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sexta-feira, 20 de setembro de 2024

.: Resenha: "A Substância" e o terror da beleza feminina "perdida" na velhice

Por: Mary Ellen Farias dos Santos, editora do Resenhando.com

Em setembro de 2024


Usufruir da beleza jovial deixa de ser realidade quando a idade avança, uma dificuldade maior para mulheres que vivem na mídia. Contudo, nem todas sabem lidar com tal passagem e, muito menos, aceitam as transformações. No longa dirigido por Coralie Fargeat ("Vingança"), "A Substância", estrelado por Demi Moore ("Ghost - Do Outro Lado da Vida" e "Proposta Indecente") e Margaret Qualley ("Tipos de Gentileza" e "Pobres Criaturas") é essa não aceitação que leva a famosa por liderar um programa de aeróbica, Elisabeth Sparkle (Demi Moore), com uma estrela na calçada da fama e tudo, a buscar uma versão melhor de si quando, por obra do destino, ouve de seu chefe, Harvey (Dennis Quaid) que está ultrapassada (velha) e pretende substituí-la por uma moça.

Todavia, no dia do aniversário Elisabeth -outro pânico de quem luta para não envelhecer- se envolve num acidente de trânsito e é levada ao hospital. Sem ferimentos graves, cruza com um enfermeiro jovem que promete uma incrível mudança. Apesar da relutância a senhora Sparkle faz uma ligação e vai até um local ermo, iniciando uma misteriosa jornada capaz de gerar a perfeita Sue (Margaret Qualley). No entanto, há regras a serem seguidas, como por exemplo, a de fazer a troca entre ambas a cada sete dias. 

Sue, tal qual uma jovem sem limites, pensa saber tudo e tenta resolver os probleminhas das trocas de seu modo, afetando Sparkle que ganha um dedo podre -inicialmente. Numa batalha dela com ela mesma, ou seja, Elisabeth e Sue, que são uma só -algo como acontece na animação clássica "Jem e as Hologramas", quando Jerrica tem ciúmes de Jem. Numa rivalidade com seu próprio eu, o pior acontece e se faz presente, num programa ao vivo de Natal, quando toda a beleza vira uma assombrosa monstruosidade. 

"A Substância" é tão ágil e surpreendente na telona a ponto não fazer sentir as 2h20 de filme passarem. De texto perspicaz entregando dualidades a todo momento, focando as cobranças do mundo dos homens com as mulheres que precisam sempre estarem lindas, poderosas e, claro impecáveis, mesmo após os 50 anos. Por outro lado, dos homens o que se vê são atos asquerosos e selvagens exigindo do objeto mulher a obrigação de se manter perfeita nos padrões da beleza eterna.

A produção com roteiro também de Coralie Fargeat, faz uma dobradinha excelente em cena com Demi Moore e Margaret Qualley, além das participações importantes de Dennis Quaid e até Oscar Lesage ("Brigitte Bardot"). Com toque dos clássicos "Crepúsculo dos Deus", "Uma Noite Alucinante: A Morte do Demônio", "Carrie, a Estranha", "A Mosca", "A Morte Lhe Cai Bem", "O Iluminado", ou o mais recente "Jogos Mortais", "A Substância" transborda o ar da série antológica "American Horror Story", o início da temporada "1984", com o maiô e as polainas de Elisabeth e Su fazendo aeróbica quando estão prestes a viverem o puro horror. Há também um pouco da primeira parte de "American Horror Story: Double Feature", "Red Tide", sendo que no filme não são ingeridas pílulas, mas injeções satisfazem o protagonista.

O longa cheio de meandros e criticidades é impecável, não à toa levou o prêmio no Festival de Cannes por melhor roteiro. "A Substância" é profundo, delicado e surpreendente, e em meio a objetificação estética feminina, consegue estampar uma sequência de filme de terror gore digna do desfecho de Ash em "Uma Noite Alucinante: A Morte do Demônio" ou da sabotagem no baile à protagonista de "Carrie, a Estranha". Sim! Há sangue jorrando para todos os lados enquanto um monstro só pede para voltar a ser amado mesmo que não tenha mais a beleza a seu favor. Filmaço imperdível!

O Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021. Para acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica no Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN.


"A Substância" (The Substance). Ingressos on-line neste linkGênero: terror, ficção científicaClassificação: 18 anos. Duração: 2h20. Ano: 2024. Distribuidora: Mubi. Direção: Coralie FargeatRoteiro: Coralie Fargeat. Elenco: Demi Moore, Margaret Qualley, Dennis QuaidSinopse: Elisabeth Sparkle, renomada por um programa de aeróbica, enfrenta um golpe devastador quando seu chefe a demite. Em meio ao seu desespero, um laboratório lhe oferece uma substância que promete transformá-la em uma versão aprimorada. Confira os horários: neste link

Trailer de "A Substância"

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terça-feira, 12 de dezembro de 2023

.: Crítica: "Jornada Para Belém" é High School Musical do nascimento de Jesus

Em dezembro de 2023


"Jornada Para Belém", em cartaz no Cineflix Cinemas, é um longa musical, do estreante na direção, Adam Anders, que já trabalhou na produção dos seriados "Glee" e "American Horror Story", assim como nos filmes "Descendentes" e "Rock of Ages: O Filme". Com pegada bastante juvenil, estilo High School Musical, o filme protagonizado por Fiona Palomo ("Control Z"), Milo Manheim ("Z-O-M-B-I-E-S") e Antonio Banderas ("Gato de Botas", "Entrevista Com Vampiro"), entrega coreografias para os atores em cena, ou seja, cantam e dançam em nome do filho de Deus. 

O filme que soma 1h38, apresenta a história de Maria e José até o nascimento do Salvador, o menino Jesus, além da batalha de enfrentamento do casal diante da perseguição de Herodes. Não espere muito de "Jornada Para Belém", mas por mais que não convença por completo a quem está diante da telona, a releitura musicada tem lá seus encantos, seja pelo colorido nas vestimentas dos personagens ou, até mesmo, pela cantoria e dança.

Na pele do grande vilão da trama, Banderas, às vezes, transparece o lado canastrão, o que causa estranhamento. Contudo, a versão brasileira é o ponto alto do filme, principalmente, ao considerarmos as versões das músicas, tendo como a voz da protagonista, Maria, a atriz e cantora de musicais, Maria Clara Rosis ("Annie, o Musical"), assim como Lucas Godoy emprestando a voz para José, além de Saulo Vasconcellos ("O Fantasma da Ópera, musical") soltando a voz como Herodes.

Com um toque de humor, a aventura musical de Natal é uma opção de entretenimento para toda a família, junta, renovar a fé. O live-action "Jornada Para Belém" tem também roteiro de Adam Anders e Peter Barsocchini. 


Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link. Compre seus ingressos no Cineflix Cinemas Santos aqui: vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm 


"Jornada Para Belém" ("Journey to Bethlehem"Ingressos on-line neste link
Gênero: aventura, drama épico, musical
Classificação: 10 anos. Duração: 1h38. Ano: 2023. Idioma: inglês. 
Distribuidora: Sony Pictures. Direção: Adam Anders. Roteiro: Adam Anders e Peter Barsocchini. Elenco: Antonio Banderas, Fiona Palomo, Milo Manheim, Omid Djalili, Rizwan Manji, Geno, Segers, MŌRIAH, Joel Smallbone, Lecrae e Stéphanie Gi.. Sinopse: Uma jovem carregando uma responsabilidade inimaginável. Um jovem dividido entre o amor e a honra. Um rei ciumento que não se deterá diante de nada para manter sua coroa. Esta aventura musical de Natal em live-action para toda a família mescla melodias clássicas de Natal com humor, fé e novas canções pop em uma releitura da maior história já contada, a história de Maria e José e o nascimento de Jesus. Uma nova entrada única na coleção de filmes clássicos de férias, este musical épico de Natal é diferente de todos os anteriores.

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sexta-feira, 17 de novembro de 2023

.: 3x1: "American Horror Stories", "Bestie" trata manipulação em amizade virtual

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em novembro de 2022



"Bestie", primeiro episódio da segunda temporada de "American Horror Stories", escrito por Ryan Murphy, Brad Falchuk e Joseph Baken envolve numa trama mirabolante de pouco mais 50 minutos. Tudo começa quando Shelby (Emma Halleen) muda de vida após a morte da mãe por câncer de pâncreas. Com o pai ao lado, a garota vive uma tremenda dificuldade na nova escola virando chacota da turma em que estuda. Contudo, a jovem, grande fã de uma drag queen sombria Anna Rexhia (Amrou Al-Kadhi) conhece uma figura com marcas de queimaduras no rosto que pede para ser chamada de Bestie (Jessica Barden), enquanto rotula a moça de Shellybelly.

Numa doentia dependência da solitária Shelby, Bestie passa a manipulá-la virtualmente, inclusive, seja na forma de se vestir a até tratar o pai (Seth Gabel, de "Bem-vindos à vizinhança") com quem tinha uma boa convivência e aproximação. Com uma relação tóxica via todos meios virtuais, Shelby comete absurdos com os outros e consigo, quebrando até o próprio braço.


O episódio da terceira temporada de "American Horror Stories" é sagaz e pontual ao criticar a dependência humana dos meios tecnológicos, principalmente para se relacionar com outras pessoas, enquanto se ignora a família, geralmente, tão disposta a ajudar. Como Shelby acaba fazendo com Guy, o pai, com também tentava sobreviver ao luto da amada esposa. 

Outro ponto interessante de se ver na tela, além das comemorações do Halloween -o episódio e outros três formaram um especial para a celebração-, é o de se ter na trama uma drag queen, Anna Rexhia, interpretada por Amrou Al-Kadhi, escritor, drag performer e cineasta britânico-iraquiano cujo trabalho se concentra principalmente na identidade queer, representação cultural e política racial. Afinal, já vimos outra drag queen, a Eureka em "American Horror Story: Double Feature". Episódio excelene! A verdade é que acontece muito no espaço de apenas 52 minutos. "Bestie" é para se ver e rever, definitivamente! 




Seriado: American Horror Stories
Temporada: 3
Episódio 1: "Bestie"
Exibido em: 26 de outubro de 2023, EUA.
Elenco: 


* Mary Ellen é editora do portal cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do www.photonovelas.com.br. Twitter:@maryellenfsm

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quinta-feira, 21 de setembro de 2023

.: "12x1: AHS: Delicate" traz confusões em "Pain" e Emma Roberts brilha

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em setembro de 2023


O desejo de ser mãe, a dificuldade e os terrores das mudanças, desde o corpo à forma de como será a vida, assim como a ebolição de hormônios. Eis o episódio de estreia da 12ª temporada de "American Horror Story: Delicate", intitulado "Pain". Eis que a protagonista Anna Victoria Alcott (Emma Roberts), uma atriz famosa, casada com um artista viúvo, bem conceituado e parceiro, decidida, embarca no objetivo da fertilização em laboratório para alcançar a maternidade.

Enquanto o médico responsável Dr. Andrew Hill (Denis O'hare) determina o processo para a inserção do embrião, Anna vai sendo tomada por desconfiança, uma vez que uma figura feminina assombrosa idosa e outra jovial passam para a seguir seus passos. Ainda que seja famosa, a ponto de ter uma boneca estilo Barbie para autografar, na barriga, e mesmo descontinuada ressurja após uma compra no Ebay, as aparições que a observam regularmente passam a perturbá-la. 


Com sua agente e amiga, Siobhan Corbyn (Kim Kardashian), um exemplar da boneca "ganha vida" mudando de lugar por conta própria. Sim! É por meio desses tipos de situações bizarras que a mente da Anna vai entrando em confusão. Afinal, quem não surtaria com passos de alguém que nunca se aproxima? No entanto, Siobhan tenta tranquilizar Anna contando que roubaram peças íntimas da atriz Courteney Cox e a polícia nada fez.

Culpando os hormônios, Anna tenta se enquadrar no mundo de Dexter, enquanto reflete sobre o ser mãe que inclui mudança no corpo e ser responsável por alguém, quando descobre que os embriões estão prontos para a transferência. Até realizar o passo principal para chegar à maternidade, Anna é perseguida de modo crescente, seja numa entrevista televisiva até, inclusive, na própria casa com todas as fechaduras modernas e seguras. 

Considerando o primeiro episódio, pode-se dizer que Ryan Murphy colocou Emma Roberts para brilhar muito nesta temporada de AHS, uma vez que a trama gira em torno de sua personagem. Assim, tanto Anna quanto os que a cercam são interessantes, inclusive as figuras assustadoras que adoram encarar a mocinha que só quer ser mãe de um filho de Dexter. Até a ordem da narrativa é excelente, pois a cena inicial é quase o desfecho do episódio. Muito bom. 

No entanto, a temporada será divida em partes, o que causa certo receio. Basta lembrar do desastre que a seguna parte de "AHS: Double Feature". Que venha o próximo episódio, afinal estão as queridas Billie Lourd e Leslie Grossman, atrizes convidadas para a temporada!

Exibição: 20 de setembro de 2023
Elenco: Emma Roberts (Anna Victoria Alcott), Matt Czuchry (Dexter Harding), Kim Kardashian (Siobhan Corbyn), Annabelle Dexter-Jones (Sonia Shawcross), Michaela Jaé Rodriguez (Nicolette), Denis O'Hare (Dr. Andrew Hill), Cara Delevingne (Ivy), Julie White (Io Preecher), Maaz Ali (Kamal)

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm 


quinta-feira, 5 de janeiro de 2023

.: Lista: cinco filmes para assistir por sua conta e risco. Fuja!

Por: Mary Ellen Farias dos Santos 

Em janeiro de 2023


Em 2022 tivemos muitas produções cinematográficas indispensáveis que estrearam nas telonas dos cinemas (Cineflix: lista dos dez melhores filmes que estrearam nos cinemas em 2022), enquanto que outras foram direto para o streaming, mesmo merecendo projeção nas grandes telas (Lista: três filmes que estrearam no streaming e mereciam a telona). No entanto, há os filmes que nos fizeram pensar e geraram profundo arrependimento pelo tempo e dinheiro perdido. Confira a lista dos filmes que o melhor a se fazer é fugir!


Moonfall: Ameaça Lunar

Imagine um filme descabido. "Moonfall: Ameaça Lunar", de Roland Emmerich, protagonizado por Patrick Wilson e Halle Berry tem o roteiro fraco de Roland Emmerich, Harald Kloser e Spenser Cohen. E como não sendo suficiente o desnorteio, chega ao ponto de fazer uma misturinha de outros filmes e, ao fim, não mostrar a que veio. Resumo: é uma bobajada de 2 horas que vira uma tortura com sensação de pelo menos 3 horas de duração. A ficção científica tem várias cenas de ação que, por vezes, derrubam todo o convencimento conquistado do público e transforma o filme numa total enganação. No início, "Moonfall: Ameaça Lunar" parece querer ser levado a sério e convence o público a embarcar na trama. Contudo, logo, a construção da atmosfera cai por terra. Sem dó! 


Chamas da Vingança

Lançado no primeiro semestre de 2022, o novo filme para o livro de Stephen King de 1980, intitulado "Firestarter", batizado no Brasil de "A Incendiária", com direção de Keith Thomas traz Ryan Kiera Armstrong (American Horror Story: Double Feature e "IT: Capítulo II") na pele da garotinha Charlie com poderes pirocinéticos ao lado dos pais interpretados por Zac Efron ("High School Musical" "Música, Amigos & Festa") e Sydney Lemmon ("Fear The Walking Dead"), além de efeitos visuais nem sempre satisfatórios, mesmo comparado ao longa de 1984 protagonizado pela atriz mirim do momento: Drew Barrymore.

Neste, a história da garotinha com poderes de incendiar com a mente, leva o público até a crer que o filme da categoria terror e suspense seja, na verdade, uma trama de ficção científica. Antes da metade até o fim, o longa chega a remeter ao clássico "A Experiência" (1995), mas com o diferencial de não ter conteúdo. Como escapar impune à revelação da menina, quando diz ter direcionado o fogo ao pai e ele simplesmente retribui com uma carinha de compreensivo?

Um Pequeno Grande Plano

O filme começa com a temática assustadora de filhos roubando os pais, mas que atenua a atitude errada uma vez que a ação é para um bem do planeta Terra: levar água para a África, no deserto do Saara. Apesar desse baque de conduta errônea, a produção dirigida por Louis Garrel consegue convencer quando apresenta o envolvimento de várias crianças num super projeto pelo bem de todos. 

É assim que conhecemos a família de protagonistas composta pelos pais Abel e Marianne e o filho de 13 anos, Joseph. Abel chega do trabalho e percebe que o patinete do filho não está onde habitualmente fica. Conversa vai, conversa vem e o menino revela ter tirado de casa diversas coisas, entre elas itens caríssimos como roupas de gripe da mãe e relógios de coleção do pai. Crítica ao consumismo desenfreado?! Sem dúvida! Por outro lado, nada justifica a audácia da criança em negociar o que não lhe pertence. Tudo cai por terra quando as crianças falam da prática sexual com os pais, tal qual fossem adultos. 

Lightyear

A história do personagem que inspirou o boneco que foi dado ao garotinho Andy e quase tirou o favoritismo do caubói Woody na franquia "Toy Story", é apresentada ao público. No início, em uma preguiçosa tela de fundo preto com letreiros, há o aviso de que iremos assistir ao filme que fez Andy querer o Buzz Lightyear. Em certos pontos, "Lightyear" até remete ao sucesso de bilheteria do momento, encabeçado por Tom Cruise, "Top Gun: Maverick". Principalmente por conta dos mocinhos assumirem os postos de pilotos destemidos e amam o que fazem, sendo ambos responsáveis por uma super missão, mas não há nada do carisma de Maverick em "Lightyear"

A vida do patrulheiro se resume a cumprir a missão de tirar todos do espaço. Contudo, enquanto teima na mesmice, o tempo passa, menos para ele, uma vez que faz viagens pelos anéis do tempo. De fato, "Lightyear" começa empolgando, mas a luz fica restrita ao nome do protagonista. O longa animado é bastante escuro, o que acaba proporcionando algumas cabeçadas para quem está com sono. 

De Volta ao Baile

A produção da Netflix estrelada por Rebel Wilson promete muito em trailer, mas entrega pouquíssimo. Não é que o longa seja voltado somente aos maiores de 30 anos e que viveram o auge de "Britney Spears" e "N´Sync", por exemplo. Ainda que tenham cortado qualquer menção a boy band "Backstreet Boys". Afinal, para a nova geração saber mais dessa época basta conversar com os pais, familiares ou simplesmente ter interesse no que aconteceu há 20 anos. Com a internet não é uma tarefa difícil!

A verdade é que em "De Volta ao Baile" falta liga, embora esteja no padrão das produções da Netflix. O trailer com o som de um sucesso da princesinha do pop, "Crazy", passa a ideia de uma volta aos anos 2000 e um combinado com os tempos atuais. Afinal, a protagonista acorda de um coma. História incrível, porém o ponto forte do longa se desgasta na atualidade e faz o filme, que começa muito bem, ir enfraquecendo no decorrer de 1h 51m. 


* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm


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