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quinta-feira, 14 de novembro de 2024

.: Clássico, "Luau MTV" retorna com outro nome, L7nnon e Marcelo Falcão


Com exibição na MTV, Pluto TV e YouTube, edição terá Bella Campos, Pedro Scooby e Sarah Oliveira como apresentadores


A MTV e a cerveja Corona acabam de anunciar a data de estreia do "Corona Luau MTV". O aguardado retorno de um dos programas mais icônicos dos anos 2000 - "Luau MTV" - será no dia 12 de dezembro, quinta-feira. A partir das 20h30, o programa estará disponível na Pluto TV (on demand), na MTV e no YouTube da MTV Brasil. O especial de música, que marca a chegada do verão e é baseado no formato criado pelo Grupo Abril, celebra os dez anos de presença de Corona no Brasil no espaço que mais representa a marca: a praia.

Nesta edição especial, gravado em Preá, no Ceará, o "Corona Luau MTV" terá como atração um feat. inédito no cenário musical brasileiro, L7nnon e Marcelo Falcão, e será comandado por Bella Campos. Além disso, contará com Pedro Scooby apresentando bastidores e a participação especial de Sarah Oliveira entrevistando os artistas musicais. O retorno do programa, que já contou com apresentações icônicas de artistas, promete ser lendário (novamente!) e trazer o melhor de um encontro de gerações em um cenário paradisíaco.


Sobre o o "Luau MTV"
Programa icônico dos anos 90 e 2000 criado pela Editora Abril, o "Luau MTV" foi, anualmente, uma celebração a chegada do verão. Durante a estação, a marca reunia nomes da música nacional para tocar a beira mar, no melhor formato acústico com violão e percussão, criando uma atmosfera de celebração e conexão entre artistas e fãs. O cenário tropical, as apresentações e a presença marcante de personalidades da televisão tornaram o Luau MTV um marco na cena cultural brasileira, simbolizando a liberdade e a criatividade do público jovem. A primeira edição foi ao ar em 1997 e o programa, por sua vez, foi apresentado por diversas VJs da casa, na época, como Carla Lamarca, Cuca Lazzarotto, Fernanda Lima e Sarah Oliveira. Dentre os artistas que participaram, ao longo dos anos, estão Ivete Sangalo (1998), Charlie Brown Jr. (1999), Cássia Eller (2002) e Nando Reis (2007). Realizada em 2012, a última edição contou com apresentação da banda Raimundos e foi comandada por Ellen Jabour.


Sobre L7nnon
Cria de Realengo que conquistou o Brasil, L7nnon é um dos rappers em maior evidência na cena. Original, conta suas narrativas sem estereótipos comuns ao gênero e prova sua relevância com números. É o rapper mais ouvido do Brasil no Spotify e o mais seguido no Instagram.


Sobre Marcelo Falcão
Marcelo Falcão ou Jet, é um cantor consagrado e adorado por milhares de pessoas. Em mais de 25 anos de carreira com sua banda O Rappa, e mais de 180 milhões de discos vendidos é considerado uma lenda da música. Marcelo Falcão lançou seu primeiro álbum solo “Viver Mais Leve Que o Ar” em 2019 e desde então vem fazendo um trabalho surpreendente, foram inúmeros shows por todo o Brasil, lives, produções e lançamentos de videoclipes, turnês internacionais com direito a captações para seu documentário, produção de videoclipes e a gravação do seu DVD em Miami, hoje vem se dedicando ao seu segundo álbum solo “Vitória”, que conta com a participação de grandes músicos e artistas de distintas gerações. Mas, para além do que se ouve, Marcelo Falcão também é comportamento. O grande diferencial de Marcelo Falcão sempre foi olhar ao seu redor, dialogar com todos os públicos, entender seus anseios, desejos e vontades.


Sobre Bella Campos
Bella Campos, atriz natural de Cuiabá, fez sua estreia no remake da histórica novela dos anos 90 “Pantanal”, da Rede Globo. Ganhou visibilidade nacional ao interpretar a personagem “Muda” (Rute), que lhe rendeu o Prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante no Melhores do Ano do “Domingão do Huck”. 

Ainda em 2022, logo após o sucesso como Muda, interpretou “Jenifer” na novela das sete “Vai na fé”, que bateu recordes de audiência. Despontando como uma das melhores atrizes da sua geração, Bella está no elenco principal do longa nacional “Cinco Tipos de Medo”, ainda sem data de estreia, e estará num projeto de grande destaque para sua carreira no primeiro semestre de 2025 na Rede Globo.


Sobre Pedro Scooby
Pedro Henrique Mota Vianna, mais conhecido como Scooby, é um dos principais nomes do surfe de ondas grandes do mundo e pode ser definido como a mistura de um “Rockstar” com um guru espiritual. Nascido no Rio de Janeiro, Pedro alcançou diversos marcos importantes na história do surf de ondas gigantes, como o título de campeão mundial (Fevereiro de 2024) e também títulos de melhor onda do ano.

Além do lado atleta, Pedro tem um lifestyle único, onde já se aventurou desde desfiles e campanhas de moda de renomadas marcas como Hugo Boss e Bulgari, até se posicionar como um comunicador nato, sendo apresentador do programa PodPah Visita, dentro do canal do PodPah e também comentarista de esportes da CazéTv. O lado humano também é uma característica muito marcante no Pedro e isso se refletiu muito esse ano, onde ele foi o percursor do movimento de resgates no Rio Grande do Sul feito pelos surfistas de ondas gigantes.


Sobre Sarah Oliveira
Sarah Oliveira fez história unindo sua paixão por comunicação e música. Estreou nos anos 2000 MTV, comandando o "Disk MTV" e o "Luau MTV". Fez parte do time do Vídeo Show na Globo de 2006 a 2010. Desde 2011 assina a criação de seus programas. No canal GNT, idealizou o “Viva Voz”, o documentário "Na Trilha da Canção" e o programa "Calada Noite”, pelo qual foi indicada ao prêmio de melhor apresentadora de TV, no APCA 2017. Em 2018, lançou a série “O Nosso Amor a Gente Inventa” criada por ela para o Youtube. Em 2020, Sarah ganhou o prêmio WME de melhor comunicadora do ano.

Seu programa musical “Minha Canção”, no ar desde 2017 na rádio Eldorado, no podcast e no YouTube, foi indicado ao APCA em 2022. Sarah ainda ganhou o Prêmio Estadão de Melhor Entrevista, com Marisa Monte, em 2021. Recentemente, estreou o “Bios: Vidas Que Marcaram a Sua”, em comemoração aos 40 anos da banda Titãs. O documentário é apresentado por Sarah e exibido na DisneyPlus e na StarPlus. Neste ano de 2024, estreou a 15 temporada de seu programa "Minha Canção". Vai ao ar na Rádio Eldorado (FM 107,3 - SP), no podcast e no Youtube.

quinta-feira, 18 de julho de 2024

.: 2° Bonito Cinesur - Festival de Cinema Sul-Americano começa nesta sexta-feira


Evento conta com 42 filmes, sessões especiais com homenagens e participações de artistas conhecidos pelo público. Na imagem, Jorge Bodanzky e Reginaldo Faria. Foto: divulgação


O Bonito Cinesur - Festival de Cinema Sul-Americano chega à 2ª edição, trazendo uma programação repleta de exibições, atividades e homenagens. Entre os dias 19 e 27 de julho, a cidade de Bonito, no Mato Grosso do Sul, será o epicentro do cinema sul-americano com a exibição de 42 filmes de dez países diferentes da américa do sul, sendo 30 deles selecionados para as mostras competitivas. Na abertura do festival, o ator Reginaldo Faria será homenageado com a exibição do filme “Selva Trágica”, dirigido pelo irmão dele, Roberto Farias.

"Selva Trágica" retrata o cotidiano dos trabalhadores que extraem erva-mate na mata e são tratados como escravos. Reginaldo Faria, além de sua participação nesse filme, possui uma vasta e reconhecida carreira no cinema e na televisão, em obras como "Assalto ao Trem Pagador" (1962), "Pra Frente, Brasil" (1982), e "O Clone" (2001), entre outros. No encerramento do festival, o homenageado será o cineasta Jorge Bodanzky, com a exibição do filme "Terceiro Milênio" (1981). Bodanzky, que tem uma trajetória marcada pela abordagem de temas ambientais nas suas obras, é conhecido especialmente por seu primeiro documentário "Iracema - Uma Transa Amazônica" (1974), um marco no cinema documental brasileiro. Bodanzky também é pai da cineasta Laís Bodanzky e possui um acervo fotográfico adquirido pelo Instituto Moreira Salles (IMS).

As mostras competitivas do Bonito Cinesur - Festival de Cinema Sul-Americano estão divididas em diversas categorias, totalizando R$50 mil em prêmios. As categorias premiadas incluem: Prêmio do Júri Oficial de Melhor Filme Longa-Metragem Sul-Americano (R$ 20.000,00 e Troféu Pantanal), Melhor Filme Curta-Metragem Sul-Americano (R$ 7.500,00 e Troféu Pantanal), Melhor Filme Sul-Mato-Grossense (R$ 7.500,00 e Troféu Pantanal), Melhor Filme Longa-Metragem Ambiental Sul-Americano (R$ 7.500,00 e Troféu Pantanal) e Melhor Filme Curta-Metragem Ambiental Sul-Americano (R$ 7.500,00 e Troféu Pantanal). Além das premiações do júri oficial, haverá também o Prêmio do Júri Popular em diversas categorias, todas recebendo o Troféu Pantanal.

Com curadoria de José Geraldo Couto, Andréa Cals e Marcela Lordy, a Mostra Competitiva de Filme Sul-Americano em Longa-Metragem apresenta uma seleção diversificada de filmes: "Luiz Melodia - No Coração do Brasil", um documentário brasileiro de Alessandra Dorgan que explora o legado musical de Luiz Melodia; "Tarkarí de Chivo - La Cena del Crimen", uma ficção venezuelana de Daniel Yegres e Francisco Denis que se desenrola em um restaurante durante um dia chuvoso; "Las Preñadas", uma coprodução Argentina-Brasil de Pedro Wallace que narra a jornada de duas mulheres grávidas em hospitais de fronteira; "A Outra Forma", uma ficção Colômbia-Brasil de Felipe Guzmán Ramirez sobre a obsessão de um homem em se encaixar em um mundo geométrico; "Neirud", um documentário brasileiro de Fernanda Faya que revela a história de uma lutadora circense em uma trupe clandestina nas décadas de 1960 a 1980; e "Las Fieras", uma ficção argentina de Juan Flores que acompanha Julián e Clara ao retornarem à cidade natal para cuidar do pai moribundo. Conheça, abaixo, os filmes que integram as demais Mostras Competitivas.


Mostra Competitiva Filme Sul-Matogrossense
Curadoria: Marcos Pierry. 

"A VOZ DE GUADAKAN" - MS Brasil, 2024, Joel Pizzini, 16 min, Documentário, Livre / A vida de Gleycielli Nonato, primeira escritora indígena de Mato Grosso do Sul, e sua mãe Maria Agripina. 

"ROTAS MONÇOEIRAS - HISTÓRIA DE UM RIO E SEU POVO" - MS/Brasil,2023, Cid Nogueira e Silas Ismael, 70min, Documentário, Livre / A história do rio Coxim desde as Bandeiras e Monções Paulistas até hoje.

"O FORMOSO" - MS/Brasil, 2022, Roberto Leite, 13 min, Ficção, Livre / Um destemido menino descobre uma rinha de galo. 

"IN ÚTERO" - MS/Brasil, 2024, Paulo Alvarenga Isidorio, 19 min 46seg, Documentário, Livre / A espeleóloga Lívia Cordeiro, explorando as cavernas da Serra da Bodoquena. 

"NINGUÉM LHE ESTENDERÁ A MÃO" - MS/Brasil, 2024, Deivison Pedrê, 14 min 59seg, Ficção, 18 anos / Vitor emerge em um cenário sombrio, onde mutilações inexplicáveis e bilhetes enigmáticos o confrontam.

"AS QUATRO ESTAÇÕES DA JUVENTUDE" - MS/Brasil, 2024, Essi Rafael, 99 min, Documentário, 14 anos / Da matrícula à formatura, um estudante de cinema registrou sua experiência em uma das melhores universidades do Brasil.


Mostra Competitiva de Filme Sul-Americano Longa-metragem
Curadoria: José Geraldo Couto, Andréa Cals e Marcela Lordy

"LUIZ MELODIA - NO CORAÇÃO DO BRASIL" - Brasil, Alessandra Dorgan, 75 min, Documentário, 12 anos / O artista Luiz Melodia e a importância de seu legado na cena musical dos anos 70 em diante, com materiais raros e inéditos.

"TARKARÍ DE CHIVO - LA CENA DEL CRIMEN" - Venezuela, 2023, Daniel Yegres e Francisco Denis, 80 min, Ficção, 14 anos / Em um restaurante num chuvoso dia, ocorrem situações vertiginosas como crimes involuntários e chantagens disparatadas

"LAS PREÑADAS" - Argentina/Brasil 2023, Pedro Wallace, 90 min, Ficção, 16 anos / A jornada de duas mulheres grávidas, em hospitais na fronteira entre Argentina e Brasil.

"A OUTRA FORMA" - Colômbia/Brasil, 2023, Felipe Guzmán Ramirez, 92 min, Ficção, Livre / Um homem obcecado em se encaixar em um mundo geométrico.

"NEIRUD" - Brasil, 2023, Fernanda Faya, 71 min, Documentário, 10 anos / A enigmática história da lutadora circense em uma trupe clandestina, só de mulheres, nas décadas de 1960 a 1980. 

"LAS FIERAS" - Argentina, 2023, Juan Flores, 75 min, Ficção, 10 anos / Julián e sua esposa Clara retornam à sua cidade natal para cuidar do pai moribundo.

Mostra Competitiva de Filme Sul-Americano Curta-metragem
Curadoria: Jade Rainho, Belchior Cabral e Luis Guilherme Moreira Batista

"LA ASISTENTE" - Peru, 2024, Pierre Llanos, 20 min, Ficção, 16 anos / Clara é trabalha como assistente de seu pai em um consultório odontológico informal. 

"CAMINO AL CIELO" - Colômbia,2024, Miguel Vargas, 18 min, Ficção, 18 anos / Mairen é forçada a dar à luz em uma van de paramilitares, conhecidos por nunca deixarem ninguém sair com vida. 

"CUARTO DE HORA" - Chile, 2023, Nemo Arancibia, 16min, Ficção, 12 anos / Alex, um haitiano no Chile, enfrenta um tenso passeio de ambulância, durante os últimos 15 minutos de sua vida. 

"CRESCER ES MATAR A TU MADRE" - Argentina, 2023, Nika Ardito, 20 min 12 seg, Ficção, 12 anos / Sol está presa com a mãe no meio do nada. Elas são resgatadas por Isabel, uma mulher solitária. 

"AYER SERÁ IGUAL QUE MAÑANA" - Venezuela, 2023, Omar Arteaga, 14 min, Ficção, 14 anos / Um editor de vídeo exausto vive o mesmo dia repetidamente. 

"À NOITE TODOS OS GATOS SÃO PARDOS" - Brasil, 2024, Matheus Moura, 17 min, Ficção, 12 anos / A noite de Belo Horizonte, recosta as definições de futuro na vida do jovem Júnior.


Mostra Competitiva Filme Ambiental Curta-metragem
Curadoria: Elis Regina Nogueira. 

"WARMIS: GUARDIANAS DEL AGUA" - Bolívia, 2023, Paola Gabriela Quispe Quispe, 8 min, Documentário / No contexto da seca severa as mulheres de Huarina lutam para administrar e preservar as fontes de água. 

"NO ESTÁN SOLOS" - Paraguai, 2023, Andrea Osorio, 4 min, Animação, Livre / Contos que refletem situações reais no Chaco paraguaio, onde Mimie revive suas memórias. 

"BAUXITA" - Brasil, 2023, Thamara Pereira, 15 min, Documentário, Livre / Frei Gilberto, defensor da natureza, recebe ameaças por sua oposição à mineração de bauxita. 

"SOMOS Y SEREMOS MAR" - Argentina, 2024, Malena Blanco, 78 min, Documentário, Livre / Mulheres indígenas de 36 nações marcham pela Patagônia até Buenos Aires em defesa de seus territórios. 

"ALLPAMANDA" - Equador, 2023, Tawna Collective, Documentário, 93 min / A história do movimento indígena amazônico no Equador desde 1980.

"TUPUNGATO" - Chile, 2023, Rafael Pease, 74 min, Documentário / Uma expedição ao vulcão Tupungato, no Chile, transforma-se em uma batalha pela conservação ambiental e direitos sociais.



Mostra Competitiva Filme Ambiental Longa-metragem
Curadoria: Elis Regina Nogueira. 

"SEKHDESE" - Brasil, 2023, Graciela Guarani e Alice Gouveia, 78 min, Documentário, 14 anos / A sabedoria das mulheres indígenas Fulni-ô, destacando sua luta pela terra, cultura e contra o etnocídio.

"LOS DE ABAJO" - Bolívia, 2022, Alejandro Quiroga, Ficção, 83 min, 16 anos / Gregório enfrenta desafios significativos ao tentar restaurar a irrigação em Rosillas.

"LA ILUSIÓN DE LA ABUNDANCIA" - Colômbia, 2022, Erika Gonzalez Ramirez e Matthieu Lietaert, 60 min, Documentário, Livre / Bertha, Carolina e Máxima lideram resistência contra grandes empresas extrativas na América Latina.

"LA CADENA" - Equador, 2023, Kerly Meneses Guerrero, 18 min, Documentário, Livre / Moradores de Cahuasquí lutando para proteger seu território de empresas mineradoras. 

"WHERE ARE YOU FROM?" - Uruguai, 2023, Juan Cristiani, Animação, 2 min 31 seg, 6 anos / Uma animação 3D envolvente que explora a urgência das questões ambientais e a esperança para o futuro. 

"A MENINA E O MAR" - Brasil, 2023, Gabriel Mellin, 19 min, Ficção, Livre / A história de duas crianças brasileiras que descobrem a beleza e os desafios do mar. 

 

Realização: Associação Amigos do Cinema e da Cultura
A Associação Amigos do Cinema e da Cultura é uma entidade privada sem fins lucrativos, fundada em 2007, que desenvolve projetos culturais, educacionais e de formação há mais de 15 anos. Entre as atividades realizadas, destacam-se os projetos Cinesurdo; Vídeo Índio Brasil; A Escola no Cinema; Diálogos Contemporâneos; Circuito Popular de Cinema do Ceará; e Cinema nas Escolas; Festival da Juventude. Sua experiência e capacidade técnica para o desenvolvimento e realização de atividades na área do cinema, bem como em formação, educação e cultura em geral, já foram atestadas pela Comissão de Educação, Saúde e Cultura da Câmara Legislativa do Distrito Federal e pela Universidade de Brasília.

Nilson Rodrigues: Diretor do Festival
Produtor dos filmes “O outro lado do paraíso”, de André Ristum (2014), e “O pastor e o guerrilheiro”, de José Eduardo Belmonte (2023). Foi diretor do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (1995, 1997, 1998 e 2011) e do Festival Internacional de Cinema de Brasília – Brazilian International Film Festival (2012 a 2017).

Curadores
Mostra de Longas sul-americanos: José Geraldo Couto, Andréa Cals e Marcela Lordy
Mostra de Curtas sul-americanos: Jade Rainho, Belchior Cabral e Luis Guilherme Moreira Batista
Mostra de Longas e Curtas de cinema ambiental: Elis Regina Nogueira
Mostra de Filmes sul-mato-grossenses: Marcos Pierry
Mostra Infanto Juvenil no Cine Bonito: Luciana Druzina
Pré-estreias / sessões especiais no Cine Bonito: Carmen Galera

Bonito Cinesur - Festival de Cinema Sul-Americano
Data: de 19 a 27 de julho de 2024
Locais de realização: Centro de Convenções, Câmara Municipal e Centro de Múltiplo Uso (CMU) de Bonito.
Centro de Convenções de Bonito: Rodovia MS-178, Km 2;
Cine Bonito - Centro de Múltiplo Uso (CMU): Av. Paulo VI, 50 - BNH (Vila Recreio, Jardim Andreia);
Câmara Municipal de Bonito: Rua Nelson Felício dos Santos, 1000.

terça-feira, 9 de julho de 2024

.: Malu Mader comenta retorno à TV em "Renascer": "O meu irmão vai me matar!"


"...quando eu recebi o convite, pensei: "se eu recusar, o meu irmão vai me matar" (risos). Foto: Globo/ Fábio Rocha

Aurora (Malu Mader) é uma investidora e fazendeira bem-sucedida. Ela chega à fazenda de José Inocêncio (Marcos Palmeira) no capítulo que vai ao ar nesta terça-feira, dia 9, em "Renascer". A empresária será recebida por José Bento (Marcello Melo Jr.), que faz as honras da casa já que o pai e o irmão, José Augusto (Renan Monteiro) estão em uma viagem especial ao local onde fica o jequitibá-rei e o facão do fazendeiro. É a primeira vez que Inocêncio leva um dos filhos até o local. Lá, os dois conversam sobre a finitude da vida e os rumos de suas próprias trajetórias.

 Ao retornarem à fazenda, José Inocêncio é surpreendido pela presença de Aurora em sua casa e fica incomodado ao ver Bento "proseando" com a moça e relembrando os feitos heroicos que envolvem a figura de "painho". À primeira vista, Aurora e José Inocêncio não se "bicam". Mas logo a coronel baixa a guarda, se dispõem a mostrar a fazenda para a empresária e os dois começam a se entender. A atração entre os dois chama a atenção dos filhos e de Inácia (Edvana Carvalho), que logo nota o patrão diferente. A seguir, confira a entrevista com Malu Mader sobre a participação em "Renascer".

 
O que mais motivou você a aceitar o convite para fazer essa participação em "Renascer"?
Malu Mader - Quando eu recebi o convite para essa participação em "Renascer", imediatamente fiquei tomada de novo por uma vontade de fazer novela, algo que não me passava mais pela cabeça. E eu acho que o que pesou bastante nesta decisão foi o fato de ser um trabalho com Marquinhos Palmeira que é, além de um ator que eu admiro imensamente, um amigo querido de uma vida inteira. Acho que a gente é amigo desde os meus 15, 16 anos. Além disso, também achava que era uma falha da minha trajetória nunca ter feito uma novela do Benedito (Ruy Barbosa) e agora surgiu a oportunidade através da adaptação do Bruno Luperi. Apesar de não acompanhar mais tanto as novelas, desde "Pantanal" eu venho sentindo que essa turma liderada pelo Gustavo (Fernández), Bruno (Luperi), Marquinhos Palmeira e toda a equipe, está fazendo um trabalho especial e imediatamente fiquei com vontade de me juntar a eles. 
 

Você também teve uma torcida bem familiar para retornar à TV, especialmente por ser em "Renascer"...
Malu Mader - Verdade. Uma coisa que pode parecer engraçada e que também contribuiu para que eu quisesse aceitar é que meu irmão (Luis Felipe Mader) é muito fã de "Renascer". E nós temos uma ligação muito forte. Também teve uma coincidência de ele ser pediatra dos filhos de vários colegas da novela, de filhos e netos dos diretores, além de ser muito amigo do Marquinhos. Então quando eu recebi o convite, pensei: "se eu recusar, o meu irmão vai me matar" (risos). 

Como você avalia o seu retorno às novelas?
Malu Mader - Apesar de não fazer novela há muito tempo e estar distante desse universo, é claro que por ter feito isso a minha vida inteira, a minha identidade se confunde um pouco com essa figura da atriz de novela. É algo muito forte. Então, ao longo desses anos todos afastada, eu ouvia muito do público em geral: "E aí, não vai fazer mais novela?". Agora vou poder falar: "Vou, vou fazer sim! Vou fazer uma participação em 'Renascer'!". Não é só a gente que escolhe as coisas. As coisas também nos escolhem. Estou muito feliz com o carinho e acolhimento com que fui recebida por toda a equipe e pelos colegas. Poucas vezes vi pessoas tão abertas e com esse espírito de coletividade, de equipe que trabalha unida, de maneira tão leve e prazerosa. Estou encantada e muito feliz.


"Renascer" é uma novela escrita por Bruno Luperi baseada na obra de Benedito Ruy Barbosa. A direção artística é de Gustavo Fernández, direção geral de Pedro Peregrino e direção de Walter Carvalho, Alexandre Macedo, Ricardo França e Mariana Betti. A produção é de Betina Paulon, Bruna Ferreira e Lucas Zardo e a direção de gênero de José Luiz Villamarim.

quinta-feira, 30 de maio de 2024

.: Cinebiografia de Sidney Magal chega à rede Cineflix Cinemas no feriadão


Mais uma cinebiografia nacional chega ao público nesta quinta-feira, dia 30 de maio. A rede Cineflix Cinemas exibe o longa-metragem brasileiro “Meu Sangue Ferve Por Você”, que narra a história da paixão de Sidney Magal por Magali West, que teve início em 1982. A estreia do filme, em pleno feriado, mostra que 2024 começou com uma excelente safra de filmes nacionais, que têm movimentado os cinemas, gerado renda e deixado os exibidores esperançosos.

Um dos maiores destaques do Festival do Rio e na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, com exibições lotadas e calorosas e ótima receptividade crítica, o filme dirigido por Paulo Machline, chegará aos cinemas brasileiros no dia 25 de abril, com distribuição Manequim Filmes e produção assinada pela Mar Filmes e Amaia Produções. O longa, uma comédia romântica musical colorida e vibrante, repleta de ginga e bom humor, conta a história de amor entre Magal, um astro em ascensão no final dos anos de 1970, e sua grande paixão Magali West. No filme, são respectivamente interpretados por Filipe Bragança e Giovana Cordeiro.

“Assim como Magal, o Filipe é um artista de múltiplos talentos, então o canto e a dança vieram naturalmente e evoluíram com estudos, conversas e ensaios. Fizemos um período de preparação magnífico, tanto para a atuação como para canto e dança. Nunca quisemos imitar o Magal, juntos construímos um personagem inspirado em Magal, na postura, nos gestos, na dança, no olhar, no sorriso. A ideia sempre foi muito mais fazer o personagem vibrar como Magal do que copiar Magal”, conta Machline, diretor do curta-metragem “Uma História de Futebol”, indicado ao Oscar.

Já Magali é uma figura bem mais discreta do que seu marido, com pouco material público disponível para acesso, mas ajudou muito a Giovana a construir a personagem. “Elas ficaram amigas e conversaram algumas vezes. A Giovana soube incorporar as sutilezas da Magali na personagem e ficaram muito parecidas, inclusive fisicamente”, confessa o diretor.

Filipe Bragança começou a carreira em “Chiquititas” e, posteriormente, fez escolhas que chamaram a atenção da crítica ao passo que aumentou o seu público cativo, a exemplo de “Dom” e “Betinho – No Fio da Navalha”, onde demonstrou suas habilidades camaleônicas. No cinema, ele protagonizou a comédia juvenil “Eu Fico Loko”, interpretando o Youtuber Christian Figueiredo. Já Giovana Cordeiro, que já alimenta uma carreira astronômica, está na novela “Fuzuê” e participou de outras, como “Pantanal”, “Mar do Sertão” e da série “Dois Irmãos”. No cinema, ela esteve em “Socorro, Virei Uma Garota” e “Carnaval”.

Roberto Vitorino assina o roteiro de “Meu Sangue Ferve Por Você”, que também teve participação de Homero Olivetto, Thiago Dottori e do próprio diretor Paulo Machline, que conta que o filme traz elementos da época, mas também outros que são atemporais. Para a criação do filme, o diretor explica que viu “musicais americanos, indianos, franceses e outros. Coisas antigas e atuais. Da mesma forma estudei os roteiros das comédias românticas. Vi muita coisa até encontrarmos o nosso tom, a nossa linguagem”.

E aponta que “Meu Sangue Ferve Por Você” é a oportunidade de trazer o artista para novas gerações. “Desde o início, quando começamos as conversas com o Magal, falamos sobre isso. E a imagem para estabelecermos esse diálogo passa pelas escolhas de roteiro, do elenco, do repertório musical, dos arranjos, coreografias, enfim, a linguagem do filme. Ao mesmo tempo, jamais deixaríamos de lado os fãs clássicos do Magal que verão seu maior ídolo durante um período glorioso de sua carreira. Tem Magal pra todo mundo nesse filme”.

O elenco do filme ainda conta com nomes como Caco Ciocler, Emanuelle Araújo, Sidney Santiago Kuanza, Sol Menezzes, Pablo Morais e Tânia Toko. Na equipe artística, traz profissionais como o diretor de fotografia Marcelo Durst; a diretora de arte Marinês Mencio; e a figurinista Masta Ariane. As coreografias são de Lili de Grammont; e a preparação vocal é de Marcello Boffat. O elenco foi preparado por Christian Duurvoort.


Cinema brasileiro já levou 5,8 milhões de pessoas
Segundo dados da Abraplex (Associação Brasileira das Empresas Exibidoras Cinematográficas Operadoras de Multiplex), no primeiro trimestre do ano, mais de 5,8 milhões de pessoas já haviam conferido filmes nacionais nos multiplex, o que gerou uma renda de mais de R$ 111 milhões de reais. “Os filmes brasileiros estão performando bem e ainda temos grandes títulos previstos para este ano, como ‘O Auto da Compadecida 2’. Esse resultado, sem cota de tela em vigor, com certeza mostra a força do nosso audiovisual”, comenta Marcos Barros, presidente da associação. 

Além disso, longas estrangeiros têm registrado resultados positivos. Dados da Abraplex, “Planeta dos Macacos: O Reinado”, por exemplo, arrecadou mais de R$ 18 milhões somente na primeira semana de exibição. O setor ainda não se recuperou totalmente da longa paralisação na pandemia, seguida pela pausa das produções por conta da greve em Hollywood que atrasou ainda mais a finalização dos longas, o que faz com que a estimativa para 2024 seja de 5 a 7% menos público em produções internacionais, em relação ao ano passado, por falta de matéria prima - os filmes. Porém, outros lançamentos internacionais devem se destacar nos próximos meses, como “Deadpool & Wolverine”, “Divertidamente 2”, “Mufasa: O Rei Leão” e “Meu Malvado Favorito 4”.


Assista na Cineflix
Filmes de sucesso como "Furiosa: uma Saga Mad Max" ("Furiosa: A Mad Max Saga") são exibidos na rede Cineflix CinemasPara acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SANO Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021.


Ficha técnica
Filme "Meu Sangue Ferve por Você".
Produtores: Diane Maia, Joana Mariani, Dan Klabin, Paulo Machline
Diretor: Paulo Machline
Roteiro: Roberto Vitorino, Homero Olivetto, Paulo Machline, Thiago Dottori
Elenco: Filipe Bragança, Giovana Cordeiro, Caco Ciocler, Emanuelle Araújo, Sidney Santiago Kuanza, Sol Menezzes, Pablo Morais, Tânia Toko
Diretor de Fotografia: Marcelo Durst, ABC
Produção Executiva: Andre Montenegro – UPEX, Diane Maia
Diretor de Produção: Dudu Lima
Casting: Raphaela Barcalla e Eduardo Benesi
Diretora de Arte: Marinês Mencio
Figurinista: Masta Ariane
Preparador de Elenco: Christian Duurvoort
Coreógrafa: Lili de Grammont
Preparador Vocal: Marcello Boffat


"Meu Sangue Ferve Por Você" ("nacional"). Ingressos on-line neste linkGênero: musical, dramaClassificação: livre. Duração: 1h37. Ano: 2004. Direção: Paulo Machline. Elenco: Filipe Bragança, Giovana Cordeiro, Emanuelle AraújoSinopse: Em 1979, Sidney Magal, um dos artistas mais populares e celebrados do país, segue a rotina de ensaios e compromissos em Salvador. Durante um programa de TV, ele conhece a deslumbrante Magali e se apaixona de forma inédita e avassaladora.

domingo, 12 de maio de 2024

.: "Entre Franciscos, o Santo e o Papa" faz temporada no Teatro Sérgio Cardoso


Peça de Gabriel Chalita, com  Paulo Gorgulho e César Mello, chega a São Paulo e propõe uma reflexão sobre tragédias atemporais da humanidade. Foto: Guilherme Logullo


Oito séculos separam um jovem de Assis, cidade  no centro da Itália, e um de Buenos Aires, capital da Argentina, que em comum têm um nome: Francisco. Mas não só: ambos dedicaram suas vidas  a levar alívio e dignidade aos desassistidos em suas próprias épocas. Agora,  em pleno século XXI, ambos se encontram e trocam pensamentos: querem  entender como o barulho todo do mundo, de ingratidão, desamparo e ganância, tem crescido e abafado a mensagem de amor ao próximo. O local do encontro? Uma lavanderia. Este é o ponto de partida de "Entre  Franciscos, o Santo e o Papa", a nova peça de Gabriel Chalita, com os atores César Mello e Paulo Gorgulhoque  está em cartaz no Teatro Sérgio Cardoso (Sala Paschoal Carlos Magno) até dia 30 de junho.

"Entre Franciscos, O Santo e O Papa” mostra o Papa Francisco preocupado e cansado dos problemas do cotidiano. Ele entra na lavanderia do Vaticano, local que mandou construir para a população de rua e encontra um homem. Inicialmente, ele não percebe, mas este homem é São Francisco de Assis e, aos poucos, o diálogo entre essas duas icônicas figuras vai revelando dores, incertezas, mas também amores, fé e reflexões sobre os grandes dilemas da humanidade.  

A lavanderia não é um estabelecimento comercial qualquer: trata-se da chamada "Lavanderia do Papa Francisco", inaugurada em 2017 em Roma, para que a população de rua tivesse como lavar e passar suas roupas e mantas. Desde então, o projeto já ganhou unidades em Gênova, em 2019, e outras duas em Turim, no ano passado.  

Na peça, o Papa Francisco vai à lavanderia, quando, cansado da realidade inclemente do mundo de hoje, com fome, guerra e outras tragédias, precisa de uma pausa para descansar e refletir. Lá, um dia, encontra um jovem acompanhando a lavagem de suas roupas, à espera ao lado da máquina de  lavar. E começam a conversar. Chalita diz que, ainda que sejam duas figuras religiosas, os diálogos e as angústias que cada um traz à conversa transcendem as divisões religiosas. “Você poderia assistir essa peça e esquecer que são o papa e São Francisco. São apenas dois homens”, diz.  

A inspiração para colocar os dois personagens no palco veio de uma imagem do cotidiano, explica Chalita. “Um dia, caminhando por uma grande cidade, vi um senhor idoso sentando-se ao lado de um homem, morador das ruas, para cuidar dele. A imagem ensinadora lembrou dois Franciscos, o santo e o papa”, diz o autor. São Francisco é interpretado pelo ator César Mello, conhecido por seu  trabalho em novelas da TV Globo, como “Viver a Vida”, “Lado a Lado”,  “Sangue Bom” e “Babilônia”. E seu talento nos palcos é mais conhecido por seu trabalho em musicais, como “Rei Leão” e “Wicked”. Os diálogos de seu personagem na peça de Chalita são todos baseados no que dizia São  Francisco. “É muito bom encontrar ‘personagens-professores’, que mudam a dinâmica da sua vida, te questionam, te incomodam”, diz o ator. 

O Papa Francisco, por sua vez, é interpretado pelo ator Paulo Gorgulho,  que estreou na TV em 1984, e, desde então, já viveu dezenas de papéis na TV e no cinema, como a novela “Pantanal” (1990), o filme “O Jardim Secreto de Mariana” (2021) e a série “Todo Dia a Mesma Noite” (2023). Compre o livro "Entre  Franciscos, o Santo e o Papa", de Gabriel Chalita, neste link.

Amor filosófico
Trata-se de uma peça sobre “o amor filosófico que está em cada um de nós,  nosso caráter, crenças e dúvidas”, diz o diretor do espetáculo, Fernando  Philbert – que já foi indicado, em 2019, ao Prêmio Shell por “Todas as Coisas Maravilhosas”. “É preciso caminhar para encontrar respostas e às vezes elas ainda não existem”. 

O cenário da peça – uma lavanderia – funciona como uma maneira figurada de se representar o que os dois personagens conversam ao longo da peça. No diálogo entre os Franciscos, ambos vão tentando lavar, por assim dizer, as dores e tristezas do mundo. A lavanderia questiona, então, “quais são os barulhos do mundo e os caminhos que estamos tomando. Por meio da dimensão humana desses personagens, a peça quer inspirar o público com  reflexões do mundo contemporâneo”, explica Chalita. 

A peça é apresentada pelo Ministério da Cultura, Rede D'Or, Instituto YDUQS e  Estácio, e tem o patrocínio da Ternium e do Grupo Qualicorp. Ficará em cartaz até 30 de junho de 2024, sextas, sábados e domingos, às 18h. A direção de produção é de Guilherme Logullo, a cenografia de Natália Lana, os figurinos de Karen  Brusttolin, o desenho de luz de Vilmar Olos e a realização da Luar de Abril. Garanta o seu exemplar de "Entre  Franciscos, o Santo e o Papa", escrito por Gabriel Chalita, neste link.

Ficha técnica
Espetáculo "Entre Franciscos, o Santo e o Papa"
Elenco: Paulo Gorgulho e César Mello
Texto: Gabriel Chalita
Direção: Fernando Philbert
Cenografia: Natália Lana
Desenho de luz: Vilmar Olos
Figurino: Karen Brusttolin
Trilha sonora: Gui Leal 
Design gráfico: Igor Gabriel Paz
Direção de produção: Guilherme Logullo
Assistente de direção/produção: Renata Ricci Assessoria de imprensa: GBR Comunicação Idealização: Gabriel Chalita
Realização: Luar de Abril 

Serviço
Espetáculo "Entre Franciscos, o Santo e o Papa"
Temporada: de 10 de maio de 2024 a 30 de junho de 2024 Horários: sexta, sábado e domingo, às 18h
Local: Teatro Sérgio Cardoso – Sala Paschoal Carlos Magno Endereço: Rua Rui Barbosa, 153 - Bela Vista - São Paulo/SP Duração: 70 minutos
Bilheteria oficial: sympla.com.br
Telefone: (11) 3288-0136
Valores: R$ 80 (inteira) e R$ 40 (meia-entrada) Vendas on-line: http://linktr.ee/entrefranciscos
Lotação: 143 lugares + 6 espaços de cadeirantes
Classificação: livre.

sábado, 4 de maio de 2024

.: Regina Braga e Isabel Teixeira voltam com “São Paulo”, no Teatro Bravos


Grande sucesso de público e crítica, espetáculo teatral cheio de música, poesia, bom humor e histórias curiosas é uma celebração à cidade, sua gente e seus artistas. Esta é a última chance para ver Regina Braga em espetáculo que celebra São Paulo. Foto: Roberto Setton


Quem ainda não assistiu tem agora uma última chance de ver o espetáculo "São Paulo", estrelado por Regina Braga e dirigido por Isabel Teixeira.  O espetáculo poderá ser visto em todos os sábados e domingos de maio (de 4 a 26), na Sala Multiuso do Teatro Bravos (Complexo Aché Cultural, Rua Coropés, 88, Pinheiros). Ingressos já à venda online (https://bileto.sympla.com.br/event/93269) ou nas bilheterias do teatro.

Ao ver "São Paulo", o público descobre histórias encantadoras, garimpadas ao longo de anos, sobre uma cidade que assusta, desafia, acolhe, estimula e sempre surpreende. Dividindo o palco com Regina, um grupo músicos e atores formado por Xeina Barros (voz e percussão), Alfredo Castro (voz e percussão), Vitor Casagrande (voz, cavaquinho e bandolim) e Gustavo de Medeiros (voz e violão) traz à tona versos, contos e melodias que mostram uma cidade única, contraditória, misteriosa e muito divertida.

Desde a sua fundação, em 25 de janeiro de 1554, na área conhecida como Campos de Piratininga, entre os rios Anhangabaú e Tamanduateí, onde já existia o Pateo do Colégio, a cidade de São Paulo tem vivido contínuas transformações, sempre acolhendo quem chega, multiplicando sua diversidade e acelerando sua evolução. Esta cidade ocupa o papel de personagem principal do espetáculo, que reúne histórias deliciosas como o relato do Padre José de Anchieta sobre subir a serra do mar (a pé!), a visão poética de Itamar Assumpção sobre o Rio Tietê, a reflexão de Drauzio Varella sobre os passarinhos (bem-te-vis, tico-ticos, sanhaços, sabiás...) que, teimosos, ainda insistem em morar na cidade, e outras preciosidades escritas por ninguém menos que José Miguel Wisnik, Mario de Andrade, Oswald de Andrade, Paulo Prado, Castro Alves, Paulo Caruso, Guilherme de Almeida, Plínio Marcos, José Ramos Tinhorão, Alcântara Machado, German Lorca, Frei Gaspar da Madre de Deus, Carlos Augusto Calil, Paulo Bonfim e Pedro Corrêa do Lago.

A ideia do espetáculo começou a tomar forma há dez anos, estimulada pela leitura do livro A Capital da Solidão, de Roberto Pompeu de Toledo. “Com este livro, a minha relação com a cidade mudou, passou a ser mais amorosa, de afeto mesmo, buscando entender os lugares descritos no livro, como a forca que existia na Liberdade”, revela Regina, que chegou em São Paulo aos 18 anos de idade e, como ela mesma diz, “foi ficando”. São Paulo, uma cidade que nasceu isolada, escondida e assim permaneceu por quase quatro séculos.

Ao longo da peça, (re)descobrimos a transformação da pacata vila com o ciclo do café, que fomentou estradas de ferro e estimulou a imigração; a fundação da Faculdade de Direito no largo de São Francisco, que impactou definitivamente em sua vida cultural e de lazer; o crescimento da cidade para além dos rios Tietê e Pinheiros; o surgimento das periferias a partir dos anos 30 e sua imensa força braçal e cultural; o carnaval do jeito bem paulistano e suas primeiras escolas de samba...

“A evidente paixão de Regina pela cidade de São Paulo é contagiante, conduz o fio narrativo e envolve completamente quem assiste ao espetáculo”, afirma a diretora Isabel Teixeira. Este afeto e este encantamento motivaram uma extensa pesquisa sobre a cidade e o que se escreveu e se cantou sobre ela, com inúmeras ideias anotadas - uma a uma, ano após ano - em um caderninho. Um processo de construção narrativa realizado com as pessoas e para as pessoas, que foi incorporando referências que vieram à tona em uma série de leituras realizadas na Casa de Mario de Andrade, na Biblioteca Mario de Andrade, na Casa das Rosas e em oito exibições no YouTube.

A própria Regina, responsável pelo roteiro, organizou tudo sobre uma ampla mesa, peça central no processo de criação e que acabou sendo o principal elemento cenográfico na montagem teatral, em volta da qual casos e lembranças são compartilhados e ganham calor, cor e som, como acontece mesmo em uma acolhedora mesa de roda de samba, daquelas que adoramos em um boteco ou no quintal de casa. Entre as pérolas resgatadas, São Paulo, Chapadão da Glória (Silas de Oliveira e Joaci Santana), Samba Abstrato (Paulo Vanzolini), Viaduto de Santa Efigênia (Adoniran Barbosa), O Mundo (André Abujamra), No Sumaré (Chico César), Vira (Renato Teixeira), Persigo São Paulo (Itamar Assumpção), entre outras. “A Regina é uma artista muito completa: escreve, canta, produz, sempre muito viva e inquieta. Eu me reconheço nessa inquietação”, complementa Isabel.

E é por inquietação e afeto que Regina compartilha também algumas de suas lembranças da cidade, como as chegadas de trem na Estação da Sorocabana (como era conhecida a estação Júlio Prestes), os jardins floridos dos casarões da Av. Angélica, a elegância nas ruas, a garoa, as águas que sumiram embaixo do cimento, com os rios subterrâneos e retificados, a efervescência do centro da cidade e de teatros como o Maria Della Costa, o Arena e o Oficina, a Escola de Arte Dramática que funcionava onde hoje é a Pinacoteca, as - também teimosas! - árvores da cidade: ipês brancos, roxos, amarelos; flamboyants vermelhos, alaranjados; tipuanas; jacarandás mimosos; sibipirunas com flores amarelas que imitam canários... Uma cidade sempre viva, estimulante e aberta, como o próprio espetáculo, como seus próprios habitantes. Parafraseando Itamar Assumpção, não é (só) amor, é uma identificação absoluta. São Paulo é Regina, São Paulo somos nós.


Sinopse do espetáculo "São Paulo"
Espetáculo teatral que passeia pelos encantos, mistérios e fatos curiosos da cidade de São Paulo, sua formação, suas transformações, sua gente, suas contradições, sua força. A cidade de São Paulo como personagem principal que ganha vida em textos e músicas garimpados ao longo de uma extensa pesquisa, apresentados de forma divertida, leve e surpreendente.


Sobre a atriz Regina Braga
Atriz formada pela EAD – Escola de Arte Dramática da Universidade de São Paulo (USP), Regina Braga recentemente deu vida à psicanalista Ana Virgínia, na novela "Um Lugar ao Sol", na Rede Globo, onde participou também de "Por Amor", "Mulheres Apaixonadas", "Ti-ti-ti", "A Lei do Amor" e da série "JK". Atuou em mais de trinta espetáculos teatrais, entre eles "Chiquinha Gonzaga, Ô Abre Alas", de Maria Adelaide Amaral; "Uma Relação Tão Delicada", de Loleh Bellon; "À Margem da Vida", de Tennessee Williams; "Um Porto para Elizabeth Bishop", de Marta Goes. Por esses espetáculos, recebeu os prêmios de melhor atriz do ano. Nos últimos anos, em parceria com Isabel Teixeira, apresentou "Desarticulações", de Silvia Molloy e "Agora Eu Vou Ficar Bonita", escrito por ela e Drauzio Varella. Regina também integrou o elenco da série "Alice", na HBO.


Isabel Teixeira
Atriz formada pela EAD, foi assistente de Regina Braga no espetáculo "Totatiando", com Zélia Duncan (2011), dirigiu "Desarticulações", com Regina Braga e texto de Sylvia Molloy (2013); "Tudo Esclarecido", show de Zélia Duncan (2013); "Animais na Pista", de Michelle Ferreira (2014); "Agora Eu Vou Ficar Bonita", com Regina Braga e Celso Sim, roteiro de Regina Braga e Drauzio Varella (2014); "Fim de Jogo", de Samuel Beckett, com Renato Borghi (2016); "Lovlovlov, Peça Única em Cinco Choques", (2016); e "A Mulher que Digita", de Carla Kinzo (2017). Como atriz, atuou em "Puzzle (A, B, C e D)", sob a direção de Felipe Hirsch (2014); e "E Se Elas Fossem Para Moscou?", cumprindo temporada ao redor do mundo até 2020. Foi contratada, como integrante da Cia. Vértice de Teatro, pelo Teatro Odeon de Paris e pelo Le Centquatre-Paris para atuar no espetáculo "Ítaca", de Christiane Jatahy, que estreou em Paris em abril de 2018. Ganhou o prêmio Shell de Melhor Atriz por "Rainha(s)" (2009). Em 2019, escreveu e dirigiu a peça "People vs People",  que estreou em novembro de 2019, em Curitiba. Fez parte do elenco da série "Desalma", de Ana Paula Maia, direção de Carlos Manga Junior, e da novela "Amor de Mãe", de Manuela Dias, direção de José Villamarin. Recentemente, chamou a atenção de todo o Brasil pelo seu desempenho como a personagem Maria Bruaca, na novela "Pantanal" (Rede Globo), com direção de Rogério Gomes, e como Helena no remake da novela "Elas por Elas" (Rede Globo).


Ficha técnica
Monólogo "São Paulo". Elenco: Regina Braga, Vitor Casagrande, Gustavo de Medeiros, Alfredo Castro e Xeina Barros | Direção: Isabel Teixeira | Assistente de direção: Aline Meyer | Roteiro: Regina Braga | Colaboração no roteiro: Isabel Teixeira, Aline Meyer, Vitor Casagrande, Alfredo Castro, Guilherme Girardi e Mônica Sucupira | Colaboração artística: Monique Gardenberg | Iluminação: Beto Bruel | Cenografia e Figurino: Simone Mina | Assistente de Cenografia: Vinicius Cardoso | Gravuras: ateliê Fora de Esquadro – Isabel Teixeira (a partir de arquivos antigos, acervo pessoal e fotos de German Lorca) | Projeto Gráfico: Alexandre Caetano e Júlia Gonçalves (Oré Design Studio) | Fotos: Roberto Setton | Vídeo: Gislaine Miyono e Michel Souza | Operação de som: Alexandre Martins/ Pedro Semeghini | Operador de luz: Taiguara Chagas | Assessoria de Imprensa: Fernando Sant’ Ana | Produção Executiva: Rick Nagash | Produtora-Chefe: Anayan Moretto | Realização: Ágora Produções Teatrais e Artísticas

Serviço
Monólogo "São Paulo".
Teatro Bravos - Sala Multiuso
Complexo Aché Cultural (Rua Coropés, 88 – Pinheiros, São Paulo - SP)
Última temporada: de 4 a 26 de maio de 2024
Sábados, às 20h. Domingos, às 18h.
Inteira R$ 100 (inteira) e R$ 50 (meia-entrada)
Horários da bilheteria: de terça a domingo, das 13h às 19h, ou até o início do último espetáculo.
Formas de pagamento aceitas na bilheteria: todos os cartões de crédito, débito e dinheiro. Não aceita cheques.
Vendas on-line: https://bileto.sympla.com.br/event/93269
Informações ao público: (11) 99008-4859
Duração: 90 minutos
Classificação: 12 anos
Capacidade: 176 lugares
Acesso para pessoas com mobilidade reduzida
Recomenda-se o uso de máscara durante todo o espetáculo.
Estacionamento no Complexo Aché Cultural: R$ 39,00 (por até três horas)

domingo, 14 de janeiro de 2024

.: “O Amor Urbano” aborda encontros e desencontros no eixo Rio-SP


Versado em escrever e ensinar ecologia, o professor titular da Unicamp Paulo S. Oliveira transcende barreiras e lança pela editora Telha o livro de contos  “O Amor Urbano”. A obra traz uma faceta criativa de alguém hábil com as palavras, mas que até então se restringia a usá-las em prol da biologia. A obra traz dez histórias de encontros e desencontros em cenários diversos do Rio de Janeiro e de São Paulo - palcos mais que bem escolhido para um amor urbano. O livro conta histórias do dia a dia da gente na cidade grande.

As pessoas se encontram no café, no bar, na banca de jornal, na praia, na gafieira, no trabalho, na farmácia, na garagem do prédio, na academia - e a vida delas muda a partir destes encontros. Há descobertas, romance, paixão e sexo… e também desencontros, traição, mágoas e ódio. Amor e desamor, desejos, fogo e sexo envolvem personagens em cenários diversos do Rio e de Sampa – as belas ilustrações realçam a leitura. 

“Como pesquisador na área de Ecologia, me preparei ao longo da carreira para observar e interpretar o que ocorre na natureza. Este senso de observação inclui detectar detalhes sobre o comportamento dos animais, as relações entre eles, medo, atração, as relações deles com as plantas, onde se abrigar do perigo, onde procurar o/a parceiro/a sexual e como enfrentar os/as rivais. Desenvolvi esta mesma curiosidade ao observar as pessoas, imaginar seus desejos, suas carências e os caminhos que seguem“, afirma o autor.

As histórias incluem temas e contextos variados, tais como assédio sexual no trabalho, bissexualidade, homossexualidade, racismo, violência urbana, violência doméstica, prostituição masculina e feminina, alcoolismo, adoção infantil, psicoterapia. Cumplicidade e amor, conflitos e desencontros – nosso cotidiano à flor da pele.

Os contos de “O Amor Urbano” se passam em bairros pobres, de classe média e de classe alta do Rio e de São Paulo, com passagens por Miami, Toulouse, Barcelona e Nova Iorque. Embora todas as histórias tenham personagens masculinos e femininos, o protagonismo é das mulheres. O livro é definitivamente um compilado de tudo de melhor, pior e mais inusitado que podemos esperar de encontros e desencontros em grandes metrópoles.

“'O Amor Urbano’ estava na minha cabeça faz tempo – a efervescência da cidade grande me encanta – encontros fortuitos que mudam vidas é um tema que sempre me atraiu. Acontece no dia a dia de todos nós – no trabalho, na esquina de casa, no mercado, no agito da noite – alegrias e tristezas vêm à flor da pele. O livro trata destas sensações, e de como lidamos com elas. Penso que as pessoas irão se ver nas histórias.”, explica Paulo S. Oliveira. Compre o livro “O Amor Urbano”, de Paulo S. Oliveira, neste link.


Sobre o autor
Paulo S. Oliveira
é professor titular de ecologia na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Biólogo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, tem mestrado e doutorado em ecologia pela Unicamp, e pós-doutorado pela Harvard University (EUA) e pela Universität Würzburg (Alemanha). Publicou três livros de ecologia em colaboração com pesquisadores estrangeiros pela Columbia University Press, University of Chicago Press e Cambridge University Press. Foi Presidente da Association for Tropical Biology and Conservation (EUA). A ecologia o levou a viver nos Estados Unidos, Alemanha, França e México, e a pesquisar na Amazônia, Pantanal, Cerrado e Mata Atlântica - sempre atrás das formigas. Observar as pessoas, observar a si mesmo e observar a natureza são suas predileções... assim se aprende a vida, assim se aprende a viver. Garanta o seu exemplar de “O Amor Urbano”, escrito por Paulo S. Oliveira, neste link.

quarta-feira, 10 de janeiro de 2024

.: “The Boys in the Band - Os Garotos da Banda” no Teatro Procópio Ferreira


Após 53 anos da primeira montagem no Brasil, espetáculo realiza segunda temporada no Teatro Procópio Ferreira para exorcizar a onda conservadora, os ataques à cultura e à população LGBTQIA+. Foto: @fotosgutierrez


“The Boys in the Band - Os Garotos da Banda”, de Matt Crowley, escrito nos anos 1960 e considerado o primeiro texto de temática abertamente gay, retrata um grupo de amigos gays que se reúne para celebrar o aniversário de um deles, na Nova York dos anos 1960. Em 1970, o Teatro Cacilda Becker foi o palco para a versão brasileira, produzida por Eva Wilma e John Herbert, com tradução de Millor Fernandes e elenco de peso, com Raul Cortez, Walmor Chagas, Paulo César Pereio, Otávio Augusto, Gésio Amadeu, Dennis Carvalho e o próprio John Herbert.

Em 2023, em um Brasil na ressaca de uma onda conservadora, buscando reconstruir suas bases sociais e culturais, o espetáculo ganhou nova montagem, no palco do Teatro Procópio Ferreira, em São Paulo, e agora, em 2024, cumpre nova temporada no mesmo teatro entre os dias dia 10 de janeiro e 2 de fevereiro, quartas, quintas e sextas, 20h30, após enorme sucesso de púbico e crítica.

“The Boys” é uma montagem da ZR Produções, com a direção de Ricardo Grasson e agora contando com Gabriel Santana – ator revelado na infância, quando protagonizou a nova versão de "Chiquititas" (2013/ SBT), e integrou, na Globo, a novela teen "Malhação: Toda Forma de Amar" (2019), fez sucesso em 2022, no remake de "Pantanal", como filho de Tenório (Murilo Benício), e participou do "BBB 23" -, ao lado de Tiago Barbosa, Caio Evangelista, Caio Paduan, Júlio Oliveira, Leonardo Miggiorin, Heitor Garcia, Mateus Ribeiro e Fabrício Pietro

A peça foi destaque por sua representação aberta da vida gay na época em que foi escrita, quando a aceitação da homossexualidade era limitada e as lutas pelos direitos LGBTQIA+ ainda engatinhavam. Idealizada apenas um ano antes da Revolta de Stonewall - um momento representativo para a comunidade gay e sua luta por direitos básicos – oferece um olhar franco e, muitas vezes, cruel e doloroso sobre a vida desses personagens e como eles enfrentam questões de autenticidade e aceitação em uma sociedade reacionária e violenta, que marginaliza tudo aquilo que não atende aos padrões estabelecidos.

“The Boys me chegou em momento oportuno, em que eu queria falar diretamente para nossa comunidade, com todo amor e também com autocrítica sobre nossos desafios sociais, e foi também um tomada de decisão sobre resistir e marcar território. Alguns fatores, como o armário, a amizade tóxica e abusiva, o preconceito racial e de tipo dentro do grupo e a luta pelos direitos sociais gritaram para eu querer fazer esse texto”, diz Caio Evangelista, ator e responsável pela atual versão brasileira. “A heteronormatividade criticada pelo personagem Larry e seu grito pela liberdade em ser o que quer ser, reservando seu amor também, nos fala muito e ainda é atual. A maioria de nós pensa como ele e age como as demais personagens, então esse texto pertence aos gays, é entretenimento e arte que nos chega de forma imediata pela sua temática. Para mim, fazer The Boys é um ato de cidadania, uma realização como artista”, finaliza.

Ficha técnica
Espetáculo "The Boys in the Band - Os Garotos da Banda". Texto original: Mart Crowley. Versão brasileira: Caio Evangelista. Direção de produção: Zuza Ribeiro. Direção: Ricardo Grasson. Assistência de direção: Heitor Garcia. Elenco: Tiago Barbosa, Caio Evangelista, Caio Paduan, Gabriel Santana, Júlio Oliveira, Leonardo Miggiorin, Heitor Garcia, Mateus Ribeiro e Fabricio Pietro. Stand-in: Heitor Garcia. Prólogo: Adalberto Neto. Desenho de luz: Cesar Pivetti. Desenho de som: L.P. Daniel. Cenografia: Marco Lima. Figurino: Marcos Valadão. Direção de movimento: Pedro Alonso. Visagismo: Louise Helene. Identidade Visual: Henrique Nottoli. Produção executiva: Zuza Ribeiro, Claudia Odorissio, Jeana Kamil e Erica Cardoso. Marketing: Higor Gonçalves. Imprensa: Leandro Evangelista. Redes sociais: Pedro Caldeira. Fotos: @gatufilmes e @fotosgutierrez. Idealização: ZR Produções Artísticas.

Serviço
Espetáculo "The Boys in the Band - Os Garotos da Banda". Teatro Procópio Ferreira. Rua Augusta, 2.823 - Cerqueira César / São Paulo. Telefone: (11) 3083-4475. Entre 10 de janeiro e 2 de fevereiro, quartas, quintas e sextas, às 20h30. Duração: 90 minutos. Classificação indicativa: 16 anos. Capacidade: 624 lugares, incluindo sete poltronas adaptadas para obesos e mais 12 lugares reservados para cadeirantes. Ingressos: de R$ 75,00 a R$ 150,00.

Onde comprar:
Pela internet: https://bileto.sympla.com.br/event/87491. Bilheteria do Teatro: terça-feira e quarta-feira das 14h às 19h; quinta-feira a domingo das 14h até o início do espetáculo. Abertura da casa: 1 hora antes do espetáculo. Aceita todos os cartões de crédito. Não aceita pagamentos em cheque. Não faz reservas O teatro possui ar-condicionado e acesso universal

segunda-feira, 18 de dezembro de 2023

.: Crítica: "Tá Escrito" traz livro que realiza desejos de Alice (Larissa Manoela)

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em dezembro de 2023


"Tá Escrito" é o tipo de filme juvenil perfeito para se assistir nas telonas dos cinemas em época de fim de ano. Em cartaz no Cineflix Cinemas de Santos, a produção estrelada por Larissa Manoela e dirigida por Matheus Souza, apresenta a história da astrônoma Alice -tão sagitariana quanto a intérprete. A jovem que não tem mais o pai vivo (Cazé Pecini, VJ da antiga MTV Brasil), mora com a mãe (Karine Teles, "Manhãs de Setembro"), que por querer a casa organizada é vista como chata, e o irmão, Inácio, quem implica com ela até mesmo quando tenta estudar e ela está no mesmo ambiente. 

Em casa, as diferenças de personalidades são diversas e, conforme a trama acontece, a justificativa é apoiada nos signos. Até mesmo os atritos de Alice, com quem pouco convive, a prima Vanessa (Thuany Parente, "A Era Do Rock - A Comédia Musical da Broadway") que faz muito sucesso na internet com talento musical, é desenhado pela astrologia dos desejos de Alice -após ter em mãos um livro mágico que, um dia, foi de seu pai.

Apesar das dificuldades de não conseguir um emprego na área de formação, Alice consegue conforto com a super amiga que sonha fazer sucesso na moda e está sempre a espera de braços abertos para recebê-la, Marina (Caroline Dallarosa). No entanto, Alice começa a mudar o rumo da própria vida quando percebe que o as palavras que escreve no livro mágico passam a se tornar realidade. Assim, a influenciadora escalona o sucesso meteórico desejado com previsões astrológicas que a transformam num fenômeno online.

O longa com roteiro de Matheus Souza, Thuany Parente e Mariana Zatz é sagaz, divertido e com texto bastante juvenil, embora tenha classificação indicativa de 10 anos. "Tá Escrito" inclui até um chefe jovem que de medroso, passa a viver pronto para as complicações da vida, Pedro (Victor Lamoglia, "Eduardo e Mônica"). O filme nacional conta com uma edição ágil e um visual belíssimo. Vale muito a pena conferir nos cinemas!

Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link. Compre seus ingressos no Cineflix Cinemas Santos aqui: vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm 

Gênero: comédia adolescente, drama
Classificação: 10 anos
Duração: 1h32
Ano: 2023
Idioma: inglês
Distribuidora: Paris Filmes
Direção: Matheus Souza
Roteiro: Matheus Souza; Thuany Parente; Mariana Zatz
Elenco: Larissa Manoela (Alice), Thuany Parente, Caroline Dallarosa, Kevin Vechiatto, Victor Lamoglia, André Luiz Frambach (Breno), Karine Teles, Richard Abelha, Augusto Madeira, Hamilton Dias
Sinopse: Com o poder de influenciar a todos com as previsões astrológicas que só Alice tem acesso, ela se torna um fenômeno online.

Trailer de "Tá Escrito"

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terça-feira, 12 de dezembro de 2023

.: "Sentido", de Bob Nugent, reflete belezas e conflitos da Amazônia


Ao longo de mais de 20 anos, o artista norte-americano documentou a floresta e seus destinos por meio da arte. "Sentido", nova exposição apresentada pela Dan Galeria Contemporânea, reúne as obras que debatem o desmatamento e a mineração, e ainda trazem perspectivas sobre outras regiões do solo brasileiro, como Inhotim. Na imagem, a obra "Valley of the Moon #5". Foto: Divulgação


O contraste e o conflito entre a beleza da Amazônia e sua permanente destruição foram traduzidos em tinta, óleo e cores nas pinturas de Bob Nugent. Ao longo de mais de 20 anos, o artista norte-americano documentou a floresta e seus destinos por meio da arte. “Sentido”, nova exposição apresentada pela Dan Galeria Contemporânea, reúne as obras que debatem o desmatamento e a mineração, e ainda trazem perspectivas sobre outras regiões do solo brasileiro, como Inhotim.

As telas trazem a memória associada aos objetos e sensações vivenciadas nas inúmeras visitas que o artista fez na Bacia do Rio Amazonas. Formas naturalistas semelhantes a colmeias, vértebras, casulos, formigueiros, formas de plantas e insetos estão dispersos na superfície das obras. A devastação vem representada por meio de tons profundos.

“O homem moderno vê a floresta como uma enorme riqueza – mas, ao mesmo tempo, testemunhamos seu esgotamento. Diferentemente dos grupos indígenas, que ali vivem em harmonia há gerações, nós ainda não conseguimos encontrar o equilíbrio necessário que proteja esta riqueza para o futuro”, destaca Bob Nugent. O artista acredita que valorizar a beleza da Amazônia é um dos caminhos para alertar sobre a urgente necessidade de preservação.

Roberto Elisabetsky, autor do livro "Sentido" sobre a obra do artista plástico, analisa o trabalho como uma produção visual única. “Nugent traduz essa tênue delicadeza de forma única, como num alerta ao observador: desfrute do belo, mas saiba que a beleza é efêmera e passageira, não nos foi presenteada com nossa isenção de responsabilidade por ela. A obra de Bob Nugent, nas múltiplas formas e mistérios da natureza que retrata, é um convite ao desfrute do belo e à constatação de que a magnitude desse presente é finita e requer nossa cumplicidade para seguir existindo”.

O artista já esteve em aproximadamente 130 exposições individuais e mais de 650 coletivas nos Estados Unidos, Europa, Ásia e América do Sul. No Brasil, seu trabalho esteve presente em mostras conjuntas no Mube (2018), no Museu Tomie Ohtake (2007) e no Masp (1998). Suas obras estão em importantes coleções brasileiras como a do Museu Tomie Ohtake, do Masp, Museu de Arte Moderna de São Paulo e do Rio de Janeiro.


Sobre Bob Nugent
Nascido e criado na Califórnia, Bob concluiu mestrado em Belas Artes na área de Pintura pela Universidade da Califórnia, em Santa Bárbara, em 1971. Recebeu inúmeras bolsas de estudo e pesquisa, incluindo Bolsas Individuais da Fundação Tiffany e do National Endowment for the Arts, e Bolsas de Viagem da Fundação Fullbright e do Conselho de Artes da Califórnia, para seu trabalho no Brasil.

Bob passou mais de 23 anos visitando o Brasil. É um apaixonado da ampla paisagem, da flora e fauna, e do povo brasileiro. Bob visitou cada canto do país, da costa do norte do Amapá as Cataratas do Iguaçu, no sul. Viajou ao Pantanal diversas vezes, visitando tribos indígenas espalhadas pela região, particularmente no Estado de Mato Grosso. Sua ligação com o Rio Amazonas é genuína. Esteve várias vezes no rio e em sua bacia, viajando com frequência de Manaus, no Brasil, a Iquitos, no Peru, testemunhando também o encontro do rio com o Oceano Atlântico, em Belém.


Sobre a Dan Contemporânea
A Dan Contemporânea surgiu como um departamento de Arte Contemporânea da Dan Galeria. Em 1985, Flávio Cohn, filho do casal fundador, juntou-se à Dan criando o Departamento de Arte Contemporânea, que ele dirige desde então. Assim, foi aberto espaço para muitos artistas contemporâneos, tanto brasileiros, como internacionais, fortemente representativos de suas respectivas escolas. Posteriormente, Ulisses Cohn também se associa à galeria completando o quadro de direção dela.

Nos últimos vinte anos, a galeria exibiu: Macaparana, Sérgio Fingermann, Amélia Toledo, Ascânio MMM, Laura Miranda e artistas internacionais: Sol Lewitt, Antoni Tapies, Jesus Soto, César Paternosto, José Manuel Ballester, Adolfo Estrada, Juan Asensio, Knopp Ferro e Ian Davenport. Mestres de concreto internacionais também fizeram parte da história da Dan, tais como: Max Bill, Joseph Albers e os britânicos Norman Dilworth, Anthony Hill, Kenneth Martin e Mary Martin.

A Dan Galeria incluiu mais recentemente em sua seleção, importantes artistas concretos: Francisco Sobrino, François Morellet e Getúlio Alviani, bem como os artistas geométricos abstratos históricos: Sandu Darié, Salvador Corratgé, Wilfredo Arcay e Dolores Soldevilla, só para mencionar alguns dos cubanos do grupo Los Once (The Eleven). Nestes últimos dois anos, os fotógrafos brasileiros Christian Cravo e Cristiano Mascaro; os artistas José Spaniol e Teodoro Dias (Brasil); os internacionais, Tony Cragg (G. Bretanha), Lab [AU] (Bélgica) e Jong Oh (Coréia), se juntaram ao departamento de Arte Contemporânea da galeria. A Dan Galeria sempre teve por propósito destacar artistas e movimentos brasileiros desde o início da década de 1920 até hoje. Ao mesmo tempo, mantém uma relação próxima com artistas internacionais, uma vez que os movimentos artísticos historicamente se entrelaçam e dialogam entre si sem fronteiras.


Serviço
Exposição "Sentido", de Bob Nugent. Dan Galeria Contemporânea - Rua Amauri 73, Jardim Europa/São Paulo. Das 11h às 17h, de segunda a sexta; das 11h às 19h, aos sábados. Entrada gratuita. Classificação indicativa: livre. Acesso para pessoas com mobilidade reduzida. E-mail: info@dangaleria.com.br.

sábado, 25 de novembro de 2023

.: “Foi uma emoção imensa quando Gilberto Braga pediu...”, lembra Bethânia


Clássico de Gilberto Braga e Ricardo Linhares, a novela estreia no ‘Vale a Pena Ver de Novo’ nesta segunda, 27. “Foi uma emoção imensa quando Gilberto Braga me pediu para fazer”, lembra Maria Bethânia, intérprete do tema de "Paraíso Tropical". Foto: Globo/Fábio Rocha


Maria Bethânia
embalou “Sábado em Copacabana”, tema de abertura da novela "Paraíso Tropical", que volta a TV Globo, no "Vale a Pena Ver de Novo", a partir desta segunda-feira, 27 de novembro. A cantora lembra que o convite partiu do próprio Gilberto Braga, que dividiu a autoria da trama com Ricardo Linhares. Composta por Dorival Caymmi, a canção foi gravada por Bethânia especialmente para a novela – um encontro de baianos no horário nobre. A música também foi composta por Carlos Guinle e gravada, originalmente, na década de 1950, por Lúcio Alves.

“Sempre será uma honra cantar Caymmi. Esse baiano extraordinário, fora do comum. Grande mestre da nossa música, da nossa poesia, do nosso ritmo. Foi uma emoção imensa quando o Gilberto Braga me pediu para fazer. Imediatamente eu falei que sim, mas um pouco assustada porque é uma responsabilidade muito grande cantar Caymmi; e para uma abertura de novela, ou seja, uma canção que será executada diariamente. Mas eu me preparei, estudei, fiz o melhor que pude. Fiz com muito amor, muita devoção e muito grata a Gilberto porque ele falou: ‘não, eu não quero outra cantora, eu quero você’. E isso foi lindo, ficou bonito, a abertura era muito bonita. Tudo era lindo ali, como Caymmi merece”, conta Bethânia. 

Presença marcante em trilhas de novelas, Bethânia já cantou dezenas de histórias: a estreia foi em "Gabriela", exibida em 1975, com a canção “Coração Ateu”. Mais recentemente, em 2022, a baiana interpretou o tema de abertura de "Pantanal". “É um alcance incalculável porque as pessoas gostam muito de assistir às novelas. É um caminho muito bonito para a voz de uma cantora. A voz dessa cantora chega a milhares de lares, pessoas, corações, sentimentos. Isso é emocionante! Eu tenho consciência de que essa canção, ‘Sábado em Copacabana’, foi muito ouvida na minha voz por conta dessa novela”, destaca.

De volta a partir desta segunda-feira, dia 27 de novembro, no "Vale a Pena Ver de Novo", a novela "Paraíso Tropical" tem autoria de Gilberto Braga e Ricardo Linhares, com colaboração de Ângela Carneiro, João Ximenes Braga, Maria Helena Nascimento, Nelson Nadotti, Sérgio Marques, Rosa Maria e Marília Garcia. A novela tem direção de núcleo de Dennis Carvalho, direção-geral de Dennis Carvalho e José Luiz Villamarim e direção de Amora Mautner, Maria de Médicis e Cristiano Marques.

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