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segunda-feira, 5 de agosto de 2024

.: Rodrigo Thomaz emociona como Benji em "Priscilla, a Rainha do Deserto"


Da esquerda para a direita: Ygor Zago, Rodrigo Thomaz, Andrezza Massei e Reynaldo Gianecchini! Cena do Cassino, em Alice Springs. Foto: Caio Gallucci


Rodrigo Thomaz, um prodígio das artes cênicas, retorna aos palcos com mais uma performance inesquecível como Benji no aclamado musical "Priscilla, a Rainha do Deserto". Este jovem artista, que anteriormente conquistou o público em "Matilda - O Musical" (leia a crítica neste link), está consolidando seu talento e versatilidade no teatro musical brasileiro, ao dar vida a um personagem essencial e emocionante.

Com apenas dez anos, ele já acumula uma carreira repleta de realizações. Desde pequeno, demonstrou um fascínio particular pelas artes, principalmente pela música. Iniciou suas aulas de piano aos cinco anos de idade, o que rapidamente despertou seu interesse por performances musicais. A paixão pelo teatro musical surgiu aos oito anos, quando assistiu ao espetáculo "Charlie e a Fantástica Fábrica de Chocolate", dos mesmos produtores de "Matilda" e "Wicked". Naquele momento, Rodrigo soube que queria seguir carreira no teatro musical.

Determinados a apoiar os sonhos de seu filho, seus pais, Leandro e a mãe de Rodrigo, inscreveram-no em aulas de teatro, canto e atuação para teatro musical na prestigiada Allegresse, uma escola reconhecida por formar talentos no segmento. "Para mim, foi uma emoção muito grande", compartilha Leandro. "A mãe dele e eu sempre fomos apaixonados por musicais, e ver nosso filho seguindo esse caminho nos enche de orgulho".

Benji: um papel cheio de significado
O personagem Benji é fundamental na trama de "Priscilla, a Rainha do Deserto", e Rodrigo Thomaz o interpreta com uma profundidade rara. Benji, filho de Tick, vivido por Reynaldo Gianecchini, simboliza pureza, aceitação e amor incondicional. Sua relação com Tick é o elo que conecta o passado e o futuro do personagem, e a aceitação amorosa de Benji é um dos pilares emocionais do musical, transmitindo uma poderosa mensagem sobre a importância da família e da aceitação em suas mais diversas formas.

"Benji é um personagem muito especial para mim", comenta Rodrigo. "Ele representa a aceitação que Tick busca ao longo de sua vida. É uma responsabilidade enorme, mas também uma oportunidade maravilhosa de tocar o coração das pessoas".


Preparação e desafios para o papel de Benji
Para capturar a essência de Benji, Rodrigo Thomaz se dedicou intensamente à preparação para o papel. Além dos ensaios regulares, ele participou de aulas especializadas de canto e interpretação, buscando entender profundamente as emoções e motivações de seu personagem. Esta dedicação se reflete em sua atuação, marcada por sinceridade e emoção, criando uma conexão genuína com a plateia.


O Impacto de Rodrigo Thomaz no musical
"Priscilla, a Rainha do Deserto" aborda temas sensíveis como abandono parental e aceitação familiar com delicadeza, ressoando especialmente na comunidade LGBTQIAPN+. A interpretação de Rodrigo Thomaz como Benji não apenas dá vida ao personagem, mas também destaca a importância dessas discussões. "Minha maior alegria é ver como o público reage a Benji", revela Rodrigo. "Saber que minha atuação pode fazer diferença na vida das pessoas é o que mais me motiva".


Sobre Priscilla, a Rainha do Deserto
O musical "Priscilla, a Rainha do Deserto" é uma celebração vibrante da diversidade e aceitação, seguindo três drag queens em uma jornada pelo deserto australiano a bordo de um ônibus chamado Priscilla. Com humor, emoção e uma trilha sonora empolgante, a história é enriquecida pela presença de Benji, cujo papel é desempenhado por Rodrigo Thomaz com talento e sensibilidade. A atuação de Rodrigo adiciona uma camada de profundidade e humanidade à narrativa, elevando a experiência do espetáculo a novos patamares.

Com seu talento inegável, Rodrigo Thomaz continua a impressionar e a emocionar, solidificando seu lugar como uma das promessas mais brilhantes do teatro musical brasileiro. Para saber mais sobre o espetáculo e garantir seus ingressos, visite o site oficial. Ingressos: https://uhuu.com/evento/sp/sao-paulo/priscilla-a-rainha-do-deserto-o-musical-da-broadway-12803?utm_source=sites&utm_medium=opus&utm_content=opus-divulgacao&utm_campaign=priscilla_tbsp_botao.

sexta-feira, 3 de maio de 2024

.: Critica: "Aumenta Que é Rock´n´roll" é filme brasileiro que empolga e orgulha

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em maio de 2024


O longa nacional "Aumenta Que é Rock´n´roll", dirigido por Tomás Portella ("Desculpe o Transtorno"), surpreende da melhor forma possível. Não por somente contar a aventura do novato radialista Luiz Antônio (Johnny Massaro), mas por levar para as telonas, junto a esse relato verídico, parte da história do rock brasileiro e também de como a essência do primeiro Rock in Rio se deu.

O longa que soma 112 minutos de duração, por vezes, faz remeter à melhor fase do canal televisivo MTV Brasil, embora tudo aconteça muito antes, nos anos 80. O toque mágico de puxar o público para embarcar na trama vem pela interpretação do talentoso elenco, tendo total destaque para o protagonista de Johnny Massaro ("O Pastor e o Guerrilheiro"). Solo ou em dupla, entrega cenas incríveis, principalmente ao lado de George Sauma ("Meu Nome é Gal") e Marina Provenzzano ("Bom Dia, Verônica"). O resultado é um filme que empolga e, com propriedade, entra na lista dos melhores filmes brasileiros, o que é um completo orgulho.

Em "Aumenta Que é Rock´n´roll" Luiz Antônio leva a paixão pelo rock'n'roll para a Fluminense FM  - popularmente conhecida como "A Maldita"-, uma rádio prestes a falir. Todavia, Luiz tem um sonho a concretizar. Assim, ele se vê coordenando uma equipe muito louca e com regras a serem discutidas -com direito a LP quebrando- como a de "tocou hoje, só toca amanhã". Ao criar uma das rádios mais emblemáticas da história do rock brasileiro, Luiz aprende a lidar com o amor do público e a dificuldade que uma relação amorosa pode reservar.

A produção com roteiro de L.G. Bayão entrega uma trilha sonora impecável e contagiante, com direito a ida ao primeiro Rock in Rio e, de quebra, uma cena de filme romântico. No elenco também estão João Vitor Silva, Adriano Garib, Orã Figueiredo, Felipe Rocha, Silvio, Guindane, Flora Diegues. Filmaço brasileiro imperdível!


Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link. Compre seus ingressos no Cineflix Cinemas Santos aqui: vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm 


"Aumenta Que é Rock´n´roll" ("nacional"). Ingressos on-line neste linkGênero: dramaClassificação: 16 anos. Duração: 1h52. Ano: 2023. Distribuidora: H2O Films. Direção: Tomás Portella. Roteiro: L.G. Bayão. Elenco: Johnny Massaro, George Sauma, João Vitor SilvaSinopse: Na década de 1980, Luiz Antônio é um atrapalhado radialista que inesperadamente se vê no comando de uma estação de rádio falida e caindo aos pedaços.


quinta-feira, 18 de abril de 2024

.: Isabelle, a amazonense: entrevista com a terceira colocada do BBB 24

Isabelle - Foto: Globo/João Cotta


"Meu maior objetivo era, de fato, ser campeã. E eu consegui alcançar. Essa vitória vem independentemente do pódio, em um sentimento de merecimento com o carinho do povo, os trabalhos que já estão chegando. Eu entrei com o interesse de ser campeã, e saio campeã". É com esta afirmação que Isabelle celebra, com muito entusiasmo, a terceira colocação do "Big Brother Brasil 24" (com 14,98% dos votos). A amazonense entrou no jogo decidida a honrar sua cultura e seguir seu coração, e não desviou desta rota em nenhum momento. Também por isso, se arriscou em um jogo solo que a levou até a final, não sem antes gerar críticas e desconfiança nos adversários. Foi a fiel-escudeira de Davi, manteve amizades com outros participantes com os quais também não jogou junto, engatou um romance no finalzinho da competição com Matteus – que começou a temporada como um de seus principais oponentes – e concluiu a participação no BBB com o sentimento de dever cumprido.

Nesta entrevista, Isabelle revisita os momentos que passou no jogo e fala, também, sobre a força de sua participação fora da casa, que uniu os bois Caprichoso e Garantido, do Festival de Parintins, em prol de sua permanência.

 

Você chegou à grande final da temporada e saiu com o 3º lugar. Na sua visão, o que te levou a esse título?

Acho que o que me trouxe esse título foi ter uma personalidade única, apesar de não ter agradado a todos, e uma forma muito íntegra de jogar. Outra coisa que também pode ter me levado a essa grande final foi meu carisma, minha alegria, essa luz toda que irradia vinda dessa ancestralidade cultural que tenho muito orgulho, que é de Parintins. Unificando isso à força do povo amazônica, que fortalece todo mundo que sai do Amazonas em busca de uma oportunidade. Então, acho que a minha torcida e o meu povo me fortaleceram muito para chegar até aqui. Também acredito que nos primeiros paredões, logo no início do jogo, a minha amizade com o Davi. Nós dois jogávamos de forma unilateral, o que nos fortaleceu como jogadores e como amigos e irmãos lá dentro. Então, acho que esses pontos contribuíram para que eu chegasse na final. E muito jejum e oração, orei muito lá dentro (risos).


Como foi chegar à final com o Davi, seu grande amigo, e o Matteus, seu crush na casa?

O Davi nunca deixou de ser meu top 2, desde o começo do jogo, e eu era o dele. Do fundo do meu coração, sem pavulagem, fico muito feliz com a vitória do Davi porque eu conheço a história dele e sei o sufoco que ele passou lá dentro, acompanhei desde o começo. Obviamente eu queria sair milionária e conseguir realizar o sonho da minha família de uma vez por todas, mas me alegra a vitória dele. Fico feliz como se fosse eu. Já o Matteus foi algo improvável porque ele não era meu top, éramos adversários, mas o finalzinho teve uma grande virada. Tanto que ele me mandou para o paredão nesses últimos dias. A gente deixou o coração de lado e foi jogar. Isso é jogo também. O Matteus foi uma grande surpresa, mas foi muito legal porque a gente pôde ficar se cheirando um pouquinho mais (risos).

 

Há diferenças entre a Isabelle de antes do ‘BBB 24’ e a de hoje? Quais foram as mudanças?

Acho que agora eu consigo considerar a minha resiliência porque lá dentro a gente se renova a cada dia. A dinâmica faz você se renovar. Eu entrei cheia de alegria, empolgação, extrovertida como eu sou, porém sem certeza das minhas fraquezas. E hoje saio muito alegre, grata, empolgada e resiliente, mas certa de que eu tenho fraquezas como todo mundo, como qualquer ser humano, principalmente estando em um confinamento. Quando eu entrei, tinha certeza de que eu não ia ter fraquezas e medos. E lá dentro eu tive medos, carência, muita saudade e fraquezas. Saio com a certeza de que eu sou um ser humano comum, principalmente dentro de um confinamento.

 

Qual era o seu maior objetivo ao entrar no reality? Acredita ter conseguido alcançá-lo?

Meu maior objetivo era, de fato, ser campeã. E eu consegui alcançar. Essa vitória vem independentemente do pódio, em um sentimento de merecimento com o carinho do povo, os trabalhos que já estão chegando. O valor do prêmio eu vou trabalhar aqui fora para conseguir fazer e acredito que, em nome de Jesus, vou conseguir em breve. E todos os sonhos que eu tenho vão se realizar, como o da casa própria, de tirar minha mãe do aluguel e dar a ela uma vida melhor. Eu entrei com o interesse de ser campeã, e saio campeã.

 

E qual foi o seu maior medo lá dentro?

Meu maior medo foi sobrecarregar as pessoas dentro e fora da casa levando emoções minhas. Porque você fica muito carente, triste, nervoso, e isso acontece sem querer. Então, eu acabei me sobrecarregando, guardando muitas coisas para mim. Por um lado, isso me deixava com a consciência tranquila, mas por outro fiquei um pouco triste. Mesmo tendo companheiros e aliados, eu não conseguia desabafar alguns sentimentos. Foi um grande desafio. Outro medo era a possibilidade de votar em pessoas que eu gostava. Na reta final, por exemplo, tive que pensar em votar na Giovanna, de quem eu já tinha sido próxima um dia. Estava distante naquele momento, mas não queria ter que votar nela por ter essa gratidão de que um dia ela me ajudou. Isso pesou muito para mim.

 

Durante o programa, você deu grande visibilidade ao festival de Parintins e à cultura amazonense. Como se sente ao saber que essa representação alcançou todo o Brasil através da sua participação no reality?

Esse é um dos motivos de eu ter entrado, para ser campeã e para levar um pouco da minha cultura nortista e amazonense de Parintins, da qual eu tenho muito orgulho. Eu sou o Festival de Parintins porque vivo isso desde cunhatã. Poder falar um pouco do valor que é o Festival de Parintins, que é do Norte, do Brasil, mas que muitas pessoas ainda não conhecem, me alegra muito. É uma festa, mas também uma fonte de renda para muitas pessoas. Por exemplo, alguns pescadores na época do Festival de Parintins viram pintores das alegorias. Ganham uma renda extra e sustentam suas famílias com isso. É uma festa que movimenta muitas vidas não só em Parintins e Manaus, mas no Amazonas e no Norte. Pessoas de Belém e Santarém, no Pará, de Roraima e outros estados vão para Parintins também. É uma grande fonte de renda para o povo que vive da arte. Fora essa paixão de dividir um pouco da cultura que fala dos povos indígenas, dessa magia que a floresta tem quando a gente a preserva, sobre a mãe natureza e os animais. Me sinto engrandecida e uma porta-voz de muitas outras vozes que podem ser ouvidas, mas estão camufladas.

 

Com a repercussão do programa, os bois Garantido e o Caprichoso se uniram para torcerem por você. O que isso representa?

Eu sou uma gota nesse oceano. O nosso Festival de Parintins já existe há mais de 50 anos e os bois, há mais de 100. A gente vive uma rivalidade saudável e essa unificação acontece quando alguma voz do Amazonas sai para ganhar o mundo. Sou muito grata e muito feliz, jamais em toda a minha vida apostei que isso aconteceria. Eu falaria de Parintins mil vezes, como falei, tanto do Boi Garantido quanto do Boi Caprichoso, porque um não existe sem o outro. É por isso que saio do programa me sentindo uma campeã. Eu não me vejo num pódio inferior. De verdade, me sinto muito campeã.

 

Você chegou a vencer uma prova do líder, mas cedeu o privilégio para a Beatriz. Depois de um grande impasse, por que tomou essa decisão?

É aí que entra essa questão de eu me colocar no lugar do outro. Dentro do jogo é necessário, muitas das vezes, você se priorizar, e aquele momento foi mais um dos que eu me coloquei no lugar dela. Ela falou muito sobre a festa, sobre o quanto ela precisava da imunidade porque estaria mais no alvo do que eu. Então, aquilo tudo mexeu muito comigo. Eu poderia ter sido mais incisiva, mas acho que foi como tinha que ser. A gente podia entrar num impasse e eu fiquei com medo de o Tadeu tirar a liderança de nós duas e dar para outra pessoa, então eu cedi para resolver a situação. Óbvio que o dinheiro me adianta muito, mas não nego que naquele momento queria muito ter vivido o sabor da liderança, para administrar o jogo e para ter a minha festa. Mas Deus sabe o que faz, aquele momento foi necessário.

 

Desde a entrada na casa, você permaneceu ao lado do Davi, mesmo quando a maioria dos participantes se voltou contra ele. Como avalia essa relação e que impactos a sua decisão por estar com o Davi levou para o seu jogo?

Não foi uma coisa que eu decidi, aconteceu naturalmente. A gente tinha alguns alvos em comum no jogo. Eu conheci o Davi no puxadinho e ele já veio para mim com um sorriso e conversas incríveis. Era um menino, um curumim muito feliz, alegre e gente boa. Quando começou o jogo, com a personalidade dele de jogador, eu vi que as pessoas não queriam ter a oportunidade de conhecê-lo. Elas queriam ter opções de voto e ele foi um voto confortável por muito tempo para a casa. Eu via aquilo e pensava que a pessoa de quem elas estavam falando não era a mesma que eu conhecia, mas eles também não queriam conhecer. Eu o via muito sozinho e excluído, e aquilo me deixava triste. Não queria que ele se sentisse assim, é uma sensação que ninguém merece ter. Eu o incentivava muito a ter outros amigos para não ficar tão isolado e por uma questão de jogo, porque é uma dinâmica de convivência. Muitos conselhos meus ele ouvia e vice-versa. A gente às vezes divergia, mas se respeitava no posicionamento. Entre subidas e descidas, não me arrependo de absolutamente nada. Voltaria e faria tudo exatamente do jeito como foi.

 

Vocês dois construíram uma grande amizade no confinamento, mas o jogo não foi tão afinado assim. O que acha que faltou nessa parceria para que pudessem formar uma aliança de game também?

É que ele pensava no jogo de uma forma muito incisiva e eu já era mais coração. Por exemplo, quando ele tinha uma questão com alguém, ele ia lá e resolvia na hora, e eu não, tento dar um pouco mais de espaço. Nesse ponto não tinha essa conexão, mas eu queria o conhecer além do jogador porque ele tem uma história de vida incrível. E a gente sempre teve alvos em comum, como o Bin, Nizan, Rodriguinho, Fernanda, o que aconteceu de forma natural, não foi algo que a gente combinou.

 

Apesar da aproximação com os integrantes do Puxadinho – Michel, Giovanna e Raquele – você também optou por não jogar com eles e isso acabou gerando um certo afastamento entre vocês. Por que essas amizades também não se transformaram em uma aliança na competição?

Porque eles tinham os meus alvos como aliados e isso dificultou para mim, não tinha como voltar atrás. Não tinha como mudar o Buda [Lucas Henrique], Bin e Fernanda de alvos para aliados. Mas eu acho que nós poderíamos ter, sim, sido amigos e deixado o jogo um pouco de lado. Eu fiquei triste da forma que as coisas aconteceram, me sentia muito sozinha, sentia falta de ter amigas mulheres dentro da casa, mas a gente acabou se afastando. Vi que eu não era prioridade e aconteceu.

 

Você defendia que jogava sozinha e tomava suas próprias decisões em relação às movimentações na casa. Qual era sua estratégia para chegar à final do BBB?

Em dia de votação, eu ouvia muito as pessoas, observava os cenários e votava conforme eu acreditava, tanto para mim quanto para a harmonia da casa. A minha estratégia para chegar à final, de verdade, sempre foi entender a dinâmica do jogo e viver tudo o que estava acontecendo. Eu nunca pensei em me aliar a alguém porque x ou y iam me ajudar a chegar á final. Sempre imaginei que as coisas iam acontecer naturalmente, como aconteceram na minha entrada no grupo Fadas. Meu interesse maior ali era ganhar provas. Infelizmente não fui líder, mas acho que o jogo foi acontecendo e eu não fugi dos embates. As pessoas falam que eu era planta, mas senti que fugiam muito de um embate comigo. Tanto que eu fui indicada ao paredão por líderes, nunca foi a casa se unindo para votar em mim. Eu ficava me questionando “de onde eu vou tirar embate com essas pessoas que não querem um embate comigo?”. A pessoa que não tem embates acaba ficando de fora dessas situações que também fazem parte da dinâmica, o dedo na cara. Eu não tinha como brigar sozinha por coisas que não faziam sentido para mim.

 

Fora da casa, o fato de “jogar sozinha” foi visto por algumas pessoas como falta de movimentação. Como enxerga esse apontamento?

Não só fora, mas também dentro da casa. Isso começou a me agoniar um pouco, as pessoas falando que eu tinha que me movimentar. Está errado, não existe um padrão para ganhar o 'Big Brother Brasil'. As pessoas faziam tanta pressão que eu acabei, quando entrei no grupo Fadas, me precipitando em algumas falas. Por exemplo, montar um pódio. Eu não estava preparada, naquele momento, para formar um pódio e acabei me precipitando numa conversa no quarto. Esse desespero de ter que formar uma opinião rápido para agradar as pessoas, para mim, foi um dos meus erros. Eu não deveria ter feito isso. Se eu comecei o jogo de forma unilateral e os rumos estão seguindo por uma forma que eu não concordo, eu tenho que seguir unilateral. Não afetou meu jogo, porque eu cheguei à final, mas lá dentro fiquei um pouco agoniada. O que é movimentação de jogo, é arrumar briga com alguém? Essa é a única forma de movimentação de jogo? Não existe uma fórmula para ganhar o programa, movimentação certa ou errada, não existe verdade absoluta. Lá dentro são personalidades, culturas e criações completamente diferentes. Cada um joga do jeito que achar que tem que ser. Não existe chegar à final sendo planta, ninguém passa despercebido pelo 'Big Brother', ainda mais nessa edição que teve várias dinâmicas, paredão turbo, 26 jogadores. Como é que alguém chega a uma final sem jogar? Eu vivi o meu jogo, não foi o de outra pessoa.

 

Nos últimos dias, você se entregou ao romance com o Matteus. Depois de hesitar, por que decidiu viver essa relação na casa?

Eu hesitei muito por conta do que ele tinha vivido no começo com a Anny [Deniziane], respeito muito ela como mulher e me coloquei no lugar dela. O Matteus era um alvo meu declarado por vários motivos. Depois a gente começou a ter uma conexão dançando juntos, mas tínhamos essa rixa de adversários. Quando comecei a andar com o grupo Fadas, percebi que ele não podia mais ser uma opção de voto porque a gente andava juntos. Conversando com as meninas, eu vi que existia um carinho que não era só da minha parte. Então, a gente conversou, ele falou que queria já tinha um tempo e explicou que não sentia mais como se tivesse um compromisso porque ela tinha terminado o relacionamento. Como eu tinha falado que eu não ia ficar com ele, me senti incoerente, mas como é que mantém a coerência dançando com um homem desse? (risos) A família dele veio falar comigo já, vou lá para o Alegrete conhecer o sofá que a avó dele gravava os vídeos do anjo (mais risos). Bora ver!

 

Enxerga a possibilidade de manter o relacionamento com ele fora da casa?

Eu trabalho muito, tenho que ajudar a minha mãe, e a gente vive muito longe um do outro. Eu já tive um relacionamento à distância anos atrás e foi uma experiência gostosa, mas teve algumas marcas não tão boas. Mas eu vou lá conhecer a terra dele e ele com certeza também vai lá no Amazonas visitar.

 

Quais os planos para daqui para frente, pós-BBB? Pretende voltar para o Amazonas e continuar sendo a cunhã-poranga do Garantido?

A gente vai ter o Festival de Parintins agora em junho. Tem ensaio, correria e uma grande loucura já acontecendo e vou me preparar para o festival. Quero muito trabalhar e conquistar aqui fora o dinheiro do prêmio do programa. Gostaria muito de trabalhar com comunicação, eu gosto muito de falar. Queria ter a experiência de trabalhar na TV, mas não me vejo como atriz. Não sei se a Globo me daria uma oportunidade dessa, mas se tiver que estudar, estou preparada para isso. Vou ver o que Deus tem para mim, para trabalhar e ajudar minha mãe.

 

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sexta-feira, 19 de janeiro de 2024

.: Thalyta Alves, do "BBB 24": "O silêncio pode ser o maior grito de uma pessoa"


As revelações da segunda eliminada do "BBB 24": "As pessoas queriam treta e eu não estava disposta a passar por cima dos meus valores para isso". Fotos: Globo/João Cotta


Thalyta Alves entrou no "Big Brother Brasil" da mesma maneira que seu maior rival no reality show. Ainda na noite da estreia, por trás de paredes de vidro, estavam ali os sonhos e os destinos de 11 pessoas. O seu e o de Juninho foram dois dos escolhidos para terem seguimento na casa mais vigiada do país. Depois de seis dias no programa, a mineira acredita que entrar horas depois dos primeiros brothers fez diferença em seu desempenho e diz que, embora tenha sido eleita pelos próprios participantes, quando chegou ao game, percebeu que a escolha não foi acolhida por todos. 

No último domingo, dia 14, a advogada deixou a competição com o menor percentual dentre os três emparedados, também membros do chamado "Puxadinho": recebeu 22,71% dos votos para ficar depois de protagonizar a primeira discussão da temporada e não ter aceitado um acordo com o grupo junto ao qual entrou no programa. “Tudo acontece no momento em que tem que acontecer. Eu não estava me adaptando ao jogo, foi muito difícil para mim. Mas acredito que se eu tivesse feito o pacto, eu não teria saído. Contudo, não adiantaria, porque eu iria contra aquilo que o meu coração estava pedindo. Agora eu estou aqui e está tudo certo. Antes estar aqui com as minhas verdades, com os meus valores, com a minha mãe orgulhosa de mim do que estar lá dentro concorrendo a milhões de reais, mas pisando nos outros, fazendo besteira e não sendo leal a mim. Dinheiro é bom, mas ter o orgulho dos nossos pais é muito melhor”, avalia a ex-sister. A seguir, Thalyta faz um balanço de sua passagem pelo "BBB 24", revela os aprendizados que tira da experiência e conta que alianças teria feito se permanecesse por mais tempo no jogo.


O que a experiência de participar do "BBB 24" significou para você?
Thalyta Alves -
Representou um sonho, apesar de muito curto. Eu vivi esse sonho e tentei dar o meu melhor; não foi o suficiente. Mas como todo sonho, a gente acorda e sonha outras coisas. Agora, com a visibilidade que eu ganhei, eu vou tentar realizar o que eu gostaria de ter conseguido no programa, conquistar por mérito meu e correr atrás aqui fora.
 

Embora tenha sido a segunda eliminada da temporada, você ficou menos de uma semana na casa. Na sua opinião, o que faltou para ir mais longe no jogo?
Thalyta Alves - 
Posicionamento. As pessoas queriam treta e eu não estava disposta a passar por cima dos meus valores para isso.
 

Você entrou no "BBB" por meio da dinâmica que aconteceu por trás dos vidros na primeira noite da temporada. O que passou pela sua cabeça naquele momento em que precisava se apresentar para conseguir uma vaga no programa?   
Thalyta Alves - 
Passou pela minha cabeça que o meu sonho estava nas mãos de outras pessoas e eu tinha 30 segundos para fazê-las entenderem a importância daquele sonho e, consequentemente, o Brasil todo. Eu estava nervosa, não estava esperando entrar desse jeito. Quando me escolheram, eu me senti muito grata, muito feliz e falei "bora, bora". Só que, quando entrei na casa, eu vi que essa escolha não foi 100% acolhida e exercida. Eu não me senti acolhida, porque só eu tinha que ir atrás, só eu que tinha que falar, só eu que tinha que me apresentar... Foram poucas horas de diferença entre a nossa entrada e a do restante, mas parecia muito mais, parecia que eu estava de visita na casa dos outros. Mas não era a casa dos outros, era do Brasil todo. Eu acho que faltou deixarem eu me mostrar e me conhecer ali dentro.

Você, o Juninho e o Davi entraram no "BBB" juntos, após os outros 18 participantes, e depois se enfrentaram no paredão. O que levou a um rompimento com os membros do "Puxadinho"?
Thalyta Alves - 
A falta de afinidade. A gente não tinha afinidade o suficiente para combinar de irmos todos em uma pessoa e não nos votarmos. A gente tanto não tinha afinidade, que foi proposto aquele plano de não se votar e nem foi cogitado em quem votar. Aí ficaram oito gatos pingados votando um em cada um, o que não daria em nada.
 

Por que você não quis combinar voto com o grupo nem formar uma aliança com eles? 
Thalyta Alves - 
Na verdade, eu não quis com o Juninho, porque ele era uma opção de voto minha. Com ele eu não poderia, porque ali a palavra é muito importante. Eu não poderia ter duas palavras.
 

O que mais te chateou naquela conversa com o Juninho que culminou na discussão?
Thalyta Alves - 
Eu acho que ele ficou muito pilhado com o queridômetro, ele achou que tinha sido eu a dar “Planta” para ele. E não fui eu - o público viu. Ele queria se salvar, assim como o Davi - jogador para caramba, está super certo. Ali, eles queriam fazer um pacto de não nos votarmos e eu falei que não. Num primeiro momento, eu não havia entendido e, depois, não houve pacto. Quando ele cogitou que esse acordo existiria, eu juntei todos e falei: "Para mim não dá. Isso não faz parte de quem eu sou, não é a minha verdade. Eu não vou fazer isso". Eu tinha outras prioridades lá dentro, tinha outras pessoas que eu queria conhecer ainda. Foi isso: eu dei um "tiro no pé" e estou aqui.

Pouco tempo depois da briga, você votou no Juninho no confessionário, e ele te puxou no contragolpe para o paredão. Acredita que, se vocês dois tivessem se resolvido ali, poderia não ter sido eliminada?
Thalyta Alves - 
Tudo acontece no momento em que tem que acontecer. Eu não estava me adaptando ao jogo, foi muito difícil para mim. Mas acredito que se eu tivesse feito o pacto, eu não teria saído. Contudo, não adiantaria, porque eu iria contra aquilo que o meu coração estava pedindo. Agora eu estou aqui e está tudo certo. Antes estar aqui com as minhas verdades, com os meus valores, com a minha mãe orgulhosa de mim do que estar lá dentro concorrendo a milhões de reais, mas pisando nos outros, fazendo besteira e não sendo leal a mim. Dinheiro é bom, mas ter o orgulho dos nossos pais é muito melhor.

Com quem buscaria fazer alianças se pudesse permanecer por mais tempo no reality?
Thalyta Alves - 
Eu até tentei me aproximar bastante do (MC) Bin Laden, gostaria de fazer aliança com ele. Com o Marcus e a Beatriz eu fiz amizade, mas a gente não tinha aliança. O Marcus é uma das pessoas das quais eu mais gosto lá dentro, a quem eu defenderia e não votaria, mas faltou ser aliado no jogo, não só amigo na vida.
 

Alguns participantes mencionaram que vocês do "Puxadinho" não estariam conseguindo se enturmar com a galera da casa. Concorda que essa tenha sido uma dificuldade?
Thalyta Alves - 
Com certeza foi, todo mundo viu. Seria loucura dizer que não. Quando você chega por último, as pessoas estão numa prova e logo depois tem formação de paredão, qualquer aproximação pode ser interpretada como falsidade. Eu e outras pessoas que estavam ao meu lado não queríamos parecer falsas. Talvez tenha faltado um pouco de malícia em nós. A gente sentiu que os meninos foram um pouco mais bem recepcionados por alguns. E nós estávamos ali sozinhos, tanto que ficamos lá no chão, perdidos.

Quem você deseja ver campeão do "BBB 24"?
Thalyta Alves - 
Eu gostaria muito que ganhasse Michel, Giovanna, Raquele, Marcus ou Isabelle. Mas acho que o prêmio deve ficar entre Isabelle e Beatriz. Ou com o Davi, porque ele está se saindo muito bem, ele é um menino sensacional e um jogador muito inteligente. Nós tivemos afinidade. Ali dentro, como eu estava com muita dificuldade, qualquer troca valia muito.

Que aprendizados você tira dessa experiência?
Thalyta Alves - 
Que o silêncio pode ser o maior grito de uma pessoa. Eu fiquei em silêncio lá dentro porque eu estava desesperadamente tentando me encaixar e não estava conseguindo. Talvez, se o Brasil estivesse vendo que eu realmente estava tentando...mas não viu e é isso. A gente não agrada todo mundo nem acerta sempre.
 

Quais são seus planos para essa fase pós-"BBB"? Pretende continuar advogando?
Thalyta Alves - 
Eu ainda não consegui pensar, mas quero continuar advogando, sim. Quero ver as oportunidades que eu vou tirar dessa experiência. Eu tinha mil seguidores e agora estou com 69 mil. Então, vou correr atrás dos meus sonhos e ver no que vai dar. Mas eu quero continuar estudando, fazer pós-graduação, tudo isso...

Sobre o "Big Brother Brasil"
"BBB 24" tem apresentação de Tadeu Schmidt, produção de Mariana Mónaco, direção artística de Rodrigo Dourado e direção de gênero de Boninho. O programa vai ao ar de segunda a sábado após "Terra e Paixão", e domingos, após o "Fantástico". Além da exibição diária na TV Globo, o "BBB 24" pode ser visto 24 horas por dia no Globoplay, que conta com 12 sinais com transmissão simultânea, incluindo o mosaico de câmeras, as íntegras e os vídeos dos melhores momentos, edições do "Click BBB" e o "Mesacast BBB", que também terá distribuição de trechos no streaming, no gshow, nas redes sociais e plataformas de vídeos, incluindo a versão em áudio no gshow e nas plataformas de podcast. 

Todos os dias, logo após a transmissão na TV Globo, o Multishow exibe uma hora de conteúdo ao vivo, direto da casa. O canal ainda conta com flashes diários, ao longo da programação, e com o "BBB - A Eliminação", exibido à 0h30 de quarta para quinta-feira. No gshow, o público pode votar e decidir quem permanece ou deixa o jogo e acompanhar a página "BBB Hoje" as páginas dos participantes e conteúdos exclusivos, como o "Bate-Papo BBB", enquetes e resumos do que de melhor acontece na casa.

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sábado, 21 de outubro de 2023

.: "Luiz Rei" conta a história ilustrada do Rei do Baião e sua música contagiante


Jacqueline Meire celebra a história de Luiz Gonzaga em seu primeiro livro, que inaugura o selo Trajetórias. "Luiz Rei" é um livro poético, colorido e interativo. Ele celebra a história de um brasileiro que foi capaz de seguir seu coração, como enfatiza a autora e ilustradora, que apresenta uma história ilustrada, com caráter biográfico, que envolve o ritmo contagiante do baião, feito sob medida para o público infantojuvenil.

O Rei do Baião, Luiz Gonzaga (1912-1989), é apresentado com tons biográficos, mostra os instrumentos que usava, e sua paixão pela música, que o transformou em verdadeiro rei desse ritmo nordestino e orgulho do país: “Esta é uma história bem brasileira, de um menino que, como muitos, nasce com uma estrela. É a história de um nordestino cantador, orgulho da nação inteira”.

Interativo, quando lido em voz alta, traz os sons de sanfona, "fon foron fon fon", do triângulo, da zabumba... Em um texto primoroso e rico, com rimas, é indicado para desenvolver a percepção sensorial da criança. Um livro para pais e filhos aprenderem sobre Luiz Gonzaga – um menino que nasceu sem coroa e se tornou rei – e essencial para ser trabalhado por professores, em escolas de todo país!

Sobre a autora
Jacqueline Meire, natural de Itabuna, Bahia, é pedagoga, educadora popular – uma missão de vida –, mestra em Educação e Contemporaneidade, consultora, pesquisadora, professora, escritora e poeta. Siga a autora nas redes sociais: Instagram: @jacquelinemeireinline.


Sobre o selo Trajetórias
O selo Trajetórias, braço da Editora O Artífice, surge com o propósito de registrar toda história que merece ser contada, voltado a biografias e histórias, de pessoas, famílias, empresas ou até grupo de amigos! Colegas de profissões e amigas há mais de três décadas, os fortes vínculos afetivos de Patricia Moura e Solange Sólon Borges ultrapassam distância e tempo.

Juntas, traçaram percursos de amor pela literatura e pelo texto bem escrito, lapidado como joia única. Solange é paulista de nascimento e alma, jornalista, escritora, editora e docente. Patricia é paulistana de nascimento e baiana de coração, igualmente jornalista, escritora, biógrafa e editora. Trajetórias: toda história merece ser contada.

sábado, 16 de setembro de 2023

.: Espetáculo "A Rouxinol e a Rosa" em sessões nas madrugadas de São Paulo


O espetáculo, que traz de volta às agitadas sessões da madrugada em São Paulo, discute o amor, o sacrifício e preconceito contra o público LGBTQIA+ no Brasil. Com Glamour Garcia, Bárbara Bruno e Augusto Zacchi. Crédito: Barnabé Fotos


"A Rouxinol e a Rosa - Um Amor que Não Ousa Dizer Seu Nome" é um projeto teatral que promove, através da arte, a reflexão sobre o preconceito, a importância da liberdade de expressão e o direito a igualdade para a comunidade LGBTQIA+. Escrito e dirigido por Rony Guilherme Deus, o espetáculo é inspirado em conto do escritor, poeta e dramaturgo Oscar Wilde (Irlanda 1854 - Paris 1900), símbolo da luta pelos direitos homossexuais. No elenco estão Bárbara Bruno, Augusto Zacchi e Glamour Garcia, primeira artista Trans a vencer um prêmio revelação por sua atuação.

O espetáculo nos leva ao final do século 19, quando um jovem soldado declara o seu amor a um outro soldado. Sua coragem vai além:  ele declara que se reconhecia como mulher no corpo de um homem. Sua audácia lhe custa a vida e seu corpo é jogado em um poço seco, que logo passa a verter muita água e a realizar milagres.

A cada noite de lua cheia uma linda figura, que mescla a imagem de uma mulher transgênero e um rouxinol, sai do poço dando início a lenda de que aquele Ser, quase mitológico, é o guardião do amor e dos casais apaixonados. Certa noite um jovem aristocrata vai ao poço pedir ajuda para se declarar à sua amada Donzela com uma inexistente rosa-vermelha.

A paixão pelo jovem é imediata e, aconselhada por uma velha feiticeira, a bela figura decide arriscar sua própria vida encostando o peito nos espinhos de uma roseira, tentando dar vida, com o sangue de seu coração, a rosa-vermelha.


Sobre o projeto
“Como escritor e diretor teatral, busco histórias que provoquem uma mudança de pensamento e toquem o público de maneira significativa”, fala Rony Guilherme Deus sobre "A Rouxinol e a Rosa - Um amor que não ousa dizer seu nome". O cenário é minimalista, mas belo. Esta simplicidade é fundamental para transmitir a mensagem de forma impactante, concentrando a energia no desenvolvimento dos personagens e na força das palavras de Oscar Wilde e a urgência de combater as injustiças e preconceitos presentes em nossa sociedade. A equipe técnica reúne renomados profissionais ligados a arte: assina a direção de movimento Ciro Barcelos e Cláudio Tovar os figurinos. “Acredito que essa peça tem o poder de tocar as pessoas, despertar a discussão sobre a necessidade de mudança e motivar ações em prol de uma sociedade mais justa e inclusiva”, finaliza o diretor.


Sinopse
A Rouxinol (Glamour Garcia), uma figura mitológica e transgênero no corpo de homem, mulher e pássaro, vive intensa paixão por um Jovem Aristocrata (Augusto Zaccchi) mas, aconselhada por uma velha Feiticeira (Bárbara Bruno) abre mão de seus sentimentos e luta para conseguir uma rosa vermelha para que o jovem conquiste a sua amada.


Sobre Oscar Wilde
A vida e a obra de Oscar Wilde foram marcadas por sua identidade queer e seu confronto com as convenções sociais. Seu julgamento e prisão em virtude de sua homossexualidade despertaram debates sobre a injustiça das leis discriminatórias da época. Sua experiência pessoal refletiu a repressão e a perseguição enfrentadas pela comunidade LGBTQIA+ na sociedade vitoriana. Além disso, Wilde foi um dos primeiros escritores a abordar abertamente a homossexualidade em sua literatura, mesmo que de forma velada.

Escrito por ele, "O Retrato de Dorian Gray" é considerado um marco na representação da sexualidade não heterossexual na literatura inglesa. Através de personagens e temas que questionam a moralidade sexual, Wilde desafiou as normas e ofereceu uma visão alternativa da sexualidade humana. Oscar Wilde também deixou um legado duradouro como símbolo de resistência e orgulho para a comunidade LGBTQIA+. Sua coragem em viver autenticamente, apesar das consequências adversas, inspirou gerações posteriores de ativistas e escritores LGBTQIA+. Sua história é um lembrete do poder da arte e da literatura como meios de expressão e luta pelos direitos e pela igualdade.


Ficha técnica
Espetáculo "A Rouxinol e a Rosa - Um Amor que Não Ousa Dizer Seu Nome". Texto e direção: Rony Guilherme Deus. Inspirado na obra de Oscar Wilde. Figurino: Claudio Tovar . Direção de movimento: Ciro Barcelos. Visagismo: Anderson Bueno. Elenco: Glamour Garcia, Bárbara Bruno, Augusto Zacchi e Guilherme Conradi. Direção de produção: Fernanda Ferrari Produção executiva: Fabiana Franco. Administração: Luciene Cunha e Cristine Natale. Assessoria de imprensa: Flavia Fusco Comunicação. Produção: Estúdio Mágico. Assistente de direção: Josi Ventura. Assistentes de produção:Émile Dias e Isadora Strada. Assistente de coreografia: Fernando Callegaro. Fotografia e audiovisual: Maria Gabriella Ferrari. Design: Mariana Persi, Mariah Gabriella Ferrari e Fernanda Ferrari. Cenário: Pedro Gabriel Kaleniuk. Sonoplastia/DJ: Milton Lemos. Iluminação: Tiago Sanches e Fernando Braga. Direção musical e trilha sonora: Julio Cesar Silva. Trilha sonora: Music Solution. Cenotécnicos:  André da Hora e Ronaldo Pereira. Costura: Débora Muniz e Ateliê Valerie. Duração: 80 minutos. Recomendação 16 anos.


Serviço
Espetáculo "A Rouxinol e a Rosa - Um Amor que Não Ousa Dizer Seu Nome". Temporada: até dia 28 de outubro, sessões sextas e sábados, às 23h50. Ingressos: de R$ 60,00 a R$ 120,00. Ingressos on-line: https://teatrob32.byinti.com/#/event/a-rouxinol-e-a-rosa-um-amor-que-nao-ousa-dizer-o-nome. Bilheteria: das 14h às 18h. Local: Teatro B32. 478 Lugares. Avenida Brigadeiro Faria Lima, 3.732 - Itaim Bibi. Localizado no complexo multiuso B32 o teatro é considerado o mais moderno e tecnológico do país. Estacionamento valet no local.

.: "Não quero cumprir cota de indígena", diz Daniel Munduruku sobre ABL


Ao ser candidato para se tornar um “imortal” na Academia Brasileira de Letras e a ocupar a cadeira de número 5, após o falecimento do historiador José Murilo de Carvalho, o escritor e filósofo Daniel Munduruku, o pajé Jurecê da atual novela “Terra e Paixão”, da TV Globo, será o primeiro indígena na história da Academia a se tornar um membro, caso seja aprovado. “Não quero cumprir cota de escritor indígena, tenho condições absolutas para concorrer de forma igualitária com os outros candidatos”, destaca. 

Com 64 livros publicados, o escritor é especializado no público infanto-juvenil e já conta com cerca de 6 milhões de livros vendidos no Brasil, além de outros países como Estados Unidos, Canadá, Áustria, Coreia do Sul e México. Caso aprovado na ABL, Munduruku, por sua trajetória em produzir conteúdo a crianças e jovens, acredita que será um “choque de cultura, uma mudança de mentalidade”. O objetivo, segundo ele, é aproximar mais a Academia Brasileira de Letras da sociedade, além de reforçar a importância da literatura infanto-juvenil. 

Entre suas obras, destaque ao “Histórias de Índio” (Editora Companhia das Letras) com cerca de 300 mil livros comercializados em 25 edições. “Coisas de Índio" (Ed.Callis), que conquistou o prêmio Jabuti, além da obra internacionalmente premiada “Meu Avô Apolinário” (Editora Studio Nobel), são mais destaques. Durante a Bienal do Livro, em setembro, mais dois livros foram lançados: “Árvore Teia”, uma fábula sobre o envelhecimento, e “Redondeza”, destinado a crianças de até seis anos com conteúdo focado em imagens. 

“Daniel é um talento brasileiro admirável que eleva a arte e a cultura de nosso país incentivando milhares de crianças e jovens a ingressarem nesta jornada fascinante de apreciar a literatura e o conhecimento por meio de um conteúdo leve e ao mesmo tempo reflexivo. Temos o maior orgulho de prestar o nosso apoio, aqui em Santa Catarina”, destaca a diretora da “A Livraria”, Miriam Almeida que, por meio da loja localizada no BravaMall, na Praia Brava de Itajaí, em Santa Catarina, apoia a candidatura de Munduruku e reconhece a relevância de sua contribuição literária e cultural.

Daniel Munduruku, 59, é paraense, de povo indígena e, atualmente, reside no interior de São Paulo. Além de escritor, é formado em filosofia, psicologia e história. Tem mestrado e doutorado em educação pela USP, e pós-doutorado em Linguística pela Universidade Federal de São Carlos.

terça-feira, 22 de agosto de 2023

.: Jane Austen é principal inspiração para o filme "Perdida"

No longa brasileiro, existem referências à "Orgulho e Preconceito" e outras obras da autora; a edição da obra da Landmark já vendeu mais de 150 mil exemplares


Considerada a primeira romancista moderna da literatura inglesa, Jane Austen começou seu segundo romance, “Orgulho e Preconceito”, antes dos 21 anos de idade. Em 2023, o lançamento do filme “Perdida”, protagonizado por Giovanna Grigio, acompanha a jornada de Sofia, uma jovem que teme o amor e, na trama, é levada ao século XIX, época na qual se passam os romances de Austen.

O longa-metragem traz questões como a vida cotidiana da mulher tanto no século dezenove quanto atualmente por meio da determinação da protagonista para diversos assuntos, exceto o amor, tema no qual os únicos romances verdadeiros para Sofia são aqueles do universo de Jane Austen. Além disso, tanto o filme quanto o livro homônimo de Carina Rissi trazem referências especialmente à obra “Orgulho e Preconceito”.

O mais aclamado livro de Austen ganhou diversas versões no audiovisual, sendo a mais recente a versão de 2005, com interpretações de Keira Knightley e Matthew Macfadyen nos papéis principais, que ilustra a capa da edição bilíngue do livro lançado pela Landmark, a qual já vendeu mais de 150 mil exemplares e teve mais de 12 reimpressões.

“Orgulho e Preconceito” é tido como especial por transcender o preconceito causado pelas falsas primeiras impressões e adentrar na avaliação psicológica dos personagens. Assim, mostrando como o autoconhecimento, ou a falta dele, interfere nos julgamentos feitos com relação às outras pessoas, algo que também pode ser observado no filme “Perdida”. 

Por meio de uma escrita satírica, Austen revela certas posturas de seus personagens em situações cotidianas, nas quais os sentimentos deles devem ser decifrados por quem decide mergulhar na obra, visto que estão nas entrelinhas do texto. A escritora inglesa opta por expressar a discriminação de maneira sutil e perspicaz, transmitindo mensagens complexas com seu estilo espirituoso. 

O assunto principal da obra de Austen é abordado quando a autora menciona que um homem solteiro e afortunado deve ser o desejo de uma esposa. Dessa forma, a escritora faz três referências importantes: declara que o foco da trama são os relacionamentos e os casamentos, dá um tom de humor ao falar de maneira inteligente acerca de um tema comum e prepara o leitor para a dinâmica de jovens em busca de pretendentes. 

A partir disso, o romance retrata a relação entre a jovem Elizabeth Bennet (Lizzy) e o nobre Fitzwilliam Darcy na Inglaterra. Dentro disso, Mr. Darcy, por seu jeito frio, é mal falado e Lizzy inclusive desgosta dele, por ele ter ferido seu orgulho na primeira vez em que se encontram. Mesmo com uma má primeira impressão, Darcy se encanta por Lizzy, sem que ela saiba do fato. Então, o livro mostra a evolução do relacionamento entre eles e os que os rodeiam, desse modo, retratando a sociedade e o papel contemplado nela pela mulher na época.


A força de Jane Austen na cultura pop

Jane Austen (1775-1817) é considerada uma das maiores figuras da literatura inglesa, ao lado de William Shakespeare, Charles Dickens e Oscar Wilde. Ela representa o exemplo de escritora, cuja vida protegida e recatada em nada reduziu o dramatismo da sua ficção. Nasceu na casa paroquial de Steventon, Inglaterra, onde o pai era sacerdote, vivendo a maior parte do tempo nesta região. 

A fama de Jane Austen perdura através de sete livros principais: Razão e Sensibilidade (1811), Orgulho e Preconceito (1813), Mansfield Park (1814), Emma (1815), Persuasão (1818), Sanditon (1817) e A Abadia de Northanger (1818). Vista como uma das mulheres mais importantes da literatura, Austen já foi referenciada diversas vezes na cultura pop.

Ao menos dez adaptações foram feitas da obra “Orgulho e Preconceito”, desde releituras como a comédia “O Diário de Bridget Jones” (2001) ou a paródia “Orgulho, Preconceito e Zumbis” (2016) até versões mais fiéis a obra original como o filme citado anteriormente lançado em 2005 e a minissérie de seis episódios da BBC intitulada “Orgulho e Preconceito” (1995).

Outra obra bastante adaptada da autora é “Emma”, tendo como mais recente a versão de 2020 estrelada por Anya Taylor-Joy no papel principal. Também existe um paralelo entre Sofia de “Perdida” e a Emma de Jane Austen: a primeira teme o amor e a segunda não desejava se casar no começo da trama. “Emma” possui uma edição bilíngue da Landmark lançada este ano. Obras como Persuasão, Razão e Sensibilidade e Sanditon também já ganharam adaptações sejam como filmes ou séries. 

Além de adaptações, as referências à Austen na cultura pop são inúmeras. “Orgulho e Preconceito” foi até mesmo citado no live-action da Barbie lançado em 27 de julho deste ano e protagonizado por Margot Robbie. 

Austen já foi lembrada também na série "Bridgerton", em "Sex Education" – ambas da Netflix –  e na novela “Orgulho e Paixão” da Globo. Agora, a autora é inspiração para o filme brasileiro. A escritora é tão conhecida que possui seu próprio fandom, nomeado “janeite”, termo cunhado em 1894 no prefácio de uma edição de “Orgulho e Preconceito” por George Saintsbury. 

A edição, bilíngue e em capa dura da Landmark, de diversas obras de Jane Austen podem ser adquiridas aqui: amzn.to/44oaCNk


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domingo, 23 de julho de 2023

.: Entrevista: Pipa Diniz, de vice-campeã a segunda eliminada do "No Limite"


Lenda do "No Limite", Pipa Diniz foi a primeira participante do reality show a participar duas vezes desta competição: Foto: Globo/Mauricio Fidalgo

Pipa Diniz é considerada uma lenda para os telespectadores que acompanham o reality-show "No Limite" e, por isso, torceram por ela. Na noite da última quinta-feira, dia 20 de julho, o segundo episódio da temporada na Amazônia foi recheado de reviravoltas surpreendentes, estratégias e muito jogo. No primeiro desafio, a equipe Jenipapo levou a melhor, mas acabou perdendo a imunidade para a Urucum na sequência.

Momentos antes do portal, o clima esquentou no acampamento e alianças se redesenharam. Alvo da maioria do grupo, Pipa, a vice-campeã da edição de 2000, recebeu cinco votos e foi a segunda eliminada nesta temporada. “Que emoção assistir ao episódio ‘A Traição’! Tenho muito orgulho da minha trajetória, sei que fui a pessoa que eu sou. Como eu sempre disse e continuarei dizendo, em ‘No Limite’ não tem personagem, as pessoas vão aos seus extremos, potencializam as suas características. Fiquei muito emocionada, foi um episódio realmente de muitas emoções, mas maravilhoso. Só posso agradecer por estar novamente nesse projeto tão lindo”, contou a eliminada da noite. Confira abaixo a entrevista completa com Pipa Diniz.


Como foi assistir ao episódio de ontem?
Pipa Diniz -
Que emoção assistir ao episódio "A Traição"! Tenho muito orgulho da minha trajetória, sei que fui a pessoa que eu sou. Como eu sempre disse e continuarei dizendo, em "No Limite" não tem personagem, as pessoas vão aos seus extremos, potencializam as suas características. Fiquei muito emocionada, foi um episódio realmente de muitas emoções, mas maravilhoso. Só posso agradecer por estar novamente nesse projeto tão lindo.

O "No Limite" é um jogo que exige alianças e estratégias. Você chegou a imaginar que seria o alvo da maior parte da equipe?
Pipa Diniz - 
Eu acho que o "No Limite" é um jogo de estratégia e aliança. E sou uma pessoa que, na vida real, não faço muito planejamento, não tenho muita estratégia, nem fofoca, esse tipo de coisa. Por algumas vezes cheguei a pensar que talvez eu não soubesse jogar esse jogo. Mas nós, as mulheres, tínhamos as nossas alianças ali, selamos um pacto de que seríamos uma por todas e todas por uma. Só não aconteceu. Mas vejo como uma questão de oportunidade. Quando se está nesse jogo, a gente sabe que pode ser votado, né? Então não foi uma surpresa ser eliminada, só não achei que seria no segundo portal do programa.
 

Como você vê as alianças que estão se formando na equipe Jenipapo?
Pipa Diniz - 
Eu acho que a Jenipapo é uma equipe de muita força, com pessoas maravilhosas, potências incríveis, jovens. Eles são bem competitivos e acho que essa é a grande característica do grupo. Ao mesmo tempo em que é uma qualidade, eu acho também pode ser uma fraqueza, porque eles não estão conseguindo se relacionar entre si. Eu me considero uma participante bem forte. Acho que muitos dos companheiros da equipe achavam que, talvez, por eu já ter sido uma participante, não era merecedora de estar ali. Ontem, observando o episódio, eu achei que eles votaram muito mais em mim por medo da competitividade do que por eu não estar apta.

Como você avalia a sua participação no programa?
Pipa Diniz - 
Ah, eu tenho muito orgulho de ter participado, de ter sido a primeira participante do reality "No Limite" a participar duas vezes. Eu acho que a minha participação foi muito representativa, né? Eu sou uma mulher de 50+ e sempre acreditei que a gente tem que protagonizar nossa própria história em qualquer idade. Então, eu espero que não só as mulheres, mas que todas as pessoas possam ter se enxergado e ter ampliado os seus limites em relação aos sonhos, aos desejos e às vontades.

Quais aprendizados você leva dessa experiência?
Pipa Diniz - 
Viver essa experiência foi muito gratificante, positivo e fortalecedor. Acredito que a oportunidade de ter vivido a floresta me faz um ser humano melhor. Outro aprendizado são as diferenças humanas. Eu falo sempre, como diria Belchior, sobre querer resolver as coisas e olhar só para frente, olhar para o futuro. A gente precisa respeitar quem veio antes, quem tem experiência. E talvez a Jenipapo não tenha me aproveitado nesse sentido, de ter usado minha experiência como sobrevivente, como segunda colocada numa edição passada, para se fortalecer e irmos juntos mais adiante. 


"No Limite - Amazônia" é exibido às terças e quintas, após a novela "Terra e Paixão". O reality também vai ao ar no Multishow às quartas e sextas, sempre às 23h. O programa tem apresentação de Fernando Fernandes, direção geral de Rodrigo Giannetto, com direção de Vivian Alano e Padu Estevão. O programa é licenciado e produzido pela Endemol Shine Brasil.

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