álbuns autorais. Qual é o segredo dessa vitalidade criativa?
Raimundo Fagner -
Acho que muito dessa vitalidade que você citou vem do fato de eu ter muitos parceiros. Fausto Nilo, Caio Silvio, Abel Silva...a lista é bem grande. Tem momentos que estou trabalhando em uma melodia e imagino que determinado parceiro pode acabar gostando e se identificando. Mas não nego que gosto de compor também. A música sempre reinou em minha vida e vai continuar reinando por muito tempo, se depender de mim.


Resenhando.com - Esse seu disco autoral, "Além do Futuro", parece soar saudosista. Isso foi intencional?
Raimundo Fagner - A intenção foi ressaltar a força da poética dentro da música. Realmente algumas canções soam nessa toada mais saudosista. Mas não tive essa intenção. Eu deixei a coisa fluir como ela deveria ser. O ponto de partida foi a faixa Noites do Leblon, que canto com o Zeca Baleiro. Logo depois veio a faixa que deu título ao disco (Além do Futuro), com letra de Fausto Nilo. A partir daí já tinha o conceito do disco e tudo fluiu muito bem.  Há uma releitura de Onde Deus Possa me Ouvir, do Vander Lee, que eu já queria gravar há algum tempo

Resenhando.com - Há uma bela canção intitulada "Filho Meu", que foi composta para seu filho, que você conheceu mais recentemente.
Raimundo Fagner - Foi uma felicidade imensa esse reencontro com meu filho. Essa canção eu fiz com o Caio Silvio, que percebeu a beleza dessa história e fez uma homenagem sutil ao meu filho Bruno. É uma das músicas que mais gosto desse disco. Tenho mostrado para amigos e não tem quem não se emocione.


Resenhando.com - Você já fez discos em parceria com Zeca Baleiro, Renato Teixeira e Elba Ramalho recentemente. De onde vem essa facilidade para fazer essas parcerias?
Raimundo Fagner - Como eu disse anteriormente, a lista de parceiros que tenho é bem grande (risos). Eu gosto de trabalhar em parceria porque sempre rende algo positivo musicalmente. Todos esses trabalhos que você citou me deixaram realmente realizado.


Resenhando.com - É verdade que você tem uma relação afetiva com Santos?
Raimundo Fagner - Você mora na cidade do clube do Rei Pelé. Então já tem algo muito especial. Eu tive amizade com Pelé e com o Zito, que chegou a ir em shows meus. Sou amigo do filho do eterno capitão santista. Eu estava na arquibancada da Vila Belmiro quando o Pelé se despediu do futebol em 1974. E cheguei a jogar com ele na época em que ele estava no Cosmos de Nova York, que tinha outros jogadores lendários, como o Carlos Alberto Torres, Beckenbauer e outros. Tenho um carinho enorme pela Cidade de Santos, no Litoral Paulista.

Resenhando.com - Você segue fazendo os shows ao vivo?
Raimundo Fagner - Com certeza. Estamos acertando apresentações em Minas Gerais. E espero poder levar aí, para Santos. Quem sabe ainda dá tempo para jogar um pouco de futebol na Vila Beimiro?  Seria perfeito.

"Além Desse Futuro"

"Noites do Leblon"

"Recomeçar"

sábado, 27 de abril de 2024

.: Zeca Baleiro estreia podcast "Evoé!" com Milton Leite e Maurício Noriega


Misto de talk show e podcast, "Evoé!" acaba de estrear em primeira mão no canal de Zeca Baleiro no YouTube. No primeiro episódio, Zeca conversa com dois craques do jornalismo esportivo, Milton Leite e Maurício Noriega, e dá uma canja com seu parceiro e amigo, o guitarrista Tuco Marcondes.

No programa, Baleiro recebe convidados de diferentes universos para conversas descontraídas, buscando trazer à tona as memórias de cada um, seus hábitos, costumes e opiniões sobre o mundo contemporâneo, na tentativa de revelar algo além dos personagens públicos. Além de uma boa conversa, Zeca e seus convidados sempre presenteiam a audiência com pequenas canjas musicais.

A primeira temporada de "Evoé!" foi gravada em agosto passado, em três noites especiais na Casa de Francisca em São Paulo, com a participação de Milton Leite e Maurício Noriega, Linn da Quebrada, Zezé Motta, Benito Di Paula e Rodrigo Vellozo, Leandro Karnal e Alaíde Costa. "Evoé!" é uma espécie de desdobramento do show “José”, apresentado por Baleiro entre 2021 e 2022, onde ele simulava estar na sala de sua casa, cantando, contando histórias e falando de sua memória afetiva e suas referências culturais.

sexta-feira, 5 de abril de 2024

.: Entrevista: Zé Geraldo, o menestrel folk da MPB

Zé Geraldo. Foto: Paulo Higa/Divulgação

Por Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural.


Mineiro da Zona da Mata e radicado em São Paulo há vários anos, Zé Geraldo construiu uma carreira que sempre se manteve bem próxima do público.  Mesmo longe da grande mídia, seus shows sempre foram procurados tanto pelos admiradores de seu trabalho como pelos que curtem uma música com mensagens reflexivas e interessantes. Com forte influência da música folk representada principalmente por Bob Dylan, ele conseguiu produzir um repertório que se tornou atemporal, cada vez mais atual. Ele se apresentará com sua banda neste sábado (6) a partir das 20h30 no Sesc Belenzinho, da Capital Paulista. Em entrevista para o Resenhando, Zé Geraldo conta detalhes de sua carreira e como desenvolve sua produção musical. “Minha música é feita com liberdade total”.


Resenhando - Seu estilo de compor é frequentemente associado ao rock rural, mas percebe-se outras influências em seus trabalhos. Quais foram suas referências na música?

Zé Geraldo – A minha primeira influência veio da música caipira tradicional, bem simples em termos de harmonia. Quando cheguei em São Paulo, percebi que essa música tinha algumas semelhanças com o rock. Então, quando comecei a compor e cantar, o saudoso Zé Rodrix falava que eu fazia rock rural. Já o Renato Teixeira dizia que minha música era folk. Aí então assumi essas características da influência do rock dos anos 60 e 70 e do blues, mesclando com a música caipira e, claro, tendo Bob Dylan como referência também.


Resenhando - Seus três primeiros discos contém canções que se tornaram clássicos (Como Diria Dylan, Milho Aos Pombos, etc.) de seu repertório. Essa produção autoral surgiu a cada disco mesmo ou você já tinha esse material produzido antes de grava-lo?

Zé Geraldo – Quando eu lancei meus três primeiros discos pela CBS, eu tinha uma quantidade boa de músicas. Daria até para gravar mais dois discos naquela época. Uma ou outra foi composta naquele momento, mas a maioria eu já tinha realmente pronta na minha sacola de versos.


Resenhando - A indústria da música vem mudando nos últimos anos. Como você analisa o quadro atual para o músico?

Zé Geraldo – Depois dos discos na CBS e dos dois da gravadora Copacabana, em me tornei um artista independente, apesar de ter discos distribuídos pela Gravadora Eldorado, por exemplo. A partir do momento que eu descobri que eu tinha uma legião de admiradores, isso salvou a minha carreira. Eu estava pensando seriamente em parar, depois que as gravadoras passaram a investir para tocar seus lançamentos. Nessa época eu fui deixado de lado. Então, quando percebi que tinha admiradores, virei as costas para o mercado e cai na estrada para levar minha música para o público.


Resenhando - Como funciona o seu processo criativo? O que vem primeiro, melodia ou letra? Ou vem os dois simultaneamente?

Zé Geraldo – Eu não tenho um modelo definido. Às Vezes vem um pedaço de letra que cantarolo ao violão. Na maioria das vezes eu escrevo a letra primeiro. Mas já tive momentos em que a melodia veio antes da letra. Na verdade, não tenho um esquema definido. Minha produção é com liberdade total.


Resenhando - Você também participou de festivais nos anos 70. Ainda há espaço para novos festivais na atualidade?

Zé Geraldo – Sim. Eu acredito que há espaço. Lembro dos festivais das emissoras de TV que foram importantes em suas épocas. Eu sempre aconselho os músicos iniciantes a tocar nos festivais, que ainda são um veículo eficaz de divulgação. Eu sempre procuro tocar em festivais, porque gosto muito daquele ambiente que se cria nesses eventos.


Resenhando - Em um de seus trabalhos tem parceria com o Zeca Baleiro. Fale sobre essa parceria e cite outros parceiros também

Zé Geraldo – O Zeca Baleiro era meu vizinho na Vila Madalena. Minha filha uma vez me disse que eu tinha que conhecer um músico, que veio do Maranhão. Um belo dia ele convidou minha filha para almoçar em casa e disse para me levar junto. Daí nasceu nossa primeira parceria. E já tem uma segunda pronta que lançarei em breve. Ele é um grande amigo e um talento raro na música. Mas tive outros parceiros, como o Mario Marcos, irmão do saudoso Antonio Marcos, o Antonio Porto, músico do Mato Grosso do Sul. Não são muitos parceiros, mas todos eles são muito especiais.


Milho aos Pombos


Como Diria Dylan


Cidadão



quarta-feira, 3 de abril de 2024

.: "Broadway Station" convida a viver o glamour da era dourada do teatro


Espetáculo, que estreia dia 5 de abril, conta com  Roberto Cordovani, Marcelo Gomes, Victor Rodrigues e Nill de Pádua. Fotos: Tainan Porcell

"Broadway Station" é ambientado no final dos anos 50, a era dourada da Broadway, onde surgiram novos autores que revolucionaram a dramaturgia americana, povoando o subconsciente do público que frequenta teatro em qualquer parte do mundo. Com Roberto Cordovani, Victor Rodrigues, Marcelo Gomes e Nill de Pádua, o espetáculo transita pela sombria época de repressão, das perseguições aos simpatizantes do Partido Comunista da América do Norte. O sistema na ditadura boicota a criação e a propagação de ideias mais libertadoras. 

Uma reflexão sobre o processo de envelhecimento do ator e da necessidade de se permanecer na mídia, pagando qualquer preço. A Broadway em Broadway Station é uma crítica ácida às “estrelas de teatro” que não sabem a hora de saírem de cena.  Uma reflexão não só do ator, mas de todo artista que se pré dispõe a quebrar amarras no ilusório mundo teatral, em que cada temporada equivale a uma vida!

Personagens
Uma diva do teatro americano (Tallulah Banks) nutre a ilusão de retornar à Broadway, após anos exilada na Europa, supostamente acusada de ativista do Partido Comunista dos Estados Unidos da América, um grande produtor da Televisão Americana e da Broadway (Alan Bradford) sem escrúpulos, um promissor e ambicioso autor de teatro (Brian Keller) e a fiel assistente de Tallulah Banks (Anna Davis) compõem o ácido quarteto desta história.

Tallulah Banks; após retornar da Europa, vive em um apartamento em Nova Iorque com Anna Davis. A atriz teve um envolvimento com Alan Bradford, o maior produtor da Televisão Americana e da Broadway. Influenciado pelo Senador Macarthy, Alan Bradford suspeita que Tallulah Banks seja ativista do Partido Comunista, em uma época de “Caça às Bruxas”, introduz o promissor e ambicioso autor Brian Keller no apartamento de Tallullah para investigá-la, com o pretexto de escrever um espetáculo marcando o retorno de sua “querida” à Broadway. Broadway Station revive o glamour de uma época dourada no competitivo circuito teatral de Nova Iorque. Um canto fúnebre a hierarquia do teatro, egos de profissionais, traições e o alto custo para permanecer em cartaz.

Sobre Roberto Cordovani
É ator, autor, diretor e produtor teatral consagrado na Europa desde 1985. Detentor de 14 Premios Internacionais, destacando-se o de Melhor ator de Londres, Madri, Santiago de Compostela e do Festival Internacional de Teatro de Edimburgo na Escócia. Personagens que marcaram sua carreira Nacional e Internacional, Greta Garbo, Eva Perón, Dorian Gray, Dr. Jekyll e Mr. Hyde, Isadora Duncan, Orlando entre mais de 45 produções realizadas no Brasil, Portugal, Espanha, Inglaterra e Alemanha. Espetáculos foram apresentados em Português nos 9 países e  320 cidades Europeias. No Brasil esteve protagonizando o musical de Zeca Baleiro, "A Paixão Segundo Nelson" e como ator convidado da Rede Globo na novela "Novo Mundo" como o vilão Sebastião Quirino. Recentemente no teatro esteve em cartaz com "A Dama das Camélias", "Amar, Verbo Intransitivo", "Isadora Duncan - A Revolução na Dança" e "Morte em Veneza".


Ficha técnica
"Broadway Station - O Espetáculo"
Original de: Roberto Cordovani
Texto: Roberto Cordovani
Estruturação e diálogos: Roberto Cordovani
Com a colaboração de: Vannessa Gerbelli
Elenco: Roberto Cordovani (Melhor ator Londres, Madrid, Compostela), Victor Rodrigues, Marcelo Gomes e Nill de Pádua
Cenografia: Victor Rodrigues
Cenário virtual: Flávio Wongálak
Figurinos: Coco Chanel (Paris) Maria Armanda (Lisboa) André Correia (Ilha da Madeira), Carme Pichell (Galicia)
Restauração de figurinos: Débora Munhyz
Desenho de iluminação: Roberto Cordovani
Trilha sonora: Roberto Cordovani e Flávio Wongálak
Assistente de duração: Davi Pesquero
Direção de produção: Flávio Wongálak
Responsável pelos editais de Fomento: Dinho Santoz
Produção executiva: Roberto Cordovani e Flávio Wongálak
Fotos: Tainan Porcel
Cartaz e arte do projeto: Flávio Wongálak
Mixagem de áudio e vídeo: Flávio Wongálak
Direção geral: Roberto Cordovani
Realização: Cordovani Produções Artísticas 2024


Serviço
"Broadway Station - O Espetáculo"
Original de: Roberto Cordovani
Estruturação e diálogos: Roberto Cordovani
Com a Colaboração de: Vannessa Gerbelli
Elenco: Roberto Cordovani (Melhor ator Londres, Madrid, Compostela), Victor Rodrigues, Marcelo Gomes e Nill de Pádua
Duração: 80 minutos
Classificação: 14 anos
Temporada: de 5 de abril a 4 de maio. Sextas às 21h, sábados e domingos, às 18h.(dia 01 de maio quarta feira haverá espetáculo)
Ingressos: entre R$ 50 e R$ 80
Compras on-line: https://www.eventim.com.br/artist/broadway-station/?affiliate=JSA


Bilheteria
Quartas e quintas-feiras, das 14h00 às 21h00
Sextas, sábados e domingos, das 14h00 até o horário dos espetáculos
Aceita os cartões de débito e crédito: Amex, Dinners, Elo, Mastercard, Visa e Hipercard. Não aceita cheques.
Telefone da bilheteria: (11) 3611-3042


Teatro J. Safra | 627 lugares
Endereço: Rua Josef Kryss, 318 - Barra Funda/São Paulo
Telefone: (11) 3611 3042 e 3611 2561
Abertura da casa: 2 horas antes de cada horário de espetáculo, com serviço de lounge-bar no saguão do Teatro.
Acessibilidade para deficiente físico
Estacionamento: Valet Service (Estacionamento próprio do Teatro) - R$ 30,00

segunda-feira, 11 de março de 2024

.: Teatro: "O Ninho, Um Recado da Raiz", de Newton Moreno, no Sesc Bom Retiro


Espetáculo inédito é escrito e dirigido por Newton Moreno. Com trilha sonora original de Zeca Baleiro, espetáculo é uma novela cênica sobre a intolerância e o ódio no canavial nordestino. Foto: Ronaldo Gutierrez


A dolorosa procura de um jovem por descobrir suas origens e o passado de sua família é tema de "O Ninho, Um Recado da Raiz", com direção e dramaturgia do premiado Newton Moreno. O espetáculo estreia nesta sexta-feira, dia 15 de março, no Sesc Bom Retiro, onde segue em cartaz até 21 de abril, com apresentações às sextas e aos sábados, às 20h00, e aos domingos, às 18h00. O trabalho ainda tem trilha sonora original de Zeca Baleiro, que também assina a direção musical ao lado de André Bedurê. Já o elenco traz Paulo de Pontes, Tay Lopes, Kátia Daher, Badu Morais, Rebeca Jamir e Jorge de Paula. Em cena, também estão os músicos Bedurê e Pablo Moura.

O projeto retoma a parceria de Moreno com o produtor Rodrigo Velloni, parceiros criativos na bem-sucedida montagem “As Cangaceiras, Guerreiras do Sertão” (2019). Escrita em 2009, "O Ninho, Um Recado da Raiz" surgiu quando a Cia. Os Fofos Encenam estava pesquisando a civilização da cana-de-açúcar, o patriarcado feudalista da cana e a região da Zona da Mata, no Nordeste brasileiro, para a criação da peça “Memória da Cana”. Na época, o texto seria usado para compor um dos movimentos de outro espetáculo do grupo, “Terra de Santo”, que foi encenado na sequência.

“Nas minhas pesquisas, acabei descobrindo uma célula nazista, localizada em uma cidade perto de Recife. Lá, havia uma grande empresa de uma família poderosa chamada Lundgren, que é importantíssima para a história da cidade e apoiou alguns nazistas que vieram para cá. Encontrei no Arquivo Público do Estado de Pernambuco uma série de documentos registrando os encontros dessas pessoas com espiões alemães e até reuniões do partido nazista. Tive acesso ao trabalho de pesquisadores e ao livro de uma amiga, Susan Lewis, sobre essa presença dos nazistas no Brasil e nas Américas, e comecei a escrever a história”, conta Newton Moreno.

E sobre a decisão de retomar essa obra, o autor ainda revela que se trata de uma resposta à nova ascensão da extrema direita ultraconservadora e dos pensamentos fascista e neonazista no Brasil e no mundo. “Recentemente, tive acesso aos trabalhos da saudosa pesquisadora Adriana Dias, sobre o neonazismo no Brasil. E achamos que seria o momento de investigar o porquê a gente ainda convive com essas ideias fascistas, e nessa herança neonazista que nos cerca”, acrescenta.

"O Ninho, Um Recado da Raiz" é uma novela cênica sobre a intolerância e o ódio em terras brasileiras, em pleno canavial nordestino. Obstinado e incansável, um jovem parte em busca de sua origem até descobrir a verdade dolorosa sobre sua família. Ele é alertado sobre os perigos que se anunciam, mas persevera até entender que a descoberta de si é sempre dolorosa.

“Estamos redescobrindo o Brasil e as muitas histórias que estão sendo recontadas ou que nunca foram contadas. Contamos a história de um rapaz que descobre ter sido deixado numa roda de enjeitados de um convento por uma família. E, quando ele quer saber que família é essa, resvala em heranças que ele não imaginava. Trabalhamos esse espelhamento da busca desse menino atrás do seu DNA com a busca de um país atrás do seu DNA”, antecipa o autor.

Já a encenação, conta o diretor, trabalha com um tripé formado pelo texto, o ator e a música em cena. “É no jogo entre essas três forças que a encenação se dá. A música é executada ao vivo e esses atores estão entregando essa verdade, essa busca desse menino. Só que aqui temos realmente uma história mais seca, que flerta com o trágico”, comenta Moreno.


Ficha técnica
Espetáculo "O Ninho, Um Recado da Raiz"
Elenco: Paulo de Pontes, Tay Lopez, Kátia Daher, Badu Morais, Rebeca Jamir e Jorge de Paula
Músicos: André Bedurê e Pablo Moura
Texto e Direção: Newton Moreno Assistente de Direção: Almir Martines Dramaturgista: Bernardo Bibancos
Produção: Rodrigo Velloni Produção Executiva: Swan Prado
Trilha Sonora Original: Zeca Baleiro
Direção Musical: André Bedurê e Zeca Baleiro
A música "Recado da Raiz" foi escrita por Zeca Baleiro e Newton Moreno
A música "Corifeia" foi escrita por Zeca Baleiro, André Bedurê e Newton Moreno Preparação Vocal e Arranjos Vocais: Rebeca Jamir
Preparação dos Atores e Direção de Movimento: Erica Rodrigues
Cenografia: Andre Cortez
Assistente de Cenografia: Camila Refinetti Cenotécnico: Wanderley Wagner Serralheria: Fernando Zimolo
Adereços: Zé Valdir
Figurinos: Fábio Namatame Assistente: Lari Andrade Modelagem: Juliano Lopes Modelagem e Costura: Lenilda Moura
Costura: Fernando Reinert , Maria Jose Castro e Judite Gerônimo Adereços: Antônio Ocelio de Sá
Iluminação: Equipe A2 | Lighting Design Desenho de Luz: Wagner Pinto Produção de Luz: Carina Tavares Assistente de Iluminação: Gabriel Greghi Operação de Luz: Gabriela Cezario
Consultoria Sonora: Radar Sound | André Omote Operação de Som: Nayara Konno
Palestrante e Historiadora: Susan Lewis
Consultoria e Tradução do Alemão: Evaldo Mocarzel Consultoria de Hebraico: Elaine Kauffman
Diretor de Palco: Jones Souza
Contrarregra: Eduardo Portella
Camareira: Luciana Galvão
Designer Gráfico e Ilustrações: Ricardo Cammarota Fotos: Ronaldo Gutierrez
Assessoria de Imprensa: Pombo Correio
Captação, Edição e Mídias Sociais: GaTú Filmes
Gestão Financeira: Vanessa Velloni
Consultoria Jurídica: Martha Macruz de Sá
Administração: Velloni Produções Artísticas


Serviço
Espetáculo "O Ninho, Um Recado da Raiz"
Temporada: 15, 16, 17, 22, 23, 24, 30 e 31/03/2024 e 5, 6, 7, 12, 13, 14, 19 (duas apresentações), 20 e 21/04/2024. Sextas e sábados, às 20h; Domingos, às 18h; Sessão extra na sexta 19/04, às 15h. No dia 29/03, feriado, o Sesc não abre.
Sesc Bom Retiro – Alameda Nothmann, 185, Campos Elíseos
Ingressos: R$ 50,00 (inteira), R$ 25,00 (meia-entrada) e R$ 15,00 (credencial plena)
Vendas on-line em sescsp.org.br
Classificação: 16 anos
Duração: 90 minutos Gênero: Drama Capacidade: 297 lugares
Acessibilidade: teatro acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida. Sessão com audiodescrição no dia 13/04 e interpretação em Libras no dia 14/04.


Estacionamento do Sesc Bom Retiro - (Vagas Limitadas)
O estacionamento do Sesc oferece espaço para pessoas com necessidades especiais e bicicletário. A capacidade do estacionamento é limitada. Os valores são cobrados igualmente para carros e motos. Entrada: Alameda Cleveland, 529.       
Valores: R$ 5,50 a primeira hora e R$ 2,00 por hora adicional (Credencial Plena). R$ 12,00 a primeira hora e R$ 3,00 por hora adicional (Outros). Valores para o público de espetáculos à noite R$ 7,50 (Credencial Plena). R$ 15,00 (pelo período).
Horários: terça a sexta, das 9h00 às 20h00. Sábado: 10h00 às 20h00. Domingo: 10h00 às 18h00. Em dias de evento no teatro, o estacionamento funciona até o término da apresentação.       


Transporte gratuito
O Sesc Bom Retiro oferece transporte gratuito circular partindo da Estação da Luz. O embarque e desembarque ocorre na saída CPTM/José Paulino/Praça da Luz.
Horário de início do serviço: Terça a Sábado, às 17h30 | Domingo e Feriados, às 15h30. Ao término do espetáculo, o serviço retorna à Estação Luz.      


Sesc Bom Retiro
Alameda Nothmann, 185 - Campos Elíseos/São Paulo
Telefone: (11) 3332-3600
Fique atento se for utilizar o Uber para vir ao Sesc Bom Retiro! É preciso escrever o endereço completo no destino, Alameda Nothmann, 185, caso contrário o aplicativo informará outra rota/destino.

sexta-feira, 20 de outubro de 2023

.: Zeca Baleiro lança "O Samba Não É de Ninguém": nas plataformas e em vinil

Com capa de Elifas Andreato, álbum autoral chega dia 27 de outubro nas plataformas digitais e também terá versão em vinil. A capa de ‘O Samba Não É de Ninguém’ é provavelmente a última do genial artista Elifas Andreato, que faleceu no ano passado


No dia 27 de outubro, Zeca Baleiro lança álbum autoral de sambas, O Samba Não É de Ninguém, nas plataformas digitais. Com produção de Swami Jr., o álbum começou a ser gravado há pouco mais de 10 anos e só agora chega ao público. "O samba pra mim sempre foi um lugar meio que sagrado, intocável, perigoso... Tinha medo de expor essa minha faceta, que já é antiga, mas que eu nunca havia registrado em disco. Devo a dois amigos e parceiros o estímulo para tomar coragem e realizar de fato o disco, o poeta Sergio Natureza e Swami Jr.”, confessa o artista.

A capa do disco, que terá versão em vinil, foi encomendada ao genial artista Elifas Andreato, responsável por capas clássicas de artistas da música brasileira, entre eles Martinho da Vila, Paulinho da Viola e Zeca Pagodinho. Elifas faleceu no ano passado e é provável que esta tenha sido sua última "capa" de disco, trabalho que tanto o apaixonava.

"O Samba Não É de Ninguém" sai pelo selo do próprio artista, Saravá Discos, com distribuição da ONErpm, e já está disponível para pre-save aqui. Com instrumentação acústica e tradicional, o álbum tem 11 canções, todas de Baleiro, três delas em parceria – "Casa no Céu" (com Eliakin Rufino); "Eu pensei que você fosse a lua" (com Salgado Maranhão); e "Duas Ilhas"(com Swami Jr.). 

O lançamento de "O Samba Não É de Ninguém" faz parte das comemorações pelos 26 anos de carreira de Baleiro, que incluiu também o álbum Mambo Só, lançado em julho. A celebração ainda engloba um álbum com Chico César, um livro de memórias e o talk show “Evoé”.

Zeca Baleiro lança ‘O Samba Não É de Ninguém’ na próxima sexta-feira, 27 de outubro. 


Pré-save disponível aqui: onerpm.link/osambanaoedeninguem

Pra saber mais sobre Zeca Baleiro: linktr.ee/zecabaleiro

Para ouvir Zeca Baleiro: onerpm.lnk.to/zecabaleiro


terça-feira, 25 de julho de 2023

.: Abertura do Santos Jazz Festival homenageia Chico Buarque e Edu Lobo


Espetáculo reúne Orquestra Sinfônica de Santos, Jazz Big Band, Ayrton  Montarroys e Vanessa Moreno celebrando os 40 anos do álbum “O Grande Circo Místico”, entre outros clássicos de Edu e Chico


Por Milena Zimbres, jornalista.


Não bastasse o repertório homenagear os geniais Chico Buarque e Edu Lobo - que no próximo mês celebra o 80º aniversário, o Santos Jazz Festival escolheu para seu concerto de abertura oficial unir no palco toda maestria da Orquestra Sinfônica Municipal de Santos, acompanhada da Jazz Big Band, ao talento de dois jovens artistas que despontam como referências na nova cena musical: Ayrton  Montarroys e Vanessa Moreno.

Além de contemplar os sucessos absolutamente atemporais de Edu e Chico, o espetáculo também é uma celebração ao álbum O Grande Circo Místico, obra que fizeram em parceria e que está completando 40 anos. O concerto acontece na próxima quinta-feira, dia 27, às 20 horas, no teatro do Sesc (Rua Conselheiro Ribas, 136) com entrada gratuita, num verdadeiro presente à Cidade. Os ingressos devem ser retirados na bilheteria no próprio dia, a partir das 10 horas.

“É uma satisfação retornar e abrir o festival com a participação de dois grandes cantores. Estamos preparando um repertório belíssimo e nossa orquestra estará acrescida de uma big band. Queremos apresentar algo inesquecível, à altura da honra de fazer a abertura do Santos Jazz Festival, que é uma tradição, um verdadeiro patrimônio cultural da nossa cidade”, diz o maestro Luís Gustavo Petri.


Grande expectativa
Ele não está sozinho vivendo esse sentimento. Os dois super convidados não escondem a expectativa. “Pra mim é um prazer  cantar esse repertório que visita Edu e Chico, duas influências e dois dos maiores nomes da música mundial. Escolhemos canções muito bonitas e eu espero que as pessoas gostem da forma que essas músicas me atravessam, ganhando novas cores e formatos”, afirma Vanessa Moreno. Junto com Ayrton ela integra a turnê atual de Edu Lobo.

“Estou muito empolgado. Até um tanto nervoso e estudando muito todas as canções. É a primeira vez que vou ter a oportunidade de tocar esse repertório com uma orquestra. As gravações originais tem arranjos tão inventivos e merecem realmente que as apresentemos com uma roupagem elegantíssima como a sinfônica pode dar”, conta Ayrton Montarroyos, confessando a ansiedade.


Programação segue no Centro
A abertura oficial é a única atividade que ocorre fora do Centro Histórico. Todo restante da programação será realizada com palco principal montando no Largo   Marques de Monte Alegre (em frente a igreja do Valongo), na sexta e sábado. No domingo a programação é voltada principalmente às crianças e acontece no Museu do Café.

O line-up proposto pela curadoria aposta na pluralidade e traz Sabrina Parlatore com a Jazz Big Band, Paula Lima com tributo a Rita Lee, Diego Moraes com participação de Assucena, o rapper Rael, a atração internacional Alabama Mikes e muito mais. Tudo absolutamente gratuito!

O espaço está sendo preparado com toda infraestrutura para oferecer uma experiência de conforto, segurança e qualidade ao público. O projeto contempla palco com os melhores recursos audiovisuais, praça de alimentação, área coberta e sanitários públicos. Haverá segurança particular, além do apoio da Guarda Municipal e das Polícias Militar e Civil.

Ayrton Montarroys
A carreira do intérprete Ayrton Montarroyos começou cedo. Aos 11 anos já participava de saraus e rodas de chôro em Recife, sua cidade natal. Aos 21 ganhou notoriedade ao defender clássicos da música popular brasileira no reality show musical "The Voice", onde se consagrou vice-campeão.  Seu primeiro álbum "Ayrton Montarroyos" ganhou o público e a crítica e teve uma canção inédita de Zeca Baleiro. Em 2019 lançou "Um Mergulho no Nada". O disco reflete todo o estudo e pesquisa do cantor sobre a canção popular brasileira e a poética de seu povo. Atualmente se apresenta pelo País em diferentes projetos que celebram a obra de Caetano Veloso, Maysa e Edu Lobo. Já dividiu palco com Lulu Santos, Chico César, Lenine, Fafá de Belém e outros gigantes.


Vanessa Moreno
Vencedora do Prêmio Profissionais da Música Brasileira em 2017 e 2018 na categoria "Cantora", e em 2021 como "Cantora" e também "Autora" - Vanessa Moreno se destaca como uma das maiores revelações musicais do País. Participou de diversas gravações e shows com artistas consagrados, como Gilberto Gil, Rosa Passos, Renato Braz, Alaíde Costa, Dori Caymmi e o próprio Edu Lobo. Sua discografia inclui "Vem Ver" (2013) e "Cores Vivas - Canções de Gilberto Gil" (2016) com Fi Maróstica, o CD solo "Em Movimento" (2017); em duo com o pianista paraibano Salomão Soares "Chão de Flutuar" (2019) e "Yatra-Tá" (2021), CD solo "Sentido" (2021) e "Solar" (2023).


Realização
O 11º Santos Jazz Festival tem chancela da Lei Federal Rouanet com os patrocínios das empresas G.Pierotti, Bandeirantes Deicmar, Terminais AGEO, Autoridade Portuária de Santos (APS) e Ecoporto. Correalização: Prefeitura Municipal de Santos. Apoio Institucional: Sesc Santos e Museu do Café. O projeto conta também com emenda parlamentar dos vereadores Benedito Furtado, Bruno Orlandi, Cacá Teixeira, Chico Nogueira, Edivaldo Fernandes e Telma de Souza.


quinta-feira, 20 de julho de 2023

.: Maria Alcina canta em Santos para celebrar aniversário do Chorinho


Show de abertura com Rafaella Laranja e Luizinho 7 Cordas completa a programação em dose dupla.


Por Milena Zimbres, jornalista.

Será um dia para reverenciar a boa música. Realizado em Santos, no litoral de São Paulo, o "Chorinho no Aquário", projeto cultural queridinho de todos os santistas, completa seu décimo sexto aniversário e terá show em dose dupla neste sábado, dia 22, para marcar a comemoração. Desta vez, o projeto recebe dois dos músicos mais queridos da cidade às 17 horas: Rafaella Laranja e Luizinho 7 Cordas, abrindo a programação. 

Em seguida Maria Alcina, reconhecida no país e internacionalmente pela voz rouca única e performances irreverentes, sobe ao palco acompanhada pelo grupo O Choro Brasileiro. Os shows acontecem na Praça Vereador Luiz La Scala, Ponta da Praia, cuja avenida estará interditada para o trânsito de veículos, garantindo maior conforto e a segurança do público. A entrada é franca.

“O Chorinho no Aquário é um projeto que foi abraçado pela Cidade, juntando a qualidade das atrações ao cenário incrível da nossa orla. É, sem dúvidas, um orgulho pra cena cultural de Santos”, garante o secretário municipal de Cultura, Rafael Leal. Os artistas convidados para a festa têm absoluta sintonia com a proposta do projeto. 

O mestre Luizinho 7 Cordas é considerado o mais autêntico representante paulista do violão 7 cordas. É a grande referência para os chorões da Cidade e empresta seu nome, como patrono, à escola de música do Clube do Choro de Santos, por onde inúmeros jovens em vulnerabilidade social tiveram acesso ao universo da música. Com ele sobe ao palco Rafaella Laranja, nascida e criada nas referências do choro na Cidade. Juntos farão um espetáculo com os melhores choros e sambas de grandes compositores.


Maria Alcina fecha com chave de ouro
“O chorinho faz parte da minha vida e está comigo desde o meu primeiro disco, quando abracei o repertório de Carmen Miranda. É sempre uma honra quando sou chamada pra fazer algo nesse estilo. E além disso estar de volta a Santos me deixa imensamente feliz porque é uma cidade que eu amo e faz tempo que não vou”, conta Maria Alcina.

Em uma carreira repleta de conquistas merece destaque o Prêmio da Música Brasileira, que já ganhou tanto na categoria melhor cantora quanto melhor álbum. Em mais de quatro décadas de carreira fez trabalhos com a obra de grandes nomes, como Carmen Miranda e Caetano Veloso. É também reconhecida e celebrada por dois ícones: Arnaldo Antunes e Zeca Baleiro, que compuseram para ela, respectivamente, “De Normal Bastam os Outros” e a autobiográfica “Eu Sou Alcina”.

Dezesseis anos de sucesso
Nestes 16 anos de existência o projeto já ultrapassou a marca de 550 apresentações musicais totalmente gratuitas, cumprindo o objetivo de fortalecer a divulgação do choro, primeiro estilo musical genuinamente brasileiro. Por ele já passaram grandes nomes do gênero, como Euclides Marques, As Choronas, Alexandre Ribeiro, Filó Machado, e muitos outros.

O público é cativo e teve seu recorde em 2008, com a apresentação do grupo Demônios da Garoa. Muitas personalidades do mundo da música, política e jornalismo também já prestigiaram como o diplomata Celso Amorim, o jornalista e crítico musical Sérgio Cabral e o músico e presidente do clube do choro da Itália, o bandolinista Marco Ruviaro.

Realização
O Chorinho no Aquário é uma realização da Organização Social Associação dos Artistas e da Prefeitura de Santos, pela Secretaria de Cultura, com apoio institucional do Clube do Choro de Santos, e patrocínio das empresas Santos Brasil, Autoridade Portuária de Santos (APS) e Terminais AGEO, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura.

Serviço:
Projeto Chorinho no Aquário.
Local: Praça Vereador Luiz La Scala - Aquário Municipal - Ponta da Praia - Santos. Dia 22, sábado, às 17 horas. Realização: Associação dos Artistas e Prefeitura de Santos (Secretaria Municipal de Cultura) Patrocínio: Santos Brasil, Autoridade Portuária de Santos (APS) e Terminais AGEO, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura. Apoio Institucional: Clube do Choro de Santos. Entrada gratuita. Em caso de chuva a programação pode sofrer alteração e ser remarcada para outra data.

sábado, 15 de julho de 2023

.: Zeca Baleiro reconta fábulas clássicas e revisita contos de fada em novo livro


Com humor e originalidade, "Casos Curiosos de Bichos Falantes", lançado pela FTD Educação, traz frescor para histórias como "O Patinho Feio" e "O Leão e a Gazela" e personagens como o Lobo Mau - assinados pelo cantor, compositor, músico e escritor Zeca Baleiro. O livro infantil é indicado para leitores a partir de oito anos que apresenta sete fábulas cheias de humor e poesia. As divertidas e detalhadas ilustrações são de Vienno aguçam a imaginação dos leitores e trazem uma nova perspectiva ao texto.

Com uma carreira musical de sucesso nas últimas duas décadas, o artista multifacetado vem se dedicando também à literatura e ao teatro. Além de quatro livros lançados e duas peças teatrais, o cantor traduziu para a FTD Educação os livros da coleção infantil "Trompolina e Fubazim", escritos e ilustrados pelo francês Claude Ponti.

Fã das criações de La Fontaine e de Esopo, o artista se serve de todo o seu talento com as palavras para acrescentar humor e oralidade à rica tradição da fábula. Com a mesma criatividade de suas composições musicais,Zeca Baleiro revisita algumas histórias clássicas e confere sua versão particular. Nesta releitura, por exemplo, "O Patinho Feio" recebe o título de “O Patinho Lindo”.

O autor também questiona o tratamento dado a alguns personagens dos contos de fadas, como em “O Lobo Mau triste”, e mostra os dilemas enfrentados por um elefante que perde sua identidade (“O Elefante Sem Memória”) e por uma raposa que não se adapta ao grupo ao qual pertence (“A Raposa Banguela”). Nas fábulas deste livro, com muita originalidade, os bichos repensam seus papéis nas histórias infantis — e a tradicional moral da história de encerramento ganha novos significados, como no conto “O peru fugitivo”: “Se você é peru, e o Natal se aproxima, então corra”.

“As fábulas são muito mágicas. Imaginar que os bichos falam, sentem, pensam, sempre como uma metáfora do próprio pensamento humano e da vida em sociedade, é sempre mágico. Existem fábulas incríveis, como 'A Lebre e a Tartaruga', 'A Raposa e o Corvo', 'A Cigarra e a Formiga', e cada história tem uma moral. Isso também é fascinante”, comenta Zeca Baleiro. Compre o livro "Casos Curiosos de Bichos Falantes", de Zeca Baleiro, neste link.

O autor
Zeca Baleiro
nasceu em 11 de abril de 1966 em São Luís, no Maranhão. Começou a carreira artística nos anos 1980, participando de festivais e compondo músicas para teatro infantil. Com sua mistura de ritmos e diversas referências musicais, além da verve afiada de humor e ironia, o cantor e compositor foi recebido com entusiasmo pelo público e pela imprensa quando lançou seu primeiro disco, "Por Onde Andará Stephen Fry?", em 1997. Ao longo de mais de 20 anos, lançou 11 discos de estúdio, cinco CDs ao vivo, nove DVDs e vários projetos especiais.

O ilustrador
Vienno (Vinícius Xavier) é artista multimídia. Nascido e criado em Limeira, interior de São Paulo, formou-se em Artes Visuais pela PUC-Campinas. Entre suas produções estão tirinhas para as redes sociais, design de cenários, criação de personagens para clipes infantis e ilustrações para o meio editorial, como as do livro A lupa mágica pelo mundo (Tigrito, 2021). Garanta o seu exemplar de "Casos Curiosos de Bichos Falantes", escrito por Zeca Baleiro e ilistrado por Vienno, neste link.

quinta-feira, 13 de julho de 2023

.: Musical "O Bem Amado", de Dias Gomes, em temporada no Teatro FAAP


Premiada versão musicada de Ricardo Grasson para o clássico O Bem Amado, de Dias Gomes, segue em cartaz até dia 30 no Teatro FAAP. Espetáculo tem letras e músicas de Zeca Baleiro e Newton Moreno, com direção musical de Marco França e traz no elenco Cassio Scapin, Eduardo Semerjian, Paulo de Pontes, Luciana Ramanzini, Kátia Daher, Lola Fanucchi, Ando Camargo, Magno Argolo, Heitor Garcia, Dan Maia, Roquildes Júnior, Bruno Menegatti e Daniel Warschauer. Foto: Ronaldo Gutierrez

Criado no contexto das comemorações aos 100 anos de nascimento do autor baiano Dias Gomes (1922-1999), o premiado "O Bem Amado Musicado", dirigido por Ricardo Grasson, segue em cartaz até dia 30 de julho no Teatro FAAP, com apresentações às sextas e aos sábados, às 20h, e aos domingos, às 18h. Com produção de Rodrigo Velloni, o trabalho estreou em 2022 e recebeu os prêmios Arcanjo de Cultura (destaque em teatro) e Prêmio DID (destaque em direção). 

Escrita em 1962, “Odorico, o Bem Amado, ou Os Mistérios do Amor e da Morte” é considerada um clássico do teatro moderno brasileiro e ficou bastante conhecida pelo grande público ao ser adaptada na primeira telanovela exibida em cores no Brasil e a ser exportada. A versão, exibida pela TV Globo em 1973, era dirigida por Régis Cardoso e estrelada por Paulo Gracindo, Lima Duarte, Jardel Filho, Sandra Bréa, Ida Gomes e outros grandes atores. 

“O Bem Amado é um marco do realismo fantástico brasileiro. Dias Gomes toca com o sincretismo peculiaridade e maestria, em temas mais que atuais e fundamentais para a informação e a formação de gerações, como a crítica contestadora, o tom sarcástico e demagogo, a política, os costumes moralistas, a diversidade, religioso, a relação entre homens e o poder subversivo e todas as suas consequências”, reflete o diretor Ricardo Grasson.

Ele ainda conta como decidiu montar esta obra: “Foi em uma entrevista, em um canal na internet, que ouvi o Cassio (Scapin) contando da vontade de representar o personagem Odorico Paraguaçu, pela importância do autor e do texto na atual situação em que nós, como cidadãos e artistas, nos encontrávamos. Liguei para o Cassio, nos conhecemos há alguns anos e durante este período de pandemia fizemos alguns trabalhos juntos, então fiz o convite", revela.

A comédia satiriza o cotidiano de Sucupira, uma cidade fictícia no litoral baiano, onde vive o político corrupto e demagogo Odorico Paraguaçu. Como não há um cemitério na cidade, o que obriga os moradores a enterrar seus mortos em municípios vizinhos, ele se elege prefeito com o slogan “Vote em um homem sério e ganhe um cemitério”.

O grande problema é que não morre ninguém em Sucupira para que o cemitério seja inaugurado. E, para resolver esse dilema e não perder o apoio de seus eleitores, ele se alia ao terrível pistoleiro Zeca Diabo, que foi expulso da cidade. O que ele não sabe é que o matador não pretende matar mais ninguém, pois deseja virar um homem de Deus.

Para trazer ao palco a pequena, seca, rude, litorânea e quente cidade de Sucupira, Grasson conta que procurou referências nas bases do realismo fantástico. “Somos inspirados pelos filmes de Federico Fellini, pela xilogravura nordestina moderna com influência de obras de artistas como Speto, pelo teatro popular brasileiro e pelos movimentos e desdobramentos da confecção dos livros ‘pop up’ (tipo de ilustrações em dobraduras de papel que saltavam dos livros), revela. 

Ele ainda acrescenta que busca uma encenação de contornos populares, vibrantes, alegres e tipicamente brasileiros. “Queremos uma encenação enraizada na cultura nordestina brasileira, na interpretação e composição visceral dos atores e na linguagem de alcance direto, popular”. E, sobre o processo de musicar a obra de Dias Gomes, o encenador comenta: “Incorporar na obra as músicas originais, somará nas nuances dramatúrgicas linguísticas típicas do autor, em brasilidades necessárias, transpondo para elementos e personagens da cultura nacional referências cotidianas e místicas, originárias nos personagens criados e descritos pelo autor”. Compre o livro "O Bem Amado", de Dias Gomes, neste link.


Ficha técnica 
"O Bem Amado Musicado". Autor: Dias Gomes. Direção: Ricardo Grasson. Produção: Rodrigo Velloni. Letras e Músicas: Zeca Baleiro e Newton Moreno. Arranjos: Zeca Baleiro e Marco França. Direção musical e música original (instrumental): Marco França. Cenário: Chris Aizner. Desenho de luz: Cesar Pivetti. Figurino: Fábio Namatame. Direção de movimento e coreografia: Katia Barros e Tutu Morasi. Designer gráfico e ilustrações: Ricardo Cammarota. Fotografia: Ronaldo Gutierrez. Preparação vocal: Marco França. Visagismo: Alisson Rodrigues. Adereços: Kleber Montanheiro. Diretor assistente: Pedro Arrais. Designer de som: Fernando Wada. Direção de palco: Jones de Souza. Camareira: Luciana Galvão. Contrarregra: Eduardo Portella. Assistente de luz e operador: Rodrigo Pivetti. Cenotécnico: Alicio Silva. Produção executiva: Swan Prado. Assistente de produção: Adriana Souza. Captação, criação de conteúdo e mídias sociais: GaTú Filmes. Assessoria de imprensa: Pombo Correio. Assessoria jurídica: Martha Macruz de Sá. Gestão financeira: Vanessa Velloni. Idealização: Ricardo Grasson, Heitor Garcia e Cassio Scapin. Realização: Velloni Produções Artisticas. Elenco: Cassio Scapin, Eduardo Semerjian, Paulo de Pontes, Luciana Ramanzini, Kátia Daher, Lola Fanucchi, Ando Camargo, Magno Argolo, Heitor Garcia e Roquildes Júnior. Músicos: Dan Maia, Bruno Menegatti, Daniel Warschauer e Roquildes Júnior.


Serviço
"O Bem Amado Musicado".
 Temporada: até dia 30 de julho. Às sextas e aos sábados, às 20h, e aos domingos, às 18h. Teatro FAAP - Rua Alagoas, 903 - Higienópolis, São Paulo. Ingressos: R$ 80,00 (inteira), R$ 40,00 (meia-entrada). Duração: 110 minutos. Classificação etária: 12 anos. Gênero: comédia musicada. Acessibilidade: teatro acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida.

Teaser de "O Bem Amado Musicado"

quarta-feira, 7 de junho de 2023

.: #Resenhando20Anos: Entrevista com Marina Elali, cantora e compositora

No dia 4 de junho de 2023 o Resenhando.com completou 20 anos. Durante esse mês, matérias emblemáticas que foram destaque no portal editado pelos jornalistas Mary Ellen Farias dos Santos e Helder Moraes Miranda serão republicadas. Ao fazer essa visita ao passado, percebemos que os textos ainda estão atuais. 

Algumas delas, republicadas na íntegra, embora extremamente relevantes, apresentam aspectos datados ou têm marcas de expressões, pensamentos e linguagens que podem estar ultrapassadas, mas são um registro da história deste veículo. Realizada em novembro de 2005, a entrevista com a cantora e compositora Marina Elali, marcou a história do Resenhando.com.


"O mais importante é que todas as cantoras têm uma coisa em comum, o amor pela arte, pela música"Marina Elali

Por Helder Moraes Miranda, em novembro de 2005.

Uma das grandes estrelas da MPB da nova geração, Marina de Souza Dantas Elali falou com exclusividade ao Resenhando e, mais importante que isto, respondeu as perguntas de fãs de todo o Brasil. As impressões que ela deixou são as melhores: muito receptiva, expansiva, simpática, talentosa, inteligente, linda e rodeada por uma equipe competente, que facilitou nosso contato com ela.

Marina Elali, que recentemente lançou o primeiro CD com selo da Som Livre que leva o nome dela, demonstrou ser mais que uma cantora, mas também um ser pensante no mundo da música. Não há dúvida que ela está preparada para ser a diva da música da nova geração, em um período de entressafra para o lançamento de grandes cantoras, já que estamos em um período que a maioria das carreiras musicais, seja bandas ou novos nomes, é efêmera.

Pudera, para quem desconhece suas origens, é bom alertar: não é apenas um rostinho bonito, tem conteúdo, bagagem: estudou música no Berklee College of Music, uma das mais conceituadas escolas do mundo, situada nos EUA. Além disso, a moça em questão é neta de José Dantas, mais conhecido como Zédantas, parceiro do rei do baião Luiz Gonzaga e um dos compositores mais importantes da música brasileira, que tem em sua trajetória composições como "A dança da moda", "A volta da asa branca" e "Riacho do navio".

Todo este sucesso não é apenas sorte de principiante: a jovem cantora, que antes de ficar famosa em todo Brasil já tinha fã-clube em Natal, contabiliza cerca de 300 shows e já cantou ao lado de gente de peso, como Nana Caymmi, Gal Costa, Zeca Baleiro e Agnaldo Rayol.

Aos quatro anos, Marina Elali ficou encantada com a música clássica que era tocada durante suas aulas de balé, mas descobriu a música pop ao assistir um vídeo de Madonna. Sua estréia como cantora, porém, aconteceu em sua festa de debutante, quando completava 15 anos. Entre os convidados, estava um produtor musical de Natal, que a convidou para abrir um show do cantor Fagner.

Depois disto, Marina foi estudar música nos Estados Unidos. Em Boston, passou por três anos de aulas de canto e teoria. De volta ao Brasil, participou de programas da Rede Globo, como "A turma do Didi" e a novela "O clone". No cinema, atuou como atriz no filme "Maria, mãe do filho de Deus". A nós, meros mortais, resta dizer: "Canta, potiguar, canta!".

  
Resenhando.com - Como você analisa o cenário da música brasileira atualmente?
Marina Elali - Recentemente eu participei da Festa Nacional da Música em Canela- RS, e Fiquei muito feliz ao saber durante um debate, que aproximadamente 76% dos discos vendidos no Brasil são de artistas brasileiros, o que nos mostra que a nossa música está em alta.


Resenhando.com - Ser uma ex-participante de reality show abre ou fecha mais portas? Você já sofreu alguma discriminação em sua carreira por isto? Qual sua concepção sobre o preconceito?
Marina Elali - Participar do Fama Três deu mais visibilidade à minha carreira, tornei-me conhecida nacionalmente e muitas portas se abriram. E em relação a discriminação, eu nunca tive nenhum problema. Pelo contrário, só aconteceram coisas boas na minha carreira depois do programa.


Resenhando.com - Você foi uma das poucas ex-participantes de todas as edições do programa Fama que não caiu no ostracismo. Qual o segredo? Pode apontar quais são os erros dos outros participantes, de acordo com seu ponto de vista?
Marina Elali - Fazer sucesso, permanecer na mídia, é muito difícil. A carreira artística, na minha opinião, deve ser trabalhada pouco a pouco, com metas, objetivos, Ideais. Acho que não há receita para uma carreira promissora, o cantor precisa ter muita disposição, amor pela música, ter força de vontade e batalhar muito pelo seu ideal. Agrupar tudo isso é difícil e muita gente, mesmo talentosa, acaba abandonando o sonho no meio do caminho. Persistência talvez seja a palavra chave.


Resenhando.com - Algumas pessoas questionam o critério de seleção do FAMA ao afirmar que a maioria dos participantes é "carta marcada" ou entra por indicação de alguém. O que tem a dizer sobre isto?
Marina Elali - Acredito que algumas pessoas façam teste e que outras sejam indicadas. As pessoas que participaram comigo do Fama Três são muito talentosas e na minha opinião mereceram participar do programa.


Resenhando.com - Qual lembrança mais marcante que tem de sua participação no Fama? Como eram os bastidores do programa?
Marina Elali - Fiquei muito emocionada ao cantar "Atrás da porta", de Chico Buarque, justamente no dia do aniversário dele. Gosto muito dessa música e me entreguei na interpretação. Quanto aos bastidores, como tínhamos atividades durante todo o tempo, não sobrava muito espaço para o lazer, o bate-papo. Quando nos reuníamos para as refeições o momento era de descontração e muito incentivo.


Resenhando.com - Como foi o processo de escolha do repertório de seu primeiro CD?
Marina Elali - Na verdade eu passei quase dois anos trabalhando no meu primeiro disco. Em 2003 comecei a escolher o repertório, gravei algumas canções e continuei pesquisando, ouvindo e compondo até o último mês de gravação. Estou muito feliz com o resultado final deste trabalho.


Resenhando.com - Você inseriu no repertório do CD um grande sucesso da cantora Rosana "O amor e o poder", qual a razão?
Marina Elali - Essa história é legal. Quando eu estava no Fama Três, uma de minhas apresentações foi com esta música. Quando saí, do Fama as pessoas me paravam na rua para falar que adoraram minha interpretação. Recebi inúmeros e-mails, telefonemas e cartas. Em todos os shows o público falava: - Marina, cante "a deusa". Esta música está no meu CD porque meu público me incentivou a gravá-la e é, sem dúvida, uma das faixas do disco que eu mais gosto.


Resenhando.com - Por ser bonita, você deve ter recebido inúmeros convites para estrelar ensaios sensuais. Alguma revista masculina já lhe convidou para posar nua? Qual a sua opinião sobre o assunto? Você faria um ensaio deste tipo?
Marina Elali - Não recebi nenhum convite para estrelar ensaios sensuais. Minha concentração está voltada, única e exclusivamente, para a minha carreira como cantora.


Resenhando.com - Quais cantoras a influenciaram a lutar para seguir a carreira adiante?
Marina Elali - Quando eu assisti pela primeira vez ao vídeo da cantora Madonna, tive a certeza absoluta do que eu queria para mim: o palco. Mas eu sou bem eclética, gosto de Zizi Possi a Celine Dion. Em cada artista consigo admirar um potencial. Gosto muito de Mariah Carey, Daniela Mercury, Sade, Alicia Keys, Britney Spears, Christina Aguilera, Ivete Sangalo...


Resenhando.com - Já foi convidada para gravar duetos? Com quem você gostaria de gravar?
Marina Elali - Nunca gravei um dueto, mas tive uma experiência maravilhosa no início de minha carreira. Eu estava cantando "Con te partiró', e de repente, Agnaldo Rayol subiu ao palco para cantar comigo. Foi um dueto improvisado, mas muito marcante para mim. Gostaria de gravar com tanta gente... Alexandre Pires, Gabriel o pensador, Jorge Vercilo, Brian Mcknight, Lionel Richie, Sting, George Michael... E por aí vai a lista.


Resenhando.com - Qual a música de seu primeiro CD que você prefere? E se você pudesse escolher, qual seria a canção de trabalho depois de "Mulheres Gostam"? Que música gostaria de interpretar e gravar em seus próximos trabalhos?
Marina Elali - Ai, que difícil! Adoro "Vem dançar", "Só por você", "Conselhos", "Vem vem", "Hipnotizar você", que é composição minha com Lincoln Olivetti. Deixa eu parar senão vou acabar colocando as 14 faixas do CD... Paralelamente à música "Mulheres gostam", que estamos trabalhando, "Você", de Roberto e Erasmo Carlos também está com excelente aceitação, até mesmo porque faz parte da trilha sonora da novela América, da Rede Globo, tema do casal Sol e Tião.


Resenhando.com - Pretende lançar DVD? Pode nos adiantar detalhes?
Marina Elali - Com certeza. Adorei a experiência de gravar meu primeiro videoclipe. A música, "Mulheres gostam", pedia um cenário sensual e mágico, e assim foi, filmamos tudo em Natal, em várias locações, uma mais bonita do que a outra, foi uma semana inesquecível. Sobre o DVD não posso adiantar detalhes porque na verdade eu ainda não comecei este projeto, mas é um sonho que pretendo realizar o mais rápido possível. Sem falar que os meus fãs já estão me cobrando. Mas acredito que tudo tem seu tempo e acho que agora é o momento de divulgar o meu primeiro disco. Na hora certa, vou lançar meu DVD.


Resenhando.com - Acredita estar preparada para a carreira internacional? Se tivesse que escolher entre a carreira no Brasil ou no exterior, qual seria a opção?
Marina Elali - É interessante como várias pessoas já me perguntaram sobre carreira internacional e esta pergunta me deixa feliz, surpresa e um pouco assustada. Confesso que é um grande sonho representar o nosso país em outros países do mundo. Se eu estou preparada? Se um dia surgir uma oportunidade não vou pensar duas vezes, vou encarar como mais um trabalho profissional, vou dar o melhor de mim como eu sempre faço, mas nunca vou deixar de ser uma cantora brasileira.


Resenhando.com - Por ser uma cantora de estilo popular, têm receio de ser rotulada de brega?
Marina Elali - Acho que o artista não deve se preocupar com quem não gosta ou critica o trabalho dele, deve se preocupar em ser um bom profissional, deve respeitar seus fãs e ser sincero em tudo que faz.


Resenhando.com - Conhecendo os bastidores, o que pensa atualmente sobre fazer parte do meio artístico? Existe rivalidade?
Marina Elali - Estou entrando no meio artístico agora, mas acho que sempre existe um lugar ao sol para todos. Rivalidade ocorre em qualquer profissão.


Resenhando.com - Como é sua relação pessoal com outros cantores e grupos? Com quais bandas e cantores você tem laços de amizade mais estreitos? Rola muito assédio?
Marina Elali - Como respondi na pergunta anterior estou começando agora e ainda não conheço muitos artistas. Na Festa Nacional da Música tive a chance de conversar com alguns ídolos meus, e o que me deixou mais feliz foi perceber que estes cantores e músicos que eu sempre fui fã hoje me respeitamcomo cantora. Recebi elogios de Elba Ramalho, por exemplo, não dá nem pra explicar. O assédio às vezes rola, tem que saber lidar, afinal de contas faz parte, né?


Resenhando.com - Durante as turnês, como você lida com a distância da família?
Marina Elali - Aos 17 anos, saí de Natal para morar nos Estados Unidos, onde fui estudar música. A saudade que eu sentia de minha família era imensa. Depois, de volta ao Brasil, para seguir a carreira de cantora, fui para o Rio de Janeiro, novamente sozinha. Então, acabei me acostumando com a distância. agora, que lanço meu CD, e que quero rodar o Brasil com meu show, a separação é inevitável, mas sei que meus pais, meu irmão, meus avós queridos e todos os meus familiares saberão compensar este afastamento toda vez que nos encontrarmos. Família na vida da gente é tudo.


Resenhando.com - Quais são seus ídolos na música e quais bandas novas merecem destaque hoje?
Marina Elali - Madonna, Mariah Carey, Daniela Mercury, Michael Jackson, Sting, Lionel Richie, Djavan, Zizi Possi, Jennifer Lopez, Britney Spears, Christina Aguilera, Phill Collins, Alicia Keys, Celine Dion, Laura Pausini, Gabriel o Pensador, Sade, Sarah McLachlan. Na verdade ouço mais cantores do que bandas, gosto de Maroon 5.


Resenhando.com - Além de cantar, você pretende investir na dramaturgia? 
Marina Elali - Durante quase cinco anos fiz aulas de teatro, sempre gostei da arte de interpretar. E fiz também aulas de atuação no Emmerson College - Boston/EUA. No palco, isso me ajuda. Já participei, cantando, de dois filmes "Didi - o Cupido Trapalhão" e "A Fronteira", e fazendo uma pequena participação em "Maria - a mãe do filho de Deus". Adorei. Também fiz uma participação na novela "O Clone", da Globo. Fui cantar e dançar na fictícia boate Nefertiti. Mas nesse momento estou apenas pensando em minha carreira como cantora, e o palco me dá a oportunidade de atuar, dançar e interpretar ao mesmo tempo.


Resenhando.com - Pode falar sobre sua infância? O que lia e escutava?
Marina Elali - Durante a minha infância fiz aulas de ballet, piano, participei de coral, de grupo de teatro, desfilei, estudei outros estilos de dança, fiz tudo que deu tempo. Gostava de ouvir música clássica, e na verdade sempre gostei mais de ouvir do que de ler, portanto me lembro mais dos meus discos do que dos meus livros. Recebi uma bagagem cultural de minha família que foi primordial para meu amadurecimento. Sou neta de Zédantas, que foi o parceiro de Luiz Gonzaga, então, fui criada, desde pequenininha, nesse meio artístico. Embora eu não tenha, infelizmente, conhecido meu avô, minha avó Iolanda sempre fez questão de apresentar-me toda a herança cultural deixada por ele. Por outro lado, meu pai é palestino e fui apresentada à música e à dança árabe ainda muito jovem. Sou apaixonada por ritmos, estilos, e tudo o que toca o meu coração passa a fazer parte de meu repertório, seja para cantar ou somente ouvir.


Resenhando.com - Como foi despertado o gosto pela música?
Marina Elali - Ih! Faz tempo. Desde pequenininha eu já demonstrava que seguiria a carreira artística. Aos três anos eu fazia aulas de dança, balé clássico. Depois passei a cantar no coral do colégio, fiz piano clássico e ouvia tudo o que emitia som. Cresci dando valor à música, até mesmo pela forte influência de minha família. Antes de completar 14 anos eu já sabia que minha realização seria o palco, o canto, a voz. Para isso abdiquei de minha juventude em Natal, ao lado da família e dos amigos, e fui estudar música nos Estados Unidos, na Berklee College of Music, de Boston, de onde saí formada.


Resenhando.com - O que diferencia Marina Elali das outras cantoras?
Marina Elali - Não existe uma voz igual à outra, uma pessoa igual a outra, e é isso que torna cada ser humano especial, pois ele é único. Sou diferente das outras cantoras porque todas somos diferentes, e o mais importante é que todas as cantoras têm uma coisa em comum, o amor pela arte, pela música.


Resenhando.com - Que conselho você dá para quem está começando a carreira?
Marina Elali - A nossa carreira é uma carreira linda, porém cheia de dificuldades, e pra enfrentar o lado bom e o ruim é preciso coragem e amor à arte. Estudo e aprimoramento são quesitos fundamentais. Dedicação, força de vontade, profissionalismo e fé também não podem faltar. Boa sorte!

quinta-feira, 26 de janeiro de 2023

.: "Show da Praça": Zeca Baleiro faz única apresentação no Sesc Bom Retiro


Sesc Bom Retiro recebe nesta quinta-feira, dia 26 de janeiro, às 21h, o cantor Zeca Baleiro para única apresentação no "Show da Praça". O cantor e compositor faz um passeio pela sua discografia, incluindo canções marcantes de sua carreira e alguns lados B, entre músicas de seus mais recentes álbuns. O público também pode esperar surpresas do cantor e compositor maranhense, que costuma preparar releituras de músicas de outros artistas.

Para o roteiro, Baleiro faz sempre uma seleção especial com canções consagradas como “Telegrama” (ZB), “Flor da Pele” (ZB), “Babylon” (ZB) e “Quase Nada” (ZB e Alice Ruiz), entre novidades como “Te Amei Ali” (ZB e Frejat) e “Sete Vidas” (ZB): "Tocarei músicas dos discos mais recentes, como os 2 volumes de 'O Amor no Caos' e 'Canções d'Além-Mar    , além dos sucessos. E, óbvio, devo preparar algumas surpresas”, diverte-se Baleiro.

Nesse show, Zeca Baleiro será acompanhado pela banda formada por Tuco Marcondes (guitarras e vocais), Fernando Nunes (baixo) e Kuki Stolarski (bateria e percussão). No prazo de pouco mais de um ano, Zeca Baleiro lançou um disco digital ao vivo em parceria com Fagner ("Raimundo Fagner e Zeca Baleiro - Ao Vivo em Brasília, 2002", raridade que resgata algumas de suas primeiras composições juntos e inclui duas novas gravações em estúdio), um álbum de intérprete dedicado ao cancioneiro português ("Canções d'Além-mar", premiado com o Grammy Latino 2021 na categoria Melhor Álbum de Música Popular Brasileira), um single duplo de forró (“Forró de Ilusão + Face”) e outro em parceria com Chico César (“Lovers + Respira”), além de uma dezena de colaborações com diferentes artistas. Em 2022 lançou o álbum “Naus”, em parceria com Vinícius Cantuária.


Sobre o artista
Zeca Baleiro nasceu em 11 de abril de 1966 em São Luís do Maranhão. É cantor, compositor e produtor musical. Lançou seu primeiro disco, “Por Onde Andará Stephen Fry?”, em 1997. Desde então, lançou outros 12 discos autorais, vários projetos especiais e oito DVDs, sempre surpreendendo o público e a crítica a cada trabalho.

Em mais de 20 anos de carreira, Zeca Baleiro ficou conhecido pela sua mistura de ritmos e referências musicais diversas. Com melodias certeiras, arranjos elaborados e poesia em alta voltagem, Baleiro apresenta sua espirituosa visão de mundo em canções originais. Além disso, tem se revelado sagaz intérprete de outros compositores e se envolvido com novas áreas, como a literatura, o cinema e o teatro.

Serviço
Show de Zeca Baleiro no Sesc Bom Retiro 
Dias 26 de janeiro, às 21h. Ingresso: R$ 50 (inteira), R$ 25 (meia-entrada) e R$ 15 (credencial plena). Classificação indicativa: 18 anos. Praça de Convivência.


Máscara
O uso de máscara segue obrigatório em espaços fechados.

Estacionamento do Sesc Bom Retiro
O estacionamento do Sesc oferece espaço para pessoas com necessidades especiais, carros de baixa emissão, carros elétricos e bicicletas. A capacidade do estacionamento é limitada. Os valores são cobrados igualmente para carros e motos. Entrada: Alameda Cleveland, 529.  Valores: R$ 5,50 a primeira hora e R$ 2 por hora adicional (Credencial Plena). R$ 12 a primeira hora e R$ 3 por hora adicional (Outros). Valores para o público de espetáculos à noite R$ 7,50 (Credencial Plena). R$ 15 (Outros).


Transporte
Aos finais de semana e feriados o Sesc Bom Retiro oferece transporte gratuito entre a Estação da Luz e o Sesc Bom Retiro. Embarque e desembarque na saída da CPTM/José Paulino/Praça da Luz. Ida: sextas e sábados, das 17h30 às 19h50. Quinta (dia 26 de janeiro), das 19h50 às 22h. Domingos, das 15h30 às 17h50. Volta: ao término do espetáculo no teatro.


Ingressos
Os ingressos são vendidos pelo Portal Sesc (www.sescsp.org.br) ou pela rede ingresso Sesc em todas as Unidades do Sesc São Paulo.

Sesc Bom Retiro
Alameda Nothmann, 185. Campos Elíseos - São Paulo. Telefone: (11) 3332-3600

terça-feira, 26 de julho de 2022

.: Versão musicada do clássico "O Bem Amado" estreia no Sesc Santana

No centenário de Dias Gomes, Ricardo Grasson dirige espetáculo protagonizado por Cássio Scapi, com músicas de Zeca Baleiro. Foto: Ronaldo Gutierrez 

Considerado um dos grandes nomes da dramaturgia brasileira, Dias Gomes (1922-1999) celebraria seus 100 anos em 2022. E, para marcar essa data, o diretor Ricardo Grasson estreia uma adaptação musicada de uma das maiores obras do autor baiano, "O Bem Amado".  O espetáculo tem letras e músicas de Zeca Baleiro e Newton Moreno, com direção musical de Marco França e traz no elenco Cassio Scapin, Marco França, Eduardo Semerjian, Rebeca Jamir, Luciana Ramanzini, Kátia Daher, Ando Camargo, Heitor Garcia, Roquildes Júnior e o ator convidado Guilherme Sant’Anna. 

Com produção de Rodrigo Velloni, o espetáculo estreia no dia 5 de agosto no Sesc Santana, onde segue em cartaz até 11 de setembro, com apresentações às sextas-feiras, às 21h; aos sábados, às 20h; e aos domingos, às 18h e nos dias 02 e 09, sextas, sessão vespertina às 15h.

Escrita em 1962, “Odorico, o Bem Amado, ou Os Mistérios do Amor e da Morte” é considerada um clássico do teatro moderno brasileiro e ficou bastante conhecida pelo grande público ao ser adaptada na primeira telenovela exibida em cores no Brasil e a ser exportada. A versão, exibida pela TV Globo em 1973, era dirigida por Régis Cardoso e estrelada por Paulo Gracindo, Lima Duarte, Jardel Filho, Sandra Bréa, Ida Gomes e outros grandes atores.

“O Bem Amado é um marco do realismo fantástico brasileiro. Dias Gomes toca com o sincretismo peculiaridade e maestria, em temas mais que atuais e fundamentais para a informação e a formação de gerações, como a crítica contestadora, o tom sarcástico e demagogo, a política, os costumes moralistas, a diversidade, religioso, a relação entre homens e o poder subversivo e todas as suas consequências”, reflete o diretor Ricardo Grasson.

Ele ainda conta como decidiu montar esta obra: “Foi em uma entrevista, em um canal na internet, que ouvi o Cassio (Scapin) contando da vontade de representar o personagem Odorico Paraguaçu, pela importância do autor e do texto na atual situação em que nós, como cidadãos e artistas, nos encontrávamos. Liguei para o Cassio, nos conhecemos há alguns anos e durante este período de pandemia fizemos alguns trabalhos juntos, então fiz o convite: O que você acha de montarmos 'O Bem Amado'? Ele disse sim!”.

A comédia satiriza o cotidiano de Sucupira, uma cidade fictícia no litoral baiano, onde vive o político corrupto e demagogo Odorico Paraguaçu. Como não há um cemitério na cidade, o que obriga os moradores a enterrar seus mortos em municípios vizinhos, ele se elege prefeito com o slogan “Vote em um homem sério e ganhe um cemitério”.

O grande problema é que não morre ninguém em Sucupira para que o cemitério seja inaugurado. E, para resolver esse dilema e não perder o apoio de seus eleitores, ele se alia ao terrível pistoleiro Zeca Diabo, que foi expulso da cidade. O que ele não sabe é que o matador não pretende matar mais ninguém, pois deseja virar um homem de Deus.

Para trazer ao palco a pequena, seca, rude, litorânea e quente cidade de Sucupira, Grasson conta que procurou referências nas bases do realismo fantástico. “Somos inspirados pelos filmes de Federico Fellini, pela xilogravura nordestina moderna com influência de obras de artistas como Speto, pelo teatro popular brasileiro e pelos movimentos e desdobramentos da confecção dos livros ‘pop up’ (tipo de ilustrações em dobraduras de papel que saltavam dos livros)”, revela.

Ele ainda acrescenta que busca uma encenação de contornos populares, vibrantes, alegres e tipicamente brasileiros. “Queremos uma encenação enraizada na cultura nordestina brasileira, na interpretação e composição visceral dos atores e na linguagem de alcance direto, popular”. E, sobre o processo de musicar a obra de Dias Gomes, o encenador comenta: “Incorporar na obra as músicas originais, somará nas nuances dramatúrgicas linguísticas típicas do autor, em brasilidades necessárias, transpondo para elementos e personagens da cultura nacional referências cotidianas e místicas, originárias nos personagens criados e descritos pelo autor”.

Leia mais:
.: Você pode comprar o livro com a peça teatral de Dias Gomes, "O Bem Amado", neste link.


Sinopse do espetáculo
"O Bem Amado"
, de Dias Gomes é uma comédia que satiriza o cotidiano de uma cidade fictícia no litoral baiano, o “bem-amado” em questão é o corrupto e demagogo Odorico Paraguaçu, candidato a prefeito de Sucupira, adorado pela maior parte da população. Como não há um cemitério na cidade, o que obriga os moradores a enterrar seus mortos em municípios vizinhos, o político se elege com o slogan “Vote em um homem sério e ganhe um cemitério”.

A grande questão para Odorico é que não morre ninguém para que o cemitério seja inaugurado. O prefeito resolve, então, lançar mão de todo tipo de artifício para não perder o apoio popular, até mesmo consentir a volta à cidade do terrível pistoleiro Zeca Diabo, com a total garantia de que ele não será preso. Há a esperança de que ele mate alguém e lhe arranje um defunto. O prefeito só não imaginava que Zeca Diabo volta a Sucupira disposto a nunca mais matar ninguém, pois quer virar um homem correto, um homem de Deus! No final da trama, é o próprio Odorico quem inaugura o cemitério, após ser morto com tiros por Zeca Diabo. Todos lamentavam-se. O prefeito Odorico tornou-se um mártir.


Ficha técnica 
Espetáculo: "O Bem Amado"
Autor: 
Dias Gomes
Direção: Ricardo Grasson
Produção: Rodrigo Velloni
Letras e músicas: Zeca Baleiro e Newton Moreno
Direção musical:
Marco França
Música original (instrumental): Marco França
Arranjos: Marco França e Zeca Baleiro
Cenário: Chris Aizner
Desenho de luz: Cesar Pivetti
Figurino: Fábio Namatame
Direção de movimento e coreografia: Katia Barros e Tutu Morasi
Designer gráfico: Ricardo Cammarota
Fotografia: Ronaldo Gutierrez
Preparação vocal: Marco França
Visagismo: Alisson Rodrigues
Adereços: Kleber Montanheiro
Assistente de direção: Heitor Garcia
Designer de som: Fernando Wada
Produção executiva: Swan Prado e Felipe Back
Assistente de produção: Adriana Souza
Assessoria de imprensa: Pombo Correio
Assessoria jurídica: Martha Macruz de Sá e Vinícius Precioso
Gestão financeira: Vanessa Velloni
Idealização: Ricardo Grasson e Cassio Scapin
Administração: Velloni Produções Artísticas
Realização: Sesc São Paulo
Elenco: Guilherme Sant’Anna, Cassio Scapin, Marco França. Eduardo Semerjian. Rebeca Jamir. Luciana Ramanzini. Kátia Daher. Ando Camargo. Heitor Garcia e Roquildes Júnior}
Músicos: Marco França, Bruno Menegatti, Daniel Warschauer e Roquildes Júnior


Serviço
"O Bem Amado", de Dias Gomes, com direção de Ricardo Grasson
Temporada:
5 de agosto a 11 de setembro
Às sextas, às 21h; aos sábados, às 20h; e aos domingos, às 18h
E dias 2 e 9, sextas, sessão vespertina às 15h
Sesc Santana - Av. Luiz Dumont Villares, 579, Santana - São Paulo
Ingressos: R$40 (inteira), R$ 20 (meia-entrada) e R$ 12 (credencial plena)
Duração: 100 minutos
Classificação etária: 12 anos
Gênero: comédia musicada 


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