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sábado, 13 de julho de 2024

.: Resenha: "MaXXXine" encerra trilogia de sucesso na Hollywood dos anos 80

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em julho de 2024


"MaXXXine", dirigido por Ti West, com visual ambientado na Hollywood dos anos 80, volta com Maxine (Mia Goth) como protagonista, apresentada no longa "X - A Marca da Morte" (2022). Ambicionando alcançar a fama, a atriz de filmes pornôs, faz seu melhor para enveredar em outro nicho e, proporcionalmente, conquistar um público maior e, assim, concretizar o objetivo de vida que alimenta desde criança. 

Após um teste, a jovem é aprovada na sequência do filme, "Puritana 2" que a catapulta para o estrelato. Contudo, ao tentar deixar o passado para trás, Maxine começa a ser chantageada via representante, John Labat (Kevin Bacon, de "Footlose - Ritmo Quente" e "Sexta-feira 13") e começa a ver as pessoas que a cercam morrerem, uma a uma. Tentando equilibrar a carreira, a ameaça de alguém desconhecido que sabe tudo de seu passado e o encalço dos detetives Williams (Michelle Monaghan, de "O Melhor Amigo da Noiva") e Torres (Bobby Cannavale, de "Bem-Vindos à Vizinhança"), a senhorita Minx reencontra um homem importante da vida dela. 

De fato, o filme do gênero terror, suspense, para maiores de 18 anos é bom, mas deixa claro que "Pearl" (2023) é superior, considerando a trama, os personagens com o toque pontual dos elementos surpresa. "MaXXXine" também entrega personagens de perfis bem desenhados, embora uma protagonista menos desesperada por sangue e matança -ainda que alguns personagens sejam mortos até com requintes de crueldade. Mas permite facilmente dizer que a essência dos filmes anteriores, principalmente, "Pearl", foi polida.

Em certas sequências faz parecer que se está assistindo a um episódio do seriado "American Horror Story", principalmente a temporada "1984". No entanto, logo segue seu próprio caminho de surpresas sanguinolentas -ainda que mais comportadas. Com figuras conhecidas como a atriz Lily Collins ("Emily em Paris"), Elizabeth Debicki (trilogia "Guardiões da Galáxia"), Kevin Bacon, Michelle Monaghan, Bobby Cannavale, revela o incrível talento de interpretação da cantora Halsey.

Mais comedido, em 1h44, "MaXXXine" também faz refletir a respeito das imposições herdadas dos pais, assim como a criação de um modo pessoal, considerado certo um determinado modo de agir, para que os outros sigam. Seja usando Deus como símbolo de punição para amedrontar ou ainda agindo pelas próprias mãos. Vale muito a pena conferir o encerramento da trilogia do diretor Ti West com a atriz Mia Goth!

O Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021. Para acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica no Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN.

"MaXXXine" ("MaXXXine"). Ingressos on-line neste linkGênero: terrorClassificação: 18 anos. Duração: 1h44. Ano: 2024. Distribuidora: A24. Direção: Ti WestRoteiro: Ti West. Elenco: Mia Goth, Elizabeth Debicki, Moses Sumney, Michelle Monaghan, Bobby Cannavale, Lily Collins, Halsey, Giancarlo Esposito, Kevin BaconSinopse: Na década de 1980, em Hollywood, a estrela do cinema pornográfico Maxine Minx tem sua grande chance de atingir o estrelato. No entanto, um misterioso assassino em série persegue as celebridades de Los Angeles e um rastro de sangue ameaça revelar o passado sinistro de Maxine. Confira os horários: neste link

Trailer de "MaXXXine"


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quinta-feira, 5 de janeiro de 2023

.: Lista: cinco filmes para assistir por sua conta e risco. Fuja!

Por: Mary Ellen Farias dos Santos 

Em janeiro de 2023


Em 2022 tivemos muitas produções cinematográficas indispensáveis que estrearam nas telonas dos cinemas (Cineflix: lista dos dez melhores filmes que estrearam nos cinemas em 2022), enquanto que outras foram direto para o streaming, mesmo merecendo projeção nas grandes telas (Lista: três filmes que estrearam no streaming e mereciam a telona). No entanto, há os filmes que nos fizeram pensar e geraram profundo arrependimento pelo tempo e dinheiro perdido. Confira a lista dos filmes que o melhor a se fazer é fugir!


Moonfall: Ameaça Lunar

Imagine um filme descabido. "Moonfall: Ameaça Lunar", de Roland Emmerich, protagonizado por Patrick Wilson e Halle Berry tem o roteiro fraco de Roland Emmerich, Harald Kloser e Spenser Cohen. E como não sendo suficiente o desnorteio, chega ao ponto de fazer uma misturinha de outros filmes e, ao fim, não mostrar a que veio. Resumo: é uma bobajada de 2 horas que vira uma tortura com sensação de pelo menos 3 horas de duração. A ficção científica tem várias cenas de ação que, por vezes, derrubam todo o convencimento conquistado do público e transforma o filme numa total enganação. No início, "Moonfall: Ameaça Lunar" parece querer ser levado a sério e convence o público a embarcar na trama. Contudo, logo, a construção da atmosfera cai por terra. Sem dó! 


Chamas da Vingança

Lançado no primeiro semestre de 2022, o novo filme para o livro de Stephen King de 1980, intitulado "Firestarter", batizado no Brasil de "A Incendiária", com direção de Keith Thomas traz Ryan Kiera Armstrong (American Horror Story: Double Feature e "IT: Capítulo II") na pele da garotinha Charlie com poderes pirocinéticos ao lado dos pais interpretados por Zac Efron ("High School Musical" "Música, Amigos & Festa") e Sydney Lemmon ("Fear The Walking Dead"), além de efeitos visuais nem sempre satisfatórios, mesmo comparado ao longa de 1984 protagonizado pela atriz mirim do momento: Drew Barrymore.

Neste, a história da garotinha com poderes de incendiar com a mente, leva o público até a crer que o filme da categoria terror e suspense seja, na verdade, uma trama de ficção científica. Antes da metade até o fim, o longa chega a remeter ao clássico "A Experiência" (1995), mas com o diferencial de não ter conteúdo. Como escapar impune à revelação da menina, quando diz ter direcionado o fogo ao pai e ele simplesmente retribui com uma carinha de compreensivo?

Um Pequeno Grande Plano

O filme começa com a temática assustadora de filhos roubando os pais, mas que atenua a atitude errada uma vez que a ação é para um bem do planeta Terra: levar água para a África, no deserto do Saara. Apesar desse baque de conduta errônea, a produção dirigida por Louis Garrel consegue convencer quando apresenta o envolvimento de várias crianças num super projeto pelo bem de todos. 

É assim que conhecemos a família de protagonistas composta pelos pais Abel e Marianne e o filho de 13 anos, Joseph. Abel chega do trabalho e percebe que o patinete do filho não está onde habitualmente fica. Conversa vai, conversa vem e o menino revela ter tirado de casa diversas coisas, entre elas itens caríssimos como roupas de gripe da mãe e relógios de coleção do pai. Crítica ao consumismo desenfreado?! Sem dúvida! Por outro lado, nada justifica a audácia da criança em negociar o que não lhe pertence. Tudo cai por terra quando as crianças falam da prática sexual com os pais, tal qual fossem adultos. 

Lightyear

A história do personagem que inspirou o boneco que foi dado ao garotinho Andy e quase tirou o favoritismo do caubói Woody na franquia "Toy Story", é apresentada ao público. No início, em uma preguiçosa tela de fundo preto com letreiros, há o aviso de que iremos assistir ao filme que fez Andy querer o Buzz Lightyear. Em certos pontos, "Lightyear" até remete ao sucesso de bilheteria do momento, encabeçado por Tom Cruise, "Top Gun: Maverick". Principalmente por conta dos mocinhos assumirem os postos de pilotos destemidos e amam o que fazem, sendo ambos responsáveis por uma super missão, mas não há nada do carisma de Maverick em "Lightyear"

A vida do patrulheiro se resume a cumprir a missão de tirar todos do espaço. Contudo, enquanto teima na mesmice, o tempo passa, menos para ele, uma vez que faz viagens pelos anéis do tempo. De fato, "Lightyear" começa empolgando, mas a luz fica restrita ao nome do protagonista. O longa animado é bastante escuro, o que acaba proporcionando algumas cabeçadas para quem está com sono. 

De Volta ao Baile

A produção da Netflix estrelada por Rebel Wilson promete muito em trailer, mas entrega pouquíssimo. Não é que o longa seja voltado somente aos maiores de 30 anos e que viveram o auge de "Britney Spears" e "N´Sync", por exemplo. Ainda que tenham cortado qualquer menção a boy band "Backstreet Boys". Afinal, para a nova geração saber mais dessa época basta conversar com os pais, familiares ou simplesmente ter interesse no que aconteceu há 20 anos. Com a internet não é uma tarefa difícil!

A verdade é que em "De Volta ao Baile" falta liga, embora esteja no padrão das produções da Netflix. O trailer com o som de um sucesso da princesinha do pop, "Crazy", passa a ideia de uma volta aos anos 2000 e um combinado com os tempos atuais. Afinal, a protagonista acorda de um coma. História incrível, porém o ponto forte do longa se desgasta na atualidade e faz o filme, que começa muito bem, ir enfraquecendo no decorrer de 1h 51m. 


* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm


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terça-feira, 13 de dezembro de 2022

.: Crítica: "Irmãos de Honra" é história emocionante de completa devoção

Por: Mary Ellen Farias dos Santos 

Em dezembro de 2022


A história verídica do piloto Jesse Brown, o primeiro aviador negro na história da Marinha americana, retratada com o talento de Jonathan Majors (Jesse Brown), ao lado de Glen Powell (Tom Hudner), nas telonas do Cineflix Cinemas. Eis "Irmãos de Honra", longa dirigido por J.D. Dillard ("O Mistério da Ilha") que tem seu toque de produção especial e única, embora, em certas sequências remeta a sucessos como "Pearl Harbor" e "Top Gun", além da recente sequência de sucesso nos cinemas, "Top Gun: Maverick"

Em 2h19, a produção que leva o público a acompanhar e até, de certa forma, experienciar voos rasantes, apresenta uma linda história de amizade interracial, o que, ao final do filme é revelado ao público ter ido além das gerações, uma vez que a relação perdurou até mesmo entre os descentes dos pilotos. No entanto, a amizade de Brown e Hudner não começa florida, uma vez que Jesse carrega consigo péssimas experiências vividas por conta da cor de pele. É a forma que vista -e tratada, ou melhor, desdenhada- pelos outros que desenha grande parte do perfil do protagonista.

Assim, o novato Tom chega ao Comando do 32 e não tem uma recepção tão calorosa por parte de Jesse. No entanto, a vida desenha uma forma de unir os dois quando são designados para uma missão na Guerra da Coreia. Enquanto os eles se conhecem e estabelecem um elo de amizade, passagens por Paris e até a entrada do grupo numa festa particular de Miss Taylor, a famosa atriz de cinema Elizabeth Taylor (Serinda Swan) acontece em grande estilo, mas sem deixar de mostrar a dificuldade do ingresso de Jesse no evento em que foi convidado.

"Irmãos de Honra" acontece de modo agradável e totalmente envolvente para o público, a ponto de não fazer perceber o tempo passar. Afinal, há muito para se contar da história de sacrifícios heroicos de um grupo de aviadores da Marinha colocados como alas importantes. Enquanto tentam desbravar os próprios limites emocionam o público e deixam claro o título em inglês do longa, "devotion". Emocionante!

O longa com roteiro dos estreantes Jake Crane e Jonathan Stewart traz ainda uma curiosidade quanto ao personagem de Glen Powell. Diferente do Hangman de "Top Gun: Maverick", aqui, pé no chão, é ele quem lidera o grupo em ação, mas também se arrisca em solo inimigo para salvar um verdadeiro amigo. Todavia, é bom lembrar que são histórias distintas, ainda que sejam semelhantes em certas cenas.

O protagonismo de Jonathan Majors ("Creed III" e "Homem‑Formiga e a Vespa: Quantumania") e Glen Powell ("Scream Queens" e "Top Gun: Maverick") se dá ao lado de Daren Kagasoff ("Ouija: O Jogo dos Espíritos"), Spencer Neville ("911: Lone Star" e "American Horror Story: 1984"), Joe Jonas (Um dos "Jonas Brothers"), Nick Hargrove ("Charmed – Nova Geração"), além de Christina Jackson ("Outsiders") e Serinda Swan ("Coroner"). Não há o que duvidar, "Irmãos de Honra" é imperdível!

Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link.


* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm


Filme: "Irmãos de Honra" ("Devotion")
Classificação: 12 anos
Ano de produção: 2022
Diretor: J.D. Dillard
Roteiro: Jake Crane e Jonathan Stewart
Duração: 2h19
Elenco: Jonathan Majors, Glen Powell, Serinda Swan e outros


.: Crítica: "Top Gun: Maverick" renova sucesso e estreia como um clássico.: Leia tudo sobre "Scream Queens" aqui: resenhando.com/search/label/ScreamQueens

Trailer





sábado, 10 de setembro de 2022

.: 2x8: "American Horror Stories" encerra com "Lake" e Alicia Silverstone


Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em setembro de 2022



"Lake", oitavo episódio da segunda temporada de "American Horror Stories", escrito por Manny Coto, traz uma história misteriosamente assustadora, a ponto de garantir bons sustos. Em 40 minutos, estampa cenas -com água- que remetem a filmes como "O chamado" e "O grito" e, inclusive, a série "American Horror Story: 1984". Contudo, o episódio em que a queridinha dos anos 90, Alicia Silverstone (a eterna Cher de "As Patricinhas de Beverly Hills") protagoniza, como Erin, tem a narrativa engrossada a partir da perda do filho mais novo, Jake. O enterro de um caixão sem corpo, mesmo após quatro meses do afogamento no lago.


Sem direito a devida despedida, a mente da mãe parece ser capaz de criar situações para lidar com a tragédia. Nessa passagem de tempo, a filha e o marido se distanciam de Erin. Família despedaçada, mas o retorno da filha, Finn, muda tudo. Assim, Erin "recebe a visita" assombrosa do rapaz que pede para ser procurado. De volta ao lago, Erin tem um flashback de um lindo momento em família vivido ali, o que não a impede de fazer uma busca pelo corpo do filho contando com a ajuda de Finn. 


E como todo sentimento de mãe tem fundamento, Erin descobre não só o que procura, mas, de quebra, chega na real motivação do ocorrido com o filho mais novo. "Lake" é uma história ditada pelo passado da família do marido, a ponto de a trama se tornar aterrorizante. E tal qual estilo o videoclipe do cantor Michael Jackson, "Thriller", a vingança chega, porém, não saem de túmultos, à meia-noite, mas das águas. "Lake" começa bem, porém se perde no desfecho, talvez na montagem em si que acaba não sendo tão assombrosa como indica no início e conforme foi apresentado. 

O último episódio, considerando no geral, é muito bom, mas não excelente a ponto de fechar a segunda temporada com chave de ouro, ainda que tenha Alicia Silverstone numa produção de terror. Contudo, "American Horror Stories" segue no posto de um bom seriado do gênero, sim! Aliás, a segunda temporada teve mais pontos altos do que a primeira. Que venha a terceira temporada!!




Seriado: American Horror Stories
Temporada: 2
Episódio 8: "Lake"
Exibido em: 8 de setembro de 2022, EUA.
Elenco: Alicia Silverstone, Olivia Rouyre, 


* Mary Ellen é editora do portal cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do www.photonovelas.com.br. Twitter:@maryellenfsm

sexta-feira, 12 de agosto de 2022

.: 2x4: "American Horror Stories" tem "Milkmaids" com manipulação pela fé



Por: Mary Ellen Farias dos Santos 

Em agosto de 2022


"A divindade não pode ser reproduzida. Só pode ser apreciada"


"Milkmaids", o quarto episódio da segunda temporada de "American Horror Stories", protagonizado por Cody Fern ("American Horror Story: Apocalypse e 1984") se passa em 1757, na Nova Inglaterra, época em que a varíola dizimou parte da população. Portanto, um aviso aos mais sensíveis. No desenrolar da trama há muita nojeira jorrando em cena, mas, de toda forma, contribui para embasar o caso das mulheres do leite. 

A abertura com pastorezinhos, leite, fogo, cabeça de gado, tendo uns com aparência de morto ou à beira da morte, casinha num campo aberto ao longe de uma igrejinha, um celeiro em chamas, em meio a material orgânico se desfazendo, em completo estado de putrefação com moscas varejeiras e urubus se fartando. Até um crucifixo aparece intacto em meio ao calor do fogo ameno. Tais imagens mescladas com os créditos de "Milkmaids", estabelece uma ligação com filmes de época, como por exemplo, "A Colheita" e suas muitas versões.


Eis que o quarto episódio de "American Horror Stories" apresenta Thomas (Cody Fern) e seu filhinho, Edward lamentando a perda de Rachel, mulher e mãe, consequentemente. Thomas, um homem de posses, que também perdeu as duas filhas para a doença, além de amigos, garante a chance de o corpo da esposa ser enterrado no cemitério e de ter uma celebração religiosa -que é interrompida a ponto de garantir um julgamento dos fiéis comandados pelo pastor que gosta de visitar prostitutas. 

Em meio ao caos da morte cercando a todos, está Celeste (Julia Schlaepfer), mulher que se identifica como filha de Lázaro -personagem bíblico- e dona da cura. Afinal, todos os homens que se deitaram com ela não sucumbiram ao mal. Contudo, ela é procurada pelo novo ministro da igreja, pastor Walter, que após ter seu momento de prazer e receber a cura -cena de embrulhar o estômago que se "repete" ao longo do episódio-, acaba sendo apontada como ocultista e, claro, bruxa. 


"Milkmaids" é um excelente episódio, pois deixa claro o quão atual é a temática abordada. De um lado, está um representante hipócrita da igreja, com poder de alienar e convencer os outros a crer que quem morreu pelo mal da peste foi em pagamento de seu pecado, tal qual uma maldição. Mas, às escondidas, busca prazer com mulheres e torna-se um canibal em nome da sobrevivência de uma crendice infundada. Usando deliberadamente o sentimento de culpa para manipular quem o cerca.

Outro momento interessante do episódio, é do julgamento, sem conhecimento prévio e realizado de modo totalmente influenciado. Até porque, um louco sempre busca o coro de mentes vazias e sem esperança de um futuro melhor. Tão atual -e brasileira- essa situação, não é?! Em 48 minutos, há ainda espaço para um embate interessante entre Celeste, representante da fé, que acredita ter sido enviada por Lázaro para curar os enfermos e sofredores, e Delilah, que é capaz de interpretar o verdadeiro motivo de nem todos se infectarem com a varíola. Acreditando na ciência, ela descobre a cura para todos.



Ao provocar o público a refletir sobre diversos temas sobre manipulação, "Milkmaids" transborda horror, seja pelas atitudes tomadas por mentes vazias que acreditam saber tudo, sem necessitar ouvir o outro, ou pelas nojeiras estampadas na tela, desde feridas espremidas que voam longe a corações retirados de modo desesperado para servir de alimento para a alma que deseja a cura. Episódio espetacular!





Seriado: American Horror Stories
Temporada: 2
Episódio 4: "Milkmaids"
Exibido em: 11 de agosto de 2022, EUA.
Elenco: Cody Fern, 
Julia Schlaepfer, Seth Gabel, Addison Timlin, Ian Sharkey


* Mary Ellen é editora do portal cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do www.photonovelas.com.br. Twitter:@maryellenfsm


Trailer



domingo, 15 de agosto de 2021

.: "American Horror Stories" traz BA'AL ao vivo, a cores e ainda surpreende


Por: Mary Ellen Farias dos Santos 

Em agosto de 2021


"BA'AL" é o quinto episódio de "American Horror Stories", série de histórias macabras, derivada de "American Horror Story". Desta vez, a trama focada na maternidade é protagonizada pela atriz Billie Lourd, filha da atriz Carrie Fisher (a eterna princesa Leia de "Star Wars") e neta da atriz Debbie Reynolds (do clássico "Cantando na Chuva"). Assim, a atriz de 29 anos, volta a trabalhar com Ryan Murphy e Brad Falchuk, com quem esteve em "American Horror Story: 1984", por exemplo. Contudo, agora Billie é mãe de um menino desde 24 de setembro de 2020 -na vida real assim como nessa história ficcionalizada e totalmente assustadora.

Sob direção de Sanaa Hamri, Billie transforma-se em Liv, uma jovem que ambiciona ser mãe e se submete a diversos tratamentos com o marido, Matt (Ronen Rubestein, 9-1-1 : Lone Star). Sem expectativa de sucesso, na própria clínica de fertilidade, ela é incentivada a fazer uma espécie de mandiga com um totem, o qual deve ser colocado debaixo da cama do casal enquanto fazem sexo. 

Dá certo? Sim. Liv finalmente consegue ser mãe, enquanto que o marido cresce na carreira de ator, porém ela começa a sofrer com o bebê, tal qual 'depressão pós-parto', chegando a ponto de ver 'coisas' cercando seu filhinho. Determinada, ela aborda a atendente sorridente que lhe deu o totem e esbarra em magia negra.



E é exatamente aí que a história ganha formas no estilo AHS e surpreende, principalmente nos 15 minutos finais. Uma espécie de "Jogos Mortais" com tantas revelações e mudanças sobre o que, de fato, aconteceu para que Liv fosse mãe. A pose de marido devotado cai completamente por terra. Ok. Desde o início, toda a compreensão e parceria inquestionável de Matt coloca uma pulga atrás da orelha, mas ainda assim, o segredo de tudo é de fazer cair o queixo.

O intrigante em "BA'AL" é o fato de mostrar que o feitiço pode ser virado contra o feiticeiro, pois a mamãe Liv, em situação extrema, realiza o ritual de banimento oferecido pela recepcionista. Contudo, invoca o próprio demônio. No fim, em  "BA'ALa dúvida que fica é sobre quem é prisioneiro de quem?"

Leia+ "American Horror Stories" aqui: resenhando.com/AmericanHorrorStories

Seriado: American Horror Stories
Temporada: 1
Episódio 5: "
BA'AL"
Exibido em: 5 de agosto de 2021, EUA.
Elenco: 
Billie Lourd, Ronen Rubestein, Virginia Gardner, Vanessa Williams, Michael B. Silver, Kimberley Drummond, Chad James Buchanan, Jake Choi, Misha Gonz-Cirkl 


* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do www.photonovelas.com.br. Twitter:@maryellenfsm

Trailer de "American Horror Stories: BA'AL"


Abertura de "American Horror Stories: BA'AL"


Trailer de "American Horror Stories"






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